Você está na página 1de 28

Entamoeba histolytica

Amebíase

Ingrid S.T.Figueiredo
ESPÉCIES DE AMEBA ENCONTRADAS NO HOMEM
MORFOLOGIA

• Difícil diferenciação
• Diferenciam-se pelo tamanho do trofozoíto e cisto;
• Número dos núcleos no cisto;

Trofozoíto: Intestino, úlceras e fezes


diarréicas;
Cistos: fezes normais
E.histolytica
• Agente etiológico da amebíase;
• Índice de mortalidade: 100.000/ano;
• Altos índices assintomáticos

Cisto Trofozoít
o
FORMA VEGETATIVA: TROFOZOÍTO

Trofozoítas: estágio móvel de protozoário ⇒


se alimenta e se multiplica ⇒ mantêm a
colônia dentro do hospedeiro.

Invasiva e encontrada
nos tecidos;
Diâmetro de 20 a 30 micrômetros;
Anaeróbios
Longos pseudópodes – locomoção
Fagocitose- alimentação
Divisão binária- multiplicação
Longos pseudópodes formados por ectoplasma
( anel claro,hialino e largo);

No endoplasma encontram-se: único núcleo,


vacúolos digestivos e grânulos;
Presença de eritrócitos (glóbulo vermelho)
quando proveniente de casos de disenteria
E.histolytica fagocitando hemácias
FORMA DE RESISTÊNCIA: CISTOS
• Esféricos ou ovais
• 8-20µm
• 1-4 núcleos
• Corpos cromatóides (bastonetes)
• Vacúolos de glicogênio
• Resistência dos cistos
Em fezes: 12 dias
Em água (cloração normal): 30 dias
50°C- 5m, água fervente e desinfetantes químicos = morte dos cistos

Eliminação nas fezes


Média de 330.000 cistos por dia
CICLO BIOLÓGICO E PATOGÊNICO
1. Ingestão de cistos: água e alimentos
Resistente ao suco gástrico
Ciclo evolutivo 2. Desencistamento no intestino: metacisto
3. Divisões: 4, 8 trofozoítos metacísticos

4. Trofozoíto
comensal na FORMA
mucosa do INVASIVA
6. Trofozoítos
Int.grosso invadem mucosa
intestinal

5. Desprendem da parede
Desidratação
Pré-cisto
Membrana cística: cisto

FEZES
A- Trofozoíto aderindo para colonizar a camada mucosa
B- Liberação de enzimas que ajudam a degradar a camada mucosa
C- Ruptura do epitélio que resulta em ulceração.
TRANSMISSÃO
Ingestão de cistos (água ou
alimentos).
Contaminação: dejetos humanos;
Baratas e moscas – veículo de cistos.

Período de incubação:
• Difícil determinação
• 7 dias – 4 meses
PATOGENIA E VIRULÊNCIA
Virulência do parasito: comensal à invasor
• Quebra do equilíbrio parasito x hospedeiro

• Hospedeiro: idade, resposta imune, estado nutricional,


alcoolismo, infecções sucessivas.

• Meio: flora bacteriana que potencializam a virulência


E. coli, Salmonella, Shiguela, Enterobacter, Clostridium

• Parasito: adesão mediada por lectinas, movimentos


amebóides, liberação de enzimas proteolíticas (hialuronidase,
proteases e mucopolissacaridases).
ESTUDOS EXPERIMENTAIS- MECANISMO VIA LECTINA

A imunização de
camundongos com a
lectina
Gal/GalNAc purificada ou
recombinante é capaz
de prevenir a infecção
intestinal
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
OMS, 1969
• Formas assintomáticas = 80-90%
• Formas sintomáticas da Amebíase Intestinal
Colites Não-disentéricas Forma Disentérica
- 2-4 evacuações /dia (diarréicas ou não); - Lesões na mucosa e submucosa
- Fezes moles ou pastosas; - 8-10 evacuações/dia
- Cólicas abdominais (variável); - Cólicas e diarréia;
- Febre (raro); - Evacuações mucossanguinolenta;
- Períodos silenciosos; - Tenesmo;
- Prostação;
- Desidratação;
- Complicações: perfuração e
peritonite, hemorragias, apendicite e
ameboma.
Dados estatísticos indicam que de cada
1.000 pacientes com ameba, cerca de dez
apresentam disenteria e apenas um úlcera
hepática.
Úlcera na submucosa com pequena luz
Segmento do ceco e cólon infectado com
E.histolytica, mostrando ulcerações múltiplas
– complicações da amebíase
Amebíase Extra-intestinal
• ABCESSO AMEBIANO HEPÁTICO: MAIS COMUM
Sintomas: dor, febre, calafrios,
hepatomegalia e perda de peso

• COMPLICAÇÕES TORÁCICAS (comum):


Pleuropulmonar e Pericardite
Dor torácica na porção inferior direita e tosse.

• ABCESSOS PULMONARES E CEREBRAIS = RAROS


Secundário à ruptura do abscesso hepático
Cutâneo
Úlcera dolorosa de crescimento rápido
Tecido necrótico
DIAGNÓSTICO
Exame de fezes: mais utilizado,
identificação trofozoítos e cistos.

Métodos sorológicos (ELISA,


IMUNOFLUORESCÊNCIA, etc):
DIAGNÓSTICO
ABSCESSO HEPÁTICO
Sintomatologia
Raios X;
Tomografia computadorizada;
Ultra-sonografia;
Ressonância magnética.
Punção do abscesso hepático: quando o
tratamento não for eficaz
PROFILAXIA

Educação sanitária ;
Saneamento básico;
Higiene;
Tratamento;
Combater os insetos veiculadores;
Identificar e tratar portadores
assintomáticos ( manipuladores
de alimentos).
TRATAMENTO
Derivados imidazólicos: Atuam na luz intestinal e tecidos

Metronidazol (Flagyl), Secnidazol e Tinidazol


Via oral (Cp ou suspensões)
Injetável
OBRIGADA!

Você também pode gostar