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→ O xilema e o floema não são tecidos isolados, estando associados nos diferentes
órgãos da planta, por exemplo, nas nervuras, caules, raiz… Estes tecidos
correlacionam-se entre si e com os restantes tecidos da planta (organismo vivo),
funcionando como uma unidade.
Transporte no Xilema
Para explicar o movimento ascendente da água e dos solutos no xilema, foram
apresentadas várias hipóteses.
→ Hipótese da pressão radicular;
→ Hipótese da tensão-coesão-adesão.
Hipótese da pressão radicular
A pressão que se exerce na raiz (pressão radicular) pode explicar a ascensão de
água no xilema em algumas situações uma vez que se trata do fenómeno causado
pela acumulação de iões nas células da raiz que aumenta a concentração de soluto
e provoca a entrada de água por osmose para o interior da planta(para os vasos
xilémicos)
→ A acumulação de água nos tecidos provoca
uma pressão na raiz que força a água a subir no
xilema. Se a pressão radicular for muito
elevada, a água pode ascender e ser libertada nas folhas num fenómeno
designado gutação e/ou exsudação.
(Porém, os valores de pressão radicular não são suficientes para explicar a
ascensão da água até ao cimo de certas árvores e por vezes nem se verificam
afirma-se que é possível existirem outros fatores responsáveis pela ascensão de
água no xilema.)
Hipótese da tensão-adesão-coesão
As plantas absorvem grande quantidade de água pelo sistema radicular, mas
também perdem muita água através da transpiração. Estes fenómenos relacionados,
explicam a ascensão de água nos vasos xilémicos.
→ Sinteticamente
A capilaridade resulta das interações entre as forças de adesão (das moléculas de
água às paredes do tubo) e de coesão (das moléculas de água entre si). Para além
destas duas forças, existe uma outra q contribui para explicar o movimento da água
no xilema, contrariando a força da gravidade: as forças de tensão, geradas pela
saída de água por transpiração.
A tensão é uma pressão hidrostática negativa criada pela saída de vapor de água
pelos estomas. Esta pressão negativa gerada nos espaços entre as células
fotossintéticas, associada à coesão da água, vai «puxar» as moléculas dos vasos do
xilema mais próximos, onde a pressão hidrostática é maior.
Devido à coesão entre moléculas de água e à sua adesão às paredes celulares dos
vasos xilémicos, forma-se uma coluna contínua que transmite a tensão desde as
células do mesófilo até às raízes.
O movimento da água no xilema explica-se pela pressão radicular e também pela
combinação das três forças: tensão, coesão e adesão.
Estas forças permitem manter uma corrente de transpiração: quanto mais rápida for
a transpiração ao nível das folhas, mais rápida será a ascensão de seiva xilémica.
Transpiração:
(1) A água chega às folhas através dos vasos de xilema;
(2) sai destes vasos por osmose para as células do mesófilo;
(3) posteriormente difunde-se para os espaços intercelulares e para a câmara
estomática;
(4) Através da transpiração o vapor de água é libertado pelo ostíolo para o
exterior, também por difusão.
(5) Este fenómeno cria uma tensão (pressão negativa) e a água passa do xilema
para o mesófilo, onde a pressão osmótica aumentou, por osmose.
Coesão e Adesão no xilema: As moléculas de água mantêm-se unidas devido a
forças de coesão e aderem às paredes dos vasos devido a forças de adesão,
formando uma coluna contínua ascendente (corrente de transpiração).
Controlo da Transpiração
Os estomas são responsáveis por controlar a quantidade de água perdida por
transpiração e permitem as trocas gasosas, pois possuem o mecanismo de
aberutura e fecho. A epiderme é muito fina, formada por uma só camda de células,
estas são incolores uma vez que não possuem cloroplastos.
Nas células-guarda as paredes celulares que rodeiam o ostíolo são mais espessas
do que as paredes que contactam com as outras células da epiderme. As zonas
mais finas das paredes celulares têm maior elasticidade do que as zonas de maior
espessura.
Quando há entrada de água, esta exerce uma pressão de turgescência sobre a
parede celular o que provoca a deformação da região mais fina da mesma e leva à
abertura dos estomas (meio pobre em iões K+).
Quando a célula perde água e a pressão de turgescência diminui, o estoma volta à
sua forma normal, aproximando-se das células-guarda, o que provoca o fecho dos
estomas e consequentemente o fecho do ostíolo, (obscuridade), ficando
plasmolisadas.
Gutação
Quando a pressão radicular é
muito elevada e faz com que a
água ascenda até às folhas Plantas sem tecidos condutores
onde é libertada nas margens Este tipo de plantas têm
sob a orma de gotas. rudimentos de tecido condutor, ou
→ Absorção de água é feita por seja, tecido com células ainda
osmose; pouco diferenciadas.
→ Absorção de solutos (iões) é
feita por transporte ativo
Exsudação
Quando ao cortar a extremidade de uma
planta, observa-se a saída de um liquido
(seiva bruta)