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CULTURA

Biossegurança
—  Equipamentos de proteção individual (EPI)
—  Equipamentos de proteção coletiva (EPC)
CULTURA PARA MICOBACTÉRIAS

Princípio

Ø  multiplicação e isolamento de bacilos álcool-


ácido resistentes (BAAR)
Ø  a partir da semeadura da amostra clínica, em
meios de cultura específicos para micobactérias
Ø  método sensível e específico para o diagnóstico
das doenças causadas por micobactérias
Ø  principalmente TB pulmonar e extrapulmonar.
CULTURA PARA MICOBACTÉRIAS
Sensibilidade do método

Ø  quando realizada no escarro, adiciona 20-30%


ao total de casos de TB pulmonar não
confirmados pela baciloscopia
Ø  permite a identificação da espécie de
micobactéria isolada e o teste de sensibilidade
às drogas anti-TB
Ø  permite a realização de várias técnicas
moleculares (genotípicas)
CULTURA PARA MICOBACTÉRIAS
Critérios para realização

Ø  sintomáticos respiratórios com sintomas clínicos


compatíveis, exame de radiologia sugestivo e
baciloscopias persistentemente negativas;

Ø  crianças com suspeita de TB;

Ø  suspeitos de TB extrapulmonar;

Ø  populações indígenas;

Ø  pacientes do sistema prisional;


CULTURA PARA MICOBACTÉRIAS

Critérios para realização

Ø  pacientes portadores de HIV, mesmo com


baciloscopia positiva, visando a identificação da
espécie e a realização do teste de sensibilidade;

Ø  pacientes com indicação de retratamento: falência


ao esquema RHZ, TB-MR, recidiva da doença ou reinicio
de tratamento após abandono;

Ø  estudos epidemiológicos como atividades de


vigilância, para determinar a prevalência da resistência
(Inquéritos de Resistência);

Ø  profissionais da saúde.


MÉTODOS DE CULTURA

Ø  MÉTODOS CLÁSSICOS DE CULTURA

Ø  SISTEMAS COMERCIAIS DE CULTURA


MÉTODOS CLÁSSICOS DE CULTURA

Ø  Manuais
Ø  Meios de cultura sólidos
Ø  Estufas bacteriológicas convencionais
Ø  Leitura: visualização das colônias a olho nu
Ø  Positividade: 20 dias até 8 semanas
ETAPAS DA CULTURA

q  Pré-Tratamento das Amostras


q  Fluidificação e Descontaminação

q  Semeadura em meios de cultura

q  Incubação em temperaturas adequadas

q  Leitura e Registro dos Resultados

IPB/LACEN-RS
q  Pré-Tratamento das Amostras
prepara as amostras, de acordo com suas características,
para as demais etapas metodológicas .
q  Escarro espontâneo

q  Escarro induzido


q  Lavado Bronco-Alveolar (LBA)
q  Aspirado traqueal Centrifugar
q  Lavado gástrico

q  Urina
q  Líquidos (pleural, ascítico, sinovial, LCR) Solução
salina
q  Fragmentos de órgãos
Macerar em gral
q  Fragmentos ósseos e cutâneos

q  Aspirados de gânglios e tumores (cavidades fechadas)


q  Pus e secreções (cavidades abertas)

q  Sangue e aspirado de medula IPB/LACEN-RS


q  Fluidificação e Descontaminação
utiliza agentes químicos para homogeneizar a amostra clínica
e eliminar outros microrganismos da mesma

•  concentração

•  tempo de contato

§  NaOH = Hidróxido de sódio

§  NALC = N-acetil-L-cisteína


§  Ácido oxálico
IPB/LACEN-RS
q  Pré-Tratamento das Amostras
q  Fluidificação e Descontaminação
q  Semeadura em meios de cultura
proporciona o contato das micobactérias existentes na
amostra com as substancias nutritivas dos meios de cultura

q  Incubação em temperaturas adequadas


q  Leitura e Registro dos Resultados

IPB/LACEN-RS
q  Incubação em temperaturas adequadas
fornece a temperatura correta e constante, necessária para a
multiplicação das micobactérias

Complexo M. tuberculosis e a
35ºC a 37ºC
maioria das micobactérias

M. marinum, M. ulcerans, M.haemophilum 25ºC a 30ºC

IPB/LACEN-RS
MEIOS DE CULTURA

Ø  sólidos à base de ovos

Löwenstein-Jensen

Ogawa-Kudoh

Ø  líquidos
Middlebrook 7H9
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

ü  o volume ideal para um tubo de 20 x


150 mm é aquele que permite que,
após a coagulação, o tubo tenha 1 cm
na parte inferior preenchido com meio
e o restante distribuído em bisel com
espaço suficiente para uma boa leitura
visual, terminando a 2 cm da rosca;

ü  para que isso aconteça, acertar o


volume envasado no tubo com a
inclinação da bandeja do coagulador.

FEPPS. IPB/LACEN-RS. LABORATÓRIO DE MICOBACTÉRIAS


SISTEMAS COMERCIAIS DE CULTURA

Ø  Manuais, Semi-automatizados e Automatizados


Ø  Meios de cultura líquidos especiais
Ø  Estufas bacteriológicas especiais (incubadora)
Ø  Leitura:visual,colorimétrica, fluorimétrica
Ø  Positividade: média 10 dias
q  Pré-Tratamento das Amostras
q  Fluidificação e Descontaminação
q  Semeadura em meios de cultura

q  Incubação em temperaturas adequadas


fornece a temperatura correta e constante, necessária para a
multiplicação das micobactérias

q  Leitura e Registro dos Resultados

IPB/LACEN-RS
q  Pré-Tratamento das Amostras
q  Fluidificação e Descontaminação
q  Semeadura em meios de cultura
q  Incubação em temperaturas adequadas

q  Leitura e Registro dos Resultados


A leitura dos tubos semeados verifica a presença de
contaminação e/ou de colônias ou de turvação, como sinal de
presença de micobactérias.

IPB/LACEN-RS
Procedimentos Práticos
da realização da Cultura
Manual de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e Outras Micobactérias, 2008

IPB/LACEN-RS
MÉTODO PETROFF modificado

IPB/LACEN-RS
Procedimento de Digestão e
Descontaminação
Nalc-NaOH (N-acetil-L-cisteína – Hidróxido de Sódio)
MÉTODO OGAWA-KUDOH

IPB/LACEN-RS
MÉTODO OGAWA-KUDOH

IPB/LACEN-RS
Método Ogawa-Kudoh

Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras Micobactérias - 2008 FEPPS. IPB/LACEN-RS. LABORATÓRIO DE MICOBACTÉRIAS
Método Ogawa-Kudoh

Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras Micobactérias - 2008 FEPPS. IPB/LACEN-RS. LABORATÓRIO DE MICOBACTÉRIAS
Método Ogawa-Kudoh

Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras Micobactérias - 2008 FEPPS. IPB/LACEN-RS. LABORATÓRIO DE MICOBACTÉRIAS
Método Ogawa-Kudoh

Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras Micobactérias - 2008 FEPPS. IPB/LACEN-RS. LABORATÓRIO DE MICOBACTÉRIAS
Método Ogawa-Kudoh

Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras Micobactérias - 2008 FEPPS. IPB/LACEN-RS. LABORATÓRIO DE MICOBACTÉRIAS
MÉTODO OGAWA-KUDOH
MÉTODO SIMPLES DE CULTURA COM SWAB

Vantagens:
ü  menos etapas de manipulação

ü  não usa centrifugação

ü  Meio de Ogawa – preparo simples/sem asparagina

ü  Meio de Ogawa – tamponado/sem neutralização

ü  Meio de Ogawa semeado - pode ser mantido em temperatura ambiente


(até 20 dias)

ü  Melhor distribuição das colônias na superfície do meio

IPB/LACEN-RS
CULTURA

v Falhas na detecção de crescimento no sistema


BACTEC/MGIT.

Growth detection failures by the nonradiometric


Bactec MGIT 960 mycobacterial culture system.

Peña JA, Ferraro MJ, Hoffman CG, Branda JA.

J Clin Microbiol. 2012 Jun;50(6):2092-5


ü  Período de 3 anos: 10.263 espécimes
clínicos – 1.323 culturas positivas.

ü  1.189 culturas positivas detectadas BACTEC.

ü  Das 134 culturas positivas não detectadas


pelo instrumento, 79 positivas
na inspeção visual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

v  BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual Nacional de
Vigilância Laboratorial da Tuberculose e Outras Micobactérias.
Brasília. 2008. 436p.

v  CONDE, M.C. et al. III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade


Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J. Bras. Pneumol. 2009;
35(10): 1018-1048.

v  BRASIL. Agência Nacional de Vigilância em Saúde. Secretaria de


Vigilância em Saúde. Infecções por micobactéiras de crescimento
rápido: fluxo de notificações, diagnóstico clínico, microbiológico e
tratamento. Nota técnica conjunta nº 01/2009.

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