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Desse modo, compreende-se como locação não residencial aquele contrato cujo
locatário não se trata de pessoa física e cuja destinação limita-se ao uso “de seus titulares,
diretores, sócios, gerentes, executivos ou empregados”, conforme descrito no art. 55 da Lei
8.245/1991.
Nessa esteira, é cabível esclarecer que essa rescisão, em geral, se relaciona com a
própria noção de prazo. À título de exemplificação, nos casos de locação de imóvel não
residencial com prazo determinado, claramente, o contrato restará extinto com o seu término,
findo o interregno estipulado, independentemente de notificação ou aviso ou qualquer
justificativa jurídica, a caracterizar a denúncia vazia. Nesse sentido, esclarece Gustavo
Tepedino, mais uma vez:
Por sua vez, caso o locatário não residencial tenha celebrado por escrito, contrato
por prazo superior a 5 anos e cumprido de forma ininterrupta, este poderá deter o direito de
renovação de aluguel judicialmente, sendo necessário, ainda, a exploração dessa atividade do
locatário, no mínimo e sem interrupções, no local, durante 3 anos, a configurar requisitos
cumulativos, mas que, entretanto, não significam a soma de ambos interregnos, isto é, 5 e 3.
Por outro lado, é frágil dizer que toda a problemática acarretada pela quarentena,
se trata de caso fortuito ou força maior, a afastar a necessidade do pagamento do aluguel,
porque o que se vê é, em verdade, impossibilidade de realização da atividade pretendida, em
razão de determinação do Poder Público.
[1] TEPEDINO, Gustavo, Carlos Nelson Konder, Paula Greco Bandeira. – Fundamentos do direito
civil, vol. 3 – Contratos – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2021.
[2] TARTUCE, Flávio Direito Civil: teoria geral dos contratos e contratos em espécie – v. 3. – 14. ed.
– Rio de Janeiro: Forense, 2019.
[3] TEPEDINO, Gustavo, Carlos Nelson Konder, Paula Greco Bandeira. – Fundamentos do direito
civil, vol. 3 – Contratos – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2021.
[4] SIMÃO, José Fernando. Pandemia e locação – algumas reflexões necessárias após a concessão de
liminares pelo Poder Judiciário. Um diálogo necessário com Aline de Miranda Valverde Terra e Fabio
Azevedo.