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Módulo 2, Capítulo 3.2
Dois factores explicam a grave crise. Por um lado, a abertura dos portos brasileiros ao
tráfego internacional. Portugal continuava, no início do século XIX, a fazer repousar a
sua economia no comércio dos produtos coloniais que revendia aos outros países
europeus em regimes de exclusividade. Nesse comércio, o Brasil era a parte mais
importante e lucrativa quer pelos produtos que fornecia à revenda na Europa e noutros
mercados.
Por outro lado, a abertura do espaço económico interno aos Ingleses. Os produtos
britânicos venciam na concorrência os nacionais, provocando a falência ou a estagnação
das manufacturas portuguesas.
Antecedida por algumas conspirações mal-sucedidas como a do general Gomes Freire
de Andrade, a Revolução que despoletou em 1820 foi planeada e organizada pelo
Sinédrio, organização secreta fundada no Porto, por Manuel Fernandes Tomás. Os
membros do Sinédrio aproveitaram a eclosão de uma revolução liberal em Espanha e a
ida de Beresford à corte no Rio de Janeiro para fazerem um pronunciamento militar de
que resultou a revolução de 1820.
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subordinarão à Inglaterra) uma verdadeira adesão ao programa liberal que estava longe
de satisfazer os grandes do reino. Os mais descontentes reuniram-se em trono da família
real (D. Carlota Joaquina, D. Miguel) que se recusavam a jurar a constituição.
O povo, reagia e provocava tumultos, presos a uma mentalidade religiosa e
tradicionalista o povo não se identificava com a legislação vintista e engrossou mas
fileiras da contra-revolução.
A situação económica agravara-se muito com o golpe da independência do Brasil em
1822.a crise do Brasil acarretou a desagregação do império atlântico e desestruturou a
balança nacional de importações e exportações.
A revolução liberal portuguesa ocorreu numa conjuntura internacional desfavorável.
A oposição absolutista interna foi crescendo, eclodindo em 1823 com a Vila Francada
na sequência das reestruturarão absolutista da Espanha. Dois regimentos portugueses
enviados para a fronteira espanhola rebelaram-se em Vila Franca. D. Miguel juntou-se-
lhes, assumiu o comando e redigiu o manifesto aos portugueses. A revolta só terminou
quando D. João VI intimou o filho a obedecer.
Em Abril de 1824 partidários de D. Miguel sequestraram o rei e o governo pondo o
reino em alvoroço. Pretendiam obrigar o rei a abdicar para entregar a regência à rainha.
Foi a Abrilada. D. Miguel foi exonerado dos seus cargos e mandado para o exílio em
Viena de Áustria.
Novas tensões surgiram após a morte de D. João VI, em 1826. A sucessão do rei
levantava ao país um problema delicado, D. Pedro, era imperador do Brasil e D. Miguel
era partidário confesso do absolutismo e estava exilado. Ciente do problema, D. João VI
deixara instruções para que à sua morte se criá-se um conselho de regência.
D. Pedro decidiu redigir uma Carta Constitucional que deveria substituir a Constituição
de 1822, possuindo um carácter mais moderado e menos democrático do que a primeira.
Quanto à questão da sucessão, D. Pedro abdicou do seu direito à Coroa portuguesa,
delegando-o na sua filha D. Maria da Glória (futura D. Maria II), com 7 anos. Ainda
segundo a estipulação de D. Pedro, esta deveria casar com seu tio D. Miguel que, ao
regressar do exílio, juraria a Carta Constitucional e assumiria a regência durante a
menoridade da sobrinha.
D. Miguel em 1828 deixou de cumprir o estabelecido, convocou as cortes à maneira
antiga, por ordens; fez-se aclamar rei absoluto, perseguiu e prendeu os liberais, estes
liberais organizaram a resistência que em 1831 ganha um novo alento quando D. Pedro
se lhes junta para assim defender os direitos de sua filha ao trono português. Foi na ilha
Terceira que D. Pedro estabeleceu o seu quartel-general, formando um pequeno
governo, que intitulou de regência liberal.
A sua acção libertadora inicia-se em 1832, desembarcando no Mindelo e o cerco da
cidade do Porto que durou cerca de um ano e foi o episódio mais dramático da dura
guerra civil que a partir dali se iniciou.
O povo cansado das prepotências absolutistas e apoiam o liberalismo.
Em 1834 as vitórias liberais nas batalhas de Almoster e Asseiceira foram o remate final.
D. Miguel depôs armas e assinou a convenção de Évora Monte. A vitória liberal na
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