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ATENDIMENTO AO PACIENTE COM AVC REVISÃO: --
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| HOSPITAL REGIONAL DO SERTÃO CENTRAL | RODOVIA CE 060 KM 198 – ESTRADA DO ALGODÃO | QUIXERAMOBIM/CE | CEP: 63.800–000 | CNPJ: 05.268.526/0016–57 |
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 REGULAÇÃO 3
3 FLUXOS DE ATENDIMENTO 4
3.1 AO PACIENTE EM JANELA DE TROMBÓLISE (<4,5H DO ICTUS) 4
3.2 AO PACIENTE FORA DA JANELA DE TROMBÓLISE (ENTRE 4,5H E 72H DO ICTUS) 6
4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA TRATAMENTO TROMBOLÍTICO 7
5 CONTRAINDICAÇÕES GERAIS AO TRATAMENTO TROMBOLÍTICO 7
6 ORIENTAÇÕES PARA USO DE ALTEPLASE 6
7 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO TRATAMENTO TROMBOLÍTICO 10
8 EXAMES A SEREM SOLICITADOS NA UAVC 11
8.1. EXAMES GERAIS - TODOS OS PACIENTES 12
8.2 EXAMES DE IMAGEM (ORIENTAÇÕES GERAIS) 12
9 CRITÉRIOS UAVC AGUDO 13
9.1 CRITÉRIOS DE ADMISSÃO 13
9.2 CRITÉRIOS DE ALTA 13
10 UAVC SUBAGUDO 14
10.1 DA REGULAÇÃO DE PACIENTE EXTERNO 14
11 CRITÉRIOS UAVC SUBAGUDO 15
11.1 CRITÉRIOS DE ADMISSÃO 15
11.2 CRITÉRIOS DE ALTA 15
12 AVC HEMORRÁGICO (AVCh) – ORIENTAÇÕES GERAIS 16
13 PRESCRIÇÃO PADRÃO - AVCi 17
14 REFERÊNCIAS CONSULTADAS 19
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1 INTRODUÇÃO
O acidente vascular cerebral (AVC) representa um grave problema de saúde pública, sendo - com algumas
variações entre países - a principal causa clínica de mortalidade e incapacidade em todo o mundo (70% das
pessoas não retornam ao trabalho devido às sequelas e 50% necessitam de cuidados de terceiros no dia-a-dia).
O AVC ocorre pela cessação do suprimento sanguíneo a uma ou a várias região do cérebro, seja por obstrução
(AVC isquêmico) ou por ruptura de uma artéria e extravasamento de sangue no parênquima cerebral (AVC
hemorrágico intraparenquimatoso) ou no espaço subaracnóide (hemorragia subaracnóide). O AVC isquêmico
representa 85% dos casos.
A manifestação clínica típica é caracterizada por déficit focal agudo: déficit de força e/ou sensibilidade de um
(principalmente) ou ambos os lados do corpo; dificuldade para falar, dificuldade para entender e se comunicar,
dificuldade para marcha ou equilíbrio, dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos, cefaleia súbita e
atípica.
principais fatores de risco, a maioria modificável, são: hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo,
tabagismo, alcoolismo, dieta inadequada, níveis elevados de colesterol, doenças cardíacas, uso de
anticoncepcionais hormonais, idade elevada, sexo masculino.
Nas últimas duas décadas, principalmente no tocante ao AVC isquêmico, poucas doenças tiveram uma
melhoria tão significativa entre as opções de tratamento. Está bem estabelecido que a detecção e intervenção
precoces são os principais determinantes para a redução de mortalidade e incapacidades. O surgimento das
Unidades de AVC (UAVCs), espaços destinados e devidamente equipados para o tratamento desta condição,
foi um passo fundamental para a consolidação efetiva do planejamento terapêutico para esses doentes.
A Unidade de AVC agudo (UAVC agudo) do Hospital Regional do Sertão Central conta com 10 leitos. Estes
serão destinados exclusivamente a pacientes com AVC isquêmico (AVCi) na fase aguda (primeiras 72h),
incluindo pacientes em janela para realização de tratamento trombolítico (< 4,5 h do início dos sintomas),
pacientes com trombose venosa cerebral (TVC) e pacientes com AVC hemorrágico (AVCh)
intraparenquimatoso de tratamento conservador.
2 REGULAÇÃO
Dos pacientes com suspeita de AVC fora da janela de tempo para tratamento trombolítico (entre 4,5h e
72h do início dos sintomas):
Dos pacientes com suspeita de AVC em janela de tempo para tratamento trombolítico (< 4,5h do início dos
sintomas):
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As unidades de origem deverão entrar em contato com o SAMU, que fará contato direto com a UAVC. Logo
após a vaga ser cedida, as unidades de origem deverão providenciar o adequado transporte do paciente.
Nos casos em que a TC inicial ainda for normal, deverão ser consideradas/excluídas causas clínicas que
possam justificar o quadro clínico / mimetizar acidente vascular, a exemplo:
Hipoglicemia/hiperglicema e outras alterações metabólicas (distúrbio hidroeletrolítico, encefalopatia
hepática, disfunção renal aguda ou crônica agudizada, entre outras)
Crise convulsiva prévia (paralisia de Todd?)
Síncope
Aura associada a enxaqueca
Vertigem periférica
Delirium (estado confusional agudo)
Quadro infeccioso ativo/sepse
Os pacientes cuja avaliação inicial descartar a possibilidade de evento cerebrovascular agudo e indicar outro
diagnóstico clínico deverão ser reconduzidos às suas unidades de origem para a devida regulação ao serviço
adequado.
Não receberemos pacientes na UAVC com rebaixamento de nível de consciência (alteração da escala de coma
de Glasgow não justificada por afasia ou < 10), sinais/sintomas de sepse, insuficiência respiratória ou outros
critérios que requeiram tratamento em unidade de cuidados intensivos.
Não receberemos pacientes para cuidados pós-operatórios neurocirúrgicos desta ou de qualquer outra
instituição, assim como não receberemos pacientes com diagnóstico de hemorragia subaracnóide
(HSA).
Casos outros que não estejam acima especificados NÃO são parte do perfil da Unidade e não serão admitidos
no setor.OBS: casos que gerem dúvidas devem ser discutidos com a coordenação.
3 FLUXOS DE ATENDIMENTO
Passo 1: Regulação
A unidade de origem deverá entrar em contato com o SAMU, que fará contato direto com a UAVC.
Após a aceitação do caso, a unidade de origem deverá providenciar o adequado transporte do paciente.
O enfermeiro da UAVC comunicará ao NAC a vinda do paciente.
O NAC comunicará imediatamente ao Laboratório, à Tomografia e ao setor de transporte.
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Passo 3: Tomografia
Local: sala da tomografia.
Auxiliar de transporte: realizar transporte ágil e seguro do paciente.
Técnico em radiologia: priorizar exame do paciente.
Radiologista: discutir o caso em conjunto com o plantonista da UAVC, e preencher o modelo de laudo
estruturado de urgência para TC de crânio.
Exames laboratoriais solicitados na triagem (a ser colhidos no momento da chegada – pacientes em janela
terapêutica para tratamento trombolítico)::
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Hemograma completo
Ureia / Creatinina
Na+ / K+
RNI / PTTA
A unidade de origem deverá solicitar vaga na central de leitos informando tratar-se de AVC agudo
(<72h do ictus) fora da janela de trombólise (>4,5h).
Do paciente que já tiver realizado TC em serviço externo, confirmando o diagnóstico de AVCh (do
tipo hemorragia subaracnoide):
A regulação deverá ir direto para o plantonista da Neurocirurgia, cuja equipe dará suporte à
condução do caso. Em sendo aceito o caso, este deverá ser alocado para a UTI, de acordo
com a disponibilidade de leito e após discussão do mesmo com o plantonista daquele setor,
pois não é perfil desta Unidade.
O paciente será avaliado na sala de triagem pela equipe da UAVC e realizados os exames necessários –
incluindo exame de imagem.
Se estabelecido o diagnóstico de AVCi, TVC ou AVCh (intraparenquimatoso ou HSA), o paciente será
reconduzido de imediato para a UAVC. Em se tratando de AVCh: se for do tipo HSA, o médico plantonista
deverá iniciar medidas clínicas, solicitar vaga na UTI, solicitar parecer da Neurocirurgia para
acompanhamento e decisão sobre possibilidade de abordagem neste hospital ou necessidade de
transferência a outro serviço; se do tipo AVCh intraparenquimatoso, o médico plantonista da UAVC deverá
fazer julgamento quanto à necessidade ou não de transferência para a UTI, iniciar medidas clínicas e
solicitar parecer da Neurocirurgia.•
Diante da definição de qualquer outro diagnóstico diferente de evento cerebrovascular agudo, se
estabilidade clínica permitir, o paciente será reconduzido à sua unidade de origem para o devido
tratamento ou encaminhamento para serviço adequado.
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OBS: O Laboratório disponibilizará o resultado em até 3h. Exames adicionais, quando houver suspeita
específica de outro diagnóstico, ficarão a critério da equipe.
Início dos sintomas superior a 4,5h (se o paciente foi encontrado com déficits ou acordou assim,
considerar o último horário em que foi visto bem).
Uso de Marevan com RNI > 1,7 ou heparina não fracionada nas últimas 48h com PTTA elevado.
Uso de novos anticoagulantes (inibidores diretos da trombina ou do fator Xa) nas últimas 48h.
Anticoagulação plena com heparina de baixo peso molecular (Enoxaparina) nas últimas 24h
Plaquetas < 100000/mm3.
História prévia de hemorragia intracraniana, MAV ou neoplasia intracraniana intra-axial.• Pacientes que
tiveram nos últimos 3 meses: AVCi, TCE grave, cirurgia intracraniana ou intraespinhal, IAM.
Neoplasia maligna do TGI ou hemorragia do TGI/geniturinária nos últimos 21 dias.
Melhora rápida e completa dos déficits no período que antecede a trombólise.
Hipertensão (PAS >= 185 e/ou PAD >=110) refratária ao tratamento clínico.
AVC com sintomas mínimos, sem repercussão.
TC de crânio com hipodensidade precoce > 1/3 do território da ACM.
Glicemia < 50mg/dl com reversão dos sintomas após a correção.
Evidência de endocardite ou êmbolo séptico, gravidez.
Suspeita clínica de hemorragia subaracnoide ou dissecção aguda de aorta.
Cirurgia de grande porte, procedimento invasivo ou trauma grave nos últimos 14 dias.
Punção lombar nos últimos 7 dias.
OBS: Pacientes com sintomas mínimos ou com melhora significativa (ou completa) dos sintomas à admissão
deverão necessariamente realizar AngioTC de crânio e cervical de urgência. Se esta mostrar oclusão de uma
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grande artéria intracraniana relacionada à irrigação do território responsável pelos sintomas, o tratamento
trombolítico poderá ser considerado de acordo com julgamento clínico.
Gerais:
Instalar 2 acessos venosos calibrosos nos membros superiores.
Dose de Alteplase: 0,9mg/kg (máximo: 90mg): 10% da dose em 1 minuto e o restante em 1hora.
O acesso para a administração da Alteplase deve ser exclusivo e a infusão controlada por bomba de
infusão contínua.
Específicas:
Não utilizar antiagregante ou anticoagulante (mesmo em dose profilática) nas próximas 24h seguindo a
infusão.
Não realizar acesso arterial ou acesso venoso profundo nas próximas 24h seguindo a infusão.
Evitar sondagem vesical nas próximas 24h seguindo a infusão. Se extremamente necessário, aguardar
pelo menos 30 min do fim da infusão.
Evitar sondagem nasogástrica/nasoenteral ou nasogástricas nas próximas 24h seguindo a infusão.
Manter o paciente em jejum por 24h devido o risco de hemorragia e necessidade de intervenção cirúrgica
de urgência.
Manter hidratação com soro fisiológico.
Solicitar TC de crânio sem contraste para controle após 24h do fim da infusão.
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Após 24h da administração trombolítico, o tratamento seguirá as mesmas orientações destinadas aos
pacientes que não foram submetidos à trombólise (antiagregação, anticoagulação, profilaxia
medicamentosa para TVP – quando indicados), desde que não tenham ocorrido complicações.
CONTROLE DE TEMPERATURA
CONTROLE GLICÊMICO
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Sangramento intracraniano:
Quando suspeitar?
Piora do déficit neurológico ou do nível de consciência, cefaleia súbitas, náuseas, vômitos.
O que fazer?
Se for durante a infusão de Alteplase, suspender.
Solicitar como urgentes: TC de crânio, hemoglobina, hematócrito, plaquetas, RNI, PTTA, fibrinogênio,
tipagem sanguínea e prova cruzada.
Se houver hematoma na TC: acionar a Neurocirurgia.
Angioedema orolingual:
Descontinuar Alteplase
Avaliar vias aéreas
Administrar: Hidrocortisona 200mg + Ranitidina 50mg + Difenidramina 50mg
Se não houver melhora ou houver piora: Adrenalina
Hipotensão arterial: geralmente responde à infusão de cristalóides.
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Ringer lactato até 2L. Se não responder ou não tolerar, avaliar drogas vasoativas.
AIT ou AVEi menor (NIHSS < ou = 4 sem repercussão funcional) sem FA documentada
Ataque: Clopidogrel 300mg + AAS 100mg
Manutenção: Clopidogrel 75mg/dia + AAS 100mg/dia
Iniciar em até 24h do início dos sintomas
Duração: 21 dias
OBS: Em pacientes > 75 anos, não fazer ataque de Clopidogrel (iniciar com a dose de manutenção).
Estenose intracraniana
Ausência de FA documentada
Não fazer ataque de Clopidogrel
Manter AAS 100mg/dia + Clopidogrel 75mg/dia por 90 dias
De modo geral, o que podemos avaliar em um paciente com AVCi para definirmos o mecanismo do evento –
onde pode está a causa?
Coração/Aorta: arritmias, doença valvar, trombo intracavitário, cardiomiopatia estrutural, forame oval
patente, ateromatose de aorta
Grandes vasos: aterosclerose/estenose, dissecção
Pequenos vasos (AVC lacunares) – vasos perfurantes
Outras causas: vasculites, vasculopatias não ateroscleróticas/não vasculíticas, coagulopatias, doenças
hematológicas
Fonte indeterminada: não se encontra o mecanismo após toda a investigação
Laboratório: hemograma completo, glicemia, ureia, creatinina, sódio, potássio, magnésio, cálcio, RNI,
PTTA, colesterol total e frações, triglicerídeos, sorologia para Chagas (IgG e IgM) quando suspeita,
troponina
ECG
Ecodopplercardiograma transtorácico
Rx tórax
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Pacientes com NIHSS < ou = 4 que iniciaram o quadro com sintomas mais graves e que estão em melhora ou
que estão apresentando “claudicação” dos sintomas
Avaliar presença de oclusão de grande vaso intracraniano para decidir, caso a caso, tratamento
trombolítico e possível encaminhamento para avaliação de trombectomia mecânica.
Orientações para realização de exames de imagem vascular durante investigação de mecanismo (fora
da janela para tratamento trombolítico):
Circulação anterior:
Doppler de vasos cervicais + AngioRM de vasos intracranianos (sem contraste - TOF)
Se Doppler alterado >> AngioTC
Circulação posterior:
◦ AngioTC cervical e de crânio
Exames adicionais para a investigação de AVCi em jovem (< 50 anos), sem condição de base que justifique o
quadro atual:
VHS
PCR
HbA1C
Homocisteína
Eletroforese de Proteínas Séricas
Eletroforese de Hemoglobina
Sorologias: VDRL, HIV, Hep B, Hep C
TSH, T4 livre
C3, C4, CH50
FAN
Fator Reumatoide
P-ANCA
C-ANCA
Anti-RO/Anti-LA
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OBS: Proteína C, Proteín S, Antitrombina III e Anticoagulante lúpico não deverão ser pedidos na fase aguda.
OBS2: A melhor estratégia propedêutica deve ser individualizada para cada caso.
Pacientes adultos com AVCi na sua fase aguda (< 72h do ictus), estáveis clinicamente, escala de coma de
Glasgow > ou = 10, sem outros critérios para admissão em Unidades de Tratamento Intensivo.
Pacientes adultos com diagnóstico de TVC, estáveis clinicamente, escala de coma de Glasgow > ou = 10,
sem outros critérios para admissão em Unidades de Tratamento Intensivo.
Paciente com AVCh intraparenquimatoso, após julgamento pelo plantonista da UAVC.
Admissão transitória: todos os pacientes adultos com diagnóstico de HSA e os casos de AVCh
intraparenquimatoso em que o plantonista da UAVC julgar necessária a transferência para a UTI . Nestas
situações, o médico plantonista deverá: iniciar medidas clínicas de acordo com cada caso, solicitar vaga
na UTI, solicitar parecer da Neurocirurgia, conforme já especificado anteriormente.
Os pacientes permanecerão na UAVC agudo, ao menos, durante as primeiras 72h após o ictus, para os
cuidados específicos desta fase. Tempo de permanência na Unidade: até 4 dias.
Após este período:
Se propedêutica completa e o paciente apresentar condições clínicas adequadas: alta para o
domicílio
Se a propedêutica ainda não estiver completa ou houver pendências clínicas: transferência interna
para a UAVC subagudo.
A qualquer momento, se o paciente apresentar critérios para admissão em Unidade de
Tratamento Intensivo, deverá ser solicitada transferência interna para aquele setor.
A qualquer momento, se houver definição de cuidados paliativos, deverá ser solicitada transferência
interna para a Unidade de Cuidados Especiais (UCE).
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10 UAVC SUBAGUDO
A Unidade de AVC subagudo (UAVC subagudo) conta com 10 leitos. Estes serão destinados exclusivamente a
pacientes com AVC isquêmico (AVCi) na fase subaguda (após primeiras 72h), pacientes com trombose venosa
cerebral (TVC) e pacientes com AVC hemorrágico (AVCh) intraparenquimatoso de tratamento conservador.
Tem como principal objetivo servir como retaguarda de leitos para a UAVC agudo. Seus leitos serão
destinados principalmente para os pacientes provenientes daquela Unidade, após a fase aguda, que
necessitam de complementação propedêutica ou possuem pendências clínicas para a alta hospitalar.
Havendo leitos ociosos, estes serão oferecidos à central de regulação para serem disponibilizados a serviços
externos.
A unidade de origem deverá solicitar vaga na central de leitos informando tratar-se de AVC subagudo (>72h do
ictus) .
Do paciente que já tiver realizado TC em serviço externo, confirmando o diagnóstico de AVCi, TVC ou AVCh
(do tipo intraparenquimatoso):
Diante de um AVCi ou TVC, será dada a vaga em definitivo para a UAVC, após avaliação e julgamento do
caso pelo plantonista da UAVC.
Diante de um AVCh, julgando necessário, o plantonista deverá discutir o caso com a equipe de
Neurocirurgia antes de aceitá-lo.
Do paciente que já tiver realizado TC em serviço externo, confirmando o diagnóstico de AVCh (do tipo
hemorragia subaracnóide):• A regulação deverá ir direto para o plantonista da Neurocirurgia, cuja equipe dará
suporte à condução do caso. Em sendo aceito o caso, este deverá ser alocado para a UTI, de acordo com a
disponibilidade de leito e após discussão do mesmo com o plantonista daquele setor, pois não é perfil desta
Unidade.
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fazer julgamento quanto a necessidade ou não de transferência para a UTI, iniciar medidas clínicas e
solicitar parecer da Neurocirurgia.
Diante da definição de qualquer outro diagnóstico diferente de evento cerebrovascular agudo, se condição
clínica permitir, o paciente será reconduzido à sua unidade de origem para o devido tratamento ou
encaminhamento para serviço adequado.
Os pacientes cuja avaliação inicial descartar a possibilidade de evento vascular isquêmico agudo ou
trombose venosa cerebral e indicar outro diagnóstico clínico deverão ser reconduzidos às suas unidades
de origem para a devida regulação ao serviço adequado.
Não receberemos pacientes na UAVC com rebaixamento de nível de consciência (alteração da escala de
coma de Glasgow não justificada por afasia ou < 10), sinais/sintomas de sepse, insuficiência respiratória
ou outros critérios que requeiram tratamento em unidade de cuidados intensivos.
Não receberemos pacientes para cuidados pós-operatórios neurocirúrgicos desta ou de qualquer outra
instituição, assim como não receberemos pacientes com diagnóstico de hemorragia subaracnóide (HSA).
Casos outros que não acidente vascular cerebral isquêmico e trombose venosa cerebral NÃO são parte do
perfil da Unidade e deverão ser referenciados para outros serviços.
OBS: casos que gerem dúvidas devem ser discutidos com a coordenação.
Pacientes adultos com AVCI ou TVC na sua fase subaguda (> 72h do ictus), estáveis clinicamente, escala
de coma de Glasgow > ou = 10, sem outros critérios para admissão em Unidades de Tratamento Intensivo.
Paciente com AVCh intraparenquimatoso após 72h do ictus, após julgamento pelo plantonista da UAVC.
Admissão transitória: todos os pacientes adultos com diagnóstico de HSA e os casos de AVCh
intraparenquimatoso em que o plantonista da UAVC julgar necessária a transferência para a UTI. Nestas
situações, o médico plantonista deverá, conforme mencionado anteriormente: iniciar medidas clínicas de
acordo com cada caso, solicitar vaga na UTI, solicitar parecer da Neurocirurgia.
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A qualquer momento, se houver definição de cuidados paliativos, deverá ser solicitada transferência
interna para a Unidade de Cuidados Especiais (UCE).
Meta de permanência na Unidade: até 7 dias.
Sumário de alta, onde devem constar: história clínica objetiva contendo as condições da admissão
(incluindo NIHSS da chegada); evolução do paciente na unidade (incluindo intercorrências); propedêutica
realizada; condições da alta (incluindo exame neurológico e NIHSS do dia); mecanismo do AVCi
(classificação TOAST); tratamento realizado e proposta de tratamento sequencial;
Encaminhamentos, de acordo com a necessidade: Neurologia, Cardiologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia,
outros;
Receituário;
Solicitação de entrega de cópia dos exames complementares realizados
Aos pacientes que forem admitidos sem a realização prévia de TC de crânio e cuja avaliação na UAVC
identificar a presença de AVCH, devem ser iniciados os seguintes cuidados gerais:
AVCH INTRAPARENQUIMATOSO
• Controle pressórico imediato e rigoroso, com droga intravenosa (no nosso serviço, preferência ao
Nitroprussiato de Sódio) nestes moldes:
◦ Pacientes com PAS entre 150 e 220mmHg na admissão, reduzir PAS para < 140
◦ Pacientes com PAS > 220mmHg na admissão, reduzir PAS para valores entre 140-160mmHg
• Outras medidas clínicas importantes:
◦ Controle glicêmico: Glc entre 140-180
◦ Controle de temperatura: tratar Tax > 37,5º
◦ Cabeceira 30º
• Suspender antiagregantes/anticoagulantes
• Solicitar exames gerais: ECG, RX tórax, hemograma completo, Ureia, Creatinina, Glicemia, PTTA, RNI, Na+,
K+, Cai, Mg++
• Corrigir distúrbios de coagulação existentes
• Instituir medidas mecânicas para profilaxia de TVP/TEP
• Iniciar anticonvulsivante se crise convulsiva
• Não fazer anticonvulsivante profilático
• Zerar dieta nas primeiras 24h
• Avaliação de prognóstico pelo ICH score
• Solicitar avaliação neurocirúrgica de urgência e transferência para a UTI.
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OBS1: Realizar controle tomográfico com 24h e entre o 3º e 5º dias de admissão. Após isso, se necessário,
individualizar cada caso.
OBS2: Cada caso deverá ser individualizado e nova TC de crânio deverá ser realizada a qualquer momento se
piora neurológica.
OBS3: Retornar profilaxia química de TVP/TEP após documentação da estabilidade do hematoma (controle
tomográfico no terceiro dia do ictus). Avaliar risco-benefício de cada caso.
• Controle pressórico imediato e rigoroso, com droga intravenosa (no nosso serviço, preferência ao
Nitroprussiato de Sódio) nestes moldes:
◦ Pacientes com aneurisma não tratado: manter PAS < 160mmHg
• Iniciar Nimodipino 60mg de 4/4h. Se hipotensão significativa, avaliar fracionamento da dose: 30mg de 2/2h
• Manter paciente euvolêmico (evitar hipervolemia e hemodiluição)
• Outras medidas clínicas importantes:
◦ Controle glicêmico: Glc entre 140-180
◦ Controle de temperatura: tratar Tax > 37,5º
◦ Cabeceira 30º
• Suspender antiagregantes/anticoagulantes
• Realizar AngioTC de crânio para identificar fonte de sangramento
• Solicitar exames gerais: ECG, RX tórax, hemograma completo, Ureia, Creatinina, Glicemia, PTTA, RNI, Na+,
K+, Cai, Mg++
• Corrigir distúrbios de coagulação existentes
• Instituir medidas mecânicas para profilaxia de TVP/TEP
• Iniciar anticonvulsivante se crise convulsiva
• Não fazer anticonvulsivante profilático
• Zerar dieta nas primeiras 24h
• Avaliação da gravidade do caso: WFNSS (World Federation of Neurological
Surgeons Scale) e escala modificada de Fisher
• Solicitar transferência para a UTI, avaliação neurocirúrgica de urgência e
transferência para serviço de referência.
OBS1: Realizar controle tomográfico com 24h, e tomográfico/angiotomográfico entre o 3º-5º dias e entre o 7º-
10º dias da admissão. Atentar a estes períodos caso o paciente permaneça por mais tempo na Unidade (falta
de vaga na UTI e impossibilidade de transferência para serviço de referência, por exemplo).
OBS2: Nova TC de crânio deve ser realizada a qualquer momento se piora neurológica.
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