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“MELIPONICULTURA COMO ALTERNATIVA

SUSTENTÁVEL”
Apresentação
Apresentação pessoal
José de Ribamar Silva Barros

• Agrônomo (Universidade Estadual do Maranhão)


• Mestre em Genética e Melhoramento Animal
(UNESP - Jaboticabal)
• Doutor em Genética (INPA – AM)
• Professor da UEMA, Departamento de Química e
Biologia
• Chefe do Lab. de Meliponicultura e Apicultura -
UEMA
CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA

Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Hymenoptera
Subordem Apocrita
Superfammília Apoidea
Família Apidae
Subfamilia Meliponinae
Tribos Meliponini, Trigonini e
Lestrimelitini
SUBFAMÍLIA - MELIPONINAE
TRIBOS

TRIGONINI MELIPONINI LESTRIMELITINI

Trigona Melipona Lestrimellita


Partamona Melipona quadrifasciata
Scaptotrigona Melipona bicolor
Plebeia Melipona scutellaris
Tetragonisca Melipona rufiventris
Nanotrigona Melipona fasciculata
Geotrigona Melipona subnitida
Friseomelitta Melipona flavolineata
Oxitrigona Melipona seminigra ...
Plebeia
MELIPONICULTURA

É a criação de abelhas
sem ferrão em
colméias padronizadas
e técnicas de manejo
adequadas
MELIPONICULTURA

 Até 1838 únicas espécies produtoras de mel


utilizadas no Brasil.

 Os índios foram os primeiros a utilizar os


produtos dessas abelhas para alimentação,
auxiliar na confecção de utensílios e na
impermeabilização de cestos.
ABELHAS SEM FERRÃO

 Maior centro de diversidade: Brasil

 Ocorrem em áreas tropicais e subtropicais das


Américas, África, Ásia e Oceania.

 Polinizadoras de grande número de espécies


vegetais nativas.

 Dependendo de cada espécie, os ninhos contém


de 500 a 80.000 indivíduos.
MELIPONICULTURA

 Finalidades
- Produção de mel
- Uso das abelhas na polinização
agrícola
- Produção de cera
- Manutenção da biodiversidade local
- Recreação e lazer
VANTAGENS DA MELIPONICULTURA
 Das 300 espécies de meliponíneos, cerca de 100 estão
em perigo de extinção (Kerr,1996);

 Além do mel, podem ser explorados comercialmente:


pólen, geoprópolis e o próprio enxame;

 Baixo investimento inicial;

 Dependendo da espécie e da flora local, podem


produzir de 2 a 8 litros de mel/colônia/ano;

 Preço do quilo do mel: R$ 15,00 a 50,00 (NE)


VANTAGENS DA MELIPONICULTURA

 Utilização terapêutica principalmente do mel;

 Programas de educação ambiental, turismo ecológico e


paisagismo;

 Criação como passatempo, explorando o mel


esporadicamente (Meliponoterapia);

 Facilita as pesquisas científicas (obtenção de enxames),


que são usualmente coletados na natureza.
PRINCIPAIS ABELHAS INDÍGENAS DO
MARANHÃO

 Melipona fasciculata (tiúba)

 Melipona subnitida (jandaíra)

 Melipona flavolineatta (uruçu)

 Scaptotrigona sp (tubi)
Melipona fasciculata (tiúba)
Melipona subnitida (jandaíra)
Melipona flavolineata (uruçu)
Scaptotrigona postica

( Tubi )
LOCAIS DE NIDIFICAÇÃO

Melipona fasciculata
LOCAIS DE NIDIFICAÇÃO

Scaptotrigona postica
Estrutura do ninho
Melipona fasciculata
Túnel de entrada
Potes de pólen Favo de cria

Potes de alimento
Foto: Eleuza Tenório, 2008

Invólucro
Células em construção Rainha Depósito de cera
Melipona fasciculata

Pilares

Melipona fasciculata
INSTALAÇÃO DE MELIPONÁRIO
INSTALAÇÃO DE MELIPONÁRIO

Características:
 Próximo ao pasto apícola;
 Proteção contra chuvas e sol direto;
 Proximidade de residências para evitar roubo;
 Longe de outras criações animais;
 Proteção contra ventos e inimigos naturais.
MELIPONÁRIO UEMA SÃO LUIS
MELIPONÁRIO UEMA SÃO LUIS
MELIPONÁRIO DE VILA NOVA
SÃO LUIS
MELIPONÁRIO DE VILA NOVA
SÃO LUIS
MELIPONÁRIO PAINEIRAS
URBANO SANTOS
MELIPONÁRIO DO SR. MÁRIO
SÃO BENTO
MELIPONÁRIO DO SR. MÁRIO
SÃO BENTO
BASES DA
MELIPONICULTURA
genética

pasto meliponícola manejo


GENÉTICA

Melhor espécie:
 ocorrência natural na região
 disponível à criação
 adaptável a caixa padronizada
 produtiva para a necessidade do criador
MANEJO

Caixas padronizadas:
 permite melhor desenvolvimento da
colméia
 facilita manejo
 facilita controle de inimigos e pragas
 facilita multiplicação das colméias
 facilita colheita periódica dos produtos
PASTO MELIPONÍCOLA

Plantas cultivadas, nativas ou daninhas que,


obedecendo a critérios de alta produção de
néctar, pólen e resina:

 existam em abundância
 tenham máxima duração das flores
 alta atratividade para as abelhas
 contribua vantajosamente para o
incremento da produção
CEBOLA DO CAMPO

Eichhornia crassipes
CHANANA

Turnera ulmifolia
MANGUE VERMELHO

Rhizophora mangle
SIRIUBA

Aivicennia nitida
VASSOURA DE BOTÃO

Vernonia chamaedrys
CRIVIRI

Mouriri guianensis
JITIRANA

Ipomoea bahienses
JUSSARA

Euterpe edulis
SABONETE

Sapindus saponaria
Pasto meliponícola

Importante:
nem toda flor serve
para pastagem....

1 colméia = 100 árvores


PASTO MELIPONÍCOLA

Plantas

 melíferas: néctar

 poliníferas: pólen

 resiníferas: resinas
PASTO MELIPONÍCOLA

Capacidade de suporte

 é a quantidade de caixas por área

 está diretamente ligada a


disponibilidade de pasto meliponícola

 para tiúba : 300 a 400 cx/hectare


Raio de vôo das abelhas

Espécies Distância (metros)


Mandaçaia 800
Tiúba/uruçus 1.000 – 2.000
Iraí 400 - 600
Jataí 500
Mandaguari 800
Munduri 600
Arapuá 800
Plebeia 540
Tubiba 750
PASTO MELIPONÍCOLA
Estratégia para ampliar alcance do pasto
PASTO MELIPONÍCOLA

Estratégia para ampliar alcance


do pasto
Tipos de colméia
COLMÉIA CABOCLA

Melipona fasciculata
COLMÉIA CABOCLA

Melipona fasciculata
Colméia Cabocla
MODELO KERR
COLMÉIA MARTHI
COLMÉIA INPA / EMBRAPA
Colméia Alberto Martins
Multiplicação de
colméias
Vilas Boas, H.C.

Passo 1: Preparar a nova caixa Passo 2: Escolher uma colônia


forte a ser multiplicada

Passo 3: Verificar o estado


geral da colônia a ser
Vilas Boas, H.C..
multiplicada.
Passo 4: Transferir o sobreninho
com discos de cria nascente e a
melgueira da caixa povoada para
nova caixa com ninho vazio.

Passo 5: Colocar o sobreninho da nova caixa


(vazio) sobre o ninho da caixa que foi dividida
(contendo cria, rainha e abelhas) que está com
Vilas Boas, H.C. população, postura nova e rainha fecundada
Zilse, N.

Vilas Boas, H.C.


Passo 7: Levar a caixa doadora
de abelhas campeiras a uma
Passo 6: Colocar a caixa recém distância mínima de 10 metros do
formada no local de uma caixa forte local de origem
para receber as abelhas campeiras
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL

Complementação de nectar:
Para cada litro de água
1 Kg de açúcar;
Um comprimido de complexo vitamínico.
ALIMENTADOR

FOTO: W. E. KERR ( 1987)


ALIMENTADOR
Alimentador
PRODUTOS
POLINIZAÇÃO

Antera:
parte masculina da flor

pólen

Estigma e ovário:
partes femininas da flor
Polinização
POLINIZAÇÃO

Anteras poricidas
POLINIZAÇÃO

Anteras Poricidas
Plantas das familias:
Solanáceas ( tomateiro, juazeiro e berinjela)
Melastomáceas (quaresmeiras)
Cesalpináceas (cássia, pau-brasil)
MEL
Mel cristalizado
(“açucarado”)
COLETA DE MEL
COLETA DE MEL
COLETA DE MEL
MEL DA TIÚBA
CONSERVAÇÃO DO MEL

 retirar o mel dos potes através de sucção


(preferencialmente)
 colocar em potes previamente esterilizados
tampar
 conservar em local fresco e seco
 quando abrir manter em geladeira
 tempo de conservação
 geladeira – 3 a 6 meses
PÓLEN
PROPOLIS

Scaptotrigona sp
PROPOLIS

Scaptotrigona sp
PROPOLIS

Scaptotrigona sp
PREDADORES E INIMIGOS NATURAIS
 Homem  desmata e queima as florestas,
extrativismo predatório.

 Algumas espécies de tatus e tamanduás, bem-


te-vis e outros.

 Lagartixas, calangos, osgas, sapos.

 Traça-da-cêra (Achroia grisella).

 Formigas, besouros, baratas, aranhas 


colônia fraca.

 Forídeos  põe seus ovos em favos de cria


recente (para aproveitar o alimento larval) ou
em potes de pólen abertos ou nos detritos das
abelhas (lixeiras).
TATU-PELUDO (CARNIVORA: EDENTATA)

Euphractus vilosus
Foto: Cristiane D. Pereira, 2006
Forídeos (Diptera: Phoridae)

Pseudohypocera kerteszi
Forídeos (Diptera: Phoridae)

Melipona fasciculata
Foto: Giorgio Venturieri, 2003
Lagartixas
Proteção contra Lagartixas

Melipona fasciculata
Formigas

Melipona fasciculata
Proteção contra Formigas
José de Ribamar Silva Barros

•Professor da UEMA, Departamento de Quimica e Biologia


• Chefe do Lab. de Meliponicultura e Apicultura – UEMA
•EMAIL: jrs.barros.uema@gamail.com

OBRIGADO

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