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improvisação, jogo

conceitos, procedimentos, reflexões, aplicações

improvisação, prática, música, teatro, dança, expressão, erro, escolha, caminho, jogo, presença, atenção,
escuta, memória, risco, medo, brinquedo, entrega, experiência, imprevisibilidade, permeabilidade,
comunidade, vulnerabilidade, concentração, abertura, foco, ambiente, espaço, tempo, corpo, voz

improvisação como meio - metodologia de ensino, processos criativos, processos comunitários


improvisação como fim - performances
improvisação e relações interpessoais
os diversos territórios da improvisação
improvisação na música - na interação com outras artes

o caminho me fez entender que o objetivo do trabalho que faço é a criatividade, e que a voz e a música são
fios condutores por caminhos diferentes e complementares - a voz me traz para a pessoa, como já venho
colocando desde o começo desse percurso - para a importância de olhar para todas as pessoas como
sujeitos ativos de um grande processo que são as relações
a música é para mim um possível tabuleiro cheio de elementos interessantes, o que Franziska Schroeder
(improvisadora islandesa) chama de FRAMEWORK, o que pode ser traduzido em conteúdos - peças do jogo,
regras do jogo…
a improvisação é a maneira como quero visitar esse tabuleiro, pois me aproxima da vida, do lidar com o
imprevisível, com a errância, com os aprendizados e com a criação de sentido, de uma maneira não
planificada.
a improvisação como ferramenta de ensino - me ajuda a assumir o que não sei, a encarar minhas
vulnerabilidades, a aceitar todos os resultados como verdadeiros, a não querer controlar o fluxo do som
através de palavras.
a improvisação como processo de autogestão do meu aprendizado - me ensina sobre quem sou, como
gosto de jogar, sobre minhas escolhas, me ajuda a traçar caminhos possíveis para novas descobertas, a me
acolher como pessoa errante, a brincar, a olhar para o medo com curiosidade, a entender meus
preconceitos, a poder mudar de ideia e experimentar outras maneiras de ser e estar que não faria.

a improvisação é um processo comunitário? e a improvisação solitária?


de onde surge em mim o desejo na improvisação? como eu acesso minhas memórias e o que faço com
elas? de que parte do meu corpo
convites ao som

referências: Stenio Mendes [​A Música Corporal na Educação Musical Brasileira: contribuições e facilitações
na visão de educadores musicais contemporâneos - Roberta Forte, dissertação de mestrado sobre a visão
de Barba e Stenio e a rede de educadores musicais ao redor deles]

improvisação e processos de corporificação do som - permitir-se entrar em estado de jogo, ou o que o


Stenio Mendes chama de “estado de arte” - um momento em que você está aberto para acessar todas as
energias sonoras disponíveis ao seu redor, atenta às outras pessoas. esse estado de arte, de jogo, de
presença, é um despegar-se do ego, do excesso de pensamentos e julgamentos. requer um espaço-tempo
propício, eu diria ritual. Stenio é uma dessas pessoas que criam esses espaços.
Stenio sempre cita a frase: ouvir o outro, sentir o outro, manter o outro - do ator, cantor, cineasta alemão
Teophil Maier, com quem trabalhou durante o início de sua trajetória com processos coletivos de música
corporal.

Stenio também sempre fala de uma PARTITURA INTERNA -


“Em princípio, é isso: você parte dessa audição, dessa necessidade do outro, assim,
mais profunda, um estimulando outro, um ajudando o outro e, nessa relação, surge um
fluxo de música, de sopros de caminhos a seguir. Aí eu chamo partitura interna essa
ajuda que surge nesse lugar de risco onde a gente tem a experiência de uma ajuda,
onde alguém que sopra para onde vamos. Um tipo de pensamento, de fonte, que eu
acho que é a fonte criativa mesmo e isso também tem a ver com esse público que faz
uma espécie de corrente espírita, vamos dizer assim. Uma escuta e uma torcida para
que isso se manifeste como um ritual e a gente se sente quase como um médium, de
algo novo que a gente mesmo não conhece, que a gente mesmo se surpreende da
gente mesmo ter conseguido fazer esse tipo de música. Então, isso eu conheci com o
Djalma Corrêa. Foi uma experiência profunda que eu tive com ele.” [anexo I - p. 167]

Stenio trabalha os os conteúdos como ferramentas: técnica vocal, parâmetros do som, tonalidades aliados
a conteúdos emocionais, criativos:
“Eu acho que é interessante dar essas ferramentas da linguagem musical codificada,
do pentagrama, que é um código. Ter as técnicas de compartilhamento, de acesso a
outras inspirações, à obras de arte, mas não esquecer desse outro espaço, deste
outro lugar que é da criatividade, desse estado psicológico que é ter uma presença
especial, um campo de libertação afetiva, de relação com o próximo que a arte
proporciona. Esse campo misterioso, utópico e que alimenta muito a relação
humana. Ter esses dois lados caminhando juntos, ou talvez até esse lado mais
convencional da música, como técnica, como partitura, ser intérprete de outros
compositores consagrados para que o indivíduo possa se conectar com as suas
fontes criativas, com as suas subjetividades, com esse campo afetivo de libertação
como um ser humano. Acho que é essa a função maior da arte. Uma das grandes
funções.” [anexo I - p. 171-172]

muitos jogos que apresento aprendi diretamente com o Stenio. outros com o Barba, de quem também
compartilho muitas coisas do pensamento.

talvez a mais fundamental tem a ver com o que ele chama de universalização do trabalho, mas que eu
chamo de autonomia e multiplicação - a ideia de uma rede de educadores musicais que se retroalimenta
em pesquisas de linguagem, processos e que desenvolve a pesquisa desde seus contextos, com liberdade e
autonomia . isso é totalmente diferente da ideia de método, e me leva para um lugar interessante,
libertador mesmo, de produção de sentido e de conhecimento pela experiência.

“Eu pensava que, em um grupo de trinta educadores, cada um deles leva para outros
lugares e vão saber muito melhor as particularidades dos seus grupos. Foi outra coisa
que me tendeu mais a universalizar, como eu estava falando antes, do que ficar em
uma escola, do que ficar fixo. Mas eu sinto que meu trabalho atingiu muito, através
de todos vocês, você inclusive, de todas as pessoas do Barbatuques e dessa época da
AUÊ, que pegaram cada uma dessas experiências, desses procedimentos, desses
jogos e foram aplicando e adaptando, verificando o que funciona ou não para cada
idade ou para cada grupo. Parece que não existe tanto assim uma regra. Lembro de
alguém chegar e dizer: “esse jogo não funciona para essa idade”, mas alguém chega,
experimenta e funciona. Por que? Acredito que por uma série de questões; é o jeito,
é a maneira, é a confiança, é o ambiente. Acho que, em minha trajetória, talvez por
eu não ter sistematizado demais, como publicação ou como controle do que os
outros faziam em relação ao que eu passei - foi uma opção - mas foi trazendo uma
organização grande para mim, sistemática, eu tenho organizado todo o sistema que
eu uso na minha cabeça. Mas não me deu vontade de ditar regras demais, isso pode
ou não pode, parece que eu estou aprendendo cada vez mais, talvez eu possa
sistematizar. Porque sempre vai ter uma exceção, sei lá, você vai fazer uma afirmação
muito definitiva e depois ter outra experiência.” [anexo i - p. 201]

Chefa Alonso - improvisadora espanhola com quem fiz uma oficina, que foi também bastante determinante
para o repertório de práticas e reflexões. Chefa investiga a improvisação livre, um território da
improvisação musical que se arrisca a uma não gramática. trago aqui algumas de suas contribuições que se
relacionam diretamente com o conteúdo também atitudinal em processos de improvisação:

CHEFA ALONSO - Improvisación Libre


La improvisación libre carece de una gramática referencial. Es una música que nace
desde el deseo de crear en el momento y colectivamente una música nueva. Frente a la
idea, bastante extendida, de que improvisar es “tocar cualquier cosa”, la preparación y
el aprendizaje de esta disciplina es un laborioso proceso de exploración, no sólo de las
posibilidades del propio instrumento, para reflejar las necesidades expresivas de cada
músico, sino también de las infinitas maneras de negociación social que se tienen que
establecer entre los músicos que participan de esta experiencia colectiva, para que la
música “camine”, “funcione”, sea eficaz.
Los improvisadores, cada uno con su propio bagaje cultural, musical y vital, van a la
búsqueda de nuevos paisajes sonoros, explorando las posibilidades expresivas de sus
instrumentos – escarban en la técnica, la extienden, exprimen las posibilidades tímbricas
-, e incluso modificándolos o inventándolos.
Los improvisadores se reúnen con otros músicos con los que nunca han tocado, músicos
de otros países, de otras lenguas, de otras culturas, y el milagro puede suceder.
Partituras invisibles vuelan sobre sus cabezas. Pero la libertad es exigente y tiene sus
reglas: hay que oír al otro, hay que sentirlo. El improvisador ha tenido que aprender a
tomar decisiones rápidas, a crear en el momento, a componer sobre la marcha. [p.8]

Por supuesto cualquier improvisador tiene inevitablemente reflejos, hábitos,


predilecciones que ofrecen simetrías y patrones de repetición en las improvisaciones. Es
imposible estar tocando algo distinto, estar inventando en todo momento.
Lo nuevo existe en las relaciones específicas de trasgresión y transformación de los
códigos existentes. La improvisación es una actividad creativa donde se “generan”
nuevas conexiones de sentido; tiene que ver con la capacidad generativa del ser humano
de crear, a partir de lo conocido, nuevas asociaciones o nuevas utilizaciones que darán
lugar a los descubrimientos, las novedades, los hallazgos.
En la improvisación se aplican de forma inconsciente e intuitiva una enorme cantidad de
elementos y reglas que no dan como resultado una obra final, con una forma definida e
inalterable, sino una variante, de las muchas que se podrían generar. [p.45]

jogo:
Stenio Mendes para Roberta Forte, na dissertação de mestrado dela:
Nós fizemos uma apresentação dentro de uma igreja, que fazia parte desse jogo que
eram as quatro fases das sonoridades da voz. A primeira era sons dos sopros, a segunda
já era com sons com mais atritos e iam entrando cada vez mais atritos, entrando
elementos de sons de bichos, às vezes mais altos, iam aumentando as intensidades dos
atritos em geral, até chegar às vogais, só vogais. Esse exercício marcou bastante, porque,
das consoantes percussivas, de repente, entrando as vogais e consoantes, se
transformavam só em canto, então a gente tinha a exata noção da sensação da voz
porque partiu do contraste; tinha a sensação de que a voz levava para estados celestiais,
de corais, de aspiração angelical, místico, enquanto que a percussão estava mais ligada
aos sons dos bichos, da natureza, do seu lado corporal mais denso, menos emocional,
talvez, enquanto as vogais levavam para estados de sentimento, do emocional. Esse é
um exercício do Theophil que eu levo até hoje como uma referência. (ANEXO 1, p.190)

CHEFA ALONSO - Improvisación Libre


abaixo um extrato do livro Improvisación Libre, da saxofonista espanhola Chefa Alonso. o link no título,
para o livro todo. [p. 60-63]

Algunos aspectos generales que propongo trabajar son:


La escucha
La concentración
La interacción
La confianza
La decisión musical
La energía
La exploración melódica, rítmica y tímbrica del instrumento
El silencio
La memoria musical
El riesgo
La ocurrencia musical
El desarrollo del propio lenguaje
La intención musical

Práctica de la improvisación
En cada sesión de trabajo (o en varias) propongo tres aspectos de intervención musical activa y una
audición en donde se recogerían ejemplos musicales representativos del material trabajado en cada sesión.
Los aspectos de intervención musical activa que se trabajarán son:

1.- Técnicas básicas de improvisación.


2.- Trabajo rítmico.
3.- Estructuración de piezas de improvisación libre.
1.- Técnicas básicas de improvisación libre:
• Exploración no convencional del instrumento.
• Creación de diferentes atmósferas.
• Pequeños solos, dúos encadenados.
• Construcción de miniaturas con caracteres muy diferentes.
• Recreación de ostinatos.
• Imitación y contraste de una propuesta musical.
• Exploración de timbres y de sonidos con y sin el instrumento (la voz, el cuerpo, el entorno).

2.- Trabajo rítmico:


• Compases irregulares.
• Diversidad de pulsos.
• Trabajo polimétrico.
• Ausencia de pulso.

3.- Estructuración de piezas de improvisación libre:


Se trata de “componer” una o varias piezas de improvisación libre, que puedan estar dirigidas y/o
estructuradas, poniendo en juego los elementos que se han trabajado anteriormente. En estas piezas los
participantes trabajarán en distintas agrupaciones instrumentales (solos, dúos, tríos, cuartetos, etc.) y en
distintas combinaciones de instrumentos.

Algunos ejercicios que ayudan a improvisar


1.- Solos, dúos encadenados en una dirección; dúos, cuartetos encadenados en la otra (los músicos estarían
formando un círculo). También se puede hacer que en una dirección se continué la historia y que en la otra
se rompa, se contraste.
2.- Trío base + un solista. Cuando el solista se incluye en la base, uno de la base solea. Esto se puede ir
haciendo en corro si el grupo es muy grande, es decir que cuando el solista se incluye en la base alguien de
la base se va para convertirse en solista.
3.- Miniaturas en grupos con imitaciones y contrastes. Un grupo propone, otro imita y otro contrasta. Para
esto se les puede dar un poema, un verso, una idea, un ambiente sobre el que trabajar la miniatura, o bien
se les propone que lo piensen ellos. Puede ser algo concreto como “el oleaje en un día de invierno” o algo
más abstracto y poético como “silbo palabras en el aire”.
4.- Que trabajen solos o dúos también sobre algo: una foto, una idea, un recuerdo, un texto.
5.- Ostinatos. Crear un ostinato de cinco notas o sonidos e ir desarrollándolo poco a poco hasta contar una
historia coherente.
6.- Dúos contrastados a la vez: algo remansado, que se mueve poco/mucha actividad; melódico/ruidístico;
algo que fluye/tartamudeo.
7.- Autarquía. Cada uno con su propia historia independiente del resto. (Esto se puede hacer también
combinándolo con los ostinatos).
8.- Tocar un motivo definido y más tarde desarrollarlo como pieza de solo. Sería el mismo motivo para
todos, pero cada uno lo desarrolla a su manera.
9.- Intentar reproducir distintos ambientes o momentos. Por ejemplo: susurros, voces en una noche
peligrosa; circo, ambiente callejero, fiesta; tristeza, soledad, balada; lluvia densa pero fina, frío;
tartamudeo, algo que no arranca, etc.
10.- Pregunta-respuesta.
Consejos para improvisar
1.- Cree lo que tocas. Nada funciona si no estás convencido de ello.
2.- Tu instrumento tiene un registro muy amplio. No te quedes sólo en el registro medio. Experimenta con
los extremos (lo mismo con la voz, el cuerpo...).
3.- Busca nuevos sonidos y “ruidos” en tu instrumento. Intenta “sonar” como otro instrumento.
4.- Las frases no sólo pueden ser ascendentes o descendentes. Intenta tocar con otras formas: en picos,
bucles, espirales.
5.- Plantéate tu solo como una pequeña historia ¿qué quieres contar?
6.- Además de frases (es decir, una sucesión de notas), puedes crear otros dibujos musicales: manchas,
nubes, puntos.
7.- No insistas en lo que ya conoces. Arriésgate a probar cosas nuevas.
8.- No tengas miedo del ridículo; no es más que una fórmula lanzada por los hombres contra la sinceridad.
Sé tú mismo y toca lo que sientas.
9.- La dinámica es el alma de la música. Aprende a tocar todos sus registros y tenla siempre presente.
10.- No tengas miedo de equivocarte. Un error puede ser únicamente un acierto involuntario.
11.- Disfruta.

El viaje de la improvisación
Escucha, cada día puede sonar algo nuevo.
La ilusión del descubrimiento.
Explora, no te canses de buscar.
Confía en ti mismo y en tus compañeros de viaje:
La interacción es el motor de nuestra barca.
No importa perderse.
Es el riesgo el que nos conducirá a alguna parte.
Recuerda los paisajes que cruzáis:
La memoria es importante.
No tener miedo. Muchas veces hay que tomar decisiones.
No dudes.
Concéntrate en la tarea.
Descansa, hay que mantener la energía.
Acuérdate que la música puede ser muy hermosa, pero que también lo es el silencio.

referências importantes:
livros:
augusto boal - Jogos para atores e não-atores
stephan nachmanovitch - Ser criativo: o poder da improvisação na vida e na arte
teca de brito - Koellreutter educador
teca de brito - Música, que jogo é esse?
violeta de gainza - La improvisación musical
ANEXO -
Jogos telemáticos - documento colaborativo - jogos sonoros para plataformas online

as salas:
Sala do messenger​ - permite até 8 pessoas, tem delay, filtra menos o som que o zoom, dá muito
eco mas mistura mais os sons - depende muito da conexão de cada um, os níveis de áudio
sempre são muito desiguais. a visualização do celular é ótima, faz o grid com as 8 pessoas

Sala do zoom​ - até 3 janelas soando simultaneamente, tem a possibilidade de equalização com as
configurações de áudio, que melhoram muito o ambiente sonoro da sala, mas é mais pesado para
conexões mais fracas. áudio melhora sem o vídeo. a visualização do celular não é boa, porque
não se pode ver mais do que 4 pessoas ao mesmo tempo.
zoom tem limite de tempo para o uso gratuito da plataforma, de 40 minutos :(
- a sonoridade do zoom mudou muito desde que começou a quarentena - agora existem
ajustes de áudio que atendem melhor às necessidades sonoras da música e do jogo

google meet -​ agora está com uma boa visualização em grid. plataforma muito instável, trava
bastante com muita informação de áudio e vídeo; das últimas vezes que usei senti uma pequena
melhora.

jitsi​ - usei uma vez para uma aula de canto - gostei da visualização, mas o som de instrumentos
entravam com muito cancelamento e não havia nenhuma opção de regulagem de áudio.

streamyard -​ não funcionou - reuniões com mais de 4 pessoas, percebi que em vários momentos
dava cancelamento de áudio para alguém.

cleanfeed​ - plataforma de áudio somente, tem uma resolução de áudio maravilhosa, permite as
simultaneidades mas não evita o delay. tenho dificuldade sno cleanfeed quando o grupo tem mais
do que 3 pessoas

O delay:
- depende da plataforma, da capacidade de processamento de dados de cada sala de reunião
- depende da conectividade de cada pessoa, da velocidade de sua internet, se é wi-fi, cabo ou
fibra, etc
- depende do dispositivo de cada pessoa, o tempo que o dispositivo leva para transformar o sinal
em som e imagem
- de que mais??

delay entre o som que emitimos e o que a pessoa recebe


delay entre som e imagem de uma mesma pessoa (nem sempre estamos no sync para quem nos
vê).

dinâmicas e formas de interação

em sequência, ou por contágio


sequência, ou rodas virtuais, estabelecer uma ordem de participação e criar a imagem de roda,
visualizar, isso ajuda na constituição do ambiente, os jogos podem acontecer a partir dessa
sequência, alternando a pessoa que dá início.
por contágio é deixar que as pessoas escolham seu momento de entrar no jogo

visualização:​ todos os vídeos desligados, e ligar somente quando está fazendo som - ou ligar no
silêncio, desligar no som; vídeo ligado durante toda a dinâmica; vídeo desligado durante toda a
dinâmica.

passar o som
passar o som é um jogo entidade - ele pode acontecer de diversas maneiras

passar o som na roda virtual:


passar o mesmo som - imitar exatamente o que escuta [um som, preferencialmente curto]
imitar o anterior e passar um novo - cada pessoa faz 2 sons
transformar o som que recebeu em outro

solos encadeados - uma pessoa por vez


Encadeamento: um som vem do outro, como elos de uma corrente.
uma voz, que oferece seu som a outra voz e esta dá continuidade ao som que vem. [também é
uma forma de passar o som]
pode-se fazer a escolha de imitar o último gesto da pessoa anterior e seguir desenvolvendo em
fluxo; pode-se realizar um som contrastante, ou que tenha a intenção de cortar o fluxo

duos encadeados - quando entra a terceira pessoa, a primeira sai


A primeira pessoa entra e propõe um som, outra vem em sua sequência, as 2 ficam soando, até
que entre uma terceira pessoa, “exigindo” a saída da primeira ou fazendo com que essa primeira
entre em loop
- solo loop; uma voz começa solando, outra voz entra solando e a primeira voz entra em loop
- dois solos; uma voz começa solando, outra voz entra solando e as duas ficam em diálogo
- dois loops; uma voz propõe um loop, entra a outra voz com outro loop.

[aqui também cabem trios encadeados]

dinâmicas de alternância solo-grupo


ecos (repetição igual)
ecos “yanomamis” (se preserva o contorno da frase, e se transforma no tempo ou na altura)
solo-coro (uma pessoa faz um solo e o coro responde sempre a mesma coisa)
pergunta-resposta (uma pessoa faz um solo e o grupo responde com outro solo)

sequência minimal
uma sequência de pequenos motivos rítmicos e/ou melódicos
uma pessoa inicia e as demais vão entrando uma a uma em sequência
uma pessoa inicia e todas cantam com seus áudios desligados, a pessoa que iniciou chama uma
a uma para cantar

minimal parte A e parte B


estabelecer a minimal, memorizar - variar e improvisar até encontrar o tema B - voltar para o tema
A (pode ser por regência ou por improvisação)
tema, variação, diversidade
com regência - pode ser a pessoa proponente do tema a regente, ou podem ser auto-regências:
0 - apenas escutar o tema
1 - imitar o tema o mais idêntico possível
2 - variar o tema, alterando altura ou duração
3 - diversidade, escutar a música antes, ou fazer o que a música te pedia na variação, mas que
você não podia fazer porque a regra não te permitiu

cinco-vira
joguinho animado de ligar e desligar vídeo. vídeo aberto = som; video fechado = silêncio;
você liga o vídeo quando se sente contagiada a interagir com o som
você desliga o vídeo quando quer mudar o som que está fazendo, ou quando quer ficar em
silêncio.

1, 2, 3, VAI

Contágio miniatura
uma pessoa propõe um som, que irá contagiar as pessoas; cada uma interage a partir de como se
sente contagiada. a duração é definida pela proponente, que vai buscar conduzir a impro apenas
com seus sons, sem a utilização de sinais.

línguas inventadas
diversas dinâmicas de blablações - contar histórias, experimentar emoções, imitar as línguas das
outras pessoas, dialogar em duas línguas inventadas

voz e movimento
aquecimentos que conectem movimentos do corpo com os sons
cantar, ou sonorizar com a voz, os movimentos de outra pessoa, ou cantar/sonorizar para a
pessoa se mover/ dançar

postais sonoros - imagens


cantar imagens distintas

Regência telepática
uma pessoa rege a outra pelo chat dando instruções que podem ser mais objetivas (coloca
percussão corporal, notas curtas, notas longas) ou mais subjetivas e poéticas (canta mais azul,
som de universo) (do Ronaldo essa)

Leitura Rítmica de Janelinhas do zoom


No zoom você coloca 4 pessoas no spotlight… teoricamente todos devem ver as 4 pessoas na
ordem em que você colocou (no modo speaker view). Uma pessoa vai improvisar de acordo com
o que ela está vendo: se alguma das 4 pessoas estiver com a câmera fechada significa silêncio…
se estiver aberta, som. Pode-se pensar em compasso de 4 tempos ou como subdivisões. As
pessoas podem abrir e fechar suas câmeras livremente, mas é interessante pensarem em como
elas afetam a improvisação ao fazerem isso. o improviso acaba quando todas as câmeras fecham.

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