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Instrumentos de Planejamento

Governamental (PPA, LDO e LOA) –


Aperfeiçoando a Visão Crítica

Célio Roberto de Almeida


Planejamento
“O planejamento pode ser entendido como a
escolha consciente de ações que aumentem as
chances de obter no futuro algo desejado no
presente. É uma atividade que orienta
possibilidades, arranjos institucionais e políticos.
Planejar é um processo, enquanto o plano é um
registro momentâneo deste processo e o
planejador é seu facilitador.”
Almanaque do planejamento, para entender e participar. MPOG

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Planejamento

O planejamento governamental é a atividade


que, a partir de diagnósticos e estudos
prospectivos, orienta as escolhas de políticas
públicas.

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Instrumentos de Planejamento
Governamental
• Plano Plurianual – PPA
(Inciso I e § 1º do art. 165 da CF/88);
• Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
(Inciso II e § 2º do art. 165 da CF/88);
• Lei Orçamentária Anual – LOA
(Inciso III e § 5º do art. 165 da CF/88).

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Plano Plurianual – PPA

“O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento para o


planejamento estratégico do município, isto é,
para organização dos recursos e energias do
governo e da sociedade em direção à uma visão de
futuro, a um cenário de médio prazo.”
Programa de Apoio à Elaboração e Implementação dos PPAs Municipais - 2014-2017 - Agendas de
Desenvolvimento Territorial. MPOG.

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Plano Plurianual – PPA
• Objetivo:
 Identificar com a máxima clareza e objetividade os
grandes problemas, programas, objetivos e metas a
serem priorizados pelo governo municipal, bem como
os resultados esperados.
 Organizar os programas e ações responsáveis pela
oferta de bens e serviços demandados pela sociedade,
em especial os segmentos mais fragilizados;
 Estabelecer critérios para nortear a alocação dos
orçamentos anuais;

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Plano Plurianual – PPA
• Conteúdo:
Diretrizes, objetivos e metas regionalizados para
despesas de capital e outras decorrentes e para
programas de duração continuada;

• Vigência:
4 anos com início no 2º ano do mandato do Chefe
de Governo;

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Plano Plurianual – PPA
• Prazos:
 Até 31 de agosto, para encaminhamento ao
Legislativo;
 Até o encerramento da sessão legislativa, para
aprovação pela Câmara Municipal.

• Vedação:
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

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Visão crítica sobre o PPA

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Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
• Conteúdo:
 Metas e prioridades, para o exercício financeiro
subsequente;
 Orienta a elaboração do orçamento;
 Dispõe sobre alteração na legislação tributária;
 Estabelece a política de aplicação das agências
financeiras de fomento;
 Anexos de metas e riscos fiscais (LRF).

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Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
• Vigência Anual

• Prazos:
15 de abril: Encaminhamento do Projeto de Lei
ao Poder Legislativo;
Primeiro período da sessão legislativa:
Aprovação pela Câmara Municipal.

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Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
Anexo de Metas Fiscais – AMF
1. Metas Anuais;
2. Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais do Exercício Anterior;
3. Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios
Anteriores;
4. Evolução do Patrimônio Líquido;
5. Origem e Aplicação dos Recursos Obtidos com a Alienação de Ativos;
6. Avaliação da Situação Financeira e Atuarial do Regime Próprio de
Previdência dos Servidores;
7. Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita;
8. Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter
Continuado.

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Visão crítica sobre a LDO

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Lei Orçamentária Anual – LOA
• Finalidade:
Estima a receita e fixa a despesa para o exercício

• Abrangência:
 Orçamento Fiscal;
 Orçamento da Seguridade Social;
 Orçamento de Investimento.

• Vigência Anual

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Lei Orçamentária Anual – LOA
• Prazos:
 31 de agosto: Encaminhamento do Projeto de Lei ao
Poder Legislativo;
 Encerramento da sessão legislativa: Aprovação pela
Câmara Municipal.

• Vedação:
Não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito.

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FLUXO DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
Órgão Central de Órgão Setorial de Unidade Chefe do Poder Poder
Orçamento Orçamento Orçamentária Executivo Legislativo

INÍCIO
Fixa Diretrizes
DEFINE:
Setoriais
-Diretrizes Estratégicas
- Parâmetros Quantitativos PROPOSTA
- Normas para Elaboração
PROGRAMAS

Estuda, Define e - Projetos


Divulga Limites - Atividades
- Operações Espec.
Compara Limites / Consolida e
Projetos / Atividades / Valida Propostas
Formaliza
Operações Especiais
Formaliza Proposta
Proposta Setorial
Ajusta Propostas
Setoriais Decide

Discussão e
Consolida e
Envia o PLOA Aprovação
Formaliza o PLOA
ao Legislativo

Distribuição de
Sanção Devolução ao
Cotas Orçamentárias
Execução do P. Executivo
Orçamento

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Visão crítica sobre a LOA

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Dispositivos inconstitucionais
 Concessão de créditos ilimitados (art. 167, VII, da CF/88);
 Autorização para transposição, remanejamento e/ou
transferência de dotações orçamentárias (art. 165, § 8º,
da CF/88);
 Alteração dos programas de governo previstos no PPA
(art. 165, § 8º, da CF/88);
 Autorização para abertura de créditos adicionais
especiais e/ou extraordinários (art. 165, § 8º, da CF/88).

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Planejamento Precário
 Autorização para abertura de créditos suplementares em
limite expressivo (enfraquece o debate político);
 Aplicação no ensino abaixo do limite mínimo de 25% da
receita resultante de impostos (art. 212 da CF/88);
 Aplicação na saúde abaixo do limite mínimo de 15% do
produto da arrecadação de impostos (art. 198, § 2º, da
CF/88 e art. 7º da LC nº 141/12);
 Despesa total com pessoal do Poder Executivo acima do
limite máximo de 54% da RCL (art. 20, III, “b", da LRF);
 Despesa total com pessoal do Poder Legislativo acima do
limite máximo de 6% da RCL (art. 20, III, “a", da LRF);

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Planejamento Precário
 Previsão de realização de operações de créditos em
montante que excede a fixação da despesa de capital
(art. 167, III, da CF/88);
 Autorização para contratação de operações de crédito
por antecipação de receita orçamentária no último ano
do mandato (art. 15, § 2º, da RSF nº 43/2001);
 Autorização para contratação de operações de crédito
acima do limite máximo de 16% da RCL (art. 7º, I, da RSF
nº 43/2001).

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Obrigado!
Célio Roberto de Almeida
Secretário de Controle Externo
celio.roberto@tcm.go.gov.br
(62) 3216-6217

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