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Resumo: O que temos observado na construção civil ainda está um pouco distante de uma
sinfonia bem orquestrada. Apesar de existir a partitura, os músicos estarem presentes com
seus instrumentos, ainda falta ser compreendida a importância da presença do arquiteto na
obra como regente dos trabalhos. Por conta da natureza da sua profissão, é ele que tem uma
visão holística da edificação que está sendo erguida, é o profissional que consegue fechar os
olhos e andar mentalmente pela construção, que saiu de sua cabeça. Infelizmente os
proprietários ainda depositam mais confiança nos mestres de obra e até pedreiros para
desempenhar a função de coordenar a obra. Não é raro que orientações feitas pelos arquitetos
e engenheiros sejam ignoradas na obra, em detrimento da opinião do mestre ou de pedreiros.
E igualmente frequente é a ocorrência de implicações posteriores, decorrentes desta atitude,
que vão demandar a intervenção do arquiteto corrigindo problemas que não se anteviu ao
desconsiderar suas orientações iniciais. E que além de tudo ainda vai custar mais ao
proprietário. Muitas vezes, os proprietários e os mestres de obra evitam chamar o arquiteto na
obra, com receio das observações que serão feitas, dos erros que ele vai possivelmente
detectar e, sobretudo, das alterações de projeto que são usualmente procedidas pelas costas do
profissional. Mas temos que formar a consciência de que o arquiteto é um aliado, que trabalha
para que a sua edificação fique a mais perfeita possível, atendendo a todos os requisitos
definidos pelo proprietário. Este artigo quer demonstrar que arquitetos podem atuar em uma
área pouco ou quase não explorada, a administração de obras, como forma de angariar mais
trabalho além de oferecer um serviço completo partindo do projeto até a execução de obras
assim garantindo excelência e sucesso em todo processo além de atuar ema outra frente de
trabalho oque é muito importante em um mercado que com a crise oferece pouca
oportunidade.
1. Introdução
A importância de uma obra bem-feita não se discute e isso vale para todos os
bolsos. Porém, a crise econômica tem provado que unir o útil ao agradável é uma boa saída
para quem pensa em construir. E o Arquiteto é o profissional certo nessa hora. Mas por quê?
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Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de MBA em Gestão de Obras e Projetos
da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, orientado pelo prof. José Humberto Dias de Toledo,
Ms.
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Arquiteto. e-mail: pericleslimavieira@yahoo.com.br
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Porque esse é o tipo de profissional que não se limita ao trabalho tradicional de um projeto,
empurrando obrigações e responsabilidades para outras pessoas, pelo contrário. O Arquiteto
possui formação em vários campos das áreas humanas engenharia, construção e administração
de obras. (Fonte, CAU BR / Leis Federais LEI N° 12.378 de 31/12/2010).
O sucesso de qualquer serviço ou obra de arquitetura e engenharia na indústria da
construção civil está ligado ao projeto, planejamento e controle de suas etapas. Arquitetos e
escritórios de arquitetura geralmente acabam não realizando ou não se envolvem em todas as
etapas, principalmente de execução ou administração de obras, o mais próximo que chegam
deste tipo de trabalho é o acompanhamento da execução de projeto. Na administração e
gerenciamento de obras, estes serviços podem abrir uma nova frente de trabalho em tempos
de pouca oferta e procura por projeto arquitetônico ou fazer um escritório passar a lucrar
também com este tipo de serviço oferecido.
O conhecimento dos detalhes de um projeto arquitetônico desenvolvido pelo
mesmo escritório de arquitetura que administrará e executara a obra é a segurança para todo o
processo elaborado, inclusive numa das etapas mais importantes a execução de obras. A
proposta deste artigo é explanar sobre a importância de um trabalho na maioria das vezes
ignorado ou não realizado por muitos Arquitetos e, demonstrar a distribuição de lucros pelos
trabalhos ou serviços realizados por vários profissionais que prestam serviço na construção
civil.
Os objetivos específicos dessa pesquisa é mostrar através de tabelas e exemplos
que os valores que envolvem somente projeto arquitetônico ou outros serviços de arquitetura
se torna irrisório perante a remuneração oriunda da execução e administração de obras,
também através de exemplos vamos observar que a contratação de profissionais habilitados
em determinado ponto acaba não ocorrendo devido as pessoas darem mais valor e importância
a parte de obra que um planejamento como um todo.
A metodologia usada para constituir esse artigo foi através de pesquisa aplicada,
bibliográfica, documental e através de casos vivenciado como Arquiteto e Urbanista.
promissor e bem mais lucrativo do que o de projeto, sendo que o arquiteto tem muito mais
facilidade de ser contratado para fazer a obra uma vez que é um dos primeiros profissionais a
ser contatado por quem vai construir e conhece melhor do que ninguém o que vai ser
construído, o arquiteto pode (e deve) usufruir deste ramo de atividade. (RODRIGUES, 2009)
O arquiteto está tradicionalmente ligado ao desenho, à funcionalidade e à estética
das edificações. (RODRIGUES, 2009) Seu trabalho fica num meio termo entre o rigor
construtivo da engenharia e os conceitos de beleza herdados das tradicionais escolas de belas
artes, devidamente reformulados pelos teóricos do século 20, sem falar de outros aspectos
técnicos que têm mais a ver com ele do que com outras especializações como o conforto
térmico, circulação, ventilação, insolação e o bem-estar humano como um
todo. (RODRIGUES, 2009).
Infelizmente, o mercado aqui no Brasil não dá a devida importância a este
profissional tão especial que é o arquiteto o qual, salvo raras exceções, não consegue dar uma
vida digna á sua família se tentar ganhar o sustento restringindo-se apenas a essas atividades
que lhe são normalmente atribuídas. (RODRIGUES, 2009).
Devido justamente a essa dificuldade de conseguir estabilizar-se na profissão,
depois da formatura acontece uma debandada dos recém-formados. Pela minha observação
pessoal reparei que acontece mais ou menos assim: a maior parte dos que se formam em
arquitetura acabam mudando de ramo, indo trabalhar em outras áreas mais rentáveis. Só
alguns conseguem realmente atuar dentro de sua especialidade, aquilo para o que estudou e
dedicou tantos anos de sua vida. Dentre estes estão (www.dca.arq.br/index.php/atividades-
vantagens-e-custos):
Uma pequena minoria consegue entrar para o serviço público, nos cargos mais
variados. Antigamente já foi mais fácil entrar para o serviço público, mas de uns
10 anos para cá os concursos são muito disputados e só mesmo uma elite é que
consegue o tão sonhado cargo público.
Uma boa parte, passam a encarar a arquitetura como hobby ou como
complemento da renda familiar, e não mais como ocupação principal.
Os demais são justamente os que ficaram na carreira, porque gostam dela e
porque conseguiram melhores condições de trabalho.
Principalmente neste último grupo é que acaba sendo necessário fazer uma
difícil opção: trabalhar como autônomo ou arrumar um emprego fixo. Esta última
possibilidade vem ficando cada vez mais restritiva, pois no mercado de trabalho o
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Além de ser frustrante, esta atividade como empregado ainda por cima paga muito
mal – um pedreiro que trabalhe nestas construtoras e incorporadoras frequentemente ganha
mais do que o arquiteto, por isso só mesmo os recém-formados ou os felizardos que têm
outras fontes de renda é que se sujeitam a este tipo de atividade.
Aos demais resta, portanto, a alternativa de trabalhar por conta própria, assumindo
todos os riscos do mercado que valoriza, igualmente, o construtor e o engenheiro, mas não o
arquiteto, como deveria ser, afinal o arquiteto é o especialista que vai estudar a melhor forma
de ocupar determinada área para que a construção atenda a tudo o que dela se espera, com
economia, beleza, praticidade e conforto ambiental. (Fonte: www.forumdaconstrucao.com.br)
É comum as pessoas pensarem na construção apenas como um empreendimento,
esquecendo-se de que aquele edifício vai abrigar seres humanos, que vão exercer suas
atividades naquele espaço durante décadas a fio. Nesses prédios que são feitos às pressas,
pensados apenas como obras comerciais de engenharia, é comum logo nos primeiros meses
surgirem os “puxadinhos”, “reformas” e as “ampliações”, porque o projeto inicial não foi bem
pensado e várias necessidades dos usuários não foram previstas e muito menos resolvidas. E
isto acontece em todos os tipos de edificação, sejam elas do tipo residencial, comercial ou
industrial. (Fonte https://www.aecweb.com.br/cont/m/cm/gestao-arquitetonica-pode-garantir-
mais-qualidade-aos-projetos_8239).
É papel do gestor da obra garantir que a construção seja realizada dentro do prazo
estipulado, com respeito aos custos previstos e aos padrões de qualidade e desempenho
desejados pelo cliente. "Quando essa gestão não ocorre como devido, as perdas financeiras e
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A tabela de honorários do CAU estabelece que o arquiteto deve cobrar uma certa
porcentagem por seus trabalhos de projeto e planejamento de obras. O grande problema é que
esta tabela é apenas uma referência, contam-se nos dedos da mão os profissionais que
conseguem efetivamente cobrar estes preços – e receberem. A esmagadora maioria dos
arquitetos, quando consegue serviço, precisa cobrar apenas uma pequena parcela desta tabela
ideal. (Fonte www.forumdaconstrucao.com.br)
Tomemos o exemplo de uma residência, um dos trabalhos mais comuns feitos
pelos arquitetos. Quando consegue vender um projeto completo, o arquiteto vai cobrar algo
como 5% do valor da obra. Digamos que seja uma residência de 200 m² ao custo unitário de
R$ 1.000 o m², valor total da obra R$ 200.000 e o arquiteto vai receber algo como R$ 10.000
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para trabalhar meses a fio naquele trabalho, arcando com despesas fixas no escritório e outras
despesas como estagiários, desenhistas, projetistas, computadores, programas, aluguel,
telefone, internet e muito mais. No final sobra muito pouco para suas despesas pessoais como
moradia, despesas com os filhos, alimentação e serviço médico.
Outro exemplo, desta vez bem maior: determinada incorporadora adquire um
terreno e para construir um edifício de apartamentos. São 25 andares com quatro
apartamentos por andar, ou seja, 100 apartamentos de 70 m² de área compartilhada para cada
um, resultando numa área total construída de 7.000 m² que demandarão um investimento na
obra de algo como R$ 7.000.000. O escritório de arquitetura que fará um projeto desses terá
sorte se conseguir cobrar 2% deste valor para fazer os projetos executivos, ou seja, receberá
uns R$ 150.000 e desse valor precisará pagar os projetos de estrutura, instalações, paisagismo
e os subcontratados do projeto arquitetônico. (Fonte,
http://www.dca.arq.br/index.php/atividades-vantagens-e-custos).
Ao mesmo tempo, a construtora que fiscalizará a obra não tem muita dificuldade
em cobrar entre 5 a 10% do valor, ou seja, vai receber seus R$ 500.000 que é mais ou menos a
mesma coisa que vai ganhar a imobiliária que venderá os apartamentos. Ou seja, o arquiteto
vai trabalhar tanto quanto, mas terá muito mais despesas e ganhará muito menos. (Fonte
https://www.aecweb.com.br/cont/m/cm/gestao-arquitetonica-pode-garantir-mais-qualidade-
aos-projetos_8239)
O arquiteto facilita a vida de todo mundo, ou seja, irá cuidar das tratativas com as
aprovações nos órgãos públicos, cuidar de todos os aspectos relativos à qualidade da
edificação, vai torná-la apresentável para que então uma construtora pegar os desenhos e
efetuar a construção, e depois vem um corretor engravatado ganhar muito mais do que o
arquiteto. Claro que estas são as contingências do mercado, mas a pergunta que estamos
querendo fazer é: porque o arquiteto realiza todo o processo criativo, desenvolve um projeto
arquitetônico, projeto legal e deixa a execução de lado? Porque o arquiteto não cuida da
construção também, afinal, será muito mais fácil para ele que conhece a fundo aquela
obra? Não é apenas este aspecto financeiro que nos leva a afirmar que o arquiteto deve sujar
os pés de barro e fazer a obra também.
Existe a questão da responsabilidade pelo projeto e pela execução, sem falar do
acabamento que o arquiteto, como especialista treinado no assunto, pode fazer melhor do que
ninguém. É óbvio que existem engenheiros e empreiteiros que primam pelo capricho e bom
acabamento, mas o arquiteto tem maior respaldo diferente que dá uma maior segurança,
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coisas que, no contexto geral da edificação, farão uma grande diferença na hora da venda do
imóvel ou para quando o usuário for efetivamente utilizar aqueles espaços.
Existe uma primeira resposta a esta questão, que é a tradição da profissão e que é
passada em muitas das escolas de arquitetura, em especial aquelas que primam por
desenvolver mais o lado artístico e filosófico da carreira do que seu aspecto prático. Pelo lado
dos arquitetos mais antigos, muitos dos quais são professores nas escolas tradicionais, nutrem
até mesmo um profundo desprezo por qualquer atividade ligada à construção, preferem ficar
discutindo a filosofia do projeto e deixam a etapa de execução de lado. (Fonte:
www.aecweb.com.br/cont/m/cm/gestao-arquitetonica-pode-garantir-mais-qualidade-aos-
projetos_8239).
E deixar a execução de lado, quase sempre acaba em desrespeito ao projeto e
consequentemente uma execução mais simples e barata e muitas vezes fora do padrão
desejado. O conhecimento da parte prática das construções nós permite não só um maior
conforto na parte financeira, mas vai também facilitar as suas atividades de projeto e destacar
mais o trabalho realizado. A grande maioria das escolas de arquitetura não se preocupa com a
parte prática da carreira, e dentre as que se preocupam são ainda menos as que ensinam
práticas de administração de obras tal como deve ser visto pela ótica do arquiteto.
Mas qual é a diferença? Existem certas coisas que não mudam, o pedreiro que
assenta tijolos numa obra residencial administrada por um engenheiro é o mesmo que vai
levantar paredes na construção de um hospital que está sendo administrada por um arquiteto
ou outro profissional. A contabilidade da obra é a mesma também, trata-se apenas de
relacionar as despesas de um lado e as entradas do outro. A diferença começa na hora das
compras, do contato com o cliente e com os profissionais responsáveis pela execução dos
diversos serviços. (Fonte MASCARO, JUAN LUIS; 2009).
O arquiteto tem fama de ser “chato” numa obra, mas a fama é injusta. O fato de
alguém ser detalhista e exigir um trabalho caprichado e bem feito não significa que ele esteja
errado ou querendo atrasar o serviço. (Fonte MASCARO, JUAN LUIS; 2009).
Às vezes o encarregado da obra entra num conluio silencioso com determinado
profissional que está executando um serviço, só para ganhar algum tempo na execução e
receber antes uma verba. Um exemplo: o administrador da obra percebe que determinada
parede revestida de azulejos ficou um pouco fora de prumo, mas faz de conta que não viu ou
aceita assim mesmo, porque está com pressa. Mas é a pessoa que vai usar aquela obra que vai
ter que se entender com uma porta que não consegue ficar aberta sozinha. Outro exemplo
comum: o azulejista vai assentar um piso e não se preocupa em dar o caimento em direção ao
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ralo, como tem que ser. O administrador nem se dá ao trabalho de verificar os níveis, aceita o
serviço de qualquer jeito e depois é o proprietário da residência que precisa secar o chão do
banheiro com panos, pois a água corre rapidamente para longe do ralo.
Um arquiteto tem um olho clínico para este tipo de defeito, e mais afinado ainda
para detalhes de acabamento. Por exemplo, um arquiteto e, mais especialmente as arquitetas,
não aceitariam uma pintura com variação na tonalidade ou um azulejo mal colocado. Nada de
pias fora da altura correta ou vidros colocados de qualquer jeito. Este tipo de detalhamento
está embutido na alma do arquiteto e de seus colegas que exercem funções similares, como o
decorador e o paisagista.
Há quem diga que o arquiteto perdeu espaço na construção civil – hoje ocupado
pelo mestre de obras e o carpinteiro, que viraram gestores de obras. Ele explica que, muitas
vezes, o custo da obra ultrapassa a meta do cliente e a construtora acaba fazendo alterações.
(NAKAMURA, 2014).
“Quando começamos a atuar como gerenciadores, participamos dessas decisões e
conseguimos que o projeto fique dentro do custo almejado, mantendo também o conceito
arquitetônico validado pelo cliente”. (NAKAMURA, 2014).
O arquiteto no gerenciamento de obras atua desde a concepção do projeto,
passando pelo processo de concorrência. Chamar quantas construtoras o cliente achar
adequado, fazer a pré-seleção, cotação, equalização, e trabalhamos com as melhores propostas
para atingir o custo definido. Depois de escolhida a construtora, é necessário fazer um
processo de reengenharia – reprojetar com a empresa vencedora para atingir o valor
objetivado pelo cliente. A partir daí dar início à obra. Dependendo do tamanho da obra,
montar uma equipe enxuta e trabalhar com o apoio do escritório, atuando até o final e uma
ótima estratégia assim garantindo um longo processo de trabalho desempenhado Depois de
concluída a construção, fazer o apoio pós-obra, monitorando os serviços, fazer o check list até
a construtora sair do processo. (NAKAMURA, 2014).
A diferença do gerenciamento de projetos e obras estar nas mãos do arquiteto é
que esse profissional têm uma preocupação maior com a qualidade do projeto. (CAPOTE,
2009).
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Por sua própria formação, os arquitetos prezam muito pela qualidade dos espaços,
acabamentos e em como aquele edifício vai ficar para o usuário final. No mercado, em geral,
é possível observar uma falta de cuidado com essas questões, importando somente o custo,
corta-se alguns elementos do projeto arquitetônico original e de melhor qualidade, visando
diminuir o custo. Mas o que farão para compensar essa perda de qualidade? Essa é a
vantagem de um arquiteto administrar gerenciar ou executar uma obra, seu papel cotar e
apresentar ao cliente outras possibilidades, principalmente quando se trata de item
considerado muito caro, evitando a mudança do conceito arquitetônico original ou, caso
necessário, alterando com critério. (CAPOTE, 2009)
Existem vários modelos de gerenciamento no mercado. Algumas empresas
somente de gerenciamento de obras, outras que desenvolvem o projeto e fazem também a
gestão e ainda, os departamentos de gestão de projetos e de obras das construtoras. Para nossa
expertise, é possível nos adaptarmos a qualquer modelo. Cabe ao cliente escolher, ressaltando
que o formato ideal é o próprio projetista gerenciar a obra, já que ele vai defender os
interesses e o trabalho que foi realizado a quatro mãos – junto ao cliente – até a conclusão da
construção. A construtora somente toca a obra, o dia a dia da construção. Cabe ao gestor de
projetos e obras a interface com o cliente, o que normalmente é feito por uma empresa
terceira. O mais adequado é projetar e fazer o projeto acontecer até o final sob a gestão da
arquitetura. O desafio é fazer a gestão do contrato não virar uma gestão por crise. O ideal é
uma parceria entre todos os envolvidos, inclusive o cliente, colocando todos do mesmo lado
da mesa. Afinal, o objetivo é construir bem. (CAPOTE, 2009).
A função de gestor é fundamental para o cumprimento do prazo, do preço e ainda,
para assegurar a qualidade do projeto até sua execução, essa função já é uma realidade do
mercado da construção civil brasileira e melhorar ainda mais atingindo fazer com que todos
optem pelo serviço de gerenciamento e induzir os clientes cada vez mais comprar o “pacote
completo’ – contemplado pelo projeto mais gerenciamento. A grande vantagem para o cliente
é ter um único interlocutor, com quem poderá tratar do começo até o fim da obra, e que
acompanhou todo o histórico do projeto.
O arquiteto administrador de obras tem várias vantagens. É quem melhor conhece
as necessidades do cliente e os detalhes da obra. É mais treinado do que um construtor ou
engenheiro para entender o lado humano das situações. É ele quem pode aumentar a garantia
da efetiva concretização do que foi especificado e projetado, o que de quebra pode diminuir
os custos com detalhamento. Pode diminuir custos e perda de tempo com reuniões e estudos
para definição de detalhes e solução de problemas.
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Figura 1
Fonte Revista AU – PINI 20
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Figura 2
Fonte Revista AU – PINI 2015
6 Conclusão
7 Agradecimentos
Abstract: What we have observed in the civil construction is still a little distant from a well
orchestrated symphony. Although there is a score,and the musicians are present with their
instruments, the importance of the presence of the architect in the work as regent of the works
still remains to be understood. Because of the nature of his profession, it is he who has a
holistic view of the building being erected, he is the professional who manages to close his
eyes and walk mentally through the building, which has come out of his head. Unfortunately
the owners still place more confidence in the masters of work and even masons to perform the
function of coordinating the work. It is not uncommon for guidelines made by architects and
engineers to be ignored in the work, to the detriment of the opinion of the master or masons.
And it is also frequent that subsequent implications arise from this attitude, which will require
the intervention of the architect correcting problems that were not foreseen to disregard his
initial orientations. And that in addition will still cost more to the owner.
Often owners and masters avoid calling the architect into the work, with fear of the
observations that will be made, the mistakes he will possibly detect, and above all the design
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changes that are usually carried out by the professional's back. But we have to form the
awareness that the architect is an ally, who works to make his building as perfect as possible,
meeting all the requirements defined by the owner.
Referências
CAPOTE, Luis. Gestão arquitetônica pode garantir mais qualidade aos projetos.
Disponível em:
https://www.aecweb.com.br/cont/m/cm/gestao-arquitetonica-pode-garantir-mais-qualidade-
aos-projetos_8239
http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/245/como-fazer-o-gerenciamento-de-obras-
324017-1.aspx