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MEMORIAL DESCRITIVO

ASSUNTO: ADUTORA DE REDE DE ABATECIMENTO DE ÁGUA


LOTEAMENTO: PREMIER
PROPRIETÁRIO: AVN EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA-ME
CNPJ: 10.537.751/0001-03
LOCALIDADE: VILA COQUEIRO
CIDADE: IGUATU-CE

VOLUME ÚNICO

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SUMÁRIO
1.0 APRESENTAÇÃO...................................................................................................3

2.0 GENERALIDADES..................................................................................................3
2.1 Acesso Rodoviário.......................................................................................................................................3
2.2 Condições Climáticas..................................................................................................................................3
Pluviometria média anual observada em 2012: 806,50mm...............................................................3
2.3 Características Geomorfológicas..............................................................................................................3
3.0 POPULAÇÃO DO PROJETO.................................................................................4

4.0 INFRA-ESTRUTURA..............................................................................................4
4.1 Pavimentação...............................................................................................................................................4
4.2 Saneamento Básico....................................................................................................................................4
4.3 Energia Elétrica............................................................................................................................................4
4.4 Comunicação................................................................................................................................................4
4.4.1 Telefonia....................................................................................................................................................4
4.4.2 Correios......................................................................................................................................................4
5.0 PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO............................................................5

6.0 – O PROJETO.........................................................................................................5
6.1 - Concepção.................................................................................................................................................5
6.2 - Demanda e Vazões..................................................................................................................................5
6.3 – Unidades do Sistema...............................................................................................................................6
6.3.1 – Captação a partir de Injetamento em Rede Existente....................................................................6
6.3.2 – Rede de distribuição.............................................................................................................................6
7.0 PLANILHA DE CÁLCULO DE REDE....................................................................7

8.0 PROJETO ELÉTRICO..........................................................................................7

9.0 PLANILHA ORÇAMENTÁRIA...............................................................................8

10.0 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS...........................................................................8


10.1 GENERALIDADES....................................................................................................................................8
10.2 TÊRMOS E DEFINIÇÕES.......................................................................................................................9
10.3 RESPONSABILIDADES.........................................................................................................................10
10.4 OBRA CIVIL.............................................................................................................................................15
10.5 TUBOS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS..............................................................................................22
10.6 LIGAÇÕES PREDIAIS............................................................................................................................23
11.0 FICHA TÉCNICA.................................................................................................24

12.0 – Plantas.............................................................................................................25

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1.0 Apresentação

O presente trabalho se propõe a definir uma solução ao nível de projeto de


engenharia, para o Sistema de Abastecimento D’água do Loteamento PREMIER,
com um total de 913 lotes, pertencente a AVN EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA - ME, com sua implantação na zona urbana do Município de
Iguatu, localizado no lugar denominado Bairro VILA COQUEIRO,
compreendendo rede de distribuição. A execução após aprovação do SAAE ficará
na responsabilidade da Empresa, obedecendo às normas do SAAE.
O projeto engloba formulações técnicas baseadas em normas da ABNT.
Incluí-se no mesmo uma Planilha Orçamentária e Especificações Técnicas que
servirão de orientação para a execução.

2.0 Generalidades

O Loteamento Premier situa-se na sede urbana do Município de Iguatu -


Ceará, com distancia em linha reta de aproximadamente 312,00 Km de Fortaleza,
Capital do Estado; sendo que o Loteamento se situa no lugar denominado Bairro
Vila Coqueiro, distando aproximadamente 3 Km do centro da cidade.
Os dados geográficos do município de Iguatu são:

Área: 1.042,60km2
Altitude (Sede): 217,20m
Latitude (S): 6º21’34’’
Longitude (W): 39º17’55’’
♦ Os Limites são:
Norte: Quixelô e Acopiara.
Sul: Cariús e Cedro.
Leste: Cedro, Icó, Orós e Quixelô.
Oeste: Acopiara, Jucás e Cariús.

2.1 Acesso Rodoviário

O acesso a Iguatu, a partir de Fortaleza, dá-se pela e CE-060, distando


380,00Km de Fortaleza.

2.2 Condições Climáticas

Os dados relativos ao clima de região são estimados e dimensionados em


função de cadastros elaborados e constantes de informações fornecidas pelo Plano
Estadual de Recursos Hídricos.

Pluviometria média anual observada em 2012: 806,50mm


Trimestre mais seco do ano ...................................Ago/Set/Out
Período mais úmido do Ano ...................................Jan/Fev/Mar/Abr

Temperaturas:
- Média das Máximas: 28
- Média das Mínimas: 26

2.3 Características Geomorfológicas

O Município de Iguatu possui um relevo com depressão sertaneja submetido


a processos de sedimentação.

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Classes de Solo: Aluviais – Litólicos – Podzólico Vermelho Amarelo e
Vertisolo.
Uso Potencial do Solo: Culturas de subsistência, milho, arroz, feijão e
mandioca.

3.0 População do Projeto

A População do Projeto foi obtida através de estimativa, levando-se em


consideração o número de lotes igual a 913 e ocupação de 5,0 pessoas por
domicílio.
No levantamento, obteve-se os seguintes dados:
 Nº de Lotes: 913
 População atual: 4.565 habitantes (913 Ligações)
 População de Projeto: 4.565 habitantes

4.0 Infra-estrutura

4.1 Pavimentação

O Povoado apresenta 100% sem revestimento.

4.2 Saneamento Básico

O município de Iguatu já é atendido com sistema público de abastecimento


de água, igualmente é atendido com sistema público de coleta e tratamento de
esgoto. Sendo que o Loteamento atualmente não é abastecido, por conta de está
em fase de implantação, mas o sistema de esgoto será através de fossa e
sumidouro levando em consideração a capacidade de infiltração do solo local.

4.3 Energia Elétrica

O município de Iguatu é atendido com energia elétrica de alta e baixa


tensão, sendo que no Loteamento passa uma Rede de Distribuição em Alta e Baixa
Tensão.

4.4 Comunicação

4.4.1 Telefonia
O Município é atingido por telefonia fixa e móvel.
Terminais Telefônicos Instalados:
- Convencionais: sem informação no IPECE
- Celulares: sem informação no IPECE
Terminais Telefônicos em Serviço:
- Convencionais: sem informação no IPECE
- Celulares: sem informação no IPECE
- Telefones Públicos: sem informação no IPECE

4.4.2 Correios

Unidades de Atendimento no município:


- Agências de Correios: 1

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5.0 Parâmetros de Dimensionamento

De acordo com os Termos de Referência para Elaboração de Projetos de


Pequeno Porte, os parâmetros são os seguintes:

Localidade: Bairro Vila Coqueiro


N.º de unidades habitacionais/Lotes: 913
Taxa de ocupação: 5,0 hab. por unidade
População de projeto (P): 4.565 hab.
Consumo per capita: 150 l / hab. / dia.
Coeficiente do dia de maior consumo: K1 =1,2
Coeficiente da hora de maior consumo: K2 =1,5

6.0 – O Projeto

6.1 - Concepção

INJETAMENTO EM TUBULAÇÃO PVC EXISTENTE

A água será captada por meio de um injetamento em rede de água tratada


DN 200mm existente do SAAE, que irá atender as 913 ligações e chegará aos
domicílios através da rede de distribuição.

6.2 - Demanda e Vazões

Com base nos parâmetros estabelecidos e mencionados anteriormente,


calculamos as demandas necessárias para o Sistema do Loteamento Premier, no
Município de Iguatu – Ceará, a partir deste injetamento:

 População de projeto (P)


P’ = N.º de Residências x 5,0 habitantes
P’ = 913 x 5,0
P’ = 4.565 hab.

 Vazão média de consumo:


Q0 = P x 150 / 86.400
Q0 = 4.565 x 150 / 86.400
Q0 = 7,93 l/s ou 28,54 m³/h

 Vazão do dia de maior consumo:


Q1 = P x 150 x 1,2 / 86.400
Q1 = 4.565 x 150 x 1,2 / 86.400
Q1 = 9,51 l/s ou 34,23 m³/h

 Vazão da hora de maior consumo:

Q2 = P x 150 x 1,2 x 1,5 / 86.400


Q2 = 4.565 x 150 x 1,2 x 1,5 /86.400
Q2 = 14,26 l/s ou 51,33 m³/h

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6.3 – Unidades do Sistema

O sistema de abastecimento de água do Loteamento Premier


compreende as seguintes unidades: rede de distribuição que passamos a
descrever:

6.3.1 – Captação a partir de Injetamento em Rede Existente

A Captação a partir de um injetamento na Rede de distribuição de água


tratada do SAAE DN 200mm, que será utilizada para o abastecimento da
população do projeto, estando localizada na Av. de Contorno (Anel Viário),
possuindo vazão e pressão suficiente para o atendimento à população, sendo as
mesmas mencionadas juntamente com o tipo de tubulação e o DN.

6.3.2 – Rede de distribuição

A Rede de distribuição será atendida por gravidade. Os cálculos hidráulicos


foram feitos utilizando-se da fórmula de Hazen – Williams e efetivados por software
adequado.
A pressão dinâmica mínima na rede ficou em 11,363 mca e a pressão
máxima estática é de 21,852 mca, atendendo a todas as unidades.
A tubulação será toda em FoFo do tipo JEI CL-12 1 Mpa com diâmetros
variando de 150 a 200mm. O resultado dos cálculos processos está agrupado em
planilhas anexo. Os detalhes gráficos construtivos estão representados em plantas
específicas da rede de distribuição.

As extensões da rede são as seguintes:

Diâmetro 150 mm 1720,00 m


Diâmetro 200 mm 440,00 m

 Vazão de Distribuição Linear


Q = Q2 / L (Rede)
Q = 14,26 / 2.160
Q= 0,0066 l/s / m

Dados Gerais da Rede


Fórmula Utilizada Hazen Williams
Coeficiente (C) 130
Número de Nós 10
Número de Trechos 9
Vazão de Distribuição Linear 0,0066
Diâmetros Otimizados

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7.0 Planilha de Cálculo de Rede

Roteiro para Planilha de Cálculo de Rede


(Fica claro que não é uma regra, porém solicita-se a título de padronização)

1- O primeiro passo é definir nós e trechos, segundo alguns autores, torna-se


mais prático numerar os nós partindo do reservatório ou ponto de injetamento
(ver croquis na página da tabela de perda de cargas);
2- Colocar na tabela os dados disponíveis (Trechos, Nós, Extensão dos trechos,
cotas do terreno), atentar para o detalhe que as cotas do terreno nada mais é
do que as cotas dos Nós em cada extremidade dos trechos;
3- Adota-se um Fuste;
4- Calcula-se a vazão de distribuição linear;
5- Para efeito de cálculo, existe quatro tipos diferentes de vazões por trecho,
sendo dependentes entre si ; 1 - Para o cálculo da vazão a montante: adota-se
na extremidade da rede (ultimo Trecho) vazão igual a zero, o outro trecho será
a soma entre vazão a montante e vazão em marcha do trecho imediatamente
anterior; 2 – Para cálculo da vazão em marcha: multiplica-se a vazão de
distribuição linear pela extensão do trecho; 3 – Para cálculo da vazão a jusante:
soma-se a vazão a montante com a vazão em marcha do trecho; 4 – Para
cálculo da vazão fictícia: tira-se a média aritmética entre a vazão a montante e
a jusante.
6- Para o cálculo da velocidade utiliza-se a fórmula: V = 4Q / D² , onde Q é dado
em m³/s, D em (m) e obtêm-se V em (m/s).
7- Para o cálculo da perda de carga

8- A primeira cota piezométrica a ser especificada é a de montante referente ao


Nó do reservatório, que é exatamente a cota do próprio Nó (Terreno) mais o
fuste adotado; a cota piezométrica a jusante (O outro Nó do trecho) é a cota
piezométrica a montante, menos a perda de carga total, se caso o trecho seja
contínuo (não seja uma ramificação), a cota piezométrica a montante do
próximo trecho se torna por obrigação igual à piezométrica de jusante do trecho
imediatamente anterior (interessante se faz observar o que foi dito na planilha
dada);

8.0 Projeto Elétrico

Os projetos elétricos deverão ser desenvolvidos de acordo com as normas da


Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, da concessionária de energia
local COELCE:

 Memorial Descritivo

 Apresentação do Projeto
 Resumo do Projeto
 Memória Descritiva
 Especificação dos equipamentos com indicação dos fabricantes
 Detalhe da instalação dos equipamentos
 Lista de eletrodutos e condutores de força, controle e instrumentação.
 Especificação para execução das instalações

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 Planilha Orçamentária

 Peças Gráficas

 Instalação elétrica Interna – Força e Alimentação


 Instalação elétrica Externa – Alimentadores e iluminação
 Planta de locação
 Planta de Situação
 Desenhos e detalhes da Substação
 Desenho da Malha de terra
 Diagramas Unifilar, Trifilar, de comandos e dimensional.
 Ramal de interligação com a COELCE

Se for o caso outros documentos e desenhos necessários à perfeita execução da


instalação, deverão ser apresentados pelo projetista.
Para a instalação ao tempo de quadros ou outros equipamentos deverá ser
projetada uma proteção em alvenaria.
A iluminação externa deverá ser em poste de concreto com luminária fechada e
comando automático.
No projeto devem ser consideradas as condições ambientais locais, em especial
aquelas que indiquem a necessidade de proteção dos equipamentos e de proteção
atmosférica – níveis de salinidade e de trovoada.
Em se tratando de sistema integrado deve ser apresentado um projeto de
automação em telecomando e telemetria.
O SAAE só receberá o projeto final após a aprovação do CREA e COELCE, quando
a ligação a COELCE assim o exigir.

Os desenhos em diagrama devem ser feitos no formato A3.

9.0 Planilha Orçamentária

A planilha orçamentária encontrasse em anexo

10.0 Especificações Técnicas

10.1 GENERALIDADES

As especificações contidas neste relatório se destinam a regulamentar as


obras de abastecimento de água do Loteamento Senhora Santana no município de
Iguatu do Estado do Ceará.

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As especificações são de caráter abrangente, devendo ser admitidas como
válidas para quaisquer uma das obras integrantes do sistema, no que for aplicável a
cada uma delas.
10.2 TÊRMOS E DEFINIÇÕES

Quando nas presentes especificações e em outros documentos do contrato


figurarem as palavras, expressões ou abreviaturas abaixo, as mesmas deverão ser
interpretadas como a seguir:
 CONSULTOR / FISCALIZAÇÃO - Pessoa, pessoas, firmas ou associação de
firmas (consórcio) designadas e credenciadas pelo SAAE para elaboração do
projeto, fiscalização, consultaria e assessoramento técnico e gerencial da obra,
nos termos do contrato, de que tratam estas especificações.
 CONSTRUTOR - Pessoa, pessoas, firmas ou associação de firmas (consórcio)
que subscreveram o contrato para execução e fornecimento de todos os
trabalhos, materiais e equipamentos permanentes, a que se refere estas
especificações.
 CONTRATO - Documento subscrito pelo SAAE, pelo construtor e / ou consultor,
de acordo com a legislação em vigor, e que define as obrigações de ambas as
partes, com relação a elaboração do projeto, fiscalização, consultaria,
assessoramento técnico e gerencial da obra e execução das obras a que se
referem este contrato.
 RESIDENTE DO CONSTRUTOR - O representante credenciado do construtor,
com função executiva no canteiro das obras, durante todo o decorrer dos
trabalhos e autorizada a receber e cumprir as decisões da fiscalização.
 ESPECIFICAÇÕES - As instruções, diretrizes, exigências, métodos e
disposições detalhadas quanto a maneira de execução dos trabalhos.
 CAUSAS IMPREVISÍVEIS - São cataclismos, tais como inundações, incêndios e
transformações geológicas bruscas, de grande amplitude; desastres e
perturbações graves na ordem social, tais como motins e epidemias.
 DIAS - Dias corridos do calendário, exceto se explicitamente indicado de outra
maneira.
 FORNECEDOR - Pessoa física ou jurídica fornecedora dos equipamentos,
aparelhos e materiais a serem adquiridos pelo SAAE.

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 RELAÇÕES DE QUANTIDADE E LISTAS DE MATERIAL - Relações
detalhadas, com as respectivas quantidades, de todos os serviços, materiais e
equipamentos necessários à implantação do projeto.
 ORDEM DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS - Determinações contidas nos
contratos, para início e execução de serviços contratuais, emitida pelo consultor /
fiscalização.
 DESENHOS - Todas as plantas, perfis, seções, vistas, perspectivas, esquemas,
diagramas ou reproduções que indiquem as características, dimensões e
disposições das obras a executar.
 CRONOGRAMA - Organização e distribuição dos diversos prazos para
execução das Obras e que será proposto pelo Concorrente e submetido a
aprovação do SAAE.
 CONCORRENTE - Pessoa física ou jurídica que apresentam propostas à
concorrência para execução das obras.
 OBRAS - Conjunto de estruturas de caráter permanente que o Construtor terá de
executar de acordo com o Contrato.
 DOCUMENTO DO CONTRATO - Conjunto de todos os documentos que
definem e regulamentam a execução das obras, compreendendo os editais de
concorrência, especificações, o projeto executivo, a proposta do Construtor, o
cronograma ou quaisquer outros documentos suplementares que se façam
necessários à execução das obras de acordo com as presentes especificações e
as condições contratuais.
 PROJETO TÉCNICO - Todos os desenhos de detalhamento de obras civis a
executar e instalações que serão fornecidos ao Construtor em tempo hábil a lhe
permitir o ataque dos serviços.
 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Compreende as Normas
( NB ), Especificações (EB ), Métodos ( MB ) e as Padronizações Brasileiras
( PB ).
 ASTM - American Society for Testing and Materials.
 AWG- American wire Gage.
 BWG - British Wire Gage.
 DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagens.

10.3 RESPONSABILIDADES

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 GENERALIDADES
Em qualquer uma das etapas de implantação das obras, os trabalhos serão
executados pelos proprietários, que terão encargos e responsabilidades distintas.
Estas atribuições são descritas e definidas em contrato.
 ENCARGOS E RESPONSABILIDADES
Os Encargos e Responsabilidades são aqueles contidos nos contratos de
serviços.
 ENCARGOS E RESPONSABILIDADES DO CONSULTOR / FISCALIZAÇÃO
A fiscalização terá sob seus cuidados tantos encargos técnicos como
administrativos que deverão ser desempenhados de maneira rápida e diligente.
Estes encargos serão os seguintes:
 ENCARGOS ADMINISTRATIVOS
Consultor como órgão fiscalizador e supervisor das obras, deverá exigir o fiel
cumprimento do contrato e seus aditivos pelo construtor e fornecedores, devendo
para tanto receber autorização do SAAE, para execução destes serviços.
Verificar o fiel cumprimento pelo construtor das obrigações legais e sociais, das
disciplinas nas obras, da segurança dos trabalhadores e do público e de outras
medidas necessárias a boa administração desta.
 ENCARGOS TÉCNICOS
Zelar pela fiel execução do projeto, como pleno atendimento às especificações
explícitas e/ou implícitas.
Controlar a qualidade dos materiais utilizados e dos serviços executados,
rejeitando aqueles julgados não satisfatórios,
Assistir ao construtor na escolha dos métodos executivos mais adequados, para
melhor qualidade e economia das obras.
Exigir do construtor a modificação de técnicas de execução inadequadas e a
recomposição dos serviços não satisfatórios.
Revisar quando necessário, o protejo e as disposições técnicas adaptando-os às
situações específicas do local e momento.
Executar todos os ensaios necessários ao controle de construção das obras e
interpretá-los devidamente.
Dirimir as eventuais omissões e discrepâncias dos desenhos e especificações.
Verificar a adequabilidade dos recursos empregados pelo construtor quanto à
produtividade, exigindo deste acréscimo e melhorias necessárias a execução dos
serviços dentro dos prazos previstos.

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 ENCARGOS E RESPONSABILIDADES DO CONSTRUTOR (Empresa
Ganhadora da Licitação se for o caso)
Os encargos e responsabilidades do construtor serão aqueles que se encontram
descritos a seguir.
 CONHECIMENTO DAS OBRAS
Os Proprietários devem estar plenamente cientes de tudo o que se relaciona com
a natureza e localização das obras, suas condições gerais e locais e tudo o mais
que possa influir sobre estas. Sua execução, conservação e custo, especialmente
no que diz respeito a transporte, aquisição, manuseio e armazenamento de
materiais; disponibilidade de mão-de-obra, água e energia elétrica; vias de
comunicação; instabilidade e variações meteorológicas; vazões dos cursos d'água e
suas flutuações de nível; conformação e condições do terreno; tipo dos
equipamentos necessários; facilidades requeridas antes ou durante as execuções
das obras; e outros assuntos a respeito dos quais seja possível obter informações e
que possam de qualquer forma interferir na execução, conservação e no custo das
obras controladas.
Os proprietários devem estar plenamente cientes de tudo o que se relaciona com
os tipos, qualidades e quantidades dos materiais que se encontram na superfície do
solo e subsolo, até o ponto em que essa informação possa ser obtida por meio de
reconhecimento e investigação dos locais das obras.
De modo a facilitar o conhecimento das obras a serem construídas, todos os
relatórios que compõem o projeto se encontrarão a disposição dos proprietários.
Entretanto em nenhum caso serão concedidos reajustes de quaisquer tipos ou
ressarcimentos que sejam alegados pelos proprietários tomando por base o
desconhecimento parcial ou total das obras a executar.
 LOCAÇÃO DAS OBRAS
A locação das obras será encargo do construtor.
 EXECUÇÃO DAS OBRAS
A execução das obras será responsabilidade dos proprietários que deverão, entre
outras, se encarregar das seguintes tarefas:
Fornecer todos os materiais, mão-de-obra e equipamentos necessários a
execução dos serviços e seus acabamentos.
Controlar as águas durante a construção por meio de bombeamento ou
quaisquer outras providências necessárias.
Construir todas as obras de acordo com estas especificações e projeto.

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Adquirir, armazenar e colocar na obra todos os materiais necessários ao
desenvolvimento dos trabalhos.
Adquirir e colocar na obra todos os materiais constantes das listas de material.
Permitir a inspeção e o controle por parte da fiscalização, de todos os serviços,
materiais e equipamentos, em qualquer época e lugar, durante a construção das
obras. Tais inspeções não isentam o construtor das obrigações contratuais e das
responsabilidades legais, dos termos do artigo 1245 do código civil brasileiro.
A execução das obras seguirá em todos os seus pormenores as presentes
especificações, bem como os desenhos do projeto técnico, que serão fornecidos em
cópias aos proprietários, em tempo hábil para a execução das obras, e que farão
parte integrante do projeto.
Todos os detalhes das obras que constarem destas especificações sem estarem
nos desenhos, ou que, estando nos desenhos, não constem explicitamente destas
especificações, deverão ser executados e/ou fornecidos pelos proprietários como se
constasse de ambos os documentos.
Os proprietários se obrigam a executar quaisquer trabalhos de construção que
não estejam eventualmente detalhados ou previstos nas especificações ou
desenhos, direta ou indiretamente, mas que sejam necessários a devida realização
das obras em apreço, de modo tão completo como se estivessem particularmente
delineados e escritos. Os proprietários empenhar-se-ao em executar tais serviços
em tempo hábil para evitar atrasos em outros trabalhos que deles dependam.
 ADMINISTRAÇÃO DAS OBRAS
Os proprietários comprometem-se a manter, em caráter permanente, a frente dos
serviços, um engenheiro civil de reconhecida capacidade, e um substituto,
escolhidos por eles e aceitos pelo SAAE. O primeiro terá a posição de residente e
representará os proprietários, sendo todas as instruções dadas a ele válidas como
sendo aos próprios proprietários. Esses representantes, além de possuírem os
conhecimentos e capacidade profissional requeridos, deverão ter autoridade
suficientes para resolver qualquer assunto relacionado com as obras a que se
referem as presentes especificações. O residente só poderá ser substituído com o
prévio conhecimento e aprovação do SAAE.
Os proprietários serão inteiramente responsáveis por tudo quanto for pertinente
ao pessoal necessário à execução dos serviços e particularmente:
Pelo cumprimento da legislação social em vigor no Brasil.

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Pela proteção de seu pessoal contra acidentes de trabalho, adotando para tanto
as medidas necessárias para prevenção dos mesmos.
Pelo afastamento, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, de qualquer empregado
seu, cuja permanência nos serviços seja julgada inconveniente aos interesses do
SAAE.
Pelo transporte ao local das obras, de seu pessoal.
 PROTEÇÃO DAS OBRAS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS.
Os proprietários deverão a todo momento proteger e conservar todas as
instalações, equipamentos, maquinaria, instrumentos, provisões e materiais de
qualquer natureza, assim conto todas as obras executadas até sua aceitação final
pela fiscalização.
Os proprietários deverão executar todas as obras provisórias e trabalhos
necessários para drenar e proteger contra inundações as faixas de construções dos
diques e obras conexas, estações de bombeamento, fundações de obras, zonas de
empréstimos e demais zonas onde a presença da água afete a qualidade da
construção, ainda que elas não estejam indicadas nos desenhos nem tenham sido
determinadas pela fiscalização.
Deverá também prover e manter nas obras, equipamentos suficientes para as
emergências possíveis de ocorrer durante a execução das obras.
A aprovação pela fiscalização, do plano de trabalho e a autorização para que
execute qualquer outro trabalho com o mesmo fim, não exime os proprietários de
sua responsabilidade quanto a este. Por conseguinte, deverá ter cuidado para
executar as obras e trabalhos de controle da água, durante a construção, de modo a
não causar danos nem prejuízos ao contratante, ou a terceiros, sendo considerado
como único responsável pelos danos que se produzam em decorrência destes
trabalhos.
 REMOÇÃO DE TRABALHOS DEFEITUOSOS OU EM DESACORDO COM O
PROJETO E/OU ESPECIFICAÇÕES
Qualquer material ou trabalho executado, que não satisfaça às especificações ou
que difira do indicado nos desenhos do projeto ou qualquer trabalho não previsto,
executado sem autorização escrita da fiscalização serão considerados como não
aceitáveis ou não autorizados, devendo os proprietários remover, reconstruir ou
substituir o mesmo em qualquer parte da obra comprometida pelo trabalho
defeituoso ou não autorizado, sem direito a qualquer pagamento extra.

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Qualquer omissão ou falta por parte da fiscalização em rejeitar algum trabalho
que não satisfaça às condições do projeto ou das especificações não eximirá o
construtor da responsabilidade em relação a estes.
A negativa dos proprietários em cumprir prontamente as ordens da fiscalização,
de construção e remoção dos referidos materiais e trabalho, implicará na permissão
ao SAAE para promover, por outros meios, a execução da ordem, sendo os custos
dos serviços e materiais debitados e deduzidos de quaisquer quantias devidas aos
proprietários.

10.4 OBRA CIVIL

 ASSENTAMENTOS DE TUBOS E PEÇAS


 LOCAÇÃO E ABERTURA DE VALAS
A tubulação deverá ser locada de acordo com o projeto respectivo, admitindo-se
certa flexibilidade na escolha definitiva de sua posição em função das
peculiaridades da obra.
A vala deve ser escavada de modo a resultar uma seção retangular. Caso o solo
não possua coesão suficiente para permitir a estabilidade das paredes, admitem-se
taludes inclinados.
A largura da vala deverá ser de 0,40m para tubulação de 50 a 100mm, e 0,60
para a tubulação DEFoFo DN 150, 200 e 250mm. Estas serão escavadas segundo
a linha do eixo, obedecendo ao projeto. A escavação será feita pelo processo
mecanizado julgado mais eficiente, sendo sua profundidade mínima 0,40m
tubulação de 50 a 100mm e 0,90m para tubulação DEFoFo DN 150, 200 e 250mm.
O material escavado será colocado de um lado da vala, de tal modo que, entre a
borda da escavação e o pé do monte de terra, fique pelo menos um espaço de
0,40m.
A Fiscalização poderá exigir escoramento das valas abertas para o assentamento
das tubulações.
O escoramento poderá ser do tipo contínuo ou descontínuo a juízo da
Fiscalização.
 MOVIMENTO DE TERRA
 VALA
A vala deve ser escavada de forma a resultar uma seção retangular. Caso o solo
não possua coesão suficiente para permitir a estabilidade das paredes, admiti-se

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taludes inclinados a partir do dorso do tubo, desde que não ultrapasse o limite de
inclinação de 1:4 quando então deverá ser feito o escoramento pelos proprietários.
Nos casos em que este recurso não seja aplicável, pela grande profundidade das
escavações, pela consistência do solo, pela proximidade de edificações, nas
escavações em vias e calçadas etc., serão aplicados escoramentos conforme
determinação por parte da fiscalização.
Os serviços de escavação serão executados mecanicamente. A definição da
forma como serão executadas as escavações ficará a critério da fiscalização e/ou
projeto em função do volume, situação da superfície e subsolo, posição das valas e
rapidez pretendida para execução dos serviços, e outros pareceres técnicos
julgados pertinentes.
Será nivelado o fundo da vala, antes de realizar assentamento da tubulação para
uma melhor acomodação do tubo, evitando assim problemas na tubulação.
 NATUREZA DO MATERIAL DE ESCAVAÇÃO
 Material de 1ª Categoria
a) Solo arenoso: agregação natural, constituído de material solto sem coesão,
pedregulhos, areias, siltes, argilas, turfas ou quaisquer de suas combinações, com
ou sem componentes orgânicos. Escavado com ferramentas manuais, pás, enxadas,
enxadões;
b) Solo lamacento: material lodoso de consistência mole, constituído de terra
pantanosa, mistura de argila e água ou matéria orgânica em decomposição.
Removido com pás, baldes, “dragline”;
 Material de 2ª categoria
a) Solo de terra compacta: material coeso, constituído de argila rija, com ou sem
ocorrência de matéria orgânica, pedregulhos, grãos minerais. Escavado com
picaretas, alavancas, cortadeiras;
b) Solo de moledo ou cascalho: material que apresenta alguma resistência ao
desagregamento, constituído de arenitos compactos, rocha em adiantado estado de
decomposição, seixo rolado ou irregular, matacões, “pedras-bola” até 25cm.
Escavado com picaretas, cunhas, alavancas;

 Material de 3ª Categoria (Escavação em Rocha)


Solo de rocha branda: material com agregação natural de grãos minerais,
ligados mediante forças coesivas permanentes, apresentando grande resistência à
escavação manual, constituído de rocha alterada, “pedras-bola” com diâmetro acima

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de 25cm, matacões, folhelhos com ocorrência contínua. Escavado com rompedores,
picaretas, alavancas, cunhas, ponteiras, talhadeiras, fogachos.
 CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS
As valas deverão ser abertas e fechadas no mesmo dia, principalmente nos locais
de grande movimento, travessias de ruas e acessos, de modo a garantir condições
de segurança ao tráfego de veículos e pedestres. Em casos extremos, quando as
valas ficarem abertas por mais de um dia, deverão ser feitos passadiços provisórios
nos acessos de veículos e pedestres. Neste caso, toda a extensão da vala deverá
ser convenientemente sinalizada e protegida.
Todos os serviços de escavação não em valas deverão obedecer, rigorosamente, às
cotas e perfis previstos no projeto. Nas cavas a serem executadas, admitir-se-á um
acréscimo de até um metro para cada lado, ou no raio, sobre as dimensões
projetadas como espaço liberado para área de serviço.
Em solos turfosos e/ou sem suporte, as escavações deverão ser feitas até que se
atinjam um solo de boa qualidade. Nestes casos as cotas definidas nos projetos
serão obtidas através de reaterro com material importado.
Caso necessário serão feitos esgotamentos ou drenagens de modo a garantir a
estabilidade do solo.
Nas escavações em solos de pouca coesão, para permitir a estabilidade das
paredes da escavação e garantir a segurança, a critério da fiscalização, admitir-se-
ão taludes inclinados a partir da cota superior da tubulação obedecendo ao ângulo
de atrito natural do material que está sendo escavado. Caso este recurso não se
aplique, por inviabilidade técnica ou econômica, serão utilizados escoramentos nos
seus diversos tipos, conforme o caso exigir.
As valas só poderão ser reaterradas depois que o assentamento da tubulação for
aprovado pela fiscalização. O recobrimento deverá ser feito alternadamente, de
ambos os lados do tubo, evitando-se o deslocamento do mesmo e danos nas juntas.
O material a ser utilizado no reaterro, até 30cm acima da geratriz superior do tubo,
não deverá conter pedras, detritos vegetais ou outros materiais que possam afetar
os tubos quando sobre eles for lançado, bem como deverá ser de textura
homogênea. Quando o material escavado for inconveniente ao reaterro, a critério da
fiscalização, deverá ser substituído por material de boa qualidade, e será
denominado reaterro com empréstimo ou com material adquirido.
No caso de áreas onde houver necessidade de aterros, o solo a ser utilizado deverá
vir, preferencialmente, de áreas próximas de corte; materiais orgânicos ou

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contaminados com restos orgânicos (raízes, folhas, etc) ou entulhos de qualquer tipo
(resto de demolições, matacões, madeira, etc) não são aceitáveis devido ao baixo
suporte, alta compressibilidade, volume, deterioração, etc. O material de aterro na
origem deve ter características previamente estudadas visando conhecimento do
tipo de solo, quantidade disponível, homogeneidade, capeamento a ser descartado,
compactação, umidade, suporte, expansibilidade e compressibilidade, entre outras.

 Reaterro compactado
Os reaterros serão executados, com material remanescente das escavações, à
exceção do solo de 2ª categoria (parcial) e escavação em material de 3ª categoria.
O material deverá ser limpo, isento de matéria orgânica, raízes, rocha, entulho,
espalhado em camadas sucessivas de: 0,20m se apiloadas manualmente; 0,40m,
se apiloadas através de compactadores tipo sapo mecânico ou placa vibratória ou
similar. Em solos arenosos consegue-se boa compactação com inundação da vala.
O reaterro deverá envolver completamente a tubulação, não sendo tolerados
vazios sob a mesma; a compactação das camadas mais próximas à tubulação
deverá ser executada cuidadosamente, de modo a não causar danos ao material
assente.
O reaterro deverá ser executado logo em seguida ao assentamento dos tubos,
não sendo permitidos que as valas permaneçam abertas de um dia para o outro,
salvo casos autorizados pela fiscalização, sendo que para isso, serão deixados
espaços suficientes, de acordo com instruções específicas dos órgãos competentes.
Os serviços de abertura de valas devem ser programados de acordo coma
capacidade de assentamento de tubulações, de forma a evitar que, no final da
jornada de trabalho, valas permaneçam abertas por falta de tubulações assentadas.
Nos casos em que o fundo da vala se apresenta em rocha ou material
indeformável, deve ser interposta uma camada de areia ou terra de espessura não
inferior a 0,15m, a qual deverá ser apiloada.
Em casos de terreno lamacento ou úmido, far-se-á o esgotamento da vala. Em
seguida consolidar-se-á o terreno com pedras e então, como no caso anterior,
lança-se uma camada de areia ou terra convenientemente apiloada.
A compactação deverá ser executada até atingir-se o máximo de densidade
possível e ao final da compactação, será deixado o excesso de material, sobre a
superfície das valas, para compensar o efeito da acomodação do solo natural ou
pelo tráfego de veículos.

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Somente após a devida compactação, será observado que o tráfego de veículos
não seja prejudicado, pela formação de buracos nos leitos das pistas, o que será
evitado fazendo-se periodicamente a restauração da pavimentação.

 Reaterro com Material Transportado de Outro Local


Uma vez verificado o material, que retirado das escavações, não possui
qualidade necessárias para ser usado em reaterro, ou havendo volumes a serem
aterrados maiores que os materiais à disposição no canteiro, serão feitos
empréstimos. Os mesmos serão provenientes de jazidas cuja distância não será
considerada pela fiscalização.
Não será aproveitado como reaterro o material escavado de vala cujo solo seja
de 2a categoria parcial e rocha.
Os materiais remanescentes de escavações cuja aplicação não seja possível na
obra, serão retirados para locais apropriados, a critério da fiscalização.
 ASSENTAMENTO
O tipo de tubo a ser utilizado será o definido em projeto. Na execução dos serviços
deverão ser observadas, além destas especificações, as instruções dos fabricantes,
as normas da ABNT e outras aplicáveis.
Visto que a maioria destes serviços serão executados em áreas públicas, deverão
ser observados os aspectos relativos à segurança dos transeuntes e veículos; bem
como os locais de trabalho deverão ser sinalizados de modo a preservar a
integridade dos próprios operários e equipamentos utilizados. Deverão ser definidos
e mantidos acessos alternativos, evitando-se total obstrução de passagem de
pedestres e/ou veículos.
O assentamento da tubulação deverá seguir concomitantemente à abertura da vala.
Nas tubulações de água, a bolsa preferencialmente deve ficar voltada contra o fluxo
do líquido. Sempre que o trabalho for interrompido, o último tubo assentado deverá
ser tamponado, a fim de evitar a entrada de elementos estranhos.
A descida dos tubos na vala deverá ser feita mecanicamente ou, de maneira
eventual, manualmente, sempre com muito cuidado, estando os mesmos limpos,
desimpedidos internamente e sem defeitos. Cuidado especial deverá ser tomado
com as partes de conexões (ponta, bolsa, flanges, etc.) contra possíveis danos.
Na aplicação normal dos diferentes tipos de materiais, deverá der observada a
existência ou não de solos agressivos à tubulação e as dimensões mínimas e

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máximas de largura das valas e recobrimentos exigidos pelo fabricante e pela
fiscalização.
O fundo da vala deverá ser uniformizado a fim de que a tubulação se assente em
todo o seu comprimento, observando-se inclusive o espaço para as bolsas. Para
preparar a base de assentamento, se o fundo for constituído de solo argiloso ou
orgânico, interpor uma camada de areia ou pó-de-pedra, isenta de corpos estranhos
e que tenha uma espessura não inferior a 10 cm.
Se for constituído de rocha ou rocha em decomposição, esta camada deverá ser não
inferior a 15 cm. Havendo necessidade de calçar os tubos, fazê-lo somente com
terra, nunca com pedras.
A critério da fiscalização, serão empregados sistemas de ancoragem nos trechos de
tubulação fortemente inclinados e em pontos singulares tais como curvas, reduções,
"T"s, cruzetas, etc. Os registros deverão ser apoiados sobre blocos de concreto de
modo a evitar tensões nas suas juntas.
Serão utilizados também sistemas de apoio nos trechos onde a tubulação fique
acima do terreno ou em travessias de cursos de água, alagadiços e zonas
pantanosas. Os sistemas de ancoragem e de apoio deverão ser de concreto. Tais
sistemas poderão, de acordo com a complexidade, ser definidos em projetos
específicos. Especial atenção será dada à necessidade de escoramento da vala,
bem como a sua drenagem.
Os tubos deverão sempre ser assentados alinhados. No caso de se aproveitarem as
juntas para fazer mudanças de direção horizontal ou vertical, serão obedecidas as
tolerâncias admitidas pelos fabricantes. As deflexões deverão ser feitas após a
execução das juntas com os tubos alinhados.
Nas tubulações (água e esgoto) deverá ser observado um recobrimento mínimo final
de 0,40m nos passeios e 0,90 m nas ruas, da geratriz superior do tubo.
A distância da tubulação em relação ao alinhamento do meio-fio deverá ser, na
medida do possível, mais próxima de 0,70 m para água e 1,50 m para esgoto.
A tubulação deve ser recoberta com exceção das juntas. E para finalidade
operacional o trecho a ser testado não deve exceder a 500,00 m.
 CAIXAS DE REGISTROS
As caixas de registros serão executadas de acordo com o projeto específico.
 ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

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Os tubos poderão ser armazenados ao tempo. Peças, conexões e anéis ficarão
no interior do almoxarifado e deverão ser estocados em grupos, de acordo com o
seguinte critério:
 . Tipo de peças;
 . Diâmetro.
 TRANSPORTE, CARGA E DESCARGA DE MATERIAIS
O veículo utilizado no transporte deve ser adaptado ao tipo de material a
transportar. Quando se tratar de tubos transportados por caminhão, a sua carroceria
deverá ter as dimensões necessárias para que não sobrem partes dos tubos fora do
veículo.
A carga e descarga dos materiais devem ser feitas manualmente ou com
dispositivos compatíveis com os mesmos. As operações devem ser feitas sem
golpes ou choques.
Ao proceder-se a amarração da carga no veículo, deve-se tomar precauções
para que as amarras não danifiquem os tubos. A fixação deve ser firme, de modo a
impedir qualquer movimento da carga em trânsito.
Somente será permitida a descarga manual para os materiais que possam ser
suportados por duas pessoas. Para os materiais mais pesados, deverão ser
utilizados dispositivos adequados como pranchões, talhas, guindastes, etc.
Jamais será permitido deixar cair o material sobre o solo ou se chocar com outros
materiais.
Na descarga, não será permitida a formação de estoque provisório. Deverão os
materiais serem encaminhados aos lugares preestabelecidos para a estocagem
definitiva.
A movimentação dos materiais deve ser feita com cuidados apropriados para que
não sejam danificados.
Não será permitido que sejam arrastados pelo chão, devendo para tanto ser
empregadas talhas, carretas, guinchos, etc.
Para movimentação dos materiais, não devem ser empregados guinchos, cabos
de aço e correntes com patolas desprotegidas. Os ganchos devem ser envolvidos
com borracha ou lona.
 SERVIÇOS DE CONCRETOS
 CONCRETO SIMPLES
O concreto simples, bem como os seus materiais componentes, deverá satisfazer
as normas, especificações e métodos da ABNT.

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O concreto pode ser preparado manual ou mecanicamente.
Manualmente, se for concreto magro nos traços 1:4:8 para base de piso, lastros,
sub-bases de blocos e cintas, etc., em quantidade até 350 litros de amassamento.
Mecanicamente, se for concreto gordo no traço 1:3:6 para blocos de ancoragens,
base de caixas de visitas, peças pré-moldadas, etc.
Normalmente adota-se um consumo mínimo de 175 kg de cimento/m3 de
concreto magro e 220 kg de cimento/m3 para concreto gordo.
O concreto simples poderá receber adição de aditivos impermeabilizantes ou
outros aditivos quando for o caso.

10.5 TUBOS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS

. PVC RÍGIDO
Os tubos de PVC rígido corri ponta bolsa e anel de borracha (PBA) deverão ser
da classe indicada no projeto.
Classe 12 para pressão de serviço até 60 m.c.a.
Classe 15 para pressão de serviço até 75 m.c.a.
Classe 20 para pressão de serviço até 100 m.c.a.
Fabricados de acordo com a EB-123 da ABNT, corri Diâmetro Nominal (DN)
conforme indicado no projeto.
O assentamento das tubulações deverá obedecer a PNB-115 da ABNT.
. ENSAIOS DA LINHA
Serão efetuados de acordo com as exigências das normas da ABNT.
. ENSAIO DE PRESSÃO HIDROSTÀTICA
Deverá ser observada a seguinte sistemática:
Enche-se lentamente de água a tubulação;
Aplica-se pressão de ensaio de acordo com a pressão de serviço com que a
linha irá trabalhar;
O ensaio deverá ter a duração de uma hora;
. Durante o teste a canalização deverá ser observada em todos os seus pontos.
. ENSAIO DE ESTANQUEIDADE
Uma vez concluído satisfatoriamente o ensaio de pressão, deverá ser verificado
se, para manter a pressão de ensaio foi necessário algum suprimento de água.
Se for o caso, este suprimento deverá ser medido e a aceitação da adutora ficará
condicionada a que o valor obtido seja inferior ao dado pela fórmula: Q = (NxDx√P)/
3.992 onde

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Q = vazão em litros/hora;
N = número de juntas da tubulação ensaiada;
D = diâmetro da tubulação;
P = pressão média do teste em kg/cm²

10.6 LIGAÇÕES PREDIAIS

Ligação predial é um conjunto de tubos, peças, conexões e equipamentos que


interliga a rede pública à instalação predial do cliente. As ligações prediais somente
serão executadas após serem liberadas pela fiscalização.
A execução de ligações prediais de água e de esgotos deve obedecer, além do que
está descrito neste manual, as demais normas e especificações que estiverem em
vigor.
As ligações são classificadas de acordo com a posição da rede pública em relação
ao imóvel.
Desse modo, a observação visual caracterizará a ligação como sendo, rua devido a
rede situa-se em algum ponto do leito carroçável.
As ligações são separadas em três grandes categorias de pavimentação: pedra
tosca, asfalto e sem pavimentação, sendo as ligações deste projeto sem
pavimentação.
Uma ligação predial é composta de:
a) Tomada de água: - Ponto de conexão do ramal com a rede de distribuição de
água, que será executada com colar de tomada ou com ferrule;
b) Ramal predial: - Tubulação compreendida entre a tomada de água na rede de
distribuição e o cavalete ou caixa c/ cavalete que será executada preferencialmente
em PEAD. O ramal deverá obrigatoriamente ser executado perpendicular à rede de
distribuição;
c) Cavalete ou caixa c/ cavalete: - Elementos destinados a receber a instalação do
medidor de volume consumido, hidrômetro. A utilização de uma ou outra solução é
decorrente do interesse do cliente ou da melhor disposição do hidrômetro para as
leituras mensais.
Além das partes componentes deve-se observar, na ligação predial, o recobrimento
mínimo do ramal e a localização do cavalete/caixa em relação às divisas do imóvel.
As ligações usadas são nos diâmetros:
1) 20mm PEAD com Kit cavalete ¾” Padrão – P-002/03/05;

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2) 32mm PEAD com Kit cavalete de 1”;
3) 1 ½” tubo soldável PVC e Kit de F.G. 1 ½” – cavalete ou não;
4) 2” tubo soldável PVC e Kit de F.G. 2” – cavalete ou não;

Neste projeto não será executado ligações prediais;

Os materiais hidráulicos de uma ligação de água podem ser fornecidos pela


contratada ou pelo SAAE. Todos os materiais deverão seguir as normas da ABNT e
outras exigidas pela área de Controle da Qualidade de Materiais do SAAE.
As ligações serão sempre executadas na rede de distribuição, a qual deverá estar
em carga e, no caso de redes novas, somente após a realização dos testes e da
autorização da fiscalização.
A CONTRATADA é responsável pela sinalização adequada conforme padrões com
relação ao referido no MANUAL DE ENCARGOS DE OBRAS DE SANEAMENTO-
CAGECE, devendo, também, efetuar, o mais rápido possível, o serviço de
recuperação de muros, calçadas, pavimentos, etc, enfim, tudo relacionado ao
acabamento do serviço de ligação.
Os hidrômetros de ¾" poderão ser instalados em cavaletes ou em caixas
PADRÃO CAGECE, conforme disponibilidade do espaço interno do imóvel.
.
11.0 Ficha Técnica

DADOS DO PROJETO

OBRA: Adutora de Abastecimento de água


PROPRIETÁRIO: AVN EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA - ME
LOCALIDADE: Loteamento Premier (Bairro Vila Coqueiro)
MUNICÍPIO: Iguatu-CE
QUANTIDADE DE PESSOAS A SEREM BENEFICIADAS: 4.565
VALOR DA OBRA: R$ 206.514,59

VAZÕES DO PROJETO (INJETAMENTO I)

VAZÃO MÉDIA DE CONSUMO: 7,93 l/s ou 28,54 m³/h


VAZÃO DO DIA DE MAIOR CONSUMO: 9,51 l/s ou 34,23 m³/h
VAZÃO DA HORA DE MAIOR CONSUMO: 14,26 l/s ou 51,33 m³/h

POPULAÇÃO ATUAL DO PROJETO: 4.565


POPULAÇÃO DE PROJETO: 4.565

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DISTRIBUIÇÃO I
Através de injetamento em rede de distribuição existente

REDE DE DISTRIBUIÇÃO
EXTENSÃO (m): 2.160,00m
DIÂMETRO DN 150MM: 1.720,00m
DIÂMETRO DN 200MM: 440,00m

12.0 – Plantas

Plantas em anexo

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