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CONTABILIDADE EMPRESARIAL E FINANCEIRA

1
Sumário

INTRODUÇÃO................................................................................................. 3

Uma breve história da Contabilidade Empresarial e Financeira ...................... 5

Atuação do Contador ....................................................................................... 8

Cenários Contábeis ......................................................................................... 9

Evolução da Contabilidade ............................................................................ 10

Contabilidade no Brasil .................................................................................. 14

Objetivos da Contabilidade Empresarial e Financeira ................................... 15

Diferenças entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Empresarial 18

Como a Contabilidade Financeira apoia a Gestão de Empresas .................. 20

Os princípios da Contabilidade Financeira .................................................... 21

Balanço Patrimonial (BP) ............................................................................... 21

Demonstração de Resultado de Exercício (DRE) .......................................... 23

Demonstração de Fluxo de Caixa.................................................................. 26

A importância da Contabilidade Empresarial ................................................. 28

Tendências para acompanhar a evolução da Contabilidade Empresarial ..... 29

Quais as vantagens da Contabilidade Empresarial ....................................... 37

CONCLUSÃO ................................................................................................ 41

REFERENCIAS ............................................................................................. 42

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A contabilidade nasceu da necessidade da humanidade saber sobre sua


riqueza, seja atual, passada ou a tendência futura.

A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar


decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando–os
monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de
comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.

A contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das


empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para tomadas de
decisões.

Muita empresa tem falido ou tem sérios problemas de sobrevivência, pela má


gerência. Muitos empresários dizem: carga tributária muito alta, juros altos, falta de
recursos e etc. Mas se formos investigar a fundo, veremos que o problema do
insucesso é má gerência. O contador faz a contabilidade apenas para atender as
exigências fiscais. Alguns empresários não utilizam a contabilidade em se favor.

Não se pode tomar decisões sobre produção, marketing, investimentos,


financiamentos, custos e etc., sem a contabilidade. (Marion).

Já a Finanças é a arte e a ciência de gerenciamento de fundos.

Todos os indivíduos e organizações ganham, captam e gastam ou investem


dinheiro.

Lida com a prestação de assessoria e produtos financeiros.

Envolve uma variedade de oportunidades de carreira: em bancos,


planejamento financeiro pessoal, investimentos, bens imóveis e seguros.

Lida com a s obrigações do administrador financeiro na empresa.

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Os administradores financeiros trabalham em tarefas financeiras tão variadas
como planejamento, concessão de crédito para clientes, avaliação de investimento,
assim como meios para obter recursos para financiar operações da empresa.

Os administradores financeiros gerenciam ativamente questões financeiras de


qualquer tipo de negócio, seja ele público ou privado, grande ou pequeno, com ou
sem fim lucrativo.

A contabilidade Empresarial ou Gerencial está voltada única e exclusivamente


à administração da empresa, objetivando levantar informações úteis para a tomada
de decisão.

Num sentido mais amplo, a contabilidade gerencial atua na administração da


produção, administração financeira, estrutura organizacional, enfim, em tudo que
houver necessidade de tomada de decisão.

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Uma breve história da Contabilidade Empresarial e
Financeira

Historicamente, os primeiros sinais objetivos de sua existência remontam ao


ano 4.000 a.C., quando os povos sumérios escreveram os primeiros registros de
trocas de bens entre si.

Com o surgimento da moeda, em 1100 a.C., esses registros se tornaram mais


complexos e pavimentaram o caminho para a criação da ciência contábil. No entanto,
a técnica da contabilidade como conhecemos hoje é um legado dos comerciantes
italianos do século 13.

Já a ciência moderna é creditada ao Frei Luca Pacioli (o “pai da contabilidade”)


que foi responsável por sistematizar a fase moderna da contabilidade empresarial no
século 15.

Mas é claro que o grande avanço das ciências contábeis se deu com o
nascimento do capitalismo, mais especificamente após a Revolução Industrial do
século 18.

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A industrialização elevou essa ciência a um patamar inédito, por tornar a
economia muito mais complexa do que no período mercantil.

No Brasil, a primeira regulamentação da profissão contábil ocorreu em 1770,


em uma carta expedida por Dom José, Rei de Portugal. A vinda da Família Real
Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo um melhor aparato fiscal. As
tesourarias de fazenda eram responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e
administração financeira e fiscal.

Na época, os contadores eram chamados de “guarda-livros”, em referência


aos livros diário, razão e caixa.

Hoje, já estamos passando pela Quarta Revolução Industrial, e a


contabilidade continua evoluindo para dar conta das novas demandas de uma
sociedade globalizada e hiperconectada.

A contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo, foi importante


instrumento no desenvolvimento do capitalismo. A medida que o homem começava
a possuir maior quantidade de valores, preocupava lhe saber quanto poderiam render
e qual a forma mais simples de aumentar suas posses.

A contabilidade surgiu para prestar informação ao dono da empresa. Os


usuários da contabilidade podem ser internos (pessoas que fazem parte da empresa)
ou externos (bancos e fornecedores, governo-fiscalização).

A contabilidade financeira é uma ramificação da contabilidade que busca,


principalmente, recolher e processar todos os dados financeiros e contábeis de uma
empresa – o que inclui faturamentos, despesas, patrimônio, investimentos, entre
outros.

A contabilidade Empresarial trata do modo como o administrador deve utilizar


a informação contábil na sua organização.

O empresário, ou seja, o proprietário de uma empresa, os sócios, os diretores,


os gerentes e os administradores de todos os níveis precisam das informações
produzidas pela contabilidade, para fins de administração da empresa de modo geral.

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Segundo, o autor “Hilário Franco”, é a ciência que estuda, controla e
interpreta os fenômenos ocorridos no patrimônio mediante ao registro. Com o fim de
oferecer informações sobre o resultado econômico decorrente da gestão de riqueza
patrimonial.

No momento em que a humanidade entendeu o que era patrimônio, nasceu


o conceito de contabilidade.

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Atuação do Contador

A função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da


Contabilidade para a tomada de decisões.

Processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação,


interpretação, e comunicação de informações tempestivas (passadas, presentes e
futuras) relevantes e úteis, para auxiliar os gestores das organizações no processo
decisório das operações diárias e do planejamento de operações.

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Cenários Contábeis

A contabilidade é uma ciência social, pois estuda o comportamento das


riquezas que se integram no patrimônio, em face das ações humanas.

Podemos dizer que a contabilidade é uma ciência que estuda e controla o


patrimônio.

A contabilidade surgiu com a necessidade do dono do patrimônio em


mensurar suas riquezas. Com de posse dessas informações contábeis, passa a
conhecer a saúde das riquezas.

O ambiente primitivo da contabilidade foi quando as entidades comerciais e


industriais estavam num estágio inicial em relação ao cenário de hoje e a informação
era apenas para o proprietário

Com o passar do tempo novos usuários foram surgindo, agora não só os


proprietários como o banqueiro, o governo, o administrador, os acionistas, os
empregados, os clientes, os sindicatos e outros seguimentos da sociedade, passaram
a usar as informações contábeis.

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Evolução da Contabilidade

Dizem os entendidos que a contabilidade é tão antiga quanto a origem do


homem.

Se abrirmos a Bíblia, no primeiro livro, Genesis, observamos uma competição


no crescimento da riqueza (rebanho de ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão (+/
a.C) se o rebanho de Jacó crescia mais que o de Labão, havia um controle desse
patrimônio, mesmo sendo rudimentar.

O livro de Jó, o livro mais antigo da Bíblia. Dá a descrição expressa da riqueza


de Jó.

São conhecidos objetos feitos em cerâmica que relatavam as transações


entre egípcios e babilônicos, destacando-se pagamentos de salários e impostos (+/
a.C)

Em 1494 Luca Pacioli, frade franciscano, publicou o método das partidas


dobradas. Com isso nasceu a Escola Italiana de Contabilidade, que dominou o
cenário mundial até o início do século XX.

Depois da depressão de 1929, a contabilidade se desenvolveu, a sociedade


passou a utilizar mais a contabilidade para tomada de decisão.

Em 1870 acontece a primeira regulamentação brasileira da profissão contábil,


por meio do decreto imperial, é reconhecida oficialmente a Associação dos Guarda-
Livros da Corte, considerada como a primeira profissão liberal regulamentada no país.

Nesse período foram dados os primeiros passos rumo ao aperfeiçoamento


da área. Na contadoria pública passou-se a somente admitir guarda-livros que
tivessem cursado aulas de comércio. O exercício da profissão requeria um caráter
multidisciplinar. Para ser guarda-livros era preciso ter conhecimento das línguas
portuguesa e francesa, esmerada caligrafia e, mais tarde, com a chegada da máquina
de escrever, ser eficiente nas técnicas datilográficas.

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Em 1902, o então presidente Rodrigues Alves declara de utilidade pública,
com caráter oficial, os diplomas conferidos pela Academia de Comércio do Rio de
Janeiro, Escola Prática de Comércio de São Paulo, Instituto Comercial do Distrito
Federal e Academia de Comércio de Juiz de Fora.

Em 1915 é fundado o Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. No ano


seguinte surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e Instituto Brasileiro de
Contabilidade, no Rio de Janeiro. Nove anos depois, em 1924, é realizado o 1°
Congresso Brasileiro de Contabilidade e são lançadas as bases para a campanha
pela regulamentação de contador e reforma do ensino comercial no Brasil.

Crescem as articulações para o desenvolvimento da profissão contábil e, em


1927, é fundado o Conselho Perpétuo, um embrião do que seria, no século XXI, o
sistema Conselho Federal e Conselho Regional de Contabilidade. A instituição
abrigava o Regime Geral de Contabilistas no Brasil, concedendo a matricula aos
novos profissionais aptos a desenvolverem a atividade de contadores.

Este período é marcado por turbulência políticas, revoluções e a chegada de


Getúlio Vargas ao poder, em 1931 vem a primeira grande vitória da classe contábil: é
sancionado o decreto federal, que organizou o ensino comercial e regulamentou a
profissão. É criado o curso de contabilidade, que formava dois tipos de profissionais:
os guarda-livros, que cursavam dois anos e perito-contadores, que cursavam três
anos.

Daí para frente várias vitórias acontecem, tanto que no ano seguinte, teve
novas condições para o registro de contadores e guarda-livros. Com esta lei,
resolveu-se o problema dos profissionais da área que possuíam apenas o
conhecimento empírico, pratico, determinando as condições e prazos para o registro
desses profissionais. A partir desse momento, o exercício da profissão contábil
passou a estar ligada, indissoluvelmente, à preparação escolar. Ou seja, quem
desejasse abraçar a carreira teria primeiro, que estudar.
A contabilidade financeira daria sequência a corrente da Contabilidade
administrativa, que já havia tido como embrião a chamada Contabilidade
Departamental e a Análise e Consolidação de Balanços, técnicas desenvolvidas
pelos primeiros gestores corporativos americanos. Essa corrente contraria a

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orientação científica dada pelos contabilistas europeus e principalmente italianos,
naquilo que poderíamos denominar de Contabilidade Patrimonialista. Posteriormente,
não satisfeitos em negar a teoria patrimonialista ou patrimonialismo, os teóricos
americanos propuseram ainda o que foi inicialmente traduzido no Brasil
por Contabilidade gerencial (do inglês Management Accounting), cujo objetivo era
sair da rigidez dos princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP's), observância
obrigatória da Contabilidade Financeira.

A contabilidade brasileira procurou incorporar inicialmente via legislação (lei


6.404/76), elementos tanto da escola financeira quanto da patrimonialista. Vide por
exemplo o artigo 178, caput da citada legislação, que diz o seguinte:

"No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise
financeira da companhia".

Como se constata, há o direcionamento tanto para o patrimônio, quanto para


objetivos financeiros. Dessa forma, a nosso ver ambas as expressões citadas
(contabilidade financeira ou contabilidade patrimonialista) são imprecisas para
representar o que seria a contabilidade empresarial brasileira e nunca deveriam ser
consideradas como sinônimos. Contabilidade Geral ou Contabilidade Empresarial,
seriam nesse caso as mais recomendáveis.

Alguns alegam que a Contabilidade Financeira na forma que é seguida pelos


americanos, não se refere somente ao ramo da Contabilidade que trata do patrimônio
financeiro (dinheiro), pois atualmente a Contabilidade Financeira se refere à
Contabilidade voltada para os usuários externos à organização. Exatamente por se
voltar para a sociedade, tal Contabilidade é estritamente regulada pela lei, na defesa
dos interesses da sociedade. Mas essa evolução da Contabilidade Financeira em
função de menor liberalismo e maior regulamentação, ocorreria depois de crises
financeiras e econômicas nos Estados Unidos, como a de 1929; e escândalos
contábeis como as fraudes em balanço verificadas na virada do milênio. Mas mesmo
assim não houve uma convergência definitiva para a Contabilidade Patrimonial
segundo a tradição da "Escola Latina", principalmente a Italiana (abordagem
econômica) e o foco maior continua a abordagem financeira.

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Vale ressaltar que a Contabilidade Empresarial, por ser voltada para os
usuários internos da empresa (administração), tem maior liberdade perante a lei, e
pode aplicar com maior precisão os princípios científicos contábeis.

É característico da Contabilidade Financeira:

 Elaboração das demonstrações financeiras


 Observância dos princípios contábeis
 Apuração do custo das mercadorias vendidas.
 Uso da Contabilidade de Custos para apuração.
 Avaliação do passado
 Confiabilidade
 Padrão

Ênfase na Análise financeira em detrimento da Análise contábil, uma vez que


não há a preocupação da qualificação científica do patrimônio.

Com as mudanças ocorridas na atividade contábil brasileira a partir da


introdução dos softwares de gestão nas duas últimas décadas do século XX, tanto
a Contabilidade gerencial quanto a Contabilidade financeira e outras técnicas
da Contabilidade Administrativa, passaram a fazer parte daquilo que se
denomina Sistema de Informação Contábil. Como esses programas seguem o padrão
internacional, as especializações brasileiras como Contabilidade
tributária e Contabilidade Pública não fazem parte da "plataforma" original, devendo
quando necessárias ser adaptadas (customizadas) à mesma, o que traz imensas
dificuldades aos profissionais contábeis do nosso país.

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Contabilidade no Brasil

A partir de 1500, com o descobrimento do Brasil, o novo país começaria a


escrever uma parte da história da contabilidade. Entretanto, é somente muitos anos
depois, a partir de 1770, que surge a primeira regulamentação da profissão contábil
em terras brasileiras, quando Dom José, rei de Portugal, expede a carta de lei a todos
os domínios lusitanos. Neste documento, dentre outras regulamentações, fica
estabelecida a obrigatoriedade de registro da matrícula de todos os guarda-livros na
junta comercial.

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Objetivos da Contabilidade Empresarial e Financeira

Contabilidade é um sistema de informação destinado a prover aos usuários os


dados para ajuda-los na tomada de decisões.

Usuários podem ser pessoas físicas e jurídicas, internos ou externos a


empresa.

Internos – Gerentes, diretores, administradores, funcionários em geral.

Externos – acionistas, instituições financeiras, fornecedores, governo,


sindicatos.

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O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual
Básica da Contabilidade, é de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação
da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como
fazer inferências sobre suas tendências futuras.

Colocar em discussão a otimização do processo de comunicação enquanto


instrumento da contabilidade empresarial;

Identificar que a utilização da contabilidade empresarial faz com que as


pessoas responsáveis por decisões na empresa estejam totalmente munidas de
instrumentos gerenciais de controle e demonstrativos de tendências;

Desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de


controle gerencial, considerando a análise crítico-analítica dos modelos
organizacionais.

A contabilidade Empresarial detalha de forma analítica, apresenta e classifica


de forma a diferenciar as técnicas e procedimentos adotados pela contabilidade
financeira, pela contabilidade de custos e pela análise financeira e de balanços
O objetivo da contabilidade Empresarial é mostrar o tipo de informação
necessária, onde obtê-la e como os gerentes podem empregá-la no exercício de suas
obrigações de planejamento, controle e decisão. Dessa forma, ela atua como uma
ferramenta não apenas administrativa, mas também estratégica, já que fornece
informações relevantes sobre a companhia aos proprietários, acionistas, gestores,
investidores e possíveis parceiros. Além disso, ela monitora todas as variações do
patrimônio da empresa desde a sua formação. Dados que são essenciais para que o
gestor possa acompanhar de forma mais concreta e assertiva a evolução da saúde
financeira do negócio.

A contabilidade financeira é realizada tendo como foco os stakeholders


externos que são grupos como empregados, clientes, fornecedores e credores, que
têm uma ligação econômica direta com a empresa. Ou seja, ela busca apresentar
informações sólidas e concretas sobre a empresa para os agentes que atuam fora da
organização, mas têm interesse nela, como é o caso de investidores e acionistas.

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Por esse motivo, ela está diretamente ligada a requisitos fiscais e imposições
legais do país. É um ramo contábil que recolhe e analisa informações ao longo de um
período específico, seguindo padrões e normas legais.

Isso permite a coleta de dados contábeis transparentes e confiáveis, além da


realização de comparações sobre o posicionamento financeiro, a rentabilidade e o
desempenho da empresa de uma maneira mais clara e objetiva.

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Diferenças entre a Contabilidade Financeira e a
Contabilidade Empresarial

A principal diferença entre a contabilidade financeira e a empresarial está na


forma como elas são realizadas, já que uma foca nos usuários internos e a outra nos
externos.

Enquanto a financeira é elaborada para o conhecimento e a avaliação dos


usuários externos da empresa, os dados e informações disponibilizados pela
contabilidade empresarial são utilizados de forma interna, pelos gestores da empresa.

Nesse sentido, podemos dizer que a contabilidade financeira agrupa valores


e dados em documentos que seguem princípios e normas – com base na legislação
brasileira, no caso – para avaliação e elaboração, como o balanço patrimonial.

No caso da contabilidade empresarial, todo o foco da documentação é voltado


para o planejamento e o controle do uso dos recursos da empresa.

Assim, tem como base informações e valores da contabilidade financeira para


realizar a interpretação dos dados para uma tomada de decisão administrativa.

Ou seja, enquanto a contabilidade empresarial consiste na transformação de


demonstrações contábeis em informações e análises gerenciais para a tomada de
decisões, a contabilidade financeira é o resultado de uma necessidade da
organização.

Isso porque ela disponibiliza dados essenciais para a empresa, como seus
custos de produção, gastos e despesas das áreas, receitas e recebimentos,
patrimônio etc.

Portanto, é a área que registra os custos e as receitas em tempo real,


demonstrando a situação financeira atual da empresa.

Além disso, a contabilidade financeira tem como base dados históricos,


enquanto a gerencial exibe uma ênfase maior no futuro para apoiar a tomada de
decisões dentro da empresa.

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Outra grande diferença entre as duas é que a contabilidade financeira deve
ser divulgada (por meio de publicidade legal em veículos de comunicação, por
exemplo), uma ação legal obrigatória para a futura realização de auditorias.

Na empresarial, não há necessidade de veiculação, uma vez que ela é


realizada apenas para uso interno da organização.

Finalmente, a contabilidade financeira traz informações somente monetárias


da organização, enquanto que a empresarial apresenta também dados não
monetários, como quantidade de matéria-prima utilizada ou vendida, número de
funcionários etc.

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Como a Contabilidade Financeira apoia a Gestão de
Empresas

A contabilidade financeira é uma ferramenta que permite deixar as finanças


da empresa organizadas e isso é fundamental para qualquer organização que deseja
otimizar suas atividades e melhorar seus resultados.

É exatamente nesse sentido que a contabilidade financeira apoia a gestão de


empresas.

Ela permite um maior controle financeiro, evitando o acúmulo de dívidas,


agindo como uma ferramenta de apoio na tomada de decisões e, principalmente,
buscando diferenciais competitivos, formas de otimizar os recursos e aumentar os
lucros.

É por meio dos relatórios da contabilidade financeira que será possível


mostrar aos seus potenciais parceiros e investidores os pontos fortes da sua empresa
e o índice de lucratividade, além de passar a segurança que eles precisam para
investir em seu projeto. Mais do que isso, demonstra para o governo e para o mercado
que a sua empresa é séria, atua dentro da lei e de forma transparente, o que melhora
a imagem da organização perante o mercado.

Pensando no ambiente interno, mais especificamente na gestão da empresa,


a contabilidade financeira possibilita uma análise mais assertiva dos custos da
empresa. É o que ajuda o gestor a identificar onde é preciso negociar e se os gastos
estão dentro da sua realidade, assim como a realização de adaptações em
investimentos ou uma melhor distribuição dos custos entre as áreas.

Além disso, também gera um maior embasamento no momento de realizar


ou adequar o planejamento financeiro da empresa, já que traz dados concretos e
sólidos sobre a situação do caixa.

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Os princípios da Contabilidade Financeira

Como vimos anteriormente, a contabilidade financeira busca trazer uma visão


real da saúde financeira de uma empresa.

Para chegar a esse resultado, ela realiza a elaboração das demonstrações


financeiras, observa os princípios contábeis, apura os custos das vendas, avalia o
passado, utiliza padrões e foca, principalmente, na análise financeira das informações
da empresa.

Nesse sentido, para trazer uma análise apurada e segura, a contabilidade


financeira possui três documentos ou relatórios principais.

É sobre eles que falaremos a seguir.

Balanço Patrimonial (BP)

Essencial para o controle de todos os custos e o acompanhamento da


situação patrimonial da empresa, o Balanço Patrimonial (BP) apresenta todos os
ativos (bens e direitos) e passivos (dívidas e deveres) da organização.

Por meio dele, é possível ter uma visão mais consolidada da evolução da
organização no período analisado, além de entender se o seu patrimônio acumulado
está crescendo ou diminuindo.

Devido a isso, muitos comparam o BP à um raio-x financeiro da empresa.

Isso acontece porque o instrumento possibilita entender como a organização


está em termos econômicos, onde e como os recursos gerados foram aplicados.

Também demonstra a sua capacidade de produzir caixa, de liquidação, a


rotação de estoques, seu endividamento ou lucratividade, entre outros dados.

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Mas, para isso, ao elaborar um balanço patrimonial o contador ou a equipe
responsável por ele devem organizá-lo da seguinte forma:

Primeiramente, é realizado o registro dos fatos contábeis – todas as


movimentações e alterações que envolvem bens, direitos e obrigações da empresa

Em seguida, o contador deve fazer a escrituração desses dados no livro


diário. Após essa etapa, todos os registros contábeis devem seguir os preceitos
contábeis levando em conta o regime de competência, que é um dado muito
importante para o fluxo de caixa

Finalmente, é preciso agrupar as contas pela sua liquidez. Ou seja, as mais


líquidas – que se transformam mais rapidamente em dinheiro – aparecem na parte de
cima do balanço

À medida que elas ficam menos líquidas, elas são colocadas na parte mais
inferior do documento.

Com isso, é possível ter uma visão ampliada do patrimônio e outra mais
detalhada dos recursos da empresa, assim como dados de outras fontes e da
aplicação de recursos.

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Demonstração de Resultado de Exercício (DRE)

Também conhecido como DRE, o Demonstrativo de Resultado de Exercício,


é outro documento extremamente essencial na contabilidade financeira.

É ele que sintetiza de forma mais completa e direta todas as atividades da


empresa, sejam elas operacionais ou não operacionais, no período específico,
apresentando se houve lucro ou prejuízo.

Normalmente, esse documento é elaborado após o período de um ano,


principalmente devido às obrigações legais de divulgação.

Muitas empresas, porém, produzem o DRE mensalmente para fins


gerenciais, por ele ser uma ferramenta bastante útil para analisar o resultado da
organização.

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Isso permite aos gestores ter uma visão mais concreta da situação financeira
da empresa, o que os leva a tomar decisões mais embasadas.

Portanto, podemos dizer que o principal objetivo da Demonstração de


Resultado de Exercício é apresentar se no período analisado houve lucro ou prejuízo.

Para tanto, devem ser analisadas todas as movimentações financeiras da


empresa, o que permitirá saber os valores exatos das entradas e saídas, em quais
produtos e situações ocorre a incidência de impostos e a margem de lucro daquele
período.

Segundo a Lei 6.404 – art. 187, a estrutura de uma DRE deve conter:

“I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;

II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e


serviços vendidos e o lucro bruto;

III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das


receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;


(Redação nova – Lei nº 11.941, de 2009)

V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão


para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes


beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como
despesa; (Redação nova – Lei nº 11.941, de 2009)

VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do


capital social.

1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

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a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da
sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,


correspondentes a essas receitas e rendimentos. ”

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Demonstração de Fluxo de Caixa

O último dos principais documentos da contabilidade financeira é o


Demonstrativo de Fluxo de Caixa, ou DFC.

Ele apresenta todas as entradas e saídas que envolvem dados financeiros de


uma empresa dentro de um período específico não apenas no caixa, mas também
nas contas bancárias e nas aplicações e investimentos que tenham liquidez imediata.
Ou seja, é o documento que permite ao gestor analisar e avaliar como a empresa está
economicamente.

No fim das contas, isso torna possível elaborar um planejamento financeiro


mais robusto e adequado à sua realidade.

Dessa forma, o gestor se habilita a evitar que a empresa fique sem dinheiro
em caixa ou “no vermelho”.

É uma postura que permite à empresa honrar todos os seus compromissos,


além de avaliar as melhores aplicações e opções de investimento.

Obrigatória para diversos tipos de companhias, a DFC deve ser apresentada


pelo menos uma vez ao ano, junto com os outros documentos e relatórios contábeis
que fazem parte do balanço da empresa.

É por meio da Demonstração de Fluxo de Caixa que agentes externos e


auditorias podem avaliar não apenas a saúde financeira da empresa, mas também
identificar erros e possíveis fraudes contábeis.

Para tanto, a estrutura da DFC deve ser realizada em torno de três atividades
principais:

Atividades operacionais: todo o movimento de recursos decorrentes da


atividade principal da empresa – dados da DRE e do balanço patrimonial

Atividades de investimentos: uso de sobras de caixa em aplicações que tem


o objetivo de obter benefícios futuros para a empresa

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Atividades de financiamentos: uso de recursos emprestados de terceiros ou
dos proprietários, devido à escassez de caixa.

27
A importância da Contabilidade Empresarial

Uma contabilidade empresarial eficiente é sinônimo de vantagem competitiva


para as empresas.

Afinal, boa parte das decisões da gestão são medidas em termos financeiros,
e a disponibilidade de recursos e liquidez são as bases para construir um
empreendimento sustentável e capaz de superar a concorrência.

Muito além de monitorar o fluxo de caixa e cuidar das questões fiscais e


trabalhistas, o contador moderno também tem um papel crucial na administração do
capital de giro, análise de investimentos e projeção de custos, por exemplo.

Ou seja: aquela imagem de contador que passa horas preenchendo tributos


e declarações para o Fisco foi substituída pela de um profissional ágil e flexível, que
acompanha a saúde financeira da empresa, identifica oportunidades no mercado e
orienta seus líderes.

Cada vez mais, ele está se aproximando do financeiro da empresa e se


tornando o braço direito da gestão, atuando desde a geração de relatórios até o
planejamento estratégico.

Por isso, a contabilidade gerencial é a área que mais tem ganhado destaque,
graças ao seu enfoque na interpretação dos resultados financeiros da empresa.

Com essa visão analítica, os contadores têm uma nova linha de atuação, à
parte das obrigações com o governo e determinações legais — que interessam
somente aos gestores da organização.

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Tendências para acompanhar a evolução da
Contabilidade Empresarial

Depois dessa breve viagem pela trajetória da contabilidade, você está pronto
para encarar o futuro da profissão. Confira as principais tendências:

Serviços consultivos

Como já adiantamos, o novo perfil do contador é consultivo, e as empresas


contábeis devem incluir serviços de orientação e consultoria estratégica em seu
portfólio.

Isso significa ir além das rotinas fiscais, financeiras e trabalhistas, buscando


uma parceria mais próxima do gestor para apoiar suas decisões.

Quanto mais informações relevantes e insights o contador for capaz de


fornecer, melhor será o relacionamento com o cliente — e também os resultados da
empresa.

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Contabilidade digital

A contabilidade digital já é realidade, e se tornou obrigatória para os


contadores que desejam se manter competitivos no mercado.

Basicamente, é a contabilidade empresarial transportada para o mundo digital


— o que significa processos muito mais ágeis e eficientes.

Por meio dos softwares e ferramentas online, é possível automatizar tarefas


repetitivas e liberar mais tempo para pensar nas questões estratégicas, além de
acelerar processos e usar o poder dos dados para melhorar a qualidade dos serviços.

Para as empresas, é fundamental contar com serviços contábeis digitais, que


se integrem às suas próprias tecnologias e acompanhem as transações financeiras
em tempo real.

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Contabilidade na nuvem

Para aproveitar o melhor da tecnologia, não basta ser digital: é preciso estar
na nuvem.

Por isso, a contabilidade na nuvem é o próximo passo do mercado, que


consiste na migração de todos os dados para servidores externos, mantendo as
informações da empresa 100% online.

Assim, fica muito mais fácil armazenar e gerenciar arquivos, sem ocupar
nenhum espaço nas máquinas e servidores locais.

Além disso, a segurança dos dados é otimizada e o contador ganha mais


agilidade nos processos do dia a dia, acessando as informações dos clientes e
documentos a qualquer hora e lugar.

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Inteligência artificial na contabilidade

A inteligência artificial (IA) também chegou à contabilidade, trazendo novas


possibilidades com a análise de grandes volumes de dados (Big Data) e algoritmos
poderosos.

De acordo com a pesquisa Sage Practice of Now, publicada pela Sage em


2019, 58% dos contadores acreditam que a IA é fundamental para automatizar tarefas
contábeis e melhorar a eficiência de seus serviços.

Com a análise de dados, será possível obter insights e previsões sobre as


finanças de um cliente em segundos, automatizar registros e conduzir auditorias
automaticamente.

Se algum dia os contadores tiveram medo de ser substituídos pelas


máquinas, hoje está claro que a inteligência artificial existe para potencializar a
capacidade humana — e não competir com as pessoas.

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Comunicação digital

A comunicação com os clientes na contabilidade também está migrando para


o ambiente digital.

Se antes os contadores tinham fama de avessos ao atendimento online, hoje


é obrigatório estar presente em tempo real para solucionar dúvidas e compartilhar
informações com os clientes.

Assim, comunicadores como WhatsApp e Skype foram incorporados à rotina


da contabilidade, permitindo reuniões por chamadas de vídeo e trocas de mensagens
a qualquer hora do dia.

As empresas, obviamente, valorizam os contadores que ficam disponíveis


para contato online e preferem esse tipo de atendimento, que se adequa melhor à
rotina corrida.

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Contabilidade de nicho

Com a tendência de personalização dos serviços contábeis, a contabilidade


de nicho vem ganhando cada vez mais espaço no mercado.

O conceito é simples: empresas contábeis que se especializam em um nicho


específico de clientes, segmentando seus serviços para alcançar a excelência no
atendimento.

Assim, fica mais fácil se posicionar no mercado a partir dos seus diferenciais
e mirar no público-alvo certo, e ainda apostar nos nichos com maior demanda.

No caso, os nichos podem ser baseados em localização, porte da empresa,


setor de atuação, momento da empresa, entre outros critérios.

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Marketing digital na contabilidade

Foi-se o tempo em que a contabilidade não se preocupava com o marketing,


pois a indicação não é mais suficiente para garantir clientes.

Hoje, é importante marcar presença na internet, por meio das estratégias de


marketing digital: inbound marketing, marketing de conteúdo, links patrocinados e
mídias sociais.

35
36
Quais as vantagens da Contabilidade Empresarial

Aumenta a rentabilidade

Não há dúvidas de que a rentabilidade é o objetivo primário de qualquer negócio. O


problema é que, em muitos casos, o lucro é afetado por fatores externos, que fogem
ao controle da empresa — por exemplo, fornecedores aumentando os preços ou
seus concorrentes ampliando a oferta.

Por esse motivo, se uma empresa pode aumentar a rentabilidade por meio de
práticas internas, que estão sob o seu controle, ela geralmente estará disposta a
investir nessa alternativa. Um contador especializado em contabilidade gerencial
pode ajudar diretamente no aumento da lucratividade do negócio, trabalhando
exclusivamente com a eficiência interna — especialmente com a contabilidade de
custos. Ela está relacionada ao controle da alocação de custos, garantindo que os
gastos não ultrapassem as receitas, protegendo, assim, os lucros.

Favorece a obtenção de investimentos

Em um determinado ponto, o crescimento do negócio vai depender da entrada de


recursos financeiros de terceiros. Assim, é possível ampliar operações ou reforçar
as ações de marketing, por exemplo. Mas a obtenção de investimentos só acontece
quando você consegue convencer esses terceiros — por exemplo, a instituição
bancária — de que a sua empresa é capaz de gerenciar seus recursos.

Assim, os relatórios contábeis são uma ferramenta essencial, pois comprovam —


aos possíveis investidores — que a gestão da empresa sabe o que fazer com o
dinheiro, demonstrando como ele tem sido empregado ao longo do tempo. E, claro,
esses relatórios também tranquilizam o investidor no sentido de que há uma
previsão de retorno sólida.

Nesse caso, se você deseja garantir o crescimento do negócio, a contabilidade


empresarial é indispensável. Fique claro, porém, que a ética na contabilidade é um

37
assunto de extrema importância. Em outras palavras, ela não pode ser usada para
obter recursos maquiando os dados, mas deve refletir a realidade financeira da
empresa de maneira fiel. Aliás, uma contabilidade transparente é um meio seguro
de garantir a confiança dos investidores.

Garante um foco estratégico

Como já explicado, a contabilidade empresarial oferece parâmetros para a tomada


de decisão estratégica. Em outras palavras, você pode pensar na contabilidade
como uma bússola que aponta para os gestores qual é o caminho. E de que
maneira isso acontece?

Um relatório contábil pode apontar forças e fraquezas do negócio; por exemplo,


saídas excessivas de capital. A partir desse tipo de informação, o gestor
determinará quais ações são necessárias para melhorar o desempenho financeiro
da organização.

Para que as informações sejam relevantes, elas devem ser realistas e, de


preferência, muito detalhadas. É por isso que os contadores possuem uma enorme
lista de categorias, que podem ser usadas para descrever onde determinado valor
está alocado.

Oferece apoio aos outros setores

Muitas vezes, pensamos no profissional formado em ciências contábeis como


aquele indivíduo que passa seus dias trancado em uma sala isolada com papéis,
planilhas e calculadoras. Isso é um mito, especialmente no caso do contador
responsável pela contabilidade empresarial. Ele não é um solitário. Pelo contrário,
esse profissional pode e deve prestar apoio aos diferentes setores da organização,
apresentando oportunidades para otimizar as operações.
Novamente, precisamos destacar que a contabilidade empresarial é capaz de trazer
um olhar analítico sobre a eficiência (ou ineficiência) financeira, observando a
dinâmica das entradas e saídas.

38
Portanto, o contador pode oferecer conselhos e orientações para os demais setores.
Para isso, ele também precisa entender como funcionam todas as áreas da
empresa. Assim, seus conselhos não serão baseados apenas em números, mas na
realidade da companhia.

Faz previsões futuras

A contabilidade empresarial não apenas aponta o estado passado e atual das


finanças do negócio. Por meio dela, é possível ter uma noção sobre os resultados
futuros. Isso significa que essa área colabora para os planos de médio e longo
prazo. Um bom exemplo é a previsão das perdas por inadimplência, ou do retorno
sobre o investimento (ROI).

Exerce a Controladoria

Não poderíamos falar em previsões futuras sem mencionar a controladoria.


A controladoria é diferente da contabilidade tradicional. Em vez de simplesmente
produzir dados, ela é focada em atividades de planejamento estratégico
— principalmente para o orçamento empresarial.

O profissional conhecido como controller que é o gestor encarregado do


departamento de Controladoria. Tem um papel central na gestão orçamentária. Ele
pode, por exemplo, criar simulações para os efeitos de um reajuste nas folhas de
pagamento — ou de uma redução em gastos fixos. Com isso, a empresa pode ter
uma noção de qual será o impacto da decisão antes de efetivá-la.
Resumindo, o contador traz uma colaboração valiosa para que a organização possa
reduzir os riscos e aproveitar boas oportunidades de negócio.

Por meio do gerenciamento de um eficiente sistema de informação, seu papel


é zelar pela continuidade da empresa, viabilizando as sinergias existentes, fazendo
com que as atividades desenvolvidas conjuntamente alcancem resultados superiores
aos que alcançariam se trabalhassem independentemente

É preciso ter um bom conhecimento do ramo de atividade do qual a empresa faz

39
parte, assim como dos problemas e das vantagens que afetam o setor. Conhecimento
da história da empresa e identificação com seus objetivos e políticas, assim como
com seus problemas básicos e suas possibilidades estratégicas.

Habilidade para analisar dados contábeis e estatísticos, que são a base direcionadora
de sua ação, e conhecimento de informática suficiente para propor modelos de
aglutinação e simulação das diversas combinações de dados; Habilidade de bem
expressar-se, oralmente e por escrito, e profundo conhecimento dos princípios
contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado empresarial.

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CONCLUSÃO

Em geral o profissional contábil gerencia todo o sistema da informação, as


compras, as vendas, todos os dados que proporciona a tomada de decisão tanto dos
usuários internos e externos. Toda a sociedade espera transparência das
Informações Contábeis, resultado não só de competência profissional, mas, ao
mesmo tempo de postura ética.

Essencial para o bom andamento de qualquer empresa, além de ser uma


obrigatoriedade legal, a contabilidade financeira, quando bem executada, pode ser
um diferencial e trazer inúmeros benefícios para a sua empresa.

É importante saber que ela pode – e deve – atuar em conjunto com a


contabilidade gerencial, uma vez que, por mais que soem semelhantes, ambas têm
focos distintos.

Utilizar de forma correta os principais relatórios da contabilidade financeira é


essencial.

O balanço patrimonial, o Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE) e o


Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) trazem informações extremamente
importantes para entender a saúde financeira da empresa e embasar a tomada de
decisão à frente do negócio.

Com isso, os dados reunidos pela contabilidade financeira se tornam peças-


chave para uma boa gestão.

Por meio de uma administração competente, é possível realocar recursos,


realizar o planejamento financeiro, angariar investimentos e corrigir falhas.

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