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Pratique Redação!

DIREITOS HUMANOS
PROPOSTA - Nº 315

Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos


começar. Devemos respeitar e educar nossas crianças para que o futuro
das nações e do planeta seja digno.

Ayrton Senna

TEXTO I

O caso do menino Henry Borel, de 4 anos, que morreu após sofrer agressões, tem comovido o
País e deixa um alerta sobre violência contra crianças. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto de
Henry, um vereador carioca mais conhecido pelo nome de Jairinho, estão sendo investigados.

*Material produzido pelo Laboratório de Redação do Colégio Ari de Sá


Muitas crianças e muitos adolescentes sofrem agressões dos mais diversos tipos todos os dias
e estas, muitas vezes, são normalizadas. Dados indicam que, na maioria dos casos, a violência parte
de pessoas que fazem parte do círculo social mais próximo da criança.

Paulo Endo, professor do Departamento de Psicologia da Aprendizagem e da Personalidade do


Instituto de Psicologia da USP, afirma que “a criança, como qualquer pessoa em uma relação assimé-
trica de poder, está em situação potencialmente violenta”. A situação de total dependência dos pais
permite que o adulto decida se violentará ou não a criança, se será excessivo ou não.

As formas de violência contra crianças e adolescentes são diversas, como explica Juliana Mar-
tins Monteiro, médica pediatra e coordenadora do Grupo de Atendimento à Violência Infantojuvenil
do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Entre elas, estão
violência física, violência sexual, violência psicológica, negligência, bullying e cyberbullying. “Excep-
cionalmente, a criança chega aos serviços de saúde com queixa de violência. Podemos suspeitar dela
por meio dos sinais, físicos ou não, pelo olhar e escuta atenta, já que a criança pode se mostrar com
medo, muito introvertida ou com alterações no comportamento”, diz.

Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/casos-de-violencia-contra-criancas-e-adolescentes-crescem-na-pandemia/

TEXTO II

Denúncias de violência contra crianças e adolescentes caem 12% no Brasil durante a pandemia

O número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Brasil caiu 12% durante
os meses da pandemia em 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. Segundo dados do
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, foram registradas 26.416 denúncias pelo canal
“Disque 100” entre março e junho de 2020 contra 29.965 no mesmo período de 2019.
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PROPOSTA - Nº 315

O número de registros em 2020 é o segundo menor para o período em toda série histórica, ini-
ciada em 2011. Ele só superou as 24.188 denúncias que foram feitas em 2018.

Para o advogado, especialista em direitos da infância e juventude e ex-conselheiro do Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Ariel de Castro, o fechamento das es-
colas por conta da quarentena obrigatória contra o coronavírus pode ter influenciado na diminuição
das denúncias.

“A subnotificação das denúncias acaba sendo um efeito colateral do isolamento social e da sus-
pensão de aulas para conter as contaminações por COVID-19. A maioria dos casos são descobertos
por meio das escolas, mas os educadores e cuidadores de creche costumam se preservar e fazer
denúncia anonimamente no ‘Disque 100’ ou nos Conselhos Tutelares. As denúncias são em sua
maioria de negligência, além dos casos de violência física, psicológica e sexual”, diz.

Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/09/10/denuncias-de-violencia-contra-criancas-e-ado-

*Material produzido pelo Laboratório de Redação do Colégio Ari de Sá


lescentes-caem-12percent-no-brasil-durante-a-pandemia.ghtml.

TEXTO III

Prefeitura de Fortaleza investe em iniciativas de combate à violência infantojuvenil

Programa Rede Aquarela e Ponte de Encontro já realizaram mais de


2.700 acompanhamentos em 2019

O abuso sexual é uma das mais graves violações dos direitos das crianças e dos adolescentes.
O ato, comumente cometido por conhecidos ou parentes próximos, deixa marcas físicas e emocio-
nais difíceis de serem apagadas. Contudo, uma boa rede de apoio familiar e políticas públicas eficien-
tes são a chave para a vítima superar e ressignificar a violência sofrida.

Em Fortaleza, a Prefeitura mantém o Rede Aquarela, programa executado pela Fundação da


Criança e da Família Cidadã (Funci), que desenvolve ações de enfrentamento à violência sexual
contra crianças e adolescentes. O programa é responsável por promover e articular iniciativas de
prevenção, mobilização e atendimento especializado para vítimas de violência e suas famílias.

Em 2018, o Programa realizou 3.679 atendimentos. Os dados são de abuso e exploração sexual
com crianças e adolescentes de 0 a 18 anos. Até junho de 2019, já foram realizados 2.149 atendi-
mentos.
Disponível em: https://www.fortaleza.ce.gov.br/noticias/prefeitura-de-fortaleza-investe-em-iniciativas-de-combate-a-vio-
lencia-infantojuvenil.
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TEXTO IV

*Material produzido pelo Laboratório de Redação do Colégio Ari de Sá


Disponível em: http://www.tijucas.sc.gov.br/imgs/p/640-480-80/conteudo/noticias/4487/anuncio-campanha-criancas.jpg

PROPOSTA ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lín-
gua portuguesa sobre o tema “O combate à violência contra a criança no Brasil”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente ecoesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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