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Introdução ao delivery

A história do delivery
SUMÁRIO
Aplicativos: a revolução do delivery

Novo food service: outras formas de vender


comida

Pegue e leve

Dark Kitchen

Marmitarias

Efeito pandemia: como a Covid-19


impulsionou o delivery

Novas perspectivas

Como o “open delivery” funcionará?

O futuro do delivery: o que esperar?


INTRODUÇÃO AO DELIVERY
O delivery é um serviço que realiza entregas de compras
e pedidos realizados via internet, aplicativos ou telefone,
diretamente no estabelecimento que o cliente deseja.

Em 2020, devido a crise provocada pela Covid-19, esse mercado


teve um salto bilionário com o crescimento global de quase
27%.

Segundo dados da startup espanhola Comprar Acciones,


o faturamento do delivery passou de US$ 107 bilhões (R$
575 bilhões) em 2019 para US$ 136 bilhões (R$ 731 bilhões).
Outras pesquisas apontam que esse número pode ser ainda
maior, pois a previsão mostra que o setor poderá movimentar
aproximadamente US$ 6,3 trilhões de dólares em todo o mundo
até o final de 2021.

No Brasil, os dados também impressionam: durante o último


ano o país foi responsável por 48,77% das compras realizadas
via delivery em toda a América Latina.

Quando falamos sobre food service e o serviço de entrega


de comida, já é possível observar uma mudança cultural no
comportamento de compra e consumo do brasileiro. O delivery
deixou de ser um diferencial e se tornou indispensável para os
operadores e também para seus fregueses.

Mas afinal, você sabe de onde surgiu o delivery?


em 1889, e a cliente não era ninguém menos que a própria
A HISTÓRIA DO DELIVERY Rainha Margherita!

Acredite se quiser: o serviço de entrega de alimentos é A Pizzeria di Pietro e Basta Così era uma taverna
muito mais antigo do que você imagina! em Nápoles dirigida pelo chef Raffaele Esposito. A
Rainha Margherita deseja muito provar a iguaria do
Segundo estudos realizados na cidade petrificada de estabelecimento mas, por ser um ambiente popular, não
Pompeia, a antiga Civilização Romana já contava com seu ficaria bem para a monarca ir até o local.
próprio sistema de take away / take out: os Thermopolium
ofereciam a comida preparada, armazenada em potes de Foi então que o chef teve a ideia de enviar três pizzas
cerâmica que ficavam em paredes de alvenaria, e essas prontas, preparadas no forno da taverna, ao lugar onde
mantinham os alimentos quentes até serem retirados a rainha se hospedara. Uma delas, a pizza Margherita,
pelos clientes. foi feita em homenagem à rainha e é popular até os dias
de hoje.
Esse serviço era muito importante, pois ter uma cozinha
na Roma Antiga não era algo acessível para a população Mais um fato marcante sobre esse encontro é que ao
sem recursos. escrever uma carta elogiando o sabor das pizzas, a
Rainha Margherita pode ter feito a primeira avaliação
Também existem registros da entrega de comida desde de um restaurante na história.
o século XIX em países da Europa e Ásia, sendo que o
primeiro registro de delivery de pizza na Itália ocorreu Incrível, não é mesmo?
APLICATIVOS:
A REVOLUÇÃO DO DELIVERY
APLICATIVOS: A REVOLUÇÃO DO DELIVERY

Muito tempo se passou desde que a Rainha Margherita recebeu suas primeiras pizzas por delivery. Desde então,
surgiram muitas outras formas de pedir comida, como via fax, por ligação, por mensagem e, agora, temos o meio
mais utilizado durante a pandemia: os aplicativos de entrega.

O surgimento dos aplicativos criou novas oportunidades para estabelecimentos empreenderem no setor food service,
sendo uma alternativa mais rápida e prática para se conectar com os usuários e aumentar suas vendas.

O iFood foi a primeira empresa do segmento a atuar no Brasil. Sua chegada em 2016 trouxe uma verdadeira revolução
para o setor de food service e se tornou o aplicativo de entregas favorito dos brasileiros.

Entre os outros aplicativos mais populares também temos Uber Eats, Rappi, 99 Food e James.

AS PRINCIPAIS VANTAGENS PARA OS USUÁRIOS,


SEGUNDO UM LEVANTAMENTO DO INSTITUTO QUALIBEST:

O pedido é feito on-line, não preciso ficar esperando


ser atendido numa ligação telefônica.

Comodidade, posso comer um prato do restaurante que


eu gosto sem sair de casa/trabalho.

A oportunidade de utilizar cupons de descontos.

O processo de compra é mais fácil/ágil, meus dados já


estão armazenados.
NOVO FOOD SERVICE:
OUTRAS FORMAS DE VENDER
COMIDA
Recentemente falamos sobre o delivery e o novo Food Service no nosso blog.
Esse tema ganha cada vez mais importância, pois o Food Service já não se
limita mais apenas à “alimentação fora do lar”.

Agora podemos dizer que o conceito de Food Service foi ampliado e,


agora, abrange toda alimentação que é
produzida fora do lar. Isso torna o delivery
uma ampliação dos serviços, que cria
novas demandas e oportunidades para os
estabelecimentos.

Agora, a operação de bares e restaurantes


não é mais limitada a um único local, podendo
abranger diversos pontos da cidade. Com isso,
novas modalidades de restaurantes ganharam
força e conquistaram o coração do público que
deseja inovação e praticidade no cotidiano.

Confira nas páginas a seguir.


PEGUE E LEVE
(TAKE AWAY / TAKE OUT)

Durante a pandemia houve um crescimento


considerável no número de pedidos com retirada
no local. Segundo o estudo realizado pelo Google,
39% dos consumidores consideram a opção de
“pegar e levar” uma alternativa importante.

Com as restrições de consumo no local, essa opção


oferece a possibilidade de retirar seu próprio
pedido sem ter que pagar as taxas adicionais do
serviço de entrega. A possibilidade de fazer os
pedidos virtualmente também reduz o tempo
de espera no local, sendo uma solução rápida e
prática para o cliente.
DARK KITCHEN

As Dark Kitchens são cozinhas industriais


projetadas para atender pedidos de entrega. Ou
seja, restaurantes que não oferecem atendimento
no local, cujas vendas são realizadas 100% no
sistema delivery.

Com o aumento da demanda, essa modalidade


vem chamando atenção de novos entrantes e
estabelecimentos que querem se consolidar
no atendimento via entregas, por conta da alta
demanda e investimento menor que no método
tradicional.
MARMITARIAS

A praticidade tornou-se um fator determinante


para o cliente Food Service. A comercialização
de refeições prontas (marmitas) virou uma boa
aposta para o Food Service em 2021.

As possibilidades variam, desde pratos comuns


até pedidos gourmet. O nicho de alimentação
saudável também tem chamado atenção do
público, cada vez mais focado em um estilo de
vida balanceado.

Outra alternativa que essa modalidade permite


é a venda de grandes quantidades em um único
pedido. Os consumidores podem encomendar
refeições para o mês todo, com mais economia e
facilidade.
EFEITO PANDEMIA:
COMO A COVID-19
IMPULSIONOU O
DELIVERY
EFEITO PANDEMIA: COMO A COVID-19 IMPULSIONOU O DELIVERY

A pandemia da Covid-19 modificou o comportamento de compra e consumo de muitos brasileiros, em relação ao


hábito de pedir comida por aplicativo.

Em 2020, as proibições e restrições relacionadas ao distanciamento social reforçaram a necessidade de estabelecimentos


food service contarem com um serviço de entrega rápido e eficiente.

O reflexo dessa ação pode ser observado diretamente nos gastos com delivery que cresceram 149% no último ano,
segundo a Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, que analisou as despesas dos usuários com os três
principais aplicativos de entregas — Rappi, iFood e Uber Eats.

Dezembro foi o mês com mais gastos com delivery. Quando comparado a março,
início da pandemia, o aumento foi de 187%.

E NÃO PARA POR AÍ: 81% DOS ESTABELECIMENTOS


COMERCIAIS NO BRASIL PASSARAM A FAZER
DELIVERY DURANTE A PANDEMIA E VÃO MANTER
ESTA MODALIDADE.

Antes, somente 49% dos restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados


faziam entregas em domicílio.

O delivery, que antes era uma alternativa para manter os estabelecimentos durante
a crise, se tornou uma alternativa de negócio que muitos estabelecimentos
pretendem manter a longo prazo.
NOVAS PERSPECTIVAS DE NEGÓCIO
Nos capítulos anteriores apresentamos uma visão O principal objetivo é enfrentar o domínio
geral do setor delivery. Como pode observar, essa é dos aplicativos de entrega, que cobram taxas
uma tendência que veio para ficar e está atraindo cada consideravelmente altas, e ter um sistema que ajude
vez mais atenção de novos entrantes e investidores. a organizar os pedidos dos clientes. Por meio de uma
plataforma organizada, será possível criar condições
Por essa razão, o setor de bares e restaurantes trabalha para atrair mais competidores e, com isso, reduzir os
na criação de um marketplace de serviços de entrega, custos de operação.
ou “delivery”, em parceria com grandes empresas de
tecnologia e do varejo. Outro objetivo é que a plataforma funcione, para
os restaurantes, como um repositório de pedidos
recebidos dos diversos aplicativos e sites de
e-commerce, ajudando na retaguarda. Com a
proliferação dos apps, uma dificuldade apontada
pelos estabelecimentos é gerenciar e organizar as
solicitações, já que os pedidos chegam por meio de
diversas fontes.

Além da Abrasel, outros nomes de peso do setor


também estão envolvidos nas negociações. O
presidente da entidade, Paulo Solmucci, afirma que
nomes como Magazine Luiza, Rappi e empresas
de automação comercial participam das conversas
e devem embarcar no projeto, batizado de “Open
Delivery”.
COMO O “OPEN DELIVERY” FUNCIONARÁ?

A Abrasel lidera as discussões para o desenvolvimento de


uma plataforma centralizada na qual restaurantes de todo o
país poderão se cadastrar e se conectar com os prestadores
de operações de delivery que desejarem, cada um com suas
taxas e propostas de serviços.

Quando o consumidor procurar um estabelecimento ou prato


por meio de um mecanismo de busca ou no site de uma rede
varejista, ele receberá, na sua tela, todas as opções de entrega
e preços disponíveis para aquela refeição, e selecionará a que
preferir.

Caberá à empresa escolhida fechar a venda e fazer a entrega,


cobrando do restaurante a taxa acordada previamente entre
eles. Ou seja, se o cliente optar por comprar uma refeição, por
exemplo, do Magazine Luiza, a entrega será de responsabilidade
da varejista. “O vendedor vai ter que ter a logística, seja ela
própria ou de terceiros”, diz Solmucci.

O setor também vem mantendo conversas com o Banco


Central (BC) para integrar a plataforma ao Pix. O projeto prevê
que o sistema seja utilizado não apenas como uma opção de
pagamento para o consumidor, mas também como ferramenta
de mensageria para enviar os pedidos.
O FUTURO DO DELIVERY: O QUE ESPERAR?
As perspectivas para o delivery de alimentação são muito promissoras, sem dúvidas. Muitas empresas estão
focadas em trazer mais inovação e otimização para o serviço de entregas de bares e restaurantes.

Novos entrantes que pretendem empreender no setor de food service já se mostram bastante otimistas
em apostar em dark kitchens como meio de ter seu próprio serviço de alimentação fora do lar, como as
Hamburguerias Delivery, por exemplo.

É possível que, com o crescimento do delivery de alimentos no Brasil, sejam criadas novas regulamentações
e alternativas para viabilizar a operação no país.

A TECNOLOGIA É A PRINCIPAL ALIADA NESSE MOMENTO. SEJA PARA A GESTÃO DOS


NEGÓCIOS, RECEBIMENTO DE PEDIDOS, DIVULGAÇÃO DO SERVIÇO E ATÉ MESMO AS
FORMAS DE PAGAMENTO DIGITAIS PARA BARES E RESTAURANTES.

Com tantas possibilidades, podemos dizer que esse é o momento de novas soluções que melhorem a
experiência dos clientes e que ajudem a impulsionar o crescimento do modelo.

Mesmo após a retomada presencial das atividades dos estabelecimentos food service, é
esperada que a integração com o digital seja consolidada como parte do “novo normal”,
desde a reserva e pedidos on-line, até a automatização de diversos processos.

Mas esse é assunto para a próxima vez!

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