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Sim, se provado que houve dolo, agente 

declarante da vontade não erra


sozinho, o erro não é espontâneo, ele é induzido a praticar ato que não seja
de sua real vontade.  Configura-se quando o negócio é realizado e uma das
partes utiliza-se de artifícios maliciosos para fazer que a outra parte erre e
realize o negócio normalmente. Em síntese, o agente é enganado acerca da
real situação e persuadido, fazendo com que acreditasse que aquele ato
esteja certo, e se não fosse induzido, não teria realizado o negócio. No
artigo 145 do CC, diz que o negócio jurídico só é anulado por dolo quando
este for a sua causa, isto é, o negócio só é anulável se este foi celebrado em
consequência de que o agente foi induzido pela outra parte (dolo
principal). Institui o Código Civil. "Art. 145. São os negócios jurídicos
anuláveis por dolo, quando este for a sua causa."
(vícios redibitórios) Toda vez que tiver algum tipo de elemento que não é
visto ao olho nu, vc tem todo o direito de saber tudo do bem em que deseja
fazer negócio. No art. 441, CCB : “A coisa recebida em virtude de
contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a
tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valo”.
Walber, tem que contatar o vendedor, inicialmente buscar por meio da
mediação, antes da necessidade de todo um processo judicial. Tudo que foi
pago por Walber, são passíveis de indenização por perdas e danos. O
negócio sempre deve estar eivado de boa fé.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de
trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já
estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade

§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á
do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se
tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.

1. A ação pauliana foi ajuizada com fundamento no instituto: Art. 850,


CPC. Será admitida a redução ou a ampliação da penhora, bem como sua
transferência para outros bens, se, no curso do processo, o valor de
mercado dos bens penhorados sofrer alteração significativa.
a) transferência da penhora para outros bens: sala comercial > apartamento.
b) valor de mercado dos bens penhorados sofreram alteração: sala sofreu
baixa do mercado.
Os integrantes dessa relação processual foram:
Credores: Banco
Devedores: Gabriel e Antônia
Terceiros: filhos.
Os arts. 158 e 165 preveem as hipóteses permissivas de anulação do
negócio jurídico
A ação pauliana teve por escopo a revogação de atos jurídicos (A
DOAÇÃO) que, no entender do credor (BANCO), fora realizado de má-fé
visando o desvio de patrimônio do devedor para terceiro, no intuito de
fraudar uma execução ou o cumprimento de sentença.
Normalmente este procedimento de fraude é realizado mediante a venda
de bens de propriedade do devedor, para impedir que estes venham a ser
penhorados pelo credor de direito.A Ação Pauliana serve justamente para
desfazer (revogar) a transferência fraudulenta de patrimônio e resgatar o
objeto desviado do patrimônio do devedor para satisfazer o crédito pré-
existente.Os requisitos necessários para a propositura de uma Ação
Pauliana são o consilium fraudis e o eventus damni. A má-fé e o intuito
malicioso de prejudicar
2. NÃO É UMA JUSTIFICATIVA PROCEDENTE, pois o valor do
imóvel não era o suficiente para saldar o débito (houve baixa no mercado) e
segundo o art. 850” será admitida a redução ou a ampliação da penhora,
bem como sua transferência para outros bens, se, no curso do processo, o
valor de mercado dos bens penhorados sofrer alteração significativa.” E ao
alegar que ainda que não fosse o suficiente anular o negócio, uma vez que
intenção dos doadores não foi de burlar a lei não procede, pois segundo a
decisão do STF em julgamento de recurso relatado pelo ministro Luis
Felipe Salomão, ação pauliana pode atingir a eficácia do negócio jurídico
celebrado por terceiros, mesmo que constatada a boa-fé dos que adquiriram
os bens sem saber que foram comercializados com o intuito de lesar o
credor.
Análise dos elementos do caso:
Gabriel e Antonia - Se aposentar e, em vida, realizar uma doação
Imóveis: Apartamento - Cohama (doação aos filhos) Imóvel residencial Sala
Comercial (gravada por penhora)
Empréstimo = Valor Principal (valor pego em empréstimo) + acessórios (juros
remuneratórios + multa + juros moratórios)

Em decorrência de variações de mercado, houve depreciação do bem dado em


garantia
A instituição financeira pede garantia suplementar indicando o bem que deseja.
## Apresentação das soluções ##
a) a lei impõe o dever de comprovar a existência do eventus damni, vez
que se entende que a fraude é um ato presumido condicionado a
ocorrência do elemento objetivo, sendo, portanto, desnecessária a
produção de prova de má-fé do devedor em Juízo. Segundo o art. 158,
§2º, CC, a intenção de fraudar é presumida pela consciência do estado de
insolvência.
b) existência de crédito anterior ao ato da alienação fraudulenta (houve a
alienação da sala comercial) também é requisito necessário a propositura
da Ação Pauliana, vez que o direito de ação somente caberá a aquele que
for titular de direito prévio e frustrado pela alienação.
c) A lei exige como requisito de ação a contemporaneidade, ou seja, o
autor deverá necessariamente ser credor efetivo à época do ato jurídico
objeto de anulação. (OK) Já que o Banco é o credor.

Estavam confiantes de que o valor do imóvel penhorada saldaria suas


dívidas e que as intenções de realizar a doação não era de burlar a lei
Isso significa que eles não sabiam que o bem penhorado (sala comercial)
havia tida baixa no mercado?
Pois, Art. 849, CPC:  Sempre que ocorrer a substituição dos bens
inicialmente penhorados, será lavrado novo termo.
Autorizada a substituição da penhora pelo juízo do processo de execução,
será lavrado, então, novo termo de penhora. Deverá, portanto, obedecer às
regras do art. 838, Novo CPC, quanto aos requisitos do auto ou termo de
penhora.
Embora o art. 850, CPC/2015, não aborde, expressamente, a necessidade de
avaliação do bem, este é o entendimento jurisprudencial e doutrinário.
Afinal, através da avaliação será confirmada a alteração significativa do
valor. o artigo 850 parece conceder ao juízo o poder de diminuição ou
ampliação da penhora, salvo na execução fiscal.
No entanto, isto não impede que as partes requeiram a alteração na
penhora. Ou seja, apenas inclui a possibilidade de ampliação ou redução de
ofício. No primeiro caso, a parte contrária deverá, então, ser intimada. Já no
segundo, ambas as partes deverão ser intimadas da modificação.

Por outro lado, o fato de o devedor não ter ciência de seu estado de
insolvência por conta da alienação fraudulenta não impede a anulação do
ato através da Ação Pauliana.
Mas, com relação aos atos fraudulentos, estes podem se caracterizar de
diversos modos: (a) transmissão gratuita de bens (doação, inclusive a filhos
e cônjuges), (b) contrato oneroso (simulação de negócios jurídicos), (c)
perdão de dívidas, (d) renúncia a direito de herança, (e) antecipação do
pagamento de dívidas e (f) atribuição de preferências a credores (em
detrimento de outros).
Consoante decisão do STF, m julgamento de recurso relatado pelo ministro
Luis Felipe Salomão. Em que a ação pauliana pode atingir a eficácia do
negócio jurídico celebrado por terceiros, mesmo que constatada a boa-fé
dos que adquiriram os bens sem saber que foram comercializados com o
intuito de lesar o credor.

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