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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

JULIANA SOUZA MOREIRA


Matrícula: 20151103165

ESTÁDIOS E DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO

Rio de Janeiro - RJ
2020
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

JULIANA SOUZA MOREIRA


Matrícula: 20151103165

ESTÁDIOS E DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO

Trabalho temático avaliativo para


aprovação na disciplina Estruturas de
Concreto II da Universidade Veiga de
Almeida campus Tijuca.

Sergio Gavazza

Rio de Janeiro – RJ
2020
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Sumário

1 - Estádios Limites ...................................................................................................4


1.1 - Estádio Limite Último (ELU)..............................................................................4
1.2 - Estados Limites de Serviço (ELS)....................................................................6
1.3 - Diferença entre os estados limites e a importância.......................................7
2 - Características importantes do concreto armado.............................................8
3 - Estádios de Deformação......................................................................................8
3.1 - Estádio I..............................................................................................................9
3.2 - Estádio II............................................................................................................10
3.3 - Estádio III...........................................................................................................11
4 - Domínios de Deformação....................................................................................12
4.1 - Decifrando o diagrama de deformação...........................................................13
4.1.1 - Reta A..............................................................................................................13
4.1.2 - Domínio 1........................................................................................................14
4.1.3 - Domínio 2........................................................................................................14
4.1.4 - Domínio 3........................................................................................................15
4.1.5 - Domínio 4........................................................................................................16
4.1.6 - Domínio 4a.....................................................................................................16
4.1.7 - Domínio 5........................................................................................................17
4.1.8 – Reta B.............................................................................................................18
Referências...............................................................................................................19
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1- Estádios Limites

A segurança que todos os tipos de estruturas devem apresentar envolve dois


aspectos principais. O primeiro, e mais importante, é que uma estrutura não pode,
obviamente, nunca alcançar a ruptura. O segundo aspecto é relativo ao conforto,
à tranquilidade do usuário na utilização da construção. A NBR 6118/03 (itens 3.2
e 10.4) trata esses dois aspectos da segurança apresentando os “Estados Limites”,
que são situações limites que as estruturas não devem ultrapassar.
Estado limite é basicamente o estado em que a estrutura deixa de atender os
requisitos para um funcionamento de forma plena e adequada ou até mesmo
quando seu uso é interrompido por razão de um colapso na estrutura.

1.1- Estádio Limite Último (ELU)

No item 3.2 a NBR 6118/03 define o estado limite último como: “Estado limite
relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que
determine a paralisação do uso da estrutura”. Deduz-se, portanto, que, em serviço,
a estrutura não deve ou não pode jamais alcançar o estado limite último (ruína).
O ELU está relacionado ao estado no qual a estrutura já não pode ser utilizada
por razão de esgotamento da capacidade resistente e risco à segurança.
Nesse caso, quando a estrutura está submetida ao estado limite último, são
necessários reparos ou até mesmo a substituição da construção para que a
segurança seja assegurada.
No item 10.3 a norma lista os estados limites últimos que devem ser verificados
para a segurança das estruturas de concreto:
a) estado limite último da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo
rígido;
b) estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura,
no seu todo ou em parte, devido às solicitações normais e tangenciais, admitindo-
se a redistribuição de esforços internos, desde que seja respeitada a capacidade
de adaptação plástica, e admitindo-se, em geral, as verificações separadas das
solicitações normais e tangenciais; considerando-se porém a interação entre elas
quando for importante;
c) estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura,
no seu todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem;
d) estado limite último provocado por solicitações dinâmicas;
e) estado limite último de colapso progressivo;
f) outros estados limites últimos que eventualmente possam ocorrer em casos
especiais.
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São exemplos de ELU:


a) Perda de equilíbrio como corpo rígido: tombamento, escorregamento ou
levantamento;
b) Resistência ultrapassada: ruptura do concreto;

c) Escoamento excessivo da armadura: εs >1,0%;


d) Aderência ultrapassada: escorregamento da barra;
e) Transformação em mecanismo: estrutura hipostática;
f) Flambagem;
g) Instabilidade dinâmica − ressonância;
h) Fadiga − cargas repetitivas.

Figura. Colapso estrutural: ruptura brusca de pilar.

Figura. Flambagem da armadura.


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1.2- Estados Limites de Serviço (ELS)

Os estados limites de serviço definidos pela NBR 6118/03 são aqueles


relacionados à durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e a boa
utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, seja em relação às
máquinas e aos equipamentos utilizados.
Quando uma estrutura alcança um “Estado Limite de Serviço”, o seu uso fica
impossibilitado, mesmo que ela ainda não tenha esgotada toda a sua capacidade
resistente, ou seja, a estrutura não mais oferece condições de conforto e durabilidade,
embora não tenha alcançado a ruína.
Os estados limites de serviço definidos pela NBR 6118/03 (item 10.4) são:
a) Estado limite de formação de fissuras (ELS-F): Estado em que se inicia a
formação de fissuras. Admite-se que este estado limite é atingido quando a tensão de
tração máxima na seção transversal for igual a resistência do concreto à tração na
flexão;
b) Estado limite de abertura das fissuras (ELS-W): este estado é alcançado
quando as fissuras têm aberturas iguais aos máximos especificados pela norma. As
estruturas de concreto armado trabalham fissuradas, pois essa uma de suas
características básicas, porém, num bom projeto estrutural as fissuras terão pequena
abertura, e não serão prejudiciais à estética e à durabilidade;
c) Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF): este estado é
alcançado quando as deformações (flechas) atingem os limites estabelecidos para a
utilização normal. Os elementos fletidos como as vigas e lajes apresentam flechas em
serviço. O cuidado que o projetista estrutural deve ter é de limitar as flechas a valores
aceitáveis, que não prejudiquem a estética;
d) Estado limite de vibrações excessivas (ELS-VE): este estado é alcançado
quando as vibrações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal da
construção. O projetista deverá eliminar ou limitar as vibrações de tal modo que não
prejudiquem o conforto dos usuários na utilização das estruturas.
São exemplos de ELS:
a) Danos estruturais localizados que comprometem a estética ou a durabilidade
da estrutura − fissuração;
b) Deformações excessivas que afetem a utilização normal da construção ou o
seu aspecto estético − flechas;
c) Vibrações excessivas que causem desconforto a pessoas ou danos a
equipamentos sensíveis.
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Figura. Fissuração excessiva do concreto.

1.3 – Diferença entre os estados limites e a importância

A maior diferença entre o Estado Limite Último e Estado Limite de Serviço é


que o primeiro oferece um risco iminente de ruína da estrutura, devendo ser reparado
imediatamente e o segundo não oferece risco iminente de ruína, estando apenas fora
dos padrões normais de funcionamento, o que não significa que não oferece riscos.
A estrutura corre mais perigo de colapso que no ELU que no ELS, sendo o
Estado Limite Último mais evitado e o Estado Limite de Serviço mais comum de
acontecer.
Quando os estados limites são alcançados significa que o uso da edificação
pode ser inviabilizado por não garantir a segurança necessária.
Uma estrutura apresenta segurança se tiver condições de suportar todas as
ações possíveis de ocorrer, durante sua vida útil, sem atingir um estado limite.
Por tanto é importante conhecer os Estados Limites para atender aos requisitos
de segurança da ANBT NBR 6118:2014.
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2 – Características importantes do concreto armado

A associação do concreto e armações feitas de barras de aço se chama


concreto armado.
O aço é resistente à tração (movimentos laterais), enquanto o concreto tem alta
resistência a compressão (movimentos verticais). Isto torna a combinação de concreto
e aço muito eficaz e difundida em todos os tipos de obras.

Figura. Deformação do aço Figura. Deformação do concreto

(Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Diagrama-tensao-deformacao-do-


aco-e-do-concreto_fig1_312294783)

Os alongamentos (εs) são limitados a 10%o e os encurtamentos a 3,5%o, no


caso de flexão simples ou composta, e a 2%o, no caso de compressão simples.
Encurtamentos são fixados em função dos valores máximos adotados para o
material concreto.

3 - Estádios de Deformação

Os estádios servem para caracterizar o desempenho da seção de concreto


armado.
São analisados aplicando-se um carregamento crescente que varia entre 0 e o
carregamento que rompe a seção.
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Neste intervalo, a seção passa por três fases diferentes: Estádio I, Estádio II e
Estádio III.

3.1 – Estádio I

Esta fase corresponde ao início do carregamento. As tensões normais que


surgem são de baixa magnitude e dessa forma o concreto consegue resistir às
tensões de tração.
Tem-se um diagrama linear de tensões, ao longo da seção transversal da peça, sendo
válida a lei de Hooke.

Figura: Gráfico da força em função da elongação de uma mola típica.

O ponto P marca o limite da validade da lei de Hooke; após este ponto as deformações
são irreversíveis.

Figura. Comportamento do concreto no estádio I. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).
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Levando-se em consideração a baixa resistência do concreto à tração, se


comparada com a resistência à compressão, percebe-se a inviabilidade de um
possível dimensionamento neste estádio.
É no estádio I que é feito o cálculo do momento de fissuração, que separa o
estádio I do estádio II. Conhecido o momento de fissuração, é possível calcular a
armadura mínima, de modo que esta seja capaz de absorver, com adequada
segurança, as tensões causadas por um momento fletor de mesma magnitude.
Portanto, o estádio I termina quando a seção fissura.

3.2- Estádio II

Neste nível de carregamento, o concreto não mais resiste à tração e a seção


se encontra fissurada na região de tração. A contribuição do concreto tracionado
deve ser desprezada. No entanto, a parte comprimida ainda mantém um diagrama
linear de tensões, permanecendo válida a lei de Hooke.

Figura: Comportamento do concreto no estádio II. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

Basicamente, o estádio II serve para a verificação da peça em serviço.


Como exemplos, citam-se o estado limite de abertura de fissuras e o estado
limite de deformações excessivas.
Com a evolução do carregamento, as fissuras caminham no sentido da borda
comprimida, a linha neutra também e a tensão na armadura cresce, podendo atingir o
escoamento ou não.
O estádio II termina com o início da plastificação do concreto comprimido.
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3.3 – Estádio III

No estádio III, a zona comprimida encontra-se plastificada e o concreto dessa


região está na iminência da ruptura. Admite-se que o diagrama de tensões seja da
forma parabólico-retangular, também conhecido como diagrama parábola-retângulo.
É dentro do Estádio III que a peça submetida à flexão é dimensionada.

Figura: Comportamento do concreto no estádio III. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

Figura: Diagrama Retangular. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).
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4 – Domínios de Deformação

Conforme prescrições normativas, o estado limite último é caracterizado


quando a distribuição das deformações na seção transversal pertencer a um dos
domínios definidos pelo diagrama de deformações.
O diagrama dos domínios de deformações representa todas as distribuições
possíveis de deformações específicas da seção transversal de uma peça de concreto
armado, no instante em que ela atinge um estado limite último (ELU). Ele é montado
a partir das hipóteses básicas de cálculo:

Figura : Domínios de estado-limite último de uma seção transversal para a ABNT NBR 6118:2003.
Disponível em: https://www.tudoengcivil.com.br/2015/08/dominios-de-deformacao-estruturas-
de.html.

Figura : Domínios de estado-limite último de uma seção transversal para a ABNT NBR 6118:2014. Disponível
em:https://www.tudoengcivil.com.br/2015/08/dominios-de-deformacao-estruturas-de.html
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Os domínios 1 e 2 correspondem ao estado limite de deformação plástica


excessiva e são fixados pelo ponto A, que corresponde ao alongamento de 1%. Para
todas as situações correspondentes aos domínios 1 e 2 a reta do diagrama de
deformação passa pelo ponto A.
Os domínios 3, 4 e 4a referem-se ao estado limite de ruptura do concreto na
flexão e são fixados pelo ponto B, que corresponde ao encurtamento de 0,35% na
borda mais comprimida da seção. Para todas as situações correspondentes aos
domínios 3, 4 e a reta do diagrama de deformações passa pelo ponto B.
O domínio 5 corresponde ao estado limite de ruptura do concreto na
compressão e é fixado pelo ponto C que corresponde ao encurtamento de 0,2% na
fibra distante (3/7)h da borda mais comprimida da seção Para todas as situações
referentes ao domínio 5 e a reta do diagrama de deformações passa pelo ponto C.
A posição da linha neutra na seção é definida pela distância x da linha neutra
até a borda mais comprimida da seção.

4.1- Decifrando o diagrama de deformação

4.1.1 - Reta A:

A reta a corresponde à tração uniforme, caso em que toda a seção é


tracionada de modo uniforme. A deformação na seção é representada por uma reta
paralela à face da seção, que é a origem das deformações. A posição da linha neutra
é dada por x=-∞. O estado limite último é atingido por deformação plástica excessiva
da armadura sendo caracterizado por um alongamento de 1%. Por isso, a reta a, que
representa as deformações no estado limite último para o caso da tração uniforme,
passa pelo ponto A, que corresponde a um alongamento de 1% na armadura. A seção
resistente é constituída somente pelas armaduras, pois o concreto tracionado é
considerado fissurado.

Figura. Reta A do Diagrama de Deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).
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4.1.2 - Domínio 1

O domínio 1 corresponde ao caso de tração não uniforme. Toda a seção é


tracionada, mas de modo não uniforme. A linha neutra é externa à seção e a reta do
diagrama de deformações na seção passa pelo ponto A correspondente a um
alongamento de 1% na armadura mais tracionada. Cobre o campo de profundidade
da linha neutra desde x > -∞ até x ≤ 0. O estado limite último é caracterizado por
deformação plástica excessiva da armadura. A seção resistente é composta apenas
pelas armaduras, não havendo participação resistente do concreto.

Figura. Domínio I do diagrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

4.1.3 - Domínio 2

Abrange os casos de flexão simples e flexão composta com grande


excentricidade. A linha neutra é interna à seção transversal, estando uma parte desta
sujeita à compressão. Este domínio corresponde às situações em que o alongamento
da armadura atinge 1% e o encurtamento da fibra mais comprimida de concreto é
inferior a 0,35%. A reta do diagrama de deformações na seção passa pelo ponto A,
correspondente a um alongamento de 1% na armadura. Cobre o campo de
profundidade da linha neutra desde x > 0 até x < 0,259d. O estado limite último é
atingido por deformação plástica excessiva da armadura, não se verificando ruptura
do concreto na zona comprimida da seção.
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Figura. Domínio 2 do diagrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

4.1.4 - Domínio 3

O domínio 3 corresponde à flexão simples e à flexão composta com grande


excentricidade. A linha neutra é interna à seção e a reta do diagrama de deformações
na seção passa pelo ponto B, correspondente a um encurtamento de 0,35% na borda
comprimida. Abrange os casos em que no estado limite último o encurtamento de
0,35% é alcançado na borda comprimida da seção e o alongamento na armadura está
compreendido entre 1% e εyd, deformação que corresponde ao início do escoamento
do aço. O estado limite último é caracterizado pela ruptura do concreto comprimido
após o escoamento da armadura. Cobre o campo de profundidade da linha neutra
desde x = 0,259d até x ≤ xy. Esta é a situação desejável para projeto, pois os materiais
são aproveitados de forma econômica e a ruína poderá ser avisada pelo aparecimento
de muitas fissuras motivadas pelo escoamento da armadura. As peças de concreto
armado nestas condições são denominadas peças sub-armadas.

Figura. Domínio 3 do diagrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).
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4.1.5 - Domínio 4

O domínio 4 abrange os casos de flexão simples e de flexão composta com


grande excentricidade. A linha neutra é interna à seção e a reta do diagrama de
deformações na seção passa pelo ponto B. Refere-se aos casos em que no estado
limite último o encurtamento de 0,35% é alcançado na borda comprimida de seção e
o alongamento na armadura está situado entre εyd e 0. O estado limite último é
caracterizado pela ruptura do concreto comprimido sem que haja escoamento da
armadura. Cobre o campo de profundidade da linha neutra desde x > xy até x < d.
Apesar do aparecimento eventual de fissuras, estas possuem abertura muito fina no
instante que ainda precede a ruptura. Esta se dá de modo brusco e sem aviso, porque
o concreto sofre esmagamento na zona comprimida da seção antes que a armadura
tracionada possa permitir a abertura de fissuras visíveis que sirvam de advertência.
As peças de concreto armado nestas condições são denominadas peças super-
armadas e devem ser evitadas tanto quanto possível. Na flexão simples esta situação
sempre poderá ser evitada, contudo, na flexão composta nem sempre.

Figura. Domínio 4 do digrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

4.1.6 - Domínio 4a

O domínio 4a corresponde à flexão composta com pequena excentricidade.


As armaduras são comprimidas e existe somente uma pequena região de concreto
tracionada próxima a uma das bordas da seção. Só poderá ocorrer na flexo-
compressão. A linha neutra é interna à seção, mas situa-se entre a armadura menos
comprimida e a borda tracionada da seção. Cobre o campo de profundidade da linha
neutra de x ≥ d até x < h. A reta do diagrama de deformações na seção passa pelo
ponto B. O estado limite último é caracterizado pela ruptura do concreto com
encurtamento de 0,35% na borda comprimida, sem aparecimento de fissuras.
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Figura. Domínio 4a do diagrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

4.1.7- Domínio 5

O domínio 5 refere-se à compressão não uniforme, com toda a seção de


concreto comprimida. A linha neutra é externa à seção e a reta do diagrama de
deformações na seção passa pelo ponto C, afastado da borda mais comprimida de
3/7 da altura total da seção e correspondente a um encurtamento de 0,20%. Cobre o
campo de profundidade da linha neutra desde x ≥ h até x < +∞. O estado limite último
é atingido pela ruptura do concreto comprimido com encurtamento na borda mais
comprimida situado entre 0,35% e 0,20%, dependendo da posição da linha neutra,
mas constante e igual a 0,20% na fibra que passa pelo ponto C.

Figura. Domínio 5 do diagrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).
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4.1.8 - Reta B

A reta b corresponde à compressão uniforme, caso em que toda a seção é


comprimida de modo uniforme. A deformação na seção é representada por uma reta
paralela à face da seção, que é a origem das deformações. A posição da linha neutra
é dada por x = + ∞. O estado limite último é atingido por ruptura do concreto com um
encurtamento de 0,20%. Por isso, a reta b que representa as deformações no estado
limite último para o caso da compressão uniforme, passa pelo ponto C, que
corresponde a um encurtamento de 0,20%. A seção resistente é constituída pelo
concreto e pelas armaduras, sendo a deformação nestas igual à do concreto, ou seja,
0,20%.

Figura. Reta B do diagrama de deformação. (Disponível em:


file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALHOS%20DE%20CONC
RETO%202/Bases_Calculo.pdf).

Resumindo:
o Reta a: tração uniforme;
o Domínio 1: tração não uniforme, sem compressão;
o Domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do concreto
(com Ɛc < Ɛcu para a ABNT NBR 6118:2014 e Ɛc < 3,5 ‰ para a ABNT NBR
6118:2003, ambas com o máximo alongamento permitido). Ruptura
convencional por encurtamento-limite do concreto;
o Domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta com ruptura à
compressão do concreto e com escoamento do aço (Ɛs ≥ Ɛyd);
o Domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta com ruptura à
compressão do concreto e aço tracionado sem escoamento (Ɛs < Ɛyd);
o Domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas;
o Domínio 5: compressão não uniforme, sem tração;
o Reta b: compressão uniforme.
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Referências

BASTOS. P. S. Fundamentos do Concreto Armado. Disponível em:


http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos%20CA.pdf
BERETTA. A. L. Diagrama Tensão / Deformação do concreto. Disponível em:
https://slideplayer.com.br/slide/10760871/
BORGES. E. Domínios de Deformação - Estruturas de Concreto Armado 1.
Disponível em: https://www.tudoengcivil.com.br/2015/08/dominios-de-deformacao-
estruturas-de.html
DANDARA. V. Estados Limites ELU e ELS: aprenda a diferença!. Disponível em :
https://www.guiadaengenharia.com/estados-limites/
LIBÂNIO M. P., CASSIANE D. M., SANDRO P. S. Bases para Cálculo. Disponível
em:file:///C:/Users/julia/Documents/Faculdade%20Juliana/Concreto%202/TRABALH
OS%20DE%20CONCRETO%202/Bases_Calculo.pdf
MOURA. J. Dimensionamento de vigas de concreto: hipóteses. Disponível em:
https://www.guiadaengenharia.com/dimensionamento-vigas-concreto-hipoteses/
Portal do Concreto. Concreto Armado. Disponível em:
https://www.portaldoconcreto.com.br/concreto-armado
PEREIRA. C. O que é Concreto Armado?. Disponível em:
https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-armado/
RODRIGUES. D. Estruturas Metálicas X Concreto Armado. Disponível em:
https://app.trakto.io/doc/comercial-21979/diferenca-metalica-concreto

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