Você está na página 1de 8

Escola Estadual de Educação Básica Governador Jorge Lacerda

1ºs anos do Ensino Médio


Professores Nereia e Gabriel

Aula sobre núcleo 3

1- Cromossomos
2- Divisão celular e interfase
3- Mitose
4- Meiose

1- Cromossomos

Os cromossomos são corpúsculos compactos que carregam a


informação genética. Cada cromossomo é constituído por uma longa e
linear molécula de DNA associada a proteínas. Essas proteínas são
responsáveis por manter a estrutura do cromossomo e auxiliar
no controle das atividades dos genes presentes nas moléculas de DNA.
Os cromossomos estão presentes no núcleo das células eucarióticas e
a sua quantidade varia em cada espécie. Tendo sua configuração a
seguir
• Células somáticas (células não reprodutivas): 46 pares de
cromossomos homólogos. Esses cromossomos presentes aos pares
são semelhantes e, assim, essas células podem ser denominadas
de diploides e representadas por 2n;
• Células reprodutivas, germinativas ou gametas (espermatozoides e
óvulos): 23 cromossomos. Essas células unem-se no processo
reprodutivo, dando origem às células somáticas com 46 cromossomos.
Quando as células possuem apenas um conjunto de cromossomos
semelhantes, são denominadas de haploides e representadas por n.
Os cromossomos apresentam uma região de estrangulamento
denominada de centrômero ou constrição primária. De acordo com a
posição do centrômero, os cromossomos podem ser classificados em:
• Metacêntrico: centrômero na região central do cromossomo;
• Submetacêntrico: centrômero suavemente afastado do centro;
• Acrocêntrico: centrômero próximo a um dos polos;
• Telocêntrico: centrômero presente em um dos polos.
Os cromossomos possuem em sua extremidade uma região com fileiras
repetitivas de DNA. Essa região é denominada de telômero e tem como
função proteger o cromossomo contra danos e permitir que
a duplicação do DNA ocorra corretamente, sem desgastar os genes
durante ciclos sucessivos de replicação.
Imagem de tipos de cromossomo

Fonte: da internet
Imagem de regiões cromossômicas

Fonte: da internet

2- Divisão celular e interfase


A divisão celular é um processo que é responsável para reprodução da
célula que faz parte do ciclo celular, esse processo apresenta diversas
funções importantes no organismo.
A divisão ocorre de diferentes formas em diferentes organismossend9o
que por organismos procariontes ocorre por duplicação do DNA e
depois pela divisão do citoplasma, em seres eucariontes ocorres por
mitose e para organismos eucariontes multicelulares que se
reproduzem sexuadamente ocorres por meio de meiose.
Imagem ilustrativa de divisão celular

Fonte: da internet
A interfase é importante pois a replicação de DNA e a duplicação do
Centríolo, as etapas da interfase são:
G1 que é a fase que começa após a citocinese e a célula começa a
aumentar de tamanho além de duplicar os componentes do citoplasma
e começa a produção de RNA para síntese de proteína.
S é a fase em que ocorre a replicação de DNA que permite a próxima
divisão celular,
G2 e a fase em que a produção de proteína continua e a célula continua
aumentando até o início da divisão celular
Imagem do ciclo celular

Fonte: da internet
3- Mitose
A mitose é o processo de divisão celular que produz duas células-filhas
com o mesmo número de cromossomos, essa divisão é considerada
uma divisão equitativa (divisão que a quantidade de cromossomos é
igual tanto da célula mãe quanto das células filhas) essa divisão ocorre
nas seguintes fases:
Prófase
Primeira etapa da mitose. Durante essa fase, os cromossomos ficam
visíveis em virtude de sua condensação. A
membrana nuclear desorganiza-se. Os centríolos, que se duplicaram na
interfase, migram para o polo da célula. Inicialmente aparecem fibras em
torno dessas organelas que constituem o áster; depois, entre um
centríolo e outro formam-se as fibras do fuso. O nucléolo desaparece e
o seu material é distribuído pela célula.
Metáfase
Nessa etapa, os cromossomos condensam-se em seu grau máximo. Em
virtude dessa característica, essa fase é a melhor para a análise dos
cromossomos. Cromossomos ligam-se às fibras do fuso e são alinhados
na região mediana da célula, formando a placa metafásica ou placa
equatorial.
Anáfase
Ocorre o rompimento dos centrômeros e as cromátides migram para os
polos da célula em virtude do encurtamento das fibras do fuso. Quando
as cromátides migram juntas para o mesmo polo, ocorre um processo
chamado de não disjunção cromossômica, fazendo com que uma célula
fique com mais cromossomos que outra. Essa fase finaliza-se quando
os cromossomos filhos atingem os polos.
Telófase
Fase final da mitose. Ocorre o desaparecimento das fibras do fuso. Os
cromossomos descondensam-se. Ocorre o reaparecimento do nucléolo
e do envoltório nuclear (cariocinese). No final dessa fase, observa-se a
divisão do citoplasma (citocinese) e a distribuição das organelas entre
as células-filhas. Nas células animais, a citocinese acontece por
estrangulamento em razão do aparecimento de um anel de actina e
miosina na região equatorial da célula. Por se iniciar na periferia da
célula, essa citocinese é chamada de centrípeta.

Imagem da divisão celular

Fonte: da internet

A mitose em células vegetais ocorre de forma diferente das dos animais


sendo que os cromossomos são separados e depois disso o complexo
golgiense começa a formar uma parede celular entre as células filhas.

Imagem de divisão celular de células vegetais

Fonte: da internet

4- Meiose
A meiose é um processo de divisão celular em que uma célula mãe
produz quatro células filhas haploides (com um cromossomo do par),
sendo que essa divisão tem duas etapas a divisão I e a divisão II que
também são conhecidas em mitose I e mitose II que se divide em quatro
fases em cada que são na meiose I, temos a prófase I, metáfase I,
anáfase I e telófase I. Já na meiose II, temos a prófase II, metáfase II,
anáfase II e telófase II.
Prófase I
A meiose I inicia-se com a prófase I, fase marcada pela condensação
progressiva dos cromossomos, troca de material genético entre
cromátides não irmãs, formação do fuso (feixe de microtúbulos), quebra
do envoltório nuclear e início da migração dos cromossomos
homólogos em direção aos polos.

Essa fase é geralmente dividida em cinco subfases (leptoteno,


zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese), meramente didáticas, para
facilitar o estudo. Vamos explorar cada uma dessas fases a seguir:
Leptóteno: nessa etapa verificam-se cromossomos duplicados,
formados por duas cromátides irmãs (cada uma das cópias do
cromossomo duplicado que estão ligadas entre si) conectadas pelo
centrômero, e o início da condensação desses cromossomos.
Zigóteno: os cromossomos pareiam-se com seus homólogos de
maneira que os genes ficam alinhados. Como cada cromossomo está
duplicado, o par de homólogos possui quatro cromátides. Forma-se
nesse ponto um complexo proteico, denominado de complexo
sinaptonêmico, que lembra um zíper e mantém os cromossomos
homólogos unidos.
Paquíteno: quando o complexo está formado, dizemos que os
cromossomos homólogos estão em sinapse e os pares de homólogos
associados são chamados de bivalentes. O paquíteno inicia-se quando
os cromossomos estão em sinapse. Durante esse emparelhamento,
ocorre a permutação (crossing-over), processo que se caracteriza pela
quebra das cromátides e a ligação dessas porções ao segmento
correspondente na cromátide não irmã. A permutação é importante
porque aumenta a variabilidade genética.
Diplóteno: o complexo sinaptonêmico desaparece, sendo verificada
uma leve separação dos homólogos, mas eles ainda permanecem
unidos como consequência da coesão das cromátides irmãs. Nos
pontos em que ocorreu a permutação, os cromossomos estão unidos
em uma configuração em forma de X, que recebe o nome de quiasmas.
Diacinese: os cromossomos homólogos estão separados, unidos
apenas pelos quiasmas. Observam-se, nessa fase, a quebra do
envelope nuclear e o desaparecimento do nucléolo.
Metáfase I
Na metáfase I, verifica-se que os cromossomos homólogos estão
dispostos nos polos. Essa disposição é conseguida graças à ação dos
microtúbulos, que se ligam aos cromossomos de cada bivalente. Na
metáfase I, verifica-se um cromossomo em cada par direcionado para
um polo.
Anáfase I
Na anáfase I, os cromossomos homólogos separam-se e são puxados
para polos opostos da célula, sendo guiados pelas fibras do fuso. É
importante deixar claro que, na anáfase I, os centrômeros não se
separam e as cromátides irmãs permanecem unidas. A separação é
observada exclusivamente nos homólogos.

Telófase I
Nessa etapa verifica-se que cada polo da célula apresenta um conjunto
haploide completo de cromossomos, os quais estão duplicados. Os
cromossomos começam a se descondensar e, em alguns casos, o
envelope nuclear volta a se formar. O nucléolo reaparece. A divisão do
citoplasma (citocinese) geralmente acontece de maneira simultânea com
a telófase, sendo responsável por gerar duas células-filhas.
Prófase II
Na prófase II, verificam-se a formação das fibras do fuso, a
desorganização do envoltório nuclear, caso ele tenha sido reconstruído,
e o desaparecimento do nucléolo. Os cromossomos, os quais ainda
estão formados por duas cromátides irmãs, iniciam sua movimentação
em direção aos polos. Nessa etapa, os cromossomos voltam a se
condensar.
Metáfase II
Na metáfase II, os cromossomos estão alinhados nos polos e os
cinetócoros (complexo formado por proteínas e localizado no
centrômero) das cromátides irmãs estão ligados aos microtúbulos dos
polos opostos.
→ Anáfase II
Na anáfase II, os centrômeros separam-se, e as cromátides, agora
separadas, migram para os polos opostos. As cromátides, a partir desse
momento, ficam como cromossomos individuais.
→ Telófase II
Na telófase II, última etapa da meiose, há uma reorganização da célula.
O envoltório nuclear e o nucléolo reaparecem, os cromossomos
começam a se descondensar e, ao mesmo tempo em que a telófase
ocorre, o citoplasma divide-se (citocinese). Nessa etapa, formam-
se duas células-filhas para cada célula que iniciou a meiose II.
Imagem de meiose de animais

Fonte da internet
A meiose ocorre principalmente em seres eucariontes multicelulares
como plantas, fungos e animais, sendo que um exemplo de meiose é a
gametogênese que ocorre nos animais para a reprodução sexuada.

Você também pode gostar