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Esclerose

Múltipla
Carolina Lopes
Carolina Oliveira
Sara Silva
Tomás Fernandes
O que é a esclerose múltipla?

É uma doença auto-imune que afeta o sistema


nervoso central (SNC), mais especificamente o
cérebro e a medula espinal.
“Esclerose” significa cicatriz, referindo-se às
cicatrizes que a doença provoca no SNC.
Por outro lado, a esclerose é “múltipla” uma
vez que as lesões podem ocorrer em mais do
que um local e a localização das lesões pode
variar ao longo do tempo.
Como funciona um neurónio?

O Sistema Nervoso Central é constituído por


neurónios e por células gliais.
Um neurónio é formado por um corpo celular
com prolongamentos dendríticos e por uma
extensão denominada axónio. Estes, para
garantirem a condução dos impulsos nervosos são
revestidos por uma substância gordurosa e
isolante a que chamamos mielina.
O sistema imunitário não tem a capacidade de diferenciar as células do seu próprio corpo de células estranhas, acabando por destruir os
seus próprios tecidos. O principal alvo deste “ataque” é a mielina, uma camada de gordura protetora das fibras nervosas que auxilia na
transmissão de informação ao longo do corpo humano. Quando ocorre um “surto”, formam-se cicatrizes endurecidas que se agrupam
formando as conhecidas “escleroses” ou também denominadas “placas”, sendo afetadas inúmeras áreas do cérebro e da medula espinal.
Importância da mielina
Os processos inflamatórios danificam e destroem
as bainhas de mielina das células nervosas
ocorrendo a desmielinização.

Nesta fase, os axónios não conseguem conduzir os


impulsos nervosos ocorrendo a manifestação de
sintomas neurológicos sentidos durante um surto

Quando a inflamação deixa de estar presente, a


mielina poderá ser substituída havendo a recuperação
da função neurológica (surtos temporários)

Contudo se a desmielinização manifestada for mais


grave poderá levar à destruição dos axónios antes de
ser possível recuperar a camada protetora de mielina.
Tipos de esclerose múltipla

Esclerose Múltipla Surto- Esclerose Múltipla Secundária


Remissão (EMSR) Progressiva (EMSP)

E o tipo de EM mais frequente,


Surge após um quadro inicial de surto-
representando cerca de 85% dos casos.
remissão. As pessoas cujo tipo de EM evolui
Há alternância entre períodos de
para EMSP sentem um progressivo
sintomas (surtos) e períodos de melhoria
agravamento da condição.
(remissão).
Tipos de esclerose múltipla

Esclerose Múltipla Primária Esclerose Múltipla Primária


Progressiva (EMPP) Recidivante (EMPR)

Rrepresenta cerca de 15% dos casos, Sem Os indivíduos demonstram um


a ocorrência de surtos, as pessoas podem declínio neurológico constante, mas
sentir um agravamento da sua condição ao para além disso sofrem ataques
longo do tempo. adicionais
Prognóstico

O prognóstico de uma pessoa com esclerose múltipla


depende do subtipo da doença, de características individuais
como o sexo, idade e sintomas iniciais, e do grau
de incapacidade que afecta essa pessoa. A doença progride
e regride ao longo de várias décadas, correspondendo a
uma esperança média de vida de 30 anos a partir do seu
aparecimento.
Diagnóstico
01
Observação dos sinais
clínicos

02
Imagens por
Ressonância Magnética

03
Exame de LCR por
punção lombar.
SINTOMAS
Os sinais e sintomas da esclerose múltipla podem
mudar muito de pessoa para pessoa e ao longo da
doença, dependendo da localização das fibras
nervosas afetadas.
Algumas pessoas com EM grave podem perder a
capacidade de caminhar de forma independente ou
de todo, enquanto outras podem experimentar longos
períodos de remissão sem novos sintomas.
Progressão de
Incapacidade - EDSS
A Escala Expandida do Estado de Incapacidade
de Kurtzke é um método para quantificar o
grau de incapacidade na esclerose múltipla,
onde ela determina o grau de incapacidade de
mobilidade do paciente.
ORIGEM
Apesar de a sua origem não ser ainda
completamente conhecida, a investigação
da esclerose múltipla continua a
avançar. Por isso, conhecemos já alguns
dos fatores que podem contribuir para o
seu aparecimento – como fatores
genéticos e ambientais – e estamos mais
perto de compreender a extensão da
doença.
Epidemiologia

• afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em


todo o mundo.
• em Portugal existam cerca de 8 mil casos
• existem algumas zonas com maior incidência
da doença, como o norte da Europa, os Estados
Unidos e o Canadá.
• tem uma maior incidência no sexo feminino:
afeta cerca de 2,5 mulheres por cada caso
masculino.
TRATAMENTOS
Corticosteroides Plasmaférese
São utilizados para reduzir a Parecido com uma hemodiálise. Uma
intensidade dos surtos. Os máquina remove elementos do plasma
corticosteroides são anti- sanguíneo que possam ser responsáveis
inflamatórios utilizados por pela doença. Ela pode ser utilizada
períodos breves e amenizam o para qualquer tipo recidivante de EM
agravamento dos sintomas que (recidiva-remitente, recidiva
podem levar a consequências progressiva, secundária progressiva) e
como perda de visão, força ou não funciona para EM primária
coordenação. progressiva.
Imunossupressores Drogas modificadoras
/imunomodularores da doença
Ajudam a diminuir a frequência Atrasam a progressão da
de surtos e, assim, diminuem esclerose múltipla e previnem
também o impacto negativo na surtos. Esses medicamentos atuam
qualidade de vida. abrandando o sistema imunológico
de forma que ele não ataque as
bainhas de mielina
Neurorreabilitação

São cuidados interdisciplinares que ajudam


pacientes com deficiência a alcançar e manter
a interação com o ambiente, ajudando na
independência e integração social.
. Entre as terapias de neurorreabilitação temos:
psicologia, neuropsicologia, fisioterapia,
arteterapia, fonoaudiologia, fisioterapia,
neurovisão e terapia ocupacional.
DIA MUNDIAL DA
ESCLEROSE MÚLTIPLA
O Dia Mundial da EM é assinalado oficialmente a 30 de
maio. Junta a comunidade global de EM para partilhar
histórias, sensibilizar o público e fazer campanha com
todas as pessoas afetadas pela esclerose múltipla.
FIM!!!

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