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Solda A Gás
Solda A Gás
PROCESSO OXIGÁS
Introdução
• A soldagem a gás oxi-combustível (Oxy-Fuel
Gas Welding – OFW) ou simplesmente
soldagem a gás é um processo no qual a
coalescência ou união dos metais é obtida
pelo aquecimento destes até a fusão com uma
chama de um gás combustível e oxigênio. O
metal de adição, se usado, também é fundido
durante a operação.
Fundamentos
• Uma importante característica
deste processo é o excelente
controle que se pode exercer
sobre a entrada de calor e a
temperatura das peças que
estão sendo soldadas, devido
ao controle independente da
fonte de calor e da
alimentação do metal de
adição.
• É um processo adequado à
soldagem de chapas finas,
tubos de pequeno diâmetro e
também muito utilizado em
soldagens de reparo.
Equipamentos
• O equipamento para a soldagem oxi-acetilênica compreende
basicamente cilindros de oxigênio e acetileno, reguladores de pressão,
mangueiras, maçarico, acendedor de chama, ferramentas e
equipamentos diversos de segurança (óculos, luvas, válvulas contra
retorno de gases, etc.)
Gases
• Gases comerciais têm uma propriedade em comum, ou
seja, requerem sempre oxigênio para sustentar a
combustão. Um gás, para ser conveniente às operações
de soldagem, deve apresentar as seguintes
propriedades quando queimado:
– Alta temperatura de chama.
– Alta taxa de propagação de chama.
– Conteúdo de calor suficiente.
– Mínimo de reação química da chama com os metais base e
de enchimento.
• Dentre os gases comercialmente disponíveis, o
acetileno é o que mais se aproxima destes requisitos.
Gases
• Características dos gases combustíveis comuns
• Para que a umectação ocorra, a superfície do material base tem que estar
limpa, isenta de óxidos, gorduras, óleos, graxas e detritos de qualquer
natureza. O aquecimento tem que ser suficiente para fundir o metal de
adição, porém não pode fundir o material base. Recomenda-se uma
diferença de no mínimo 100°C entre os pontos de fusão do material base e
a temperatura de liquidus do metal de adição.
Capilaridade
• Capilaridade é um conjunto de fenômenos físicos que promove pressão
nos líquidos, fazendo com que os mesmos penetrem entre duas
superfícies.
• A figura a seguir mostra uma experiência simples, em que se coloca um
tubo de vidro com pequeno diâmetro interno em um recipiente com água.
Assim que a face do tubo entra em contato com a água, esta entra no
interior do tubo até uma altura (h), a qual não se altera ao levar o tubo até
o fundo do recipiente.
• Se o tubo for retirado do recipiente, esta coluna de água, de altura (h),
formada dentro do tubo, permanecerá a mesma, constatando-se o
fenômeno da capilaridade.
Capilaridade
Capilaridade
• A penetração depende da distância entre as superfícies, densidade
e viscosidade do líquido e energia da superfície da fase líquida (que
pode ser verificada através do intervalo de fusão da liga).
Juntas para brasagem
• Para a obtenção de uma junta adequada, devem ser verificados alguns
requisitos técnicos como o tipo de serviço; custo; a temperatura de
trabalho; a direção e a intensidade das forças aplicadas sobre o conjunto
brasado; o meio de trabalho; a compatibilidade entre material base e metal
de adição; o forma e tempo de aquecimento; e o método de brasagem
aplicado (solda branda, brasagem ou soldabrasagem).
• A determinação da folga (distância entre as superfícies a serem brasadas)
depende do tipo de brasagem empregado, da utilização de fluxo, das
condições de usinagem existentes verificando as tolerâncias existentes a
fim de garantir uma faixa de trabalho e não um valor nominal.
• Normalmente as folgas das juntas para solda branda e brasagem em geral
situam-se entre 0,05 mm e 0,20 mm, e para soldabrasagem igual ou
superior a 0,50 mm.
Fluxos
• Em processos de soldagem e brasagem com chama oxi-acetilênica,
é importante o uso de um fluxo que seja adequado a cada tipo de
material.
• Os fluxos têm papel fundamental, pois proporcionam uma
capilaridade melhor à solda (responsável pela penetração do
material de adição ao material base), rendimento do material de
adição, a desoxidação, decapagem do metal base, e uma efetiva
proteção à oxidação durante a deposição do metal de adição.
Fluxos
• Boratos - Na, K e Li: Para uso acima de 760 °C. Têm boa capacidade
de dissolução dos óxidos e oferecem boa proteção contra oxidação;
• Fluoboratos – Na e K: Possuem melhor capacidade de dissolução
dos óxidos e maior fluidez do que os boratos. São usados na ligação
de materiais para elevadas temperaturas;
• Fluoretos – Na, K e Li: São muito ativos, aumentando o efeito de
capilaridade. Utilizados especialmente na união de alumínio e suas
ligas. Produzem fumos tóxicos. Têm fraca proteção contra oxidação.
• Cloretos: Têm propriedades e aplicações idênticas à dos fluoretos,
embora sejam menos eficazes;
• Ácido bórico calcinado: Constitui a base de muitos fluxos. É um bom
agente de limpeza das superfícies. Reduz a viscosidade do fluxo e
facilita a remoção dos resíduos de fluxo.
Metais de adição
Faixa de
Classe Metal de adição temperatura Forma de
Metal de base
AWS recomendado recomendada fornecimento
(°C)
FB1 Ligas de Al BAlSi 540-615 Pó
FB2 Ligas de Mg BMg 480-620 Pó
Aço carbono e BAg, BCuP, BCu, B- Pó, pasta e
FB3 565-1205
aço inoxidável Ni, BAu líquido
FB4 Alumínio-Bronze BAg e BCu 595-870 Pasta
Oxi-corte
• Pode-se definir o oxicorte
como “um processo de
seccionamento de metais
pela combustão
localizada e contínua
devido à ação de um jato
de O2 de elevada pureza,
agindo sobre um ponto
previamente aquecido
por uma chama oxi-
combustível”.
Processo
• Na temperatura ambiente e na presença de O2, o ferro se
oxida lentamente. À medida que a temperatura se eleva,
esta oxidação se acelera, tornando-se praticamente
instantânea a 1350°C. Nesta temperatura, chamada de
temperatura de oxidação viva, o calor fornecido pela
reação é suficiente para liquefazer o óxido formado e
realimentar a reação.
• O óxido no estado líquido se escoa, expulso pelo jato de
O2, permitindo o contato do ferro devidamente aquecido
com O2 puro, o que garante a continuidade ao processo.
Bicos de corte
• Os bicos de corte são montados na cabeça
do maçarico de modo a conservar
separadas as misturas dos gases de pré-
aquecimento do O2 de corte, servindo
também para direcionar os mesmos para a
superfície a ser cortada por meio dos
orifícios do seu interior.
• A principal e mais importante dimensão do
bico de corte é o diâmetro interno do
canal do O2 de corte. Por este orifício se
equilibra a pressão e a vazão de O2
adequadas para a espessura a cortar,
devendo o bico ser escolhido em função
da espessura, e a partir da escolha de um
dado diâmetro de orifício do O2 de corte,
estão determinados os limites de
espessura a serem cortados pelo bico.
Pureza do O2
• Quando a pureza do O2 diminui, ocorre um
retardamento na oxidação do metal e mais gases são
consumidos por unidade de tempo para a mesma
largura de sangria, subindo especialmente o consumo
de O2.