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Índice

1. Introdução....................................................................................................................................2

1.1 Obectivos...............................................................................................................................3

1.1.1.Obectivos Gerais.............................................................................................................3

1.1.2 Específicos:.....................................................................................................................3

1.1.3 Metodologias:..................................................................................................................3

2. Desenvolvimento economico local em Moçambique..................................................................4

2.1 Conceito.................................................................................................................................4

2.2 O Distrito como pólo de Desenvolvimento Económico Local..............................................5

2.3 Ferramenta de Planificaçao do Desenvolvimento Economico Local (m-DEL)....................5

2.4 Actores ou Intervenientes no processo de Desenvolvimento Economico local.....................6

2.4.1 Os principais Intervenientes no processo de Desenvolvimento Economico Local ........7

2.5 Processos de Implementaçao do Desenvolvimento Economico Local em Moçambique......8

3. Conclusão:.................................................................................................................................10

4. Bibliografia................................................................................................................................11

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1. Introdução

 Desenvolvimento econômico baseia-se na autonomia dos agentes locais que, muitas vezes,
caminham em oposição ao pensamento dominante. Segundo o Instituto Pólis (2005), no Brasil "o
tema Desenvolvimento Econômico Local ganha relevância nos últimos anos em decorrência
tanto das muitas iniciativas locais focadas no tema quanto por causa da degradação da
situação social e do abandono de uma agenda de desenvolvimento em outras órbitas que não a
local. Por vezes uma acção inteligente, por insignificante que possa parecer, pode contribuir
enormemente para a redução da pobreza local. Uma dessas ações é a concessão de micro-
créditos.

O pioneiro do conceito do “Desenvolvimento economico local” e da sua implementação no


mundo, o Grameen Bank de Bangladesh, atravês do seu idealizador Muhammad Yunus
rendeu o prémio Nobel da Paz em 2006, cujo esta acção que até o ano 2012 benificiou mais de
6 milhões de pessoas em todo mundo que na sua maioria eram mulheres.

O sociólogo Augusto de Franco o define "uma nova estratégia de indução ao desenvolvimento,


que prevê a adoção de uma metodologia participativa, pela qual mobilizam-se recursos
da Sociedade Civil, em parceria com o Estado. e com o Mercado, para a realização de
diagnósticos da situação de cada localidade, a identificação de potencialidades, a escolha de
vocações e a confecção de planos integrados de desenvolvimento.

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1.1 Obectivos

1.1.1.Obectivos Geral:

 Compreeender como os processos em prol de desenvolvimento economico local ocorrem


numa dada região ou localidade específica de um território Nacional.

1.1.2 Específicos:
 Identificar os actores ou intervinientes no processo do desenvolvimento economico local.
 Arolar a formulação e implementação das estrategias num processo de planificação do
desenvolvimento economico local.
 Identificar as principais estratégias adotadas no processo do desenvolvimento economico
local.

1.1.3 Metodologias:
Para a realização do presente trabalho foram consultadas bibliografias ou materias relevante ao
desenvolvimento economico local nas plataforma de internet e alguns manuais e relatórios
publicadas pelo governo/sector privado e ONGs que fazem mensão ao tema em estudo.

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2. Desenvolvimento economico local em Moçambique
Para incrementar o crescimento económico do País, o Governo moçambicano apóia uma
estratégia de Desenvolvimento Económico Local (DEL), cujo idéia principal do DEL é criar um
mecanismo de promoção da economia local que integre a identificação de potencialidades
económicas. As medidas de promoção visam em primeira linha a geração de rendimento e a
criação de postos de trabalho. Os objectivos do DEL estão ligados aos objectivos do combate à
pobreza e da melhoria das condições de vida, sobretudo da população rural. As áreas típicas de
intervenção são:
Criação de um ambiente económico favorável; Infra-estruturas (por exemplo, estradas,
rede eléctrica) Serviços de negócios (por exemplo, informações sobre o mercado,
transportes); Serviços financeiros (por exemplo, micro-crédito); Desenvolvimento de
capacidades (por exemplo, formação em contabilidade)

2.1 Conceito
O Desenvolvimento Economico Local é um processo pelo qual os parceiros públicos, o setor
empresarial e os não governamentais trabalham coletivamente para criar condições melhores ao
crescimento econômico e geração de emprego; cuja o propósito do desenvolvimento econômico
local (DEL) é construir a capacidade econômica de uma determinada área para melhorar sua
perspectiva econômica e a qualidade de vida DELA (1991),
Mas tambem o Desenvolvimento Economico: é um processo de desenvolvimento participativo
que estimula parcerias entre as principais partes interessadas do sector privado e público num
determinado território tendo como o distrito fulcro do DEL (PNUD 2004)

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2.2 O Distrito como pólo de Desenvolvimento Económico Local
A nova política do Governo considera o distrito como pólo de desenvolvimento. Isso conferiu à
planificação distrital uma nova importância, tendo passado a ser participativa, através de consulta
comunitária. O Desenvolvimento Económico Local ou a promoção de actividades económicas a
nível distrital têm que fazer parte desta planificação, o que significa que os planos distritais
devem incluir estratégias e medidas concretas de promoção da economia local.
O processo de descentralização política e administrativa em Moçambique deve ser sempre
acompanhado pela desconcentração de recursos orçamentais para os distritos. Em termos gerais,
e segundo os mecanismos do fluxo financeiro, existem duas linhas para transferência de recursos
do orçamento para os distritos, nomeadamente a Descentralização territorial e
Desconcentração sectorial.
Isto significa que uma grande parte da transferência de recursos do orçamento se relaciona, por
um lado, com os programas e os planos de investimento de cada sector e por outro, com a
promoção económica (por exemplo, agricultura, indústria e comércio, etc.) a nível distrital.
Outro tipo de financiamento relaciona-se directamente com a descentralização territorial, sendo
os recursos repassados para os distritos, que se responsabilizam pela tomada de decisão e pela
execução, ( PROGRAMA QUINQUENAL ;2005)

2.3 Ferramenta de Planificaçao do Desenvolvimento Economico Local (m-DEL)


O m-DEL baseia-se em duas vertentes interligadas. Na primeira vertente olhamos para o m-DEL
como componente integral dos ciclos de planificação distrital, ou seja, como um procedimento
que aplica a lógica clássica do planeamento estratégico na área da economia. Isto quer dizer que
se começa por identificar vectores de desenvolvimento que podem ser vistos como linhas
estratégicas a médio e longo prazo e que entram nos PEDD. É com base nestas linhas que se
procede à elaboração de medidas concretas de promoção da economia local. Estas podem entrar
tanto no PEDD como nos PESOD. A planificação concreta da promoção da economia é um
assunto complexo que não se realiza a curto prazo. Por isso, o m-DEL prevê que, depois da
identificação das linhas estratégicas, a elaboração de medidas concretas se processe de acordo
com a capacidade de gestão do respectivo distrito. Isto significa que em cada ano se planifica nos
PESOD apenas o número de medidas que realisticamente poderão ser implementadas durante o

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ano. Ainda na primeira vertente, o m-DEL contribui para integrar e harmonizar a planificação
vertical com a planificação horizontal, através da consideração explícita das políticas sectoriais
existentes.

A segunda vertente parte do princípio que os factores cruciais para o sucesso de uma iniciativa
de m-DEL são a integração dos actores-chave da economia distrital na tomada de decisões e a
dinamização do processo através da promoção de ligações entre estes actores. Muitas vezes, é a
falta de ligações e de confiança entre grupos de actores que impede uma boa cooperação, o que
pode chegar a ser um sério constrangimento para as actividades de cada um dos actores no
distrito, ( PPFD 1° Draft 2006)

É por esta razão que o m-DEL visa aproximar os diferentes actores-chave (sector privado,
Governo, ONG, líderes comunitários), através da criação de uma plataforma para a articulação
contínua dos diferentes interesses e necessidades. Tal espaço pode servir de base para criar um
ambiente de confiança e transparência, o que, por sua vez, promove a dinamização do processo
de desenvolvimento económico.

2.4 Actores ou Intervenientes no processo de Desenvolvimento Economico local


Os empreendimentos privados bem sucedidos e as parcerias público/privadas (PPP) geram
riqueza nas comunidades locais. No entanto, as empresas privadas requerem um ambiente
favorável aos negócios para gerar prosperidade. Os governos locais tem o papel fundamental na
criaçao de um ambiente favorável para o desenvolvimento e o sucesso dos negócios. Pela sua
natureza, o desenvolvimento econômico local é decorrente de uma parceria entre o setor de
negócios, os interesses da comunidade e o governos locais. Em geral, as estratégias do DEL são
planejadas pelo governo local em conjunto com os parceiros dos setores públicos e privados.

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2.4.1 Os principais Intervenientes no processo de Desenvolvimento Economico Local sao:
 Direcção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural
A Direcção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural (DNPDR) é a entidade
responsável pelo processo DEL a nível nacional e, como tal, tem a tarefa de providenciar o apoio
institucional necessário para que o nível provincial possa dar o acompanhamento adequado aos
distritos. Na mesma função, monitora e avalia o trabalho a nível provincial.
 Direcção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural
A Direcção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural (DNPDR) é a entidade
responsável pelo processo DEL a nível nacional e, como tal, tem a tarefa de providenciar o apoio
institucional necessário para que o nível provincial possa dar o acompanhamento adequado aos
distritos. Na mesma função, monitora e avalia o trabalho a nível provincial.
 Agências de Desenvolvimento Económico Local
Dependendo da sua constituição e capacidade, a respectiva Agência de Desenvolvimento
Económico Local (ADEL) poderia actuar como: Organização facilitadora, prestadora de serviços
para análise de dados secundários e prestadora de serviços para necessidades de treinamento na
área de gestão durante a fase de implementação dos planos, a ADEL por sua vocação atua nas
seguintes áreas: Promoção territorial; Capacitação e assistência técnica; Implementação de
projectos; Assistência financeira a projectos e Mobilização de recursos e parcerias
estratégicas.
 Equipa Provincial de Apoio à Planificação
A Equipa Provincial de Apoio à Planificação (EPAP) pode, tal como uma ADEL,
desempenhar o papel de organização facilitadora, se tiver a capacidade acima descrita.
 Governo Distrital
O Governo Distrital actua como facilitador do processo na área política e técnica. Na área
política, é necessário que o Administrador Distrital faça uma solicitação à DPPF para se iniciar o
processo. Compete-lhe também a responsabilidade de dirigir as acções, prestando o apoio
político, quando for necessário.
Na área técnica, o Secretário Permanente é a pessoa de contacto directo para a OF, devendo
indicar e disponibilizar, no mínimo, 3 membros fixos da ETD para participarem nas acções do

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m- DEL, preferivelmente provenientes dos Serviços Distritais de Actividades Económicas, e
participar pessoalmente em momentos-chave do processo.
Os técnicos seleccionados da ETD são directamente responsáveis pela implementação das acções
do m-DEL, pois são eles que terão de elaborar a proposta das medidas económicas para entrarem
nos planos distritais. Para tal, é importante seleccionar membros da ETD que sejam activos e que
estejam motivados para melhorar a sua formação como técnicos de planificação.
 Equipa Técnica a nível distrital
A Equipa Técnica a nível distrital (ETD) trabalha na planificação distrital para promover o
desenvolvimento sócio-económico. É formada por funcionários de diferentes serviços distritais e
outros funcionários do Governo distrital. Elabora, de forma participativa, os planos distritais com
diferentes prazos, tais como o Plano Estratégico Distrital de Desenvolvimento (PEDD) para
cinco anos e o Plano Económico Social e Orçamento Distrital (PESOD), renovável anualmente.

2.5 Processos de Implementaçao do Desenvolvimento Economico Local em Moçambique


O processo de implementação do DEL a nível distrital é acompanhado e promovido pelo novo
fundo do orçamento de investimento conhecido por Orçamento de Investimento e Iniciativas
Locais (OIIL). No biénio 2006-2007, foram alocados pelo Governo cerca de 2.000 milhões de
Mts da componente interna de investimento, os quais foram aplicados em projectos definidos a
nível dos distritos com a participação das comunidades através das IPCC. Isso significa que no
ano de 2006 foram desembolsados, pela primeira vez, 7 milhões de Mts para cada um dos 128
distritos de Moçambique. Embora isso represente apenas 3% do orçamento nacional, é
considerado um símbolo do processo de descentralização.

Em termos do procedimento para a implementação de projectos de geração de renda e emprego e


de produção alimentar, existem critérios de referência e restrições para o uso do fundo do OIIL.
Os critérios de elegibilidade são os seguintes ( Documento Oficial do MPD e MDF, 2007):

 Os projectos promovidos devem ser necessários para a comunidade,


 Devem privilegiar o uso dos recursos locais (humanos, materiais e naturais),
 Devem ser concedidos a associações, micro-empresas e singulares,
 Devem ser viáveis, sustentáveis e recomendados pelos Conselhos Locais,
 E não podem exceder um valor máximo definido.

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3. Conclusão:
Ao fim do presente trabalho conclui-se que, o desenvolvimento econômico local é uma
componente de extrema importância no desenvolvimento das comunidades em particular a das
zonas rurais, com vista a criação de projectos de geração de renda, participando desta feita na
redução da pobreza.

A descentralização e concentração de puderes ao nível nacional é uma estratégia de grande


impacto para a realização do DEL, visto que os governos e parceiros locais são dotados de
puderes na tomada de decisões com vista a desenvolver ações concretas em prol do
desenvolvimento na comunidade. Embora este processo de primeira parece ser transparente,
porem verifica-se ainda pouco envolvimento dos membros da comunidade nos processos de
elaboração dos planos, assim sendo ha uma discrepância entre os anseios da comunidade e os
interesses dos intervenientes.

A componente DEL deveria ser olhada em primeira e ultima estância como seu objectivo final a
redução dos níveis da miséria e da pobreza no País com participação massiva e incondicional das
comunidades, sendo estas os conhecedores dos seus reais e potencias problemas que os aflige.
Mas em contrapartida verifica-se que só um grupo (os intervenientes), são os que determinam o
que vai ser feito, como vai ser feito. A inclusão da comunidade na resposta dessas duas questões
seria um ganho importante daquilo que seria o sucesso de qualquer ação levado a cabo.

Para o sucesso da componente DEL é necessário que as parcerias entre os governos locais e o
sector privado sejam cada vez mais aprimoradas, embora verifica-se algum esforço nesse
sentido.

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4. Bibliografia

1- MPD e MF (2007): Planificação Distrital Vol. 4. Estratégias de Desenvolvimento – Manual


do Formando. Copenhagen DC e GTZ-Proder.

2- MPD, Projecto de Planificação e Finanças Descentralizadas (2006): Planificação Distrital


Vol. 3. Diagnóstico Distrital – Guião do Formador. Copenhagen DC e GTZ-Proder.

3- PNUD (2004): Plataforma Nacional sobre Desenvolvimento Económico Local. Ministério da


Administração Estatal, Maputo.

4- PPFD 1° Draft (2006): Processo de Desenho do Novo Programa Nacional: Árvores de


Objectivos e Resultados Esperados (Draft), Quadro Lógico (Draft), Eurosis, Maputo.

5- PROGRAMAS QUINQUENAL (2005): Proposta de Programa do Governo para 2005 -


2009 Maputo.

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