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•1. ser prédio rústico (“ager” ou “praedium rusticum” do direito romano), que são
as propriedades, edificações e benfeitorias nas quais podem ser acomodados
animais, cultivadas as lavouras, realizados os depósitos de bens, maquinários e
toda espécie de material empregado no campo.
•2. ser área contínua, não importa se há algum acidente geográfico ou construção
(uma ponte, um rio, uma depressão, uma estrada, etc.), se a destinação e o
proveito econômico da porção de terra integram a propriedade ela é tida como
contínua.
•3. independente da localização: qualquer que seja a zona de inserção da
propriedade (urbana ou rural);
•4. ter destinação para explorar agricultura, pecuária ou produção agro-
industrial.
•1. Imposto Territorial Rural e a Localização do Imóvel:
•A lei municipal determina quais propriedades integram sua zona urbana e quais
estão alheias a esta denominação. As propriedades que, portanto, permanecem na
circunscrição rural do município podem gerar a tributação, pela União, do ITR
(Imposto Territorial Rural). Evidente que há imóveis que estão na zona urbana do
município e exploram uma horta, uma granja, etc. Neste caso, o imóvel cadastrado
como rural pagará o ITR.
• A lei federal que regula o ITR é a Lei 9.393/1996:
• Do Fato Gerador do ITR Definição Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou
a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de
janeiro de cada ano.
§ 1º O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de
reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão
prévia na posse.
§ 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de
uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município.
§ 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no
município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no
município onde se localize a maior parte do imóvel.
A imunidade deste imposto exclui a cobrança sobre a pequena propriedade rural, cujo
titular possua apenas aquela pequena gleba para si e para sua família, visando sua
sobrevivência, sua exploração (art. 3o ):
• Estatuto da Terra:
O módulo rural é “uma medida ou unidade agrícola padrão, que serve de ponto de
referência para a fixação da dimensão econômica dos imóveis rurais” (Maria Helena
Diniz).
Pode ser aferido de acordo com a região do Brasil em que está inserida a terra e com a
exploração econômica ali empregada (daí ser variável o módulo rural).
• Na nossa realidade atual, a impossibilidade de dividir imóveis rurais em certas
circunstâncias levou a lides e controvérsias crescentes entre condôminos.
• O próprio Estatuto da Terra já reconhecia que uma área podia ser inferior àquela
delimitada como propriedade familiar, tendo a consequência de o pedaço ocupado não
ser adequado ou suficiente para sobrevivência do grupo social ali inserido (minifúndio -
art. 4o . IV).
• O módulo rural é calculado para cada imóvel rural em separado, e sua área reflete o
tipo de exploração predominante no imóvel rural, segundo sua região de localização. Já
o Módulo Fiscal é estabelecido para cada município, e procura refletir a área mediana
dos Módulos Rurais dos imóveis rurais do município.
• A doutrina e a lei classificam o imóvel rural em:
• a) "Minifúndio", o imóvel rural cuja área e possibilidades de exploração econômica
são inferiores às da propriedade familiar – corresponde ao módulo fiscal; Silvia Opitz
enfatiza que tal propriedade “pela sua pequenez, não garante toda a atividade do
conjunto familiar, de modo a lhe propiciar os meios de sobrevivência e um certo
progresso econômico”, assim o minifúndio deve “desaparecer ou pela venda, ou pela
desapropriação, ou pela agregação a outro prédio, para dar lugar ao prédio rústico
ideal representado pelo chamado módulo rural”.
• b) “Pequena Propriedade, Propriedade Familiar ou Módulo Rural”, corresponde ao
imóvel que, direta e pessoalmente, é explorado pelo agricultor e sua família, e que lhes
absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e
econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e
eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros. Varia de 1 a 4 módulos fiscais (Lei
8.629/93, art. 4o , inciso II). O título do bem é conferido a membro da família e a
propriedade é por força da CF considerada impenhorável e insuscetível de
desapropriação para fins de reforma agrária.
• c) “Média Propriedade” corresponde ao imóvel rural de área compreendida entre 4 a
15 módulos fiscais (art. 4º , inciso III da Lei 8.629/93). Estas áreas também são
insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária, desde que o seu
proprietário não possua outra propriedade rural.
• d) "Latifúndio" é o imóvel rural que:
→ Exceda a dimensão máxima fixada de 600 vezes o módulo5 ou 600 vezes a área
média dos imóveis rurais na respectiva zona, tendo-se em vista as condições
ecológicas, sistemas agrícolas regionais e o fim a que se destine – latifúndio por
extensão ou por dimensão;
→ Não excedendo o limite referido(600 vezes), e tendo área igual ou superior à
dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às
possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou seja
deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no
conceito de empresa rural – latifúndio por exploração.
• Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não
superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
• Não podem ser objeto de usucapião, nos termos do art. 3º. da Lei 6.969/1981: