Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e Siptopia
Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
Mediupidade
Dados de Catalogação na Publicação (CEP) Internacional
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
e Sintonia
Francisco Cândido Xavier
E46m
E m m a n u e l (Espírito).
M e d i u n i d a d e e sintonia / E m m a n u e l ;
Emmanuel
(psicografia de) Francisco C â n d i d o Xavier.
— São Paulo: C u l t u r a Espírita U n i ã o , 1986.
1. Espiritismo 2. M é d i u n s
3. Psicografia I. Xavier, Francisco C â n d i d o ,
1910 - II. Título.
86-0447 CDD-133.91
-133.9
-133.93
JEU
CÜLTÜ R A E S P Í R I T A UNIÃO
í
6wnário
fenômeno
e boutrina
té hoje, os fenômenos mediú-
nicos que se desdobraram à margem do
apostolado do Cristo se definem como
sendo um conjunto de teses discutíveis,
mas os ensinamentos e atitudes do Mes-
tre constituem o maciço de luz inatacá-
vel do Evangelho, amparando os ho-
mens e orientando-lhes o caminho.
—o—
Existe quem recorra à idéia da frau- se fizer o servidor de todos na Terra'',
de piedosa para justificar a transforma- num tempo em que o egoísmo categori-
ção da água em vinho, nas bodas de Ca-
zava o trabalho à conta de extrema de-
na.
gradação.
Ninguém vacila, porém, quanto à
—o—
grandeza moral de Jesus, ao traçar os
mais avançados conceitos de amor ao Fala-se em hipnose para explicar a
próximo, ajustando teoria e prática, multiplicação dos pães.
com absoluto esquecimento de si mes- O mundo, no entanto, a uma voz,
mo em benefício dos outros, num meio admira a coragem do Eterno Amigo
em que o espírito de conquista legitima- que se consagrou aos sofredores e aos in-
va os piores desvarios da multidão. felizes sem qualquer preocupação de
posse terrestre, conquanto pudesse esca-
—o— lar os pináculos econômicos, numa épo-
Invoca-se a psicoterapia para basear ca em que, de modo geral, até mesmo
a cura do cego Bartimeu. os expositores de virtude viviam de ba-
jular as personalidades influentes e po-
Há, todavia, consenso unânime,
derosas do dia.
em todos os lugares, com respeito à visão
superior do Mensageiro Divino, que —o—
dignificou a solidariedade como nin- Questiona-se em torno do reaviva-
guém, proclamando que "o maior no mento de Lázaro.
Reino dos Céus será sempre aquele que Entretanto, não há quem negue
respeito incondicional ao Benfeitor Su- Fenômenos mediúnicos serão sem-
blime que revelou suficiente desassom- pre motivos de experimentação e de es-
bro para mostrar que o perdão é alavan- tudo, tanto favorecendo a convicção,
ca de renovação e vida, num quadro so- quanto nutrindo a polêmica, mas edu-
cial em que o ódio coroado interpretava cação evangélica e exemplo em serviço,
a humildade por baixeza. definição e atitude, são forças morais ir-
removíveis da orientação e da lógica, que
—o— resistem à dúvida em qualquer parte.
Debate-se, até agora, o problema
da ressurreição dele próprio.
No entanto, o mundo inteiro reve-
rencia o Enviado de Deus, cuja figura
renasce, dia a dia, das cinzas do tempo,
indicando a bondade e a concórdia, a
tolerância e a abnegação por mapas da
felicidade real, no centro de cooperado-
res que se multiplicam, em todas as na-
ções, com a passagem dos séculos.
—o—
Recordemos semelhantes lições na
Doutrina Espírita.
III
o
Cada pessoa é instrumento vivo lectuais mal aplicados, em pouco tempo
dessa ou daquela realização, segundo o te farás canal de insensatez e loucura.
tipo de luta a que se subordina.
—o—
—o—
Todavia, se te empenhas na boa
' 'Acharás o que buscas'' - ensina o vontade para com os semelhantes, im-
Evangelho, e podemos acrescentar -' 'fa- percepüvelmente terás o coração impe-
rás o que desejas''. lido pelos mensageiros do Eterno Bem
Assim sendo, se te relegas à maledi- ao serviço que possas desempenhar na
cência, em breve te constituirás em veí- construção da felicidade comum.
culo dos gênios infelizes que se dedicam
à injúria e à crueldade. —o—
9?a êenba
renouabora
i ÃO alegues a suposta ingratidão
dos outros para desertar da Seara do
Bem.
—o—
Na engrenagem da vida, cada qual
de nós é peça importante com funções
específicas.
Considera o poder de auxiliar que te cia de um companheiro que muitas ve-
foi concedido. zes te haverá desculpado as fraquezas e
—o— as incompreensões, a fim de que ama-
durecesses no entendimento afã vida.
Ninguém recebe o conhecimento
superior tão-só para o proveito próprio. —o—
—o— Reflete nisso e concluirás que Deus
Saibamos dividir o tesouro da com- jamais te falhou no instante preciso.
preensão em parcelas de bondade. Reconhecerás que essa mesma Divi-
na Providência que te resguardou pelo
—o— devotamento de braços alheios, espera
agora sejas a proteção dos nossos irmãos
Recorda que te apoias no concurso mais fracos.
de muitos corações que te escoraram,
um dia, no recinto doméstico, sem —o—
aguardar o brilho de qualquer premia-
ção. Não sonegarás benevolência onde
repontem agravos.
—o—
—o—
Revisa as sendas trilhadas e redesco-
briras na base da tua riqueza de espírito Lembrar-te-ás da Infinita Bondade
um amigo anônimo encanecido entre a c lo Criador, que improvisa o oásis na ari-
dificuldade e abnegação, ou a assistên- dez do deserto tanto quanto cultiva o
jardim na amargura do pântano, e ama- mo, alterou-se-te a paisagem no dia-a-
rás sempre, aprendendo a distribuir os dia.
talentos de tuas aquisições espirituais. Faze dela instrumento de trabalho e
lâmpada acesa no caminho.
—o—
—o—
Ninguém consegue adivinhar os
prodígios do amor que nascerão de um Quando assinalaste a verdade que
simples gesto de bondade perante um te ilumina o espírito, tiveste o coração
coração que as circunstâncias menos feli- automaticamente induzido a integrar a
zes relegaram por muito tempo à secu- legião dos companheiros do Cristo, e
ra, tanto quanto ninguém pode prever diante do Cristo nenhum de nós pode-
a alegria dos frutos que virão de uma rá esquecer-lhe a inesquecível convoca-
simples semente nobre, lançada ao solo ção:
por muito tempo largado à negligência. '' Amai-vos uns aos outros como eu
vos amei."
—o—
Seja qual for o contratempo que se
te erija em obstáculo na estrada a percor-
rer, age para o bem.
—o—
Ambientando a fé no próprio ínti-
VIII
^Untboê Sempre
OMPANHEIROS!
Estamos engajados na construção
espiritual da Era Nova.
—o—
£m torno òa
mebtwriòabe
WS&rER. médium não é simplesmente
fazer-se veículo de fenômenos que
transcendem a alheia compreensão.
—o—
Acima de tudo, é indispensável en-
tendamos na faculdade mediúnica a
possibilidade de servir, compreenden-
do-se que semelhante faculdade é carac-
terística de todas as criaturas.
O Sol é o médium da luz que sus-
Acontece, porém, que o homem tenta o homem, tanto quanto o homem
espera habitualmente pelas entidades é o instrumento do progresso planetá-
protetoras em horas de prova e sofri- rio.
mento, para arremessar-se ao estudo e ao —o—
trabalho quase sempre com extremas
dificuldades de aproveitamento das li- Todos os aprendizes da fé podem
ções que o visitam, quando o nosso de- converter-se em médiuns da caridade
ver mais simples é o de seguir, em paz, através da qual opera o Espírito deJesus,
ao encontro da Espiritualidade Supe- de mil modos diferentes, em cada setor
rior, movimentando a nossa própria ini- de nossa marcha evolutiva.
ciativa, no terreno firme do bem. —o—
—o— Ampara aos teus semelhantes e en-
A própria natureza é pródiga de en- contrarás a melhor fórmula para o segu-
sinamentos nesse particular. ro desenvolvimento psíquico.
—o— —o—
A terra é médium daflorque se ma- Na plantação da simpatia, por in-
terializa, tanto quanto a flor é media- termédio de uma simples palavra, esta-
neira do perfume que embalsama a at- belecemos, em torno de nós, renovado-
mosfera. ra corrente de auxílio.
Não aguardes o toque de inteligên-
cias estranhas à tua, para que te transfor-
mes no canal da alegria e da fraternida-
de, a benefício dos outros e de ti mes- XI
mo.
—o—
Podes traduzir a mensagem do
Senhor, onde quer que te encontres, ^Prática
aprendendo, amando, construindo e
servindo sempre, porque acima dos mé- mebiúnica
diuns dessa ou daquela entidade espiri- i UDO na vida é afinidade e co-
tual, desse ou daquele fenômeno que munhão, sob as leis magnéticas que lhe
muitas vezes espantam ou comovem, presidem os fenômenos.
sem educar e sem edificar, permanecem Tudo gravita em torno dos centros
a consciência e o coração devotados ao de atração e sustentação de forças deter-
Supremo Bem, através dos quais o minadas e específicas, no plano em que
Senhor se manifesta, estendendo para evoluímos para a Ordem Superior.
nós todos a bênção da vida melhor.
—o—
A mediunidade não pode igual-
57
mente escapar a semelhantes impositi- Eis porque, acima da prática me-
vos. diúnica, examinada sob qualquer as-
Almas ignorantes atraem criaturas pecto, situamos o imperativo da educa-
ignorantes. ção em nossos círculos doutrinários.
Doentes afinam-se com doentes.
—o— —o—
Há entidades espirituais que se de- Amontoam-se vermes onde se con-
dicam ao serviço do próximo, em com- gregam frutos desaproveitados ou apo-
panhia daqueles que estimam a prática drecidos, assim como a luz brilha onde
da beneficência, tanto quanto existem encontra força ou material que lhe sir-
inteligências desencarnadas que, em vam de combustíveis.
desequilíbrio, se devotam a lamentáveis
alterações da tranqüilidade alheia, jun- —o—
to das pessoas indisciplinadas e insub- O médium receberá sempre de
missas. acordo com as atitudes que adota para si
—o— mesmo, perante a vida.
Obsessores vivem com quem estima Se irado, sintoniza-se com as ener-
perseguir e vampirizar e comunicantes gias perturbadas do desespero; se pre-
irônicos somente encontram guarida guiçoso, vive à vontade com os desen-
nos companheiros do sarcasmo. carnados ociosos.
—o—
58
Quem deseje crescer para a Espiri-
tualidade Superior não pode menospre-
zar o alfabeto, o livro, o ensinamento e a
meditação.
—o— XII
Mediunidade não é exaltação da
inércia ou da ignorância.
—o—
O médium, para servir a Jesus de £êtubcmbo o
modo positivo e eficiente, no campo da
Humanidade, precisa afeiçoar-se à ins-
bem e o mctí
trução, ao conhecimento, ao preparo e à ARA que sejamos intérpretes
própria melhoria, a fim de que se faça genuínos do bem, não basta desculpar o
filtro de luz e paz, elevação e engrande- mal.^
cimento para a vida e para o caminho É imprescindível nos despreocupe-
das criaturas. mos dele, em sentido absoluto, relegan-
—o— do-o à condição de efêmero acessório do
triunfo real das Leis que nos regem.
Jesus é o nosso Divino Mestre.
Eduquemo-nos com Ele, a fim de —o—
que possamos realmente educar. Evitando comentários complexos
61
em nosso culto à simplicidade, recorra- quer consideração aos sarcasmos da sen-
mos à natureza. da, até surpreender-nos, diligente e pu-
—o— ra, aceitando o filtro que lhe apura as
condições, a fim de que nos assegure sa-
Vejamos, por exemplo, o apelo vivo ciedade e conforto.
da fonte. —o—
Quantas vezes terá sido injuriada a
água que hoje nos serve à mesa? Segundo observamos, na lição apa-
Do manancial ao vaso limpo, difícil rentemente infantil, o ribeiro não so-
trajetória cumulou-a de vicissitudes e mente olvidou as ofensas que lhe foram
provações. precipitadas à face.
O leito duro de pedra e areia... Movimentou-se, avançou, humi-
A baba venenosa dos répteis... lhou-se para auxiliar e perdoou infinita-
O insulto dos animais de grande mente, sem imobilizar-se um minuto,
porte... porque a imobilidade para ele constitui-
O enxurro dos temporais... ria adesão ao charco, no qual, ao invés de
Os detritos que lhe foram arrojados servir, converter-se-ia tão-só em veículo
ao seio... de corrução.
É por isso que o ensinamento cristão
—o— da caridade envolve o completo esqueci-
A fonte, entretanto, caminhou des- mento de todo mal.
pretensiosa, sem demorar-se em qual-
Que a vossa mão esquerda ignore o
bem praticado pela direita.''
Semelhantes palavras do Senhor in-
duzem-nos a jornadear na Terra, exal-
tando o bem, por todos os meios ao nos-
so alcance, com integral despreocupação XIII
de tudo o que represente vaidade nossa
ou incompreensão dos outros, de vez
que em qualquer boa dádiva somente a
Deus se atribui a procedência.
Trabalho
—o—
Procurando a nossa posição de servi- aíém ba terra
dores fiéis da regeneração do mundo, a LÉM da morte, a alma conti-
começar de nós mesmos, pela renovação nua naquilo que começou a fazer na
dos nossos hábitos e impulsos, olvide- existência física.
mos a sombra e busquemos a luz, cada
dia, conscientes de que qualquer pausa —o—
mais longa na apreciação dos quadros E em razão de cada criatura trans-
menos dignos que ainda nos cercam será portar consigo a experiência a que se
nossa provável indução ao estaciona- afeiçoa, a Sabedoria Divina concede a
mento indeterminado no cárcere do de- cada espírito encarnado determinada
sequilíbrio e do sofrimento. tarefa, que, na essência, vale por ensaio
precioso, à frente do serviço que lhe viverá muito longe do prazer de servir.
competirá no amanhã eterno. Se quem levanta paredes e monu-
—o— mentos cinge-se apenas ao interesse par-
ticular, não terá percebido a beleza da
Vemos, na Terra, diversificar-se o construção.
trabalho ao infinito... Se quem alivia as dores humanas
Esse ensina. procura simplesmente o lucro fácil, de-
Aquele dirige. certo desconhecerá o divino templo da
Aquele outro obedece. cura.
Aqui, possuímos quem edifique. E se quem esclarece foge ao devota-
Além, há quem cure. mento e à serenidade, preferindo
Adiante, há quem esclareça. localizar-se entre a exigência e a aspere-
za, não acenderá no caminho a luz do
—o— amor.
Entretanto, se o professor apenas faz
jus à remuneração financeira, não terá —o—
conquistado o santuário da educação. Não olvides que as tuas atividades,
Se o dirigente foge à exemplificação fora do corpo denso, serão sempre a con-
e à nobreza íntima, não terá conhecido a tinuação daquilo que fazes por dentro
verdadeira autoridade. de ti, obedecendo ao próprio coração.
Se o cooperador subalterno menos-
caba a atenção para com o bem comum,
Não basta erguer braços ágeis, dei-
tar fraseologia preciosa ou provocar ex-
cessivo movimento em torno de teus
dias, porque há muitas mãos operosas
na extensão da sombra, muito verbo XIV
faustoso na exploração menos digna e
muito ruído vão, provocando, onde exis-
te, tão-somente amargura e cansaço.
—o—
Ama o serviço que o Senhor te con-
^Preparação
fiou , por mais humilde que sej a, e ofere- mebiúnica
ce-lhe as tuas melhores forças, porque do
que hoje fazes bem, no proveito de to- lOR mais que se fale em mediu-
dos, retirarás amanhã o justo alimento, nidade, é forçoso referir-nos sempre à
para a obra que te erguerá do insignifi- disciplina que só a Doutrina Espírita
cante esforço terrestre para o trabalho consegue orientar para o bem.
espiritual. o—
Potencialidades medianímicas são
valores que pertencem a todas as criatu-
ras, tanto quanto possuímos todos nós
recursos virtuais para o desempenho
dessa ou daquela tarefa. na oficina sem férias do maior esforço.
Estudar e servir sempre.
—o—
—o—
Recordemos, porém, o aprendiz
nos primeiros degraus de um instituto Se uma certidão de competência no
de alfabetização. campo das profissões liberais da Terra
Que ele sabe ler e escrever, decerto exige do candidato, desde o abecedário
sabe, mas se pretende partir para reali- à cúpula universitária, nada menos de
zações outras, além das bases primárias, quinze a vinte anos de preparação, a fim
há que se matricular voluntariamente de que se lhe ajustem os centros mentais
na escola sem férias do maior esforço. para o começo do trabalho a desenvol-
Estudar e aprender sempre. ver, a que título esperar que um mé-
dium se forme com segurança em pou-
—o— cos dias? Encarregar-se dos interesses es-
pirituais dos outros, conduzi-los, har-
Assim também o médium nas eta- monizá-los, elevá-los ou socorrê-los será
pas iniciais do desenvolvimento das menos importante que traçar uma plan-
energias psíquicas. ta para o levantamento de uma ponte
Que ele pode comunicar-se com os ou para construção de uma casa?
desencarnados e receber-lhes a palavra,
decerto pode, no entanto, se deseja par- —o—
tir na direção de tarefas maiores, além Não nos iludamos com respeito à
das bases iniciais, há que se matricular formação mediúnica.
Desenvolvimento medianímico
sem aperfeiçoamento do veículo para as
manifestações espirituais, é o mesmo
que trabalho sem orientação do operá-
rio , que resulta invariavelmente em can- XV
saço inútil.
g
—o— feição de órfãos voluntários e exalça a
ropria fé, traduzindo-a em obras de
Não te esqueças do mudo que umildade e amor, generosidade e per-
atravessa o carreiro terrestre, quase sem- dão , para que a luz divina se te eleve por
pre solitário e incompreendido, e con- bússola no caminho.
serva limpa a palavra de que te vales pa-
ra atingir o progresso mais amplo. —o—
—o— Valoriza o trabalho que desenvol-
ves, os amigos, os familiares, os recursos,
Reflete no idiota, que passa entre os os instantes de que dispões e sentir-te-ás
homens, com as dfficuídactes do cérebro agora rico de possibilidades para am-
ensandecido, e mobiliza o próprio ra- pliar o tesouro de bênçãos com que serás
aquinhoado agora, hoje e depois.
—o—
Lembremo-nos de que a Terra é
simplesmente um degrau em nossa es-
calada para os cimos resplendentes da XVIII
vida e, acordados para as oportunidades
do serviço, avancemos para diante,
aprendendo e amando, auxiliando aos
outros e renunciando a nós mesmos, na
certeza de que, assim, caminharemos
do infortúnio de ontem para a felicida-
facuíbabe
de de amanhã. be curar
faculdade de curar, para
manter-se íntegra, não deve permane-
cer precavida tão-somente contra o pa-
gamento em dinheiro amoedado.
—o—
Há outras gratificações negativas a
que lhe cabe renunciar, a fim de que
não seja corroída por paixões arrazoadas
que começam nos primeiros sinais de
personalismo excessivo. aprende, trabalha honrando a posição
Imprescindível saber olvidar o vi- de servidor de todos a que Jesus te con-
nho venenoso da bajulação, a propa- duziu.
ganda jactanciosa, o perigoso elixir da li-
sonja e a aprovação alheia como paga es- —o—
piritual. Auxilia aos ricos e aos pobres, como
Quem se proponha a auxiliar aos quem sabe que fartura excessiva ou ca-
enfermos, há que saber respirar no con- rência asfixiante são igualmente enfer-
vívio da humildade sincera, equilibran- midades que nos compete socorrer.
do-se, cada instante, na determinação
de servir. —o—
—o— Ampara aos amigos e aos adversá-
rios, aos alegres e aos tristes, aos melho-
Para curar é preciso trazer o coração res e aos menos bons, como quem com-
por vaso transbordante de amor e quem preende na Terra a valiosa oficina de
realmente ama não encontra ensejo de reajuste e elevação.
reclamar.
—o—
—o—
Reconheçamos que toda honra per-
Compreendendo as nossas respon- tence ao Senhor, de quem não passa-
sabilidades com o Divino Médico, se mos de apagados e imperfeitos servido-
queres efetivamente curar, cala-te, res.
—o—
Não te afastes da dependência do
Eterno Benfeitor e, movimentando os
próprios recursos, a benefício dos que te
cercam, guardemos a certeza de que, XIX
curando, seremos curados por nossa vez,
soerguendo-nos, enfim, para a vitória
real do espírito, em cuja luz os monstros
da penúria e da vaidade, da ignorância e
do orgulho não mais nos conseguirão al- 6ectretro3
cançar.
futuroê
SSUNTO inevitável na la-
voura do bem: a preparação de seareiros
futuros.
—o—
Referimo-nos, freqüentemente, à
limpeza dos princípios que abraçamos e
à elevação em que nos cabe conservá-
los.
Preocupação, aliás, das mais justas.
coso se nos concretize com mais vee-
Indispensável, porém, cogitar da mência a cooperação espontânea, em
formação daqueles que se nos farão con- favor deles, para que a Nova Revelação
tinuadores nos círculos de serviço. venha a possuir amanhã cooperadores à
altura do trabalho que ela própria nos
—o—
descortina.
De que modo laurear profissionais —o—
dignos e competentes nos estabeleci-
mentos de ensino superior, sem a escola Encontrando amigos ainda verdes
funcionando na base da cultura? nos raciocínios da lógica, sejam médiuns
ou explicadores, na edificação doutriná-
—o— ria, procuremos com afetuosa dedica-
Nas atividades espirituais, há que se ção , uma porta para o entendimento re-
observar igualmente o clima de seqüên- cíproco, através da qual lhes possamos
cia, se quisermos obter colaboradores oferecer o coração, em forma de esclare-
corretos e eficientes. cimento ou de apoio, auxiliando-os a
superar os trechos de sombra que, por-
—o— ventura, estejam sendo obrigados a con-
Diante de companheiros imaturos, tornar, na caminhada para o Conheci-
no que tange a discernimento, tanta vez mento Superior que todos nós aspira-
mergulhados em nebulosas conceitua- mos a atingir.
ções, ao redor dos temas da alma, é for-
Em suma, à frente de quaisquer ir-
mãos, procedentes desse ou daquele
distrito menos claro da obra espiritual,
saibamos agir com bondade e com-
preensão, porquanto muitos daqueles XX
que nos pareçam enganados ou insi-
pientes, se amparados com amor, ser-
nos-ão no porvir valorosos vexilários na
Causa do Bem, seja na plantação da ver-
dade ou na colheita da luz. Tarefa
meòiútttca
EDIUNIDADE não é ins-
trumento de mágica, com que os Espíri-
tos Superiores adormeçam a mente dos
amigos encarnados, utilizando-os em
espetáculos indébitos para a curiosidade
humana.
—o—
Realmente observamos compa-
nheiros que se confiam a entidades não
aperfeiçoadas, embora inteligentes, efe-
tuando o fascínio provisório de muitos, Ser medianeiro das forças elevadas
no setor das gratificações sentimentais que governam a vida é sintonizar-se
menos consuntivas, entretanto, aí te- com a onda renovadora do Evangelho,
mos apenas o encantamento temporá- que instituiu o "amemo-nos uns aos
rio e nada mais. outros'', qualJesus se dedicou a nós, em
—o— todos os dias da vida.
S 3
t-l PH