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SBÍTMBAS

MUE

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER-ESPÍRITOS DIVERSOS


Se desejas plantar na La-
voura Divina, foge ao velho
sistema de semeadura na cor-
rupção e ceifa na decadência.
Semeia para a Vida Eterna.
Repara as multidões encar-
ceradas nesse antigo processo
e segue para o Senhor, cuidan-
do das próprias aquisições.

Emmanuel
Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Internacional
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Irmão X (Espírito)
Sentinelas da luz / Francisco C â n d i c o Xavier:
[pelo espírito de] Espíritos Diversos
São Paulo: Cultura Espírita União. 1990.

1. Espiritismo 2. Psicografia I. Xavier. Francisco


Cândido. 1910 - II. Título.

90-0420 CDD-133.9
-133.93
índices para catálogo sistemático:
1. C o m u n i c a ç õ e s mediúnicas: Espiritismo 133.93
2. Espiritismo 133-9 FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER-ESPIRITOS DIVERSOS
3. Mensagens psicografadas: Espiritismo 133.93
Diagramação: Vivaldo da C. Borges
Capa e Produção: João Santoro e
Silvio Cosentini

IxeiT
Foto da Capa: Eduardo Pozzela
Revisão: Beatriz L. Peixoto Galves

Direitos Autorais CEU © 1990


1 f Edição: 20.000 exemplares
1 T 11

Editora Cultura Espírita União


C U L T U R A E S P Í R I T A UNIÃO
R. dos Democratas, 527 C.E.U.
CEP 04305 - V. Monte Alegre
Cx. Postal 1564 - Jabaquara - S. Paulo
C. G. C. 51.602.688/0001-10
Inscr. Estadual 110.182.264

Impresso no Brasil
*

t
SUMÁRIO

Na Lide Espiritual
Emmanuel ^7
Ordem e Luz
Emmanuel 26

Grupos
Emmanuel 29
Sobriedade
Emmanuel 32
Ao Encontro do Mestre
Agostinho 35
Discussões
Emmanuel 40
Posse da Vida Solidariedade
Emmanuel 43 Emmanuel

Nas Convulsões do Século XX Submissão


Emmanuel 46 Emmanuel

Sublime Triângulo Receitas de Alegria


Emmanuel 56 Albino Teixeira
Semeaduras e Ceifas
Emmanuel 58

Vida e Morte
Emmanuel 61

Explicação
Emmanuel 65

Sensações Além-Túmulo
Emmanuel 68

Seja Feita a Divina Vontade


Emmanuel 71

Memórias
Irmão X 76

Se Quiseres
Emmanuel 82

Serve e Encontrarás o Tesouro da Luz


Emmanuel 86
Nas informações simbólicas da Bí-
blia conta-seem Gênesis: 1-3, disse Deus:
"Haja luz! e houve luz".
Assim para a Terra em formação
fez-se o Dia e a Noite.
Das trevas imensas sobre as quais
a Bíblia faz ligeira frase, o homem ini-
ciou a luta contra a escuridão.
Usou a tocha impregnada de resi-
nas inflamáveis, a vela, os gases, a lam-
parina, o lampião por muito tempo pa-
ra a descoberta do uso de semelhantes
elementos, até que através de Edson e de espíritos interessados no conhecimen-
dos seus continuadores, sempre segui- to superior.
dos de guardas que os protegiam con- De etapa em etapa, o homem des-
tra as agressões da vida exterior, inven- pendeu séculos de esforço para alcan-
tou a lâmpada elétrica. çar o artesanato e daí partir para as
realizações da atualidade.
—o—
—o—
De igual modo, nasceu a luz espi-
ritual desenvolvida pelo próprio homem O mesmo combate da luz com as
para a aquisição do conhecimento. trevas para que os homens alcançassem
Comunicaram-se as criaturas por as luzes da alma prossegue há milênios,
sinais luminosos através das sombras, para que cada um se expresse sobre a
começaram a esculpir na pedra os pri- vida, estabelecendo critérios pessoais,
meiros caracteres que lhes definissem a nos alicerces do entendimento.
linguagem, criaram os regimentos da E as sentinelas da luz estão em to-
escola primária, os mais inclinados à dos os lugares da Terra, promovendo a
meditação inventaram letras e o modo educação e discernimento, a elevação e
de gravá-las em seguida umas às ou- a competência, desde os chamados ' co-
l

tras, inventaram a escrita em rolos de mecinhos de vida das crianças " às uni-
papiros e não descansaram, até que versidades em que as criaturas huma-
Guttemberg levantasse asfrases vacilan- nas se especializam em determinadas
tes da imprensa que se incumbiu de re- experiências, com as quais dignificam
produzir textos escritos para todos os po- a luz espiritual.
vos, reclamando a dedicação de legiões Eis porque todos esses empreendi-
mentos demandam a união e coopera- la atividade que despendemos para que
ção de milhares de pessoas que traba- a luz da compreensão e da paz se esta-
lham a benefício dos que procuram beleça no mundo.
aprender. Em síntese, queremos dizer que to-
da criatura humana que aspira a su-
—o—
blimação de si mesmo, precisa confiar
Assim somos nós todos na Vida em Deus e trabalhar.
Maior, procurando o aperfeiçoamento Emmanuel
de que necessitamos. Uberaba, 2 de Janeiro de 1990
Todas as conquistas humanas não
aparecem por geração expontânea. Exi-
gem esforço, atenção, perseverança, tra-
balho máximo, repetição, devotamento
e vontade de auxiliar ao próximo, nos
quais milhões de nós outros, os espíri-
tos desencarnados, estamos envolvidos,
na condição de instrutores e aprendi-
zes uns dos outros.
Este livro nasceu na condição de li-
geira notícia do serviço de cooperação
em conjunto, em que cada autor dessa
ou daquela página, apresenta o que
pensa, o que deseja e o que faz.
Todos somos sentinelas da luz pe-
Enquanto buscais a
revelação da verdade, em nossa compa-
nhia, procuramos convosco o auxílio fra-
terno para fazer mais luz, no engrande-
cimento comum.
Não duvideis.
O Espiritismo não traz apenas o
adocicado conteúdo da consolação par-
ticular, nos círculos do estímulo ao bem,
acentuando o socorro celeste à persona-
lidade humana. Abre-nos infinita esfera
de serviço, em cujas atividades não po-
demos prescindir do apoio recíproco, no À frente dos nossos olhos se desdo-
crescimento da renovação. bram enormes continentes de luta bene-
—o— mérita, aguardando-nos a boa vontade,
na difusão da nova luz.
Nos alicerces do edifício doutriná- A superstição levanta fortaleza de
rio, compreendíamos a curiosidade e o sombra, os dogmas cristalizam os impul-
deslumbramento, acima da responsabi- sos embrionários da fé e a indiferença
lidade e do dever, mas agora que já atra- congela preciosas oportunidades de de-
vessamos o primeiro centenário sobre a senvolvimento e elevação, em toda parte.
codificação kardeciana, é imperioso re- Indispensável que nosso espírito de
conhecer a necessidade de introspecção, fraternidade se manifeste, restabelecen-
a fim de que não percamos de vista os do através do amor e reestruturando os
sagrados objetivos que nos reúnem. caminhos da fé por intermédio das obras
—o— edificantes.
Nossas linhas de ação se interpene- —o—
tram com identidade de obrigações pa-
ra todos. E nós outros, os desencarnados, Não há tarefas maiores. Todas são
não desempenhamos a função de mor- grandes pela essência divina em que se
domos especiais ou de mensageiros pri- expressam.
vilegiados, diante de Jesus. Somos sim- O fio d'água que flui ignorado da
plesmente vossos companheiros, cons- vertente de um abismo regenera o deser-
tituindo convosco o exército pacífico de to de vasta extensão. Um gesto humilde
trabalhadores, convocados ao reajusta- opera milagres de solidariedade. Uma
mento espiritual da Humanidade. simples palavra costuma apagar o incên-
dio emotivo, prestes a converter-se em Por enquanto, nem todos entende-
conflito integral. rão a nossa mensagem. Milhões de com-
panheiros dormem ainda, anestesiados
—o—
nos templos de pedra ou narcotizados
Há missões salvadoras que se diri- pelos filtros da ignorância que em todos
gem ao mundo inteiro, ao lado de ou- os tempos procura concentrar sobre si
tras que se circunscrevem a uma raça ou as vantagens materiais do mundo intei-
a uma comunidade linguística. Observa- ro com desvairado esquecimento da pró-
mos tarefas que abrangem uma nação ou pria alma.
que se limitam a determinado grupo de Seremos defrontados pelas arreme-
indivíduos, num lar, numa oficina ou nu- tidas da sombra, pelas ciladas sutis do
ma instituição. mal, pelos grilhões do ódio, pelo vene-
—o— noso visco da discórdia e pelos tóxicos
da incompreensão, entretanto, o nosso
Em todos os lugares, precisamos so- programa fundamental permanece traça-
lucionar problemas, corrigir deficiências do na revivescência do Evangelho Re-
e restaurar as bases simples da vida. dentor. Nosso esforço primordial se mo-
—o— vimenta na renovação das causas, a fim
Por isso mesmo, o nosso ministério, de que o campo de efeitos se modifique
antes de tudo, é o da renovação mental para o bem.
do mundo, sob a inspiração do "amai- —o—
-vos uns aos outros", segundo o padrão
do Mestre que se consagrou à nossa ele- Somos trabalhadores, dentro da sel-
vação até à cruz. va compacta de nossos próprios erros
onde encontramos a soma total dos nos- Coloquemos o plano externo na
sos enganos e compromissos de todos posição secundária que lhe compete, de-
os séculos, lutando, retificando, sofren- volvendo ao espírito o justo destaque e
do, aprendendo, burilando e aperfei- a importância imperecível que a vida lhe
çoando, no rumo do porvir regenerado. outorga.
—o— Cabe-nos gerar novas causas de su-
blimação na vida pública, no trabalho
Velhos padecentes dos choques de
consuetudinário, no jardim doméstico e
retorno, cabe-nos agir constantemente,
na igreja viva dos corações.
à claridade purificadora da Boa Nova, re-
novando a sementeira de espiritualidade —o—
no presente, construindo a glorificação
Colaborar com Jesus é o nosso de-
do nosso próprio futuro.
ver essencial, plasmando o Evangelho
Entendemos a função do fenôme- nos pensamentos, palavras e atos da vi-
no a serviço do esclarecimento individual da, em todos os recantos de nossa mar-
e coletivo, contudo, acima dele, aponta- cha para a frente, para que o Espiritismo
mos a necessidade de mãos operosas e não se faça mero mostruário de verba-
serenas na extensão do bem salvador. lismo fascinante; reduzi-lo a mecanismo
—o— de simples investigações ou a florilégio
A hora é de concretização dos nos- literário seria transformar o nosso movi-
sos princípios superiores, de materializa- mento bendito de idéias e realizações edi-
ção objetiva das mensagens de fraterni- ficantes num parque de assombrações
dade que a nossa confortadora Doutri- técnicas, de êxtase inoperante ou de per-
na oferece em todas as direções. sonalismo ocioso e improdutivo.
A atualidade é para nós, portanto, de Resta-nos, pois, rogar a Ele nos en-
serviço avançado, não só nas manifesta- sine atingir convicções sadias e a clarear
ções da inteligência, mas também nas os nossos ideais, a fim de que não este-
criações do sentimento, com as tarefas jamos tão somente a crer e a confortar-
da educação, da assistência, da solidarie- nos, mas também a servir incessantemen-
dade e da compreensão, no apostolado te na edificação do iluminado e eterno
do amor. Reino do Amor.
—o—
Emmanuel
Na lide espiritual, desse modo, não
existem prerrogativas para qualquer de
nós. O único privilégio de que desfruta-
mos é o de trabalhar sem recompensa,
de auxiliar sem distinção e aprender sem-
pre, procurando em nosso aprimoramen-
to próprio o aperfeiçoamento da Huma-
nidade inteira.
Eis porque, enquanto buscais a ver-
dade em nossas palavras, procuramos o
trabalho em vossas mãos.
Em sagrado conjunto de fraternida-
de, somos os instrumentos do Amigo Ce-
lestial que prometeu auxiliar-nos até o
"fim dos séculos".
ORDEM E LUZ Naturalmente que ninguém deverá
"A fim de alistar-se com Maria, sua mulher, viver fora da ordem e nada se consegui-
que estava grávida".
Lucas: 2 - 5 rá sem metodização, porém, no centro
de toda atividade coordenativa não de-
ve existir condição convencional para o
exercício do bem, porque esta é a luz que
resplandecerá em todas as situações, ao
lado de todos os deveres.
—o—
Nesse sentido, o Evangelho nos ofe-
Há muitas pessoas rece uma lição salutar.
que, como os judeus antigos, se fazem José e Maria dirigindo-se a Belém
rigorosas quanto ao conceito de ocasião obedecem à ordenação política de Cé-
na prática do bem ou no desenvolvimen- sar, mas Jesus vindo ao seu encontro, nas
to do trabalho palhas da Mangedoura, fora do ambien-
Os fariseus condenavam o Cristo te doméstico, mostra que a Claridade Di-
por curar nos dias de sábado, ao mesmo vina pode bafejar os trabalhos da criatu-
passo que, modernamente, muitos apren- ra em qualquer parte.
dizes levam a extremismo suas concep- —o—
ções no capítulo do descanso dominical
ou da aplicação das suas possibilidades O casal de Nazaré não apresenta des-
de serviço, nos diversos setores das ati- culpas a fim de evitar a obrigação devi-
vidades quotidianas. da à ordem, Jesus não apresenta condi-
ções especializadas para se oferecer às GRUPOS
criaturas. "Porque onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, ali estou eu
no meio deles".
—o— Jesus - Matheus: 18 - 20

Daí inferimos que não se deve vi-


ver sem ordem em parte alguma, obser-
vando-se, porém, que esta nunca pode-
rá excluir o bem, porque, antes de tudo,
quando respeitada, é o justo caminho,
por onde a Luz se manifesta.

Emmanuel
Em se tratando das' ta-
refas conferidas aos discípulos novos,
portas adentro do Espiritismo Cristão,
não é difícil traçar normas para as reu-
niões de intercâmbio com o Plano Espi-
ritual, mas o que não é fácil será organizá¬
-las em nome de Jesus.
—o—
A circunstância de se comunicarem
entidades invisíveis, em determinadas as-
sembléias, não é bastante para lhes im-
primir um caráter de santidade.
Antes de mais nada, é preciso con- Em quase toda parte, observam-se
siderar os fins que as movem. Nem to- os grupos formados em nome das inter-
dos os aprendizes chegam a compreen- pretações ou dos interesses daqueles que
der que a esfera invisível é a continuida- os constituem ou freqüentam, mas não
de da sua própria. é fácil encontrar as reuniões em nome
—o— de Jesus, porque é justamente nessas que
os discípulos despem a sua túnica de vai-
Eis a razão pela qual, grande parte, dade humana, para conhecerem a Von-
inadvertidamente, organiza reuniões sem tade do Mestre a respeito de suas vidas,
fundamentos essenciais com Cristo. consagradas ao Seu Serviço em todos os
Vemos os agrupamentos interessa- lugares por onde cruzam os pés.
dos em aplainar obstáculos da vida ter-
restre, pelos dispositivos do menor es- Emmanuel
forço; núcleos que se formam para criar
uma falsa impressão de hegemonia, en-
tre as associações congêneres; compa-
nheiros que requisitam da Espiritualida-
de preferência por suas interpretações in-
dividuais; reuniões enfim, com finalida-
des específicas junto a problemas de eco-
nomia, de interesse isolado, de benefí-
cios imediatos, de supremacia injustifi-
cável.
—o—
SOBRIEDADE É preciso estar pronto ao serviço e
" N ã o d u r m a m o s pois, c o m o o s demais,
mas vigiemos e sejamos sóbrios."
vigiar, fielmente. Entretanto, na vigilân-
Paulo -1 Tessalonicênses: 5-6 cia ainda encontram os aprendizes cer-
tos perigos mais fortes.
São os que condizem com a ausên-
cia da sobriedade.
—o—
Quase sempre, quando se encontra
essa palavra, a criatura reflete imediata-
mente nos desregramentos do corpo.
Mas, o cristão não deve olvidar o caráter
Em todos os setores nefasto das intemperanças da alma.
das atividades terrestres, mesmo nos cír-
culos externos do esforço religioso, há —o—
muita gente dormindo nos braços das Muitos aprendizes de boa vontade
ilusões. tornam-se irascíveis, inquietos e, por ve-
Aqui é o egoísmo mascarado de zes, cruéis, acreditando servir à causa de
bondade irreal, ali é a preocupação sec- Cristo.
tária sob as aparências de fé. Vigilância não quer dizer olho aler-
O discípulo sincero, todavia, apren- ta para indicar o mal, mas posição de con-
de a receber os apelos do Evangelho, de curso sincero com Jesus a fim de substi-
modo a não dormir, como os demais. tuir o mal pelo bem, em silêncio, onde
—o— quer que se encontre.
Sem a sobriedade, a realização dessa AO ENCONTRO DO MESTRE
tarefa se torna impossível. É indispensá-
vel não desperdiçar emoções ou distrair
energias em problemas desnecessários.
Sejamos, pois, vigilantes, dando a
cada um aquilo que lhe pertence.

Emmanuel

M eu caro Atila,
A senda do discípulo do Senhor
está aberta.
Na retaguarda, é o pretérito de
sombras.
A esquerda, surge o território incen-
diado das paixões.
À direita, aparece o gelado desfila-
deiro da indiferença.
Nossa única porta de ação constru-
tiva é a da frente.
Através dela é preciso marchar,
amealhando amor e sabedoria ao preço Na estrada que trilhamos, milhares
de renunciação e serviço constantes. de companheiros amontoam recursos de
—o— ouro e pedra para a aquisição de dor e
arrependimento. Outros continuam po-
Não te atemorizem, pois, os golpes voando os celeiros do tempo, com os
da sombra. monstros da insensatez.
Refletir a luz do Cristo, em nós, na Que a voz do Mestre vibre total na
antiga arena da luta humana, é o nosso acústica de nossa alma, a fim de que os
objetivo essencial. desvarios da ilusão não nos aniquilem a
Dilatemos, acima de tudo, a nossa sagrada oportunidade de escalar o monte
capacidade receptiva, assimilando as for- redentor. Ofereçamos a claridade da pre-
ças superconscientes que fluem de cima ce a todos os que desçam provisoriamen-
para a regeneração do conteúdo de nos- te no escuro castelo das horas perdidas.
sa individualidade.
—o— —o—
Comunhão integral com Jesus é a E adiantemo-nos, não no carro da
nossa meta. evidência pessoal, mas no laborioso es-
Para alcançá-la, tudo o que não seja forço da purificação, convictos de que
Amor, em suas manifestações, deve ser em nosso reajustamento com Jesus per-
esquecido. manece o soerguimento do mundo.
Não te detenhas. Quando a alma abriga, enfim, o
Avança, por dentro do próprio co- Divino Hóspede, profunda transfor-
ração, entendendo a excelsitude do mação se opera no sistema espiritual de
sacrifício. cada um.
Os olhos jazem incapacitados para do vive esperando pelo homem, obser-
a descoberta do mal. vando ainda que a alma aguarda Jesus,
Os ouvidos permanecem atentos às ao passo que o Senhor, de braços com-
mensagens de sabedoria. passivos, aguarda a nossa alma, cheio de
Os pensamentos se concentram in- magnanimidade e esperança.
variavelmente no bem. —o—
A palavra tece harmonia e felicida-
Movimentemo-nos, pois, à procu-
de em todos os recantos.
ra do Mestre e o Mestre virá, tolerante e
As mãos agem, incessantemente,
sublime, ao nosso encontro.
sob a inspiração de ordem superior.
O coração, sobretudo, irradia bên-
Agostinho
çãos de compreensão e fraternidade, on-
de quer que se encontre, por estrela
consciente a resplandecer nas teias da
carne, e o império do Amor se estabele-
ce no destino, consolidando a obra de
sublimação eterna.
—o—
Sigamos, pois, pelo calvário da res-
surreição sem desfalecer.
Na ordem material da Terra, vemos
constantemente o homem a esperar pe-
lo mundo, quando em verdade, o mun-
DISCUSSÕES romper o silêncio é indispensável exami-
"Contendas de homens corruptos de
entendimento e privados de verdade, nar o caráter dessa atitude.
cuidando que a piedade seja causa de
ganho; aparta-te dos tais".
Paulo -1 Timótheo: 6-5.
—o—
Naturalmente, não estamos falando
para o homem vulgar, empenhado em
críticas a todas as criaturas e cousas do
caminho comum, olvidando a si mesmo,
mas para o discípulo de boa e sincera
intenção.
—o—
A inferioridade com seus tentáculos
N o amontoado de numerosos convida insistentemente aos
problemas espirituais que integram o atritos, todavia, o aprendiz fiel deve
quadro de preocupações do discípulo, conservar-se vigilante, em seu posto, sob
destacamos o fenômeno palavroso, co- pena de ser inscrito como servo relap-
mo dos mais importantes ao seu bem¬ so, indigno da tarefa.
-estar.
A contenda verbal tem o seu lado —o—
útil ou o seu objetivo elevado, no entan- Surgirão, como é justo, horas de es-
to, é preciso considerar, antes do início, clarecimento, dilatando as luzes espiri-
sua verdadeira finalidade. tuais nas sendas retas, contudo, quando
Discussões a esmo são ventanias se verifique um desafio à discussão, con-
destruidoras. Quando alguém delibere vém meditar gravemente no assunto, an-
tes de se atirar ao duelo das palavras. Não POSSE DA VIDA
haverá recurso fora dos elementos de " M i l i t a a b o a m i l í c i a d a fé, t o m a pos.se
da vida eterna.

sensacionalismo? Não será falsa piedade, Paulo -1 TiiHólheo; 6-12

mascarando a causa de ganho?


—o—
Nem sempre esse ganho é o dinhei-
ro; pode ser também prepotência de opi-
nião, sectarismo, vaidade.
Um homem na sua tarefa de reali-
zação com Deus, do trabalho mais sim-
ples ao mais complicado, pode estar certo
de que está no lugar próprio, atendendo
à Vontade do Senhor que ali o colocou A . recomendação de
sabiamente; mas quando se ponha em Paulo de Tarso a Timótheo é eminente-
contendas, ninguém, nem ele mesmo, mente expressiva. Examinemos, por
pode saber até onde irá e quanto carvão exemplo, a primeira sentença: "Milita a
será depositado em sua alma, após o boa milícia da fé"; será aproveitar os en¬
grande incêndio. sejos de luta, de trabalho, de obstáculos,
a fim de provar a disposição sincera no
Emmanuel serviço do Senhor.
—o—
Fé não se exterioriza sem ocasiões
adequadas e o aprendiz que se furte aos
combates ásperos perde toda oportuni- Continuam ignorando, às vezes, vo-
dade de testemunho. luntariamente, que é o próprio espírito
Realizada, porém, a devida edifica- quem ergue o santuário e o habita.
ção, o discípulo estará preparado a rece- Cada qual povoa o mundo que
ber a Luz Divina, de conformidade com construiu em si mesmo. Deus cria as
a segunda sentença: "Toma posse da vi- Grandezas Universais e oferece-as aos ho-
da eterna"; é o apelo Supremo. mens e cada filho, sem falsa comprensão,
deve entrar na posse dos Bens Eternos.
—o—
Emmanuel
O rio da eternidade passa ao lado
dos espíritos humanos, oferecendo-lhes
o tesouro imperecível.
As criaturas, porém, na sua genera-
lidade, permanecem interessadas no jo-
go da ambição egoística da esfera transi-
tória ou distraídas na ilusão. Muitas fazem
o simulacro de preocupação espiritual,
à custa de devocionários convencionais,
esperando favores do Céu que nada fi-
zeram por merecer ou aguardando pa-
raísos de ociosidade, após a morte do
corpo.
—o—
NAS CONVULSÕES DO SÉCULO XX —o—
Amontoam-se pesadas nuvens nos
céus do Oriente e do Ocidente...
Quem impedirá a tempestade de
suor e lágrimas?!...
Época de profundas aflições, dir-se-
-ia encontrarmos no século XX o fruto
de sangue de dezesseis séculos de me-
nosprezo à luz espiritual.
—o—
Desde Constantino, o Cristianismo
puro sofre a intromissão egoística de hu-
N ão bastaram as tor- manos interesses. Sempre a ofensiva das
rentes do infortúnio que as grandes guer- trevas contra a luz, as arremetidas do mal
ras do século lançaram sobre os vales do contra o bem.
mundo. É inegável que as instituições terre-
Acordando, estremunhada, de hor- nas, não obstante constrangidas, revelam
rível pesadelo, que perdurou por mais de apreciáveis características de progresso.
dois mil dias, e embora os lares desertos, Regressando ao cenário atual, Aristóte-
os campos talados, as arcas empobreci- les, o oráculo de filósofos e teólogos, não
das e as prisões repletas, arregimenta-se mais aplaudiria o cativeiro, declarando o
a coletividade planetária para novos em- escravo "propriedade viva"; Ignacio de
bates de cegueira e destruição. Loiola, o santo, a pretexto de preservar
a fé, nao mobilizaria os tribunais da Conflitos ideológicos tremendos
Inquisição. aguçam o raciocínio a soldo da ciência
—o— perversa.
E, coroando o sombrio edifício,
A influência do Cristianismo deter-
instalou-se a guerra entre os homens, à
minou enormes transformações na cu-
maneira de sorvedouro infernal.
rul administrativa. Entretanto, a dignifi-
cação da personalidade permanece ape- —o—
nas esboçada.
Os aviltamentos do ódio campeiam O conceito de civilização flutua ao
em todos os climas. sabor dos grupos dominantes. Para al-
Arraiga-se a injustiça, com a másca- guns, repousa na economia ou na força;
ra da legalidade, nas organizações dos paí- para outros, no direito exclusivista ou na
ses mais nobres. liberdade de praticar o mal. E, do que po-
Há desvarios do poder em toda demos presumir, não está próxima a
parte. equação^do inquietante problema.
—o— Há sempre volumosos contingen-
tes para ganhar a demanda, mas raros
Baraço e cutelo, metamorfoseados homens se preocupam em ganhar a har-
nos mais estranhos aparelhos de tortura monia.
e de morte, são ainda recursos da toga. O domicílio dos homens sofrerá ter-
A desconfiana e a discórida regem ríveis brechas, até que a razão se equili-
as relações internacionais. bre nas diretrizes do mundo.
Racismo tirânico perturba povos
avançados. —o—
A inteligência bestial combaterá ain- Se as doutrinas da força somente re-
da a sabedoria divina por longo tempo. presentam a decadência das nações, por
Não somos, pois, estranhos à tor- libertarem o vandalismo, restituindo o
menta de lágrimas que cobrirá a fronte homem à animalidade primária, é justo
dos continentes em dolorosos quadros reconhecer que* a democracia sem orien-
apocalípticos. Constituímos o fruto do tação cristã não pode conduzir-nos à con-
que fomos, colhemos na pauta da semea- córdia desejada. Realmente, a Revolução
dura. Francesa, que inaugurou grandes movi-
Nisto não vai estima às predições mentos libertários no Planeta, filiava-se,
de Cassandra, nem barateamento às pro- no fundo, às plataformas elevadas. Ob-
fecias. jetivava o término das administrações in-
—o— conscientes, o fim da ociosidade consa-
grada, a extinção de prerrogativas deli-
Buscando o Cristo nos templos ex- tuosas, o reajustamento do governo e do
teriores e expulsando-O dos corações, fo- sacerdócio, em nome da liberdade, da
ra temeridade esperá-lo por salvador gra- igualdade e da fraternidade. Muitos dos
tuito à última hora. patrocinadoresjda renovação acredita-
Eis porque, à frente dos atritos for- ram-se movidos pelo messianismo evan-
midandos dos dias que passam, apela- gélico; no entanto, esqueceram-se de que
mos para os seguidores do Evangelho, a Jesus advogara a liberdade de obedecer
fim de que se unam no culto à religião a Deus contra o mal, a igualdade dos de-
interior. veres para que o mérito marcasse a res-
A consciência identificada com o ponsabilidade, e a fraternidade verdadei-
Mestre é o refúgio indispensável. ra, dentro da qual há mais alegria em dar
que em receber. Conspurcada nos fun- Este - o dilema da atualidade, em
damentos, a Revolução, desbordando que a ventania da destruição assopra de
nos instintos sanguinários, em breve de- novo...
generou-se nas lutas napoleónicas, esta- —o—
belecendo, no mundo, as guerras odio-
sas de povo a povo. E, não obstante edificados na cer-
—o— teza de que tudo coopera em benefício
dos que amam a Deus, das claridade de
Desde então, a Terra, em sua geo- além-túmulo, repetimos para os compa-
grafia política, é uma colmeia desespe- nheiros do Evangelho:
rada, que só a cristiani2ação da democra-
— Irmãos, entrelaçai os braços e uni
cia poderá reajustar.
corações, em torno do Caminho, da Ver-
O angustioso enigma prende-se à dade e da Vida! Tormentas de dor ron-
ordem espiritual.
dam os castelos da vaidade humana e gê-
Impraticável o erguimento do edi- nios escuros do morticínio acercam-se
fício sem bases. Impossível a organiza- das moradias sem alicerces. Os monstros
ção de instituições respeitáveis sem sen- que devoraram as civilizações dos per-
timentos humanos dignificados. sas e dos assírios, dos egípcios e dos gre-
—o— gos, dos romanos e dos fenícios esprei-
O homem elevar-se-á com o Cristo tam a grandeza fantasiosa dos vossos pa-
para levantar a política até o plano do lácios de ilusão!... Os oráculos que prog-
equilíbrio divino ou a política sem Cris- nosticaram queda e ruína em Persépolis
to, seja qual for a bandeira a que se aco- e Babilônia, Tebas e Atenas, Roma e Car-
lhe, precipitará o homem no caos. tago pronunciam angustiados vaticínios
em vossas cidades poderosas... Polvos preside aos destinos, ouçamo-Lo a dirigir-
mortíferos do ódio e da ambição desre- -se às mulheres piedosas que se lhe ajoe-
grada multiplicam-se no oxigênio terres- lhavam aos pés, na cidade santa: "Filhas
tre, predizendo misérias e desolação. Tra- de Jerusalém, não choreis por mim! Cho-
zem a fome e a peste em novos aspec- rai por vós mesmas e por vossos filhos,
tos, desorganizando-vos a vida e desin- porque virão dias em se dirá: — Bem-
tegrando-vos os celeiros... Todos vive- aventurados os ventres que não gera-
mos tempos dramáticos de prece, espec- ram e os peitos que não amamentaram!
tação e vigília... Clamareis então para os montes: — Caí
sobre nós! E rogareis aos outeiros:
—o—
— Cobri-nos! Porque se ao madeiro ver-
E, enquanto o aquilão da impieda- de fazem isto, que se não fará ao lenho
de ruge destruidor, reunamo-nos na Je- seco?"
rusalém do íntimo santuário!... Sigamos Emmanuel
o Senhor na via dolorosa, como quem
sabe que Ele prossegue à nossa frente,
desvelando-nos o caminho da ressurrei-
ção eterna. Vejamo-Lo, heróico e divino,
em seu apostolado de sublime renúncia,
vergado à cruz de nossas fraquezas mi-
lenárias. .. É natural que nossos olhos es-
tejam orvalhados de pranto e que o as-
sombro nos domine os corações. Toda-
via, atentos à Justiça Indefectível que nos
SUBLIME TRIÂNGULO outros movimentos coletivos, de natu-
reza intelectual, que visam o aperfeiçoa-
mento da Humanidade.
—o—
No aspecto Religioso, todavia, re-
pousa a sua Grandeza Divina por cons-
tituir a restauração do Evangelho de JE-
SUS CRISTO, estabelecendo a renovação
definitiva do Homem, para a grandeza do
seu imenso futuro espiritual.

Fodemos tomar o Espi- Emmanuel


ritismo, simbolizado desse modo como
um triângulo de forças espirituais.
—o—
A Ciência e a Filosofia vinculam à
Terra essa figura simbólica, porém, a Re-
ligião é o ângulo divino que a liga ao Céu.
—o—
No seu aspecto Científico e Filosó-
fico, a Doutrina será sempre um campo
nobre de investigações humanas, como
SEMEADURAS E CEIFAS davia, que só oferecem o fruto no breve
Porque o que semeia na sua carne, da
carne ceifará a corrupção".
Paulo - Gálatas: 6- 8
decorrer dos séculos.
—o—
Em todos os tempos a multidão se-
meou complicações de natureza material,
agravando a teia das reencarnações do-
lorosas, demorando-se no plano da de-
cadência.
—o—
Ainda hoje, há os que pretendem
Plantaremos todos os dias. curar a honra com o sangue alheio e
É da Lei. lavar a injustiça com as represálias do
Até os inativos e os ociosos es- crime.
tão semeando escalracho • da imprevi- —o—
dência. Daí o ódio de ontem gerando as
—o— guerras de hoje, a ambição pessoal for-
Necessário reconhecer, entretan- mando a miséria que há de vir; os pra-
to, que todos os dias colheremos. zeres fáceis requisitando retificações de
amanhã.
—o—
—o—
Há sementes que produzem no Até o presente, apenas alguns discí-
curso de breves semanas, outras, to- pulos, de quando a quando, compreeh-
dem a necessidade da Semeadura Espi- VIDA E MORTE
ritual em si mesmos, diferentes de quan-
tas se conhecem no mundo, e marcham
no caminho do Mestre Supremo.
—o—
Se desejas plantar na Lavoura Divi-
na, foge ao velho sistema de semeadu-
ra na corrupção e ceifa na decadência.
Semeia para a Vida Eterna.
—o—
Repara as multidões encarceradas
nesse antigo processo e segue para o Se- A . vida é luz, doação,
nhor, cuidando das próprias aquisições. alegria e movimento.
A morte é sombra, egoísmo, desa-
lento e inércia.
Emmanuel
—o—
Anota as forças vivas que te rodeiam
e observarás a natureza a desfazer-se em
cânticos de trabalho e de amor, assegu-
rando-te bem estar.
—o—
É a árvore a crescer na produção in-
tensiva, o manancial em atividade cons- e na rebelião, na ociosidade ou na de-
tante para garantir-te a existência, a atmos- linqüência, a que irrefletidamente se
fera a refazer sem cessar os elemen- acolhem.
tos com que te preserva a saúde e o —o—
equilíbrio...
Absorvem os recursos da Terra sem
—o— retribuição, recebem sem dar, exigem
Mas, não longe de ti podes ver igual- concurso alheio sem qualquer impulso
mente a morte no poço estagnado em de cooperação em favor dos outros e.
que as águas se corrompem, na enxa- vampirizam as forças que encontram,
da inútil que a ferrugem devora, no fru- quais sorvedouros que tudo consomem
to desaproveitado que a corrupção sem qualquer proveito para o mundo
desagrega... que os agasalha.
—o— —o—
Depende de ti acordar e viver, va- Semelhantes companheiros são real-
lorizando o tempo que o Senhor te con- mente os mortos dignos de socorro e de
fere, estendendo o dom de auxiliar e piedade, porquanto à distancia dà luz que
aprender, amar e servir. lhes cabe inflamar em si próprios, prefe-
—o— rem o mergulho na inutilidade,
acomodando-se com as trevas.
Muitos nascem e renascem no cor-
—o—
po físico, transitando da infância para a
velhice e do túmulo para o berço, à ma- Lembra os talentos com que Deus
neira de almas entorpecidas no egoísmo te enobrece o sentimento e o raciocínio,
o cérebro e o coração e, fazendo verter EXPLICAÇÃO
o Brilho do Bem, através de teu verbo
e de tuas mãos, desperta e vive, para que,
das experiências fragmentárias do apren-
dizado humano, possas, um dia, alçar vôo
firme em direção da Vida Imperecível.
— Emmanuel—

C^uando Jesus pro-


nunciou a Sua famosa sentença, constan-
te da parábola dos dois filhos, nas anota-
ções de Mateus: "Em verdade vos digo
que os publícanos e-as meretrizes entra-
rão diante de vós no Reino de Deus", não
queria dizer que as nossas irmãs infeli-
zes ou que os negociantes habituados no
lucro fácil atingirão sistematicamente a
Esfera Superior, antes daqueles que se de-
dicam aos trabalhos da fé.
—o—
Recordemos, sobretudo, que o Se-
nhor se reporta aos companheiros petri- a suportar os resultados da irreflexão e
ficados na rebeldia que, mesmo depois da delinqüência a que se entregam, to-
do convite à posse da luz permanecem da vez que exalçam o egoísmo e o or-
medraços e perversos no domínio das gulho, a vaidade e a preguiça, diante da
sombras, no qual respiram em deplorá- multidão que lhes roga socorro e
vel retaguarda, expargindo as culpas que entendimento.
adquirem perante a vida. —o—
—o— Muito compreensível, portanto, que
Por irmãos dessa classe encontra- as mulheres desditosas e os homens de
mos todos aqueles que devidamente in- negócios, mergulhados na cobiça, por ig-
formados pelos avisos da Religião, quanto norância e infelicidade, quando desper-
aos deveres da solidariedade, vivem aco- tos para ao serviço do bem, avancem,
modados com a egolatria e com a dure- destemerosos, na direção dos Cimos,
za de coração, muito embora desfrutem porque a extensão da falta corresponde
do ensinamento religioso, caminho aber- à responsabilidade de cada um, e, há mui-
to à aquisição da própria felicidade. ta diferença entre quem chora e aqueles
que fabricam as lágrimas nos olhos
—o— alheios, abusando das faculdades nobres
É justo se lhes reclame os elevados que o Senhor lhes confia, com o quê sus-
testemunhos de lealdade a Deus, no citam a penúria de muitos, demorándo-
amor ao próximo ignorante e necessita- se por tempo indeterminado no escuro
do, pelas prerrogativas que o Céu lhes desfiladeiro das grandes reparações.
conferiu, sendo assim, natural venham Emmanuel
SENSAÇÕES ALÉM-TÚMULO tese de ti próprio, na justa aferição dos
valores que a Providência te conferiu.
—o—
Se o Bem te preside a jornada, de-
certo, sob o Amparo da Lei, receberás do
Senhor novos mandatos de serviço em
consonância com os teus ideais, porque
no culto do dever retamente cumprido,
todas as criaturas ascendem verticalmen-
te a novos quadros evolutivos.
N ão olvides que a - —o—
morte do corpo denso reintegrar-te-á no Mas, se encarceras o espírito nos en-
patrimônio de emoções que amealhas- ganos da sombra, não esperes que a au-
te a benefício ou em desfavor de ti sência da teia física se te faça, mais tarde,
mesmo. equilíbrio e libertação, de vez que a Lei,
—o— ciosa de seus princípios, guardar-te-á nos
Agora que te confias à multiplicida- resultados de tuas próprias ações,
de de idéias e sonhos, anseios e impres- compelindo-te a restaurar os fios do des-
sões, no campo da própria alma, a tino, associando-os aos propósitos do Pai
dividir-se através dos sentidos que te Excelso.
compõem o mundo sensorial, és qual —o—
fonte de vida a espraiar-se no solo da ex-
periência; entretanto, amanhã, serás a sín- É por isso que as sensações além-
túmulo representam o retrato positivo SETA FEITA A DIVINA VONTADE
das imagens que criamos no laboratório
da existência física, determinando, segun-
do a lição do Mestre, que o fruto de nos-
sos desejos esteja à nossa espera, onde
guardarmos o coração.
—o—
Não te esqueças de que a alegria do
Céu e os tormentos do inferno come-
çam, invariavelmente, em nós próprios,
plasmando em derredor de nós mesmos N ão aflijas o próprio
o flagelo das paixões destruidoras que coração, pedindo ao Céu aquilo que real-
houvermos abraçado no convívio deli- mente não constitui nossa necessidade
berado da sombra, ou no Brilho do Bem, essencial.
a que tivermos empenhado as nossas me- —o—
lhores forças, no sacrifício incessante pela
Vitória da Luz. Recorda, em tuas orações, que a
Emmanuel
Vontade Divina endereça-nos, cada dia,
concessões que representam a provisão
de recursos imprescindíveis ao nosso en-
riquecimento real.
—o—
Observa, na sucessividade das ho-
ras, as bênçãos do Todo Misericordioso. Guarda a boa vontade no coração
e o serviço nas atitudes, à frente da Hu-
—o— manidade e da Natureza, e perceberás
Aparecem, quase todas, em forma que não é preciso bater às Portas do Céu
de trabalho nos pequenos sacrifícios que com demasiadas súplicas ou com exces-
o mundo nos reclama. sivas aflições.
—o— —o—
Aqui, é a família exigindo Repara os nossos irmãos menos fe-
compreensão. lizes que procuram a fortuna amoedada
—o— ou que buscaram os títulos da autorida-
de terrestre.
Ali, é uma obrigação social que de-
vemos cumprir. —o—

—o— Quase todos avançam atormenta-


dos, ao calor de brazeiros invisíveis, sus-
Além, é o imposto do reconheci- pirando pela paz que temporariamente
mento que não nos cabe sonegar. perderam, em recebendo compromissos
—o— prematuros.
Mais além, é o companheiro de —o—
caminho que nos pede auxílio e E possível que sejas convocado à lu-
entendimento. ta da direção ou à mordomia do ouro;
—o— é provável que amanhã sejas conduzido
outros e para contigo mesmo, e o Plano
aos mais altos postos, na orientação do da Eterna Sabedoria te alçará gradativa-
povo ou no esclarecimento das almas... mente a serviços sempre mais expressi-
—o— vos e sempre mais importantes, porque
Se isso, porém, está nos Desígnios na confiança de tua fidelidade ao Bem,
do Senhor, não precisas inquietar-te atra- estarás repetindo com o Amor de Jesus:
vés de requisições e rogativas sem qual- "Seja feita, Senhor, a Tua Vontade, assim
quer razão de ser. na Terra como nos Céus".
—o— Emmanuel
Não intentes a aquisição de bens ou
responsabilidades para os quais ainda não
te habilitaste.
—o—
A árvore, sem angústia, cresce para
a colheita e a fonte, sem violência, desu-
sa no espaço e no tempo, acabando por
encontrar a serenidade do grande
oceano.
—o—
Cumpre o dever de hoje, com se-
gurança e tranqüilidade, sê, antes de tu-
do, correto e irrepreensível para com os
MEMÓRIAS intimação de regresso às perigosas infan-
tilidades da experiência humana.
—o—
Em tais circunstâncias, laços mais
pesados nos religam o espírito, com mais
intensidade, à gleba da carne, e a voz dos
nossos julgadores, não raro, nos converte
os ouvidos em receptores gigantescos pa-
ra os quais convergem todos os aponta-
mentos justos ou injustos de quantos nos
Deve ser horrível — apreciam a conduta e as decisões.
diz você — o escândalo em torno de nos- Você já pensou num homem, cujo
sa memória. O homem arrastado ao pe- corpo seja uma chaga viva, tangido vio-
lourinho do escárnio público e ao pasto lentamente por milhares de mãos desca-
da maledicência, deve ser uma fogueira ridosas e rudes?
de angústia para o coração acordado, Esse é o símbolo pálido com que
além da morte". ousamos qualificar o suplício do infor-
Você tem razão. tunado que lega aos contemporâneos as
A ave, em pleno céu, que se visse recordações da própria viagem pela Ter-
constrangida a voltar à casca do ovo, ou ra, quando essas memórias se referem às
a árvore luxuriante que fosse obrigada a situações que fazem o inferno dos seus
retornar para a cova de lodo, sofreriam semelhantes.
menos que a alma desencarnada, sob a Fustigado por reclamações e acusa-
ções infindáveis, o morto-vivo, com a in- É o desespero impotente daquele
felicidade desse jaez, sofre golpes desa- que, em vão, deseja fazer-se compreen-
piedados, a torto e a direito, à maneira dido, é a sede inestancável de entendi-
de um ferido na praça pública, visitado mento, é o pranto amargurado de quem
pelos sopapos e pelos impropérios de to- observa o incêndio no próprio lar, sem
da gente. uma gota d'água para extinguir a chama
—o— destruidora.
—o—
E você não calcula o que seja o mar-
tírio trazido pela impossibilidade de qual- A figura de Ugolino, o famoso che-
quer esclarecimento digno! fe de Pisa, encarcerado na torre da fo-
—o— me, a devorar as vísceras mortas dos pró-
Falar ou escrever levianamente é prios filhos, e que foi encontrado por
expor-se a ouvir o pronunciamento da Dante nos recôncavos do Estige, é, de al-
insensatez; e por mais que o delinqüen- guma sorte, a única imagem para o con-
te do verbo falado ou da letra reprová- fronto analógico, nos casos a que nos re-
vel se proclame arrependido e diferen- portamos, porque realmente ilhados na
te, mais a crueldade o toma de assalto, solidão de nós mesmos, entre o pesade-
esbofeteando-lhe o rosto amarrotado e lo e o remorso de não termos sido o que
disforme, sem que lhe seja facultada a mí- devíamos ser, somos obrigados a tragar
nima frase de defesa. os detritos de nossas próprias obras.
Efetivamente, enquanto nos demo- —o—
ramos na carne, é impossível imaginar o
que seja isso. Creia você que, em verdade, tudo
isso é terrível e doloroso, de vez que o que não suspeitávamos, de leve, da nos-
arrependimento irremediável nos trans- sa própria degradação.
forma em duendes infortunados, em afli- Você que conhece tão bem o assun-
tiva peregrinação. to, cuide dos seus passos e vele pelo fu-
Não admita, porém, que isso seja turo de sua alma eterna, porque a exis-
apenas lamentável privilégio de alguns. tência, meu caro, seja onde for, é sem-
pre um livro que o nosso coração anda
—o— escrevendo.
Não é necessário fixarmos reminis- Irmão X
cências da Terra, em bronze ou papel, pa-
ra que a vida nos revele aos outros tais
quais somos.
Trazemos conosco o arquivo que
nos é próprio.
Sentimentos e ideais, palavras e
ações são marcas em nossa alma.
Todos alcançaremos o plano em
que nosso espírito é um livro aberto.
Intenções ocultas, interferências nos
destinos alheios, assaltos disfarçados à fe-
licidade do próximo, crimes consagrados
pela admiração do mundo, misérias ín-
timas e desequilíbrios morais aparecem
claramente, espantando a nós mesmos,
SE QUISERES a que se façam pacientes e humildes, e
o Amparo Espiritual te levantará em vi-
tória e refazimento.
—o—
Ainda que respires mergulhado nas
correntes do vício, cercado de forças avil-
tantes, se quiseres entrar no caminho da
regeneração, socorre os companheiros
de luta, para que te convertas em padrão
de virtude.
Ainda que te sintas —o—
anulado pelos obstáculos desse ou da- Ainda que te vejas no porão de som-
quele teor, se quiseres vencer o clima de bria penitenciária, amargando a condi-
inutilidade que a frustração te impõe à ção de resíduo do remorso e do crime,
existência, faze algo para auxiliar alguém se quiseres reconquistar o respeito e a
e o Amparo Espiritual soerguer-te-á para confiança do próximo, sustenta a chama
mais altos níveis de serviço e renovação. do bem nos irmãos de amargura e o Am-
—o— paro Espiritual felicitar-te-á o roteiro com
novas oportunidades de reajuste.
Ainda que te situes algemado ao lei-
to dos paralíticos, se quiseres volver ao —o—
movimento e à saúde, exercita a paciên- Ninguém vive órfão da Divina
cia e a humildade, induzindo os outros Paternidade.
—o— ou desequilíbrio nascem no imo da
consciência.
Os Herodes da violência, os Za-
queus da usura, os Nicodemos do pre- —o—
conceito, os Pedros da negação, os Judas Para que alguém, desse modo, des-
da invigilância, os Ântipas do sarcasmo, ça à furna das trevas ou se exalte à Cul-
os Pilatos da indiferença, e os Tomes da minância da Luz, basta apenas querer.
dúvida, encontraram, cada qual a seu
tempo, o sublime momento renovador, Emmanuel
diante do Cristo.
—o—
Seja qual for a tua inibição ou a tua
dificuldade, é possível te afastes delas, em
gradativa libertação.
—o—
Para isso, porém, é indispensável te
inclines à melhoria, compreendendo que
a vontade é a alavanca propulsora em
nossos destinos.
—o—
Felicidade ou infortúnio, equilíbrio
SERVE E ENCONTRARÁS O TESOURO seixos, pouco a pouco, se transforma em
DA LUZ grande rio, a caminho do mar.
—o—
Algumas sementes formam a base
de preciosa floresta.
—o—
Pedras agressivas, se convertem nas
obras-primas da estatuária, quando não
vertem no seio a faiscante beleza do ma-
terial da ourivesaria.
O b s e r v a a natureza —o—
que te cerca no mundo. Animais humildes, padecendo e au-
Tudo é riqueza e esforço laborioso xiliando, garantem o conforto das cria-
por assegurá-la. turas contra a intempérie ou alimen-
O solo ferido pelo arado é berço da tam-lhes o corpo, sustentando-lhes a
produção. existência.
—o— —o—
A árvore, mil vezes dilacerada, per- A pobreza é marca do homem, en-
severa auxiliando sempre mais. quanto se refugia, desassisado, na furna
—o— da ignorância.
A fonte, superando os montões de —o—
Somente a alma humana distancia- rico de amor, encerrando no próprio pei-
da do Conhecimento Superior asseme- to o tesouro intransferível da Luz que te
lha-se a um fantasma de angústia de pe- abençoará com a felicidade inextinguí-
núria e lamentação... vel, nos cimos da Espiritualidade Maior.
—o—
Emmanuel
Se podes observar o patrimônio das
Bênçãos Celestiais, no caminho em que
evoluis, procura o lugar de trabalho que
te compete e serve infatigavelmente ao
Bem, para que o Bem te ensine a ver a
Fortuna Imperecível que o Pai te conce-
deu por Sublime Herança.
—o—
Serve aos semelhantes, protege a
planta e socorre ao animal; seja a tua via-
gem, por onde passes, um cântico de au-
xílio e bondade, de harmonia e
entendimento...
—o—
E à medida que avançares na senda
de elevação, encontrar-te-ás cada vez mais
SOLIDARIEDADE fortuna terrena, relegado a plano
deserto...
—o—
O dono da melhor inteligência sem
ouvidos que o ouçam...
—o—
O pastor sem rebanho...
—o—
O palácio imponente sem viv'alma
que o povoe...
S e m o devido culto à —o—
solidariedade na vida, indiscutivelmen-
te, nossos passos, por mais firmes, não O navio mais suntuoso navegando
sem ninguém...
surpreenderiam à frente senão desequi-
líbrio e perturbação, desentendimento e —o—
morte. Não adiantam a excelência e o po-
—o— der, a riqueza e o destaque sem proveito.
—o—
Afere-se o valor da criatura em fun-
ção da sociedade em que vive. A solidariedade reside nas bases
—o— mais simples da vida, para que a vida se
estenda em cânticos de alegria e
Imaginemos o senhor da mais alta glorificação.
A fonte alimenta o arvoredo e o ar- pretexto de conservar a virtude e garan-
voredo protege a fonte, oferecendo-nos, tir a fé.
com isso, a bênção do fruto. —o—
—o— A própria família consanguínea a
que todos nós nos enquadramos, quan-
As pedras resguardam o cimento
do no mundo carnal, é uma ordem de
que as reúne e o cimento equilibra as pe-
assistência mútua.
dras que o consolidam, doando-nos o re-
Ninguém surge na Terra, sem o ca-
fúgio do lar.
rinho do berço e o berço é sempre a ter-
—o— nura de mãe, a desfazer-se em talentos de
Tudo é interdependência e susten- paz e luz.
tação recíproca nos mínimos recantos da —o—
natureza, para que o homem desfrute o Honremos ao Senhor que nos hon-
aprendizado da existência no corpo - bre- ra com as oportunidades atuais de reali-
ve estágio de luta - para a sublime ascen- zação e serviço e amparando-nos, uns aos
são à Imortalidade Vitoriosa. outros, de acordo com as nossas defi-
—o— ciências, abreviaremos nosso caminho de
acesso à Felicidade Maior.
Atendamos aos impositivos da fra-
ternidade e compreendamos que a Lei
Emmanuel
Divina, em tempo algum, nos deseja con-
fiados ao insulamento que, no fundo, é
sempre egoísmo, ainda mesmo quando
nos retiremos do combate humano, a
SUBMISSÃO elementos da natureza para que teu cor-
po não desfaleça aos assaltos da inanição.
—o—
A semente do trigo, decerto, teria de-
sejado permanecer na quietação do ce-
leiro, mas a lei do progresso, compeliu-a
a sofrer solidão e morte, na cova obscu-
ra, desenfaixando-lhe os princípios de vi-
da oculta para convertê-los no embrião
promissor.

Louvemos a Deus em —o—


nossa canção cotidiana, aprendendo a O grelo tenro teria aspirado o sos-
agredecer-lhe as dádivas incessantes e a sego inalterável do ninho em que disten-
expor-lhe, em silêncio, as nossas neces- dia as folhas primeiras, contudo, a lei do
sidades fundamentais, entretanto, não progresso obrigou-o a desenvolver-se a
nos esqueçamos da submissão incondi- crescer, até produzir o fruto sadio.
cional aos Seus Desígnios para que um —o—
dia venhamos a senhorear a Herança Di-
vina que o Seu Infinito Amor nos reserva. Certamente, o fruto novo teria anhe-
lado a continuação da calma no depósi-
—o— to em que jazia indolente, mas a lei do
Ante o pão simples que te nutre os progresso, esmigalhou-lhe, transforman-
dias terrestres, recorda a obediência dos do-o em farinha.
—o— tudo, na lei do sacrifício próprio, com ser-
E, sem dúvida, a farinha estimaria viço incessante no bem de todos, a me-
a inércia, entretanto, a mesma lei inexo- lhor maneira de nascer, viver, morrer e
rável, submeteu-a à influência do fogo pa- renascer de novo na Terra, até alcançar-
ra metamorfoseá-la no pão que te recon- mos, vitoriosos, o Divino Horizonte de
forta. nossa Eterna Ressurreição.

—o— Emmanuel
Não especifiques caprichos e exi-
gências, diante do Eterno Pai.
—o—
Jesus Cristo, o Governador da Ter-
ra, passou entre os homens como o ser-
vidor que obedece, desde a Manjedou-
ra, que O acolhia dentro do mundo que
O expulsava, até à cruz de flagelação e
martírio que não mereceu.
—o—
Aprendamos a aceitar as dores ex-
piatórias que nós mesmos criamos pe-
los desregramentos do passado que re-
vive no presente e, a respeitar, acima de
RECEITAS DE ALEGRIA 4 - Resolver o problema pecuniário
de algum pai de família ou de mães so-
fredoras largadas em abandono.
5 - Resgatar os compromissos ime-
diatos de algum doente em situação de
infortúnio.
6 - Visitar os obsidiados e socorrê-
los, principalmente os mais esquecidos.
7 - Oferecer um lanche fraterno ou
alguns momentos de felicidade aos ir-
.Algumas receitas de mãos internados em casas de reeducação
alegria para qualquer ocasião: ou recolhidos a organizações assisten-
1 - Apoiar os empreendimentos de ciais.
auxílio à Humanidade, em particular 8 - Atenuar as privações das crian-
àqueles que ainda não se encontram ças desprotegidas, quando não puder-
acessíveis ao entendimento geral. mos suprimir de todo semelhantes difi-
2 - Garantir o trabalho das institui- culdades.
ções de benemerência. 9 - Distribuir páginas edificantes, fa-
3 - Diminuir as necessidades mate- vorecendo a esperança e o consolo, o es-
riais dos companheiros em provação ou clarecimento e a compreensão entre as
penúria. criaturas.
10 - Tanto quanto se nos faça pos-
sível, efetuarmos demonstrações de to-
lerância e humidade, perante aqueles
com quem ainda não nos harmoniza-
mos, no caminho da vida, notadamente
aqueles que nos sejam menos simpáti-
cos ou que se nos erigem na estrada em
motivos de preocupação.
MODO DE USAR: Refletir nas bên-
çãos que recebemos, incessantemente,
do Amor Ilimitado do Cristo; assumir a
iniciativa do Bem; agir em silêncio, e aten-
der às prestações de serviço, com tanta
discrição e naturalidade, que os benefi-
ciários não estejam constrangidos a nos
testemunhar o menor agradecimento.

Albino Teixeira
impressão e acabamento
W . Roth & Cia. Ltda.

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