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ANJOS, José Carlos 4
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sições entre um estranhamento total e o engaja-
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no campo”,
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- po genérico, muito menos de um método ou técnica, mas
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ou grupo social estudado, os instrumentos de cole-
no campo”,
, além de dados pitorescos sobre seu
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Obviamente, estamos cientes acerca da im-
possibilidade de se propor uma abordagem con- -
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nada), condições de desenvolver uma sensibi-
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cial de pensar o mundo e perceber os outros
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go “tomar o lugar do nativo”, mas, igualmente,
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termo “êmico”
universo discursivo de outras disciplinas, como bio-
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a partir das próprias categorias cognitivas e lin- -
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interagir7 -
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- pessoa (do nativo e do antropólogo) seria uma
veu simplesmente desaparece 10
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desolador12, haveria grande vitalidade intelec-
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- te a respeito do “eu”, contando com conceitos
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conceito de dentro (batin) englobava o universo
dos sentimentos e como seu comportamento é
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- desenvolver este comportamento ideal deveria
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para navegar por outras terras e mares), nos dois casos
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sistematicamente ajena a las tonalidades distin-
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de pessoa nas sociedades por ele estudadas em
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ser buscado nas duas esferas do eu: interiormen-
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de serenidade13 subjetiva entre manifestações simbólicas isoladas
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- Seguindo esta perspectiva, em outro artigo tam-
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cultura de um povo, comunidade ou grupo social
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(a estrutura, a moral, as regras gerais, a hierar-
Neste caso, o trabalho antropológico resultaria
cognitiva, este propõe, como método, saltar de um
lado ao outro em busca do todo a partir das partes
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- cia e inteligibilidade em meio a um emaranhado
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onde se deram as ações, as sensações das pessoas
isolada surge com uma estrutura simbólica única, -
cia vivida em sua completude e integridade para
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outras estruturas conceituais dicotômicas como as
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- um ato, um ritual, um discurso ou um ponto de
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o antropólogo, de modo estratégico, simplesmen-
sobre (des)encontros entre pontos de vista nativo e
antropológico, mas sim inúmeros modos de perce-
Conforme Segato (1989), como efeito colateral, primeiro, este podendo ser simplesmente descar-
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tempo) pelo substantivo (cujo conteúdo passa a ter
o ato de se distanciar das (ou mesmo eliminar e
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mento cognitivista), ao conferir enorme peso a ra- trumentos e seu aparelho auditivo lhe proporcio-
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modo, ao fabricarmos um sentido para determina-
ou do evento vividos em si mesmos, ambos irredu- do fenômeno (seja este um ritual, um mito, uma
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- mos este em algo acessório, redundante, cosméti-
- co, banal, sem importância (ao menos, em termos
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Uma outra abordagem contemporânea sobre o -
- mitivo”, agindo “como um animal”, tais seres, em
- determinados momentos, teriam a capacidade de
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amos, na origem, de uma humanidade comum,
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mos, segundo este ponto de vista, uma outra hu-
manidade, uma “humanidade natural”14
- discurso do antropólogo sua vantagem estratégica
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tância média, por um lado, de noções operacionais
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no cotidiano local e, por outro, de conceitos abs-
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lugares-olhares permitiria ao observador descre-
ver, mapear e interpretar componentes cosmo-
lógicos nativos, destrinchando assim concepções -
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os pontos de vista nativos poderiam ser captados,
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tropólogo com o ponto de vista nativo “envolve uma
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to de vista nativo, seria preciso direcionar o esforço
proposições do primeiro recolocam, ou melhor, re- -
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ao próprio evento “encontro”), este ato em si (ter
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propostas elaboradas por Viveiros de Castro podem ser
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distintas perspectivas sobre este mesmo mundo),
narrativa), todo um conjunto de pré-disposições, -
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mais “convencional” tenderia a imaginar a nature- -
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entre substância e acontecimento na cosmologia
haver diferença no interior 15
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dem diferentes pontos de vista (orientados segun- choveu onde eu estava”) constituem, de fato, parte
do diferentes “culturas”), um dos elementos chave do procedimento de relacionar a haste variante do
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mesmo acontecimentos aparentemente (ao menos
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Juruna, sejam vinculados (segundo o ponto de vista
é reformulada pelo autor:
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pode ser controlado pelo verdadeiro conhecimen- Neste ponto Segato (1989), ao ressaltar a neces-
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terna dois pontos de vista completamente hete- 16
- localidade da África do Sul, com africaners
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medida, separações ontológicas ocidentais tais como
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pologia é comparar antropologias, nada mais nada
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- ), somos levados
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ca isto : “nós”, antropólogos , também somos na-
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- ela ao ponto disto levar a algum tipo de “trans-
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perienciar implica em alguma medida abrir a
guarda e sair de si, sair do próprio pensamen- -
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rulho, como música ou mesmo como sendo as a diferença, comentada por Gordon ou, como
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narmos uma outra alternativa, ou melhor, um
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lista-objetivista” ou mais “idealista-teológica” -
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locutores sem necessariamente se colocar no
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pensar como nativo ou interpretar o nativo, ao dos envolvidos, mas, sobretudo, contribui para
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formadora vivida como travessia (o “entre”) sonância na teoria musical, a possibilidade de
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