Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Dispositivos Semicondutores
Estes dispositivos são construídos com materiais semicondutores, ou seja,
materiais classificados entre os isolantes e os condutores, cuja resistência decresce com
o aumento da temperatura.
O silício é o elemento mais utilizado na construção dos dispositivos
semicondutores. Uma consideração muito importante é o fato de poder ser obtido com
níveis de pureza muito alto.
O silício é um elemento tetravalente, ou seja, possui quatro elétrons na camada
de valência. Se um cristal de silício for dopado com elementos pentavalentes (cinco
elétrons na camada de valência), por exemplo, antimônio ou fósforo, haverá um elétron
livre na estrutura do cristal. O elétron livre possibilita o aumento na condução no
material. Como o elétron é uma carga negativa, este material é conhecido como
semicondutor do tipo N.
FIGURA 01
minoritários têm energia suficiente para remover outros portadores pela colisão, quando
acontece o efeito avalanche, rompendo a junção levando o diodo à ruptura reversa.
FIGURA 02
FIGURA 03
FIGURA 04
Quando não é polarizado pelo gatilho, o tiristor pode ser considerado três diodos
em série, evitando a condução em ambos os sentidos. A curva de polarização reversa é
similar à do diodo. A curva de polarização direta mostra uma corrente de fuga, até que a
tensão de ruptura reversa da junção do centro seja excedida.
As tensões de ruptura direta e reversa do tiristor têm módulos aproximadamente
iguais, uma vez que, no estado de bloqueio reverso, quase todas as tensões que
aparecem no anodo da junção PN rompem para o catodo da mesma em,
aproximadamente, 10 V.
Uma vez que a ruptura no sentido direto ocorreu, a região central P é
neutralizada pelos elétrons do catodo, e o dispositivo atua como um diodo de duas
junções em condução com a tensão direta de condução aproximadamente igual ao dobro
da tensão de um diodo.
Para um tiristor atingir e manter o estado de condução, a corrente de anodo tem
de alcançar o valor de travamento (IL) e não cair abaixo da corrente de manutenção (IH),
como mostra a Fig. 04. A corrente de travamento típica é o dobro da corrente de
manutenção, porém ambas têm baixos valores, sendo menores que 1% da corrente
principal, que fluirá pela carga.
O tiristor, quando polarizado diretamente (anodo positivo), pode entrar em
condução pela injeção de corrente no terminal gatilho, relacionado ao terminal catodo.
A corrente do gatilho injeta lacunas no interior da camada P, que, junto com os elétrons
da camada N, vencem a junção central, levando o tiristor à condução. Uma vez que a
corrente de anodo ultrapassou a de travamento, a corrente de gatilho pode ser retirada, e
o tiristor continua conduzindo, independente da polarização do gatilho.
FIGURA 05
O Triac pode ser levado à condução pela aplicação de uma corrente positiva ou
negativa no gatilho, embora seja mais sensível à aplicação de uma corrente positiva,
quando Anodo 2 é positivo e de uma corrente negativa quando Anodo 1 é positivo. Na
prática, utiliza-se sempre uma corrente negativa no gatilho.
Para reduzir o tempo necessário para que o tiristor recupere seu estado de
bloqueio após ser cortado, a pastilha de silício pode ser mais delgada à custa da perda de
sua capacidade de bloquear tensões reversas, sendo esse dispositivo conhecido, agora,
como tiristor assimétrico. Em circuitos inversores, um diodo é conectado em paralelo
com o tiristor de tal forma que a perda da capacidade de bloqueio reverso tem pouca
conseqüência. O tempo de chaveamento é reduzido a dezenas de microssegundos, em
um tiristor convencional, para poucos microssegundos, no assimétrico.
O tiristor convencional só pode ser cortado pela efetiva redução da corrente de
anodo para zero, porém o GTO, como seu nome indica, tem uma estrutura tal que pode
ser cortado pela remoção da corrente de gatilho. O disparo é conseguido pela injeção de
corrente no gatilho como no tiristor convencional.
Para o GTO, na ausência de qualquer corrente de gatilho, uma tensão positiva no
anodo em relação ao catodo é suportada na junção PN central, da mesma maneira que o
tiristor convencional, mas uma tensão reversa de baixo nível com o catodo positivo
romperá a junção de anodo da mesma maneira que o tiristor assimétrico. GTOs com
bloqueamento reverso estão disponíveis, mas em detrimento de outras características.
Um exemplo de aplicação é uma carga ressonante, onde o GTO está sendo usado como
tiristor convencional, porém entrando em corte muito rápido.
As condições de disparo para um GTO são similares às do tiristor convencional,
porém, devido a uma estrutura diferente, a corrente de manutenção é maior. A natureza
interdigital do gatilho resulta em uma propagação muito rápida da condução do silício,
mas é necessário manter a corrente de gatilho em um nível elevado por um tempo maior
para garantir que o travamento aconteça. Para minimizar a queda de tensão anodo-
catodo é vantajoso manter um baixo nível de corrente de gatilho durante toda a
condução, caso contrário a tensão de condução e as perdas na condução serão
ligeiramente maiores que o necessário.
O tiristor continua conduzindo depois da remoção da corrente de gatilho por
causa do mecanismo interno de multiplicação dos portadores, que é auto-sustentável,
fornecendo uma corrente de anodo que está acima do valor de travamento. Para o GTO
é possível cessar a multiplicação dos portadores por meio da remoção das lacunas na
região P, o que faz com que a área de condução seja estreitada em direção aos pontos N
do anodo, levando a área sob o catodo o mais longe do gatilho, até que todo caminho de
condução seja extinto. Uma vez cessada a corrente de catodo, a corrente de gatilho-
anodo persiste por um curto tempo até que o dispositivo atinja seu estado de bloqueio. A
FIGURA 06
FIGURA 07
FIGURA 08
CIRCUITOS CONVERSORES
Conversores são circuitos que controlam o fluxo de energia entre dois ou mais sistemas
elétricos distintos. Este controle tem como princípio de interrupção das tensões.
Os conversores denominados como estáticos são sistemas constituídos por elementos
passivos (resistores, capacitores e indutores) e elementos ativos interruptores (diodos,
tiristores e transistores), associados segundo suas características de funcionamento.
FIGURA 09
- Circuitos retificadores
Os retificadores são circuitos que transformam as tensões de circuitos alternadas
(CA) em tensões contínuas (CC), ou seja, possibilitam a alimentação de circuitos ou
equipamentos CC a partir de uma fonte CA.
A tensão, obtida por meio da retificação, não é pura, como a de uma bateria, por
exemplo, pois contém uma componente alternada, ou uma oscilação, denominada
ripple, somada ao nível médio da tensão contínua.
Os vários tipos de circuitos retificadores apresentam tensões contínuas
resultantes diferentes no que se refere: às formas e amplitudes do ripple, aos níveis
médios das tensões, às eficiências, e aos efeitos das cargas nos sistemas de alimentação
alternados.
- Conversores
A palavra retificação implica a transferência de energia de uma fonte CA para
uma carga CC. Na prática, sob certas condições, o fluxo de potência pode ser invertido,
quando se diz que o circuito está operando no modo inversor. Como o circuito pode
- Harmônicos
Os circuitos em eletrônica de potência promovem distorções nas tensões
alternadas, tornando-as formas não-senoidais, ou seja, geram componentes harmônicos.
Em muitas aplicações é desejável reduzir estas componentes harmônicas das
formas de onda, e isso pode ser freqüentemente alcançado ou por filtragem ou
aumentando a complexidade do circuito conversor.
- Filtros
Os filtros são circuitos que servem para mudar o harmônico de onda quando ele
passa da entrada para a saída. As principais áreas de uso são: filtragem (alisamento) da
onda de tensão de uma carga alimentada por meio de um retificador, redução de
harmônicos da forma de onda de saída de um inversor, prevenção de componentes
harmônicas indesejáveis sendo refletidas no sistema de alimentação CA, e eliminação
de interferências de radiofreqüência e eletromagnética.
- Aplicações
- Controle de máquinas CA e CC;
- Chaveamento de cargas (liga/desliga);
- Controle de aquecimento por resistência;
- Aquecimento indutivo;
- Regulação de tensão;
- Multiplicadores de tensão contínua;
- Inversores auxiliares em alimentação de emergência;
- Carregadores de baterias;
- Conexões em paralelo de dispositivos semicondutores;
- Conexões em série de dispositivos semicondutores;
- Retificadores para eletroquímica;
- Transmissão de corrente contínua em alta tensão (HVDC);
- Interligação de sistemas de energia elétrica de freqüências diferentes;
- Fontes chaveadas;
- Conversores para soldagem, e;
- Conversores ressonantes.