Os indicadores de estrutura de capital da empresa mostram uma forte dependência de capitais de terceiros para financiamento de suas atividades. Como foi visto, para cada R$ 100 de capital próprio a empresa demanda R$ 773,72 de capitais externos, por meio de dívidas. 67,03% das obrigações da empresa estão no curto prazo, ou seja, para sanar boa parte das suas dívidas a empresa precisará captar recursos dentro de pouco tempo. Ainda é possível perceber que a empresa não possui capital circulante próprio e que todo seu patrimônio líquido é utilizado para financiar seu ativo fixo, adicionando-se ainda para suportar tais investimentos, dívidas no longo prazo. A vantagem é que a empresa não demonstra financiar seus ativos fixos com dívidas no curto prazo, o que permite planejar-se para arrecadar recursos suficientes para sanar tais obrigações. Diante dos altos indicadores de endividamento apresentados pela empresa, torna-se necessário avaliar a sua liquidez. Constatou-se que todo o ativo circulante da empresa, adicionado de seu ativo realizável a longo prazo, permite pagar 86,40% de suas obrigações, o que denota que a empresa necessita de uma boa política de recebimento de direitos, para que não necessite se desfazer de ativos fixos para pagamentos de dívidas. Os bens de curto prazo da empresa são capazes de sanar 106,74% das dívidas circulantes, sendo ainda revelado um capital circulante líquido positivo, destacando que a empresa possui certa folga financeira. Tratando-se de um indicador mais conservador, no caso de não ser levado em conta os estoques (pois estes podem ou não ser realizados), bem como impostos a recuperar (que não representam valores a receber em dinheiro), a empresa só consegue pagar 57,48% dos seus passivos de curto prazo. Torna-se necessário, dessa forma, avaliar os prazos de recebimentos e pagamentos da empresa a fim de compreender melhor a sua situação de liquidez, para que se possa traçar um diagnóstico mais preciso de sua solvência. No que tange às vendas alcançadas pela empresa, esta apresentou em 2016 um retorno de 153,68% do investimento realizado em ativos. No entanto, apenas 0,91% dessas vendas transformaram-se em lucro líquido, dado o volume de custos e despesas que a empresa apresentou. Tem-se ainda que, do investimento realizado em ativos na organização, apenas 1,39% se transformou em lucro. Caso a empresa mantivesse estática sua estrutura de ativos, bem como a média de lucro fosse a mesma, esta demoraria cerca de 72 anos para obter retorno do investimento realizado em ativos. Já no que tange ao Patrimônio líquido, 12,22% do investimento realizado neste se transforma em lucro e caso a empresa mantivesse essa mesma estrutura esperaria 8 anos para obter o retorno do investimento feito no patrimônio líquido da empresa.