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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: TH-025 - ESTRUTURAÇÃO SANITÁRIA DAS
CIDADES
PROFa. SELMA A. CUBAS

PARCELAMENTO DO SOLO, ZONEAMENTO

Profª Selma A. Cubas

AULA 6
PARCELAMENTO DO SOLO
TIPOLOGIAS DE PARCELAMENTO DO SOLO
 Desmembramento: subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura de novas
vias e logradouros públicos, nem prolongamento dos já existentes.
TIPOLOGIAS DE PARCELAMENTO DO SOLO

 GLEBA: é a área de terra que ainda não foi


objeto de Loteamento ou Desmembramento

 Loteamento: subdivisão de gleba em lotes


destinados a edificação, com abertura de novas
vias de circulação, de logradouros públicos ou
prolongamento, modificação das vias
existentes.

 Quadra: é a área resultante do loteamento,


delimitada por vias de circulação de veículos e
podendo, quando proveniente de Loteamento
aprovado, ter como limites as divisas desse
mesmo Loteamento

 Lote: terreno servido de infraestrutura básica,


cujas dimensões atendam aos índices
urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei
municipal para a zona em que se situe.
PARCELAMENTO DO SOLO

Foto:Caixa Econômica Federal


PARCELAMENTO DO SOLO

Foto:Caixa Econômica Federal


TAMANHOS DOS LOTES CRITÉRIOS PARA ADOTAR O TAMANHO
MÍNIMO DE LOTES
Os lotes terão:
Área mínima de l25 m2 (cento • Evitar adensamento em áreas inadequadas
e vinte e cinco metros • Permeabilidade do solo
quadrados).
• Relevo – movimento de terra
Frente mínima de 5 (cinco) • Quanto maior a declividade maior o tamanho
metros, mínimo do lote

Salvo quando a legislação ÁREAS DESTINADAS A SISTEMA DE


estadual ou municipal determinar
maiores exigências, CIRCULAÇÃO

Ou quando o loteamento se


destinar a urbanização específica  A implantação de equipamento urbano e
ou edificação de conjuntos
habitacionais de interesse social, comunitário, bem como a espaços livres de uso
previamente aprovados pelos público, serão proporcionais à densidade de
órgãos públicos competentes. ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada
por lei municipal para a zona em que se situam.
INFRAESTRUTURA BÁSICA
 Iluminação pública,
 Abastecimento de água potável,
 Esgotamento sanitário;
 Drenagem urbana;
 Coleta e disposição de resíduos sólidos
 Rede de energia elétrica pública e domiciliar e,
 Vias de circulação pavimentadas ou não.

Nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS)
consistirá, no mínimo, de:

I – Vias de circulação;
II – Escoamento de águas pluviais;
III – Rede para o abastecimento de água potável; e
IV - Soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica
domiciliar.
REQUISITOS PARA O PARCELAMENTO

O parcelamento do solo urbano só é PERMITIDO:


 em zonas urbanas ou de expansão urbana ou de urbanização específica, assim
definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.

NÃO SERÁ PERMITIDO O PARCELAMENTO DO SOLO:

I - Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para


assegurar o escoamento das águas;
II - Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;
III - Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;
IV - Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
V - Em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições
sanitárias suportáveis, até a sua correção.
VI - Áreas de preservação permanente: Resolução do CONAMA 369/2006;
VII - Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das
rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa non aedificandi de 15
(quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica;
ZONEAMENTO URBANO
ZONEAMENTO
DEFINIÇÃO:

Instrumento de fundamental importância para a sistematização das cidades e


regulamentação dos usos de solo ou urbanística.

Especifica as diretrizes para a estruturação da cidade e define normas, a partir da


legislação a ser cumprida, para que as atividades heterogêneas não sejam conflitantes, ou
para que ocorra a estruturação harmônica do conjunto;

USO: as diversas atividades que são desenvolvidas na cidade;

OCUPAÇÃO: a forma e a intensidade com que se ocupam os lotes, as quadras, os bairros,


etc.

ZONEAMENTO: é divisão e a organização do espaço urbano em zonas. Estas zonas são


áreas que apresentam um certo grau de homogeneidade internamente e diferenças entre si.
O zoneamento estabelece as condições de coexistências de usos e das ocupações
do solo.
ZONEAMENTO

O QUE É ASSEGURADO PELO ZONEAMENTO URBANO?

1. Regularização do tráfego e economia dos transportes em geral  redução dos


percursos

2. Preservação da saúde /salubridade ambiental  distribuição criteriosa e


ordenada das diversas zonas para evitar a interferência das perturbações

3. Aproveitamento econômico da parcela do solo urbano;

4. Homogeneidade da composição em cada setor


- evitar aspectos desagradáveis
- evitar consequências das ocupações irregulares

5. Regularização/regularidade funcional em cada zona

6. Boa organização, eficiência do funcionamento, economia e facilidade do


controle de vários serviços públicos
ZONEAMENTO

O QUE É ASSEGURADO PELO ZONEAMENTO URBANO?

Deve estar de acordo ou especificar a destinação/reserva das áreas/zonas


em função das características fisiográficas e econômicas
– superfície abrangida pelo perímetro urbano
– territórios adjacentes, relacionados ao plano de estruturação urbanística

Em uma determinada zona os usos são classificados conforme o grau de


compatibilidade com as características da zona:
 Uso permitido > compatível
 Uso permissível> pode ser compatível segundo alguns critérios ou
restrições;
 Uso Tolerado > podem ser prejudicados pelos usos permitidos e
permissíveis;
ZONEAMENTO
Aspectos:
 atividades peculiares da zona = zoneamento funcional
 utilização do solo = zoneamento da ocupação territorial
• densidade demográfica
• densidade predial
• taxa de ocupação dos lotes e quarteirões
• Altura ou coeficiente de utilização dos edifícios

Obs. Quanto maior a cidade mais complicada será a sua estruturação, mais cuidadoso e
amplo deverá ser o zoneamento, com o aparecimento de diversas zonas específicas no
interior de uma zona mais abrangente

Especificação das zonas:

Resultado objetivo, com maior possibilidade de concretização do plano

Excesso de especificação ou rigidez  redução da probabilidade do plano de


ocupação
Exemplo: para as características residenciais, pode causar prejuízo ao contexto
global/geral do planejamento  segregação
ZONEAMENTO

Funcionalidade
São consideradas essenciais:  zonas especiais
 Zonas cívico-administrativas • portuária
 Zonas industriais • universitária
 Zonas residenciais • penitenciária
 Zonas recreativas • hospitalar
• espaços livres • necrópole/cemitérios
• áreas verdes • militar
 Zonas comerciais  definição  zonas industriais
do centro comercial (em • nocivas (?)
termos territoriais) • inócuas (?)
 zonas agrícolas/rurais • especiais (?)
• Pequenas, médias e grandes (?)
ZONEAMENTO

Ocupação territorial
Área e testada mínima do
O parcelamento do solo e a lote;
quantidade de construção Taxa de ocupação;
considerada adequada é Coeficiente de
regulada pela lei que estabelece Aproveitamento;
parâmetros mínimos ou Recuo obrigatório;
Afastamento das divisas;
máximos:
Altura máxima;
Taxa de impermeabilização.

ASPECTOS
Construtivos Utilização dos terrenos:
Edificação cerrada Zonas intensivas:(200 a 300 hab/ha)
Zonas semi-intensivas:(100 a 200
Edificação aberta
hab/ha)
Edificação semi-aberta Zonas extensivas:(25 a 100 hab/ha)
Rural: (≤10 hab/ha) Zonas semi-extensivas:(100 a 200
Semi-rural: (10 a 25 hab/ha) hab/ha)
ESPAÇOS LIVRES
E
ÁREAS VERDES URBANAS
ESPAÇOS LIVRES

•Trata-se do conceito mais abrangente,


integrando os demais e contrapondo-se
ao espaço construído, em áreas
urbanas.
ESPAÇOS LIVRES
Quanto à dimensão:
CLASSIFICAÇÃO
 Quanto à utilização:  Áreas de pequeno porte:
áreas públicas como
 Áreas para lazer ativo: áreas jardins de prédios
que dispõe de equipamentos públicos e praças em áreas
esportivos e de recreação centrais;
como exemplo praças
esportivas e clubes;
 Áreas de médio porte –
 Áreas para lazer Bosques ou Parques
contemplativo : dispõe urbanos;
apenas de vegetação,
caminhos, bancos, quiosques  Áreas de grande porte
para descanso. São áreas de
interesse paisagístico e áreas como áreas protegidas ou
de preservação natural. reservas florestais que
encontram-se integradas
no meio urbano.
ESPAÇOS LIVRES
CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao tipo de cobertura vegetal:

 Áreas arborizadas – aquelas que


apresentam apenas bosques com
indivíduos arbóreos,
 Áreas gramadas como os campos de
golfe;
 Áreas gramadas arborizadas –
aquelas que incluem além de bosques
arborizados, áreas gramadas com
canteiros de flores e pequenos arbustos,
como exemplo alguns parques e praças.
ESPAÇOS LIVRES
CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao proprietário:

 Áreas verdes públicas: criadas


por lei através de decisão do
Poder Executivo Municipal, que
já tenha ou venham a ter
destinação para fins ambientais,
sociais e paisagísticos;

 Áreas verdes privadas : aquelas


criadas e mantidas por
particulares, como os jardins de
residências ou empresas,
quintais, chácaras;
ÁREAS VERDES

Áreas verdes são espaços tipicamente abertos,


não ocupados completamente por construções prediais ou
outras estruturas artificiais, incluem:

– Parques, bosques, cemitérios,


– Aeroportos, corredores de linha de transmissão,
de água, de esgoto e de energia elétrica,
– Faixas de domínio público legal para vias
públicas de transporte, como: estradas e ferrovias,
margens de córregos (fundos de vale), rios e
outras áreas alagadas, etc.
(PERRY, 1981)
ÁREAS VERDES
TAMBÉM SÃO CONSIDERADAS ÁREAS VERDES:

Praças, jardins públicos, bem como os canteiros


centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias
públicas, que exercem apenas funções estéticas e
ecológicas.

Obs. As árvores que acompanham o leito das vias


públicas, não devem ser consideradas como tal, pois as
calçadas são impermeabilizadas.
PRAÇAS X LARGOS

• No Brasil, a ideia de praça normalmente está associada


à presença de ajardinamento, sendo os espaços
conhecidos por largos correspondentes a ideia que se
tem de praça em países como a Itália, a Espanha e
Portugal.

• Neste sentido, um largo é considerado uma "praça


seca".
ÁREAS VERDES
PARQUE URBANO

• É uma área verde, com função ecológica, estética e de


lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e
jardins públicos.
ÁREAS VERDES
TIPOS DE PARQUE URBANO
PARQUES DE VIZINHANÇA: Segundo Escada (1992), são de uso localizado, pois são
planejados para servir à uma unidade de vizinhança ou de habitação, substituindo as ruas e
os quintais de casas das cidades menores.
• São espaços com tamanho reduzido, que devem abrigar alguns tipos de equipamentos
ligados à recreação, vegetação e distar entre 100 e 1.000 m das residências ou do
trabalho.

PARQUES DE BAIRRO: São de maiores dimensões, devendo conter uma gama maior de
equipamentos de lazer.
• Podem desempenhar função paisagística e ambiental, se dotados de vegetação, espaços
livres de impermeabilização e águas superficiais. PARQUES

DISTRITAIS: São espaços livres de grandes dimensões, como por exemplo, segundo
Birkholz (1983), áreas de bosques que contém elementos naturais de grande significado,
tais como montanhas, cachoeiras, florestas, etc.
• Devem ser concebidos e equipados para permitir acampamentos, possuir trilhas para
passeios a pé e a cavalo, locais de banho, natação, esporte e outros
ÁREAS VERDES
TIPOS DE PARQUE URBANO

• PARQUES METROPOLITANOS: Também são


espaços livres de grandes dimensões, devendo possuir
os espaços e equipamentos de lazer citados para os
parques distritais.
• A diferença maior é sua inserção em áreas
metropolitanas, servindo como um espaço público
para habitantes de diferentes cidades próximas.
• Ex: Central Park de Nova York e o Parque do
Ibirapuera, em São Paulo.
ÁREAS VERDES
ARBORIZAÇÃO URBANA

• Diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo, dentro da


cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas,
fazem parte da arborização urbana, porém, não integram o
sistema de áreas verdes.
ÁREAS VERDES: LEGISLAÇÃO

O Código de Áreas Verdes e Arborização Urbana de uma


cidade é o instrumento legal e de gerenciamento mais importante
que pode existir para assegurar a existência de espaços que
desempenhem funções de melhorias do ambiente urbano e da
qualidade de vida dos seus habitantes.
ÁREAS VERDES: LEGISLAÇÃO
Ainda com relação à legislação, existem outras
Leis que devem ser observadas por quem for desenvolver
algum tipo de trabalho com áreas verdes.
•Lei 7.803/89, alterando a Lei 4.771/65 que estabelece o
Código Florestal Brasileiro;
•Lei 6.766/79 que dispõe sobre parcelamento do solo urbano;
•Lei Orgânica do Município;
•Plano Diretor do Município e leis complementares, como
Código Municipal de Meio Ambiente,
•Lei Municipal de Parcelamento e Uso do Solo Urbano,
•Plano Viário Municipal,
•Lei do Mobiliário Urbano
ÁREAS VERDES: LEGISLAÇÃO

•LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO


DE 2012. – Novo Código Florestal

Dispõe sobre a proteção da


vegetação nativa; altera as Leis
nos 6.938, de 31 de agosto de
1981, 9.393, de 19 de dezembro
de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis
nos 4.771, de 15 de setembro de
1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória no
2.166-67, de 24 de agosto de
2001; e dá outras providências.
ÁREAS VERDES
PLANEJAMENTO
Com relação ao planejamento, deve-se pensar primeiro
na cidade como um todo, propondo a existência e
funcionalidade de:
•Um sistema municipal de áreas verdes ou de espaços livres,
•Considerar a densidade populacional dos bairros ou setores
da cidade e o potencial natural das áreas existentes.
•Para cada bairro ou setor, no planejamento e projeção dos
espaços livres ou setor deve-se levar em consideração:
– Faixas etárias predominantes e existentes;
– Opinião dos moradores;
– O potencial de cada área;
FUNÇÕES DAS ÁREAS VERDES URBANAS
As áreas verdes urbanas proporcionam melhorias no ambiente
excessivamente impactado das cidades e benefícios para os habitantes das
mesmas.

•A função ecológica deve-se ao fato da presença da vegetação, do solo não


impermeabilizado e de uma fauna mais diversificada nessas áreas, promovendo
melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo.

•A função social está intimamente relacionada com a possibilidade de lazer


que essas áreas oferecem à população.

•A função educativa está relacionada com a possibilidade que essas áreas


oferecem como ambiente para o desenvolvimento de atividades extraclasse e de
programas de educação ambiental.
FUNÇÕES DAS ÁREAS VERDES URBANAS

• A função estética que diz respeito à diversificação da


paisagem construída e o embelezamento da cidade.

• Função psicológica ocorre, quando as pessoas em


contato com os elementos naturais dessas áreas,
relaxam, funcionando como antiestresse. Este aspecto
está relacionado com o exercício do lazer e da recreação
nas áreas verdes.
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: DEFINIÇÃO

• Unidade de Conservação (UC) é um espaço de


território com características naturais
relevantes e limites definidos, instituído pelo
Poder Público para garantir a proteção e
conservação dessas características naturais.

• Existem unidades de conservação de proteção


integral, garantindo a preservação total da
natureza, e de uso sustentável, que permitem
seu uso controlado.

A criação de Unidades de Conservação pelo Poder Público, enquanto espaço especialmente


protegido, tem respaldo na Constituição Federal (artigo 225, parágrafo 1º, inciso III), na lei
6.938 de 31/08/1981 (inciso VI) e ainda é objeto de uma lei específica:

Lei 9.985 de 18/07/2000, dita Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC ,
regulamentada pelo Decreto 4.340 de 22/08/2002.
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: TIPOS

 Áreas de Uso Indireto: Preservam os processos naturais e a diversidade


genética com a menor interferência antrópica possível. É proibida a exploração
de recursos naturais, admitindo-se apenas o aproveitamento indireto de seus
benefícios.
 Estações Ecológicas, visitação pública não é admitida, permitindo-se apenas a
sua realização com o objetivo educacional.
 Reservas Biológicas: finalidade de conservação e proteção integral da fauna e
da flora, sendo proibida qualquer forma de exploração
 Reservas Ecológicas: são áreas públicas ou particulares e são instituídas pelo
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Este órgão também está
encarregado de estabelecer normas e critérios referentes ao uso racional dos
recursos ambientais da área.
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

PARQUES NACIONAIS - PARNA

 Parques Nacionais (PARNA): preservar atributos excepcionais


da natureza, conciliando a proteção integral da flora e da fauna e
das belezas naturais com a utilização para fins educacionais,
recreativos ou científicos. É proibida qualquer forma de
exploração dos recursos naturais.
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO
(ARIE)
• Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE): são áreas
que, abrigando características
naturais extraordinárias ou
exemplares raros da biota
nacional, exigem cuidados
especiais de proteção por parte
do Poder Público.
• Sua extensão é sempre inferior a
5000 hectares e há pequena, ou
nenhuma, ocupação humana.
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
RESERVAS PARTICULARES DE PATRIMONIO
NATURAL - RPPN

• RPPN: São áreas de conservação da natureza


em propriedades privadas. A existência de
uma RPPN é um ato de vontade, ou seja, o
proprietário é que decide se quer fazer de sua
propriedade, ou de parte dela uma RPPN, sem
que isso acarrete perda do direito de posse.
RESERVAS PARTICULARES DE PATRIMONIO
NATURAL - RPPN

• NA RPPN é gravada com perpetuidade e pode ser usada para pesquisa


científica, visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais e
extração de recursos naturais (exceto madeira) que não coloquem em risco as
espécies e os ecossistemas que justificaram a criação da unidade.

http://matadouru.com.br/public_html/tour/flash/Mata%20do%20Uru%20-
%20Instituto%20Positivo%20-%20Positivo%20Virtual_mata_uru.html
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - APA

Áreas de Proteção Ambiental (APA):

• São áreas em geral extensas, constituídas por


espaços públicos e/ou privados, que tem como
objetivo disciplinar o processo de ocupação das
terras e promover a proteção dos recursos
abióticos e bióticos dentro de seus limites.

•A atividade humana pode e deve existir, desde


que orientada e regulada de forma a evitar a
degradação ambiental e permitir o uso racional e
sustentado do patrimônio natural.
ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE - APP
12.651/2012, Área de Preservação Permanente é uma
área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com
a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações ...

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de
largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de
largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros
de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE - APP
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas
rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos
os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)
metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo de água com até 20 (vinte)
hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
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ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
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III - as áreas no entorno dos reservatórios de água artificiais, decorrentes de barramento ou
represamento de cursos de água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 571, de 2012).

V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem
por cento) na linha de maior declive;

VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

VII - os manguezais, em toda a sua extensão;

VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa
nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
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IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras,
• com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°,
• as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da
altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano
horizontal determinado por planície ou espelho de água adjacente ou,
•nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;

X - as áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação;

XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima


de 50 (cinquenta) metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012).
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Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando
declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas
cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais
das seguintes finalidades:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de
terra e de rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou
histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades
militares.
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