Você está na página 1de 1

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Comunicação e Expressão


Departamento de Expressão Gráfica
Curso de Design

Disciplina: Comportamento do Consumidor e Economia - EGR 7114


Professora: Rochelle Cristina dos Santos
Aluna: Élen da Silveira Torres
Matrícula: 10201755
Data: 08/09/12
Comentário sobre o filme: “Rosalie vai às compras”.

Entendo que a relação deste filme com a disciplina seja mais para demonstrar a
dependência entre consumidor e economia. O consumidor compra por necessidade, mas em
grande parte é por capricho, para satisfazer seus desejos. Ele possui a sua disposição infinitas
maneiras de adquirir produtos, o que não quer dizer que possui as mesmas facilidades para
pagá-los.
O filme relata a história de uma família (nada convencional, diga-se de passagem) que
procura manter um padrão de vida que não cabe em seu orçamento. Rosalie, a mãe, é quem
toma conta das finanças enquanto seu marido mantém-se voando sobre lavouras. Ela procura
pagar as contas que recebe todas as manhãs falsificando cheques e utilizando seus inúmeros
cartões de crédito. Mesmo não tendo renda suficiente, continua comprando para manter seus
desejos e de sua família. Possuem uma casa equipada com eletrodomésticos, comem comidas
sofisticadas e não parecem estar preocupados com o que gastam. Adoram assistir aos
comerciais, nutrindo o desejo de adquirir cada vez mais produtos. Só que os estabelecimentos
começam a negar suas compras com cartões de crédito e passam a exigir o pagamento em
dinheiro. Rosalie rouba dos próprios parentes para seguir realizando os desejos de sua família.
Ao pedir reembolso das passagens de avião de seus pais, que vieram da Alemanha para visitá-
la, ela realiza o desejo de aniversário de sua filha Bárbara que queria um computador pessoal.
Rosalie usa seus conhecimentos de consumidora e passa a usar o computador da filha para dar
seus golpes. O mais engraçado é que ela não tem a consciência pesada enquanto gasta ou
rouba, porque acredita que é só ir à igreja se confessar e estará perdoado os seus pecados.
Mas um dia ela não faz compras, e sua família teve como refeição pizza. Neste dia ela sentiu-se
mal por decepcioná-los. Mas uma frase dita pelo carteiro a fez ter uma ideia – “quando você
deve cem mil, o problema é seu. Quando você deve um milhão, o problema é do banco”- abriu
uma empresa e foi pedir um empréstimo ao banco dizendo que prestava serviços ao
Pentágono. Na mesma hora recebeu dois milhões. Ela justifica sua atitude ao padre dizendo
que as grandes empresas quando quebram podem pedir falência e começar do zero com ajuda
do governo, enquanto ela, como boa consumidora que mantinha a economia girando, se
endividava cada vez mais pagando juros para o governo usufruir.
Infelizmente, nossa realidade não é diferente do filme. Somos medidos pelo que
temos, pelas marcas que consumimos e não pela nossa personalidade ou caráter.
Somos persuadidos a comprar, com tantas propagandas, descontos, IPI reduzido...
tudo é uma estratégia para mantermos a economia girando. Mas para onde vai todo o
dinheiro que gastamos? Continuamos tendo uma educação e saúde públicas medíocres
enquanto as indústrias se beneficiam com os lucros.

Você também pode gostar