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O trabalho faz parte da vida dos adultos na sociedade antiga e com isso os pais
não tinha tanto tempo de ficar com seus filhos mais os mesmo sempre arrumava um
jeito de estreitar os laços com as crianças para que pudessem compartilhar momentos
bons através das brincadeiras, então depois que terminavam seus horários de trabalho os
pais caiam na brincadeira com seus filhos.
Aries (1981 p.79) relata isso muito bem ao dizer:
Por outro lado, os jogos e os divertimentos estendiam-se muito além dos
momentos furtivos que lhes dedicamos: formavam um dos principais meios
de que dispunha uma sociedade para estreita seus laços coletivos, para se
sentir unidos. Isso se aplicava a quase todos os jogos, mas esse papel social
aparecia melhor nas grandes festas sazonais e tradicionais.
2.2 O BRINCAR
O brincar para as crianças é uma das atividades mais prazerosas que existe onde
elas interagem uma com as outras, desenvolvendo capacidades importantíssimas, tais
como: a imaginação, a imitação e a memória. Segundo Dornelles (2001, p.104) “o
brincar é uma forma de linguagem que a criança usa para interagir consigo, com outros,
com o mundo.”
É brincando que a criança se percebe como ser livre, escolhe com quem quer
brincar, assim faz com que elas forme e tome suas próprias decisões. É a partir desse
momentos de distrações que a criança desenvolve sua autonomia e começa a descobrir-
se enquanto um ser pensante com identidade própria. Desse modo, “a criança se
expressa pelo ato do lúdico e através desse ato que a infância carrega consigo as
brincadeiras [...]” (DORNELLES, 2001, p. 103).
Já na brincadeira do faz-de-conta podemos perceber claramente dois principais
desenvolvimento das crianças que são eles: a autonomia e a identidade de cada uma
delas pois as crianças aprendem a reconhecer as pessoas ao seu redor. Através desse
faz-de-conta que elas formam sua própria identidade como pessoa. Imitando um adulto
ou até mesmo um animal, a criança vai virando a personagem da sua própria história, ou
seja, elas escolhem quem querem ser.
Considere, então, que esse foi o primeiro passo para que a educação das crianças
fosse vista de uma forma privilegiada, já que se unia de certa forma, a brincadeira a
educação, ou seja, a necessidade que a criança tem de brincar passava a ser respeitada
pela sociedade e vista como uma possibilidade de educá-las. No entanto, a sociedade
determinava o que as crianças se tornariam a partir da educação, e isso nos leva a
perceber que a educação não as deixava livres para escolhas.
Quando falamos em ambiente escolar não podemos esquecer das atividades lúdicas pois
é uma fase que começa desde a pré- escola, através do lúdico a criança se conecta com outras
crianças, com adultos e até mesmo com o mundo através da imaginação é brincando que a
criança aprende e compartilha conhecimento com outras crianças.
O lúdico na escola é uma fase essencial mas requer um cuidado, pois é nesse espaço que os
professores oferecem as crianças oportunidades e experiências para o seu desempenho e
aprendizagem.
No ambiente escolar a criança aprende a brincar, se socializar, ver o mundo de outra forma.
Interagir com grupos se torna algo fácil, aprender a dividir, competir, cumprir regras se torna
algo prazeroso. Sabendo disso a escola pode adquirir o uso de materiais concretos e de jogos
brincadeira para facilitar ainda mais esse desenvolvimento da criança.
Aprendizagem.
Assim através da atividade lúdica o professor forma uma dimensão educativa de forma uma
intencional, com objetivos estabelecidos, tendo em vista, desenvolver aprendizagem nos
alunos.
O grande desafio da escola está em garantir um padrão de qualidade para todos,
respeitando as diversidades locais, tais como; social, cultural e biológica de cada aluno. Neste
sentido, Gadotti( 1992,p.82) fala que:
O papel do educador é utilizar a ludicidade como uma ferramenta principal para a formação
do educando, com os jogos e brincadeiras a criança explora o ambiente escolar de outras
formas que só ela sabe o sentimento que ela sente fazendo aquilo daquela forma tão
prazerosa pra ela isso se torna algo bom, pois é assim que ela aprende as coisas que estão ao
sei redor se torna mais fácil na visão dela.
Quando a criança aprende brincando ela não se cansa, não se exausta, só quer continua
brincando e aprendendo cada vez mais, isso se torna algo prazeroso pra ela, cada vez mais que
explorar as coisas que estão ao seu redor e isso ajuda muito em vários sentidos da sua vida.
Para Kishimoto (1997, p.37), isso significa “transportar para o campo do ensino a
aprendizagem, condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo
as propriedades do lúdico do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e
motivador”. Ou seja a brincadeira não é apenas uma atividade complementar, e sim
uma atividade pedagógica fundamental de ensino.
O professor deve primeiro observar as relações entre as crianças, seus interesses,
para a partir disso, tendo em vista os conhecimentos necessários para o processo
educativo, programar atividades viáveis que possibilitem uma aprendizagem
significativa tendo em vista que toda criança pode construir e ampliar conceitos na
interação de outras crianças ou individuais mais experientes, os quais ela não teria
condições de desempenhar sozinha.
As crianças precisam usufruir tudo que a brincadeira lhes permite, ora nos jogos,
ora nas atividades de faz-de-conta, ora com o auxílio de bolas, brincadeiras de roda,
brincadeiras livres, etc. o professor não deve utilizar prêmios e recompensas como
instrumento de motivação e sim o prazer pela realização da atividade proposta.
Portanto é necessário que a escola tenha uma rotina escolar, com períodos
destinados ao jogo livre e com isso possibilitar a interação das crianças entre si. É pelo
brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo
brincar.
Durante muito tempo acreditou-se que o ato de brincar deveria ser sem objetivos.
Hoje sabemos que por intermédio da brincadeira a criança terá objetivos. Hoje,
sabemos que por intermédio da brincadeira a criança terá uma experiência fictícia das
proibições que não compreende ou não aceita. Através do brincar a criança reproduz
situações, reivindicando e colocando a mostra seu desejo, aplicando sua capacidade de
falar, imaginar, agir, e pensar, pois tais atividades são essenciais para o
desenvolvimento integral da criança.