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NR 35 – Trabalhos em Altura

Treinamento Operacional Segurança do Trabalho – 24 de setembro 2021 Elaborador: Flávio Lucio


Conteúdo Programático

• Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

• Análise de Risco e condições impeditivas;

• Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de


prevenção e controle;

• Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

• Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura:


seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;

• Acidentes típicos em trabalhos em altura.


O Processo de Aprendizagem
Objetivos do treinamento

Os objetivos desse treinamento são:

 Capacitar os trabalhadores a desempenhar suas funções, de acordo com


o previsto na NR 35, visando garantir a execução de suas atividades com
segurança;

 Compreender as formas de prevenção de acidentes;

 Informar aos trabalhadores os riscos existentes nos trabalhos em altura;

 Atender os requisitos da NR-35.


Programa de Capacitação e Treinamento

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho


em altura podem ser ministrados em conjunto com outros
treinamentos da empresa

Programa de Capacitação

• Treinamento inicial
• Treinamento periódico
• Treinamento eventual
Programa de Capacitação e Treinamento

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal


e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de


trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a


noventa dias;

d) mudança de empresa.
Normas Relacionadas

• NR 06 - Equipamentos de Proteção
Individual – EPI;
• NR 10 - Segurança em Instalações
e Serviços em Eletricidade;
• NR 18 - Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção;
• NR 33 - Segurança e Saúde no
Trabalho em Espaços Confinados.
Porque prevenir ?

O risco de queda existe em vários ramos


de atividades, devemos intervir nestas
situações de risco regularizando o
processo e tornando os trabalhos mais
seguros.

Acidentes fatais por queda de altura


ocorrem principalmente em:

– Obras da construção civil;


– Serviços de manutenção e limpeza;
– Serviços de manutenção em telhados;
– Montagem de estruturas diversas.
POR QUE NÚMEROS
TÃO ALTOS?
Porcentagem dos Motivos de Acidentes

Reportagem Acidente Senai


Principal Ferramenta de prevenção

Qual é o Segredo?

A cultura e atitudes
prevencionista do próprio
trabalhador .
Responsabilidades trabalho em altura

35.2.1 Cabe ao empregador:

d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local


do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e
implementação das ações e das medidas complementares de
segurança aplicáveis;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de
adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores
para trabalho em altura;
Responsabilidades trabalho em altura

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em


altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições


contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre


que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua
segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam


ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
Princípios da Norma Regulamentadora 35

Regulamento dirigido a trabalhadores e empregadores


sobre as ações mínimas obrigatórias em segurança no
trabalho envolvendo trabalhos em altura.

Gestão em segurança e saúde em


trabalhos em altura

Responsabilidades
em todo o processo de trabalho.
Hierarquia do trabalho em altura

Trabalhar na altura do chão


Eliminar

Restringir o acesso
Prevenir Usar EPC

Amenizar os danos da queda


Usar EPI / Redes
Proteger
Conceito de trabalho em altura

35.1.2 Considera-se trabalho em altura


toda atividade executada acima de
2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.

O disposto na NR-35 não desobriga medidas para eliminar,


reduzir ou neutralizar os riscos nos trabalhos realizados em
altura igual ou inferior a 2,0m.
Planejamento, Organização e Execução

35.4.1 Todo trabalho em altura deve


ser planejado, organizado e
executado por trabalhador
capacitado e autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador


autorizado para trabalho em altura
aquele capacitado, cujo estado de saúde
foi avaliado, tendo sido considerado apto
para executar essa atividade e que
possua anuência formal da empresa
Planejamento, Organização e Execução

Realizar exames médicos voltados às


patologias que poderão originar mal
súbito e queda de altura, considerando
também os fatores psicossociais.

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser


realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de risco de
acordo com as peculiaridades da
atividade.
Planejamento, Organização e Execução

Aspectos Médicos:

• 35.4.1.2 Cabe ao Empregador avaliar o estado de Saúde dos


trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo:

√ Exames e Avaliações Periódicas – PCMSO


√ RISCOS – Médico do Trabalho Conhecer Análise de Risco
√ Exames voltados para PATOLOGIAS – Mal súbito, Queda de Altura e Fatores
Psicossociais.
Planejamento, Organização e Execução

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no


atestado de saúde ocupacional do trabalhador.

Avaliação Clínica - Exames para estimar a


probabilidade de um evento clínico.

 Anamnese Ocupacional
 Exame Físico
 Exame Mental
Planejamento, Organização e Execução
Planejamento, Organização e Execução
FATORES PESSOAIS IMPEDITIVOS
X Doenças cardíacas;
X Hipertensão arterial;
X Epilepsia;
X Labirintite crônica;
X Diabetes;
X Doenças psiquiátricas
Planejamento, Organização e Execução
FATORES PESSOAIS DESACONSELHÁVEIS
X Gripes e resfriado fortes;
X Febre de qualquer natureza;
X Indisposições gastrointestinais;
X Tonturas;
X Dores de cabeça;
X Indisposição física.
Análise de Risco e Condições Impeditivas

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho


em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

m) a forma de supervisão.

PODA DE ÁRVORE TIROLESA


Análise de Risco e Condições Impeditivas

Condições Impeditivas:
Situações que impedem a realização ou continuidade dos
serviços que podem colocar em risco a saúde ou a integridade física do
trabalhador.

 Ausência da AR – Análise de Risco, e/ou PT – Permissão de Trabalho;

 Falta de inspeção rotineira do EPI e do sistema de ancoragem;


 Ausência de isolamento e sinalização no entorno da área de trabalho;
 Condições meteorológicas adversas (ventos fortes, chuva, calor excessivo);
 Não observância a riscos adicionais e/ou às demais normas de segurança.

Acidente Shopping
Técnicas de Proteções Contra Quedas
Restrições de deslocamentos Retenção horizontal Retenção vertical

Trava queda retrátil Trabalho posicionado Trabalho posicionado


Condições de Segurança

 Checar os equipamentos e ancoragens duas vezes;


 Realizar inspeção em equipe;
 Não pisar em equipamentos e cordas;
 Não derrubar mosquetões, polias, freios, etc;
 Não deixar material de altura em contato com produto
corrosivo, solventes, etc.;
 Não guardar o material se estiver úmido;
 Conservar o material em local arejado;
 Faça o teste com as mãos em todo o sistema;
 Conheça bem o seu equipamento e teste antes de usar.
Segurança no uso dos equipamentos
ZONA LIVRE DE QUEDA
Espaço seguro:
CL = comprimento do talabarte;
CA = comprimento do absorvedor;
ET = estatura do trabalhador;
ES = Espaço de segurança (1m)

EC = CL+CA+ET+ES
EC = 0,9 + 1 + 1,80 + 1
EC = 4,70 M

Trabalhador de 1,8 m em altura


de 3m sofrendo queda ???
Segurança no uso dos equipamentos

FATOR PÊNDULO

ancoragem

Choque após
abertura do
ABS Choque após
o pêndulo

NÍVEL DO SOLO
Segurança no uso dos equipamentos

Evitando o Efeito Pêndulo

Nunca estender sua área de


trabalho mais de 30º em
relação ao prumo do aparelho.
Segurança no uso dos equipamentos

FATOR DE QUEDA
 Relação entre a altura da queda e o
comprimento do talabarte.
 Quanto mais alto for a ancoragem menor
será o fator de queda.

FQ = distância da queda
comprimento do talabarte
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Segurança no uso dos equipamentos
Ancoragem

Para que os sistemas equalizados sejam


eficientes, o ângulo interno deve ser igual
ou menor que 90°.
Em um ângulo próximo de 0° a distribuição
será de 50% para cada lado. Com um
ângulo de 90° a distribuição da carga será
de 70% para cada lado. Com 120° não há
mais distribuição da carga e acima disso
as forças se multiplicam.

O modo como as fitas são instaladas


determina a carga que elas poderão
suportar.
Estamos considerando o exemplo de uma
fita de 22 KN de resistência. Esse valor
pode variar entre diferentes modelos e
marcas.
Ancoragem

Exemplo de ponto de
ancoragem definitivo
Ancoragem

PONTOS DE ANCORAGEM TEMPORÁRIO


Ancoragem
ANCORAGEM À PROVA DE BOMBA
Ancoragem

ANCORAGEM EM SERIE

Backup
Ancoragem

Os sistemas equalizados de
ancoragem distribuem a carga entre
dois ou mais pontos.

Nos sistemas equalizados de


ancoragem deve-se passar o
mosquetão por dentro da fita, de
forma que ele não se solte caso um
dos pontos se rompa.
Ancoragem

TRANSMISSÃO DE FORÇA NAS ANCORAGENS


Acidentes típicos em trabalho em altura

ACIDENTES
ENVOLVENDO
TRABALHO EM
ALTURA

EXPOSIÇÃO AO ESCADA ANDAIME


PERIGO
Acidentes típicos em trabalho em altura
Acidentes típicos em trabalho em altura
Acidentes típicos em trabalho em altura
Acidentes típicos em trabalho em altura

Em 7 min. Sem
Movimentações
(inconsciente).
Haverá danos
irreversíveis ou
morte.
Em 30 min. Sem
Movimentações
(Consciente), vai
desmaiar.
Haverá danos
irreversíveis ou
Acidente Malásia morte
Acidentes típicos em trabalho em altura
Acidentes típicos em trabalho em altura - Desvio
Acidentes típicos em trabalho em altura - Desvio
Acidentes típicos em trabalho em altura - Desvio
Acidentes típicos em trabalho em altura - Desvio
Acidentes típicos em trabalho em altura - Desvio
Acidentes típicos em trabalho em altura
Acidentes típicos em trabalho em altura
Regras de Segurança trabalho em Altura VB Transportes

1. Todo trabalho em altura não rotineiro deverá possuir PTE. O


responsável e os envolvidos na atividade devem conhecer, assinar
e cumprir as mesmas.
2. Para trabalhos em altura, devem ser realizados exames
conforme diretrizes de riscos críticos da VB Transportes, NR 7 e das
condições de saúde do empregado.
3. Deverá constar no ASO dos colaboradores a aptidão
para se trabalhar em altura.
Regras de Segurança trabalho em Altura VB Transportes

4. É proibida a realização de serviço sob efeito de álcool, drogas e


medicamentos que causem distúrbios do sistema nervoso
central.
5. É proibida a execução de trabalhos em altura de forma solitária.
6. É proibido movimentar-se sobre as estruturas e telhados sem a
fixação de 1 dos talabartes do cinto de segurança na estrutura fixa
ou linha de vida.
7. Deve ser isolada e sinalizada toda área sob o
trabalho em altura, antes do inicio do mesmo
Regras de Segurança trabalho em Altura VB Transportes

8. Ao subir e descer escadas tipo marinheiro, a pessoa deve subir


devagar e manter as duas mãos livres de materiais e ferramentas.

9. Não devem ser realizados trabalhos sobrepostos e simultâneos.

10. O trabalho em vias de circulação de pedestre e veículo deve ser


isolado e criado caminho alternativo sinalizado e seguro.
Regras de Segurança trabalho em Altura VB Transportes

11. Antes de usar um dispositivo de trabalho em


altura, inspecioná-lo e se certificar de suas perfeitas
e confiáveis condições de uso.
Regras de Segurança trabalho em Altura VB Transportes

13. O trabalho em altura deve ser planejado


12. Antes de iniciar o trabalho em com antecedência, visando a identificação e
altura, fazer o devido isolamento e bloqueio dos riscos, incluindo a correta

sinalização da área. amarração ou confinamento das peças e


ferramentas.
Equipamento de Proteção Coletiva

35.5.3 A seleção do sistema de proteção contra quedas deve considerar a


utilização:

a) de sistema de proteção coletiva contra quedas;

b) de sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, nas seguintes


situações:

b.1) na impossibilidade de adoção da proteção coletiva;

b.2) sempre que a proteção coletiva não ofereça completa proteção contra
os riscos de queda;

b.3) para atender situações de emergência.


Equipamento de Proteção Coletiva
Equipamento de Proteção Coletiva
Equipamento de Proteção Coletiva
Equipamento de Proteção Individual
REQUISITOS:

Eficiência;
Conforto;
Adequados ao risco;

TESTE DO EPI TESTE FQ 2


Seleção dos Equipamentos de Proteção Individual

SELEÇÃO
• Selecione o equipamento adequado de acordo com
sua atividade.

? ?
Equipamento de Proteção Individual
Equipamento de Proteção Individual

Cinto Paraquedista
Acidentes típicos em trabalho em altura

Talabarte de Segurança
Equipamento de Proteção Individual

Trava queda de segurança


Equipamento de Proteção Individual

Capacete de Segurança
Equipamento de Proteção Individual

 O cinto deve ser ajustado corretamente


para, que no caso de queda, não cause
ferimentos no trabalhador.
Verifique a colocação do equipamento e
peça para que alguém confira;
Equipamento de Proteção Individual
Higienização dos Equipamentos de Proteção Individual

Passe um pano úmido, ao final do dia, para retirar o excesso de


sujeira. Caso esteja trincado não o utilize e solicite novo capacete
ao responsável pela entrega de EPI;

Ao final da jornada pode lavá-lo com sabão neutro ou


detergente. Não utilize se estiver embaçado ou trincado e ao
lavar não utilize esponja, apenas suas mãos. Seque com papel
toalha ou toalha macia.

Deixe descansar no período que estiver fora do trabalho, na


sombra. Uma vez a cada quinze dias ou mês lave-o e seque-o na
sombra. Não utilize se estiver rasgado, furado ou danificado.
Não utilize fora do trabalho;
Higienização dos Equipamentos de Proteção Individual

Lave ao final do dia com sabão neutro e deixe secar na sombra. Não
utilize se apresentar estragos. Não utilize para outros fins fora do
trabalho;

Lave ao final do dia para retirada de sujeiras e secreção do


ouvido. Deixe secar naturalmente, na sombra. Não corte os fios
do protetor. Dê um nozinho ao lado de um deles e sempre
utilize aquele lado no mesmo ouvido. Cuide-se para não
desenvolver uma infecção no ouvido, são muito graves e
doloridas.
Higienização dos Equipamentos de Proteção Individual

Lavar com água e sabão neutro


Higienização dos Equipamentos de Proteção Individual

Após a limpeza
secar na sombra e
armazenar em local
fresco e arejado
Higienização dos Equipamentos de Proteção Individual
GUARDA E CONSERVAÇÃO DO EPI

 guardar o cinturão sempre seco, limpo e em local


protegido contra intempéries.
 Guardar protegido de luminosidade direta.
 manter longe de substâncias
oleosas e ou corrosivas.

 Na higienização utilizar somente


água e sabão neutro ou apenas água.

 Não utilizar solventes ou ácidos.


Secar somente na sombra e em local ventilado.

VOCÊ É O RESPONSÁVEL PELO “SEU” EQUIPAMENTO !


FIM

Lembre-se
A vida é frágil
cuide-se.
Use cinto de
segurança !!!

Obrigado e
até a próxima

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