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A Pirâmide de Bird surgiu nos Estados Unidos, na década de 60, quando o engenheiro
Frank Bird desenvolveu um importante estudo para mensurar e qualificar os riscos
laborais. Esse profissional avaliou diversos acidentes em 297 companhias norte-
americanas nesse período.
Qual foi a finalidade dessa pesquisa? Ajudar os gestores a criar condições mais seguras
de trabalho, de modo a impedir processos judiciais, multas, interdições e outros
inconvenientes que tiram o sono de qualquer líder.
Assim, ele chegou à uma proporção, utilizada na Pirâmide que leva seu sobrenome. Cada
número representa uma informação diferente sobre as sequelas desses percalços. Note
ainda que a sequência segue uma ordem crescente da esquerda para direita e de cima
para baixo, ou seja, do topo para a base dessa figura geométrica. Veja:
1: número de mortes;
O mais importante da Pirâmide de Bird não são os números, mas seus ensinamentos.
Isso porque a investigação envolveu uma quantidade limitada de profissionais, além de ter
sido realizada há 50 anos. De lá para cá, muita coisa mudou, não é mesmo?
O mais útil desse preceito é que ele trouxe esta noção: os programas de sobreaviso para
eventos mais suaves devem receber cuidados em dobro, porque eles ocorrem em maior
volume. Evidentemente, isso nem de longe significa abrir mão das precauções com os
perigos mais graves.
Desse modo, foi possível entender o fenômeno de que, para cada lesão grave,
aconteceriam outras dez com danos físicos moderados, outras 30 com perdas materiais e
outras 600 com prejuízos aparentemente irrisórios.
Como a Pirâmide de Bird é uma filosofia ultrapassada — não no sentido pejorativo, mas
na questão de ser antiga —, são necessárias sabedoria, malícia e experiência para que os
gestores consigam extrair dela os benefícios palpáveis e pertinentes ao mundo atual.
Por isso, é preciso aliar os conceitos desses princípios com as linhas mais modernas
de segurança do trabalho. Abaixo, relacionamos itens que não estão na tese de Bird, mas
que podem ajudar em suas políticas de prevenção. Acompanhe:
Outra noção muito importante a respeito da Pirâmide de Bird é que cada instituição tem de
construir a sua própria. Isso porque o grau de periculosidade está intimamente ligado ao
tipo de atividade desempenhada. Assim, a equivalência de Bird não se repete
sistematicamente em todas as companhias.
Desse modo, uma corporação que produz cadernos escolares tem bem menos chances
de passar por uma situação crítica do que uma usina nuclear, por exemplo.
Quando for montar a sua Pirâmide de Bird, lembre-se de que é fundamental ter uma
estratégia eficiente para varrer do caminho as emergências de impactos brandos.
Desse modo, monte um calendário de ações para a segurança do trabalho com foco nas
peculiaridades do negócio no qual você atua.