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Thais de Freitas Lobato | 2 Período Beta

INTERAÇÃO
COMUNITÁRI EXAME FÍSICO GERAL
A
 É uma avaliação subjetiva do que aparenta o paciente de modo geral, tendo
como base o conjunto de dados exibidos por ele.
 Usam-se as seguintes nomenclaturas para relatar o que foi observado:
estado geral bom, estado geral regular ou estado geral ruim.
 A avaliação do estado geral é de suma importância, pois com ela é possível
compreender até que ponto a doença atingiu o organismo visto como um
todo.
 Além disso, pode servir para o médico como sinal de alerta para investigar
mais a fundo o que está causando a deterioração do estado geral. Assim com
pode indicar também como está a capacidade de reação do organismo
diante a uma enfermidade.
 Como o paciente aparenta estar.
 Avaliação do estado geral:
 Subjetiva, dividida em:
 BEG: bom estado geral
 REG: regular estado geral
 MEG: mal estado geral

 Para o exame do nível de consciência deve se levar em consideração os


seguintes quatro pontos:
1. Perceptividade: capacidade de atender a ordens como “sente-se na
cadeira” e responder simples perguntas ou dar informações sobre si mesmo
como “tudo bem?”, “qual nome de sua mãe?”, “ onde você mora?”.
2. Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, pode ser
avaliada em relação à dor ou ruídos altos. Por exemplo: o paciente desvia os
olhos e a cabeça para um ponto na qual é provocado um barulho?
3. Reflexos: resposta às manobras de alguns reflexos tendinosos (p. ex.,
patelar), plantares, cutâneos, abdominais e pupilares.
4. Deglutição: capacidade de levar comida à boca e conseguir degluti-la.

Avaliação do nível de consciência:

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 Estado vigil (alerta, orientado, conversa, olhos abertos
espontaneamente)
 Sonolência (não tem confusão mental, está sonolento, pode ser
despertado com estímulos verbais)
 Obnubilidade (tem confusão mental, fala pobre e monótona)
 Torporoso (constantemente apagado, praticamente não fala, precisa de
estímulos fortes)
 Estado comatoso (ausência ou redução extrema do nível de
consciência, sem resposta a estímulos).

 A fala depende de mecanismos bastante complexos que compreendem o


órgão fonador (laringe), os músculos da fonação e a elaboração
 Alterações na fala são classificadas como:

Fala e linguagem
Avaliar durante a anamnese

 Afonia ou disfonia:

Alteração no timbre da voz.

Voz rouca, fanhosa ou bitonal (homens durante a puberdade por exemplo)

 Dislalia:

Alterações menores na fala: troca de letra

 Disritmolalia:

Taquilalia (falar muito rápido), Gagueira

 Disartria:

Alterações nos músculos da fonação

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Exemplos:

Paciente com Parkinson: Voz baixa, monótona e lenta

Incoordenacção cerebral: Fala arrastada

 Disfasia:

Alteração na elaboração cortical da fala

Recepção ou sensorial: Paciente não entende o que diz a ele

Expressa: entende e não consegue se expressar

Mista: não entende e não consegue se expressar

 Disgrafia:

Perda da capacidade de escrita

 Dislexia:

Perda da capicidade de leitura

 Anquiloglossia:

Língua presa (muito raro de se achar, pois hoje após o nascimento tem o teste da
linguinha)

Causas: Baixa ingestão líquida, diarréia, diabetes, entre outros

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 Para se avaliar o estado de hidratação do paciente são observados os
seguintes fatores:
1. Peso: Alteração abrupta de peso;
2. Pele: umidade, elasticidade e turgor (está seca? A pele volta para o lugar
após ser puxada para cima?);
3. Mucosa oral e mucosa ocular: umidade (com brilho ou sem?usando
abaixador de língua e lanterninha), saliva pegajosa (estagio de desidratação
moderada, sem saliva ( grave)
4. Fontanelas (em crianças): fontanela bregmatica(anterior- fecha com
12 meses), fontanela lambdóide ( posterior- fecha com 3m). A fontanela fica
depressiva, fica funda na desidratação.

 A desidratação é caracterizada pelos seguintes elementos:


 Mucosas secas;
 Perda de peso;
 Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos;
 Sede;
 Enoftalmia (olhos fundos) e hipotônicos;
 Oligúria ( baixa produção de urina);
 Fontanelas deprimidas;
 Estado geral comprometido;
 Excitação psíquica ou abatimento.

 Estado Nutricinal
 Peso/ Altura²= IMC (não avaliar somente IMC pois ele não distingue as
massas corporais)
 Circunferência abdominal= visceral é o tipo de gordura mais perigoso
(barriga elevada e dura), subcutânea (dobrinhas do lado da barriga). Usa fita
métrica, media entre rebordo costal e crista ilica.

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 Relação cintura quadril= Medida da cintura/ medida do quadril:
saudável é 0,9 para homens e 0,8 para mulheres.

Desenvolvimento Físico
 Estrutura somática: crescimento de todas as partes corporais, por
exemplo, se a cabeça segue da mesma forma que o crescimento corpo.
 Altura
 Tipos de desenvolvimento físico:

Desenvolvimento normal

Hiperdesenvolvimento: diferente de gigantismo, pois o gigantismo se


refere somente a altura normalmente. Acromegalia (exemplo: goleiro Cássio)

Hipodesenvolvimento: nanismo

Habito grácil: constituição corporal frágil e delgada, musculatura pouco


desenvolvida

Infantilismo: características infantis que permanecem durante a vida adulta,


avaliar estrutura somática e altura

 Procura de melhor posição para alivio.


 São classificadas em atitudes voluntárias e involuntárias.

Atitudes voluntárias: paciente adota por sua própria vontade. Sendo elas:

1. Ortopneica: paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar. Permanece
sentado sobre a cama com os pés apoiados no chão e as mãos no colchão
tentando deixar o tórax mais ereto possível. Em casos mais graves o
paciente fica deitado com as pernas esticadas ao longo do colchão e com a
ajuda de travesseiros tenta deixar o tórax ereto.

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2. Genupeitoral: o paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre
as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe-se em contato com o
solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que também ficam
apoiadas no solo ou colchão. Essa posição facilita o enchimento do coração
nos casos de derrame pericárdico.

3. Posição de cócoras: Os pacientes descobrem, instintivamente, que essa


posição proporciona algum alívio da hipoxia generalizada, que acompanha
cardiopatias. Grávidas procuram se posicionar assim durante o parto
também.

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4. Parkinsoniana: O paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé,
apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao
caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade.

5. Decúbito: deitado.
 Decúbito lateral (direito e esquerdo)
• Decúbito dorsal: BARRIGA PARA CIMA
• Decúbito ventral: é comum nos portadores de cólicas. VENTRE PARA BAIXO

 Atitudes involuntárias: Não dependem da vontade do paciente. Sendo elas:


1. Passiva: Quando o paciente fica na posição em que é colocado no leito, sem
que haja contratura muscular.
2. Ortótono: todo tronco e membros estão retos e rígidos.
3. Opistótono: É a atitude decorrente de contratura da musculatura lombar,
sendo observada nos casos de tétano e meningite. O corpo passa a se apoiar
na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco.

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4. Emprostótono: apenas contratura abdominal . Observado em casos de
meningite, raiva e tétano, parecido com opistótono, só que menos grave,
pois somente tem envergadura da parte abdominal.
5. Pleurostótono: é raro; observado no tétano, na meningite e na raiva. O
corpo se curva lateralmente.

Na segunda imagem temos um caso de pleurostótono.

6. Posição em gatilho: Encontrada na irritação meníngea, é mais comum em


crianças e caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas
sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante.

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Torcicolo: Condição em que os músculos do pescoço se contraem, fazendo com que
a cabeça torça para um lado.

Mão pêndula da paralisia radial: a paralisia do nervo radial ocasiona a queda


involuntária da mão.

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 É o excesso de liquído acumulado no interior das células ou entre elas.
 Começa-se a investigação sobre o edema na anamnese, quando
perguntamos sobre o tempo de duração, a evolução e a localização. Após
isso, a análise é complementada pelo exame físico, avaliando os
seguintes parâmetros:
Localização e distribuição: edema é localizado ou generalizado?

Intensidade do edema:Pressionar área.


 Grau 1: desaparece de imediato:
 Gau 2: desaparece rápido
 Grau 3 demora 1 min para desaparecer
 Grau 4: desaparce de 2 a 5 min

Consistência: edema mole ou duro?


1. Edema mole: facilmente depressível.
2. Edema duro: apresenta uma maior resistência para obter a formação da
fóvea.

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Elasticidade: a volta da pele para a posição primária ao cessar a
compressão. Edema inelástico ou elático?

Temperatura da pele circunjacente: para avaliar a temperatura


devemos usar o dorso dos dedos ou as costas das mãos e comparar com a
pele vizinha e da região avaliada. Existem 3 possibilidades:
1. Pele de temperatura normal
2. Pele quente: indica um edema inflamatório
3. Pele fria: indica comprometimento da irrigação sanguínea daquela área

Sensibilidade da pele circunjacente: edema doloroso ou indolor?

 Coloração:
 Palidez- edemas que acompanham transtorno da irrigação sanguínea.
 Vermelhidão- processo inflamatório.
 Cianose- perturbação venosa localizada.
 Pele lisa e brilhante- edema recente e intenso.
 Pele espessa- edema de longa duração.
 Pele enrugada- aparece quando edema está sendo eliminado.

 PELE
 As condições básicas para o exame da pele são: iluminação adequada,
desnudamento das partes a serem examinadas. Serão investigados os
seguintes elementos:
1. Coloração: apresenta palidez, vermelhidão, icterícia, albinismo,
bronzeamento de pele ou cianose?
2. Umidade: a umidade está normal, a pele está seca ou sudorenta?
3. Textura: a textura está normal, a pele está lisa, áspera ou enrugada?
4. Espessura: a espessura da pele está normal, atrófica ou hipertrófica?
PINÇAR IMA DOBRA CUTÂNEA USANDO O POLEGAR E O INDICADOR
5. Temperatura: a temperatura está normal, com febre ou hipotermia?
6. Elasticidade: elasticidade normal, hiperelástica ou hipoelástica?
7. Mobilidade: normal, diminuída ou aumentada?

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8. Turgor: normal ou diminuída? Permanece elevada após pinçamento?
9. Sensibilidade: analisar sensibilidade dolorosa, tátil e térmica.
10. Perfusão capilar: Pressionar as extremidades distais dos dedos das mão
e dos pés para avaliar o fornecimento de sangue aos tecidos periféricos.

 Mucosas
 Peça ao paciente que abra a boca e ponha a língua para fora para examiná-
lo.
 É indispensável uma boa iluminação.
 Analise os seguintes elementos:
1. Coloração: coloração normal é róseo- avermelhada ( mucosas
normocoradas), diminuição da cor normal (mucosas descoradas),
acentuação da cor normal ( mucosas hipercoradas), cianose ou icterícia
2. Umidade: normal ou secas (sem brilho)?

 FÂNEROS
 Os fâneros compreendem cabelo, pelos e unhas.
 Observe os seguintes elementos:
 Cabelos e pelos:
1. Distribuição
2. Quantidade
3. Coloração
4. Brilho
 Unhas:
1. Forma
2. Espessura
3. Consistência
4. Brilho
5. Coloração

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