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DE SISTEMA CARDIOVASCULAR
ATENAS
Do ventrículo esquerdo sai a Artéria Aorta e do ventrículo direito sai a Artéria Pulmonar.
No Átrio Direito chegam as Veias Cavas Superior e Inferior e no Átrio Esquerdo chegam as Veias
Pulmonares.
Dizemos que o coração se encontra em diástole quando as Válvulas Semilunares estão fechadas
e as Válvulas Atrioventriculares estão abertas, logo os ventrículos estão recebendo sangue dos
átrios. Durante esse período o ventrículo está relaxado.
Pacientes com doença obstrutiva crônica podem apresentar ictus cordis mais proeminente na
região xifóide ou epigástrica devido a hipertrofia do ventrículo.
Caso não consiga identificar o ictus cordis com o paciente em decúbito dorsal, peça a ele que se
vire um pouco para a esquerda – ficando na posição conhecida como decúbito lateral esquerdo.
Torne a palpar usando as superfícies palmares de vários dedos .Se, ainda assim, não conseguir
identificar o ictus cordis, solicite ao paciente que expire completamente e mantenha-se sem
respirar durante alguns segundos. Ao examinar uma mulher, pode ser necessário afastar a
mama esquerda para cima ou para o lado.
O decúbito lateral esquerdo aproxima o coração da parede torácica, tornando mais fácil a
palpação do ictus.
Uma vez identificado o ictus cordis, faça uma avaliação mais detalhada com as polpas digitais e,
em seguida, com um único dedo.
Localização horizontal: distância em centímetros, desde a linha hemiclavicular (ou linha esternal
média).
Durante a sístole, ouve-se a primeira bulha (B1) quando as válvulas atrioventriculares se fecham.
E, durante a diástole, ouve-se a segunda bulha cardíaca (B2) quando as válvulas semilunares se
fecham. Logo, observe que a primeira bulha cardíaca (B1) e a segunda bulha cardíaca (B2)
definem a duração da sístole e da diástole.
Em crianças e adultos jovens pode surgir uma terceira bulha cardíaca (B3) secundária à
desaceleração rápida da coluna de sangue contra a parede ventricular . O achado de B3 em
idosos, denominada às vezes “galope por B3“, costuma indicar uma alteração patológica da
complacência ventricular.
Finalmente, embora não seja audível com frequência em adultos normais, a quarta bulha
cardíaca (B4) assinala a contração atrial. Ela precede imediatamente a B1 da contração cardíaca
seguinte e também pode refletir uma alteração patológica na complacência ventricular.
Identifique o momento de ocorrência dos impulsos, dos sons e das bulhas em relação ao
ciclo cardíaco: O momento de ocorrência das bulhas é possível por meio da ausculta isolada,
mas auxiliada pela inspeção e palpação. Na maioria dos pacientes com frequência cardíaca
normal ou lenta, é fácil identificar o par de bulhas cardíacas B1 e B2 que assinala o início da
sístole ou da diástole.
OBS: Às vezes, as intensidades de B1 e B2 , por exemplo, podem estar alteradas ou, quando a
frequência cardíaca está acelerada, a diástole encurta-se, tornando mais difícil a diferenciação
entre sístole e diástole.
Com o paciente em posição ortostática, mal se veem as veias acima da clavícula, tornando
impossível a aferição.
Se o paciente for hipovolêmico, espera-se que a PVJ esteja baixa, fazendo com que seja preciso
abaixar a cabeceira do leito, por vezes até 0°, para perceber melhor o ponto de oscilação.Do
mesmo modo, se o paciente apresentar sobrecarga de volume ou for hipervolêmico, espera-se
que a PVJ esteja alta, fazendo com que seja necessário elevar a cabeceira do leito para observá-
la.
->Pesquise frêmitos mediante a compressão com a palma da mão aplicada firmemente sobre a
superfície torácica. Palpe no 2° espaço intercostal direito, no 2° espaço intercostal esquerdo, ao
longo da borda esternal e no ápice à procura de levantamentos paraesternais, frêmitos, ictus de
VD e os quatro sons cardíacos. É percebida uma vibração ou um zumbido causado por fluxo
turbulento subjacente. Se houver frêmito, ausculte a mesma área à procura de sopros. Por outro
lado, uma vez que o sopro for detectado, é mais fácil palpar um frêmito na posição que acentua
o sopro, como a posição inclinada para frente após detectar regurgitação aórtica.
Para palpar B1 e B2 , exercendo pressão firme, apoie a mão direita na parede torácica. Com o
indicador esquerdo e o dedo médio, palpe o impulso ascendente carotídeo para identificar
B1 e B2 imediatamente antes e depois do impulso ascendente.
Para palpar B3 e B4 , aplique pressão mais leve no ápice cardíaco à procura de quaisquer
movimentos extras.
B3 e B4 palpáveis: Por meio de inspeção e palpação é possível detectar movimentos
ventriculares diastólicos precoces e tardios, sincrônicos com terceira e quarta bulhas
cardíacas patológicas. Com o paciente em decúbito lateral esquerdo, o examinador palpa o
impulso apical com cuidado com um dedo enquanto o paciente expira e prende a respiração
por um breve período
Foco pulmonar: 2° espaço intercostal esquerdo. Esse espaço intercostal fica sobrejacente à
artéria pulmonar. Enquanto o paciente prende a expiração, inspecione e palpe à procura de
pulsações da artéria pulmonar e bulhas cardíacas transmitidas, especialmente se os
pacientes foram examinados após a prática de exercícios físicos.
Foco aórtico: 2° espaço intercostal direito. Esse espaço intercostal fica sobre o trato de saída
da aorta. Pesquise pulsações e bulhas cardíacas palpáveis.
Diafragma: O diafragma é melhor para captar sons relativamente agudos, como B1 e B2 , sopros
da regurgitação aórtica e mitral e atrito pericárdico. É importante auscultar todo o precórdio
com o diafragma, pressionando-o firmemente contra o tórax.
Padrão de ausculta: Em uma sala silenciosa, ausculte o coração com o estetoscópio com a
cabeça do paciente e a parte superior do tórax elevadas em 30°. Comece na base ou no ápice,
auscultando primeiro com o diafragma e, em seguida, com a campânula.
Você pode começar a ausculta pela base e deslocar lentamente o estetoscópio até o ápice: com
o estetoscópio no 2° espaço intercostal direito, próximo ao esterno, mova ao longo da borda
esternal esquerda, em cada espaço intercostal, do 2° ao 5°, e em seguida até o ápice.
Como identificar:
Estenose mitral: Solicite ao paciente que gire para o decúbito lateral esquerdo, que aproxima o
ventrículo esquerdo da parede torácica. Coloque a campânula de seu estetoscópio, bem de leve,
sobre o ictus cordis.
Regurgitação aórtica: Solicite ao paciente que fique sentado, incline-se para a frente, expire
completamente e prenda brevemente a respiração após a expiração. Pressione o diafragma do
estetoscópio no tórax do paciente e ausculte ao longo da borda esternal esquerda e no ápice,
interrompendo periodicamente a ausculta para que o paciente respire.
1. Verifique a cronologia do sopro: ele ocorre na sístole ou na diástole? Qual é sua duração?
2. Localize onde na região precordial o sopro é mais forte: na base,ao longo da borda
esternal, no ápice? Há irradiação?
3. Execute quaisquer manobras necessárias, como fazer o paciente se inclinar para a
frente e expirar,ou ficarem decúbito lateral esquerdo.
4. Determine o formato do sopro: é em crescendo ou decrescendo,é holossistólico?
5. Classifique a intensidade do sopro de 1 a 6
6. Determine seu tom e características e manifestações associadas, como as características
de B1 e B2 ,a existência ou não de bulhas extras, como B3 e B4.
Anotações importantes
Desdobramento de valvas: quando valvas não fecham juntas. Em vez de auscultar um som único
que representa B2 , é possível auscultar dois componentes distintos, o primeiro derivado do
fechamento da valva aórtica do lado esquerdo (A2) e o segundo consequente ao fechamento da
valva pulmonar (P2) no lado direito.
Sopro cardíaco: quando não ocorre abertura completa das valvas ou quando não se fecham
completamente. Pode aparecer em qualquer momento.
O mesmo acontece quando uma valva não se fecha totalmente, logo acontece refluxo de
sangue e dá origem a um sopro de regurgitação.
Os níveis de pressão arterial flutuam de maneira notável ao longo das 24 h, variando com a
atividade física, o estado emocional, a dor, o ruído, a temperatura ambiente, o consumo de café,
tabaco e outras substâncias psicoativas, e até mesmo com o horário durante o dia.
A frequência cardíaca apical muitas vezes possibilita melhor detecção de arritmias em pacientes
mais velhos do que o pulso radial.