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Edital de
Concurso
Público Nº
DP-1/321/21
PM-AL
Polícia Militar de Alagoas
Soldado
= Língua Portuguesa
= Noções de Informática
CONTEÚDO =
=
Matemática
Legislação Pertinente ao Policial
ON-LINE Militar de Alagoas
= Noções de Direito Administrativo
« História Geral: do Brasil e de Alagoas = Noções de Direito Constitucional
« Geograa Geral: do Brasil e de = Noções de Direito Processual
Alagoas
Penal
« Noções de Direitos Humanos
Polícia Militar do Estado de Alagoas
PM-AL
Soldado Combatente
NV-004MA-21
Cód.: 7908428800543
Obra Produção Editorial
Polícia Militar – AL
Carolina Gomes
Josiane Inácio
Organização
Arthur de Carvalho
Autores
Roberth Kairo
LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares, Saula Isabela Diniz
Giselli Neves e Renato Philippini
Dayverson Ramon
Higor Moreira
Lucas Gomes
Willian Lopes
Capa
Projeto Gráfico
Edição:
Maio/2021
Para intensificar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eficiente.
BÔNUS:
• Curso On-line.
à História Geral, do Brasil e de Alagoas: Aspectos históricos do Estado de Ala-
goas: colonização, povoamento, sociedade e indústrias
à Geografia Geral, do Brasil e de Alagoas : Aspectos geográficos do estado de
Alagoas
à Língua Portuguesa: Interpretação de Texto: Conceitos Importantes
CONTEÚDO COMPLEMENTAR:
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do cliente. Basta fazer login com seus dados e aproveitar.
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acesso ao conteúdo on-line.
LÍNGUA PORTUGUESA.......................................................................................................9
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS.................................. 9
Paródia............................................................................................................................................................... 22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA...........................................................................................73
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LINUX E WINDOWS)................................... 73
REDES DE COMPUTADORES............................................................................................................119
CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E
INTRANET........................................................................................................................................................128
GRUPOS DE DISCUSSÃO.................................................................................................................................144
REDES SOCIAIS................................................................................................................................................146
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO......................................................................................................165
PROCEDIMENTOS DE BACKUP.......................................................................................................................178
MATEMÁTICA.................................................................................................................... 189
MODELOS ALGÉBRICOS...................................................................................................................189
MODELOS LINEARES........................................................................................................................225
PRINCÍPIOS DE CONTAGEM............................................................................................................242
ANÁLISE DE DADOS..........................................................................................................................248
DO CRIME.........................................................................................................................................................304
DA IMPUTABILIDADE PENAL..........................................................................................................................313
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO............................................................................................................322
SERVIÇO PÚBLICO............................................................................................................................................329
ATOS ADMINISTRATIVOS................................................................................................................................338
RESPONSABILIDADE DO ESTADO...................................................................................................................381
AÇÃO PENAL.....................................................................................................................................428
Por isso, convidamos você a estudar com afinco
e dedicação, sem esquecer de praticar seus conheci-
mentos realizando os exercícios de cada tópico, bem
como, a seleção de exercícios finais, selecionados
LÍNGUA PORTUGUESA
especialmente para que este material cumpra o pro-
pósito de alcançar sua aprovação.
Inferência
forte conteúdo que relaciona semântica e interpreta- tem de uma certeza prévia para a concepção de uma
ção, contendo questões sobre os assuntos: inferência; interpretação, construída pelas pistas oferecidas no
figuras de linguagem; vícios de linguagem; e intertex- texto junto da articulação com as informações acessa-
tualidade. No que se refere aos estudos que focam na das pelo leitor do texto.
compreensão e semântica, os principais tópicos são: A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
semântica dos sentidos e suas relações; coerência e senta como ocorre a relação desses processos:
coesão; gêneros textuais (mais abordados em provas
de concursos); tipos textuais e, ainda, as variações lin-
DEDUÇÃO → CERTEZA → INTERPRETAR
guísticas e suas consequências para o sentido.
Todos esses assuntos completam o estudo basilar INFERÊNCIA
de semântica com foco em provas e concursos, sem- INDUÇÃO → INTERPRETAR → CERTEZA
pre de olho na sua aprovação. 9
A partir desse esquema, conseguimos visualizar A dedução
melhor como o processo de interpretação ocorre. Agora,
iremos detalhar esse processo, reconhecendo as estra- A leitura de um texto envolve a análise de diversos
tégias que compõem cada maneira de inferir informa- aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou de
ções de um texto. Por isso, vamos apresentar nos tópicos maneira implícita no enunciado.
seguintes como usar estratégias de cunho dedutivo, indu- Em questões de concurso, as bancas costumam
tivo e, ainda, como articular a isso o nosso conhecimento procurar nos enunciados implícitos do texto aspectos
de mundo na interpretação de textos. para abordar em suas provas.
No momento de ler um texto, o leitor articula seus
conhecimentos prévios a partir de uma informação
A indução
que julga certa, buscando uma interpretação; assim,
ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-
As estratégias de interpretação que observam
forme Kleiman (2016, p. 47):
métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto
oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe- Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo
za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus- temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o
car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no tema; ele estará também postulando uma possí-
texto e que variam conforme o tipo textual. vel estrutura textual; na predição ele estará ati-
Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos vando seu conhecimento prévio, e na testagem
identificar uma organização cronológica e espacial no ele estará enriquecendo, refinando, checando esse
desenvolvimento das ações marcadas, por exemplo, conhecimento.
pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, pode-
Fique atento a essa informação, pois é uma das
mos organizar as ideias do texto a partir da marcação
primeiras estratégias de leitura para uma boa inter-
de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argu-
pretação textual: formular hipóteses, a partir da
mentação, esse encadeamento de ideias fica marcado
macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini-
pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma
cial, o leitor deve buscar identificar o gênero textual
ideia/ponto de vista. ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano,
No processo interpretativo indutivo, as ideias são entre outras informações que podem vir como “aces-
organizadas a partir de uma especificação para uma sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a
generalização. Vejamos um exemplo: leitura que deverá se seguir. Uma outra dica impor-
tante é ler as questões da prova antes de ler o texto,
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo conforme
espécie de animal. O que observei neles, no tempo um objetivo mais definido.
em que estive na redação do O Globo, foi o bastan- O processo de interpretação por estratégias de dedu-
te para não os amar, nem os imitar. São em geral ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
de uma lastimável limitação de ideias, cheios de
fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos z Conhecimento Linguístico;
detalhados e impotentes para generalizar, cur- z Conhecimento Textual;
vados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas, z Conhecimento de Mundo.
adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guia-
dos por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo O conhecimento de mundo, por tratar-se de um
critério de beleza. assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
(BARRETO, 2010, p. 21) Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes c) em todos os jogos/ domingo...
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen- d) Resposta certa
tar seu conhecimento de mundo. e) Os carros.../ meu automóvel... Resposta: Letra D.
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso
conhecimento de mundo que é relevante para a com- 2. (CESPE-CEBRASPE – 2014) Julgue o item, relativo à
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso dedução e indução.
cérebro associar informações, a fim de compreender A conclusão de um argumento dedutivo é uma con-
o novo texto que está em processo de interpretação. sequência necessária da verdade da conjunção das
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer- premissas, o que significa que, sendo verdadeiras
cício para atestarmos a importância da ativação do as premissas, é impossível a conclusão ser falsa.
conhecimento de mundo em um processo de interpre-
tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede: ( ) CERTO ( ) ERRADO 11
O pensamento dedutivo parte do conhecimento
GÊNERO TEXTUAL
geral, visando ao conhecimento particular, assim,
para a lógica dedutiva as premissas verdadeiras
não podem gerar enunciados falsos. Resposta:
Certo. FRASES TIPO TEXTUAL TEXTO
Instrucional ou Injuntivo
dando na defesa de seu ponto de vista e construindo a de. Mas não significa que seja vida inteligente. “Você
estrutura argumentativa desse tipo textual. pode ter um planeta cheio de vida, mas formada por
amebas e outros seres unicelulares”, acredita Glei-
ser. Afinal, com a Terra foi assim. A vida aqui existe
Importante! há cerca de 3,5 bilhões de anos. Mas durante quase
todo esse tempo (3 bilhões de anos), só havia seres
O tipo textual argumentativo não pode ser
unicelulares: as cianobactérias, também chamadas de
confundido com o gênero textual dissertativo-
algas verdes e azuis.
-argumentativo. Esse gênero é composto por 5º Além disso, não basta o tempo passar para que as
sequências argumentativas, mas também há formas de vida se tornem complexas e inteligentes. A
a apresentação, dissertação de ideias, a fim de função essencial da vida é se adaptar bem ao ambiente
alcançar a persuasão do ouvinte/leitor. onde ela está. A vida só muda – na esteira de alguma 15
mutação genética – se uma mudança ambiental exigir relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos,
que ela mude. Assim, se o ambiente não mudar e a vida bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cin-
estiver bem adaptada, as mutações genéticas que, em zeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro,
geral, aparecem ao longo de gerações não vão fazer fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes,
diferença. Tudo depende da história de cada planeta. Se xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadronegro, giz,
o asteroide que matou os dinossauros há 65 milhões de papel. Mictório, pia. Água. Táxi, mesa, toalha, cadeiras,
anos não tivesse caído aqui na Terra, e os dinossauros copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara.
não tivessem sido extintos, não estaríamos aqui. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de den-
6º “Não temos nenhuma prova ou argumento forte tes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone,
sobre a existência de vida inteligente fora da Terra”, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone inter-
diz Gleiser. “Existe vida? Certamente. Mas como não no, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel,
entendemos bem como a evolução varia de planeta relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta,
para planeta, é muito difícil prever ou responder se telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xíca-
existe ou não vida inteligente fora daqui”, completa. ra, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço
“Se existe, a vida inteligente fora da Terra é muito rara.” de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Pol-
Decepcionante. trona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos,
7º Mas antes de lamentar a solidão da humanidade talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fós-
no Cosmos, saiba que ela pode ser uma boa notícia. foro. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltro-
Porque, se aliens inteligentes realmente existirem, não na. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos,
serão necessariamente bondosos. “Se eles algum dia meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos.
nos visitarem, acho que o resultado será o mesmo que Coberta, cama, travesseiro.
quando Cristóvão Colombo chegou à América. Não foi Disponível em: <https://tinyurl.com/y4e7n4u7>. Acesso em: 17 jul.
bom para os índios nativos”, afirmou, certa vez, o físi- 2019.
co Stephen Hawking.
Disponível em:< http://super.abril.com.br/ciencia/ha-vida-fora-da- A respeito da tipologia desse texto, é correto afirmar
terra-2/>. Acesso em: 7 jul. 2017. [Adaptado] que ele é:
NOTÍCIA REPORTAGEM
Apresenta argumentos
É importante ressaltar que, com o advento das Objetivo é informar;
redes sociais, tornou-se cada vez mais comum que sobre um mesmo fato;
o gênero notícia seja divulgado por meio de plata- Apuração dos fatos
formas diferentes, como as redes sociais. Isso demo- Apuração extensa;
objetiva;
18 cratiza a informação, porém também abre margem
Por isso, normalmente, os autores de artigos de
NOTÍCIA REPORTAGEM
opinião são especialistas no assunto por eles aborda-
Conteúdo sem ordem do. Ao escolherem um assunto, os autores devem con-
determinada, pode apre- siderar as diversas “vozes” já existentes sobre mesmo
Conteúdo de curto prazo; assunto. E, dependendo da intenção, apoiar ou negar
sentar entrevistas, dados,
imagens, etc. determinadas vozes.
Por isso, a linguagem utilizada pelo articulista de
Conteúdo segue o mode- um texto de opinião deve ser simples, direta, convin-
lo da pirâmide invertida cente. Utiliza-se a terceira pessoa, apesar de a primei-
(conf. acima). ra ser adequada para um artigo de opinião pessoal;
porém, ao escolher a terceira pessoa do singular, o
Fonte: https://bit.ly/3kD9tvk. Acessado em: 17/09/2020. Adaptado.
articulista consegue dar um tom impessoal ao seu tex-
to, fazendo com que sua produção textual não fique
centrada só em suas próprias opiniões.
É importante ressaltar que nenhum gênero é com-
Quanto à composição estrutural, Kaufman e Rodri-
posto apenas por uma única sequência textual e que,
guez (1995) apud Pereira (2008) propõem a seguinte
portanto, a reportagem também apresentará esse
estruturação:
paradigma, pois esse gênero é essencialmente argu-
mentativo, porém pode apresentar outras sequências z Identificação do tema, acompanhada de seus ante-
textuais a fim de alcançar seu objetivo final. cedentes e alcance para situar a questão polêmica;
A seguir, daremos continuidade aos nossos estu- z Tomada de posição, exposição de argumentos de
dos sobre os principais gêneros textuais objeto de pro- modo a justificar a tese;
vas de concurso com um dos gêneros mais comuns em z Reafirmação da posição adotada no início da pro-
provas de seleções: o artigo de opinião. dução, ao mesmo tempo em que as ideias são arti-
culadas e o texto é concluído.
Artigo de opinião
ORGANIZAÇÃO TEXTUAL DO ARTIGO DE OPINIÃO
O artigo de opinião faz parte da ordem de textos
que buscam argumentar. Esse gênero usa a argumen- Identificação da questão polêmica
Introdução
tação para analisar, avaliar e responder a uma ques- alvo de debate no texto
tão controversa. Esse instrumento textual situa-se no Tese do autor (posicionamento
âmbito do discurso jornalístico, pois é um gênero que defendido) – Tese contrária (posi-
circula, principalmente, em jornais e revistas impres- Desenvolvimento cionamentos de terceiros) – Acei-
sos ou virtuais. Com o artigo de opinião, temos a dis- tação ou refutação – Argumentos
cussão de um problema de âmbito social. E, por meio a favor da tese do autor do texto
dessa discussão, podemos defender nossa opinião, Fechamento do texto e reforço do
Conclusão
como também refutar opiniões contrárias às nossas, posicionamento adotado
ou ainda, propor soluções para a questão controversa.
A intenção do escritor ao escolher o artigo de opi- No processo de escrita de qualquer texto, é preci-
nião é a de convencer seu interlocutor; para isso, ele so estar atento aos elementos de coesão que ligam as
terá que usar de informações, fatos, opiniões que ideias do autor aos seus argumentos, porém, nos tex-
serão seus argumentos. Bräkling apud Ohuschi e Bar- tos argumentativos, é fundamental prestar ainda mais
bosa aponta: atenção a esse processo; por isso, muito cuidado com
a coesão na escrita e na leitura de textos opinativos.
O artigo de opinião é um gênero de discurso em que A fim de mantermos a linha de pensamento nos
se busca convencer o outro de uma determinada estudos de textos argumentativos, seguimos nossa
ideia, influenciá-lo, transformar os seus valores por abordagem apresentando outro gênero sempre pre-
meio de um processo de argumentação a favor de sente nas provas de língua portuguesa em concursos
uma determinada posição assumida pelo produtor públicos: o editorial.
e de refutação de possíveis opiniões divergentes. É
um processo que prevê uma operação constante de Editorial
sustentação das afirmações realizadas, por meio
da apresentação de dados consistentes que possam Até aqui, estudamos dois gêneros com predominân-
convencer o interlocutor (2011. p. 305). cia de sequência argumentativa. O terceiro será o edi-
torial, gênero muito marcante no âmbito jornalístico e
LÍNGUA PORTUGUESA
Dessa forma, para alcançar o objetivo do gênero, que expressa a opinião de um veículo de comunicação.
o escritor deverá usar diversos conhecimentos, como: Como já debatemos muito sobre a estrutura dos
enciclopédicos, interacionais, textuais e linguísticos. textos argumentativos de uma forma geral, iremos
É por meio da escolha de determinados recursos lin- nos atentar aqui para as principais características do
gênero editorial e no que ele se diferencia do artigo de
guísticos que percebemos que nada é por acaso, pois,
opinião, por exemplo.
a cada escolha há uma intenção: “... toda atividade
de interpretação presente no cotidiano da linguagem
z Editorial - Características
fundamenta-se na suposição de quem fala tem certas
intenções ao comunicar-se” (KOCH, 2011, p. 22). Expressa opinião de um jornal ou revista a respeito
Quando queremos dar uma opinião sobre determi- de um tema atual
nado tema, é necessário que tenhamos conhecimento O objetivo desse gênero é esclarecer ou alertar
sobre ele. os leitores sobre alguma temática importante 19
Busca persuadir os leitores, mobilizando-os a z Crônica Narrativa
favor de uma causa de interesse coletivo
Sua estrutura também é baseada em: Introdu- Limita-se a contar fatos do cotidiano
ção, Desenvolvimento e Conclusão Pode apresentar um tom humorístico
Foco narrativo em 1ª ou 3ª pessoa
O início de um editorial é bem semelhante ao de
um artigo de opinião: apresenta-se a ideia central z Crônica Argumentativa
ou problema social a ser debatido no texto, poste-
riormente segue-se a apresentação do ponto de vista Defesa de um ponto de vista, relacionado ao
defendido e conclui-se com a retomada da opinião assunto em debate
apresentada incialmente. A principal diferença entre Uso de argumentos e fatos
editorial e artigo de opinião é que aquele representa Também pode ser escrita em 1ª ou 3ª pessoa
a opinião de uma corporação, empresa ou instituição. Uso de argumentos de modo pessoal e subjetivo
INTERTEXTUALIDADE
O texto apresenta uma peça publicitária que busca
persuadir o leitor a realizar uma determinada ação.
No caso em questão, busca-se que o leitor economi-
ze água. Os gêneros publicitários usam, predomi-
Stricto Senso Lato Senso
nantemente, a sequência textual injuntiva, na qual
predomina verbos no imperativo, como os verbos
utilizados na primeira oração do cartaz avaliado.
Resposta: Letra B. Temática
Estilística
Explícita
INTERTEXTUALIDADE Implícita
Paráfrase Citação
A paráfrase é uma estratégia intertextual que consis- A citação também é um tipo de intertextualidade
te em recuperar aspectos do tema do texto-fonte, o explícita e diz respeito às formas de citação de uma
qual baseia a paráfrase. Dessa forma, é considerada
obra. Em um trabalho acadêmico, por exemplo,
um tipo de intertextualidade temática.
quando utilizamos as palavras de outros autores,
Um bom exemplo desse tipo de intertextualidade é devemos mencioná-los direta ou indiretamente. A
a música Monte Castelo, do grupo Legião Urbana, que transcrição fiel das palavras do autor do texto-fonte
versa sobre o mesmo tema que a passagem bíblica “I é chamada de citação direta. Quando nos baseamos
carta de São Paulo aos Coríntios” e também dos versos na ideia do autor e escrevemos de outra forma suas
de Luís Vaz de Camões. palavras, a citação passa a ser indireta.
É querer estar preso por vontade; Ex.: Ganhei um jogo de aniversário que foi um verda-
é servir a quem vence, o vencedor; deiro presente de grego.
é ter com quem nos mata, lealdade [...]
A expressão “presente de grego” faz alusão aos
fatos da Guerra de Tróia, em que os gregos fingiram
Referência
presentear os troianos com um cavalo de madeira
que fazia parte da estratégia grega para conseguirem
A referência é um tipo de intertextualidade explí-
invadir a cidade de Tróia e destruí-la por dentro.
cita, muito comum e necessária em trabalhos acadê-
micos, pois ao mencionar uma obra ou autor e suas
Epígrafe
LÍNGUA PORTUGUESA
Tradução
nimo de pobreza – só que não é. É melhor interpretar vezes, é derivada de processos históricos de evolução
o significado de humildade por seu antônimo. Sim, o da língua.
oposto de humildade é a arrogância. O humilde não é Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra-
o pobre. É o sem soberba, esta sim, um bom sinônimo que em ortografia: leia sempre! Somente a prática de
de arrogância. leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra-
fia das palavras.
Para construir sua argumentação, o autor lança Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
mão de diversos tipos de intertextualidade, entre os parte das regras não são efêmeras, porém, são em
quais não se pode citar: grande número. Neste material, iremos apresen-
tar uma forma condensada e prática de nunca mais
a) Paródia. esquecer os acentos e os motivos pelos quais as pala-
b) Citação direta. vras são acentuadas. 25
Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu- cada palavra. As palavras classificam-se em monossí-
guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras labas (se apresentam apenas uma sílaba) ou polissíla-
cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto bas (mais de uma sílaba).
à escrita correta. Veja: Veja alguns exemplos:
O Rocky Balboa era um humilde lutador de bairro, que vivia de suas discretas lutas, no início de sua carreira.
Segundo seu treinador Mickey, Rocky era um jovem promissor, mas nunca se interessou realmente em evoluir,
preferiu trabalhar para um agiota italiano chamado Tony Gazzo, com quem manteve uma certa amizade. Gaz-
zo gostava de Rocky por ele ser descendente de italiano e o ajudou dando US$ 500,00 para o seu treinamento, na
primeira luta que fez com Apollo Creed.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocky_Balboa. Acessado em: 30/09/2020. Adaptado.
A partir da leitura, podemos perceber que todos os termos destacados fazem referência a um mesmo referente:
Rocky Balboa. O processo de referenciação utilizado foi o uso de anáforas que assumem variadas formas gramaticais
e buscam conectar as ideias do texto.
Já os processos referenciais catafóricos apontam para porções textuais que ainda não foram mencionadas ante-
riormente no texto, conforme o exemplo a seguir: “Os documentos requeridos para os candidatos são estes: Identi-
dade, CPF, Título de eleitor e reservista”
Dica
Em provas de concursos e seleções, ainda se encontra a terminologia “expressões referenciais catafóricas”,
remetendo ao uso já indicado no material. No entanto, é importante salientar que, para linguistas e estudiosos,
as anáforas são os processos referenciais que recuperam e/ou apontam para porções textuais.
Utilizar pronomes para manter a coesão de um texto é essencial, evitando-se repetições desnecessárias que
tornam o texto cansativo para o leitor. Como a classe de pronomes é vasta, vamos enfatizar neste estudo os prin-
cipais pronomes utilizados em recursos textuais para manter a coesão.
A pronominalização é a base de recursos anafóricos e recuperam porções textuais ou ainda um nome especí-
fico a que o autor faz referência no texto. Vejamos dois exemplos:
O primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden foi quente, com diversas interrupções e acusações
pesadas. […] O primeiro ponto discutido foi a indicação de Trump da juíza conservadora Amy Barrett para a
Suprema Corte, depois da morte de Ruth Bader Ginsburg. O presidente defendeu que tem esse direito, pois os
republicanos têm maioria no Senado [Casa que ratifica essa escolha] e criticou os democratas, dizendo “que
eles ainda não aceitaram que perderam a eleição”. […].
O segundo ponto discutido foi a covid-19. Os EUA são o país mais atingido pela pandemia - são 7 milhões
de casos e mais de 200 mil mortos. O âncora Chris Wallace perguntou aos dois o que eles fariam até que uma
vacina aparecesse. Biden atacou o republicano dizendo que Trump “não tem um plano para essa tragédia”. Já
Trump começou sua resposta atacando a China - “deveriam ter fechado suas fronteiras no começo” -, colocou
em dúvida as estatísticas da Rússia e da própria China e, com pouca modéstia, disse que fez um “excelente tra-
balho” nesse momento dos EUA.
Após a leitura do texto, é possível notar que a recuperação da informação apresentada é feita a partir de mui-
tos processos de coesão, porém, o uso dos pronomes destacados recupera o assunto informado e ajuda o leitor
a construir seu posicionamento. É importante buscar sempre o elemento a que o pronome faz referência; por
exemplo, o primeiro pronome pessoal destacado no texto refere-se ao termo “republicanos”, já o segundo, faz
referência aos presidenciáveis que participavam do debate. Nota-se, com isso, que esses pronomes apontam para
uma parcela objetiva do texto, diferente do pronome “essa”, associado ao substantivo “tragédia”, que recupera
LÍNGUA PORTUGUESA
uma parcela textual maior, fazendo referência ao momento de pandemia pelo qual o mundo passa.
O uso de pronomes pode ser um aliado na construção da coesão, porém, o uso inadequado pode gerar ambiguida-
des, ocasionando o efeito oposto e prejudicando a coesão. Ex.: Encontrei Matheus, Pedro e sua mulher.
Não é possível saber qual dos homens estava acompanhado.
Por fim, destacamos que as classes de palavras relacionadas neste capítulo com os processos de coesão não
podem ser vistas apenas sob a ótica descritiva-normativa, amplamente estudada nas gramáticas escolares. O inte-
resse das principais bancas de concursos públicos é avaliar a capacidade interpretativa e racional dos candidatos,
dessa feita, a análise de processos coesivos visa analisar a capacidade do candidato de reconhecer a que e qual
elemento está construindo as referências textuais.
29
Uso de numerais acima, a oração “Belchior foi um cantor, compositor,
músico, produtor, artista plástico e professor” apre-
Conforme mencionamos anteriormente, o uso de senta seis nomes que funcionam como adjetivos de
categorias gramaticais concorre para a progressão tex- Belchior e, ao mesmo tempo, acrescentam informações
tual; uma das classes gramaticais que auxilia esse pro- sobre essa personalidade, referida anteriormente.
cesso é o uso de numerais. É importante recordar que não podemos identifi-
Neste subtópico, iremos focar no valor coesivo que car uma classe de palavra sem avaliar o contexto em
essa classe promove, auxiliando na ligação de ideias que ela está inserida. No exemplo mencionado, as
em um texto. Dessa forma, as expressões quantitati- palavras cantor, compositor, músico, produtor, artis-
vas, em algumas circunstâncias, retomam dados ante- ta, professor são substantivos que funcionam como
riores numa relação de coesão.
adjetivos e colaboram na construção textual.
Ex.: Foram deixados dois avisos sobre a mesa: o pri-
meiro era para os professores, o segundo para os alunos.
As formas destacadas são numerais ordinais que Uso de verbos vicários
recuperam informação no texto, evitando a repetição
de termos e auxiliando no desenvolvimento textual. O vocábulo vicário é oriundo do latim vicarius e
significa “fazer as vezes”; assim, os verbos vicários
Uso de advérbios são verbos usados em substituição de outros que já
foram muito utilizados no texto.
Muitos advérbios auxiliam no processo de recupe- Ex.: A disputa aconteceu, mas não foi como nós
ração e instauração de ideias no texto, auxiliando o esperávamos.
processo de coesão. As formas adverbias que marcam O verbo “acontecer” foi substituído na segunda
tempo e espaço podem também ser denominadas de oração pelo verbo “foi”.
marcadores dêiticos, caso dos seguintes elementos:
Hoje, aqui, acolá, amanhã, ontem...
ALGUNS VERBOS VICÁRIOS IMPORTANTES
Percebam que esses advérbios só podem ser asso-
ciados a um referente se forem instaurados no discur- Ser - “Ele trabalha, porém não é tanto assim”
so, isto é, se mantiverem associação com as pessoas Fazer - “Poderíamos concordar plenamente, mas não o
que produzem as falas. Assim, uma pessoa que lê fizemos”
“hoje não haverá aula” em um cartaz na porta de uma Aceitar - “Se ele não acatar a promoção não aceita por
sala compreenderá que a marcação temporal refere- falta de interesse”
-se ao momento em que a leitura foi realizada. Por Foi - “Se desistiu da vaga, foi por motivos pessoais”
isso, esses elementos são conhecidos como dêiticos.
Independentemente de como são chamados, esses Uso de elipse
elementos colaboram para a ligação de ideias no tex-
to, auxiliando também a construção da coesão textual.
A elipse é uma forma de omissão de uma informação
já mencionada no texto. Geralmente, estudamos a
Uso de nominalização
elipse mais detalhadamente na seção de figuras de
linguagem de uma gramática; neste material, iremos
As expressões que retomam ideias e nomes, já apre-
nos deter a maiores aspectos da elipse também nessa
sentados no texto, mediante outras formas de expressão,
seção. Aqui é importante salientar as propriedades
podem ser analisadas como processos nominalizado-
recategorizadoras e referenciais da elipse, com o pro-
res, incluindo substantivos, adjetivos e outras classes
nominais. pósito de manter a coesão textual.
Essas expressões recuperam informações median- Conforme Antunes (2005, p. 118), a elipse como
te novos nomes inseridos no texto, ou ainda, com o
recurso coesivo “corresponde à estratégia de se omitir
uso de pronomes, conforme vimos anteriormente.
um termo, uma expressão ou até mesmo uma sequên-
Vejamos um exemplo:
cia maior (uma frase inteira, por exemplo) já introdu-
zidos anteriormente em outro segmento do texto, mas
Antonio Carlos Belchior, mais conhecido como Bel- recuperável por marcas do próprio contexto verbal”.
chior foi um cantor, compositor, músico, produtor, Vejamos como ocorre, a partir do segmento abaixo:
artista plástico e professor brasileiro. Um dos mem-
bros do chamado Pessoal do Ceará, que inclui Fagner,
“O Brasil evoluiu bastante
Ednardo, Amelinha e outros. Bel foi um dos primeiros
desde o início do século
cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso
XXI. O país proporcionou a
internacional, em meados da década de 1970.
inclusão social de muitas
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior. Acessado em: pessoas. A nação obteve SEM ELIPSE
30/09/2020. Adaptado. notoriedade internacional
por causa disso. A pátria,
Todas as marcações em negrito fazem referência ao porém, ainda enfrenta cer-
nome inicial Antônio Carlos Belchior; os termos que se tas adversidades...”
referem a esse nome inicial são expressões nominaliza-
dores que servem para ligar ideias e construir o texto. “O Brasil evoluiu bastante des-
de o início do século XXI e pro-
porcionou a inclusão social
Uso de adjetivos
de muitas pessoas, por causa COM ELIPSE
disso obteve notoriedade in-
Os adjetivos também são considerados expressões
ternacional, porém ainda en-
nominalizadoras que fazem referência a uma porção
frenta certas adversidades...”
30 textual ou a uma ideia referida no texto. No exemplo
Coesão sequencial
Trabalhou como um
COMPARATIVA
A coesão sequencial é responsável por organi- escravo.
zar a progressão temática do texto, isto é, garantir a Conforme o Ministro da
manutenção do tema tratado pelo texto de maneira a CONFORMATIVA Economia, os concursos
promover a evolução do debate assumido pelo autor. não irão acabar.
Essa coesão pode ser garantida, em um texto, a par-
tir de locuções que marcam tempo, conjunções, desi- Ainda que vivamos um
nências e modos verbais. Neste material, iremos nos período de poucos con-
deter, sobretudo, aos processos de conjunções que são CONCESSIVA
cursos, não podemos
utilizadas para garantir a progressão textual. desanimar.
nadas, ou seja, orações que precisam de outra para quentemente, em perío- Perguntei = isso
terem o sentido apreendido. dos compostos
Exemplos de conjunções subordinativas atuando
na coesão: Uso de Repetições
A paráfrase é um recurso de reiteração que propor- 2 ser totalmente pública. Mas, diante dessa impossibilidade,
ciona maior esclarecimento sobre o assunto tratado no 3 não discordo da presença da iniciativa privada e penso nos
texto. A paráfrase é utilizada para voltar a falar sobre 4 benefícios que a opção trouxe para países como Chile e
algo utilizando-se de outras palavras. Conforme Antu- 5 Coreia do Sul. Ou nas parcerias público-privadas que
nes (2005, p. 63), “alguma coisa é dita outra vez, em 6 existem na Holanda. Mas prefiro centrar a resposta nos
outro ponto do texto, embora com palavras diferentes”. 7 estilos de gestão que caracterizam os sistemas público e
Vejamos o seguinte exemplo: 8 privado. A História demonstra que o ensino público é o
9 único que atinge as classes desfavorecidas. Mas o faz de
Ceará goleia Fortaleza no Fortaleza é goleado pelo 10 forma ineficiente, e por vezes, excludente. O setor privado é
Castelão. Ceará no Castelão. 11 muito mais eficiente, criativo e flexível, mas está dirigido a
12 quem pode pagar. As características de cada setor deveriam
Os textos acima poderiam ser manchetes de jornais
13 se completar. As bolsas oferecidas pelas privadas têm
da capital cearense. A forma como o texto se apresen-
ta indica que a ênfase dada ao nome dos times, em 14 remediado o problema. Já introduzir dinamismo na gestão
posições diferentes, cumpre um papel importante na 15 pública é bem mais difícil, diante do encruado corporativismo.
progressão temática do texto. 16 Sem contar a dificuldade de ter diretores que sejam gestores
17 e não executores de instruções. Já no privado, é fundamental
Além dessa função, a paráfrase pode ser marcada pelo
18 ter um controle rígido e punitivo sobre as universidades
uso de expressões textuais bem características, como: em
19 caça-níqueis, que roubam e enganam alunos pobres, além
outras palavras, em outros termos, isto é, quer dizer, em
20 de desqualificar o sistema. (Isto É, 24/04/19)
resumo, em suma, em síntese etc. Essas expressões indi-
cam que algo foi dito e passará a ser ressignificado no tex-
A respeito dos vínculos estabelecidos no texto, eviden-
to, garantindo a informatividade do texto.
ciam-se diferentes mecanismos de coesão, pois
Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos z Artigos indefinidos: um, uns; uma, umas.
(Indicativo) Os artigos podem ser combinados às preposições:
são as chamadas contrações. Algumas contrações
z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER comuns na língua são: em + a = na; a + o = ao; a + a =
(presente do indicativo) + verbo principal particí- à; de + a = da.
pio. Ex.: Tenho estudado. Toda palavra determinada por um artigo torna-se
z Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi- um substantivo! Ex.: o não, o porquê, o cuidar etc.
liar: TER (pretérito imperfeito do indicativo) + ver-
bo principal no particípio. Ex.: Tinha passado.
EXERCÍCIO COMENTADO
z Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro do
indicativo) + verbo principal no particípio. Ex.: 1. (SCT – 2020) Marque a alternativa cujo período apre-
Terei saído. senta apenas artigos indefinidos:
z Futuro do pretérito composto: Verbo auxiliar: TER
a) Uma das vantagens de ser garçonete é que acabo
(futuro do pretérito simples) + verbo principal no
conhecendo todas as pessoas.
particípio. Ex.: Teria estudado.
b) A garota prefere lutar por ele, pois o considera uma
boa pessoa.
Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos c) A família está em festa com a chegada do bebê.
(Subjuntivo) d) Poderia me passar a colher, por favor?
e) Mariana é uma mulher com um coração de ouro.
z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
(presente o subjuntivo) + Verbo principal particí- Os artigos indefinidos são “um/uma” e suas flexões
pio. Ex.: (que eu) Tenha estudado. de plural. A única opção que apresenta somente
z Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi- artigos indefinidos é a e Resposta: Letra E.
liar: TER (pretérito imperfeito do subjuntivo) +
verbo principal no particípio. Ex.: (se eu) Tivesse NUMERAIS
estudado
Palavra que se relaciona diretamente ao substanti-
z Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro sim- vo, inferindo ideia de quantidade ou posição.
ples do subjuntivo) + verbo principal no particípio. Os numerais podem ser:
Ex.: (quando eu) tiver estudado.
z Cardinais: indicam quantidade em si. Ex.: dois
potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os
meninos eram bons em português.
DOMÍNIO DA ESTRUTURA z Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma
série. Ex.: foi o segundo colocado do concurso; che-
MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar.
z Multiplicativos: indicam o aumento proporcio-
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS nal de uma quantidade. Ex.: Ele ganha o triplo no
novo emprego.
A palavra morfologia refere-se ao estudo das for- z Fracionários: indicam a diminuição proporcio-
mas; por isso, o termo é usado pelos linguistas e tam- nal de uma quantidade. Ex.: Tomou um terço
bém pelos médicos que estudam as formas dos órgãos de vinho; o copo estava meio cheio; ele recebeu
34 e suas funções. metade do pagamento.
Um numeral ou um artigo? Tipos de Substantivos
A forma um pode assumir na língua a função de A classificação dos substantivos admite nove tipos
artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como diferentes de substantivos. São eles:
podemos reconhecer cada função? É preciso observar
o contexto em uso. z Simples: Formados a partir de um único radical.
Durante a votação, houve um deputado que se Ex.: vento, escola;
posicionou contra o projeto. z Composto: Formados pelo processo de justaposi-
ção. Ex.: couve-flor, aguardente;
z Durante a votação, apenas um deputado se posi- z Primitivo: Possibilitam a formação de um novo
cionou contra o projeto. substantivo. Ex.: pedra, dente;
z Derivado: Formados a partir dos primitivos. Ex.:
Na primeira frase, podemos substituir o termo um
pedreiro, dentista;
por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e
o sentido será mantido, pois o que se pretende defen- z Concreto: Designam seres com independência
der é que a espécie do indivíduo que se posicionou ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde-
contra o projeto é um deputado e não uma deputada, pendente da sua conotação espiritual ou real. Ex.:
por exemplo. Deus, fada, carro;
Já na segunda oração, a alteração do gênero não z Abstrato: Indica estado, sentimento, ação, quali-
implicaria em mudanças no sentido, pois o que se dade. Ex.: coragem, Liberalismo;
pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por UM z Comum: Designam determinados seres e lugares.
deputado, marcando a quantidade. Ex.: homem, cidade;
Outra forma de notarmos a diferença é ficarmos z Próprio: Designam uma determinada espécie. Ex.:
atentos com a aparição das expressões adverbiais, o Maria, Fortaleza;
que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral.
z Coletivo: Usados no singular, designam um con-
Sobre o numeral milhão/milhares, importa desta-
junto de uma mesma espécie. Ex: pinacoteca,
car que sua forma é masculina, logo, o artigo que pre-
manada.
cede será sempre no masculino
É importante destacar que a classificação de um
z Errado: As milhares de vacinas chegaram hoje.
substantivo depende do contexto em que ele está inse-
z Correto: Os milhares de vacina chegaram hoje.
rido. Vejamos:
Judas foi um apóstolo (Judas = Próprio).
Dica O amigo se mostrou um judas (judas = traidor/
A forma 14 por extenso apresenta duas for- comum).
mas aceitas pela norma gramatical: catorze e
Flexão de Gênero
quatorze.
Os gêneros do substantivo são masculinos e femi-
ninos. Porém, alguns admitem apenas uma forma
EXERCÍCIO COMENTADO para os dois gêneros, são, por isso, chamados de uni-
formes. Os substantivos uniformes podem ser:
1. (CONSESP – 2018) Analise os itens a seguir:
z Comuns-de-dois-gêneros: designam seres huma-
nos e sua diferença é marcada pelo artigo. Ex.: o
I. A quadragésima quinta Feira do Livro foi um sucesso (45ª).
pianista / a pianista; o gerente / a gerente; o cliente
II. Pela milésima vez ele acenou positivamente (1000ª).
/ a cliente; o líder / a líder.
III. Há uma década que não o vejo (10 anos). z Epicenos: designam animais ou plantas que apre-
sentam distinção entre masculino e feminino; a
Os numerais entre parênteses foram grafados correta- diferença é marcada pelo uso do adjetivo macho
mente, conforme apresentados em destaque, em: ou fêmea. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; onça
macho / onça fêmea; gambá macho / gambá fêmea;
a) 1 e 2, apenas. girafa macho / girafa fêmea.
b) 2 e 3, apenas. z Sobrecomuns: designam seres de forma geral que
c) 1 e 3, apenas. não são distinguidos por artigo ou adjetivo, o gêne-
LÍNGUA PORTUGUESA
Além disso, algumas palavras na língua causam Substantivo + substantivo (com função adjetiva).
dificuldade na identificação do gênero, pois são usa- Ex.: navios-escola.
das em contextos informais com gêneros diferentes, é
o caso de: a alface; a cal; a derme; a libido; a gênese; Palavra invariável + palavra invariável.
a omoplata / o guaraná; o catolicismo; o formicida; o Ex.: abaixo-assinados.
telefonema; o trema.
Algumas formas que não apresentam, necessaria- Verbo + substantivo.
mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no Ex.: guarda-roupas.
masculino quanto no feminino: O personagem / a per-
sonagem; O laringe / a laringe; O xerox / a xerox. Redução + substantivo.
Ex.: bel-prazeres.
Flexão de Número
Destacamos, ainda, que os substantivos compostos
formados por verbo + advérbio e verbo + substan-
Os substantivos flexionam-se em gênero, de manei-
tivo plural ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os
ra geral, pelo acréscimo do morfema -s: Casa / casas.
saca-rolha.
Porém, podem apresentar outras terminações: males,
reais, animais, projéteis etc. Geralmente, devemos acres-
Variação de Grau
centar -es ao singular das formas terminadas em R ou Z,
como: flor / flores; paz / pazes. Porém, há exceções, como A flexão de grau dos adjetivos exprime a variação
mal/males. de tamanho dos seres, indicando um aumento ou uma
Já os substantivos terminados em AL, EL, OL, UL diminuição.
fazem plural trocando-se o L final por -is. Ex.: coral
/ corais; papel / papéis; anzol / anzóis. Mas também z Grau aumentativo: quando o acréscimo de sufi-
há exceções. Ex.: a forma mel apresenta duas formas xos aos substantivos indicar um grau aumentativo.
aceitas meles e méis. Ex.: bocarra, homenzarrão, gatalhão, cabeçorra,
Geralmente, as palavras terminadas em -ão fazem fogaréu, boqueirão, poetastro.
plural com o acréscimo do -s ou pelo acréscimo de -es. z Grau diminutivo: quando o acréscimo de sufi-
Ex.: capelães, capitães, escrivães. Contudo, há subs- xos aos substantivos indicar um grau diminutivo.
tantivos que admitem até três formas de plural: Ex.: fontinha, lobacho, casebre, vilarejo, saleta,
pequenina, papelucho.
z Ermitão: ermitãos, ermitões, ermitães.
z Ancião: anciãos, anciões, anciães. Dica
z Vilão: vilãos, vilões, vilães. O emprego do grau aumentativo ou diminutivo
dos substantivos pode alterar o sentido das pala-
Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas vras, podendo assumir um valor:
que terminam em -ão o acréscimo do -s. Ex.: órgão / Afetivo: filhinha;
36 órgãos; órfão / órfãos. Pejorativo: mulherzinha / porcalhão.
O Novo Acordo Ortográfico e o Uso de Maiúsculas A seguir, colocamos algumas locuções adjetivas
com valores diferentes ao lado da forma adjetiva,
O novo acordo ortográfico estabelece novas regras importantes para seu estudo:
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso
da inicial maiúscula. Dessa forma, devemos usar com z Voo de águia / aquilino;
letra maiúscula as iniciais das palavras que designam: z Poder de aluno / discente;
z Cor de chumbo / plúmbeo;
z Nomes de instituições. Ex.: Embaixada do Brasil; z Bodas de cobre / cúprico;
Ministério das Relações Exteriores; Gabinete da z Sangue de baço / esplênico;
Vice-presidência. z Nervo do intestino / celíaco ou entérico;
z Noite de inverno / hibernal ou invernal.
z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás
Cubas. Caso a obra apresente em seu título um É importante destacar que mais do que “decorar”
nome próprio, este também deverá ser escrito com formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun-
inicial maiúscula. damental reconhecer as principais características de
z Nomenclatura legislativa especificada deve ser uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e
escrita com inicial maiúscula. Ex.: Lei de Diretri- apresentar valor de posse. Ex.: Viu o crime pela aber-
zes e Bases da Educação (LDB). tura da porta; A abertura de conta pode ser realiza-
da on-line.
z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da Quando a locução adjetiva é composta pela pre-
Vacina; Guerra Fria. posição “de”, ela pode ser confundida com a locução
adverbial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importan-
Em palavras com hífen, podemos optar pelo uso te perceber que a locução adjetiva apresenta valor de
de maiúsculas ou minúsculas, portanto, são aceitas as posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para
formas: Vice-Presidente; Vice-presidente e vice-pre- ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da
sidente, porém é preciso manter a mesma forma em porta. Além disso, a locução destacada está caracteri-
todo o texto. Já nomes próprios compostos por hífen zando o substantivo “abertura”.
devem ser escritos com as iniciais maiúsculas: Grã- Já na segunda frase, a locução destacada é adver-
-Bretanha, Timor-Leste. bial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “con-
ta”, o que indica o valor de passividade da locução,
demonstrando seu caráter adverbial.
As locuções adjetivas também desempenham fun-
EXERCÍCIO COMENTADO ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes,
numerais, oração substantiva. Ex.: amor de mãe, café
1. (FCC – 2018) Julgue o item a seguir: com açúcar.
Organiza-se o sentido, nos versos 1 e 3, por meio de Já as locuções adverbiais desempenham função
sequências verbais, das quais se destaca o uso recor- de advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos,
rente do substantivo “seco” devidamente flexionado. orações adjetivas com esses valores. Ex.: morreu de
Terra seca árvore seca fome; agiu com rapidez.
E a bomba de gasolina
Casa seca paiol seco Adjetivo de Relação
E a bomba de gasolina
No estudo dos adjetivos, é fundamental estudar
( ) CERTO ( ) ERRADO o aspecto morfológico designado como “adjetivo de
relação”, muito cobrado por bancas de concursos.
A palavra “seco” no contexto mencionado não é Para identificar um adjetivo de relação, observe as
substantivo, e sim funciona como adjetivo. Respos- seguintes características:
ta: Errado.
z Seu valor é objetivo, não podendo, portanto, apre-
ADJETIVO sentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino
bonito”, o adjetivo não é de relação, já que é sub-
jetivo, pois a beleza do menino depende dos olhos
Os adjetivos associam-se aos substantivos garan-
de quem o descreve.
tindo a estes um significado mais preciso. Os adjetivos
podem indicar: z Posição posterior ao substantivo: os adjetivos de
relação sempre são posicionados após o substanti-
LÍNGUA PORTUGUESA
As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden-
dos adjetivos, indicando as mesmas características te americano (não é subjetivo; posicionado após o
deles. substantivo; derivado de substantivo; não existe a
Elas são formadas por preposição + substantivo, forma variada em grau “americaníssimo”); platafor-
referindo-se a outro substantivo ou expressão subs- ma petrolífera; economia mundial; vinho francês;
tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo. roteiro carnavalesco. 37
Variação de Grau
O adjetivo pode variar em dois graus: Comparativo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas respectivas
categorias.
z Grau comparativo: exprime a característica de um ser, comparando-o com outro da mesma classe nos seguin-
tes sentidos:
z Grau superlativo: em relação ao grau superlativo, é importante considerar que o valor semântico desse grau
apresenta variações, podendo indicar:
Característica de um ser elevada ao último grau: Superlativo absoluto, que pode ser analítico (associado
ao advérbio) ou sintético (associação de prefixo ou sufixo ao adjetivo);
Característica de um ser relacionada com outros indivíduos da mesma classe: Superlativo relativo,
que pode ser de superioridade (O mais) ou de inferioridade (O menos)
Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo absoluto analítico).
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto sintético).
O candidato é o mais humilde dos concorrentes? (Superlativo relativo de superioridade).
O candidato é o menos preparado entre os concorrentes à prefeitura (Superlativo relativo de inferioridade).
Ao compararmos duas qualidades de um mesmo ser, devemos empregar a forma analítica (mais alta, mais
magra, mais bonito etc.).
Ex.: A modelo é mais alta que magra.
Porém, se uma mesma característica se referir a seres diferentes, empregamos a forma sintética (melhor,
pior, menor etc.).
Ex.: Nossa sala é menor que a sala da diretoria.
z Primitivos: são os Adjetivos que não derivam de outras palavras e, a partir deles, é possível formar novos
termos. Ex.: útil, forte, bom, triste, mau etc.
z Derivados: são formados a partir dos adjetivos primitivos. Ex.: bondade, lealdade, mulherengo etc.
z Simples: Os adjetivos simples apresentam um único radical. Ex.: português, escuro, honesto etc.
z Compostos: são formados a partir da união de dois ou mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-brasileiro, ama-
relo-ouro etc.
Dica
O plural dos adjetivos simples é realizado da mesma forma que o plural dos substantivos.
z Invariável: adjetivos compostos como azul-marinho, azul-celeste, azul-ferrete; locuções formadas de cor +
de + substantivo, como em cor-de-rosa, cor-de-cáqui; adjetivo + substantivo, como tapetes azul-turquesa,
camisas amarelo-ouro.
z Varia o último elemento: 1º elemento é palavra invariável, como em mal-educados, recém-formados; adjeti-
vo + adjetivo, como em lençóis verde-claros, cabelos castanho-escuros.
Adjetivos Pátrios
Os adjetivos pátrios também são conhecidos como gentílicos e designam a naturalidade ou nacionalidade dos seres.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: amazonense,
fluminense, cearense.
Uma outra curiosidade sobre os adjetivos pátrios diz respeito ao adjetivo brasileiro, formado com o sufixo -eiro,
costumeiramente usado para designar profissões.
O gentílico que designa nossa nacionalidade teve origem com as pessoas que comercializavam o pau-brasil, esse
38 ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo que passou a indicar os nascidos em nosso país.
Veja abaixo alguns deles:
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FGV – 2017) Há, em língua portuguesa, um grupo de adjetivos chamados “adjetivos de relação”, que possuem marcas
diferentes de outros adjetivos, como a de não poder ser empregado antes do substantivo a que se refere, nem receber
grau superlativo. Assinale a opção que indica o adjetivo do texto que não está incluído nessa categoria:
a) Herói nacional.
b) Guerra mundial.
c) Diferença social.
d) Povo cordial.
e) Traço cultural.
Como vimos, uma outra característica dos adjetivos de relação é a objetividade. Esses adjetivos não denotam
LÍNGUA PORTUGUESA
questões subjetivas, tal qual o adjetivo “cordial”, na letra D, a única sem adjetivo de relação. Resposta: Letra D
PRONOME
Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Os pronomes indicam: pessoas, relações de posse, indefinição,
quantidade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre tantas outras funções.
Destacamos, ainda, que os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpreta-
ção textual, pois colaboram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar
a organização textual, contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto.
39
Pronomes Pessoais Pronomes de Tratamento
Os pronomes pessoais designam as pessoas do dis- Os pronomes de tratamento são formas que expres-
curso; algumas informações relevantes sobre eles são: sam uma hierarquia social institucionalizada linguis-
ticamente. As formas de pronomes de tratamento
apresentam algumas peculiaridades importantes:
PRONOMES PRONOMES
PESSOAS DO CASO DO CASO z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo a
RETO OBLÍQUO 2ª pessoa), apesar disso, os verbos relacionados a
1º pessoa do Me, mim, esse pronome devem ser flexionados na 3ª pessoa
EU do singular. Ex: Vossa excelência deve conhecer a
singular comigo
Constituição.
2º pessoa do
TU Te, ti, contigo z Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo
singular
a 3ª pessoa). Ex.: Sua excelência, o presidente do
3º pessoa do Se, si, consigo, Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje
ELE/ELA à noite.
singular o, a, lhe
Pronomes Relativos
Usamos esse, essa, isso para indicar:
Uma das classes de pronomes mais complexas, os
z Referência ao espaço físico, indicando o afasta- pronomes relativos têm função muito importante na
mento de algo de quem fala. Ex.: Essa sua gravata língua, refletida em assuntos de grande relevância
combinou muito com você. em concursos, como a análise sintática. Dessa forma,
é essencial conhecer adequadamente a função desses
z Pode indicar distância que se deseja manter. Ex.:
elementos a fim de saber utilizá-los corretamente.
Não me fale mais nisso; A população não confia
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo
nesses políticos.
ou a um pronome substantivo, mencionado anterior-
z Referência ao tempo passado. Ex.: Nessa semana, mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio-
eu estava doente; Esses dias estive em São Paulo. nado anteriormente) chamamos de antecedente. 41
São pronomes relativos: Pronomes Interrogativos
z Variáveis: O qual, os quais, cujo, cujos, quanto, São utilizados para introduzir uma pergunta ao tex-
quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta, to e se apresentam de formas variáveis (Que? Quais?
quantas. Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?). Ex.:
O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? Quantos
z Invariáveis: Que, quem, onde, como. anos tem seu pai?
z Emprego do pronome relativo que: pode ser asso- O ponto de exclamação só é usado nas interrogati-
ciado a pessoas, coisas ou objetos. Ex.: Encontrei vas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção
interrogativa, indicada por um verbo como: pergun-
o homem que desapareceu; O cachorro que esta-
tar, indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela.
va doente morreu; A caneta que emprestei nunca
Os pronomes interrogativos que e quem são pro-
recebi de volta.
nomes substantivos.
Eu canto Cantei
Tu cantas Cantaste
PARTICÍPIO PARTICÍPIO
Ele/ você canta Cantou INFINITIVO
REGULAR IRREGULAR
Nós cantamos Cantamos
Acender Acendido Aceso
Vós cantais Cantastes
Afligir Afligido Aflito
Eles/ vocês cantam Cantaram
Corrigir Corrigido Correto
z Irregulares: os verbos irregulares apresentam
alteração no radical e nas desinências verbais, Encher Enchido Cheio
por isso recebem esse nome, pois sua conjugação
Fixar Fixado Fixo
ocorre irregularmente, seguindo um paradigma 43
� Defectivos: são verbos que não apresentam algu- z Verbos Auxiliares: os verbos auxiliares são empre-
mas pessoas conjugadas em suas formas, gerando gados nas formas compostas dos verbos e também
um defeito na conjugação, por isso o nome. São nas locuções verbais. Os principais verbos auxilia-
defectivos os verbos colorir, precaver, reaver. res dos tempos compostos são ter e haver.
Esses verbos não são conjugados na primeira pes-
soa do singular do presente do indicativo. Bem Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a
como: Aturdir, exaurir, explodir, esculpir, extor-
concordância verbal, porém, o verbo principal deter-
quir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir,
mina a regência estabelecida na oração.
computar, colorir, carpir, banir, brandir, bramir,
soer. Apresentam forte carga semântica que indica
Verbos que expressam onomatopeias ou fenôme- modo e aspecto da oração; tratamos mais desse assun-
nos temporais também apresentam essa caracte- to no tópico verbos auxiliares no final da gramática.
rística, como latir, bramir, chover. São importantes na formação da voz passiva
analítica.
� Pronominais: esses verbos apresentam um pro-
nome oblíquo átono integrando sua forma verbal;
z Formas Nominais: na língua portuguesa, usamos
é importante lembrar que esses pronomes não
apresentam função sintática. Predominantemen- três formas nominais dos verbos:
te, os verbos pronominas apresentam transitivida-
de indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se Gerúndio: terminação -NDO. Apresenta valor
durativo da ação e equivale a um advérbio ou
adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando.
PRETÉRITO PERFEITO
PRESENTE INDICATIVO
INDICATIVO Particípio: terminações: -ADO, -IDO, -DO, -TO,
-GO, -SO. Apresenta valor adjetivo e pode ser
Eu me sento Sentei-me
classificado em particípio regular e irregular,
Tu te sentas Sentaste-te sendo as formas regulares finalizadas em -ADO
e -IDO.
Ele/ você se senta Sentou-se
Nós nos sentamos Sentamo-nos A norma culta gramatical recomenda o uso do par-
ticípio regular com os verbos ter e haver, já com os
Vós vos sentais Sentastes-vos verbos ser e estar, recomenda-se o uso do particípio
Eles/ vocês se sentam Sentaram-se irregular. Ex.: Os policiais haviam expulsado os ban-
didos / Os traficantes foram expulsos pelos policiais.
z Reflexivos: são os verbos que apresentam pro-
nome oblíquo átono reflexivo, funcionando sinta- Infinitivo: marca as conjugações verbais.
ticamente como objeto direto ou indireto. Nesses AR: verbos que compõem a 1ª conjugação (AmAR,
verbos, o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao PasseAR);
mesmo tempo. Ex.: Ela se veste mal; Nós nos cum- ER: verbos que compõem a 2ª conjugação (ComER,
primentamos friamente. pÔR);
IR: verbos que compõem a 3ª conjugação (Par-
z Impessoais: são verbos que designam fenômenos
da natureza, como chover, trovejar, nevar etc. tIR, SaIR)
O verbo pôr corresponde à segunda conjuga-
O verbo haver com sentido de existir ou marcando ção, pois origina-se do verbo poer, o mesmo
tempo decorrido também será impessoal. Ex.: Havia acontece com verbos que deste derivam.
muitos candidatos e poucas vagas; Há dois anos, fui
aprovado em concurso público. Vozes verbais
Os verbos ser e estar também são verbos impes-
soais, quando designam fenômeno climático ou tempo. As vozes verbais definem o papel do sujeito na
Ex.: Está muito quente!; Era tarde quando chegamos. oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação
O verbo ser para indicar hora, distância ou data verbal ou se ele recebe a ação verbal.
concorda com esses elementos.
O verbo fazer também poderá ser impessoal, z Ativa: O sujeito é o agente, praticando a ação ver-
quando indicar tempo decorrido ou tempo climáti-
bal. Ex.: O policial deteve os bandidos.
co. Ex.: Faz anos que estudo para concursos; Aqui faz
muito calor. z Passiva: O sujeito é paciente, sofre a ação verbal.
Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sin- Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial – pas-
taticamente, classificamos como sujeito inexistente. siva analítica; Detiveram-se os criminosos – pas-
siva sintética.
Dica z Reflexiva: O sujeito é agente e paciente ao mesmo
O verbo ser será impessoal quando o espaço tempo, pois o sujeito pratica e recebe a ação ver-
sintático ocupado pelo sujeito não estiver preen- bal. Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia.
chido: “Já é natal”. Segue o mesmo paradigma z Recíproca: O sujeito é agente e paciente ao mesmo
do verbo fazer, podendo ser impessoal, tam- tempo, porém percebemos que há uma ação com-
bém, o verbo IR: “vai uns bons anos que não vejo partilhada entre dois indivíduos. Ex.: Os bandidos
44 Mariana” se olharam antes do julgamento.
A voz passiva é realizada a partir da troca de o sujeito da frase poderá estar explícito ou
funções entre sujeito e objeto da voz ativa; falamos implícito. Ex.: Ele se via no espelho / Deu-se um
melhor desse processo no capítulo funções do SE em presente de aniversário.
verbos transitivos direto.
Só podemos transformar uma frase da voz ativa z Parte integrante do verbo: nesses casos, o SE será
para a voz passiva se o verbo for transitivo direto ou parte integrante dos verbos pronominais, acompa-
transitivo direto e indireto, logo, só há voz passiva nhando-o em todas as suas flexões. Quando o SE
com a presença do objeto direto. exerce essa função, jamais terá uma função sin-
A voz reflexiva indica uma ação praticada e rece-
tática. Além disso, o sujeito da frase poderá estar
bida pelo sujeito ao mesmo tempo; essa relação pode
explícito ou implícito. Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da
ser alcançada com apenas um indivíduo que pratica e
mãe, quando olhou a filha.
sofre a ação. Ex.: O menino se agrediu.
Ou a ação pode ser compartilhada entre dois ou mais z Partícula de realce: será partícula de realce o SE
indivíduos que praticam e sofrem a ação. Ex.: Apesar que puder ser retirado do contexto sem prejuízo no
do ódio mútuo, os candidatos se cumprimentaram. sentido e na compreensão global do texto. A partícu-
No último caso, a voz reflexiva é também chamada la de realce não exerce função sintática, pois é desne-
de recíproca, por isso, fique atento. cessária. Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos.
Não confunda os verbos pronominais com as z Conjunção: o SE será conjunção condicional,
vozes verbais. Os verbos pronominais que indicam
quando sugerir a ideia de condição. A conjunção
sentimentos, como arrepender-se, queixar-se, dignar-
SE exerce função de conjunção integrante, ape-
-se, entre outros acompanham um pronome que faz
nas ligando as orações e poderá ser substituída
parte integrante do seu significado, diferentemente
das vozes verbais que acompanham o pronome SE pela conjunção caso. Ex.: Se ele estudar, irá ser
com função sintática própria. aprovado.
Como vimos, o SE pode funcionar como item essen- Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conjuga-
cial na voz passiva; além dessa função, esse elemento ção apresenta paradigma derivado, auxiliando a com-
também acumula outras atribuições. Vejamos: preensão dessas conjugações verbais.
O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
z Partícula apassivadora: a voz passiva sintética é verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais
feita com verbos transitivos direto (TD) ou transiti- que terminam em -iar. Os verbos com essa termina-
vos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos o SE ção são, predominantemente, regulares.
junto ao verbo, por isso o elemento SE é designado
partícula apassivadora, nesse contexto. Ex.: Busca-
-se a felicidade (voz passiva sintética) – SE (partícu- PRESENTE - INDICATIVO
la apassivadora) Eu Crio
O SE exercerá essa função apenas:
Tu Crias
Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI;
Verbos concordam com o sujeito; Ele/Você Cria
Com a voz passiva sintética. Nós Criamos
São conjugados da mesma forma os verbos: dispor, As locuções adverbiais, como já mostramos ante-
interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor, en- riormente, são bem semelhantes às locuções adjeti-
trepor, supor. vas. É importante saber que as locuções adverbiais
apresentam um valor passivo.
Ex.: Ameaça de colapso.
EXERCÍCIO COMENTADO Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução
adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se
1. (FCC – 2018) “Uma tendência que já coroava as edi-
invertermos a ordem e inserirmos um verbo na voz
ções anteriores do prêmio”.
passiva, a frase manterá seu sentido. Vejamos:
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que
se encontra acima está sublinhado em: Colapso foi ameaçado: essa frase faz sentido e
apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução
a) Por meio do qual definia uma suposta obra de arte. destacada anteriormente é adverbial.
b) O novo prêmio atenderia o mercado. Ainda sobre esse assunto, perceba que em locu-
c) Ou o que o contraria. ções como esta: “Característica da nação”, o termo
d) O leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas. destacado não terá o mesmo valor passivo, pois não
e) Ele contempla os títulos com mais chance. aceitará a inserção de um verbo com essa função:
Nação foi característica*: essa frase quebra a
“Coroava”, assim como “definia”, está conjugado no estrutura gramatical da língua portuguesa, que não
pretérito imperfeito do indicativo. Resposta: Letra A. admite voz passiva em termos com função de posse,
caso das locuções adjetivas. Isso torna tal estrutura
ADVÉRBIO agramatical, por isso, inserimos um asterisco (*) para
indicar essa característica.
Advérbios são palavras invariáveis que modificam
um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Em
alguns casos, os advérbios também podem modificar Dica
uma frase inteira, indicando circunstância.
Os grandes cientistas da gramática da língua por- Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
tuguesa apresentam uma lista exaustiva com as fun- Locuções adjetivas apresentam valor de posse.
ções dos advérbios, porém; decorar as funções dos
advérbios, além de desgastante, pode não ter o resul- Com essa dica, esperamos que você seja capaz
tado esperado na resolução de questões de concurso. de diferenciar essas locuções em questões; ademais,
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às
buscamos desenvolver seu aprendizado para que não
principais funções designadas por um advérbio e, a
partir delas, consiga interpretar a função exercida nos seja preciso gastar seu valioso tempo decorando listas
enunciados das questões que tratem dessa classe de de locuções adverbiais. Lembre-se: o sentido está no
46 palavras. texto.
Advérbios Interrogativos
Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Exs.:
Como foi a prova?
Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.
Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
GRAU COMPARATIVO
NORMAL SUPERIORIDADE INFERIORIDADE IGUALDADE
Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem
Mal Pior (mais mal*) - Tão mal
Muito Mais - -
Pouco menos - -
Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.
GRAU SUPERLATIVO
Advérbios e Adjetivos
O adjetivo é, como vimos, uma classe de palavras variável, porém, quando se refere a um verbo, ele fica inva-
riável, confundindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural; caso
a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.
Ex.: A cerveja que desce redondo/ As cervejas que descem redondo.
Nesse caso, trata-se de um advérbio.
Palavras Denotativas
São termos que apresentam semelhança aos advérbios, em alguns casos são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
LÍNGUA PORTUGUESA
Sobre as palavras denotativas, é fundamental que você saiba identificar o sentido a elas atribuído, pois, geral-
mente, é isso que as bancas de concurso cobram.
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma ser
+ que (é que). A principal característica dessas palavras é que podem ser retiradas sem causar prejuízo sintático
ou semântico na frase. Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras. 47
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, Locuções Prepositivas
não, é porque etc.
São grupos de palavras que equivalem a uma pre-
Algumas Observações Interessantes posição. Ex.: Falei sobre o tema da prova; Falei acerca
do tema da prova.
z O adjunto adverbial deve sempre vir posicionado A locução prepositiva na segunda frase substitui
após o verbo ou complemento verbal, caso venha perfeitamente a preposição sobre. As locuções pre-
deslocado, em geral, separamos por vírgulas. positivas sempre terminam em uma preposição, e há
z Em uma sequência de advérbios terminados com o apenas uma exceção: a locução prepositiva com sen-
sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a tido concessivo “não obstante”. A seguir, elencamos
alguns exemplos de locuções prepositivas:
terminação destacada.
Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito
de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de;
graças a; junto de; perto de; por entre; por trás de; quan-
EXERCÍCIOS COMENTADOS to a; a fim de; a respeito de; por meio de; em virtude de.
Algumas locuções prepositivas apresentam seme-
lhanças morfológicas, mas significados completamen-
1. (SCT – 2020) Assinale a opção em que as palavras te diferentes, como:
denotativas não foram bem classificadas: A opinião dos diretores vai ao encontro do pla-
nejamento inicial = Concordância. / As decisões do
a) A palavra SE, por exemplo, pode ter muitas funções público foram de encontro à proposta do programa
(explicação). = Discordância.
b) Todos saíram exceto o vigia (exclusão). Em vez de comer lanches gordurosos, coma frutas
c) O pároco, isto é, o vigário da nossa paróquia, esteve = substituição. / Ao invés de chegar molhado, chegou
aqui (de adição). cedo = oposição.
d) Mesmo eu não sabia de nada (exclusão).
e) Ele também participou da homenagem (inclusão). Fonte: instagram.com/academiadotexto. Acessado em: 19/11/2020.
Conjunções Subordinativas
� Aparece após uma interjeição: � Para incluir num texto uma observação de nature-
Ex.: Nossa! Isso é fantástico. za elucidativa:
Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de
� Usado para substituir vírgulas em vocativos enfáticos: Sérgio Porto] a obra “Rosamundo e os outros”.
Ex.: “Fernando José! onde estava até esta hora?”
� Para isolar o termo latino sic (que significa “assim”),
� É repetido duas ou mais vezes quando se quer a fim de indicar que, por mais estranho ou errado
marcar uma ênfase: que pareça, o texto original é assim mesmo:
Ex.: Inacreditável!!! Atravessou a piscina de 50 Ex.: “Era peior [sic] do que fazer-me esbirro aluga-
54 metros em 20 segundos!!! do.” (Machado de Assis)
� Para indicar os sons da fala, quando se estuda � Para separar o numerador do denominador nos
Fonologia: números fracionários, substituindo a barra da fração:
Ex.: mel: [mɛw]; nem: [bẽy] Ex.: 1/3 = um terço
� Para suprimir parte de um texto (assim como � Nas datas:
parênteses) Ex.: 31/03/1983
Ex.: Na hora em que entrou no quarto [...] e depois
� Nos números de telefone:
desceu as escadas apressadamente. ou Ex.: 225 03 50/51/52
Na hora em que entrou no quarto (...) e depois des-
ceu as escadas apressadamente. (caso não preferí- � Nos endereços:
vel segundo as normas da ABNT) Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232
� Na indicação de dois anos consecutivos:
Asterisco Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso.
� É colocado à direita e no canto superior de uma � Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua:
palavra do trecho para se fazer uma citação ou Ex.: /s/
comentário qualquer sobre o termo em uma nota
de rodapé: Embora não existam regras muito definidas sobre
Ex.: A palavra tristeza é formada pelo adjetivo a existência de espaços antes e depois da barra oblí-
triste acrescido do sufixo -eza*. qua, privilegia-se o seu uso sem espaços: plural/singu-
*-eza é um sufixo nominal justaposto a um adjeti- lar, masculino/feminino, sinônimo/antônimo.
vo, o que origina um novo substantivo.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
� Quando repetido três vezes, indica uma omissão
ou lacuna em um texto, principalmente em substi- Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se
tuição a um substantivo próprio: umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
Ex.: O menor *** foi apreendido e depois encami- cem a alguns princípios: um deles é a concordância.
nhado aos responsáveis. Observe o exemplo:
� Quando colocado antes e no alto da palavra, repre-
senta o vocábulo como uma forma hipotética, isto A pequena garota andava sozinha pela cidade.
é, cuja existência é provável, mas não comprovada: A: Artigo, feminino, singular;
Ex.: Parecer, do latim *parescere. Pequena: Adjetivo, feminino, singular;
Garota: Substantivo, feminino, singular.
� Antes de uma frase para indicar que ela é agrama-
tical, ou seja, uma frase que não respeita as regras Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos
da gramática. adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o
* Edifício elaborou projeto o engenheiro. número (singular) do substantivo.
Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân-
Uso da Barra cia: verbal e nominal.
� Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser É a adaptação em número – singular ou plural –
substituída pela conjunção “ou”: e pessoa que ocorre entre o verbo e seu respectivo
Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta. sujeito.
Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta. “De todos os povos mais plurais culturalmente, o
Brasil, mesmo diante de opiniões contrárias, as quais
� Para indicar inclusão, quando utilizada na separa- insistem em desmentir que nosso país é cheio de ‘bra-
ção das conjunções e/ou. sis’ – digamos assim –, ganha disparando dos outros,
Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais pois houve influências de todos os povos aqui: euro-
e/ou escritos. peus, asiáticos e africanos.”
� Para indicar itens que possuem algum tipo de rela- Esse período, apesar de extenso, constitui-se de
ção entre si. um sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo cor-
Ex.: A palavra será classificada quanto ao número respondente a esse sujeito, “ganha”, necessita ficar no
(plural/singular). singular.
Destrinchando o período, temos que os termos
LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância Verbal do Verbo Ser Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono
sendo sujeito do infinitivo)
� Concorda com o sujeito
Ex.: Nós somos unha e carne. Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo
no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o
� Concorda com o sujeito (pessoa)
impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”.
Ex.: Os meninos foram ao supermercado.
� Em predicados nominais, quando o sujeito for repre- Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo
sentado por um dos pronomes tudo, nada, isto, isso, com valor genérico)
aquilo ou “coisas”, o verbo ser concordará com o São casos difíceis de solucionar. (infinitivo prece-
predicativo (preferencialmente) ou com o sujeito dido de preposição de ou para)
Ex.: No início, tudo é/são flores. Soldados, recuar! (infinitivo com valor de imperativo) 57
� Concordância do verbo parecer z Quais de vós me ajudarão/ajudareis?
Flexiona-se ou não o infinitivo. z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura
Pareceu-me estarem os candidatos confiantes. (o brasileira.
equivalente a “Pareceu-me que os candidatos esta- z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a
vam confiantes”, portanto o infinitivo é flexionado ciência. (1,5% corresponde ao singular)
de acordo com o sujeito, no plural) z Chegaram/Chegou João e Maria.
Eles parecem estudar bastante. (locução verbal, z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram
logo o infinitivo será impessoal) aqui.
� Concordância dos verbos impessoais z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política
São os casos de oração sem sujeito. O verbo fica brasileira.
sempre na 3ª pessoa do singular. z O problema do sistema é/são os impostos.
Ex.: Havia sérios problemas na cidade. z Hoje é/são 22 de agosto.
Fazia quinze anos que ele havia se formado. z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos
Deve haver sérios problemas na cidade. (verbo a aprovação.
auxiliar fica no singular) z Deixei os rapazes falar/falarem tudo.
Trata-se de problemas psicológicos.
Geou muitas horas no sul. Silepse de Número e de Pessoa
� Concordância com sujeito oracional
Conhecida também como “concordância irregular,
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o
ideológica ou figurada”. Vejamos os casos:
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do
singular.
z Silepse de número: usa-se um termo discordando
Ex.: Ainda vale a pena investir nos estudos.
Sabe-se que dois alunos nossos foram aprovados. do número da palavra referente, para concordar
Ficou combinado que sairíamos à tarde. com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem
Urge que você estude. vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali-
Era preciso encontrar a verdade dade: todas as flores)
z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do
Casos mais frequentes em provas processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu-
ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de
Veja agora uma lista com os casos mais abordados diversas etnias, somos multiculturais.
em concursos:
Concordância Nominal
� Sujeito posposto distanciado
Ex.: Viviam o meio de uma grande floresta tropical Define-se como a adaptação em gênero e número
brasileira seres estranhos. que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como
o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes,
� Verbos impessoais (haver e fazer) adjetivos, numerais).
Ex.: Faz dois meses que não pratico esporte. O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em
Havia problemas no setor.
gênero e número com o nome a que se referem.
Obs.: Existiam problemas no setor. (verbo existir
Ex.: Parede alta. / Paredes altas.
vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável)
Muro alto. / Muros altos.
� Verbo na voz passiva sintética
Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta. Casos com adjetivos
� Verbo concordando com o antecedente correto
z Com função de adjunto adnominal: quando o
do pronome relativo ao qual se liga
adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti-
Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
tinham experiência. ver após os substantivos, poderá concordar com
as somas desses ou com o elemento mais próximo.
� Sujeito coletivo com especificador plural Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. /
Ex.: A multidão de torcedores vibrou/vibraram. Encontrei colégios e faculdades ótimos.
� Sujeito oracional
Ex.: Convém a eles alterar a voz. (verbo no Há casos em que o adjetivo concordará apenas
singular) com o nome mais próximo, quando a qualidade per-
tencer somente a este.
� Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun- Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira.
to ou complemento no plural Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho
Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar
atrito. (verbo no singular) Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno-
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con-
Casos Facultativos cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
Existem complicadas regras e conceitos.
z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o Quando houver apenas um substantivo qualifica-
estádio.
do por dois ou mais adjetivos pode-se:
z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/ Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad-
fizeram rir. jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa,
58 z Fui eu quem faltou/faltei à aula. francesa e alemã.
Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar Quando significar “um pouco”: será invariável.
os adjetivos (também no singular), antepor um artigo Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora).
a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
� Grama
língua inglesa, a francesa e a alemã.
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan-
do significar unidade de medida, é masculino.
z Com função de predicativo do sujeito
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha.
“A grama do vizinho sempre é mais verde.”
Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
com a soma dos elementos. � É proibido entrada / É proibida a entrada
Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados. Se o sujeito vier determinado, a concordância do
Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su- verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou
jeito acompanhará a concordância do verbo, que por seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda-
sua vez concordará tanto com a soma dos elementos rão com o determinante.
quanto com o nome mais próximo. Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami-
Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta- nhada está boa.
vam abandonados a casa e o quintal. É proibido entrada de crianças. / É proibida a
Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun- entrada de crianças.
to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os Pimenta é bom? / A pimenta é boa?
substantivos por um pronome:
Ex.: Existem conceitos e regras complicados. � Menos / pseudo
(substitui-se por “eles”) São invariáveis.
Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles Ex.: Havia menos violência antigamente.
existem complicados”. Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen-
Como o adjetivo desapareceu com a substituição, to é pseudo-objetivo.
então é um adjunto adnominal.
� Muito / bastante
Quando modificam o substantivo: concordam com
z Com função de predicativo do objeto ele.
Quando modificam o verbo: invariáveis.
Recomenda-se concordar com a soma dos substan- Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito
tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
irritados.
dância com o termo mais próximo.
Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas-
Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados.
tante irritados.
Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e
Se ambos os termos puderem ser substituídos por
seus subordinados.
“vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi-
tuídos por “bem”, ficarão invariáveis.
Algumas convenções
� Tal qual
� Obrigado / próprio / mesmo Tal concorda com o substantivo anterior; qual,
Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada”. com o substantivo posterior.
A própria enfermeira virá para o debate. Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os
Elas mesmas conversaram conosco. pais.
Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais
Dica quais os pais.
Silepse (também chamada concordância
O termo mesmo no sentido de “realmente” será figurada)
invariável. É a que se opera não com o termo expresso, mas o
Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação. que está subentendido.
Ex.: São Paulo é linda! (A cidade de São Paulo é
z Só / sós linda!)
Variáveis quando significarem “sozinho” / Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos
“sozinhos”. com o estabelecimento aberto no final de semana.)
Invariáveis quando significarem “apenas, Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi-
somente”. leiros, estamos esperançosos.)
Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
apenas queriam ficar sozinhas.) � Possível
A locução “a sós” é invariável. Concordará com o artigo, em gênero e número, em
LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de frases enfáticas com o “mais”, o “menos”, o “pior”.
ficar a sós. Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. /
Conheci crianças as mais belas possíveis.
� Quite / anexo / incluso
Concordam com os elementos a que se referem.
Ex.: Estamos quites com o banco.
Seguem anexas as certidões negativas.
Inclusos, enviamos os documentos solicitados.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
� Meio 1. (FAFIPA – 2020) Para que haja concordância, todos os
Quando significar “metade”: concordará com o elementos que compõem a oração precisam estar em
elemento referente. harmonia. A partir disso, assinale a alternativa em que
Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa. NÃO há erro de concordância nominal: 59
a) Sempre educada e prestativa, a menina olhou para Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe
todos os convidados e disse: “Muito obrigado!” foram leais.
b) As taxas inclusa no pacote de viagem são muito altas. Observação: Complemento de “lhe”: predicativo do sujei-
c) Os diretores mesmo realizaram a campanha na escola. to (desprovido de preposição)
d) Bebi meia garrafa de vinho e fiquei meia tonta. Pronome oblíquo átono: lhe
e) Gosto muito de ler Clarice Lispector. Na biblioteca há Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do
bastantes livros de sua autoria. sujeito (desprovido de preposição).
a) Por essa razão se faz necessária a agilização de pro- No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos
cedimentos como a apuração da base de cálculos. que, mudando-se a regência, mudam de sentido,
b) Julgo procedente em parte os pedidos promovidos alterando seu significado.
por Maria e José.
c) As duplicatas apenso não foram resgatadas. Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos.
d) O veículo estará à sua disposição no local e hora (aspiramos = sorvemos)
aprazado. V. T. D.: aspiramos
e) Embora meia tonta, a moça conseguiu dizer “muito Objeto direto: ar poluídos.
obrigado”. Os funcionários aspiram a um mês de férias.
(aspiram = almejam)
O trecho “[...] se faz necessária a agilização” está V. T. I.: aspiram
correto porque o termo “necessária” concorda com Objeto indireto: a um mês de férias
o artigo definido feminino singular “a”. Resposta:
Letra A A seguir, uma lista dos principais verbos que
geram dúvidas quanto à regência:
3. (TJ-SC – 2010) “Ao meio-dia e ____ , encontrando a
porta da lancheria _____ aberta, Joana entrou e pediu � Abraçar: transitivo direto
____ grama de sal e _____ porção de sanduíche.” O tex- Ex.: Abraçou a namorada com ternura.
to fica gramaticalmente correto com a inserção de: O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço
� Agradar: transitivo direto; transitivo indireto
a) meia – meio – meia – meia Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire-
b) meio – meia – meio – meia to com sentido de “acariciar”)
c) meia – meia – meia – meia A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto
d) meia – meio – meio – meia no sentido de “ser agradável a”)
e) meio – meio – meio – meio
� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto;
Ao meio-dia e [meia hora], [...] a porta da lancheria transitivo direto e indireto
[meio = um pouco] aberta, [...] pediu [meio = meta- Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não
de do termo masculino grama] grama de sal e meia personificado)
porção [...]. Resposta: Letra D Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto
personificado)
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi-
reto: refere-se a coisas e pessoas)
Regência é a maneira como o nome ou o verbo se � Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto
relacionam com seus complementos, com ou sem pre- Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da
posição. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou preposição a, rege indiferentemente objeto direto
advérbio) exige complemento preposicionado, esse e objeto indireto.
nome é um termo regente, e seu complemento é um Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo direto)
termo regido, pois há uma relação de dependência Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo
entre o nome e seu complemento. indireto)
O nome exige um complemento nominal sempre ini- Se o infinitivo preposicionado for intransitivo,
ciado por preposição, exceto se o complemento vier em rege apenas objeto direto:
60 forma de pronome oblíquo átono. Ajudaram o ladrão a fugir.
Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto � Informar: transitivo direto e indireto
direto: Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
Ajudei-o muito à noite. coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
sobre
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto Informaram o réu de sua condenação.
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- Informaram o réu sobre sua condenação.
sitivo direto com sentido de “angustiar”) Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com sa: objeto indireto, com a preposição a
sentido de “desejar muito” – não admite “lhe” Informaram a condenação ao réu.
como complemento) � Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
� Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto reto, com as preposições em e por
Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti- Ex.: Ela interessou-se por minha companhia.
vo direto com sentido de “respirar”) � Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo tivo direto e indireto
indireto no sentido de “desejar”) Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-
� Assistir: transitivo direto; transitivo indireto sitivo com sentido de “cortejar”)
Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo
“prestar assistência” indireto com sentido de “desejar muito”)
O médico assistia os acidentados. “Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
O médico assistia aos acidentados. ret) (transitivo direto e indireto com sentido de
- Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar” “encantar-se”)
Não assisti ao final da série. � Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos
Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.
O verbo assistir não pode ser empregado no particípio. Não desobedeçam à sinalização de trânsito.
É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha-
res de pessoas.” � Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi-
tivo direto e indireto
Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto)
� Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
Você pagou ao dono do armazém? (transitivo
direto e indireto
indireto)
Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo
A jovem não queria casar com ninguém. (transiti-
direto e indireto)
vo indireto)
O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire- � Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto;
to e indireto) transitivo direto e indireto
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto)
� Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto)
predicativo do objeto
Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e
Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
indireto)
to com sentido de “convocar”)
Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre- � Suceder: intransitivo; transitivo direto
dicativo do objeto com sentido de “denominar, Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no
qualificar”) sentido de “ocorrer”)
A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido
� Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi- de “vir depois”)
reto; intransitivo
Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo Regência Nominal
indireto com sentido de “ser difícil”)
A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti- Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”) bios) exigem complementos preposicionados, exceto
Este vinho custou trinta reais. (intransitivo) quando vêm em forma de pronome oblíquo átono.
� Esquecer: admite três possibilidades
Ex.: Esqueci os acontecimentos. Advérbios Terminados em “mente”
LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: Não te dirijas a essa pessoa z Quando o de ocorre paralelo ao a, não há crase.
Quando o da ocorre paralelo ao à, há crase;
� Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de
personalidades históricas z Na indicação de horas, quando o “à uma” puder
Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin. ser substituído por às duas, há crase. Quando o a
uma equivaler a a duas, não ocorre crase;
� Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos z Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui-
Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela. lo quando tais pronomes puderem ser substituídos
O pacote foi entregue a ti ontem. por a este, a esta e a isto;
� Nas expressões tautológicas (face a face, lado a z Usa-se crase antes de casa, distância, terra e
lado) nomes de cidades quando esses termos estiverem
Ex.: Pai e filho ficaram frente a frente no tribunal acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis-
de justiça. tância de 200 metros do pico da montanha. 63
A compreensão da crase vai muito além da estética z Ênclise: pronome posicionado após o verbo.
gramatical, pois serve também para evitar ambigui-
dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão. Casos que atraem o pronome para ênclise:
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”,
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi- Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me mui-
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações to honrada com esse título.
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por favor.
advérbio de instrumento da ação de pintar. Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o
quanto sou importante.
Justificativa do erro no item II: a palavra “desde” O sentido denotativo da linguagem compreende
é uma preposição que “designa o ponto de partida o significado literal da palavra independente do seu
de um movimento ou extensão (no espaço, no tem- contexto de uso. Preocupa-se com o significado mais
po ou numa série), para assinalar especialmente a objetivo e literal associado ao significado que aparece
distância” (ROCHA LIMA, 1997). Portanto, a forma nos dicionários. A denotação tem como finalidade dar
correta é “desde as 8h”.As outras alternativas estão ênfase à informação que se quer passar para o recep-
corretas: na I, cabe crase antes do pronome relativo; tor de forma mais objetiva, imparcial e prática. Por
na III, há paralelismo – no primeiro termo, “a pista” isso, é muito utilizada em textos informativos, como
tem artigo, no segundo, deverá ter também, além da notícias, reportagens, jornais, artigos, manuais didá-
preposição a, originando a crase. ticos, entre outros.
Ex.: O fogo se alastrou por todo o prédio. (fogo:
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS chamas)
O coração é um músculo que bombeia sangue para
Estudo da posição dos pronomes na oração. o corpo. (coração: parte do corpo)
Casos que atraem o pronome para próclise: O sentido conotativo compreende o significado
figurado e depende do contexto em que está inserido.
Palavras negativas: nunca, jamais, não. Ex.: A conotação põe em evidência os recursos estilísticos
Não me submeto a essas condições. dos quais a língua dispõe para expressar diferen-
Pronomes indefinidos, demonstrativos, rela- tes sentidos ao texto de maneira subjetiva, afetiva e
tivos. Ex: Foi ela que me colocou nesse papel. poética. A conotação tem como finalidade dar ênfase
Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se à expressividade da mensagem de maneira que ela
apresente como um rico investidor, ele nada tem. possa provocar sentimentos ou diferentes sensações
Gerúndio precedido da preposição em. Ex: Em no leitor. Por esse motivo, é muito utilizada em poe-
se tratando de futebol, Maradona foi um ídolo. sias, conversas cotidianas, letras de músicas, anúncios
Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: publicitários e outros.
Na esperança de sermos ouvidos, muito lhe Ex.: “Amor é fogo que arde sem se ver”.
agradecemos. Você mora no meu coração.
Orações interrogativas, exclamativas, opta-
tivas (exprimem desejo). Ex.: Como te iludes! Outras relações de significação
Parônimos
A relação de sentido estabelecida na tirinha é Tentaremos absorver toda esta água com
construída a partir dos sentidos opostos das palavras esponjas. (sorver)
“prende” e “solta”, marcando o uso de antônimos, nes-
Após confissão, o padre absolveu todos os fiéis
se contexto.
de seus pecados. (inocentar)
z Homonímia
z Aferir/auferir
Homônimos são palavras que têm a mesma pro-
núncia ou grafia, porém apresentam significados dife- Realizaremos uma prova para aferir seus
rentes. É importante estar atento a essas palavras e a conhecimentos. (avaliar, cotejar)
seus dois significados. A seguir, listamos alguns homô- O empresário consegue sempre auferir lucros
nimos importantes: em seus investimentos. (obter) 65
z Cavaleiro/cavalheiro SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU TRECHOS DE
TEXTO
Todos os cavaleiros que integravam a cava-
laria do rei participaram na batalha. (homem A substituição é essencial também para não haver
que anda de cavalo) repetição de palavras. Podemos usar outras palavras
Meu marido é um verdadeiro cavalheiro, abre para nos referirmos à anterior, mesmo que não seja
sempre as portas para eu passar. (homem edu- um sinônimo.
cado e cortês)
z Lucas viajou para a Europa nas últimas férias.
z Cumprimento/comprimento Também preciso ir para lá um dia.
z Pedro esqueceu a bola na rua e ela foi roubada.
O comprimento do tecido que eu comprei é de z Antônia passou em primeiro lugar no concurso,
3,50 metros. (tamanho, grandeza) ela é muito inteligente.
Dê meus cumprimentos a seu avô. (saudação)
REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS
z Delatar/dilatar E NÍVEIS DE FORMALIDADE
Um dos alunos da turma delatou o colega que A linguagem, em termos bem simples, é a capacida-
chutou a porta e partiu o vidro. (denunciar) de que nós, seres humanos, possuímos de expressar nos-
Comendo tanto assim, você vai acabar dilatan- sos pensamentos, ideias, sentimentos e opiniões. Ou seja,
do seu estômago. (alargar, estender) é um código utilizado para estabelecer comunicação.
Existem dois tipos principais de linguagem: a lin-
z Dirigente/diligente guagem não verbal e a linguagem verbal. A lingua-
gem não verbal não utiliza palavras para constituir
O dirigente da empresa não quis prestar decla- a comunicação: ela faz uso de formas de comunica-
rações sobre o funcionamento da mesma. (pes- ção como gestos, sinais, símbolos, cores luzes etc. (por
soa que dirige, gere) exemplo, quando se observa um semáforo de trânsito,
Minha funcionária é diligente na realização de com suas luzes vermelha, amarela e verde e se enten-
suas funções. (expedito, aplicado) de que se deve ou não avançar; ou ainda, quando se
ouve o apito de um agente de trânsito).
z Discriminar/descriminar Já a linguagem verbal usa palavras para estabe-
lecer a comunicação: esse uso pode se dar na forma
Ela se sentiu discriminada por não poder oral ou na forma escrita (como, por exemplo, em uma
entrar naquele clube. (diferenciar, segregar) entrevista na TV ou em um e-mail). Observe a tabela
Em muitos países se discute sobre descrimi- abaixo que traz exemplos que ajudam a diferenciar a
nar o uso de algumas drogas. (descriminalizar, linguagem não verbal da linguagem verbal (em suas
inocentar) duas formas).
quando se fala.
É mais utilizada
Jovem para o chefe: Jovem para a mãe: quando se escreve.
Boa tarde, chefe. Infeliz- Que droga, mãe! Bateram Estou muito Caramba, tô muito
mente, acabei de sofrer no meu carro! atrasado. atrasado.
um acidente de trânsito e Tô bem, não se preocupe.
devo me atrasar, pois es- Me mande o Quando se fala em linguagem oficial é importante
tou aguardando a polícia, número da seguradora. dar atenção aos vícios de linguagem, a fim de que sejam
para os trâmites formais, Depois te ligo. evitados. Os vícios de linguagem são defeitos, erros
e a seguradora, para o re- cotidianos que cometemos no emprego da língua, nor-
colhimento do veículo. malmente por falta de atenção e pouco conhecimento
dos significados das palavras. Confira alguns vícios de 67
linguagem (lembre-se quando estudarmos a redação A palavra violência frequentemente nos remete a cri-
oficial que estes são defeitos que não podem constar mes como assassinato, estupro, roubo e lesão corpo-
nas comunicações emitidas pelo poder público): ral, ou mesmo a guerras e terrorismo. Pensamos que
violência e crime violento são a mesma coisa e não
z Barbarismo: grafia ou pronúncia de uma pala- levamos em conta que nem toda violência é conside-
vra em desacordo com a norma culta (como por rada crime.
exemplo escrever “previlégio” ao invés de “privi-
légio” ou pronunciar “RUbrica” quando o correto é A sociedade, para reafirmar seus valores e se man-
“ruBRIca”); outra forma de barbarismo é o estran- ter, pune as transgressões, com a intenção de que a
geirismo: vício que se caracteriza pelo uso indevi- punição aplicada ao transgressor seja útil para que os
do de expressões ou frases estrangeiras em nossa demais indivíduos não sigam o mau exemplo, tendo
língua, como o uso de “performance” ao invés de em vista as consequências. Nesse caso, considera-se
“desempenho, exibição”; ou “show”, no lugar de crime a transgressão de regras socialmente preesta-
“espetáculo”; belecidas, que variam de acordo com(1) a sociedade e
z Solecismo: desvio da norma em relação à sinta- o contexto histórico.
xe. Ex.: “Fazem dois anos que não nos vemos”, no
lugar de “Faz dois anos”; ou “Vamos no restauran-
Lançadas com o intuito de encontrar respostas para
te”, no lugar de “Vamos ao restaurante”;
as possíveis causas da violência, hipóteses clássicas
z Cacofonia: mal uso de sons, causado pela junção
na sociologia do crime acabaram por defender a tese
de palavras, como em ela tinha muito dinheiro
de associação entre o aumento nos índices de crimi-
(parece o som de: “é latinha”); beijou na boca dela
nalidade e a pobreza. Essa associação sustenta a pre-
(“cadela”);
missa de que o crime seja combatido e punido com
z Neologismo: ocorrem quando da criação de uma
maior rigor e frequência nas classes economicamente
palavra nova, ou ainda quando uma palavra exis-
tente assume outro significado. Ex.: “deletar”, que mais desfavorecidas, em contraposição à tolerância
surge principalmente por conta do contexto da e à impunidade de crimes cometidos tipicamente ou
informática; e ocasionalmente por indivíduos detentores de poder.
z Eco: repetição de um som numa sequência de
palavras (como por exemplo, O acusado foi inter- O mito da criminalidade associada à pobreza cria este-
rogado pelo magistrado). reótipos, marginaliza e criminaliza a pobreza — que,
em si, é uma violência. Rotula os que são tidos como
Além disso, evite ainda: pobres e faz uma proporção extremamente grande da
população ser prejulgada por atos ilícitos praticados
z O emprego de gírias ou expressões populares (isso por uma minoria.
não significa usar palavras difíceis e rebuscadas);
z O uso de jargões (terminologia técnica comum a A violência nas cidades deve ser vista sob duas vias.
uma atividade ou grupo específico, comumente Um tipo de violência é a dos crimes praticados nas
usada em grupos profissionais ou socioculturais, ruas, principalmente nas grandes cidades, que pode
como por exemplo, “peticionar”, de uso comum atingir qualquer pessoa. O segundo tipo é a violên-
pelos advogados). Mas isso não quer dizer que não cia praticada pela própria cidade, que massacra os
se pode utilizar uma terminologia específica quan- pobres, marginalizando e criminalizando esses cida-
do necessário (somente se você tiver certeza do dãos. Enquanto se diz que os pobres da cidade são
que determinada palavra significa); violentos, a atenção da violência que eles sofrem é
z As palavras reduzidas, como “tá” em lugar de invertida. A violência contra quem mora próximo de
“estar”, “cê” em vez de “você”, ou “pra” em vez de condomínios de luxo e mansões fortificadas, sem ter
“para”; acesso a bens básicos para garantir razoáveis condi-
z Os verbos de sentido muito geral, como “dar”, ções de vida, é esquecida.
“ter”, “fazer”, “achar”, no lugar de verbos de senti-
do mais exato; e Geélison Ferreira da Silva. Considerações sobre criminalidade:
z As expressões típicas da oralidade, como “bem”, marginalização, medo e mitos no Brasil. In: Revista Brasileira de
“veja bem”, “entendeu?”. Segurança Pública. ano 5, 8.ª ed. São Paulo, fev. – mar./2011, p. 91-
102 (com adaptações)
Há que experimentar o prazer para, só depois, bem Preguiça e covardia são as causas que explicam por
suportar a dor. Vim ao mundo molhado pelo desen- que uma grande parte dos seres humanos, mesmo
lace. A dor do parto é também de quem nasce. Todo muito após a natureza tê-los declarado livres da orien-
parto decreta um pesaroso abandono. Nascer é afas- tação alheia, ainda permanecem, com gosto e por
tar-se — em lágrimas — do paraíso, é condenar-se à toda a vida, na condição de menoridade. As mesmas
liberdade. Houve, e só depois, o tempo da alegria ao causas explicam por que parece tão fácil outros afir-
enxergar o mundo como o mais absoluto e sucessi- marem-se como seus tutores. É tão confortável ser
vo milagre: fogo, terra, água, ar e o impiedoso tempo. menor! Tenho à disposição um livro que entende por
Sem a mãe, a casa veio a ser um lugar provisório. mim, um pastor que tem consciência por mim, um
69
médico que me prescreve uma dieta etc.: então não 17. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Leia o texto para respon-
preciso me esforçar. Não me é necessário pensar, der às questões 17 a 20.
quando posso pagar; outros assumirão a tarefa espi-
nhosa por mim. Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinha
Vitória pediu o binga ao companheiro e acendeu o
A maioria da humanidade vê como muito perigoso,
cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto
além de bastante difícil, o passo a ser dado rumo à
maioridade, uma vez que tutores já tomaram para si de estavam sossegados. Voltaram a cochichar projetos,
bom grado a sua supervisão. Após terem previamente as fumaças do cigarro e do cachimbo misturaram-se.
embrutecido e cuidadosamente protegido seu gado, Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográfi-
para que essas pacatas criaturas não ousem dar qual- cos, falou no cavalo de fábrica. Ia morrer na certa, um
quer passo fora dos trilhos nos quais devem andar, os animal tão bom. Se tivesse vindo com eles, transpor-
tutores lhes mostram o perigo que as ameaça caso taria a bagagem. Ia morrer o amigo, num canto de cer-
queiram andar por conta própria. Tal perigo, porém, não ca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os
é assim tão grande, pois, após algumas quedas, apren- bicos ameaçando-lhe os olhos. A lembrança das aves
deriam finalmente a andar; basta, entretanto, o exemplo
medonhas, que ameaçavam com os bicos pontudos
de um tombo para intimidá-las e aterrorizá-las por com-
pleto para que não façam novas tentativas. os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Sinha
Vitória percebeu-lhe a inquietação na cara torturada
Kant. Resposta à pergunta: Que é esclarecimento? Tradução de e levantou-se, acordou os filhos, arrumou os picuás.
Pedro Caldas. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Fabiano retomou o carrego. Pouco a pouco uma vida
Platão a Foucault. Zahar, 4.ª edição, 2008 (com adaptações). nova, ainda confusa, se foi esboçando. Fabiano estava
contente e acreditava nessa terra, porque não sabia
Acerca das ideias e dos sentidos do texto 1A12-I, jul- como ela era nem onde era. E andavam para o sul,
gue o seguinte item. metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de
pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo
Conforme o texto, preguiça e covardia justificam a per- coisas difíceis e necessárias. Chegariam a uma terra
manência de certos seres humanos na condição de desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o
menoridade e também a existência de pessoas que sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão
assumem para si as responsabilidades de tais seres mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como
humanos. Fabiano, Sinha Vitória e os dois meninos.
( ) CERTO ( ) ERRADO Graciliano Ramos. Vidas Secas.
13. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito das proprieda- Acerca dos sentidos do texto, julgue o item subsequente.
des linguísticas do texto 1A12-I, julgue o item a seguir.
A afirmativa “E o sertão continuaria a mandar gente
A palavra “porém” poderia ser corretamente substituí- para lá” denota uma expectativa de continuidade do
da por “mas”, sem alteração da coesão e dos sentidos êxodo rural.
do texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
18. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Acerca dos sentidos do
14. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito das proprieda-
texto, julgue o item subsequente.
des linguísticas do texto 1A12-I, julgue o item a seguir.
O trecho “Uma cidade grande [...] presos nela” descre-
Os termos “essas pacatas criaturas”, “lhes” e “as”
ve os acontecimentos que sucederam com Fabiano e
fazem referência a termos mencionados anteriormen-
te e, por isso, constituem recursos de coesão textual sua família depois de terem chegado à cidade grande.
que permitem evitar repetições no texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
19. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Acerca dos sentidos do
15. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito das proprieda- texto, julgue o item subsequente.
des linguísticas do texto 1A12-I, julgue o item a seguir.
Embora rumasse na direção sul, em busca de uma
Seriam preservadas a correção e a coesão do texto cidade grande, Fabiano não sabia exatamente onde
caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após seria seu destino final.
“explicam”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
20. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Acerca dos sentidos do
16. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca das ideias e dos texto, julgue o item subsequente.
sentidos do texto 1A12-I, julgue o seguinte item.
Depreende-se da narrativa que Fabiano e sua família
A palavra “espinhosa” foi empregada no texto com o são retirantes emigrando do sertão em direção a uma
sentido de árdua, difícil. região considerada mais promissora.
1 CERTO
2 ERRADO
3 ERRADO
4 ERRADO
5 CERTO
6 CERTO
7 ERRADO
8 CERTO
9 ERRADO
10 ERRADO
11 ERRADO
12 CERTO
13 ERRADO
14 CERTO
15 ERRADO
16 CERTO
17 CERTO
18 ERRADO
19 CERTO
20 CERTO
ANOTAÇÕES
LÍNGUA PORTUGUESA
71
ANOTAÇÕES
72
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para
acompanhar o movimento do usuário, como no siste-
ma Kinect do videogame xBox).
Em concursos públicos, as novas tecnologias e supor-
tes avançados são raramente questionados. As questões
NOÇÕES DE INFORMÁTICA aplicadas nas provas envolvem os conceitos básicos e o
modo de operação do sistema operacional em um dispo-
sitivo computacional padrão (ou tradicional).
O sistema operacional Windows é um software pro-
prietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) disponível e o
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL usuário precisa adquirir uma licença de uso da Microsoft.
(AMBIENTES LINUX E WINDOWS)
O sistema operacional proporciona a base para Importante!
execução de todos os demais softwares no computa-
dor. Ele é responsável por estabelecer o padrão para A banca prioriza o conhecimento básico das
comunicação com o hardware (através dos drivers). configurações do sistema operacional. O usuário
Os computadores podem receber diferentes sistemas, não encontrará muitas questões sobre a “parte
segundo a sua arquitetura de construção. prática”, como ocorrem com outras organiza-
É possível termos dois ou mais sistemas operacionais doras de concursos. Em outras palavras, as pri-
instalados em um dispositivo. No caso dos computado- meiras páginas do material sobre Windows são
res, o usuário pode criar partições (divisões lógicas) no as mais importantes para as provas da banca
disco de armazenamento e instalar cada sistema (Win- CESPE/Cebraspe.
dows e Linux) em uma delas. O usuário também poderá
executar no formato de Máquina Virtual (Virtual Machi-
ne), conforme detalhado no tópico Virtualização. Funcionamento do Sistema Operacional
O que os sistemas operacionais têm em comum?
Do momento em que ligamos o computador até o
z Plataforma para execução de programas: eles momento em que a interface gráfica está completa-
oferecem recursos que são compartilhados pelos mente disponível para uso, uma série de ações e con-
programas executados, desenvolvidos para serem figurações são realizadas, tanto nos componentes de
compatíveis com o sistema operacional; hardware como nos aplicativos de software. Acompa-
z Núcleo monolítico: arquitetura monobloco, onde nhe a seguir estas etapas.
um único processo centraliza e executa as princi-
pais funções. No Windows, é o explorer.exe;
HARDWARE SOFTWARE
z Interface gráfica: mesmo oferecendo uma inter-
face de linha de comandos, a interface gráfica é POST - Power On Self Test
Energia elétrica - botão ON/OFF
a mais utilizada e questionada em provas, com
ícones que representam os itens existentes no BIOS - Carregado para a
Equipamento OK
dispositivo; memória RAM
z Multiusuário: os sistemas permitem que vários
Disco de Inicialização Gerenciador de Boot
usuários utilizem o dispositivo, cada um com sua
respectiva conta e credenciais de acesso;
Memória RAM
z Multiprocessamento: os sistemas possibilitam a Núcleo do Sistema Speracional
execução de vários processos simultaneamente,
Periféricos de Entrada
gerenciando os recursos oferecidos pelo processador; Drivers
z Preemptivo: o sistema operacional poderá inter-
romper processos durante a sua execução; Interface Gráfica
z Multitarefas: os sistemas operacionais possibilitam
a execução de várias tarefas de forma simultânea Aplicativos
e concorrentes entre si, através do gerenciamento
profundo da memória do dispositivo; Todo dispositivo possui um sistema de inicializa-
z Interface com o hardware: o sistema operacio- ção. Quando colocamos a chave no contato do carro
nal contém arquivos que atuam como tradutores, e damos a primeira mexida, todas as luzes do painel
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
possibilitando a comunicação do software com o se acendem e somente aquelas que estiverem ativa-
hardware. das permanecem. Quando ligamos o micro-ondas, ele
acende todo o painel e faz um beep. Quando ligamos
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS: o nosso smartphone, ele acende a tela e faz um toque.
WINDOWS 10 Estes procedimentos são úteis para identificar que os
recursos do dispositivo estão disponíveis corretamen-
O sistema operacional Windows foi desenvolvido te para utilização.
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi- z POST – Power On Self Teste: autoteste da inicia-
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores lização. Instruções definidas pelo fabricante para
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), verificação dos componentes conectados;
canetas e mesas digitalizadoras. z BIOS – Basic Input Output System: sistema
Atualmente o Windows é oferecido na versão 10, básico de entrada e saída. Informações gravadas
que possui suporte para os dispositivos apontadores em um chip CMOS (Complementary Metal Oxidy 73
Semiconductor) que podem ser configuradas pelo z Usuário: poderá executar os programas que foram
usuário usando o programa SETUP (executado instalados pelo administrador, mas não poderá
quando pressionamos DEL ou outra tecla específi- desinstalar ou alterar as configurações;
ca no momento que ligamos o computador, na pri- z Convidado ou Visitante: poderá acessar apenas os
meira tela do autoteste – POST Power On Self Test); itens liberados previamente pelo administrador. Esta
z KERNEL – Núcleo do sistema operacional: O Windo- conta geralmente permanece desativada nas confi-
ws tem o núcleo fechado e inacessível para o usuário. gurações do Windows, por questões de segurança.
O Linux tem núcleo aberto e código fonte disponível
para ser utilizado, copiado, estudado, modificado e No Windows, as permissões NTFS podem ser atri-
redistribuído sem restrição. O kernel do Linux está buídas em Propriedades, guia Segurança. Através de
em constante desenvolvimento por uma comunidade permissões como Controle Total, Modificar, Gravar,
de programadores, e para garantir sua integridade e entre outras, o usuário poderá definir o que será aces-
qualidade, as sugestões de melhorias são analisadas e sado e executado por outros usuários do sistema. As
aprovadas (ou não) antes de serem disponibilizadas permissões do sistema de arquivos NTFS não são compatí-
para download por todos; veis diretamente com o sistema operacional Linux, e caso
tenhamos dois sistemas operacionais ou dois dispositivos
z Gerenciador de BOOT : O Linux tem diferentes
na rede com sistemas diferentes, um servidor Samba será
gerenciadores de boot, mas os mais conhecidos são
necessário, para realizar a ‘tradução’ das configurações.
o LILO e o Grub;
O Windows oferece a interface gráfica (a mais usa-
z GUI - Graphics User Interface: Interface gráfica, por-
da e questionada) e pode oferecer uma interface de
que o sistema operacional oferece também a interfa- linha de comandos para digitação. O Prompt de Coman-
ce de comandos (Prompt de Comandos ou Linha de dos é a representação do sistema operacional MS-DOS
Comandos). (Microsoft Disk Operation System), que era a opção
padrão de interface para o usuário antes do Windows.
Quando o sistema Windows não consegue ini- O Windows 10 oferece o Prompt de Comandos ‘bási-
ciar de forma correta, é possível recuperar o acesso co’ e tradicional, acionado pela digitação de CMD segui-
através de ferramentas de inicialização. Para acesso do de Enter, na caixa de diálogo Executar (aberta pelo
a estes recursos, pode ser necessária uma conta com atalho de teclado Windows+R = Run). Além dele, existe
credenciais de administrador. o Windows Power Shell, que é a interface de comandos
programável, acessível pelo menu do botão Iniciar.
z Restauração do Sistema: a cada vez que o Win- Para conhecer as configurações do dispositivo, o
dows foi iniciado com sucesso, um ponto de res- usuário pode acessar as Propriedades do computa-
tauração foi criado. A cada instalação de software dor no Explorador de Arquivos, ou o item Sistema em
ou alterações significativas das configurações, um Configurações (atalho de teclado Windows+I), ou pela
ponto de restauração é criado. Em caso de insta- Central de Ações (atalho de teclado Windows+A), ou
bilidade, o usuário pode retornar o Windows para acionar o atalho de teclado Windows+Pause.
um ponto de restauração previamente criado. A interface gráfica do Windows é caracterizada
z Reparação do Sistema: se arquivos do sistema foram pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do
seriamente modificados ou se tornaram inacessíveis, Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
o Windows não iniciará e não conseguirá recuperar atalhos, Barra de Tarefas (com programas que podem
para um ponto de restauração. O Windows permite a ser executados e programas que estão sendo executa-
criação de um disco de recuperação do sistema, que dos) e outros componentes do Windows.
restaura o Windows para as configurações originais.
z Histórico de Arquivos: a cada alteração, o Windo-
ws armazena cópias dos arquivos originais e grava Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox
Lixeira
Edge Chrome Thunderbird secure Co
os novos dados no local. Depois, caso necessário, o
usuário poderá acessar o Histórico de Arquivos e
retornar para uma cópia anterior do mesmo item. W X
Área de trabalho
Estruturas lógicas que endereçam as par-
Sistema de tes físicas do disco de armazenamento.
Arquivos NTFS, FAT32, FAT são alguns exemplos
de sistemas de arquivos do Windows.
Documentos
Imagens Folhas
Músicas Flores
Vídeos Frutos
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o gerenciamento de pastas
e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de informações no computador, desde o básico (formatar
discos de armazenamento) até o avançado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.
Como o Windows 10 está associado a uma conta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou Outlook), o
usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na nuvem Microsoft OneDrive. No Explorador
de Arquivos, no painel do lado direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
pastas no OneDrive, eles serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conec-
tados na mesma conta de usuário.
Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... os atributos dos itens podem ser definidos
pelo item Propriedades no menu de contexto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo
oculto, desde que ajuste a configuração correspondente.
Extensões de Arquivos
O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão carac-
teriza o tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para
ele, de acordo com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder
o acesso ao arquivo, que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas
Padrão do Windows. 77
Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos.
Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de docu-
PDF mento portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias
plataformas.
Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser
editados pelo LibreOffice Writer.
DOCX
Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas
pelo LibreOffice calc.
XLSX
Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo Li-
PPTX breOffice Impress.
Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser
aberto por vários programas do computador.
TXT
Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este docu-
mento de texto possui alguma formatação, como estilos de fontes.
RTF
Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player
e o Groove Music, podem reproduzir o som.
MP3
Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de pro-
gramas adicionais, como o formato RAR que exige o WinRAR.
ZIP
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão. Alteran-
do esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de ajustes do
Windows, tornando-se mais simples e intuitivo.
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
78 além de outros recursos administrativos.
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar),
acessado pela opção Configurações, localizada na lista estamos copiando o item para a memória RAM, para
exibida a partir do botão Iniciar, é possível configu- ser inserido em outro local, mantendo o original e
rar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ criando uma cópia.
Modo avião/ Status da rede/ Ethernet/ Conexão disca- Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta-
da/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy. mos copiando uma ‘foto da tela inteira’ para a Área de
Modo Avião é uma configuração comum em smar- Transferência, para ser inserida em outro local, como
tphones e tablets que permite desativar, de manei- em um documento do Microsoft Word ou edição pelo
ra rápida, a comunicação sem fio do aparelho – que acessório Microsoft Paint.
inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen,
NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio. estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a
Área de Transferência, desconsiderando outros ele-
Mas, eu não vejo as extensões de meus arquivos.
mentos da tela do Windows.
Como resolver?
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o
O Explorador de Arquivos possui diferentes modos
conteúdo que está armazenado na Área de Transfe-
de exibição. Poderá ser em Lista, ou Detalhes, ou Con-
rência será inserido no local atual.
teúdo, entre outras. O usuário poderá ativar ou desati-
As ações realizadas no Windows, em sua quase
var a exibição das extensões dos arquivos, facilitando totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
a manipulação dos itens. teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao Por exemplo, ao excluir um item por engano, ao pres-
exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar sionar DEL ou DELETE, o usuário pode acionar Ctrl+Z
informações, como, por exemplo, a data de modifica- (Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces-
ção e o tamanho de cada arquivo. sidade de acessar a Lixeira do Windows.
E outras ações podem ser repetidas, acionando o
Modos de Exibição do Windows 10 atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível.
Para obter uma imagem de alguma janela em
exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan-
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office.
Outra forma de realizar esta atividade, é usar a
Ferramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível
no Windows.
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem cap-
turada, poderá fazer com o atalho de teclado Windo-
ws+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo na
pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.
Ícones Extra Grandes Ícones Extra Grandes com nome (e extensão)
Ícones Grandes
Ícones Grandes com nome (e extensão) Importante!
Ícones Médios
Ícones médios com nome (e extensão) A área de transferência é um dos principais
organizados da esquerda para a direita recursos do Windows, que permite o uso de
Ícones Pequenos
Ícones pequenos com nome (e extensão) comandos, realização de ações e controle das
organizados da esquerda para a direita
ações que serão desfeitas.
Ícones pequenos com nome (e extensão)
Lista
organizados de cima para baixo
Ícones pequenos com nome, data de Operações de Manipulação de Arquivos e Pastas
Detalhes
modificaçã, tipo e tamanho.
Ícones médios com nome, tipo e tamanho,
Lado a Lado Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-
organizado da esquerda para a direita.
cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
Ícones médios com nome, autores, data de
Conteúdo
modificação, marcas e tamanho. zada com sucesso.
As ações realizadas pelos usuários em relação à manipulação de arquivos e pastas, pode estar condicionada ao
local onde ela é efetuada, ou ao local de origem e destino da ação. Portanto, é importante verificar no enunciado
da questão, geralmente no texto associado, estes detalhes que determinarão o resultado da operação.
As operações podem ser realizadas com atalhos de teclado, com o mouse, ou com a combinação de ambos. A
banca organizadora CESPE/Cebraspe não costuma questionar ações práticas nas provas, e raramente utiliza ima-
gens nas questões.
Não é possível recortar e colar na mesma pasta. Será exibida uma men-
Ctrl+X e Ctrl+V na mesma pasta
sagem de erro.
Ctrl+X e Ctrl+V em locais diferentes Recortar (da origem) e colar (no destino). O item será movido
Copiar (da origem) e colar (no destino). O item será duplicado, mantendo
Ctrl+C e Ctrl+V em locais diferentes
o nome e extensão.
Tecla Delete em um item do disco Será excluído definitivamente. A Lixeira do Windows não armazena itens
removível de unidades removíveis (pendrive), ópticas ou unidades remotas.
Lixeira
Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla DELETE (DEL), o item é removido do local original e arma-
zenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção ‘Restaurar’, para retornar ele para o local
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens excluí-
dos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira, não poderão ser recuperados. É possível recuperar com progra-
mas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
local onde o usuário liberar o botão do mouse.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar o
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente, e configurar Lixeiras
80 individuais para cada disco conectado.
OPERAÇÕES COM MOUSE
Arrastar com botão secundário do mouse pressionado, e Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local
soltar na mesma unidade. onde soltar).
Arrastar com botão secundário do mouse pressionado, e Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local
soltar em outra unidade de disco. onde soltar) ou “Mover aqui”.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, in-
a tecla CTRL pressionada. dependente da origem ou do destino da ação.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, in-
a tecla SHIFT pressionada. dependente da origem ou do destino da ação.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com Será criado um atalho para o item, independente da ori-
a tecla ALT pressionada (ou CTRL+SHIFT). gem ou do destino da ação.
As ações envolvendo tela touchscreen foram questionadas quando o Windows 8 estava disponível. No Windo-
ws 10, apesar de ter suporte para telas sensíveis ao toque, não temos questões sobre as ações no sistema opera-
cional com esta interface.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Foi solicitado a Paulo criptografar um pendrive, que contém arquivos sensíveis no siste-
ma operacional Windows 10, de modo a proteger os dados desse dispositivo contra ameaças de roubo. Nessa situa-
ção, uma das formas de atender a essa solicitação é, por exemplo, utilizar a criptografia de unidade de disco BitLocker,
um recurso de proteção de dados nesse sistema operacional.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O BitLocker é uma ferramenta de criptografia da Microsoft, disponível no Windows Vista, Windows 7, Windows 8
e Windows 10. Com este recurso, o usuário pode encriptar o disco rígido do computador, protegendo os documen-
tos e arquivos contra o acesso não autorizado. Ao ativar, o sistema codifica as informações e impede que hackers
façam uso delas sem inserir a chave definida pelo usuário. A chave de descriptografia será gravada em um disco
removível do tipo pendrive, e ele precisará estar conectado para que o dispositivo seja reconhecido e liberado
para uso. A partir do Windows 7, a Microsoft incluiu a funcionalidade BitLocker To Go, que é capaz de proteger
unidades de dados externas, como pendrives e HDs portáteis. Resposta: Certo.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Marta utiliza uma estação de trabalho que executa o sistema operacional Windows 10 e
está conectada à rede local da empresa em que ela trabalha. Ela acessa usualmente os sítios da intranet da empresa
e também sítios da Internet pública. Após navegar por vários sítios, Marta verificou o histórico de navegação e identi-
ficou que um dos sítios acessados com sucesso por meio do protocolo HTTP tinha o endereço 172.20.1.1. 81
Tendo como referência essa situação hipotética, jul- z O código fonte está disponível para ser baixado,
gue o item a seguir.
estudado, modificado e distribuído gratuitamente;
O sistema operacional utilizado na estação de traba-
z As distribuições oferecem recursos específicos
lho de Marta inclui nativamente a plataforma Windo-
ws Defender, composta por ferramentas antivírus e de para cada proposta, mantendo o núcleo comum do
firewall pessoal, entre outras. sistema;
z Cada distribuição poderá ter uma ou mais interfa-
( ) CERTO ( ) ERRADO ces de usuário, e elas podem ser usadas em outras
distribuições;
O dispositivo que possui o sistema operacional Windows
z Possui modo gráfico e terminal de comandos;
10, tem a ferramenta de segurança Windows Defender
z Existem distribuições gratuitas e pagas;
disponível nativamente. Incluir nativamente significa
que ela está disponível na versão original de instalação, z As modificações realizadas pelos usuários serão
não sendo necessário instalar separadamente o recurso. submetidas para avaliação da comunidade de
O Windows Defender é um software de segurança com desenvolvedores, que determinarão a importância
recursos de firewall (filtro de conexões TCP), antivírus e relevância delas, antes de tornar as modificações
(contra vírus de computador) e antimalware (contra oficiais para todo o mundo;
softwares maliciosos). Resposta: Certo.
z Como todo sistema operacional, possui suporte
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL GNU para protocolos TCP, permitindo o acesso às redes
LINUX – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA de computadores com browsers ou navegadores;
OPERACIONAL GNU LINUX z Geralmente instalado em dispositivos com Windo-
ws, o Linux oferece gerenciador de boot (bootloa-
O sistema operacional Linux é uma opção ao sistema der) para gerenciar a inicialização, exibindo um
operacional Windows, com outras características próprias. menu para o usuário escolher qual sistema opera-
O sistema operacional Linux é mais utilizado em
cional será usado na sessão atual;
sistemas de baixo custo, e possui diferentes distribui-
ções para diferentes modelos de computadores. Por z LILO e GRUB são os gerenciadores de boot mais
ser um sistema de código aberto, deu origem a outros comuns nas distribuições Linux;
sistemas como o iOs (Apple) e o Android (Google). z O Linux é um sistema operacional do tipo case
Por ser um sistema operacional livre e licenciável, sensitive, ou seja, diferencia letras maiúsculas de
possui a licença GNU GPL para distribuição. O projeto letras minúsculas nos nomes de arquivos, diretó-
GNU foi lançado no começo dos anos 80 e atualmen-
rios e comandos.
te é patrocinado pela FSF (Free Software Foundation).
Muitos usuários descobrem que no contexto de soft-
Kernel (núcleo)
wares livres, ser livre não significa ser gratuito. Ao
contrário do termo freeware, que identifica uma cate-
goria de softwares gratuitos para utilização, o termo Shell (interpretador)
free no Linux está relacionada às liberdades de uso.
A GPL (GNU Public Licence) baseia-se em 4 liberda- Terminal
des ‘essenciais’: (linha de comandos)
DeMuDi Europa
Finnix EUA
Insigne GNU Brasil
KeeP OS Brasil
Knoppix Alemanha
Linspire EUA
MeNTOPPIX Indonésia
MEPIS EUA
Rxart Argentina
Satux Brasil
Symphony OS
Diretórios Linux
Os diretórios são pastas onde armazenamos e organizamos arquivos e subpastas (subdiretórios). A represen-
tação dos diretórios segue o princípio lúdico de uma árvore. Árvore de diretórios ou folder tree é a forma como
as pastas dos sistemas Linux estão organizadas. Elas têm uma hierarquia, para facilitar a organização do sistema,
seus arquivos, bibliotecas e inclusive para melhorar a segurança do sistema.
FHS é um acrônimo para Hierarquia do Sistema de Arquivos. Basicamente, ele é um padrão que todas as dis-
tribuições Linux devem seguir para organizar os seus diretórios.
A escolha da árvore para representar a estrutura de diretórios, se mostrou adequada, dada a semelhança
entre seus componentes. Por exemplo, o diretório raiz é o primeiro diretório, assim como a raiz de uma árvore.
Encontramos diretórios principais, como /bin, /etc, /lib e /tmp, que podem ser considerados o ‘caule’ da árvore
de diretórios. Nos diretórios é possível criar subdiretórios, o que representam os galhos de uma árvore. E dentro
dos diretórios, temos arquivos (documentos, comandos, temporários) igual a árvore, como flores, folhas e frutos.
Enquanto o Windows representa com barra invertida um diretório, no Linux é usada a barra normal.
Diretórios, pastas e Bibliotecas são ‘sinônimos’. Diretórios é o nome usado no Windows XP e Linux, proveniente
do ambiente MS-DOS (interface de caracteres). Pastas é o nome usado no Windows. Bibliotecas é a estrutura de
organização criada no Windows Vista, que é utilizada no Windows 7, 8, 8.1 e 10 para organizar as informações
do usuário. Elas são usadas para organizar arquivos e subpastas (subdiretórios), mantendo-os até o momento de
serem apagados.
Importante!
Diretórios e comandos Linux são os itens mais importantes em concursos atualmente. Conceitos e caracte-
rísticas do sistema operacional Linux já foram amplamente questionados nas provas anteriores.
Os diretórios são denominados com algumas letras que indicam o seu conteúdo. Confira na tabela a seguir.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
/home home – início Contém os arquivos dos usuários, como as bibliotecas do Windows.
arquivos utilizados durante a inicialização do sistema. Boot é uma expressão comum a vários
/boot
sistemas para indicar a inicialização.
sistemas de arquivos montados no sistema (file system table – tabela do sistema de arquivos). O
/etc/fstab
sistema de arquivos do Linux pode ser EXT3, EXT4, entre outros.
/etc/group Grupos.
/etc/skel Contém os arquivos e estruturas que serão copiadas para um novo usuário do sistema.
/home pasta pessoal dos usuários comuns. Equivale às bibliotecas do sistema Windows.
ponto de montagem de sistemas de arquivos (CD, floppy, partições...) MNT vem de mount,
/mnt
montagem.
/proc sistema de arquivos virtual com dados sobre o sistema. PROC vem de procedure.
/sbin arquivos/comandos especiais (geralmente não são utilizados por usuários comuns).
Unix System Resources. Contém arquivos de todos os programas para o uso dos usuários de
/usr
sistemas UNIX.
/usr/man manuais.
/usr/info informações.
/var Contém arquivos que são modificados enquanto o sistema está rodando (variáveis).
/var/lib Bibliotecas.
Contém os arquivos que armazenam informações, mensagens de erros dos programas, relatórios
/var/log
diversos, entre outros tipos de logs.
Comandos Linux
Os comandos são denominados com algumas letras que indicam a tarefa que eles realizam. Confira na tabela
a seguir:
A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os comandos questionados pelas bancas organizadoras,
quando temos o item Linux no conteúdo programático.
init 0 Desligar
init Desligar ou reiniciar o computador.
init 6 Reiniciar
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
sort Ordena o conteúdo de um arquivo. sort arq1.txt Ordena o conteúdo do arquivo arq1.txt
Todos os sistemas operacionais possuem recursos para a realização das mesmas tarefas. Não é correto afirmar
que um sistema é melhor que outro, sendo que eles são equivalentes em funcionalidades.
A interface que não é gráfica, ou seja, de caracteres, sempre existiu nos computadores. Mas entre o Windows e Linux exis-
tem diferenças, tanto operacionais como de comandos. Confira um comparativo de comandos entre o Linux e o Windows.
LINUX WINDOWS
Ajuda man, help ou info /?
Data e Hora date, cal ou hwclock date e time
Espaço em disco df dir
Processos em execução ps
Finalizar processo kill
Qual o diretório atual? pwd cd
Subir um nível cd .. cd..
Diretório raiz cd / cd \
Voltar ao diretório anterior cd –
Diretório pessoal cd ~
Copiar arquivos cp copy
Mover arquivos mv move
Renomear mv ren
Listar arquivos ls dir
Apagar arquivos rm del
Apagar diretórios rm deltree
86
LINUX WINDOWS
Criar diretórios mkdir md
Alterar atributos attrib
Alterar permissões chmod
Alterar proprietário (dono) chown
Alterar grupo chgrp
Comparar arquivos e pastas diff comp
Empacotar arquivos tar
Compactar arquivos gzip compact
Alterar a senha passwd
Concatenar, juntar e mostrar cat
Mostrar, visualizar vi type
Pausa na exibição de páginas more ou less more
Interfaces de rede ifconfig ipconfig
Caminho dos pacotes tracert route
Listar todas as conexões netstat arp -a
Apagar a tela clear Cls
Concatenar comandos | |
Direcionar a entrada para um comando < <
Direcionar a saída de um comando > >
Localizar ocorrências dentro do arquivo grep
Exibir as últimas linhas do arquivo tail
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O kernel do sistema operacional Linux tem a função de interpretar os comandos executa-
dos em um terminal.
O Linux é um sistema operacional que possui código aberto. Ele é formado pelo núcleo (kernel), shell (interpretador
de comandos) e terminal (linha de comandos). Quando comandos são digitados no terminal, eles são processados e
executados pelo shell (interface do núcleo com a interface do usuário). É o shell que procura no núcleo do Linux as
instruções que foram solicitadas na linha de comandos. Resposta: Errado.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O Linux é um sistema operacional em que cada usuário consegue ter apenas um proces-
so ativo por vez, processo esse que é iniciado automaticamente quando o sistema é carregado.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O Linux é um sistema operacional multiusuário e multitarefas, como o Windows. Cada usuário, entre os vários
usuários cadastrados e habilitados no sistema, poderá executar vários processos. Os processos poderão ser car-
regados na inicialização do sistema, ou iniciados depois que o sistema estiver em execução. Resposta: Errado.
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do Word são abertos e editados nas versões atuais. Arquivos
de formato DOC são abertos em Modo de Compatibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar todos os
recursos da versão atual, deverá “Salvar como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão ser editados pelas versões antigas do Office, desde que ins-
tale um pacote de compatibilidade, disponível para download no site da Microsoft.
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft Word, desde a
versão 2013, possui o recurso “Refuse PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fosse um documento do
Word.
O Microsoft Word pode gravar o documento no formato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar docu-
mentos produzidos no outro pacote de aplicativos.
Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:
z Faz a gravação automática dos dados editados enquanto o arquivo não tem um nome ou local de armazena-
mento definidos. Depois, se necessário, o usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;
z Faz a gravação automática de auto recuperação dos arquivos em edição que tenham nome e local definidos,
permitindo recuperar as alterações que não tenham sido salvas;
z As versões do Office 365 oferecem o recurso de “Salvamento automático”, associado à conta Microsoft, para
armazenamento na nuvem Microsoft OneDrive. Como na versão on-line, a cada alteração, o salvamento será
realizado.
O formato de documento RTF (Rich Text Format) é padrão do acessório do Windows chamado WordPad, e por
ser portável, também poderá ser editado pelo Microsoft Word.
Em questões sobre pacotes de aplicativos nas provas elaboradas pela banca organizadora CESPE/Cebraspe, as
extensões de arquivos são amplamente questionadas.
Ao iniciar a edição de um documento, o modo de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de Impressão”.
O documento será mostrado na tela da mesma forma que será impresso no papel.
O Modo de Leitura permite visualizar o documento sem outras distrações como a Faixa de Opções com os íco-
nes. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a barra de título continua sendo exibida.
O modo de exibição “Layout da Web” é usado para visualizar o documento como ele seria exibido se estivesse
publicado na Internet como página web.
Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Títulos serão mostrados, auxiliando na organização dos blocos
de conteúdo.
O modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os elementos gráfi-
cos (imagens, cabeçalho, rodapé) existentes nele.
Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemento da
interface do Microsoft Office.
Acesso Rápido
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão 2007
ela era fixa e não podia ser ocultada. Atualmente ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a preferência
do usuário. 89
A Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos.
Recortar
Copiar
Área de Transferência
Colar
Tamanho da fonte
Fonte
Aumentar fonte
Diminuir fonte
Folha de Rosto
Quebra de Página
Inserir
Tabelas Tabela
Imagem
Formas
Importante!
A banca organizadora de concursos CESPE/Cebraspe não costuma utilizar imagens em suas provas. Ela prioriza o
conhecimento do candidato acerca dos conceitos dos softwares. Outras bancas organizadoras, como Fundação
VUNESP e Fundação Getúlio Vargas, priorizam o conhecimento do candidato acerca do uso dos recursos para a
produção de arquivos (parte prática dos programas).
As guias possuem uma organização lógica, sequencial, das tarefas que serão realizadas no documento, desde
o início até a visualização do resultado final.
BOTÃO/GUIA DICA
Arquivo Comandos para o documento atual. Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar.
Tarefas secundárias. Adicionar um objeto que ainda não existe no documento. Tabela, Ilustrações,
Inserir
Instantâneos.
Referências Índices e acessórios. Notas de rodapé, notas de fim, índices, sumários, etc.
Correção do documento. Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de alte-
Revisão
rações, comentários, comparar, proteger, etc.
Exibir Visualização. Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?
A edição e formatação de textos consiste em aplicar estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos pará-
grafos e nas páginas.
Os estilos fornecem configurações padronizadas para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formatações
envolvem as definições de fontes e parágrafos, sendo úteis para a criação dos índices ao final da edição do docu-
mento. Os índices são gerenciados através das opções da guia Referências.
No Microsoft Word estão disponíveis na guia Página Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no menu
Estilos.
Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário poderá copiar a formatação de um local e aplicar em outro
local no mesmo documento, ou em outro arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o ‘modelo de formatação
no texto’, clique no ícone da guia Página Inicial e clique no local onde deseja aplicar a formatação.
O conteúdo não será copiado, somente a formatação.
Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc ou
iniciar uma digitação.
Seleção
Através do teclado e do mouse, como no sistema operacional, podemos selecionar palavras, linhas, parágrafos
e até o documento inteiro.
Botão principal Shift Seleção bloco Seleção de um ponto até outro local
Botão principal
Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical
pressionado
Botão principal
Alt Seleção bloco Seleção vertical, iniciando no local do cursor
pressionado
Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia-a-dia. Experimente
praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em branco,
ele criará um texto ‘aleatório’ com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade. 91
Edição e formatação de fontes
As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word 2019), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana,
são os mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I) e sub-
linhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as palavras),
subscrito
(como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-subli-
nhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si, significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito independente,
que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem ser
individuais.
Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
espaços entre as palavras), etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.
Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia-a-dia possuem nomes específicos. Confira alguns
exemplos:
- - Âncoras de objetos
Tabelas
As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, é formada por células,
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
WORD EXCEL
Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos. Somente o conteúdo da primeira célula será mantido.
Índices
Os índices podem ser construídos a partir dos estilos usados na formatação do texto, ou posteriormente atra-
vés da adição de itens manualmente. Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.
Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por dian-
te. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal (Sumário), Marcar
Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido.
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem o usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
94 local, retorna para o local de origem.
Conceitos básicos
Importante!
z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encon-
A guia Referências é uma das opções mais
tro entre uma linha e uma coluna. A seleção indivi-
questionadas em concursos públicos por dois
dual é com a tecla CTRL e a seleção de áreas é com
motivos: envolvem conceitos de formatação do
a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
documento exclusivos do Microsoft Word e é
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomea-
utilizado pelos estudantes na formatação de um
das com uma letra;
TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
z Linha: células alinhadas horizontalmente, nume-
radas com números.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um documento em
edição no processador de textos Word do ambiente
Microsoft Office 2010, um duplo clique sobre uma
palavra irá selecioná-la, e um clique triplo irá selecio-
nar o parágrafo inteiro.
FORMATO SEPARADOR DE
Data Completa: Ex.: Quarta-feira, 4 de janeiro de VALOR
CONTÁBIL MILHARES 000
1900
1500 R$1.500,00 1.500,00
96
ab Texto: Ex.: 4 (Mostrar valores menos precisos exibindo menos
casas decimais).
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar casas deci-
mais. Se não possuir, então será acrescentado zero.
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredondado para
cima ou para baixo, de ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função ARRED,
para arredondar.
Simbologia específica
Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
alguns exemplos de aplicação.
z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=
O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=
OPERADORES DE REFERÊNCIA
z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2
O símbolo de cifrão ($) é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
Vamos conhecer uma questão que utiliza referências mistas. Ela foi aplicada pela Fundação VUNESP, para o cargo de
Papiloscopista da Polícia Civil de São Paulo, em 2018.
Assumindo que foi digitada a fórmula =$F2-G$2 na célula H2 e que essa fórmula foi copiada e colada nas célu-
las H3 até H9, assinale a alternativa com o valor que aparecerá na célula H6 da planilha do MS-Excel 2010, em sua
configuração original, exibida na figura:
a) –R$ 960,00
b) –R$ 100,00
c) R$ 400,00
d) R$ 500,00
98 e) R$ 360,00
A resposta correta é a letra B. A fórmula =$F2-G$2 inserida na célula H2 possui referências mistas.
O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
O símbolo de $ serve para fixar uma posição na referência (endereço da célula). A posição que ele estiver
acompanhando, não mudará. Quando não temos o símbolo de cifrão, temos uma referência relativa. A1
Se temos um símbolo de $, temos uma referência mista. $A1 ou A$1. E se temos dois símbolos de cifrão, temos
uma referência absoluta. $A$1
A fórmula =$F2-G$2 tem =$F2-G$2 fixo, ou seja, ao copiar e colar, não mudará. =$F__-__$2
Na célula H2 temos a fórmula =$F2-G$2
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).
Faz a soma de 15 e 3.
= 15 + 3
Início de fórmula, função ou Compara o valor de A1 com 5, e caso seja
= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 )
comparação. verdadeiro, mostra 10, caso seja falso,
=SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
mostra 11.
Importante!
As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel subs-
tituirá pelo sinal de igual.
O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Podere-
mos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &. 99
CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL
Erros
Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem men-
sagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de digita-
ção, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fórmulas.
Com este recurso, muito questionado em concursos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o usuário poderá ver setas na
planilha indicando a relação entre as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:
Funções Básicas
No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3.
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando
apenas áreas quadrangulares.
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3.
=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.
z SOMASE(valores;condição) : realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for
atendida.
A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado)
=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15
=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.
z MÉDIA(valores) : realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
entram no cálculo da média.
Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados e o valor
no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana é 5.
Se temos uma sequência de valores com quantidade par, a mediana será a média dos valores que estão no
meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média de
100 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).
z MÁXIMO(valores) : exibe o maior valor das células As funções CONT são usadas para informar a
selecionadas. quantidade de células, que atendem às condições
especificadas.
=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape- - CONT.NÚM - para contar quantas células possuem
nas um será mostrado. números.
- CONT.VALORES - quantidade de células que estão
z MAIOR(valores;posição) : exibe o maior valor de
preenchidas.
uma série, segundo o argumento apresentado.
- CONTAR.VAZIO - quantidade de células que não
estão preenchidas.
Valores iguais ocupam posições diferentes.
- CONT.SE - quantidade de células que atendem a
uma condição específica.
=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu-
- CONT.SES - quantidade de células que atendem a
las A1 até D6.
várias condições simultaneamente.
z MÍNIMO(valores) : exibe o menor valor das célu-
z CONT.VALORES(células): esta função conta todas as
las selecionadas.
células em um intervalo, exceto as células vazias.
=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na
área de A1 até D6. = CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da
contagem, informando quantas células estão preen-
z MENOR(valores;posição) : exibe o menor valor de chidas com valores, quaisquer valores.
uma série, segundo o argumento apresentado.
z CONT.NÚM (células): conta todas as células em um
Valores iguais ocupam posições diferentes. intervalo, exceto células vazias e células com texto.
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas célu- =CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no
las A1 até D6. intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
z O gráfico do tipo Cascata, exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.
z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados. São
exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no Eixo Secun-
dário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação Personalizada.
Classificação de dados
104
CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
Classificar números Quando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor para o maior’ ou
‘Classificar do maior para o menor’
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida
Classificar por uma lista
pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais você
personalizada
deseja classificar, como Alta, Média e Baixa.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No Microsoft Excel 2010, é possível formatar células por meio das opções Alinhamento,
Borda e Fonte, desde que a formatação seja realizada antes da inserção dos dados.
Nas planilhas de cálculos como o Microsoft Excel e o LibreOffice, as fórmulas e funções poderão ser inseridas nas
células para a obtenção de resultados a partir dos valores armazenados nelas.
A formatação da célula poderá ser realizada antes ou depois da entrada de dados. Ao acionar Ctrl+1 o usuário pode
formatar números, bordas, alinhamento, preenchimento, etc. O usuário poderá personalizar a exibição ou usar
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
As apresentações de slides podem ser gravadas em Conforme observado no item anterior, os slides são
formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como
transformadas em vídeo (extensão MP4). as páginas de um documento do Microsoft Word, os
slides possuem configurações como margens, orienta-
Os recursos do PowerPoint, como animações, tran-
ção, números de páginas (slides, no caso), cabeçalhos
sições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá e rodapés, etc.
ser reproduzido em outros dispositivos, como Smart O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais
106 TV em totens de propagandas. de slides,
z Slide (modo de exibição Normal) : cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações;
Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu uma pequena mudança em relação às versões anteriores,
com a inclusão do item Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos:
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo, o
slide atual aparecerá no centro (sendo possível sua edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de ano-
tações. Ajustar à janela encaixa o slide na área;
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para editar e alternar entre slides no painel de estrutura de
tópicos. Útil para a criação de uma apresentação a partir dos tópicos de um documento do Microsoft Word;
z Classificação dos Slides: no modo de exibição Classificação de Slides, apenas miniaturas dos slides serão
mostradas. Estas miniaturas poderão ser organizadas, arrastando-as. As operações de slides estão disponíveis,
como Excluir slide, Ocultar slide, etc. Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após duplo clique será
possível a edição do conteúdo;
z Anotações: Exibir a página de anotações para editar as anotações do orador da forma como ficarão quando
forem impressas;
z Modo de Exibição de Leitura: Exibir a apresentação como uma apresentação de slides que cabe na janela. A
barra de título do PowerPoint continuará sendo exibida.
A preparação de uma apresentação de slides segue uma série de recomendações, quanto a quantidade de texto,
quantidade de slides, tempo da apresentação, etc.
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. O questionamento é sobre como fazer, onde configurar,
como apresentar, etc.
Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o ícone
‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar no ícone corres-
pondente na barra de status, ao lado do zoom.
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não será
mostrada. A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.
Durante a apresentação de slides, as setas de direção permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides.
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão principal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na apre-
sentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final, deixa a tela
preta (escura).
A edição dos elementos textuais e parágrafos seguem os princípios do editor de textos Word. E os comandos
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.
Apresentar on-line: Transmitir a apresentação de slides para visualizadores remotos que possam assis-
ti-la em um navegador da Web.
Configurar Apresentação de Slides: Configurar opções avançadas para a apresentação de slides, como o
modo de quiosque (em que a apresentação reinicia após o último slide, e continua em loop até pressio-
nar ESC), apresentação sem narração, vários monitores, avançar slides, etc.
Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresentação. Ele não será mostrado durante a apresentação de
slides de tela inteira.
Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação de slides em tela inteira na qual você possa testar sua apre-
sentação. A quantidade de tempo utilizada em cada slide é registrada e você pode salvar esses intervalos
para executar a apresentação automaticamente no futuro.
Gravar Apresentação de Slides: Gravar narrações de áudio, gestos do apontador laser ou intervalos de
slide e animação para reprodução durante a apresentação de slides.
Álbum de Fotografias: criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens. Cada ima-
gem será colocada em um slide individual.
Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você cli-
car nele ou passar o mouse sobre ele.
Gravação de tela: gravar o que está sendo exibido na tela e inserir no slide.
Formas: linhas, retângulos, formas básicas, setas largas, formas de equação, fluxograma, estrelas e fai-
xas, textos explicativos e botões de ação.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (INSTITUTO QUADRIX – 2020) Quando o PowerPoint 2013 é aberto (Apresentação em Branco), o slide exibido mostra
dois espaços formatados, um para adicionar um título e o outro para adicionar um subtítulo.
O Microsoft PowerPoint é o editor de apresentações de slides do pacote Microsoft Office. Quando ele é aberto ou
uma nova apresentação em branco é iniciada (atalho de teclado Ctrl+O), um slide com o layout “Slide de título”
108 será exibido. Ele contém um espaço formatado para o título e um espaço para um subtítulo. Resposta: Certo.
2. (INSTITUTO QUADRIX – 2020) Slides somente podem z Documentos: arquivos ODT (Open Document Text).
ser inseridos no PowerPoint 2013 com o mesmo layout Os documentos são arquivos editáveis pelo usuá-
do slide anterior, já que não é permitido inserir um sli- rio. Os Modelos, com extensão OTT (Open Template
de com outro layout em uma mesma apresentação. Text), contém formatações que serão aplicadas aos
novos documentos criados a partir dele.
( ) CERTO ( ) ERRADO z Páginas: unidades de organização do texto, segundo
o tamanho do papel e margens. Definições estão no
O slide é como uma página da apresentação, e tem menu Formatar, item Estilo da Página..., guia Página.
os objetos inseridos em regiões determinadas pelo
layout. O layout poderá ser usado em vários slides
da mesma apresentação, sem qualquer problema.
Disponível na guia Página Inicial, o Layout poderá
ser escolhido pelo usuário e alterado posteriormen- A4
LIBREOFFICE WRITER
Uma dúvida muito comum entre os candidatos que prestam provas de concursos públicos, está relacionada
com os atalhos de teclado. Afinal, qual é a lógica que existe por trás destas combinações de teclas?
Os atalhos de teclado do Microsoft Office são próprios e em português. No LibreOffice, como em aplicações na
Internet (coloquei a opção do Google Documentos), os atalhos são em inglês.
Alguns atalhos não possuem exatamente a mesma inicial do comando, por estar sendo usado em outra situação.
Centralizado, por exemplo, do inglês Center. A letra C já está sendo usada em Ctrl+C (Copiar), e a próxima letra está dispo-
nível. Assim, o atalho de teclado para centralizar um texto é Ctrl+E, tanto no Word como no Writer.
Barra de endereços do
Ctrl+K Inserir hiperlink Inserir hiperlink
navegador
Ctrl+R Repetir último comando Alinhar texto à direita (Right) Recarregar a página (Reload)
1 O atalho de teclado Ctrl+D, quando acionado no navegador de Internet, permite adicionar a página atual em Favoritos, que são os sites
preferidos do usuário.
2 O atalho de teclado Ctrl+G, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
3 O atalho de teclado Ctrl+J, quando acionado no navegador de Internet, permite visualizar as transferências de arquivos em andamento e consultar os
arquivos que foram baixados (Downloads).
4 O atalho de teclado Ctrl+L, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
5 Recuo é a distância do texto em relação à margem da página. O atalho de teclado Ctrl+M no Microsoft Word, aumenta o recuo esquerdo do parágrafo.
6 O atalho de teclado Ctrl+N, quando acionado no navegador de Internet, abre uma nova janela de navegação.
7 O atalho de teclado Ctrl+igual, quando acionado no navegador de Internet, aumenta o zoom de exibição da página.
8 O atalho F3 no navegador aciona a pesquisa, e Shift+F3 também. 111
Importante!
Um dos comandos que mais confunde candidatos na prova é o Navegador, do LibreOffice. Não tem nenhuma relação
com o browser de Internet e é usado para navegar dentro do documento em edição.
z Página;
z Títulos;
z Tabelas;
z Quadros;
z Objetos OLE;
z Marca-páginas;
z Seções;
z Hiperlinks;
z Referências;
z Índices;
z Anotações;
z Objetos de Desenho;
z Controle;
z Fórmula de tabela;
z Fórmula de tabela incorreta;
A seleção no LibreOffice Writer tem uma sutil diferença em relação ao Microsoft Word. É a possibilidade de uso
de 4 cliques na seleção. Confira:
Cabeçalhos
Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, Cabeçalho e rodapé.
Assim como no Word, é possível trabalhar com configurações diferentes dentro do mesmo documento. Para
isto, use as seções para dividir a formatação do documento.
Esta região aceitará qualquer elemento que seria usado no documento, como textos, imagens, tabelas, campos,
formas geométricas, hiperlinks, entre outros.
Inserir
Diferentemente da interface do Microsoft Word, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e ícones,
o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreender a
112 sequência de comandos e menus do Writer. As dicas são válidas para o LibreOffice Calc e LibreOffice Impress.
MENU SIGNIFICADO Podemos escolher a impressora, definir como será a
impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Seleção, Páginas
Permitem acesso às configurações específicas), quais serão as páginas (números separados
de arquivo sobre o documento atual com ponto e vírgula/vírgula indicam páginas individuais,
Arquivo
(novo, abrir, fechar, salvar, imprimir, separadas por traço uma sequência de páginas).
propriedades).
Conceitos básicos
z < (sinal de menor) menor que. Usado em testes, valo de valores definido;
para comparação. z #VALOR ou Err:519! Sem resultado. A fórmula
Exemplo: =SE(A1<A2;”A1 é menor”;”A2 é menor”) – resulta em um valor que não corresponde à sua
efetua um teste e exibe uma mensagem. definição; ou a célula que é referenciada na fórmu-
la contém um texto em vez de um número;
z >= (sinal de maior e sinal de igual, consecutivos, z #REF ou Err:524! Referências inválidas. Em uma
sem espaço) maior ou igual a. Usado em testes, fórmula, está faltando a coluna, a linha ou a plani-
para comparação. lha que contém uma célula referenciada;
Exemplo: =SE(A1>=A2;”A1 é maior ou igual a A2”;”A2 z #NOME? ou Err:525! Nomes inválidos. Não foi
é maior que A1”) – teste e exibe uma mensagem. possível avaliar um identificador, por exemplo,
não foi possível encontrar uma referência válida,
z <= (sinal de menor e sinal de igual, consecutivos, um nome de domínio válido, uma etiqueta de colu-
sem espaço) menor ou igual a. Usado em testes, na/linha, uma macro, um separador decimal incor-
para comparação. reto, suplemento não encontrado; 115
z #DIV/0! ou Err:532! Divisão por zero. Operação z MAIOR (valores;posição) : exibe o maior valor de
de divisão / quando o denominador é 0. uma série, segundo o argumento apresentado.
z MEDIA (valores) : realiza a operação de média z CONT.SE (células;condição) : Esta função conta quan-
nas células selecionadas e exibe o valor médio tas vezes aparece um determinado valor (número ou
encontrado. texto) em um intervalo de células (o usuário tem que
indicar qual é o critério a ser contado)
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples
dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valo- =CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
res, serão somados e divididos por 5. Se existir uma tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células do o valor 5.
vazias não entram no cálculo da média.
z TEXTO (células;formato) : exibe um valor numéri-
co no formato especificado por uma máscara.
z MED (valores): obtém o valor da mediana. A
mediana é o valor que está ‘no meio’ dos valores =TEXTO(7;”000”) Exibirá o número 7 com 3 casas,
ordenados informados portanto, 007
MENU SIGNIFICADO
Oferece comandos para o gerencia-
Arquivo mento do arquivo atual, aquele que
está em primeiro plano.
Acesso a recursos temporários (loca-
Editar lizar, substituir, selecionar) e área de
transferência do Windows/Linux
Acesso aos controles sobre o que
será mostrado na tela de edição, e
Exibir
como será exibido. Cor, preto e bran-
co, escala de cinza.
Adicionar qualquer objeto na apre- EXERCÍCIOS COMENTADOS
Inserir sentação atualmente editada. Se este
objeto é atualizável, será um campo. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2012) No aplicativo Impress do
Mudar a aparência, mudar a configu- pacote BrOffice, ao se clicar o botão será ativa-
Formatar ração, dar uma forma, alterar o que do um cronômetro para controlar a duração da apre-
está em edição. sentação. Essa função permite também a ativação de
Oferece comandos para o gerencia- um alarme que indicará o término do tempo de uma
mento do aplicativo, alterando as apresentação.
Ferramentas
configurações em todos os próximos
arquivos editados pelo aplicativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Iniciar a apresentação, configurar
a apresentação, Cronometrar, In- O ícone apresentado na questão é o navegador, que
Apresentação teração, Animação personalizada, possibilita buscar um slide na apresentação rapida-
de slides Transição de slides, Exibir e Ocultar mente. O atalho é Ctrl+Shift+F5. Resposta: Errado.
slides, e criar uma apresentação
personalizada.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2013) Ao clicar-se o botão
Oferece opções para organizar as , será aberto o navegador configurado como padrão, o
Janela
janelas dos documentos. que permite o acesso à Internet ao mesmo tempo em
que se utiliza o Impress.
Menu Slide
( ) CERTO ( ) ERRADO
Novidade do LibreOffice Impress 5 mantida na ver-
são 6/7, que não existia nas versões anteriores. Pos-
sui opções similares à guia Apresentação de Slides do O botão é utilizado para adicionar um hyper-
Microsoft PowerPoint. Contém as opções para mani- link ao objeto selecionado, permitindo que o usuário
pulação dos slides da apresentação, incluindo o item acesse outro local da apresentação, outro arquivo,
Transição de Slides, para adicionar uma animação um site na rede e enviar uma mensagem de correio
entre os slides. eletrônico. Resposta: Errado.
Slide
REDES DE COMPUTADORES
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
TERMINOLOGIA E APLICAÇÕES
Consiste em estações conectadas por meio de um circuito fechado, em série. Consiste de uma série de repeti-
dores ligados por um meio físico, de modo que o anel não interliga as estações diretamente, sendo cada estação
ligada a estes repetidores.
z Vantagens: todos os computadores acessam a rede igualmente e a performance não é impactada com o aumen-
to de usuários.
z Desvantagens: a falha de um computador pode afetar o restante da rede e os problemas são difíceis de isolar.
A mais comum atualmente, a topologia em estrela utiliza cabos par trançados e um concentrador como ponto
central da rede. O concentrador se encarrega de retransmitir todos os dados para a estação de destino.
Usa-se a topologia em estrela para ser criada. Ela une as estrelas individuais vinculando os hubs/switches. Isso esten-
derá o comprimento e o tamanho da rede.
z Vantagens: igual a topologia estrela normal. Apenas estende os domínios de colisão e de Broadcast; sempre
que uma pequena rede precisa ser interligada, a facilidade é grande, devido a simplicidade da manutenção das
redes.
z Desvantagens: domínios de colisão e broadcast podem ficar muito grande, prejudicando o desempenho da
rede; se houver falha em um equipamento que interconecta duas ou mais pequenas redes, todas elas podem
ficam incomunicáveis.
São barras interconectadas em que ramos menores são conectados a uma barra central, por um ou mais Hubs,
switch e repetidores que interconectam outras redes. No geral, as redes em árvore irão trabalhar com uma taxa de
transmissão menor do que as redes em barra comum.
z Vantagem: o monitoramento da rede é melhor, tendo em vista que existe um computador controlando o trá-
fego da rede. Isto pode otimizar o fluxo, diminuindo o consumo de banda e aumentando a velocidade da rede.
z Desvantagens: as redes podem se tornar muito grandes, aumentando o domínio de colisão; podem ocorrer
falhas na rede devido a erros humanos, uma vez que o tráfego é controlado por um computador.
Quando não puder ocorer nenhuma interrupção nas comunicações, as redes em malha são utilizadas. Cada
host tem suas próprias conexões com todos os outros hosts. Isso também reflete o projeto da Internet, que possui
vários caminhos para qualquer lugar.
É a topologia mais utilizada em grandes redes. Adequa-se a topologia de rede em função do ambiente, compen-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
sando os custos, expansibilidade, flexibilidade e funcionalidade de cada segmento de rede. São as que utilizam
mais de uma topologia ao mesmo tempo, podendo existir várias configurações que criamos utilizando uma varia-
ção de outras topologias.
Performance equilibrada para Baixa tolerância a falhas. A queda de um ponto paralisa toda a rede.
Anel
todos os usuários. Dificuldade de localização do ponto de falha.
121
TOPOLOGIA VANTAGENS DESVANTAGENS
Topologia Lógica
Refere-se ao modo como os dados são transmitidos através da rede a partir de um dispositivo para o outro, sem
levar conta a interligação física dos dispositivos.
Broadcast e passagem de token (Token Ring) são os dois tipos mais comuns de topologias lógicas.
A topologia lógica mais comum em redes locais é a Broadcast.
z Broadcast: o tipo de topologia de broadcast significa que cada host envia seus dados a todos os outros hosts no
meio da rede. As estações não seguem nenhuma ordem para usar a rede, a primeira a solicitar é a atendida:
essa é a maneira como a Ethernet funciona. Posteriormente, aprenderemos um pouco mais.
z Token Ring: a passagem de token controla o acesso à rede, passando um token eletrônico sequencialmente
para cada host. Quando um host recebe o token, significa que esse host pode enviar dados na rede. Se o host
não tiver dados a serem enviados, ele vai passar o token para o próximo host e o processo será repetido.
No início, quando as redes de computadores surgiram, as tecnologias eram do tipo proprietárias, isto é, só
eram suportadas pelos seus próprios fabricantes, não havendo a possibilidade de misturar as tecnologias dos
fabricantes.
O Modelo OSI (Open System Interconnection) é um modelo de rede de computador referência da ISO, sendo
dividido em camadas de funções, criado em 1971 e formalizado em 1983, com objetivo de ser um padrão para pro-
tocolos de comunicação entre os mais diversos sistemas em uma rede local (Ethernet), garantindo a comunicação
entre dois sistemas computacionais (end-to-end).
O modelo divide as redes de computadores em 7 camadas, de forma a se obter camadas de abstração. Cada
protocolo implementa uma funcionalidade atrelada a uma determinada camada.
Segundo Tanenbaum, o Modelo OSI não é uma arquitetura de redes, pois ele não especifica os serviços e proto-
colos exatos que devem ser usados em cada camada. O modelo OSI apenas informa o que cada camada deve fazer.
O OSI permite comunicação entre máquinas heterogêneas e define diretivas genéricas para a construção de
redes de computadores (seja de curta, média ou longa distância), independente da tecnologia utilizada.
Vamos conhecer o modelo de protocolos OSI. Trata-se de um modelo de sete camadas, divididas da seguinte
forma:
6 - APRESENTAÇÃO Formatos/Criptografia
Esse modelo é estruturado de forma que cada camada tem sua própria característica.
Cada camada pode comunicar-se apenas com a sua camada inferior ou superior e somente com a sua camada
correspondente em outra máquina.
Camada 7: Aplicação
A camada de Aplicação faz a interface entre o protocolo de comunicação e o aplicativo que pediu ou que rece-
berá a informação por meio da rede. Por exemplo, se você quiser baixar o seu e-mail com seu aplicativo de e-mail,
122 ele entrará em contato com a Camada de Aplicação do protocolo de rede, efetuando este pedido.
Camada 6: Apresentação
A camada de Apresentação converte os dados recebidos pela camada de Aplicação em um formato a ser usado
na transmissão desse dado, ou seja, um formato entendido pelo protocolo. Ele funciona como um tradutor se esti-
ver enviando os dados da camada de Aplicação para a camada de Sessão e se está recebendo os dados da camada
de Sessão para a Aplicação.
Camada 5: Sessão
A camada de Sessão permite que dois computadores diferentes estabeleçam uma sessão de comunicação. Com
esta camada, os dados são marcados de forma que, se houver uma falha na rede, quando a rede se tomar dispo-
nível novamente, a comunicação pode reiniciar de onde parou.
Camada 4: Transporte
A camada 4, chamada de camada de Transporte é responsável por pegar os dados vindos da camada de Sessão
e dividi-los em pacotes que serão transmitidos pela rede. Trata-se de uma camada responsável por pegar os paco-
tes recebidos da camada de Rede e remontar o dado original para enviá-lo à camada de Sessão. Nesse processo,
inclui-se o controle de fluxo, correção de erros, confirmação de recebimento (acknowledge), informando o sucesso
da transmissão. A camada de Transporte divide as camadas de nível de aplicação (de 5 a 7 preocupadas com os
dados contidos no pacote) das de nível físico (de 1 a 3 preocupadas com a maneira que os dados serão transmiti-
dos). A camada de Transporte faz a ligação entre esses dois grupos.
Camada 3: Rede
A camada de Rede é responsável pelo endereçamento dos pacotes, convertendo endereços lógicos em endere-
ços físicos, de forma que os pacotes consigam chegar corretamente ao destino. Essa camada também determina
a rota que os pacotes irão seguir para atingir o destino, baseada em fatores como condições de tráfego da rede e
prioridades. Rotas são os caminhos seguidos pelos pacotes na rede.
A camada 2 é chamada de Link de Dados. A camada de Link de Dados (conhecida também como Conexão de
Dados ou Enlace) pega os pacotes de dados vindos da camada de Rede e os transforma em quadros que serão tra-
fegados pela rede, adicionando informações como endereço físico da placa de rede de origem e destino, dados de
controle, dados em si, e os controle de erros. Esse pacote de dados é enviado para a camada Física, que converte
esse quadro em sinais elétricos enviados pelo cabo da rede.
Camada 1: Física
A camada Física pega os quadros enviados pela camada de Link de Dados e os converte em sinais compatíveis
com o meio onde os dados deverão ser transmitidos. A camada física é quem especifica a maneira com que os
quadros de bits serão enviados para a rede. A camada Física não inclui o meio onde os dados trafegam, isto é,
o cabo de rede. Quem faz o seu papel é a placa de rede. A camada Física pega os dados que vem do meio (sinais
elétricos, luz etc.) converte em bits e repassa à camada de Link de dados, que montará o pacote e verificará se ele
foi recebido corretamente.
Em sua prova pode aparecer as camadas, protocolos e suas funções. Vejamos no quadro abaixo:
192.168.0.0
estáticos específicos para cada dispositivo de uma rede. FAIXA DE ENDEREÇO DE IP
– 192.168.255.255
Em sistemas operacionais mais atuais de desktop, confi-
guração de IP dinâmico é ativado por padrão. NOTAÇÃO CIDR 192.168.0.0/16
NÚMERO DE REDES 2.097.152
IPv4
NÚMERO DE IPS 65.535
Internet Conexão entre computadores Conhecido como nuvem, e também como World Wide Web, ou WWW, a Internet é um
ambiente inseguro, que utiliza o protocolo TCP para conexão em conjunto a outros para
aplicações específicas.
Intranet Conexão com autenticação Ambiente seguro que exige identificação, podendo estar restrito a um local, que pode-
rá acessar a Internet ou não. A Intranet utiliza o mesmo protocolo da Internet, o TCP, po-
dendo usar o UDP também.
Extranet Conexão entre dispositivos ou Conexão remota segura, protegida com criptografia, entre dois dispositivos, ou duas
redes redes. O acesso remoto é geralmente suportado por uma VPN.
Os editais costumam explicitar Internet e Intranet, mas também questionam Extranet. A conexão remota segu-
ra que conecta Intranet’s através de um ambiente inseguro que é a Internet, é naturalmente um resultado das
redes de computadores.
Redes de
computadores
Utiliza os mesmos
Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros
Internet
Padrão de Criptografia em
Família TCP/IP
comunicação VPN
A Internet é transparente para o usuário. Qualquer usuário poderá acessar a Internet sem ter conhecimento
técnico dos equipamentos que existem para possibilitar a conexão.
Nos concursos públicos e no dia a dia, estes são os itens mais utilizados pelas pessoas para acessar o conteúdo
disponível na Internet.
As informações armazenadas em servidores, sejam páginas web ou softwares como um serviço (SaaS – cama-
da mais alta da Computação na Nuvem), são acessadas por programas instalados em nossos dispositivos. São eles:
Este tópico é muito prático, e nos concursos públicos são questionados os termos usados nos diferentes softwa-
res, como ‘Histórico’, para nomear a lista de informações acessadas por um navegador de Internet.
Importante!
Ao navegar na Internet, comece a observar os detalhes do seu navegador e as mensagens que são exibidas.
Estes são os itens questionados em concursos públicos. 129
Ferramentas e aplicativos comerciais de navegação
As informações armazenadas em servidores web são arquivos (recursos), identificados por um endereço
padronizado e único (endereço URL), exibidas em um browser ou navegador de Internet.
Eles são usados nas redes internas, pois a Intranet utiliza os mesmos protocolos, linguagens e serviços da
Internet.
Confira a seguir, os principais navegadores de Internet disponíveis no mercado.
Internet Explorer
Navegador padrão do Windows 7, um dos mais questionados em concursos
Microsoft
públicos, por ser integrante do sistema operacional
Firefox
Software livre e multiplataforma que é leve, intuitivo e altamente
Mozilla
expansível.
Chrome
Um dos mais populares navegadores do mercado, multiplataforma e de fá-
Google
cil utilização.
Safari
Desenvolvido originalmente para aparelhos da Apple, atualmente está dis-
Apple
ponível para outros sistemas operacionais.
Opera
Navegador leve com proteções extras contra rastreamento e mineração de
Opera
moedas virtuais.
Na Internet, as informações (dados) são armazenadas em arquivos nos servidores de Internet. Os servidores
são computadores, que utilizam pastas ou diretórios para o armazenamento de arquivos. Ao acessarmos uma
informação na Internet, estamos acessando um arquivo. Mas como é a identificação deste arquivo? Como acessa-
mos estas informações? Através de um endereço URL.
O endereço URL (Uniform Resource Locator) que define o endereço de um recurso na rede. Na sua tradução
literal, é Localizador Uniforme de Recursos, e possui a seguinte sintaxe:
protocolo://máquina/caminho/recurso
‘Protocolo’ é a especificação do padrão de comunicação que será usado na transferência de dados. Poderá
ser http (Hyper Text Transfer Protocol – protocolo de transferência de hipertexto), ou https (Hyper Text Transfer
Protocol Secure – protocolo seguro de transferência de hipertexto), ou ftp (File Transfer Protocolo – protocolo de
transferência de arquivos), entre outros.
‘://’ faz parte do endereço URL, para identificar que é um endereço na rede, e não um endereço local como ‘/’
no Linux ou ‘:\’ no Windows.
‘Máquina’ é o nome do servidor que armazena a informação que desejamos acessar.
‘Caminho’ são as pastas e diretórios onde o arquivo está armazenado.
‘Recurso’ é o nome do arquivo que desejamos acessar.
Vamos conferir os endereços URL a seguir, e suas características.
Usando o protocolo http, acessaremos o servidor abc, que é comercial (.com), no Bra-
sil (.br). Acessaremos a divisão multimídia (www) com arquivos textuais, vídeos, áu-
http://www.abc.com.br/
dios e imagens. O recurso acessado é o index.html, entendido automaticamente pelo
navegador, por não ter nenhuma especificação de recurso no fim.
130
ENDEREÇO URL FICTÍCIO CARACTERÍSTICAS
Outra forma de analisar um endereço URL é na sua sintaxe expandida. Quando navegamos em sites na Inter-
net, nos deparamos com aquelas combinações de símbolos que não parecem legíveis. Mas como tudo na Internet
está padronizado, vamos ver as partes de um endereço URL ‘completão’.
Confira:
esquema://domínio:porta/caminho/recurso? querystring#fragmento
Onde ‘esquema’ é o protocolo que será usado na transferência.
‘Domínio’ é o nome da máquina, o nome do site.
‘:’ e ‘porta’, indica qual, entre as 65536 portas TCP será usada na transferência.
‘Caminho’ indica as pastas no servidor, que é um computador com muitos arquivos em pastas.
‘Recurso’ é o nome do arquivo que está sendo acessado.
‘?’ é para transferir um parâmetro de pesquisa, usado especialmente em sites seguros.
‘#’ é para especificar qual é a localização da informação dentro do recurso acessado (marcas)
Exemplo: https://outlook.live.com:5012/owa/hotm ail?path=/mail/inbox#open
esquema: https://
domínio: outlook.live.com
porta: 5012
caminho: /owa/
recurso: hotmail
querystring: path=/mail/inbox
fragmento: open
Quando o usuário digita um endereço URL no seu navegador, um servidor DNS (Domain Name Server – servi-
dor de nomes de domínios) será contactado para traduzir o endereço URL em número de IP. A informação será
localizada e transferida para o navegador que solicitou o recurso.
Servidor DNS
Internet
Endereço URL
Usuário
Figura 2. Os endereços URL’s são reconhecíveis pelos usuários, mas os dados são armazenados em servidores web com números de IP. O
servidor DNS traduz um URL em número de IP, permitindo a navegação na Internet.
z Modo normal de navegação – as informações serão registradas e mantidas pelo navegador. Histórico de Nave-
gação, Cookies, Arquivos Temporários, Formulários, Favoritos e Downloads.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
z Modo de navegação anônima – as informações de navegação serão apagadas quando a janela for fechada.
Apenas os Favoritos e Downloads serão mantidos.
Arquivo áudio MP3 (MPEG-1 Layer 3). Forma- No modo blocado, o arquivo é transferido como
to de áudio que aceita compressão em vários uma série de blocos precedidos por um cabeçalho
.mp3
níveis. Pode utilizar o Windows Media Player
especial. Este cabeçalho é constituído por um conta-
ou Groove Music para reprodução.
134 dor (2 bytes) e um descritor (1 byte).
procedimento de encapsulamento dos dados será
observado por sites de streaming como Netflix. Res-
posta: Certo.
00 A 01 C 02 B
( ) CERTO ( ) ERRADO
Modo blocado – os dados são enviados com contador e descritor
Dados únicos
( ) CERTO ( ) ERRADO
contém informações encapsuladas. Um arquivo mul- A sessão de navegação poderá ser em janelas ou
timídia de vídeo, por exemplo, contém informações em guias dentro das janelas.
de vídeo, do áudio e de metadados. Os metadados As guias ou abas podem ser iniciadas com o cli-
descrevem o vídeo, como nome do autor, nome da que em links das páginas visitadas, ou clique no link
música, data de lançamento, duração, entre outras. enquanto mantém a tecla CTRL pressionada, ou ata-
Quando estas informações são transmitidas pela lho de teclado Ctrl+T para nova guia em branco, ou cli-
Internet, como nos vídeos do site Youtube, se hou- que no link com o botão direito do mouse para acessar
ver o envio separado dos dados, partes dos pacotes o menu de contexto e escolher a opção “Abrir link em
enviados podem se perder. Pelo modo de retrans- nova guia”. As guias ou abas podem ser fechadas com
missão padrão do conjunto TCP, uma falha poderá o atalho de teclado Ctrl+W ou Ctrl+F4.
atrasar a recepção dos próximos dados. A janela de navegação ‘normal’ é aberta com o ata-
Para evitar este problema, o fluxo de dados costuma lho de teclado Ctrl+N, ou clique no link enquanto man-
ser realizado no formato de contêiner, onde cada tém a tecla SHIFT pressionada, ou clique no link com
pacote de dados contém as informações necessá- o botão direito do mouse para acessar o menu de con-
rias para a reprodução daquele segmento. O mesmo texto e escolher a opção “Abrir link em nova janela”. 135
A janela poderá ser fechada com o atalho de teclado Internet Explorer
Alt+F4. Se houver várias guias abertas na janela, com
o atalho de teclado Alt+F4, todas serão fechadas. Foi o navegador padrão dos sistemas Windows,
Para reabrir uma guia ou janela que foi fechada, e encerrou na versão 11. Alguns concursos ainda o
pressione o atalho de teclado Ctrl+Shift+T. questionam. Suas funcionalidades foram mantidas no
Os navegadores de Internet permitem a continua- Microsoft Edge, por questões de compatibilidade.
ção da navegação nas guias que estavam abertas na A compatibilidade é um princípio no desenvolvi-
última sessão. Alterando as configurações do navega- mento de substitutos para os programas, que deter-
dor, na próxima vez que ele for executado, exibirá as mina que a nova versão ou novo produto, terá os
últimas guias que foram acessadas na última sessão. recursos e irá operar como as versões anteriores ou
Os navegadores de Internet não permitem a edição produtos de origem.
de arquivos PDF de forma nativa. O formato PDF é o O atalho de teclado para abrir uma nova janela de
mais popular para distribuição de conteúdo na Inter- navegação InPrivate é Ctrl+Shift+P.
net, e pode ser editado por aplicativos específicos As Opções de Internet, disponível no menu Fer-
como o Microsoft Word. ramentas, também poderá ser acessado pelo Painel
Os navegadores de Internet possuem mecanismos de Controle do Windows, devido à alta integração do
internos que procuram proteger a navegação do usuá- navegador com o sistema operacional.
rio por sites, alertando sobre sites que tenham con-
teúdo malicioso, download automático de códigos,
Mozilla Firefox
arquivos que são potencialmente perigosos se execu-
tados, entre outras medidas.
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que,
como os demais browsers, possibilita o acesso ao con-
Importante! teúdo armazenado em servidores remotos, tanto na
Internet como na Intranet.
Os navegadores possuem mais recursos em É um navegador com código aberto, software livre,
comum do que diferenças. As bancas costu- que permite download para estudo e modificações.
mam perguntar os itens que são diferentes ou Possui suporte ao uso de applets (complementos de
exclusivos. terceiros), que são instalados por outros programas
no computador do usuário, como o Java.
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização
Microsoft Edge de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con-
tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretan-
Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão to, caso utilize o modo de navegação privativa, estes
no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre dados não serão sincronizados.
o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma Assim como nos outros navegadores, é possível
série de itens semelhantes ao Google Chrome. definir uma página inicial padrão, uma página inicial
Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartS- escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar
creen, permite o bloqueio de sites que contenham a navegação das guias abertas na última sessão.
phishing (códigos maliciosos que procuram enganar o No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela
usuário, como páginas que pedem login/senha do car- permite copiar para a Área de Transferência do com-
tão de crédito). putador, parte da imagem da janela que está sendo
Outro recurso de proteção é usado para combater acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário
vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que poderá colar a imagem capturada ou salvar direta-
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar- mente pelo navegador.
tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles
Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o oferecem pequenas dicas para que você possa apro-
veitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer
visualizador padrão de arquivos PDFs no Windows
novidades sobre produtos Firefox, missão e ativismo
10. Foram adicionados recursos que permitem ‘Dese-
da Mozilla, notícias sobre integridade da internet e
nhar’ sobre o conteúdo do PDF.
muito mais.
Mantém as características dos outros navegado-
res de Internet, como a possibilidade de instalação de
Google Chrome
extensões ou complementos, também chamados de
plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos
O navegador mais utilizado pelos usuários da
específicos para a navegação em determinados sites.
Internet é oferecido pela Google, que mantém serviços
As páginas acessadas poderão ser salvas para aces- como Buscas, E-mail (Gmail), vídeos (Youtube), entre
sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, muitos outros.
consultadas no Histórico de Navegação ou salvas Uma das pequenas diferenças do navegador em
como PDF no dispositivo do usuário. relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
Coleções no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é
para permitir que a navegação inicie em um dispositi- F4 e nele é F6. Outra diferença é o acesso ao site de
vo e continue em outro dispositivo logado na mesma pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se
conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas você acessar pelo Google Chrome.
nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar Outro recurso especialmente útil do Chrome é o
sugestões do Pinterest. Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla-
Outro recurso específico do navegador é a repro- do Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site não estiverem respondendo, o gerenciador de tarefas
136 Microsoft Bing (buscador da Microsoft). poderá finalizar, sem finalizar todo o programa.
Alguns recursos do navegador são ‘emprestados’ O protocolo SMTP é para envio de mensagens de
do site de buscas, como a tradução automática de correio eletrônico, mas é usado por um cliente de
páginas pelo Google Tradutor. e-mail, como o Microsoft Outlook ou o Mozilla
É possível compartilhar o uso do navegador com
outras pessoas no mesmo dispositivo, de modo que Thunderbird. Os navegadores de Internet usam o
cada uma tenha suas próprias configurações e arqui- IMAP4, para acesso à caixa de mensagens do usuá-
vos. O navegador Google Chrome possui níveis dife- rio através da modalidade de acesso webmail. Res-
rentes de acessos, que podem ser definidos quando o posta: Errado.
usuário conecta ou não em sua conta Google.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Uma das ferramentas
z Modo Normal – sem estar conectado na conta Goo-
gle, o navegador armazena localmente as informa- mais completas do Mozilla Firefox é o corretor orto-
ções da navegação para o perfil atual do sistema gráfico, que é instalado no navegador e contém todos
operacional. Todos os usuários do perfil, poderão os idiomas em um único dicionário.
consultar as informações armazenadas.
z Modo Normal conectado na conta Google – o nave- ( ) CERTO ( ) ERRADO
gador armazena localmente as informações da
navegação e sincroniza com outros dispositivos
O erro está na afirmação final, que um único dicio-
conectados na mesma conta Google.
z Modo Visitante – o navegador acessa a Internet, nário contém todos os idiomas. Se existisse um úni-
mas não acessa as informações da conta Google co dicionário com todos os idiomas disponíveis, este
registrada. seria ‘imenso’, literalmente.
z Modo de Navegação Anônima – o navegador aces- Os conteúdos digitados nos campos dos formulá-
sa a Internet e apaga os dados acessados quando a
janela é fechada. rios nos sites de Internet poderão ser verificados em
relação à gramática e sua ortografia.
O navegador Google Chrome, quando conectado em Assim como qualquer outro aplicativo de edição de
uma conta Google, permite que a exclusão do histórico documentos, os dicionários são separados por idio-
de navegação seja realizada em todos os dispositivos mas. Para efetuar a correção ortográfica em um idio-
conectados. Esta funcionalidade não estará disponível,
ma diferente do padrão, é preciso fazer o download
caso não esteja conectado na conta Google.
Um dos atalhos de teclado diferente no Google do dicionário correspondente. Resposta: Errado.
Chrome em comparação aos demais navegadores é F6.
Para acessar a barra de endereços nos outros nave- PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO (OUTLOOK
gadores, pressione F4. No Google Chrome o atalho de EXPRESS E MOZILLA THUNDERBIRD)
teclado é F6.
Para verificar a versão atualmente instalada do O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma
Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois
forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo
“Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen-
dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram que o usuário não esteja on-line, a mensagem será
instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador. armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo
Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos disponível até ela ser acessada novamente.
mesmos sites que estavam abertos antes do reinício, O correio eletrônico (popularmente conhecido
com as mesmas credenciais de login. como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi
O Google Chrome permite a personalização com um dos primeiros serviços que surgiu para a Internet,
temas, que são conjuntos de imagens e cores combina-
e se mantém usual até os dias de hoje.
das para alterar a visualização da janela do aplicativo.
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS
O erro está na sigla SMTP, que deveria ser IMAP4 para O Microsoft Outlook, integrante do pa-
se tornar correta. O protocolo FTP é usado para trans- cote Microsoft Office, é um cliente de
ferência de arquivos, enviando (upload) ou recebendo e-mail que permite a integração de vá-
(download) dados. O protocolo NNTP (Network News rias contas em uma caixa de entrada
Transfer Protocol) é um protocolo da Internet para combinada.
grupos de discussão da chamada Usenet. 137
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS FORMA DE
CARACTERÍSTICAS
ACESSO
O Microsoft Outlook Express foi o
Protocolo IMAP4 para enviar e para
cliente de e-mail padrão das antigas
receber mensagens. As mensagens
versões do Windows. Ainda aparece
Webmail são copiadas do servidor para a ja-
listado nos editais de concursos, po-
nela do navegador e são mantidas
rém não pode ser utilizado nas versões
na caixa de mensagens remota.
atuais do sistema operacional.
c) no campo Para, apenas, e escrever no campo Assunto vel compactar os arquivos em uma pasta compactada.
a palavra Oculto. A pasta compactada é um recurso do sistema ope-
d) nos campos Para e Cco, ao mesmo tempo. racional Windows, para criação de um arquivo com
e) nos campos Cc e Cco, ao mesmo tempo. extensão ZIP, que pode conter arquivos e pastas. Ao
compactar arquivos, o tamanho de cada item costu-
Quando desejamos enviar uma mensagem de cor- ma reduzir, e o arquivo ZIP, compatível com o sistema
reio eletrônico para 30 destinatários, mas queremos operacional Windows, poderá ser anexado de uma
evitar que qualquer um desses destinatários possa vez, sem precisar repetir o procedimento arquivo por
clicar em Responder para todos e, com isso, enviar arquivo.
respostas dessa mensagem original para qualquer Além da opção Anexar Arquivo, o cliente de e-mail
um dos 30 destinatários originais, precisamos colo- oferece o recurso Anexar Item. Com o Anexar Item, o
car todos os 30 destinatários no campo CCO. usuário poderá adicionar outra mensagem de e-mail
Quem está no campo CCO não aparece para os que recebeu, cartões de visita, anexar contatos, com-
demais destinatários. promissos do calendário de reuniões etc. 141
z Confirmação de Entrega: O servidor de e-mails
do destinatário envia uma confirmação de entre-
Anexar Anexar Assinatura Atribuir ga, informando que a mensagem foi entregue na
Arquivo Item ▾ Política Caixa de Entrada dele com sucesso.
z Confirmação de Leitura: O destinatário pode
Cartão de visita
confirmar ou não a leitura da mensagem que foi
Calendário...
enviada para ele.
Item do Outlook
Dica
Figura 6. Anexar Item permite a inserção de elementos do correio
eletrônico. A Confirmação de Entrega e a Confirmação de
Leitura são opções do correio eletrônico que são
Anexar arquivos significa que o arquivo será
enviado junto com a mensagem de e-mail. O correio muito usadas em ambientes corporativos, para
eletrônico pode ter o conteúdo da mensagem formata- oficializar a comunicação entre os usuários.
do (padrão HTML) ou texto sem formatação.
No e-mail enviado como texto sem formatação, A confirmação de entrega é independente da con-
não é possível inserir imagens ou elementos gráficos
no corpo da mensagem. Para enviar imagens em uma firmação de leitura. Quando o remetente está elabo-
mensagem que está como texto sem formatação, ape- rando uma mensagem de e-mail, ele poderá marcar
nas se anexar o arquivo da imagem no e-mail. as duas opções simultaneamente. Se as duas opções
Quando o e-mail é enviado como texto formatado forem marcadas, o remetente poderá receber duas
(HTML), uma imagem poderá ser enviada como anexo
confirmações para a mensagem que enviou, sendo
ou inserida dentro do corpo do e-mail.
uma do servidor de e-mails do destinatário e outra do
Outras operações com o correio eletrônico próprio destinatário.
related:uol.com.
related: Sites relacionados.
br EXERCÍCIOS COMENTADOS
Versão anterior do cache:uol.com. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em uma pesquisa por meio
cache:
site. br do Google, o uso da expressão “concurso fub” -“nível
Páginas que con- médio”, incluindo as aspas duplas, permite encontrar
link: informações somente dos concursos de nível médio da
link: tenham link para
novaconcursos
outras. FUB que estiverem disponíveis na Internet.
Informações de um location:méxico
location: ( ) CERTO ( ) ERRADO
determinado local. terremoto
Ao contratar Infraestrutura como um Serviço (IaaS), o usuário obtém economia de custo (não há necessidade
de comprar e manter hardwares), tempo de colocação no mercado (poderá iniciar suas operações imediatamente,
sem esperar pela instalação de um datacenter na empresa), disponibilidade em tempo integral e escalabilidade
sob demanda (expansão ou contração da empresa de acordo com o dia-a-dia da operação).
Plataforma como um Serviço (PaaS) gera para o usuário uma economia de gastos (novamente, relacionada ao
hardware que não precisa ser adquirido), desenvolvimento simplificado de aplicativos (ambientes de desenvol-
vimento para diferentes plataformas), colaboração (on-line com outros desenvolvedores) e ambiente integrado
(para teste, implementação e gerenciamento).
Software como um Serviço (SaaS) oferecerá economia de gastos (menor custo das licenças de softwares), com-
partilhamento de arquivos (de forma fácil e rápida), portabilidade (na troca de dispositivos pessoais, o acesso ao
serviço não será impactado com novas instalações e configurações) e independência do sistema operacional (a
troca de dados será realizada pelo protocolo TCP, que tem suporte em todos os sistemas operacionais).
Figura 10. Os provedores, desenvolvedores e usuários finais, fornecem, suportam ou consomem recursos da nuvem.
148 INFRAESTRUTURA Hardware e energia elétrica do usuário Hardware e energia elétrica da empresa provedora
Vantagens da Computação em Nuvem As Principais Características da Computação em
Nuvem
O usuário não precisará se preocupar com atuali-
zações de softwares e hardware, que serão realizadas On Demand Self Service, ou auto atendimento sob
pela empresa contratada. Elas serão automáticas e demanda, significa que o usuário pode usar os ser-
disponibilizadas em tempo real para todos. viços, aumentar ou diminuir as capacidades com-
O compartilhamento de informações será faci- putacionais alocadas como: o tempo de servidor e
litado, bastando que outros usuários tenham aces- armazenamento de rede, sem a intervenção huma-
so à Internet para que possam acessar os dados na com o provedor de serviços. O limite de crédito
compartilhados. do seu cartão de crédito virtual é um exemplo desta
Os serviços serão disponibilizados 24 horas, 7 dias por característica.
semana, com sistemas de redundância e recuperação de Ubiquitous Network Access, ou amplo acesso à
falhas sob responsabilidade da empresa contratada.
rede, significa que os serviços são acessíveis a partir
Diminui a necessidade de manutenção da infraes-
de qualquer plataforma. O usuário poderá acessar um
trutura física da rede local, bastando para o usuário
sistema desenvolvido para Windows, armazenado em
o fornecimento de energia elétrica e conexão de rede
para acesso aos serviços remotos. um servidor Linux, a partir de seu smartphone Apple.
Por ter menos equipamentos na infraestrutura Quase todos os serviços disponíveis na nuvem são
local, o consumo de energia elétrica, refrigeração e assim.
espaço físico serão reduzidos. Indiretamente contribui Resource Pooling, ou pool de recursos, significa
para preservação e uso racional dos recursos naturais. que os serviços são armazenados em servidores dis-
Flexibilidade no uso e na contratação de serviços. tribuídos globalmente e seus recursos virtuais são
O usuário poderá contratar um pacote básico de servi- dinamicamente atribuídos ou retribuídos pelo clien-
ços e, de acordo com a sua necessidade, pode ampliar te conforme sua demanda. É o modelo multi-inquili-
parâmetros do contrato alterando de forma dinâmica no (multi-tenancy), que possibilita a adesão de novos
os limites de utilização. clientes sem detrimento da oferta para os clientes
Elasticidade rápida, onde os recursos são provi- atuais. Um usuário em São Paulo poderá contratar
sionados dinamicamente, atendendo as necessida- e acessar um serviço ofertado por uma empresa em
des pontuais da operação do cliente (uma loja virtual Belo Horizonte, que mantém os servidores em uma
pode aumentar a quantidade de acessos simultâneos cidade na Índia.
ao site apenas na Black Friday, por exemplo). Esta é a Rapid Elasticy, ou elasticidade rápida, significa que
sua característica mais marcante. a alocação de mais ou menos recursos da nuvem ocor-
rerá com agilidade, provisionando e liberando elas-
Desvantagens da Computação em Nuvem ticamente as demandas solicitadas pelo usuário. Ao
contratar um armazenamento de dados na nuvem, o
Quanto mais aplicações forem acessadas na espaço disponível para uso será imediatamente ajus-
nuvem, mais velocidade de transferência de dados tado após a confirmação do pagamento.
será necessária. Portanto, a principal desvantagem da Measured Service, ou serviços mensuráveis, sig-
nuvem é inerente ao propósito dela mesma. nifica que todos os serviços são controlados e moni-
Tempo de inatividade é outra desvantagem. Quan- torados automaticamente pela nuvem, de maneira
do todos os sistemas estão em uma plataforma, se transparente para o usuário, sem a necessidade de
ela ficar indisponível, a empresa e os usuários não conhecimento técnico sobre a sua operação.
terão acesso a nada. Felizmente isto tem mudado, e Transparência para o usuário, pois ele não precisa
atualmente as empresas fornecedoras de serviços na conhecer onde estão alocados os recursos computa-
nuvem conseguem oferecer up-time (tempo de uso
cionais contratados e acessa apenas a interface para
disponível) acima de 99,9999%.
acesso, tornando tudo transparente.
Dificuldade de migração, e esta é a principal des-
vantagem. Quanto mais utilizamos uma determinada
empresa fornecedora, mais nos tornamos dependente Tipos de Nuvem
dela.
Caso exista a necessidade de migração dos dados, Podemos classificar as nuvens de acordo com a
ela poderá ser dificultada ou até impossibilitada. Para infraestrutura ou seus usuários em: Privada, Pública,
minimizar esta desvantagem, a replicação de servido- Híbrida ou Comunidade (comunitária).
res é uma alternativa, quando os dados são replicados No modelo de nuvem privada, a infraestrutura
entre um servidor local e um servidor na nuvem. é proprietária ou alugada por uma única organiza-
ção para ser operada exclusivamente por ela mesma.
Poderá ser local ou remota, e a empresa aplica políti-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
No Windows 10, os diretórios são chamados de pastas e algumas pastas são especiais, contendo coleções de arqui-
vos que são chamadas de Bibliotecas. Ao todo são quatro Bibliotecas: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos. O
usuário poderá criar Bibliotecas para sua organização pessoal, uma vez que elas otimizam a organização dos arqui-
vos e pastas, inserindo apenas ligações para os itens em seus locais originais.
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File System) armazena os dados dos arquivos em localizações
dos discos de armazenamento. Por sua vez, os arquivos possuem nome e podem ter extensões.
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes)
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.
Clusters Unidades de armazenamento no disco, identificado pela trilha e setor onde se encontra.
Pastas ou diretórios Estrutura lógica do sistema de arquivos para organização dos dados na unidade de disco
Arquivos Dados. Podem ter extensões.
Pode identificar o tipo de arquivo, associando com um software que permita visualização
Extensão
e/ou edição. As pastas podem ter extensões como parte do nome.
Arquivos especiais, que apontam para outros itens computacionais, como unidades, pas-
Atalhos tas, arquivos, dispositivos, sites na Internet, locais na rede etc. Os ícones possuem uma
seta, para diferenciar dos itens originais.
O disco de armazenamento de dados tem o seu tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e até tri-
lhões de bytes de capacidade. Os nomes usados são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão listados na
escala a seguir. 151
Exabyte No Windows 10, a organização segue a seguinte
(EB)
Petabyte definição:
(PB)
Terabyte
Gigabyte
(TB) z Pastas
trilhão
(GB)
Megabyte
bilhão
Kilobyte
(MB)
milhão Estruturas do sistema operacional: Arqui-
(KB) mil
Byte vos de Programas (Program Files), Usuários
(B)
(Users), Windows. A primeira pasta da undia-
de é chamada raiz (da árvore de diretórios),
Ainda não temos discos com capacidade na ordem representada pela barra invertida: Documen-
de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos tos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Ima-
comercialmente, mas quem sabe um dia... Hoje estas gens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas
medidas muito altas são usadas para identificar gran- Músicas) – bibliotecas
des volumes de dados na nuvem, em servidores de
Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Docu-
redes, em empresas de dados etc. mentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus
Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte repre- Vídeos), Músicas (Minhas Músicas) – bibliotecas
senta uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é forma-
Área de Trabalho: Desktop, que permite aces-
do por 8 bits, que são sinais elétricos (que vale zero
so à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos,
ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema
programas e atalhos.
binário para representação de informações.
A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi- Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de
discos rígidos que foram excluídos, permitindo
tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
a recuperação dos dados.
da na memória.
A palavra “Concursos”, ocupará 9 bytes, que são 72
z Atalhos
bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momen-
Arquivos que indicam outro local: Extensão
tos do cotidiano. Um plano de dados de celular ofere- LNK, podem ser criados arrastando o item com
ce um pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até ALT ou CTRL+SHIFT pressionado.
5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão
Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps, z Drivers
ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por
segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho leva- Arquivos de configuração: Extensão DLL e
rá 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo outras, usadas para comunicação do software
para o roteador wireless. com o hardware
ÁREA DE TRABALHO
A interface gráfica do Windows é caracterizada pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do Windows
exibe ícones de pastas, arquivos, programas, atalhos, barra de tarefas (com programas que podem ser executados
e programas que estão sendo executados) e outros componentes do Windows.
A área de trabalho do Windows 10, também conhecida como Desktop, é reconhecida pela presença do papel de
parede ilustrando o fundo da tela. É uma imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP), uma foto (extensão
JPG), além de outros formatos gráficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos que o computador está
pronto para executar tarefas.
Na área de trabalho podemos encontrar Ícones e estes podem ser ocultados se o usuário escolher ‘Ocultar
ícones da área de trabalho’ no menu de contexto (botão direito do mouse, Exibir). Os ícones representam atalhos,
arquivos, pastas, unidades de discos e componentes do Windows (como Lixeira e Computador).
No canto inferior esquerdo encontraremos o botão Iniciar, que pode ser acionado pela tecla Windows ou pela
combinação de teclas Ctrl+Esc. Ao ser acionado, o menu Iniciar será apresentado na interface de blocos que sur-
giu com o Windows 8, interface Metro.
A ideia do menu Iniciar é organizar todas as opções instaladas no Windows 10, como acessar Configurações
(antigo Painel de Controle), programas instalados no computador, apps instalados no computador a partir da
Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft) etc.
Ao lado do botão Iniciar encontramos a caixa de pesquisas (Cortana). Com ela, poderemos digitar ou ditar o
nome do recurso que estamos querendo executar e o Windows 10 apresentará a lista de opções semelhantes na
área de trabalho e a possibilidade de buscar na Internet. Além da digitação, podemos falar o que estamos queren-
do procurar, clicando no microfone no canto direito da caixa de pesquisa.
A seguir, temos o item Visão de Tarefas sendo uma novidade do Windows 10, que permite visualizar os dife-
rentes aplicativos abertos (como o atalho de teclado Alt+Tab clássico) e alternar para outra Área de Trabalho. O
atalho de teclado para Visão de Tarefas é Windows+Tab.
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias áreas de
trabalho independentes, onde os programas abertos em uma não interfere com os programas abertos em outra.
A seguir, a tradicional Barra de Acesso Rápido, que organiza os aplicativos mais utilizados pelo usuário, per-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
mitindo o acesso rápido, tanto por clique no mouse, como por atalhos (Windows+1 para o primeiro, Windows+2
para o segundo programa etc.) e também pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que mostrará minia-
turas do que está em execução, e consequente transparência das janelas).
A Área de Notificação mostrará a data, hora, mensagens da Central de Ações (de segurança e manutenção),
processos em execução (aplicativos de segundo plano) etc. Atalho de teclado: Windows+B.
Por sua vez, em “Mostrar Área de Trabalho”, o atalho de teclado Windows+D mostrará a área de trabalho ao
primeiro clique e mostrará o programa que estava em execução ao segundo clique. Se a opção “Usar Espiar para
visualizar a área de trabalho ao posicionar o ponteiro do mouse no botão Mostrar Área de Trabalho na extremida-
de da barra de tarefas” estiver ativado nas Configurações da Barra de Tarefas, não será necessário clicar. Bastará
apontar para visualizar a Área de Trabalho.
Uma novidade do Windows 10 foi a incorporação dos Blocos Dinâmicos (que antes estavam na interface Metro
do Windows 8 e 8.1) no menu Iniciar. Os blocos são os aplicativos fixados no menu Iniciar. Se quiser ativar ou
desativar, pressione e segure o aplicativo (ou clique com o botão direito do mouse) que mostra o bloco dinâmico
e selecione Ativar bloco dinâmico ou Desativar bloco dinâmico. 153
Navegador padrão
do Windows 10 Atalhos
Itens Excluídos
Barra de Tarefas
Mostrar área de trabalho agora está no canto inferior direito, ao lado do relógio, na área de notificação da
Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: Win+D (Desktop)
Aplicativos fixados na Barra de Tarefas são ícones que permanecem em exibição todo o tempo.
Aplicativo que está em execução 1 vez possui um pequeno traço azul abaixo do ícone.
Aplicativo que está em execução mais de 1 vez possui um pequeno traço segmentado azul no ícone.
154
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta-
mos copiando uma “foto da tela inteira” para a Área
de Transferência, para ser inserida em outro local,
como em um documento do Microsoft Word ou edição
pelo acessório Microsoft Paint.
1 +1 não está em Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen,
execução execução execução
estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a
Área de Transferência, desconsiderando outros ele-
mentos da tela do Windows.
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o
EXERCÍCIOS COMENTADOS conteúdo que está armazenado na Área de Transfe-
rência será inserido no local atual.
1. (VUNESP – 2019) No Windows 7, em sua configura-
ção padrão, um usuário que esteja com muitos aplica- Dica
tivos abertos e deseje visualizar rapidamente a Área As três teclas de atalhos mais questionadas
de Trabalho pode usar o seguinte atalho por teclado: em questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C
e Ctrl+V, que acionam os recursos da Área de
a) Tecla Windows + R
Transferência.
b) Tecla Windows + M
c) Tecla Windows + B
As ações realizadas no Windows, em sua quase
d) Tecla Windows + T
totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
e) Tecla Windows + W
teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
Por exemplo, ao excluir um item por engano, e pres-
No Windows, atalhos de teclado que utilizam a
sionar Del ou Delete, o usuário pode acionar Ctrl+Z
tecla Windows são prioritários. Serão executados a
(Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces-
qualquer momento, independente de qual aplicativo
sidade de acessar a Lixeira do Windows.
esteja em execução. Windows+M é para minimizar
E outras ações podem ser repetidas, acionando o
todas as janelas, exibindo a Área de Trabalho.
atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível.
Windows+R é para Executar (Run).
Para obter uma imagem de alguma janela em
Windows+B é Área de Notificações.
exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e
Windows+D é para mostrar a Área de Trabalho
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan-
(Desktop). Resposta: Letra B.
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office.
Outra forma de realizar esta atividade é usar a Fer-
2. (VUNESP – 2019) Um usuário do Microsoft Windows,
ramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível no
em sua configuração padrão, está editando um arqui-
Windows.
vo de texto no programa Bloco de Notas. Caso esse
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem
usuário acione conjuntamente a tecla Windows e a
capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Win-
tecla D, será
dows+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo
na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.
a) desfeita a última ação da edição. A área de transferência é um dos principais recur-
b) mostrada a Área de Trabalho. sos do Windows, que permite o uso de comandos,
c) aberto o Painel de Controle. realização de ações e controle das ações que serão
d) aberto o último arquivo editado. desfeitas.
e) salvo o arquivo em edição.
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS
No Windows, atalhos de teclado que utilizam a
tecla Windows são prioritários. Serão executados a
Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-
qualquer momento, independente de qual aplicativo
cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
esteja em execução. Windows+D é para mostrar a
zada com sucesso.
Área de Trabalho (Desktop). Resposta: Letra B.
z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin-
ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero à N
caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows como nos sites de busca na Internet.
As ações realizadas pelos usuários em relação à manipulação de arquivos e pastas pode estar condicionada ao
local onde ela é efetuada, ou ao local de origem e destino da ação. Portanto, é importante verificar no enunciado
da questão, geralmente no texto associado, estes detalhes que determinarão o resultado da operação.
As operações podem ser realizadas com atalhos de teclado, com o mouse, ou com a combinação de ambos. As
bancas organizadoras costumam questionar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes utilizam imagens
nas questões.
Lixeira
Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla Delete (DEL), o item é removido do local original e arma-
zenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o local
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens
excluídos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados. É possível recuperar
com programas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
local onde o usuário liberar o botão do mouse.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar o
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente e configurar Lixeiras
individuais para cada disco conectado.
Arrastar na mesma unidade, será movido. Arrastar entre unidades diferentes, será copiado.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, inde-
a tecla CTRL pressionada pendente da origem ou do destino da ação
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, inde-
a tecla SHIFT pressionada pendente da origem ou do destino da ação
Arrastar com o botão principal pressionado um item com Será criado um atalho para o item, independente da ori-
a tecla ALT pressionada (ou CTRL+SHIFT) gem ou do destino da ação
Extensões de arquivos
O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão carac-
teriza o tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para
ele, de acordo com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder
o acesso ao arquivo, que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas
Padrão do Windows.
Importante!
Existem arquivos sem extensão, como itens do sistema operacional. Ela é opcional e procura associar o
arquivo com um programa para visualização ou edição. Se o arquivo não possui extensão, o usuário não
conseguirá executar ele, por se tratar de conteúdo de uso interno do sistema operacional (que não deve ser
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
manipulado).
Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos.
Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de documento
PDF
portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias plataformas.
Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser editados
DOCX
pelo LibreOffice Writer.
157
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas pelo Li-
XLSX
breOffice calc.
Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo LibreOffice
PPTX
Impress.
Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser aberto por
TXT
vários programas do computador.
Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este documento de
RTF
texto possui alguma formatação, como estilos de fontes.
MP4, AVI, Formato de vídeo. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
MPG do primeiro quadro. No Windows 10, Filmes e TV reproduzem os arquivos de vídeo.
Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player e o Groo-
MP3
ve Music, podem reproduzir o som.
BMP, GIF,
Formato de imagem. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
da imagem. No Windows 10, o acessório Paint visualiza e edita os arquivos de imagens.
PNG, TIF
Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de programas
ZIP
adicionais, como o formato RAR que exige o WinRAR.
Biblioteca de ligação dinâmica do Windows. Arquivo que contém informações que podem ser
DLL
usadas por vários programas, como uma caixa de diálogo.
EXE, COM,
Arquivos executáveis, que não necessitam de outros programas para serem executados.
BAT
Uma das extensões menos conhecidas e mais questionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text Format, uma
tentativa da Microsoft em criar um padrão de documento de texto com alguma formatação para múltiplas plata-
formas. A extensão RTF pode ser aberta pelos programas editores de textos, como o Microsoft Word e LibreOffice
Writer, e é padrão do acessório do Windows WordPad.
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão.
Alterando esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
As Configurações do Windows e dos programas instalados estão armazenados no Registro do Windows. O
arquivo do registro do Windows pode ser editado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de diálogo “Exe-
cutar”. Entretanto, não devemos alterar suas hives (chaves de registro) sem o devido conhecimento, pois poderá
inutilizar o sistema operacional.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de
ajustes do Windows, tornando-se mais simples e intuitivo.
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
além de outros recursos administrativos.
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, acessado pela opção Configurações, localizada na lista exibi-
da a partir do botão Iniciar, é possível configurar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ Modo avião/
Status da rede/ Ethernet/ Conexão discada/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
Modo Avião é uma configuração comum em smartphones e tablets que permite desativar, de maneira rápida,
a comunicação sem fio do aparelho – que inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, NFC e todos os
demais tipos de uso da rede sem fio.
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar informa-
158 ções, como, por exemplo, a data de modificação e o tamanho de cada arquivo.
Modos de Exibição do Windows 10
Um dos temas mais questionado em provas anteriores são os modos de exibição do Windows. Se tem um
computador com Windows 10, procure visualizar os modos de exibição no seu Explorador de Arquivos. Praticar
a disciplina no computador, ajuda na memorização dos recursos.
1. Barra de menus
6. Barra de Rolagem
1. Barra de menus: são apresentados os menus com os respectivos serviços que podem ser executados no
aplicativo.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arquivo e o nome do aplicativo que está sendo executado na jane-
la. Através dessa barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não está maximizada. Para isso, clique
na barra de título, mantenha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a
posição desejada. Depois é só soltar o clique.
3. Botão minimizar: reduz uma janela de documento ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a janela para
seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
4. Botão maximizar: aumenta uma janela de documento ou aplicativo para preencher a tela. Para restaurar a
janela para seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. Solicita que você salve quaisquer alterações não salvas antes
de fechar. Alguns aplicativos, como os navegadores de Internet, trabalham com guias ou abas, que possui o seu
próprio controle para fechar a guia ou aba. Atalho de teclado Alt+F4.
6. Barras de rolagem: as barras sombreadas ao longo do lado direito (e inferior de uma janela de documento).
Para deslocar-se para outra parte do documento, arraste a caixa ou clique nas setas da barra de rolagem. 159
USO DOS MENUS
EXERCÍCIOS COMENTADOS
No Windows 10, tanto pelo Explorador de Arquivos
1. (VUNESP – 2019) No Windows 10, em sua configura- como pelo menu Iniciar, encontramos as opções para
ção padrão, os arquivos e pastas apresentam algumas gerenciamento de arquivos, pastas e configurações.
características, como O Windows 10 disponibiliza listas de atalho como
recurso que permite o acesso direto a sítios, músicas,
a) poder ter nomes de qualquer tamanho. documentos ou fotos. O conteúdo dessas listas está
b) os arquivos marcados como favoritos, que só podem diretamente relacionado com o programa ao qual
ser apagados mediante o fornecimento de senha. elas estão associadas. O recurso de Lista de Atalhos,
c) os seus nomes não aceitarem caracteres especiais, novidade do Windows 7 que foi mantida nas versões
como ? e *. seguintes, possibilita organizar os arquivos abertos
d) não mais permitir arquivos ocultos. por um aplicativo ao ícone do aplicativo, com a possi-
e) ao contrário de outras versões do Windows, não mais bilidade ainda de fixar o item na lista.
possuem extensão. No Explorador de Arquivos do Windows 10, os
menus foram trocados por guias, semelhante ao
Quando as informações são armazenadas no com- Microsoft Office. Ao pressionar ALT, nenhum menu
putador, elas precisam ser nomeadas. Os nomes dos escondido será mostrado (como no Windows 7), mas
arquivos que contém os dados armazenados, e das os atalhos de teclado para as guias Arquivo, Início,
pastas onde os arquivos estão organizados, segue a Compartilhar e Exibir.
mesma regra desde os primeiros computadores PC
no final dos anos 70.
Os nomes poderão ter até 255 caracteres, que soma-
dos aos caracteres de unidade de disco e diretório raiz,
totalizará 260 caracteres no caminho de pasta. As
extensões são opcionais, porém não foram eliminadas
na versão do sistema operacional Windows 10.
Os nomes de arquivos e pastas podem ser compos-
O botão direito do mouse exibe a janela pop-up
tos por qualquer caractere disponível no teclado, à
chamada “Menu de Contexto”. Em cada local que for
exceção dos caracteres * (asterisco, usado em bus-
clicado, uma janela diferente será mostrada.
cas), ? (interrogação, usado em buscas), / (barra As opções exibidas no menu de contexto contém
normal, significa opção), | (barra vertical, significa as ações permitidas para o item clicado naquele local.
concatenador de comandos), \ (barra invertida, indi- Através do menu de contexto da área de trabalho,
ca um caminho), “ (aspas, abrange textos literais), : podemos criar nova pasta (Ctrl+Shift+N), novo Atalho,
(dois pontos, significa unidade de disco), < (sinal de ou novos arquivos (Imagem de bitmap [BMP Paint],
menor, significa direcionador de entrada) e > (sinal Documento do Microsoft Word [DOCX Microsoft
de maior, significa direcionador de saída). Resposta: Word], Formato Rich Text [RTF WordPad], Documen-
Letra C. to de Texto [TXT Bloco de Notas], Planilha do Micro-
soft Excel [XLSX Microsoft Excel], Pasta Compactada
2. (VUNESP – 2018) Em um computador com um mouse [extensão ZIP], entre outros).
e o sistema operacional Windows 10, ambos em suas
configurações padrão, ao se arrastar com o mouse Dica
(mantendo-se o seu botão esquerdo pressionado) um
arquivo X, que se encontra na pasta A, para a pasta B, Arquivos de imagens são editados pelo acessó-
se A e B estiverem rio do Windows Microsoft Paint, que no Windo-
ws 10 oferece a versão Paint 3D.
a) em unidades de disco diferentes, X será copiado em B
e automaticamente aberto. Cada item (pasta ou arquivo) armazena uma série
b) em unidades de disco diferentes, X será retirado de A de informações relacionadas a si próprio. Estas infor-
e copiado em B. mações podem ser consultadas em Propriedades,
c) na mesma unidade de disco, X será retirado de A e acessado no menu de contexto, exibido quando clicar
copiado em B. com o botão direito do mouse sobre o item.
d) na mesma unidade de disco, X será copiado em B, e Ao clicar com o botão direito sobre o ícone da Lixei-
a versão que se encontrava em A será colocada na ra, será mostrado o menu de contexto, e escolhendo
Lixeira. ‘Esvaziar Lixeira’, os itens serão removidos definiti-
e) na mesma unidade de disco, X será copiado em B e vamente. Pelo Windows não haverá como recuperar...
automaticamente aberto.
PROGRAMAS E APLICATIVOS
Quando itens (arquivos ou pastas) são arrastados
pelo usuário com o botão principal pressionado, Os programas associados ao Windows 10 podem
eles poderão ser movidos ou copiados. Se a origem e ser classificados em:
o destino são na mesma unidade de disco, eles serão
movidos, retirado da origem e copiado no destino. z Componentes do sistema operacional;
Se a origem e o destino são em unidades diferentes, z Aplicativos e Acessórios;
eles serão copiados, mantendo o original e copiado z Ferramentas de Manutenção e Segurança.
no destino. Resposta: Letra C. z App’s – aplicativos disponíveis na Loja (Windows
160 Store) para instalação no computador do usuário.
Dica
Os acessórios do Windows são aplicativos nativos do sistema operacional, que estão disponíveis para utiliza-
ção mesmo que não existam outros programas instalados no computador. Os acessórios oferecem recursos
básicos para anotações, edição de imagens e edição de textos.
Na primeira categoria encontramos o Configurações (antigo Painel de Controle). Usado para realizar as confi-
gurações de software (programas) e hardware (dispositivos), permite alterar o comportamento do sistema opera-
cional, personalizando a experiência no Windows 7. No Windows 10 o Painel de Controle chama-se Configurações,
e pode ser acessado pelo atalho de teclado Windows+X no menu de contexto, ou diretamente pelo atalho de tecla-
do Windows+I.
Na segunda categoria, temos programas que realizam atividades e outros que produzem mais arquivos. Por
exemplo, a calculadora. É um acessório do Windows 10 que inclui novas funcionalidades em relação às versões
anteriores, como o cálculo de datas e conversão de medidas. Temos também o Notas Autoadesivas (como peque-
nos post its na tela do computador).
Outros acessórios são o WordPad (para edição de documentos com alguma formatação), Bloco de Notas (para
edição de arquivos de textos), MSPaint (para edição de imagens) e Visualizador de Imagens (que permite ver uma
imagem e chamar o editor correspondente).
E finalmente, as ferramentas do sistema. Desfragmentar e Otimizar Unidades9 (antigo Desfragmentador de
Discos, para organizar clusters10), Verificação de Erros (para procurar por erros de alocação), Backup do Windows
(para cópia de segurança dos dados do usuário) e Limpeza de Disco (para liberar espaço livre no disco).
Otimizar
Firewall do Windows
Painel de controle
WINDOWS 10 O QUE
Explorador de Arquivos Gerenciamento de arquivos e pastas do computador.
Referência ao local no gerenciador de arquivos e pastas para unidades de discos e
Este Computador
pastas Favoritas.
Ferramenta de sistema para organizar os arquivos e pastas do computador, melho-
Desfragmentar e Otimizar Unidades
rando o tempo de leitura dos dados.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Win+S Pesquisar
Envia imediatamente Pressionar DEL em um item selecionado.
Configurações Permite configurar software e hardware do computador.
Home, Pro, Enterprise, Education. Edições do Windows
xBox (Games, músicas = Groove) Integração com xBox, modo multiplayer gratuito, streaming de jogos do xBox One.
Com blocos dinâmicos (live tiles) Menu Iniciar
Hyperboot & InstantGo Inicialização rápida
9 Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
10 Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster. 161
WINDOWS 10 O QUE
Menu Iniciar, Barra de Tarefas e Blo-
Fixar aplicativos
cos Dinâmicos
Windows Hello Autenticação biométrica permite logar no sistema sem precisar de senhas.
Acessar os documentos do OneDrive diretamente do Windows Explorer e Explora-
OneDrive integrado
dor de Arquivos
Permite alternar de maneira fácil entre os modos de desktop e tablet, sendo ideal
Continuum
para dispositivos conversíveis.
Microsoft Edge O novo navegador da Microsoft está disponível somente no Windows 10.
Com funcionamento análogo à Google Play Store e à Apple Store, o ambiente per-
Windows Store
mite comprar jogos, apps, filmes, músicas e programas de TV.
Desktops virtuais O recurso permite visualizar dados de vários computadores em uma única tela.
Windows Update, Windows Update for
Fornecimento do Windows como um serviço, para manter o Windows atualizado
Business, Current Branch for Business
Windows as a Service – WaaS
e Long Term Servicing Branch
Intregração com Windows Phone Aplicativos Fotos aprimorado
O modo tablet deixa o Windows mais fácil e intuitivo de usar com touch em dispo-
Modo tablet
sitivos tipo conversíveis.
Email, Calendário, Notícias, entre ou-
Executar aplicativos Metro (Windows 8 e 8.1) em janelas
tros – também foram melhorados.
Compartilhar Wi-Fi Compartilhar sua rede Wi-Fi com os amigos sem revelar a senha
Complemento para Telefone Sincronizar dados entre seu PC e smartphone ou tablete, seja iOs ou Android.
Configurações > Sistema >
Analisar o espaço de armazenamento em seu PC
Armazenamento
Prompt de Comandos Usar o comando Ctrl + V no prompt de comando
Cortana Assistente pessoal semelhante a Siri da Apple, que já está disponível em português.
Na área de notificações do Windows 10, a Central de Notificações reúne as mensa-
Central de Notificações
gens do e-mail, do computador, de segurança e manutenção, entre outras.
Quando você clica duas vezes em um arquivo, como por exemplo, uma imagem ou documento, o arquivo
é aberto no programa que está definido como o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no Windows 10.
Porém, se você gosta de usar outro programa para abrir o arquivo, você pode defini-lo como padrão. Disponível
em Configurações, Sistema, Aplicativos Padrão.
O Bloco de Notas (notepad.exe): é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto sem formatação,
162 com extensão TXT.
O Windows Update (verificar se há atualizações) é
o recurso do Windows para manter ele sempre atua-
lizado. Está em Configurações (atalho de teclado Win-
dows+I), Atualização e segurança.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2019) Assinale a alternativa correta sobre
o Bloco de Notas do Microsoft Windows 10, em sua
configuração padrão.
Volta para a pasta anterior, que es- Minimiza todas as janelas e mostra a
Backspace tava sendo exibida no Explorador de Win+M área de trabalho, retornando como esta-
Arquivos. vam antes.
F5 Atualizar
Invasores tentarão acessar a conexão e capturar os dados trafegados, vírus de computador procuram infectar
os arquivos e causar danos aos sistemas, softwares maliciosos podem infectar dispositivos e sequestrar arquivos.
Figura 3. Um protocolo seguro protege o tráfego de dados em uma conexão insegura, criptografando as informações que são enviadas e recebidas.
O usuário deverá utilizar um protocolo seguro para acessar os dados, manter o seu dispositivo atualizado
e protegido, utilizar uma senha forte de acordo com as políticas de segurança e práticas recomendadas, entre
outras ações.
Procedimentos de Segurança
O usuário deve utilizar conexões seguras (como as VPN’s – Virtual Private Network) para acesso aos Servi-
ços remotos (Computação na Nuvem); proteger-se das ameaças e ataques à Segurança da Informação utilizando
medidas de proteção em seu dispositivo (como antivírus, firewall e anti-spyware).
Iniciaremos os estudos de Segurança da Informação com o tópico VPN. Elas são muito importantes para a
comunicação segura, e foi destaque no ano de 2020 por causa do trabalho remoto (home office). Empresas e usuá-
rios que não utilizavam uma conexão remota segura, precisaram se adaptar aos novos tempos. Em concursos, a
tendência é que aumente a frequência de questões, pois se tornou um tema popular devido à pandemia.
A seguir, conheceremos como é a Computação na Nuvem. Suas características, os tipos de nuvem, os serviços
oferecidos e as vantagens e desvantagens. Lembrando que este foi um tópico importante nos concursos da Polícia
Federal e Polícia Rodoviária Federal, em provas de todos os cargos.
Vírus de computador e softwares maliciosos. Quem nunca foi vítima, não é mesmo? O terceiro tópico de Segu-
rança da Informação abordará os ataques e ameaças, com destaque para os principais e mais comuns em provas
de concursos. Assim como Computação na nuvem, o tópico “noções de vírus, worms e pragas virtuais” também é
muito questionado em concursos públicos.
Finalizando o conteúdo de Segurança da Informação, estudaremos os mecanismos de proteção e defesa contra
os ataques e ameaças. Existem equipamentos de proteção, mas em concursos públicos são questionados os “apli-
cativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc)”.
Dica
Apesar de existirem soluções integradas e avançadas para os problemas de Segurança da Informação, que
até usamos em nossos dispositivos, nos concursos públicos são questionadas as definições oficiais e as
configurações padrão dos programas.
NOÇÕES DE REDES PRIVADAS VIRTUAIS (VPN)
As redes privadas virtuais, popularmente identificadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Network), são
criadas pelas empresas e usuários para estabelecer uma conexão segura entre dois pontos.
Antes de estudarmos elas, vamos conhecer alguns dos conceitos básicos das redes de computadores, de acordo com
as suas características de uso e nível de segurança.
Local Area Network é uma denominação relacionada ao alcance de uma rede, restrita a um prédio ou
LAN
pequena região.
É uma rede local (pelo seu alcance é uma LAN), interna de uma organização, segura, com acesso restrito aos
Intranet
usuários cadastrados no servidor da rede.
Extranet É o acesso remoto seguro, por meio de um ambiente inseguro, à intranet da organização.
Dica
Toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é uma Intranet.
Figura 5. Usuários mal intencionados procuram ‘escutar’ uma conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a privacidade do
usuário ou empresa.
As empresas utilizam softwares de terceiros para estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de seus
colaboradores. Existem vários softwares que possibilitam a conexão segura, como: a Área de Trabalho Remota (Win-
dows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer, LogMeIn etc).
Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o
receptor, por meio de um ambiente vulnerável.
Os protocolos são padrões de comunicação e os protocolos seguros procuram encapsular os dados transmi-
tidos para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo se torne impossível, uma vez que os dados se
tornam criptografados.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Figura 6. Usuários mal intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro.
VPN de acesso Um usuário pode conectar-se a uma rede, para acessar seus serviços e recursos remotamente. A
remoto (VPN conexão é segura e ocorrerá por meio de uma rede pública, como a Internet.
client to site) Será uma conexão (cliente) para um servidor remoto que aceita várias conexões.
Dois roteadores estabelecem uma conexão segura para a troca de dados, um operando como cliente
VPN e o outro operando como servidor VPN. É o modelo mais usado no âmbito empresarial, para
VPN site a site conectar com segurança a rede interna de uma filial com a rede interna de uma matriz.
Serão várias conexões (filial) acessando um servidor remoto que aceita várias conexões (matriz).
Também conhecida como VPN LAN to LAN.
167
Protocolos
Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o cliente,
de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o cliente acessa
as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-
rança e proteção poderão ser implementados utilizando-se de chaves e certificados digitais para garantia da
transferência segura dos dados.
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas.
SSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão Sim
TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim
Atenção! Protocolos seguros costumam mostrar a letra S na sua sigla, como em HTTPS.
Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possibilitando a troca de
informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada entre os dispositivos e aprovada após a
confirmação do certificado digital.
A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-
xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança (utilizando
protocolos seguros para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão).
Programas
Conhecendo as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, vem uma dúvida: quais são
os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN? Depende.
Cada dispositivo tem um sistema operacional, e de acordo com a origem (cliente) e o destino (servidor), existem
168 programas mais adequados para cada cenário.
ORIGEM (CLIENTE) DESTINO (SERVIDOR) EXEMPLO DE PROGRAMA PARA VPN
A utilização de um software de VPN, a fim de acessar a rede interna de uma organização (no modelo VPN client
to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de criptografia, para garantir a autenticidade e a
integridade das conexões.
Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à segurança da infor-
mação. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma conexão deseja
enviar e receber dados, precisa ter a porta correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no
servidor.
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser instalada (e configurada) no firewall (mais comum), em frente
ao firewall (para autenticar o que está chegando), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), paralelamente
ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão
VPN site to site, para atender a vários dispositivos da rede).
No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações (atalho de teclado Windows +
A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN.
Importante!
O acesso Home Office é um tipo de conexão externa que deverá utilizar uma VPN para proteger os dados
trafegados, com o uso de criptografia, implementada por protocolos seguros.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Uma SSL VPN provê acesso de rede virtual privada por meio das funções de criptografia
SSL embutidas em navegadores web padrão, sem exigir a instalação de software cliente específico na estação de
trabalho do usuário final.
Para estabelecer uma conexão segura usando VPN, poderá ser usado o SSL ou o IPsec. SSL (Secure Sockets Layer)
é um protocolo seguro que oferece uma camada adicional de segurança, usado para estabelecer uma VPN (rede
privada virtual), que ao contrário do IPsec (extensão do protocolo IP), não precisa de software específico no com-
putador do usuário. Resposta: Certo.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2019) VPN (virtual private network) é uma tecnologia de segurança de redes de computadores
que pode ser usada para permitir o acesso remoto de um usuário à intranet de uma empresa.
Uma rede privada virtual, conhecida também como VPN (virtual private network), pode ser usada para conectar um
dispositivo a outro dispositivo, um dispositivo a um site (local), ou uma rede local com outra rede local. A conexão
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
segura permite o acesso de um usuário à rede interna da empresa, iniciando o acesso em sua residência, por exemplo.
Resposta: Certo.
Ameaças e riscos de segurança estão presentes no mundo virtual. Assim como existem pessoas boas e más no
mundo real, existem usuários com boas ou más intenções no mundo virtual.
Os criminosos virtuais são genericamente denominados como hackers, porém o termo mais adequado seria cracker.
Um hacker é um usuário que possui muitos conhecimentos sobre tecnologia, e podem ser nomeados como White Hat
(hacker ético que usa suas habilidades com propósitos éticos e legais), Gray Hat (cometem crimes, mas sem ganho pes-
soal, geralmente para exposição de falhas nos sistemas) e Black Hat (violam a segurança dos sistemas para obtenção de
ganhos pessoais).
Amadores ou inexperientes, profissionais ou experientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes ao uso
dos recursos computacionais.
São riscos de segurança digital: 169
z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem Se o programador insere no código do sistema uma
ser exploradas por usuários; falha, que produza danos ou permita o acesso sem
z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas, autenticação, temos um exemplo de falha proposital.
sejam propositais ou acidentais; Se uma falha for descoberta após a implantação do
z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender sistema, sem que tenha sido uma falha proposital, e
a operação de sistemas. seja explorada por invasores, temos um exemplo de
falha involuntária, inerente ao sistema.
Devido à crescente integração entre as redes de Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas
comunicação, conexão com novos e inusitados dis- empresas que desenvolveram o sistema por meio da
positivos (IoT – Internet das Coisas) e criminosos distribuição de notificações e correções de segurança.
com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de O Windows Update, serviço da Microsoft para atuali-
informações se tornaram particularmente difíceis de zação do Windows, distribui mensalmente os patches
se proteger. Profissionais altamente qualificados são (pacotes) de correções de falhas de segurança.
formados e contratados pelas empresas com a única
função de proteger os sistemas informatizados. Ataques
Em concursos públicos, as ameaças e os ataques
são os itens mais questionados. Sem dúvida, o que tem mais destaque, tanto em
concursos como no mundo real, são os ataques. Coor-
Dica denados ou isolados, os ataques procuram romper as
barreiras de segurança definidas na Política de Segu-
Você conhece a Cartilha de Segurança CERT? rança, com o objetivo de anular o sistema ou capturar
Disponível gratuitamente na Internet, ela é a fon- dados.
te oficial de informações sobre ameaças, ata- Os ataques podem ser classificados como:
ques, defesas e segurança digital. Disponível em:
<https://cartilha.cert.br/>. Acesso em: 13 nov. z Baixa complexidade: exploram falhas de segu-
2020. rança de forma isolada e são facilmente identifica-
dos e anulados;
Ameaças z Média complexidade: combinam duas ou mais
ferramentas e técnicas, para obter acesso aos
As ameaças são identificadas como aquelas que dados, sendo de média complexidade para a solu-
possuem potencial para comprometer a oferta ou ção, gerando impactos na operação dos sistemas,
existência dos ativos computacionais, tais como: como a indisponibilidade;
informações, processos e sistemas. z Alta complexidade: refinados e avançados, os
Um ransomware, software que sequestra dados uti- ataques combinam o acesso às falhas do sistema,
lizando-se de criptografia, e solicita o pagamento de novos códigos maliciosos desconhecidos, distribui-
resgate para a liberação das informações sequestra- ção do ataque com redes zumbis, tornando difícil
das, é um exemplo de ameaça. Observe que a ameaça a resolução do problema.
existe, entretanto, se não ocorrer uma ação delibera-
da para execução ou se medidas de proteção forem Ameaças existem e podem afetar ou não os siste-
implementadas, a ameaça deixa de existir e não se mas computacionais.
torna um ataque. Falhas existem e podem ser exploradas ou não
As ameaças à segurança da informação podem ser pelos invasores.
classificadas como: Ataques são realizados todo o tempo contra todos
os tipos de sistemas.
z Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão
ou tecnologia, sem a devida atualização ou upgrade. Vírus de Computador
z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo-
ram vulnerabilidades nos sistemas. O vírus de computador é a ameaça digital mais
popular. Todos já ouviram falar dele e ele tem uma
z Naturais: não intencionais, relacionadas ao am-
definição fácil de ser compreendida. Tem este nome
biente, como as catástrofes naturais.
por se assemelhar a um vírus orgânico ou biológico.
O vírus biológico é um organismo que possui um
As empresas precisam fazer uma avaliação das
código viral que infecta uma célula de outro organismo.
ameaças que possam causar danos ao ambiente com-
Quando a célula infectada é acionada, o código viral é
putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco), duplicado e se propaga para outras células saudáveis
implementar sistemas de autenticação (Controlar o do corpo. Quanto mais vírus existirem no organismo,
Acesso), definir os requisitos de senha forte (Políti- menor será o seu desempenho e recursos vitais serão
ca de Segurança), manter um inventário e realizar o consumidos, podendo levar o hospedeiro à morte.
rastreamento de todos os ativos (Gerenciamento de O vírus de computador é um código malicioso que
Recursos), além de utilizar sistemas de backup e res- infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo
tauração de dados (Gerenciamento de Continuidade é executado, o código do vírus é duplicado e se propa-
de Negócios). ga para outros arquivos do computador. Quanto mais
vírus existirem no dispositivo, menor será o seu desem-
Falhas penho e recursos computacionais serão consumidos,
podendo levar o hospedeiro a uma falha catastrófica.
As falhas de segurança nos sistemas de informação Atenção! O vírus de computador infectam arqui-
170 poderão ser propositais ou involuntárias. vos e se propagam para outros arquivos.
O vírus de computador poderá entrar no dispositivo do usuário por meio de um arquivo anexado em uma
mensagem de e-mail, ou por cópia de arquivos existentes em uma mídia removível como o pen drive, recebidos
por alguma rede social, baixados de sites na Internet, entre outras formas de contaminação.
Dica
Existem muitas pragas virtuais, que generica-
mente são chamadas de Malwares (software
malicioso), por apresentarem características
semelhantes: oferecem alguma vantagem para
o usuário, mas realizam ações danosas que aca-
172 barão prejudicando-o.
Existem bancas que consideram o trojan ou cavalo de Troia como um tipo de vírus de computador nos enun-
ciados de suas questões.
z Spyware: é um programa malicioso que procura monitorar as atividades do sistema e enviar os dados captu-
rados durante a espionagem para terceiros. Existem software espiões considerados legítimos (instalados com
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Os softwares espiões podem ser especializados na captura de teclas digitadas (keylogger), nas telas e cliques efetua-
dos (screenlogger) ou para apresentação de propagandas alinhadas com os hábitos do usuário (adware).
Eles geralmente são instalados por outros programas maliciosos para aumentar a quantidade de dados
capturados.
z Bot: é um programa malicioso que mantém contato com o invasor, permitindo que comandos sejam execu-
tados remotamente. O dispositivo controlado por um bot poderá integrar uma rede de dispositivos zumbis, a
chamada botnet.
Quando o invasor deseja atacar sites para provocar Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão distri-
buídos nos dispositivos do usuário para que façam a ação danosa. Além de esconder os rastros da identidade do
verdadeiro atacante, os bots poderão continuar sua propagação através do envio de cópias para outros contatos
do usuário afetado. 173
z Backdoor: é um código malicioso semelhante ao bot, mas que além de executar comandos recebidos do inva-
sor, ainda realiza ações para desativação de proteções e aberturas de portas de conexão.
O invasor, ciente das portas TCP que estão disponíveis, consegue acesso ao dispositivo para a instalação de
outros códigos maliciosos e roubo de informações.
Assim como os spywares, existem backdoors legítimos (adicionados pelo desenvolvedor do software para fun-
cionalidades administrativas) e ilegítimos (para operarem independente do consentimento do usuário).
z Rootkit: é um código malicioso especializado em esconder e assegurar a presença de outros códigos malicio-
sos para o invasor acessar o sistema. Estas pragas virtuais podem ser incorporadas em outras pragas, para que
o código que camufla a presença, seja executado escondendo os rastros do software malicioso.
Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado não se recupera dos dados apagados, sendo necessário uma
cópia segura (backup) para restauração dos arquivos.
Cavalo de Troia, Spyware, Bot, Backdoor e Rootkit são as pragas digitais mais questionadas em concursos públi-
cos. Confira na tabela a seguir outras pragas digitais que ameaçam a Segurança da Informação e a privacidade dos
usuários de sistemas computacionais.
CÓDIGO
CARACTERÍSTICAS
MALICIOSO
Gatilho para a execução de outros códigos maliciosos que permanece inativa até que um evento
Bomba lógica
acionador seja executado.
Sequestrador de dados que criptografa pastas, arquivos e discos inteiros, solicitando o paga-
Ransomware
mento de resgate para liberação.
Simulam janelas do sistema operacional, induzindo o usuário para acionar um comando, fazendo
Scareware
a operação continuar normalmente. O comando iniciará a instalação de códigos maliciosos.
Fraude que engana o usuário, induzindo a informar seus dados pessoais em páginas de captura
Phishing
de dados falsas.
Ataque aos servidores de DNS para alteração das tabelas de sites, direcionando a navegação
Pharming
para sites falsos.
Ataques na rede que simulam tráfego acima do normal com pacotes de dados formatados incor-
Negação de
retamente, fazendo o servidor remoto se ocupar com os pedidos e erros, negando acesso para
Serviço
outros usuários.
Código que analisa ou modifica o tráfego de dados na rede, em busca de informações relevantes
Sniffing
como login e senha. Enquanto o spyware não modifica o conteúdo, o sniffing pode alterar.
Man-In-The-Midle Intercepta as comunicações da rede para roubar os dados que trafegam na conexão.
Man-In-The-Mo- Intercepta as comunicações do aparelho móvel, para roubar os dados que trafegam na conexão
bile do aparelho smartphone.
Enquanto uma falha não é corrigida pelo desenvolvedor do software, invasores podem explorar a
Ataque de dia zero
vulnerabilidade identificada antes da implantação da proteção.
Defacement Modificam páginas na Internet, alterando a sua apresentação (face) para os usuários visitantes.
Sequestrador de navegador que pode desde alterar a página inicial do browser, até mudanças do
HiJacker
mecanismo de pesquisas e direcionamento para servidores DNS falsos.
Uma das ações mais comuns que procuram comprometer a segurança da informação é o ataque Phishing.
O usuário recebe uma mensagem (e-mail, ou rede social, ou SMS no telefone) e é induzido a clicar em um link
malicioso. O link acessa uma página que pode ser semelhante ao site original, induzindo o usuário a fornecer
dados pessoais como login e senha. Em ataques mais elaborados, as páginas capturam dados bancários e de car-
tões de crédito. O objetivo é simples: roubar dinheiro das contas do usuário.
174
APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS,
FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.)
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
175
Windows Defender
UTM
spywares se destacavam, e comercialmente se tornou da empresa, como ataques DoS (negação de serviço),
interessante nomear a solução como antispyware. DDos (ataque distribuído de negação de serviços)
Na prática, um antispyware ou um antimalware,
ou spoofing (fraude de identidade), uma das formas
detecta e remove vários tipos de pragas digitais.
de proteção é o bloqueio de pacotes externos não
convencionais.
Se o usuário está utilizando um dispositivo móvel
e sofre um ataque, deve aumentar o nível de proteção
do aparelho e as senhas precisam ser redefinidas o
mais breve possível.
E por fim, os ataques contra aplicativos poderão
ser minimizados ou anulados se o usuário manter
os programas atualizados em seu dispositivo, apli-
Figura 16. O antispyware é usado para evitar pragas digitais no cando as correções de segurança tão logo elas sejam
dispositivo do usuário. disponibilizadas. 177
Importante!
Quando o usuário é envolvido na perpetração de ataques digitais, ele é considerado o elo mais fraco da cor-
rente de segurança da informação, por estar sujeito a enganos e trapaças dos atacantes. Engenharia Social
é o conjunto de técnicas e atividades que procuram estabelecer confiança mediante dados falsos, ameaças
ou dissimulação.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Entre as categorias de antivírus disponíveis gratuitamente, a mais confiável e eficiente é
o scareware, pois os antivírus dessa categoria fazem uma varredura nos arquivos e são capazes de remover 99% dos
vírus existentes.
Scareware é um software malicioso que faz com que os usuários de computadores acessem sites infestados por
malware. Também conhecido como software de engano, software de verificação desonesto ou fraudware, o sca-
reware pode vir na forma de caixas suspensas ou pop-ups durante a navegação na Internet. Não é um antivírus,
mas um código malicioso. Resposta: Errado.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Um firewall implementa uma política de controle de comportamento para determinar que
tipos de serviços de Internet podem ser acessados na rede.
O firewall é um filtro de conexões, que permite ou bloqueia o tráfego nas portas TCP do computador. O firewall
não analisa o conteúdo do tráfego, logo ele não pode implementar uma política de controle de comportamento
que selecione os tipos de serviços que poderão ser acessados. Esta tarefa poderia ser implementada através de
um servidor proxy. O servidor proxy analisa os pedidos de acesso dos clientes para os serviços remotos, registra,
transfere o conteúdo para o cache (quando autorizado) ou bloqueia o acesso. Resposta: Errado.
PROCEDIMENTOS DE BACKUP
RECUPERAÇÃO USO
Criado como disco de inicialização, permite iniciar o
INICIALIZAÇÃO DO
Arquivos da inicialização do Windows Windows quando os arquivos essenciais do boot forem
SISTEMA
danificados
REPARAÇÃO DO Recupera arquivos alterados, danificados ou Retorna o Windows para suas configurações originais,
SISTEMA excluídos do sistema operacional sem os programas que foram instalados posteriormente
Retorna o sistema e programas para o ponto de restau-
RESTAURAÇÃO DO A cada inicialização ou modificação, um ponto
ração escolhido, descartando alterações posteriores a
SISTEMA de restauração é criado
ele
Recupera os arquivos do usuário que foram co- Restaurar os arquivos do usuário que foram copiados
BACKUP
piados para a cópia de segurança anteriormente no backup
As cópias de segurança são criadas pelo sistema operacional a partir de comandos do usuário, tanto programa-
dos pelo Agendador de Tarefas automaticamente, como, manualmente, pelo utilizador.
O Agendador de Tarefas é um recurso do Windows que permite a programação de comandos nos computado-
res. O Agendador poderá executar uma vez ou várias vezes de forma recorrente (todos os dias, todas as segun-
das-feiras etc). Ao inserir os comandos de backup (cópia de segurança) no Agendador de Tarefas, quando for o
dia e horário programados, será executado, para que o usuário tome as providências com relação à cópia de seus
178 arquivos de dados.
TIPOS DE BACKUP
Atualmente, o usuário dispõe de recursos que realizam o backup na nuvem diretamente, sem sua interferên-
cia no dia a dia. No smartphone Android, com a Conta Google, podemos autorizar a sincronização das imagens e
vídeos da câmera diretamente no Google Fotos. No smartphone iOS, com a Conta iCloud, podemos autorizar a sin-
cronização das imagens e vídeos da câmera diretamente no Apple iCloud. E outras soluções, como o Google Drive,
Microsoft OneDrive e Dropbox poderão fazer a cópia de segurança na nuvem dos arquivos gravados na respectiva
pasta do dispositivo.
Entretanto, esta modalidade de backup na nuvem não é, exatamente, uma cópia de segurança, mas apenas
uma replicação (duplicação) de dados. Se os dados forem corrompidos ou criptografados por um ransomware,
corre-se o risco de ter as cópias “limpas” sobrepostas pelas cópias infectadas com o malware.
Os sistemas de sincronização de dados, como o Dropbox, OneDrive e Drive permitem o gerenciamento do histó-
rico de versões, possibilitando a recuperação de arquivos anteriores à última atualização de sincronização.
Em concursos públicos, são questionados os tipos de backup “clássicos”: completo, incremental e diferencial.
Cada um deles possui suas vantagens e desvantagens, as quais veremos a seguir.
As empresas costumam operar diferentes tipos de backup, de acordo com suas necessidades de aplicações,
disponibilidade, segurança e velocidade de acesso às informações copiadas.
A manutenção de cópias de segurança redundantes de arquivos importantes é recomendável. Ou seja, para os
arquivos mais importantes, ter duas ou mais cópias do mesmo backup é uma atitude correta, criando redundân-
cias. Se uma das cópias falhar, ou for comprometida, a outra cópia redundante poderá ser usada para recupera-
ção dos dados.
O Backup Completo ou Full é aquele no qual todos os arquivos são copiados para outro local de armazena-
mento. A vantagem desse tipo de backup é a reprodução fiel e completa de todas as informações do ambiente,
possibilitando a restauração dos dados de forma contínua e imediata.
Entretanto, sua desvantagem é a quantidade de espaço de armazenamento necessário para os dados, além do
tempo para conclusão do procedimento de cópia. Em sistemas críticos, que operam com banco de dados e acesso
24 horas (como uma loja virtual de marketplace, as lojas Americanas), o backup completo poderia copiar dados
que estariam desatualizados alguns minutos depois, por não poder paralisar o sistema para que a cópia de segu-
rança seja realizada.
1 TB
Se acontecer um problema no sábado, por exemplo, bastaria pegar o backup completo da sexta-feira e pronto:
arquivos restaurados!
Se o backup completo for realizado em mídias “convencionais”, provavelmente, será necessário que o usuário
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
troque as mídias quando elas estiverem totalmente ocupadas. Já se o backup completo for realizado dentro da
rede de dados da empresa, o tempo ocupado na conexão poderá atrapalhar o uso de outros recursos pelos usuá-
rios. E se o backup completo for realizado na nuvem (Internet), o tempo de uso da conexão de Internet poderá
atrapalhar o acesso à rede mundial pelos usuários.
Portanto, o backup completo deve ser realizado em horários de menos utilização dos recursos da rede da
empresa, para otimizar sua operação e não atrapalhar os demais sistemas.
O tempo de vida do backup completo dependerá da Política de Segurança da Informação (PSI) definido pela
empresa.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Como o backup completo, realizado todos os dias demanda uma grande quantidade de espaço para armazena-
mento ou conexão da rede/Internet, uma alternativa é o backup Incremental.
Neste tipo de backup, serão copiados os dados que foram alterados desde o último backup incremental. Como
a quantidade de dados alterados pode variar de um período para outro, a quantidade de espaço reservado para
as cópias de segurança do tipo incremental será menor, comparado ao backup completo.
Iniciando com um backup completo, as alterações que forem observadas nos dados, em comparação com a
cópia completa, serão adicionadas na cópia incremental.
1 TB
Completo
Se acontecer um problema no sábado, por exemplo, for preciso restaurar os arquivos, será necessária a cópia
do último backup completo realizado e de todos os backups incrementais realizados até a data da ocorrência. A
manutenção das cópias incrementais é trabalhosa, exigindo verificação regular das mídias nas quais estão arma-
zenados os arquivos.
VANTAGENS DESVANTAGENS
INCREMENTAL � Rápido para copiar dados A manutenção das cópias é mais trabalhosa
� Rápido para restaurar dados
Backup Diferencial
1 TB
Completo
Se ocorrer um problema no sábado, por exemplo, basta usar o backup completo e o último backup diferencial
disponível. Entretanto, se o último backup diferencial disponível estiver com problemas nos dados da segunda-fei-
180 ra, basta resgatar em uma das outras cópias (terça, quarta ou quinta) a parte faltante.
VANTAGENS DESVANTAGENS
As questões de concursos costumam questionar o backup dentro de algumas diretrizes: tipos, vantagens, des-
vantagens, custo, desempenho e disponibilidade.
VANTAGENS DESVANTAGENS
� Reprodução fiel e completa
COMPLETO � Maior espaço de armazenamento
� Recuperação rápida em caso de desastres
� Maior tempo ocupado com backup
(restauração total)
A escolha pelo modelo de backup ideal costuma considerar o custo, o desempenho e a disponibilidade. Portan-
to, além dos modelos básicos que caem em todas as provas de concursos, outras soluções são desenvolvidas pelas
empresas de tecnologia.
Existem soluções, no mercado, que combinam os modelos de backup “básicos”, oferecendo produtos
personalizados.
z Backup incremental contínuo: combina a ideia de um backup completo com atualizações semelhantes ao
backup diferencial, permitindo a recuperação com a última cópia incremental contínua;
z Backup completo sintético: combina um backup completo com cópias incrementais subsequentes, focando
nas alterações para reduzir a carga de trabalho dos servidores e a ocupação da banda da conexão de rede.
z Backup de espelhamento (o modelo de cópia do Dropbox, Microsoft OneDrive, Google Drive e Apple iCloud é
assim): Tudo o que for realizado no original (aparelho) será repetido na cópia na nuvem. Se uma foto é apaga-
da, ela poderá ser apagada da cópia na nuvem simultaneamente;
z Backup local: tanto o dispositivo com o original como o dispositivo com a cópia estão no mesmo local físico;
z Backup externo: comum em pequenas empresas, compreende a situação na qual a cópia dos dados armaze-
nada em um HD externo é levada para a casa do técnico por exemplo.
z Backup FTP: um servidor FTP armazena os arquivos enviados pelo cliente FTP instalado no servidor local.
Opera de forma semelhante a um backup na nuvem.
A cópia de segurança deve ser armazenada em uma mídia protegida contra alterações, preferencialmente, em
um local físico diferente de onde se encontram os arquivos originais.
Dica
O armazenamento de dados na nuvem é uma realidade e muitas empresas possuem todas as suas infor-
mações na nuvem ou estão migrando-as para a Internet. A alta disponibilidade e segurança dos serviços
contratados com as provedoras de nuvem torna o investimento mais interessante que a manutenção de sua
estrutura local dedicada.
O gerenciamento de mídias, como fitas, discos rígidos, discos flexíveis e discos ópticos exige um controle pre-
ciso sobre o que está armazenado em cada mídia. Esse controle poderá exigir funcionários e softwares especiali-
zados e, de acordo com o tamanho da empresa, podem aumentar os custos da área de TI de forma significativa. 181
Portanto, uma das soluções está relacionada com torno de um eixo central. Os braços de leitura e gra-
o local onde o armazenamento será realizado, trans- vação são posicionados acima da superfície do disco,
ferindo das mídias removíveis para computadores efetuando a coleta dos bits registrados ou gravando
remotos e sistemas de armazenamento de dados dedi- novas informações a cada giro do disco.
cados. Confira alguns exemplos figurativos: Os braços de leitura e gravação possuem atuadores
que identificam a posição na qual a informação está ou
z Originais armazenados no servidor A da matriz deverá ser gravada, girando os respectivos discos (ou
e backup no servidor B da filial, conectados pela pratos) para o correto posicionamento. Quando posi-
rede interna e separados fisicamente; cionado no local correto, a cabeça de gravação trans-
z Originais armazenados no servidor A da matriz e fere as informações que precisam ser armazenadas, as
backup no sistema NAS (Network Area Storage) da quais permanecerão disponíveis por um bom tempo,
empresa, separados fisicamente; mesmo sem o fornecimento de energia, tornando o
z Originais armazenados no servidor A da matriz disco rígido uma forma de armazenamento de dados
e backup na nuvem privada, instalada em uma permanente por não ser volátil, como a memória RAM.
infraestrutura contratada como um serviço em
algum lugar do mundo literalmente.
MÍDIAS DE BACKUP
Fita
A
C
Figura 4 – fita D2 e DAT comparadas a um smartphone.
B
Disco Rígido
Trilhas (A)
Setores (B)
Cluster (C e D)
Os discos rígidos externos são usados para cópia de segurança de dados, especialmente, pelos usuários domés-
ticos e pequenas empresas, dada a facilidade de compra e praticidade de uso ao conectar em uma porta USB,
disponível em, praticamente, todos os dispositivos computacionais da atualidade.
COMPONENTE DE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
ARMAZENAMENTO
Memória secundária de armazenamento IDE, SATA, USB
Disco rígido
magnético13. Permanente, não-volátil, “unidade C:”, hard disk (HD).
Memória secundária de armazenamento me- SATA II, USB
Disco rígido
mória flash14. Permanente, não-volátil, “unidade C:”, SSD (Solid State Disk).
Os discos SSD operam como discos rígidos, porém com velocidade superior para leitura e gravação de dados,
por serem construídos com chips de memória. Para os programas de backup, não muda nada.
Os discos rígidos e SSDs podem ter mais de uma partição, como letra C: e D:. Entretanto, copiar dados da par-
tição C: para a partição D: não é considerado como um backup.
O primeiro motivo é que a origem e o destino estão no mesmo local, portanto, em caso de sinistro no disco de
origem, perde-se a cópia de segurança na partição de destino, que está no mesmo disco de origem. E o segundo
motivo é que as partições podem ser desfeitas com a mesma rapidez com que são criadas, através do Gerencia-
mento de Discos do Windows.
Os Discos Rígidos possuem capacidades elevadas, de 240 GB (gigabytes, bilhões de bytes), 320 GB, 500 GB, 1 TB
(terabyte, trilhão de bytes), 2 TB etc. Possuem um baixo custo de aquisição por megabyte se comparados as outras
mídias de armazenamento de dados da atualidade.
Disco Flexível
Com baixa capacidade e facilidade de manuseio, os discos flexíveis ou disquetes foram muito populares até
meados dos anos 2000. Com novos meios de armazenamento disponíveis, como os discos ópticos e os pendrives,
conectados em portas USB, eles caíram em desuso.
A capacidade de armazenamento dos discos flexíveis era de 180KB (modelo 5 ¼ de face simples) até 2.88 MB
(modelo 3 ½ de última geração).
Os discos ZIP (ZIP Drive) foram oferecidos no começo dos anos 2000, com capacidade de 100 MB, operando de
forma semelhante às fitas DAT, com cartuchos próprios para uso em leitoras dedicadas. Apesar de sua capacidade
aumentada em relação ao disquete, outras mídias de armazenamento já ofereciam maior espaço para dados se
comparadas aos “disquetes ZIP”.
O armazenamento de dados em discos flexíveis tornou-se impossível atualmente, pois as mídias deixaram de
ser fabricadas e o tamanho dos arquivos supera vários megabytes (milhões de bytes) facilmente nos dias de hoje.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Com a popularização das mídias ópticas, especialmente, por substituírem as fitas cassetes, os discos de vinil
e as fitas de vídeo, com qualidade de imagem superior, os usuários enxergaram a possibilidade de reutilizá-los
como cópias de segurança.
13 Existem modelos de disco rígido sem disco, como os SSD (Solid State Drive), que é uma memória flash, armazenamento eletrônico.
14 A memória flash permite que a troca de informação seja mais rápida e, quando o dispositivo é desligado, poderá voltar, rapidamente, para onde
estava antes. 183
No início dos anos 2000, CDs, DVDs e o Blu-Ray eram os queridinhos para o armazenamento de dados. Suas
durabilidade, rapidez para leitura e gravação e grande capacidade (para os padrões da época) fizeram das mídias
ópticas as preferidas para a cópia de segurança.
O HD-DVD usava luz azul-violeta e acabou sendo superado pelo Blu-Ray devido às restrições de gravações e
baixa capacidade, sendo fabricado por cerca de cinco anos pela Toshiba, sem adesão de muitos outros fabricantes.
CAPACIDADE USO
CD – COMPACT DISC 700 MB Usado para música
DVD – DIGITAL VIDEO DISC 4.7 GB Usado para vídeo
HD-DVD - HIGH DENSITY DIGITAL VERSATILE
15 GB Usado para vídeo de alta definição
DISC
BLU-RAY 25 GB Usado para vídeo de alta definição
O CD veio para substituir as fitas cassetes de áudio e os discos de vinil, com a gravação digital do áudio em uma
mídia durável de alta qualidade. Com capacidade de 700 MB e algumas características de construção específicas,
rapidamente se tornaram o padrão para distribuição de instaladores de softwares, substituindo inúmeros disquetes.
Os drives leitores de CD do final dos anos 90 eram substituídos por drives gravadores de CD, permitindo a gra-
vação de áudio digital e arquivos em computadores domésticos equipados com o “kit multimídia”.
Unidades 12x, 24x, 48x e 52x se popularizaram, indicando, com os números, a velocidade de rotação do disco
e, consequentemente, maior velocidade de leitura/gravação em relação aos outros modelos semelhantes.
TIPO USO
CD ROM Somente leitura Gravado pelo distribuidor de software ou música
CD R Gravável Poderia gravar uma vez, ou várias vezes de forma incremental
CD RW Regravável Poderia gravar várias vezes, como um disquete
O DVD foi desenvolvido para substituir as fitas de vídeo, com maior qualidade de imagem e som, permitindo a
inclusão de vários conteúdos extras. Assim como os CDs, também existiram modelos ROM, R e RW de mídia DVD.
Na época dos DVDs, as mídias removíveis do tipo USB começaram a aparecer no mercado, oferecendo capa-
cidade semelhante ou superior aos DVDs. Pendrives com 512 MB (megabyte – milhão de bytes), 1 GB, 2 GB, 4 GB, 8
GB, 16 GB etc, rapidamente, se tornaram os preferidos dos usuários para o armazenamento portátil de dados em
detrimento das mídias ópticas do tipo DVD.
O padrão HD-DVD oferecia gravação de dados em mídias ópticas com densidade superior ao DVD e próximo
do Blu-Ray, mas nem chegou a “emplacar” no mercado.
O Blu-Ray foi desenvolvido para substituir o DVD, com maior capacidade de armazenamento de dados e a
possibilidade de gravações de vídeos em alta resolução (HD – High Definition), que ocupavam mais espaço que um
CD poderia armazenar.
Ainda foram propostos outros novos padrões de mídias ópticas, como o HVD (Holographic Versatile Disc), mas
a era dos discos refletivos já estava acabando.
Eles chegaram tarde, pois armazenavam 25 GB e os pendrives já estavam em 128 GB. Poucos usuários utiliza-
ram Blu-Ray em seus computadores, sendo mais usados em aparelhos leitores para a reprodução de filmes em
alta resolução.
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item, relativo 8. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca do sistema ope-
à versão mais atual do navegador Mozilla Firefox, à racional Linux, do PowerPoint 2013 e de redes de com-
organização e ao gerenciamento de arquivos e progra- putadores, julgue o item a seguir.
mas, e a vírus, worms e pragas virtuais. Alguns comandos do Linux, como, por exemplo, man e
Cavalo de Troia é exemplo de vírus que age especifica- whatis, são importantes para os usuários porque for-
mente em ambiente Windows, não havendo registros
necem informações de outros comandos.
de ataques em outros sistemas operacionais.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
186
9. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca do sistema ope- A exclusão de um arquivo eletrônico do computador é
racional Linux, do PowerPoint 2013 e de redes de com- permanente, dada a inexistência de programas capa-
putadores, julgue o item a seguir. zes de recuperar o conteúdo de arquivos apagados.
Na criação de um arquivo no sistema operacional Linux,
o usuário deve, obrigatoriamente, inserir a extensão no ( ) CERTO ( ) ERRADO
nome do arquivo a ser criado.
16. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Julgue o item subse-
( ) CERTO ( ) ERRADO quente, acerca do sítio de busca Google; dos concei-
tos de organização e de gerenciamento de arquivos; e
10. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Julgue o próximo item,
dos aplicativos para segurança da informação.
relativo ao sistema operacional Linux, ao programa
Firewalls são dispositivos com capacidade ilimitada
Microsoft Excel 2013 e ao programa de navegação
Google Chrome. de verificação da integridade dos dados em uma rede,
Conhecido como o superusuário do sistema operacio- pois conseguem controlar todos os dados que nela
nal Linux, o usuário root é capaz de realizar diversas trafegam.
tarefas de administração do sistema; entre elas, a de
cadastrar outros usuários. ( ) CERTO ( ) ERRADO
1 ERRADO
2 ERRADO
3 CERTO
4 CERTO
5 ERRADO
6 ERRADO
7 CERTO
8 CERTO
9 ERRADO
10 CERTO
11 ERRADO
12 ERRADO
13 CERTO
14 CERTO
15 ERRADO
16 ERRADO
17 ERRADO
18 CERTO
19 ERRADO
20 ERRADO
ANOTAÇÕES
188
As expressões algébricas contêm números conhe-
cidos, números desconhecidos (incógnitas) e opera-
ções matemáticas.
MATEMÁTICA
Valor numérico de uma expressão
FUNÇÕES
√x – 2
𝑓(x) =
√3 – x
𝑓 = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 𝑓 (x)} ou
𝑓: A → B
x ↦ 𝑓(x)
𝑓 = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 2x} ou
𝑓: A → B
x ↦ 2x
Domínio, Contra Domínio e Imagem da função Diagrama A e B, em relação ao domínio (D), contra domínio (CD) e
imagem (Im).
O domínio (D) de uma função é sempre o próprio
conjunto de partida, ou seja, é formado por todos os Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras
possíveis elementos do conjunto A (D=A) e nos gráficos
são os valores que a abscissa (eixo x) pode assumir. O As funções Injetoras são funções tais que os dis-
contra domínio (CD=B) é o conjunto de chegada, for- tintos elementos do domínio se relacionam com dis-
mado por todos os elementos do conjunto B e são for- tintos elementos da imagem, ou seja, dois elementos
mados por todos os valores que as ordenadas (eixo y) do domínio não podem ter a mesma imagem (Figura
podem assumir. A imagem (Im) é formada por todos 5a). Uma função 𝑓: ℝ → ℝ dada por 𝑓(x) = 4x é injetora,
os elementos do contra domínio que se relacionam visto que para x1 ≠ x2tem-se 4x1 ≠ 4x2, logo, 𝑓 (x1) ≠ 𝑓
com algum elemento do domínio. Assim, quando todo (x2).
a) Diagrama para funções injetoras
elemento x ϵ A está associado a um elemento y ϵ B,
MATEMÁTICA
x+3
𝑓[g(x)] = 2g(x) = x + 3 → g(x) =
2
x2 – 1
𝑓(x) = x – 1 e g(x) =
x+1
Assim, para o domínio A = {1, 2, 3} tem-se:
𝑓(1) = 1 – 1 = 0
𝑓(2) = 2 – 1 = 1
192 Diagramas para funções par (a) e ímpar (b). 𝑓(3) = 3 – 1 = 2
e FUNÇÃO CONSTANTE, CRESCENTE E
DECRESCENTE
32 – 1
g(3) = =2
3+1
É raiz da função y = 2x – 1 e o ponto no plano car- Funções definidas por mais de uma sentença
tesiano será: são funções em que cada subdomínio tem uma função
associada a ela e a união desses subdomínios forma
o domínio da função original 𝑓(x). Com isso, conse-
1 guimos construir o gráfico das funções 𝑓(x) em cada
(x, y) = ,0 subdomínio, Figura 10, dois exemplos de funções com
2 mais de uma sentença e diferentes subdomínios. 193
{ –x + 1, se x < –2 Na Figura 11, vemos os gráficos das funções 𝑓 e 𝑓 -1
acima, percebemos pela Figura 11c que eles são simé-
a) 𝑓(x) = x2 – 1, se – 2 ≤ x ≤ 1 tricos em relação a bissetriz nos quadrantes ímpares
do plano cartesiano. Para construir o gráfico basta
–x + 1, se x > 1 plotar os pontos (x, y) ou (y, x) das duas funções no
(Figura 10a); plano cartesiano e traçar uma reta.
(Figura 10a)
(Figura 10b)
{
y+1
𝑓(x) = y = 2x – 1 → 2x = y + 1 → x =
2
𝑓–1 = { (y, x) ∊ B × A | x =
y+1
2
194 domínio de f–1 é B que é a imagem da f. Figura 12. Gráfico da Função Linear 𝑓(x) = 2x e o ponto (x, y) = (2, 4).
A aplicação de ℝ → ℝ, quando cada x ∊ ℝ estiver
associado ao elemento (ax + b) ∊ ℝ com a ≠ 0, a e b
constante real, recebe o nome de Função Afim, ou
seja, 𝑓(x) = ax + b; a ≠ 0, onde a é conhecido como coe-
ficiente angular e b como coeficiente linear.
O gráfico para a função afim, 𝑓(x) = ax + b, também
é uma reta, onde o coeficiente angular indica a incli-
nação da reta e o coeficiente linear indica o local em
que a reta corta o eixo das ordenadas (eixo y). Seja a Assim colocando esses resultados sobre o eixo x, e
função afim, 𝑓(x) = 2x + 1, (x, y) = (0, 1) é o ponto onde a adicionado os sinais vemos em quais intervalos estão
reta corta o eixo y, com mais um ponto pode-se traçar os sinais positivos e negativos da função.
a reta que representa a função 𝑓(x). Assim, para x = 1 2º caso: a < 0 (decrescente):
→ y = 3, ou seja, o ponto (x, y) = (1, 3), seu gráfico segue
na Figura 13.
𝑓(x) = ax + b > 0 → x < – b b;
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
a a
Importante!
b b
Uma função afim, 𝑓(x) = ax + b, quando b = 0 , f𝑓(x)
( x=
)= axax+ +b <b 0<→0 x→> –x < − ; ;
transforma-se na função linear, 𝑓(x) = ax, assim, a a
dizemos que uma função linear é um caso parti-
cular da função afim.
1
2x + 1 = 0 → x = –
2
Figura 13. Gráfico da Função Afim 𝑓(x) = 2x + 1 e o ponto (x, y) = (1, 3).
Como o coeficiente angular é positivo (a = 2 > 0),
Uma Função Afim é crescente sempre que o coe- então o estudo de sinal de 𝑓(x) será:
ficiente angular for positivo e decrescente quando o
mesmo for negativo.
x > – 1 → 𝑓(x) > 0 b
Sinal da Função Afim f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ;
2 a
fx <( x– = 1 b
O estudo do sinal de uma função 𝑓: A → B definida ) ax + b< <0 0 → x < − ;
→ 𝑓(x)
por y = 𝑓(x), é encontrar para quais valores de x temos 2 a
𝑓(x) > 0, 𝑓(x) < 0 ou 𝑓(x) = 0, com x ∊ D𝑓 .
Inicialmente, identificamos onde a função é igual
a zero, ou seja, encontramos a raiz da função y = 𝑓(x).
Para isso fazemos y = 𝑓(x) = 0, para função afim temos
a raiz sendo:
b
𝑓(x) = ax + b = 0 → x = –
a
Inequações produto e quociente para Função Afim
Agora, teremos dois casos para estudo do sinal da
função afim, um quando o coeficiente angular é posi- Sejam as funções 𝑓(x) e g(x), as inequações produ-
MATEMÁTICA
tivo (a > 0) outro quando é negativo (a < 0): to delas são dadas por:
1º caso: a > 0 (crescente): 𝑓(x) · g(x) > 0 ou 𝑓(x) · g(x) < 0 ou 𝑓(x) · g(x) ≥ 0 ou
𝑓(x) · g(x) ≤ 0
De acordo com a regra de sinais do produto de
b b números reais, temos que (+ × + = +); (– × – = +); (+ × –
f ( x==
𝑓(x) ) axax →0x →
+ b+>b0 > > – x > −; ; = –), assim, um conjunto solução (S) para uma dessas
a a inequações pode ser encontrado da seguinte forma,
f ( x= b b seja a inequação produto 𝑓(x) · g(x) > 0, para o produto
𝑓(x) =) axax →0x →
+ b+<b0 < < – x < −; ; ser positivo temos duas situações: 𝑓(x) > 0 e g(x) > 0 ou
a a 𝑓(x) < 0 e g(x) < 0. 195
Assim, para 𝑓(x) > 0 e g(x) > 0 encontramos a solu- para uma dessas inequações pode ser encontrado da
ção S1 para a 𝑓(x) > 0 e a solução S2 para a g(x) > 0, seguinte forma, seja a inequação quociente:
chegando na solução geral S1 ⌒ S2.
Depois para 𝑓(x) < 0 e g(x) < 0 encontramos a solu-
ção S3 para a 𝑓(x) < 0 e a solução S4 para a g(x) < 0, 𝑓(x)
chegando na solução geral S3 ⌒ S4 . ≥0
Por fim, a solução para a inequação produto, 𝑓(x) · g(x)
g(x) > 0, é dada pela união das soluções anteriores,S =
{S1 ⌒ S2} ◡ { S3 ⌒ S4}. Raciocínio análogo para as outras Para o produto ser positivo temos duas situações:
inequações produto. 𝑓(x) ≥ 0 e g(x) > 0 ou 𝑓(x) ≤ 0 e g(x) < 0.
Tomemos como exemplo a inequação produto (x + Assim, para 𝑓(x) ≥ 0 e g(x) > 0 encontramos a solu-
2) (3x – 1) > 0, ou seja, 𝑓(x) · g(x) > 0 → 𝑓(x) = x + 2 e g(x)
ção S1 para a 𝑓(x) ≥ 0 e a solução S2 para a g(x) > 0,
= 3x – 1, seguindo os dois passos acima temos:
chegando na solução geral S1 ⌒ S2.
Depois para 𝑓(x) ≤ 0 e g(x) < 0 encontramos a solu-
x+2>0→x>–2 b ção S3 para a 𝑓(x) ≤ 0 e a solução S4 para a g(x) < 0,
f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ;
a chegando na solução geral S3 ⌒ S4 .
1 Por fim, a solução para a inequação quociente:
3x b
f ( –x=
)1 > 0ax→+xb> < 0 → x < − ;
3 a 𝑓(x)
≥0
g(x)
{
S1 ⌒ S2= x∊ℜ|x>
1
{ (x + 2)
(3X – 1)
≥1
3
Ou seja,
x+2<0→x<–2 b
f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ;
a (x + 2) (x + 2) (–2x + 3
≥1→ –1≥0→ ≥0
f3x(–x1=
1 b (3x – 1) 3x – 1 (3x – 1
)< 0 →ax
x <+ b < 0 → x < − ;
3 a
Assim temos:
𝑓(x)
> 0 → 𝑓(x) = – 2x + 3 e g(x) = 3x – 1
g(x)
{
{ f3x( –x1=
) > 0 ax > b<0→ x<−
→ x+ ;
1
S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = x ∊ ℜ | x < –2 ou x > 3 a
3
{
números reais, temos que (+ ÷ + = +); (– ÷ – = +); (+
÷ – = –) e lembrando que o denominador da fração S1 ⌒ S2= x∊ℜ|
1
<x≤
3
{
196 não pode ser nulo, assim, um conjunto solução (S) 3 2
– 2x + 3 ≤ 0 → x – ≥ 3 b
f ( x=) ax + b > 0 →2x > − a ;
f (3x 1 b
x=)– 1ax
< 0+→bx<< 0 → x < − ;
3 a
{
{
[ ]
x∊ 1 3 2
S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = <x≤ b ∆
ℜ| 3 2 𝑓(x) = a x+ –
2a 4a2
Para ∆ = 0 temos:
–(–1) – √25 b
fx( x==) ax2+· 1b > 0 →
1
x>− ;
= –2
a
𝑓(x) = 0
fx( x==) –(–1) + √25 b
ax + b < 0 →= 3x < − ;
Logo no estudo do sinal da função quadrática 𝑓(x)
2
2·1 a
= x2 – 3x + 2, temos que a = 1 > 0 e calculamos o valor
f ( x=
) ax +–(2)
b >±0 → x > −
b
;
√0 a
do delta, ∆ = 1 > 0, e das raízes, x1 1 = e x2 = 2. Assim, g(x) = 0 x =x = = 1 b
f (1x=
) 2 ax + b < 0 → x < −
concluímos para o estudo de sinal:
2 · (–1) a
;
y ou a
2
mo ou mínimo da função y = 𝑓(x) se, somente se, y ≥ M
y ≤ y, respectivamente. Ao valor xM ∊ D tal que
∆ = (2) – 4(–1)(0) = 4 – 0 = 4
𝑓
∆ = b – 4ac →
2 M 𝑓
y = 𝑓(x ) chamamos de ponto máximo ou mínimo da
f ( x=
2
b Esse ponto também conhecido como vértice
M M
+ < → < −
da função
fx( x==) ax +–b√9> 0 → x>− ;
= –1
b a como:
vértice
1
2·2 a
𝑓(x) = 0
1 b ∆
−–b b −∆
− b–∆
−
) –(1)
f ( x= ax ++b√9< 0 →
= x<− ; (= yM ,)y
xM , (x (
)V== )
v ,v,yyvv) = V
Vx(x V ,, V = ) vy , vx ( V =
) My
x2 =
2·2 2 a M M
a22a
4a a44a2a
b (=
x b, y ) V=
(1fx> −M ; M
( xv , yv ) =VV , , 4 · 1 , V = ) vy , vx ( V =
) My ,
;
𝑓(x) a
f ( x=
− >xf →
( x=
)b> 0,ax+x b
∊ℜ
)0 >axb+
> |0 x→
+x
x>
< –1
ba> 0
=
b
)x
→
ou−x > ;
a
b
2 2 · 14a
a a 4 a 2
; a − <
( x=
xf → )0 <ax
b++xba< 0=)→
a 2
x ( fx < −
a
;
b ∆
−3− b−
b −∆1
f; (ax−=
+ b < 0 → x < − 1 ;
) > ax
x→ f (0x>
) b ax
= + x+
ab = b( →
) x0
> f
x > −
b
; (=
xM , yM ) V=
( xv , yv ) =VV , ,– V =) vy , vx ( V =
) My , Mx (
𝑓(x)
;
b < 0, x ∊ ℜ | –1 < x <
− < x → f (0x<
) b ax
= + x+
ab = a
) x0( →
<
f x < −
a
b
;
2
a24
a 4
a 2
a
4
a
2
a
ções, a primeira com 𝑓(x) > 0 e g(x) < 0. Assim, a solu- Definição, Gráfico, Domínio e Imagem
ção será:
Uma função 𝑓: ℝ → ℝ definida pela associação de
b b
cada x ∊ ℝ a 𝑓(x) = |x| ∊ ℝ é denominada Função
; − > ( x0
x f→ ) > ax
= b ++xba >=0 (1f
) x→ x
> − ; Modular.
a a
b 1 x ∊ ℜ | x < – 1 ou x >
S = ⌒ {x ∊ ℜ | x < 0 ou x >2}
; ( x0
− < x f→ ) < ax
= b ++xba <=0 (2f
) x→ < −
x
b
; Considerando a definição de módulo de um núme-
a a
ro real, em que para um número x tem-se |x| = x, se x
= {x ∊ ℜ | x < –1 ou x > 2 ≥ 0 ou |x| = –x, se x < 0, podemos descrever a função
modular também da seguinte forma: 199
b As raízes das sentenças definidas pela função
x, se x ≥ 0
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
a
𝑓(x) =
b
modular podem também ser chamadas de ponto (s)
f ( x=
) ax + b < 0 → x < − ;
– x, se x < 0
a de inflexão da curva (funções quadráticas) ou da reta
(funções lineares ou Afim). Inflexão é um ponto sobre
O gráfico para a função modular 𝑓(x) = |x| é defi- uma curva na qual a curvatura troca o sinal, nesse
nido pela junção dos dois gráficos da função de duas caso indo para o lado positivo do eixo y, pois, Im(𝑓)
sentenças (x e –x) e resultará em duas semi-retas de = 𝔑+.
origem na raiz da função, (x, y) = (0,0), ou seja, essas
retas são bissetrizes dos primeiro e segundo quadran-
tes do plano (Figura 15).
O domínio da função modular é o conjunto dos
reais, ou seja, para todo x ∊ ℝ, existe um único y ∊
Im(𝑓), sendo que a imagem da função assume somen-
te valores positivos (reais não negativos (ℝ+)). Logo,
Im(𝑓) = ℜ+. Note, que no gráfico da função as retas
ficam acima do eixo x, onde todos valores para y são
positivos (Figura 15).
Equações Modulares
b
f 2( x=
x + 4x
) ax + b > 0 → x > −
a
; S = {–5, 1}
𝑓(x) =
b
f ( x2 =
) ax + b < 0 → x < − ;
–(x + 4x)
a Caso tenhamos duas funções modulares, como a
equação |3x + 2| = |x – 1|, a solução é dada da seguin-
A essas duas funções encontramos as suas raízes: te forma:
∆ = b2 – 4ac = 42 – 4 · 1 · 0 = 16
3 b
f3x( x+=)2 =ax
x –+1 b→>x 0
= –→ x > − ;
a
–(4) – √16 b
2
3x + 2 = 2x – 3 → x = –5 b
2 b
f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ;
x + 4x, x ≤ –4 e x ≥ 0
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
a a
𝑓(x) =
b |3x + 2| = 2x – 3 ⇔ 1
f (2x=
) ax + b < 0 → x < −
–x – 4x, –4 < x < 0
;
f3x( x+= b
)2 =ax
–2x++b3<→0x→
= x<− ;
a
5 a
Dessa forma construímos o gráfico para x2 + 4x no
intervalo abaixo de –4 e acima de 0 e para –x2 – 4x no Como a solução só é válida para valores de x ≥ 3/2,
200 intervalo entre –4 e 0 (Figura 16). então a solução para |3x + 2| = 2x – 3 é S = {∅}.
Inequações Modulares ÂNGULOS
2
|3x – 2| < 4 ⇔ –4 < 3x – 2 < 4 → –2 < 3x < 6 → – <x<2 A
3
b b
; − > x→f (0
x=)> bax
+2x
+ab >)0
= x (→f x > − ;
a a
b S = x∊ℜ|– < x < 2
b
; − < x→f (x
0=)< bax
+3x
+ab <)0
= x (→f x < − ;
a
a
O
Mas se a inequação for |5x + 4| ≥ 4, a solução é:
|5x + 4| ≥ 4 ⇔ 5x + 4 ≤ –4 ou 5x + 4 ≥ 4 ⇔ 5x ≤ –8 B
Figura 1. Definição de Ângulo
ou
Observação 1: O é chamado de Vértice do ângulo
e OA e OB são chamados de lados.
8 Observação 2: Na figura acima o ângulo é indica-
5x ≥ 0 ⇔ x ≤ – ou x ≥ 0 do por AOB ou BOA.
5
b b z Ponto Interior de um Ângulo
; −
> ) 0
f (xx→
= ax bb
>+ +
8> 0→
xa ) xx( >
= f− ;
a a
S=b
x∊ℜ|x≤– ou x ≥ 0 b Seja um ângulo e um ponto P qualquer, dizemos
< f
;
a
−
f (xx=
) 0
→ ax bb
<+ 5<
+ 0→
xa ) xx( <
= −
a
;
que P será um Ponto Interior ao Ângulo, quando
uma reta qualquer que passa por P intercepta os lados
do ângulo em dois pontos distintos A e B, de modo que
Para a inequação |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 temos: o ponto P seja obrigatoriamente um ponto entre A e B.
|x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 → |x + 1| ≥ 7 – 2x
b
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
x + 1, se x ≥ – 1
a
|x + 1| =
b A
f ( x=
–x – 1, se x < –1
) ax + b < 0 → x < − ;
a
O B
O
B
B
O
Figura 8. Ângulo Agudo
F
O B
H
Ângulos na Circunferência
C O B P
Bissetriz de um Ângulo
r C
MATEMÁTICA
C
Bissetriz
O A
D E
B M
Figura 12. Bissetriz de um Ângulo Figura 15. Elementos de uma Circunferência 203
AC = raio A Medida de um Ângulo é a medida do menor arco
determinado pelo ângulo em uma circunferência com
AB = diâmetro o centro em seu vértice.
DME = arco
ANB = semicircunferência
A
AC = r e AB = 2r
m (AOB) = AÔB
Veja a figura:
D
A
A
S
O
O
B B
a
b
Q
O d r
P
c
B
e
f
s
h
Figura 21. Ângulo Inscrito em uma Circunferência
g
Observação 1: O ângulo AP̂B é inscrito na
circunferência.
Observação 2: AQB é o arco correspondente do
ângulo AP̂B.
z Ângulo de Vértice Externo: denominamos de ângu- Figura 24. Retas Paralelas r e s cortadas pela Transversal t
lo de vértice externo, ao ângulo que tem o vértice no
exterior da circunferência e seus lados secantes a ela. Observação 1: A reta t será chamada de transver-
sal de r e s
Vejamos abaixo: Observação 2: Os ângulos formados pela figura
acima são denominados de:
A
Alternos: â e ĝ, b̂ e ĥ, ĉ e ê, d̂ e f ̂
PARALELISMO
Retas Paralelas
r
Duas retas serão chamadas de paralelas se, e
somente se, elas forem coincidentes (iguais) ou se
forem coplanares (pertencerem ao mesmo plano e
não possuírem nenhum ponto em comum).
MATEMÁTICA
r s
s
r
s
Postulado de Euclides
B
C
O s
Figura 29. Ângulo Externo e soma de ângulos internos do Triângulo
ABC
A B B C
M
Figura 30. Soma dos ângulos internos de um Triângulo ABC
C’ B’
C B
A’
C B
A’
C’ B’
Casos de Semelhança
C’ B’
F D C
G
C B
E
z Incentro: para definir o incentro de um triângu- z Ortocentro: Para definir ortocentro precisamos
lo, vamos relembrar o conceito de bissetriz de um primeiro entender que a altura de um triângulo é
ângulo. A bissetriz de um ângulo é a semirreta o segmento da perpendicular traçada de um vérti-
com pontos internos ao ângulo e que determina ce à reta suporte do lado oposto e que possui extre-
com seus lados dois ângulos adjacentes congruen- midades nesse vértice e no ponto de encontro com
tes. A bissetriz interna de um triângulo é o seg- essa reta suporte. Logo, o ortocentro é o ponto de
mento da bissetriz de um ângulo interno que tem encontro das retas suportes das três alturas de um
extremidades no vértice desse ângulo e no ponto triângulo.
de encontro com o lado oposto. Logo, o incentro é
o ponto de encontro das bissetrizes internas deste A
triângulo. D
F
A
O
D
F
I
C B
E
z BC é a hipotenusa;
z AB e AC são os catetos;
z AH é a altura relativa à hipotenusa;
z BH e CH são, respectivamente, as projeções dos
catetos AB e AC sobre a hipotenusa BC
A C b2 = a · n
c2 = a · m
Figura 40. Triângulo ABC Retângulo no Vértice A
a2 = b2 + c2
TEOREMA DE PITÁGORAS h2 = m · n
b·c=a·h
O Teorema de Pitágoras diz que em todo triângu-
lo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO
igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos. QUALQUER
A C
b b
Figura 41. Triângulo Retângulo ABC
a b c
= = = 2R
sen A sen B sen C
n m
CB
H z Lei dos Cossenos: em todo triângulo, o quadrado
a da medida de um lado é igual à soma dos quadra-
dos das medidas dos outros lados, menos o dobro
Figura 42. Triângulo Retângulo ABC com Hipotenusa BC e Altura do produto dessas medidas pelo cosseno do ângulo
AH que eles formam. 209
A TEOREMA DE TALES
C B
a t1 t2
a2 = b2 + c2 – 2 · b · c · cos Â
C C’
b2 = a2 + c2 – 2 · a · c · cos B̂
c2 = a2 + b2 – 2 · a · b · cos Ĉ
D D’
D D’
b c I
=
n m
J
O teorema da bissetriz externa de um triângu-
lo nos diz que em qualquer triângulo, uma bissetriz E
externa, ou seja, bissetriz de um ângulo externo ao
triângulo, intercepta a reta que contém o lado oposto G
externamente em segmentos proporcionais aos lados
adjacentes. F
Seja AD a bissetriz do ângulo externo ao triângulo
ABC no vértice A, com AB = c, AC = b e BD = x e DC = y H
L M
A
Q O
R P N
y Região Poligonal
Figura 48. Teorema da Bissetriz Externa A região poligonal é a reunião do polígono com o
seu interior.
Pelo teorema da bissetriz externa, temos a seguin-
te igualdade: G
AC AB
= A
CD BD F
Observação 1: AD é a bissetriz do ângulo exter-
no ao triângulo ABC no vértice A, ou seja, divide este
ângulo externo em dois ângulos congruentes. H
Observação 2: utilizando as medidas dos lados da
figura 52, temos:
D E B
b c
=
y x
POLÍGONOS
C
MATEMÁTICA
B z 2º caso: n é múltiplo de 10
n = 10 – Decágono
n = 20 – Icoságono
n = 30 – Tricágono
A
n = 40 – Quadricágono
n = 50 – Pentacágono
C n = 60 – Hexacágono
Se = 360º
Perímetro de Polígonos
L
K
H
J
Figura 55. Trapézio Isósceles
M
N
A1 A B
B1
z
Figura 56. Trapézio Escaleno
C1
W z Trapézio Retângulo: quando existem dois ângu-
los internos retos.
D1
V
S
T U
QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
D C
MATEMÁTICA
A B
Observação 1: o lado AB é chamado de base maior.
Observação 2: o lado CD é chamado de base menor. Figura 58. Paralelogramo 213
Observação: AB // CD e AD // BC B
A C
D
Figura 61. Quadrado
Observação 1: AB = BC = CD = AD
Observação 2: Â = B̂ = Ĉ = D̂ = 90°
b D
Figura 63. Área de um Retângulo
b
Figura 64. Área de um Paralelogramo
Área de um Triângulo
D
Temos duas situações no caso do cálculo da área
do Triângulo.
A área de um Triângulo qualquer é dada pelo pro-
duto da base pela altura, dividido por dois.
h D
MATEMÁTICA
b
Observação 1: D é a diagonal maior e d é a diago-
nal menor.
Figura 65. Área de um Triângulo 215
Observação 2: a área é dada por:
D·d
A= 2
P
Área de um Trapézio
r
Temos duas situações no caso do cálculo da área
do Trapézio.
A área de um Trapézio Isósceles é dada pela soma
das bases (maior e menor) multiplicada pela altura,
dividido por dois:
B A
B
L
Figura 68. Área de um Trapézio Isósceles O
B
(b + B) · h
A= 2
B
b
(b + B) · h
A= 2 B
a
Área do Círculo
Figura 72. Triângulo ABC
Á área do Círculo é dada pelo produto de π pelo Observação: o Semiperímetro é dado por p = a +
216 raio ao quadrado. b+c
CONGRUÊNCIA DE FIGURAS PLANAS Q
Ao considerarmos a congruência entre figuras 2.29
planas, dois elementos devem ser observados: os lados 2.29
e os ângulos correspondentes. Casos estes dois elemen-
v = 120° P
tos apresentem mesma medida, constataremos que as σ = 120°
respectivas figuras planas são congruentes.
Vejamos algumas figuras planas relacionadas abaixo R u = 120°
(observe a igualdade existente entre lados e ângulos): 2.29
A
e=1
E 2.29 p = 120° O
α = 121.86°
ξ = 120°
Ϛ = 118.08°
a = 6.66 M o = 120° 2.29
d = 3,16
2.29
N
D ɛ = 136.09°
Q1
Υ = 69,17° B
2.29
2.29
v1 = 120° P1
c = 4.17 σ1 = 120°
δ = 94.8° b = 5.98
R1
u1 = 120° 2.29
C
C'
2.29 p1 = 120° O1
b' = 5.98 α1 = 121.86°
ξ1 = 120°
c' = 4.17 M1 o1 = 120°
2.29
2.29
B' Υ1 = 69,17° N1
D'
ɛ1 = 136.09°
Figura 75. Congruência entre duas figuras planas (Hexágonos)
d' = 3,16
S
a' = 6.66 Ϛ1 = 118.08° v = 1.67
β1 = 94.8° ϕ = 114.29°
E' V
η1 = 80.03°
e' = 2
A' s = 3.11
Figura 73. Congruência entre duas figuras planas (Pentágonos)
u = 1,95
F
ω = 119.21°
Ψ = 46.47°
g = 3.03 T
Ɵ = 98.82°
U t = 2.77
h = 4.6
K = 50.63°
H
S'
l = 30.55°
f = 5.88 v' = 1.67
G s' = 3.11
θ1 = 114.29°
J l = 4.6°
η = 98.82 V'
K μ1 = 80.03°
MATEMÁTICA
λ = 30.55°
T' K1 = 46.47°
k = 3.03°
λ1 = 119.21°
u' = 1,95
j = 5.88
t' = 2.77
μ = 50.63° U'
L
Figura 74. Congruência entre duas figuras planas (Triângulos) Figura 76. Congruência entre duas figuras planas (Quadriláteros) 217
RAZÃO ENTRE ÁREAS Observação 1: Área do Polígono ABCDE: A1
Observação 2: Área do Polígono A’ B’ C’ D’ E’: A2
Razão entre áreas de dois Triângulos semelhantes
Observação 3: Razão de Semelhança: k
A razão entre as áreas de dois triângulos seme- Observação 4: Razão entre as áreas dos Polígonos
lhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança. ABCDE e A’ B’ C’ D’ E’:
A1
A2
= k2
B
A’
C’ B’
Figura 77. Dois Triângulos Semelhantes
A1
= k2 G
A2
D
D
B
K
C’
L
B’
C’
J
H
C’
A’ I
Figura 78. Dois Polígonos Semelhantes
218 Figura 81. Pentágono inscrito em uma Circunferência
Q K
L
J
O
H
N
I
Figura 82. Hexágono inscrito em uma Circunferência Figura 85. Pentágono circunscrito em uma Circunferência
N
Figura 86. Hexágono circunscrito em uma Circunferência
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Figura 83. Triângulo Equilátero circunscrito em uma Circunferência
1. (VUNESP – 2011) Meia pizza foi dividida em 3 fatias,
cada uma delas com um ângulo diferente, conforme
G
mostra a figura.
2x
x – 20º
MATEMÁTICA
Logo,
an = a1 + (n-1)r
EXERCÍCIOS COMENTADOS
a10 = 1 + (10-1)2
1. (IBFC – 2015) O total de múltiplos de 4 existentes
a10 = 1 + 2x9
entre os números 23 e 125 é:
a10 = 1 + 18
a10 = 19
a) 25.
b) 26.
Isto é, o termo da posição 10 é o 19. Volte na
c) 27.
sequência e confira. Perceba que, com essa fórmula,
d) 28.
podemos calcular qualquer termo da PA. O termo da
e) 24.
posição 200 é:
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o últi-
an = a1 + (n-1)r
mo é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma
a200 = 1 + (200-1)2
PA de razão igual a 4. Então, temos as seguintes
a200 = 1 + 2x199
informações:
a200 = 1 + 198
a1 = 24
a200 = 199
an = 124
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para
Soma do primeiro ao n-ésimo termo da PA
obter os múltiplos).
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos
A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos encontrar a quantidade de elementos (múltiplos):
“n” primeiros termos de uma progressão aritmética: an = a1 + (n-1)r
124 = 24 + (n – 1)4
n # (a1 + an) 124 = 24 + 4n – 4
Sn =
2 124 – 24 + 4 = 4n
104 = 4n
Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
n = 26. Resposta: Letra B.
lar a soma dos 7 primeiros termos do nosso exemplo
que já foi apresentado: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}.
2. (FCC – 2018) Rodrigo planejou fazer uma viagem em
Já sabemos que a1 = 1, e n = 7. O termo an será, nes-
4 dias. A quantidade de quilômetros que ele percorrerá
te caso, o termo a7, que observando na sequência é o
em cada dia será diferente e formará uma progressão
número 13, ou seja, a7 = 13. Substituindo na fórmula,
aritmética de razão igual a − 24. A média de quilôme-
temos: tros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a 310 km.
Desse modo, é correto concluir que o número de quilô-
n # (a1 + an)
Sn = metros que Rodrigo percorrerá em seu quarto e último
2 dia de viagem será igual a
7 # (1 + 13)
S7 = a) 334.
2
b) 280.
7 # 14 c) 322.
S7 =
2 d) 274.
98 e) 310.
S7 = = 49
2
Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos
Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser: o a4. Devemos colocar tudo em função de a1, para
PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem podermos substituir na média. Usando a fórmula
crescente. do termo geral:
Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3 r = -24
PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem an= a1 + (n-1).r
decrescente. Achando a1:
Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1 a1 = a1 + (1-1).r
PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão a1 = a1
iguais. Colocando a2 em função de a1:
Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0. a2= a1+ (2-1)r
222
a2 = a1 + r 4. (FCC – 2017) Em um experimento, uma planta recebe
Colocando a3 em função de a1: a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebi-
a3= a1+ (3-1)r do no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas
a3 = a1 + 2r de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
Colocando a4 em função de a1:
a4 = a1 + (4-1)r a) 64 gotas.
a4 = a1 + 3r b) 49 gotas.
Substituindo na fórmula da média aritmética: c) 59 gotas.
(a1 + a2 + a3 + a4 )/4 = 310 d) 44 gotas.
(a1+ a1 + r + a1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310 e) 54 gotas.
4 a1 + 6r = 310 . 4
4 a1 + 6. (-24) = 1240 Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374,
4 a1 - 144 = 1240 então, o a1 é dado por:
a1 = 346 a65= a1 + (n-1).r
Encontrando a4: 374 = a1 + (65-1)5
a4= 346 + (4-1).r 374 = a1 + 64 x 5
a4= 346 + 3r 374 = a1 + 320
a4= 346 + 3. (-24) a1 = 54 gotas.
a4 = 274. Resposta: Letra D. Resposta: Letra E.
1. (FUMARC – 2018) Se a sequência numérica repre- Em uma progressão geométrica, o quadrado do ter-
sentada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Progressão mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo:
Geométrica crescente de razão igual a q, então, é COR- x2 = (x-120) × (x+600)
RETO afirmar que o valor de q é igual a: x2 = x2 + 600x – 120x -72000
x2 - x2 = 480x – 72000
a) 2. 480x = 72000
b) 3. x = 72000/480
c) 4. x = 150
224 d) 8. Resposta: Letra C.
{
5. (IESES – 2019) Em uma progressão geométrica de
– 3x + 2y – z = – 1
razão r = 3 a soma dos 5 primeiros termos é igual a 968.
Então, o primeiro termo dessa progressão é: x + y – 5z = 3
2x – 5y + 2z = 4
a) Maior que 18.
b) Maior que 15 e menor que 18. Neste caso temos um sistema linear de três incóg-
c) Maior que 12 e menor que 15. nitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os termos inde-
d) Maior que 9 e menor que 12. pendentes desse sistema.
e) Menor que 9. Um sistema linear de m equações com n incógni-
tas, indicado por m x n (lemos “m por n”), pode ser
Vamos usar a fórmula da soma da PG:
{
representado por um conjunto de equações do tipo:
n
a1 # (q - 1)
Sn = a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c1
q-1
a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a2nxn = c2
n
a1 # (3 - 1) S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a3nxn = c3
968 =
3-1 ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
#
a1 (243 - 1)
968 = am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + amnxn = cm
2
[ ][ ] [ ]
Resposta: Letra E.
a11 a12 a13 ... a1n x1 c1
a21 a22 a23 ... a2n x2 c2
MODELOS LINEARES a31 a32 a33 ... a3n x3 = c3
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ ∙ ∙
Equação linear
am1 am2 am3 ... amn xn cn
Denominamos equação linear, toda equação do
tipo: Exemplos:
Escrevendo na forma matricial os dois exemplos
a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c, onde:
anteriores, temos:
a1, a2, a3, . . . , xn : são coeficientes reais, não todos
{ x4x+–7yy == 21 ⇒ [ 1 ] ∙ [ y ] = [1 ]
nulos. 4 –1 x 2
x1, x2, x3, . . . , xn : são as incógnitas. 7
[ ][][ ]
c : é o termo independente.
{
– 3x + 2y – z = – 1 –3 2 –1 x –1
Quando o termo independente é nulo, dizemos
que a equação linear é homogênea. x + y – 5z = 3 ⇒ 1 1 –5 ∙ y = 3
Exemplos: 2x – 5y + 2z = 4 2 –5 2 z 4
a) 4x + 3y – z = – 1
SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR
b) 2x – y = 3
c) – 2x – y + 5z = 0 (Equação linear homogênea)
Seja uma sequência ou n-upla ordenada de núme-
ros reais (a1, a2, a3, . . . , an), a mesma será solução de
Não são equações lineares as equações abaixo:
um sistema linear S, se for a solução de todas as equa-
a) x2 + y – z3 = 3 ções lineares de S, ou seja:
b) xy – 5z = –7
c) x – 2y + √z = 3 a11a1 + a12a2 + a13a3 + . . . + a1nan = c1 (setença verdadeira)
a21a1 + a22a2 + a23a3 + . . . + a2nan = c2 (setença verdadeira)
� Sistema linear:
a31a1 + a32a2 + a33a3 + . . . + a3nan = c3 (setença verdadeira)
Denominamos sistema linear, o conjunto de duas ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
MATEMÁTICA
{ 4x – y = 2 Exemplo:
{
x + 7y = 1
x + 2y – 2z = – 5
Neste caso temos um sistema linear de duas incóg- 2x – 3y + z = 9
nitas, sendo elas x e y. O 2 e o 1 são os termos indepen-
dentes desse sistema. 3x – y + 3z = 8 225
O sistema acima admite como solução a tripla Exemplos:
ordenada (1,-2,1), pois substituindo estas coordenadas Vamos resolver os seguintes sistemas pela Regra
em cada uma das equações lineares, temos: de Cramer:
{
{ 3x2x– +4yy == –45
{
(1) +2 (– 2) – 2 (1) = – 5 a)
1–4–2=–5
2(1) – 3 (– 2) + (1) = 9 ⇒ 2+6+1=9
3+2+3=8 D = 3 – 4 = 11, Dx = – 5 – 4 = 11, D = 3 – 5 = 22
3(1) – (– 2) + 3(1) = 8 2 1 4 1 2 4
{ –5=–5
9 = 9 .todas as sentenças são verdadeiras.
8=8 portanto: x =
Dx
=
11
= 1, y =
Dy
=
22
= 22
D 11 D 11
SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO
Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)
Chamamos de sistema linear homogêneo, aquele
{
possui todos os termos independentes nulos, ou seja, x – 2y + z = 0
iguais a zero. b) 2x + y – 3z = – 5
Exemplo: 4x – y – z = – 1
{
x + y + 2z = 0 1 –2 1 0 –2 1
D = 2 1 – 3 = 10, Dx = – 5 1 – 3 = 10
3x + 4y – z = 0 4 –1 –1 –1 –1 –1
2x + 3y – 3z = 0
1 0 1 1 –2 0
Dy = 2 – 5 – 3 = 20, Dz = 2 1 – 5 = 30
Todo sistema linear homogêneo admite a solução 4 –1 –1 4 –1 –1
nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial. Além da
solução trivial um sistema linear homogêneo pode ter Dx 10 Dy 20
outras soluções. portanto: x = = = 1, y = = =2
D 10 D 10
MÉTODOS PRÁTICOS PARA A RESOLUÇÃO DE UM Dz 30
SISTEMA z= = =3
D 10
Regra de Cramer
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, 2, 3).
Inicialmente consideremos o seguinte sistema
linear: CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS LINEARES
determinado
[a ]
a1 b1
possível
2
b2 é a matriz incompleta do sistema c1 e c2,
são os termos independentes do sistema. indeterminado
Sistema
a1 b1
D= , é o determinante da matriz incompleta
a2 b2 impossível
do sistema.
Sistema Possível e Determinado
c1 b1
Dx = , é o determinante da matriz obtida
c2 b2 Um sistema será possível e determinado (SPD),
por meio da troca dos coeficientes de x, pelos termos quando o determinante D da matriz incompleta for
independentes, na matriz incompleta. diferente de zero, ou seja, D ≠ 0.
a1 c1
Dy = , é o determinante da matriz obtida Sistema Possível e Indeterminado
a2 c2
por meio da troca dos coeficientes de y, pelos termos Um sistema será possível e indeterminado (SPI),
independentes, na matriz incompleta. quando o determinante D da matriz incompleta for
igual a zero (D = 0) e os determinantes das incógnitas
O exemplo acima é análogo para qualquer sistema também: (D1 = D2 = D3 = ... = Dn = 0)
linear n x n, portanto a regra de Cramer pode ser apli-
cada para resolver qualquer sistema linear n x n, onde Sistema Impossível
D ≠ 0. A solução será dada pelas seguintes razões:
( )
Um sistema será impossível (SI), quando o deter-
D1 D2 D3 Dn minante D da matriz incompleta for igual a zero (D =
X1 = ,X2 = ,X3 = , . . . , xn = 0) e pelo menos um dos determinantes das incógnitas
D D D D
226 for diferente de zero.
Vamos classificar cada um dos sistemas lineares
abaixo: { x + 2y – 2z = – 5
2x – 3y + z = 9
3x – y + 3z = 8
{
a) 4x – y = 1
2x + 3y = 5 Substituiremos a segunda linha por uma nova,
fazendo a seguinte operação:
D = 4 – 1 = 14 Como D ≠ 0, o sistema é SPD
2 3 z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 2) e adicio-
{
vamos verificar se é SPI ou SI.
x + 2y – 2z = – 5
– 7y + 5z = 19
1 2 –1 1 1 –1 1 2 1 – 7y + 9z = 23
Dx = 2 – 3 4 = 0, Dy = 2 2 4 = 0, Dz = 2 – 3 2 = 0
3 –1 3 33 3 3 –1 3
Substituiremos a terceira linha por uma nova,
fazendo a seguinte operação:
Como D = 0, Dx = 0, Dy = 0 e Dz = 0, o sistema é SPI.
{
z Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicio-
– 2x + y – 3z = 0
c) x – y – 5z = 2 nar o resultado à 3ª equação.
3x – 2y + 2z = – 3
–2 1 –3
D = 1 – 1 – 5 = 0, como D = 0, o sistema não é SPD,
3 –2 –2
{ x + 2y – 2z = – 5
– 7y + 5z = 19
4z = 4
{ {
y=–2
x+y+z=3 x+y+z–t=6
S1 0x + y + z = 2 , S2 0x – y – 4z + 3t = – 13 Obtendo x na 1º equação:
0x + 0y + z = 1 0x + 0y + 12z – 6t = 20
Como y = - 2 e z = 1, vamos substituir os seus valo-
res na 1ª equação e encontrar o x:
Vejamos um exemplo prático de como resolver um
MATEMÁTICA
{
x + 2 (– 2) – 2(1) = – 5
2x – 3y + z = 9
x + 2y – 2z = – 5 x–4–2=–5
3x – y + 3z = 8 x–6=–5
x=–5+6
Primeiramente vamos trocar de posição a linha 2 x=1
com a linha 1, para que a incógnita x que possui o coe-
ficiente 1 fique na primeira linha. Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, -2, 1). 227
Para encontrar a matriz X, vamos escreve-la como
EXERCÍCIOS COMENTADOS uma matriz genérica, e substituir na equação indi-
cada no enunciado:
1. (ESAF – 2009) O determinante da matriz:
X= (
4 0
)
[ ]
2 1 0 0 3
B= a b c é: Substituindo as três matrizes conhecidas na equa-
4+a 2+b c ção inicial, temos:
a) 0 A∙X=B
b) 2b - c
c) a + b + c
d) 6 + a + b + c
(1 2
–1 –1
∙ ) ( ) = (31 –42 )
a b
c d
e) 2bc + c - a Fazendo o produto entre as matrizes no primeiro
membro, temos:
A matriz B é uma matriz quadrada de ordem 3, para
calcular os seus determinantes, vamos utilizar a ( 1∙a+2∙c 1∙b+2∙d
) (
(– 1) ∙ a + (– 1) ∙ c (– 1) ∙ b + (– 1) ∙ d
=
3 –2
1 4 )
Regra de Sarrus:
2 1 0 2 1
(a + 2c b + 2d
–a–c –b–d ) (
=
3 –2
1 4 )
a b c a b , Pela igualdade de matrizes geraremos o seguinte
4+a 2+b c 4+a 2+b sistema linear:
{
Vamos fazer o produto das diagonais principais, a + 2c = 3
menos o produto das diagonais secundárias.
b + 2d = – 2
2 ∙ b ∙ c + 1 ∙ c ∙ (4 + a) + 0 ∙ a ∙ (2 + b) – [0 ∙ b ∙ (4 + a) +
–a–c=1
2 ∙ c ∙ (2 + b) + 1 ∙ a ∙ c] = 2bc +4c + ac – [4c + 2bc + ac]
= 2bc + 4c + ac – 4c – 2bc – ac = 0 Resposta: Letra A. –b–d=4
2. (ESAF – 2012) Dada as matrizes: Trocando de posição a linha 2 com a linha 3, temos:
{
A= (21 33) e B = (21 43) a + 2c = 3
–a–c=1
Calcule o determinante do produto AB:
b + 2d = – 2
a) 8 –b–d=4
b) 12
c) 9
Vamos encontrar primeiramente os valores de a e
d) 15
c, fazendo a soma da linha 1 com a linha 2, temos:
e) 6 c=4
Pelo Teorema de Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det Substituindo c por 4 na primeira linha, temos:
A ∙ det B a + 2c = 3
Calculando separadamente cada um dos determi- a + 2 ∙ (4) = 3
nantes, teremos: a+8=3
2 3 a=3–8
Det A = = 2 ∙ 3 – (3 ∙ 1) = 6 – 3 = 3 a=–5
1 3
2 4 Para encontrar os valores de b e d, faremos a soma
Det B = =2∙3–4∙1=6–4=2
1 3 da linha 3 com a linha 4, obtendo:
Portanto o det (A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Respos- d=2
ta: Letra E.
Substituindo d por 2 na linha 4, temos:
–b–d=4
3. (CESGRANRIO – 2011) Considere a equação matricial – b – (2) = 4
AX = B, –b–2=4
–b=4+2
Se A = ( –11 2
–1 ) e B = (31 –42 ) , então a matriz X é: –b=6
b=–6
Portanto a matriz X será igual a: (
–5 –6
)
a)
( 22 –54 ) Resposta: Letra B.
4 2
b)
( –45 –26 ) 4. (UNIRIO – 2009) Se o sistema: {3x2x ++ my
y = 18
=k
possui
c) (
– 1 – 4)
3 –1 infinitas soluções, o produto k ∙ m, vale:
a) 8
d) (
2 )
–5 –8
b) 12
3
c) 15
e) (
0 3)
4 0 d) 18
228 e) 20
Se o sistema possui infinitas soluções, ele é um siste- Logo D = 17
ma possível indeterminado (SPI). Pela regra de Cra- Fazendo Dx, temos:
mer um sistema linear 2x2 será SPI, se e somente se,
D = 0, Dx = 0 e Dy = 0. 0 5 1
Para encontrar o valor de m vamos calcular o deter- Dx = 1 1 –2
–1 3 –4
minante da matriz incompleta, igualando o mesmo
a zero, teremos, portanto: 0 5 1 0 5
3 1 Dx = 1 1 – 2 1 1 = 0 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ (– 1)
=0 –1 3 –4–1 3
2 m
3∙m–2∙1=0 + 1 ∙ 1 ∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ (– 1) + 0 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 1 ∙ (– 4)]
3m – 2 = 0 Dx = 10 + 3 – (– 1 – 20) = 13 – (– 21) = 13 + 21 = 34
3m = 2 Logo Dx = 34
2
m= Fazendo:
3
Para encontrar o valor de k, basta calcular o determi- Dx 34
x= = = 2, portanto x = 2. Resposta: Letra B.
nante em relação a uma das duas incógnitas, já que D 17
descobrimos o valor de m, porém para facilitar os
cálculos vamos calcular o determinante em relação
a y, igualando o mesmo a zero, teremos o seguinte:
3 18
=0 MODELOS PERIÓDICOS
2 k
3 ∙ k – 2 ∙ 18 = 0
Ao estudarmos os modelos periódicos, devemos
3k – 36 = 0
3k = 36 nos atentar aos preceitos da Trigonometria em rela-
36 ção às funções do seno, cosseno e tangente, bem como
k= suas relações. Ainda, é necessário conhecermos o Teo-
3
k = 12 rema Fundamental da Trigonometria.
Iniciaremos nossa abordagem pelas relações de
Não se esqueça que o exercício não pede os valores seno, cosseno e tangente em ângulos notáveis. Veja-
de m e k, mas sim o produto entre eles. Fazendo o
mos a seguinte tabela:
produto entre m e k, teremos:
{ x + 5y + z = 0
4x + y – 2z = 1
7x + 3y – 4z = – 1
Tangente
3
3 1 3
a) 3
sen2 x + cos2 x = 1
b) 2
c) 1
Em um triângulo retângulo de catetos b e c e hipo-
d) 0
e) -1 tenusa a, temos, de acordo com o teorema de Pitágo-
ras: a2 = b2 + c2.
O exercício pede somente o valor da incógnita
x, portanto podemos utilizar a regra de Cramer, C
para encontrar o seu valor. Pela regra de Cramer,
D
sabemos que: x = x . Calculando os respectivos
D
determinantes pela regra de Sarrus, teremos:
1 5 1
MATEMÁTICA
D= 4 1 –2 a
7 3 –4 b
1 5 1 1 5
D = 4 1 – 2 4 1 = 1 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ 7 + 1 ∙ 4
7 3 –4 7 3
∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ 7 + 1 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 4 ∙ (– 4)]
A
D = – 4 – 7 + 12 – (7 – 6 – 80) = – 62 – (– 79) = – 62 + B c
79 = 17
Figura 7. Triângulo Retângulo ABC, com catetos b e c e hipotenusa a 229
Assim sendo, se x for a medida do ângulo agudo A secante de um ângulo agudo x é, por definição,
B, então: o inverso do cosseno. É representada com o símbolo
secx.
1
b b l +b c l
2 2 Portanto: sec x = cos x
(sen x)² + (cos x)² = sen²x + cos²x = =
a a
1
z Relação Fundamental (4): cossec (x) = senx
= b2 + C2 = b 2 c = a2 = 1
2 2
2
+ 2 2
a a a a
A cossecante de um ângulo agudo x é, por defini-
Portanto, sen x + cos x = 1.
2 2 ção, o inverso do seno. É representada com o símbolo
cossec (x).
1
Observações: Portanto: cossec (x) = senx
sen²x = cos²x = 1
sen 2 x + cos 2 x = 1
A sen 2 x sen2 x
=
B c
sen2 x cos2 x 1
Figura 8. Triângulo Retângulo ABC, com catetos b e c e hipotenusa a
+ =
sen2 x sen2 x sen 2 x
b 1 + cotg²x = cossec²x
b a senx
tgx = c = c = cosx, cossec²x = 1 + cotg²x
a
Portanto: cossec2 x = 1 + cotg2 x
sen x
Portanto: tg x = cos x
Logo, podemos construir a seguinte tabela:
sen x
z Relação Fundamental (2): cotg (x) = cos x RELAÇÕES FUNDAMENTAIS
sen2 x + cos2 x = 1
A cotangente de um ângulo agudo x é, por defini-
sen x
ção, o inverso da tangente. Ela é representada com o tg x = cos x
símbolo: cotg (x). Assim sendo, temos que: cos x
cotg(x) = sen x
1 1 cos x cos x
cotg (x) = = sen x = 1 · sen x = sen x 1
tg (x) sec x = cos x
cos x
1
cossec(x) = senx
Portanto: cotg (x) = cos x
sen x
sec2 x = 1 + tg2 x
230 1
z Relação Fundamental (3): sec x = cos x cossec2 x = 1 + cotg2 x
Exemplo 1: Se 0º < x < 90º, então, a expressão sen2 x + cos2 x
cos x
y
é igual a:
B
2 2
sen x + cos x 1
cos x = cos x = sec x (II) (I)
C r A (Origem)
O
Exemplo 2: Simplificando a expressão (tg x) (cos x) x
(cossec x), para 0º < x < 90º, obtém-se: (III) (IV)
sen x 1
(tg x) · (cos x) · (cossec x) = cos x · cos x· sen x = D
sen x· cos x
= cos x · sen x = 1 Figura 12. Circunferência de raio r em um sistema cartesiano xOy
cos²x = 1 – 9 → cos²x = 16
25 25 → cos x = !
16
25 N
P
4
cos x = ! 5
, O A
Portanto:
Figura 13. Circunferência de raio r com eixo dos senos
4
cos x = 5
sen (AP) = medida do segmento ON
Se sen x = 3 e cos x = 4 , temos que: Cada número real x corresponde a um único ponto
5 5' P, extremidade do arco AP de medida x. Cada ponto
P, por sua vez, corresponde a uma única ordenada
3 chamada seno de x. A função de R em R que a cada
senx
tgx = cos 5 3 5 3 número real x associa a ordenada do ponto P é, por
x " 4 = 5·4 = 4
5 definição, a função seno.
Simbolicamente:
3 𝑓: R → R
Se tg x = 4 , temos que: x ↦ sen x
4
Se cos x = 5 , temos que: N
X
1 1 5 5 senx
sec x = cos x " 4 =1· 4 = 4
O
A
5
1 1
cossec x = senx " 3 =1· 5 = 5 P
3 3 N
MATEMÁTICA
x A
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS O
M
Função Seno
π P N
0<x<
2
cateto oposto MP ON
sen x = = = ON 0 < sen x < 1
hipotenusa OP 1
x=0
O≡N A
P
senx = 0
O≡N
A≡P
180° < x < 270°
O A
senx = 0
O A
O A
O A O A
N P
𝑓: R → R
x ↦ cos x
X
cosx
O
senx = 0 A
M
1 X
O
- π 3π M A
2 2
-2π -π 0 π π 2π
- 3π
2 2
-1
Figura 17. Circunferência de raio r com eixo dos cossenos, arcos e
triângulos retângulos
Figura 15. Função Seno
De fato, se:
Ainda, o conjunto imagem é {y ∈ R/–1 ≤ y ≤ 1}. π
Assim, pode-se concluir que a função seno é: 0<x<
2
z Positiva no primeiro e segundo quadrantes; Então, P pertence ao primeiro quadrante e além
z Negativa no terceiro e quarto quadrantes; disso OP=1 (raio). Assim sendo, no triângulo OMP
z Crescente no primeiro e quarto quadrantes; retângulo em M, temos:
z Decrescente no segundo e terceiro quadrantes;
z Ímpar, pois sen (-x) = – sen x; cateto adjacente OM OM
z Periódica de período 2 π. cos x = = = = OM
hipotenusa OP 1
Função Cosseno
Enquanto o ponto P percorre a primeira volta, no
sentido anti-horário, o número real x varia de 0º a
O cosseno de um arco trigonométrico AP de extre-
360º e o cosseno de x varia de -1 a 1. Observe, na tabe-
midade P é a abscissa do ponto P. la abaixo, as várias situações possíveis:
x=0
P
A≡P
O O
M A Eixo dos cossenos M
cos x = 1 (máximo)
Figura 16. Circunferência de raio r com eixo dos cossenos
0° < x < 90°
MATEMÁTICA
O M A
A
O≡M P
Função Tangente
P
Consideremos, no ciclo trigonométrico de origem A,
–1 < sen x < 0 o eixo t perpendicular ao eixo x e de origem A, chamado
eixo
*
das tangentes. Seja, ainda, T a intersecção da reta
OP com o eixo t. A tangente do arco trigonométrico AP,
x = 270° de extremidade P, é a medida algébrica do segmento AT.
B T
A P
O M
C O A
P D
234 cos x = 0 Figura 19. Circunferência de raio r com eixo das tangentes
Sendo que tg (AP) = medida do segmento AT. x=0
𝑓: Dx→ R
↦ tg x 0° < x < 90°
P T
Onde:
π O A
D=R–{ +kπ, com k ∈ Z} tal que f(x) = tg x = AT.
2
A definição é coerente com aquela apresentada no
triângulo retângulo.
tg x > 0
x = 90°
P
T
tgx O
x A
O
A
∄ tg x
T O A
P
x
T
O tg x < 0
A
x = 180°
cateto oposto AT AT
tg x = = = = AT
cateto adjacente OA 1 O A
O A
P T
tg x < 0
Figura 58. Esfera de raio r inscrita em um cubo de aresta a.
tg x = 0
π
f: R – { +kπ ,com k ∈ Z} → R
2
y = tgx
MODELOS EXPONENCIAIS E
LOGARÍTMICOS
FUNÇÃO EXPONENCIAL
z x = 0 → 𝑓(0) = a0 = 1;
z 𝑓(x) = ax é crescente para a > 1, ou seja, x1 < x2 → Figura 17. Gráfico da Função Exponencial, (a) crescente (𝑓(x) = 2x) e
𝑓(x1) < 𝑓(x2); (b) decrescente (𝑓(x) = (0, 5)x ).
z 𝑓(x) = ax é decrescente para 0 < a < 1, ou seja, x1 <
x2 → 𝑓(x1) > 𝑓(x2); Equações Exponenciais
z n ∊ ℤ e a > 1, então 𝑓(n) = an > 1 se, e somente se, n
> 0; Equações exponenciais são aquelas equações onde
z a ∊ ℝ, a > 1 e r ∊ ℚ, então 𝑓(r) = ar > 1 se, e somente a incógnita x está no expoente, como: 2x = 32 e 2x – 4x
se, r > 0; = 2.
z a ∊ ℝ, a > 1 e r, s ∊ ℚ, então as > ar se, e somente se, A forma de solucionar a equação exponencial é
s > r; deixando todas as potências com a mesma base, como
z a ∊ ℝ, a > 1 e α ∊ {ℝ –ℚ}, então aα > 1 se, e somente
a 𝑓(x) = ax é injetora, podemos dizer que potências
se, α > 0;
iguais e de mesma base têm expoentes iguais, ou seja,
z a ∊ ℝ, a > 1 e b ∊ ℝ, então ab > 1 se, e somente se, b
> 0; ax = ay ⇔ x = y, (a ∊ ℜ*+ –{1})
z a ∊ ℝ, a > 1 e x1, x2 ∊ ℝ, então ax1 > ax2 se, e somente Seja a equação exponencial 2x = 128, temos a solu-
se, x1 > x2; ção o valor de x igual a:
MATEMÁTICA
z aloga b = b;
Inequações Exponenciais
z loga b = loga c ⇔ b = c;
Inequações exponenciais são aquelas inequações
onde a incógnita x está no expoente, como: 2x > 32 e
2x – 4x < 2. z b > 0 e c > 0 → loga (b · c) = loga b + loga c, que pode
A forma de solucionar a inequação exponencial é ser generalizada para:
x x
deixando todas as potências com a mesma base, como 1n 1 n
a 𝑓(x) = ax é crescente com base (a > 1) e decrescente 52a1≥Πbi ≥125
log = Σ log b , n ≥ 2;
com base (0 < a < 1), podemos dizer então que a desi- 5i =1 5 i = 1 a i
gualdade se mantém para as potências quando a fun- x x
1b1
ção é crescente e inverte quando é decrescente, ou seja: z b > 0 e c > 0 5 →2log
1 ≥a ≥ 125a b – loga c, então loga
= log
x x 5c5
a > 1 → ax > ay ⇔ x > y; 111
0 < a < 1 → ax > ay ⇔ x < y 521 ≥ ≥ = –125loga c;
5c5
Seja a inequação exponencial 2x < 32 (crescente), z α ∊ ℝ → loga bα = α · (loga b);
temos a solução igual a:
1
521 ≥ 5≥2≥125≥→ ≥≥5 125
1125 → (5 ) 3 –1 x
≥ 53 → 5–x ≥ 53 z a ≠ 1, b ≠ 1 loga b = ;
55 55 loga a
5–x ≥ 53 → – x ≥ 3 → x ≤ –3 1
z β ∊ ℝ* logaβ b = loga b ;
S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3} β
x x x x x x x x
111 x 111 x 111 x 111 –3 Definição, Características, Domínio, Imagem e
521 ≥ ≥≥125
521→≥ ≥≥125
125 5523 →
1 ≥ 5 ≥2≥1125
≥ ≥ 125
555 555 555 555 Gráfico
do eixo y, pois x > 0. Além disso, temos que o ponto de logo, 𝑓(x) > 0, ⩝ x ∊ ℜ
encontro da curva com o eixo x, é no ponto (x, y) = (1,
0), x = 1 → 𝑓(1) = loga 1 = 0. Assim, o gráfico para duas log4 (2x2 + 5x + 4) = 2 → 2x2 + 5x + 4 = 42 →2x2 + 5x + 4
funções logarítmicas, crescente (a > 1) e decrescente (0 = 16 → 2x2 + 5x – 12 = 0
< a < 1), segue como na Figura 18.
∆ = b2 – 4ac = 52 – 4 · 2 · (–12) = 25 + 96 = 121
– b – √∆ b
– 5 – √121
f
x ( x
= )
= ax + b > 0 →
= x > − ; = –4
2 ·a
1
2a 2
– b + √∆
fx( x==) ax b
– 5 +√121 3
+b < 0 → = x<− ; =
2
2a 2 ·a2 2
b b
; − > x → 0 > b + x
a f (=
)xx=
)(3f ax
+b > 0 → x > − ;
a a
b S = – 4,
; − < x → 0 < b + x
a f (= )(2f
)xx= +b < 0 → x < − b;
ax
a
a
Inequações Logarítmicas
b
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
𝑓(x) > g(x) se a > 1
a
loga 𝑓(x) > loga g(x) ⇔
b
f ( x=
0 < 𝑓(x) < g(x) se 0 < a < 1
) ax + b < 0 → x < − ;
a
ou
b
Figura 18. Gráfico da Função Logarítmica, (a) crescente (𝑓(x) = log2 f ( x=
) kax + b > 0 → x > − ;
𝑓(x) > a se a > 1
a
x) e (b) decrescente (𝑓(x) = log½ x). loga 𝑓(x) > k ⇔
b
f ( x=
0 < 𝑓(x) < a se 0 < a < 1
) ax k+ b < 0 → x < − ;
a
Equações Logarítmicas b
0 < 𝑓(x) < a se a > 1
f ( x=
) ax k+ b > 0 → x > − ;
a
Equações logarítmicas são aquelas equações do loga 𝑓(x) > k ⇔
f ( x= b
) kax + b < 0 → x < − ;
𝑓(x) > a se 0 < a < 1
a
tipo: loga 𝑓(x) = loga g(x) ou loga 𝑓(x) = α, α ∊ ℝ e com
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
A forma de solucionar a equação logarítmica é Seja a inequação logarítmica log2 (2x2 – 5x) ≤ log23,
deixando os logaritmos com a mesma base, e igualan- para acharmos a solução primeiro fazemos o estudo
do as função 𝑓(x) = g(x) > 0 ou aplicando propriedade do sina de 𝑓(x) = 2x2 – 5x:
inversa e transformando em equação exponencial,
MATEMÁTICA
log 2,3 → c = 0 b
b f ( x =) ax +
log 31,421 → c = 1 b > 0 → x > − ;
fx( x==) – ax
(–5) + √49
+ b < 0 →= x 3< − ; a
1
2·2 a x>1
flog( x204 →c=2 b
=) ax + b < 0 → x < − ;
Como para a g(x) = 2x2 – 5x – 3 temos a > 0 e ∆ > 0, log 6542,3 → c = 3 a
então a solução para g(x) ≤ 0 é:
log 0,2 → c = –1 b
;
b
− >
x
f (x
→ 0=)> b
ax 1ab >=)0x (→
++
x
x > −
f
b
;
flog( x0,035
=) ax + b > 0 → x > − ;
→ c = –2 a
0<x<1
a a
b 2=
S x∊ℜ|– ≤x≤3
; − < →
x 0=
f (x )< b
ax 2ab <=)0x (→
x
++ f
x< −
b
;
flog( x0,00405 → c = –3 b
a
a
=) ax + b < 0 → x < − ;
log 0,00053 → c = –4 a
Assim, a solução da inequação logarítmica log2
(2x2 – 5x) ≤ log2 3 é dada pela intersecção das soluções
Ou seja, o c é a quantidade de algarismos da parte
acima:
inteira menos 1 em caso de x > 1 e para 0 < x < 1 é o
oposto (negativo) da quantidade de zeros (inclusive o
b b
f ( x;=
) − ax1+xb→
> >0> →bx 5a− a=);x ( f
x
+>
zero antes da vírgula!) que precede o primeiro alga-
a
S = S1 ⌒ S2 = x ∊ ℜ | –
b ≤ x < 0 ou <bx ≤ 3 rismo significativo.
f ( x=)
; ); x ( f
a
ax
− 2+xb→
< <0< →bx+<2a
x − =
a
Sendo a mantissa tabelada para N = 234 (m =
0,3692), Tabela 1, c = 1, assim o valor do log 23,4 = c +
E na inequação logarítmica log2 (3x + 5) > 3, temos: m = 1 + 0,3692 = 1,3692.
5 11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755
𝑓(x) = 3x + 5 > 0 → x > – 12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106
3
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430
14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732
Como a solução x > 1 é também maior que:
15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014
5 16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
x>– 17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529
3
18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
Logo temos o intervalo de solução para x sendo:
S = {x ∊ ℜ | x > 1} 20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
Logaritmos Decimais
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
São funções logarítmicas onde a base a = 10, ou 23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
pode ser escrita como potência de base 10, como: log10 24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
𝑓(x) ou log10α 𝑓(x), α ∊ ℝ*. Pode-se ter também a nota-
240 ção: log10 𝑓(x) = log 𝑓(x), onde não há a necessidade de 25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
Mantissas maior imagem para a função J, como o coeficiente
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 a< 0, a concavidade está voltada para baixo e o seu
ponto de máximo será o:
26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
∆ 64
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456 yvértice = – =– = 16
28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
4a 4 · (–1)
29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757 Fazendo a diferença na ordem mencionada temos:
16 – (–20) = 16 + 20 = 36. Resposta: Letra C.
30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
2. (FCC – 2019) Em uma negociação salarial, o sindicato
31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
representativo dos trabalhadores de uma empresa de
32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172 alta tecnologia em manufatura de peças para compu-
33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302 tadores pediu 31,25 reais por hora de trabalho mais
34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
uma taxa adicional por empreitada de 7,05 reais por
unidade inteira fabricada em cada hora. A empresa por
sua vez ofereceu 12,03 reais por hora trabalhada mais
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
12,03 reais por taxa de empreitada por unidade intei-
36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670 ra produzida por hora. Na audiência de negociação,
37 5882 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786 foram estabelecidas equações para o salário por hora
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899 de cada uma das propostas em termos de n, o número
inteiro de peças produzidas por hora. O valor por hora
39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010
trabalhada mais a taxa de empreitada que a empresa
ofereceu só é maior que o valor solicitado pelo sindi-
40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117 cato quando:
41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325 a) n<2.
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
b) n=2.
c) n=3.
44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522 d) n<3.
e) n>3.
45 6532 6542 6551 6561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
46 6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 6702 6712 Inicialmente temos as seguintes funções para sindi-
47 6721 6730 6739 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803 cato e empresa, respectivamente:
yS = 31,25t + 7,05n
48 6812 6821 6830 6839 6848 6857 6866 6875 6884 6893
yE = 12,03t + 12,03n
49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981 Para a empresa ser maior que a do sindicato temos:
yE > ys → 12,03t + 12,03n > 31,25t + 7,05n
50 6990 6998 7007 7016 7024 7033 7042 7050 7059 7067 Deixando em função de número de peças produzi-
51 7075 7084 7093 7101 7110 7118 7126 7135 7143 7152 das por hora temos:
52 7160 7168 7177 7185 7193 7202 7210 7218 7226 7235
12,03n – 7,05n > 31,25t – 12,03t → 4,98n > 19,22t →
n > 3,86t
53 7243 7251 7259 7267 7275 7284 7292 7300 7308 7316 Logo, para o valor da empresa ser maior que a do
54 7324 7332 7340 7348 7356 7464 7372 7380 7388 7396 sindicato os funcionários terão que produzir mais
que três peças por hora trabalhada, ou seja, n>3.
Tabela 1. Exemplo de tabela de Mantissas para valores de 100 a 549 Resposta: Letra E.
(IEZZI; MURAKAMI, 1977).
3. (FCC – 2016) O valor da expressão log2 16 + log4 8 +
log8 4 é igual a:
EXERCÍCIOS COMENTADOS a) 5.
b) 23/2.
c) 37/6.
1. (FCC – 2018) Inicialmente o domínio da função y = –
d) 5/4.
x² + 2x + 15 é o conjunto dos números reais e essa
e) 41/8.
função será chamada de função J. Uma outra função,
K, também dada por y = −x² + 2x + 15, tem como domí-
Resolvendo deixando todos log na mesma base:
nio o conjunto {−4,−3,−2,3,4,5,6,7}. A diferença entre a
log2 16 + log4 8 + log8 4 = log2 24 + log 22 23 + log23 22
maior imagem da função J e a menor imagem da fun-
ção K, nessa ordem, é igual a: 3 2
= 4log2 2 + log2 2 + log2 2
a) 18. 2 3
MATEMÁTICA
a) 20 anos. REFERÊNCIAS
b) 25 anos.
c) 50 anos. DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e
d) 15 anos. aplicações. 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. 3 v.
e) 10 anos.
IEZZI, Gelson et al. Fundamentos de Matemática
Resolvendo deixando todos log na mesma base: Elementar. 3. ed. São Paulo: Atual, 1977. 10 v.
P = 2000 · 50,1t → 50000 = 2000 · 50,1t → 50,1t
50000 50 IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplica-
= = = 25 ções. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 3 v.
2000 2
50,1t
= 25 = 5 → 0,1t = 2 →
2 LEONARDO, Fabio Martins de et al. Conexões com
a Matemática. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016. 3
2 2 10 v.
t= = =2· = 20 anos
0,1 1 1
PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática. 2. ed. São
10 Paulo: Moderna, 2010. 3 v.
Resposta: Letra A.
SOUZA, Joamir Roberto de; GARCIA, Jacqueline
da Silva Ribeiro. #Contato Matemática. 1. ed. São
5. (FAFIPA – 2016) Os valores de x que satisfazem a ine-
Paulo: FTD, 2016. 3 v.
quação (x2 + 2x -15 / x + 2 )≤ 0 pertencem a:
a) (-∞-5]U[-2,3].
b) (-∞-5]U(-2,3].
c) (-∞-5]U(-2,3). PRINCÍPIOS DE CONTAGEM
d) (-∞-5)U[-2,3].
Um método muito utilizado na resolução de pro-
Para a razão ser negativa existem dois conjuntos de blemas matemáticos e probabilísticos é a teoria de
soluções possíveis: contagem e análise combinatória. Nela, desenvolvem-
1º) x2 + 2x – 15 ≥ 0 e x + 2 < 0: -se técnicas de contagens de agrupamentos formados
x < –2 sob condições pré-estabelecidas.
x2 + 2x – 15 ≥ 0 À primeira vista pode parecer desnecessário o uso
∆ = b2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64 de técnicas de contagem de números ou elementos,
mas nem sempre a quantidade de elementos encon-
– b – √∆ –2–8 b trada é pequena e nem trivial de enumerar, então a
fx( x==) ax2a+ b > 0= → x2> − a=;–5
1 aplicação de métodos de contagem se faz necessário.
Suponha que se queira contar a quantidade de ele-
–2 + 8 b mentos de um conjunto A, sendo ele um conjunto fini-
fx( x==) – ax
b + √∆
+ b < 0= → x < − =; 3 to de números de dois algarismos distintos, formados
2
2a 2 a a partir dos dígitos 1, 2 e 3. Nesse caso, o número de
Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e a con- elementos do conjunto A é de fácil enumeração, bas-
cavidade voltada para cima assim para que a função tando formar todos os elementos e depois fazer a con-
quadrática seja positiva a solução é em S1 = {x ∊ ℜ | – tagem. Logo, A={12,13,21,23,31,32} e assim o número
5 ≤ x ou x ≥ 3} mas também deve satisfazer a solução de elementos de A é n(A)=6. O mesmo não ocorre para
S2 = {x ∊ ℜ | x < –2}, assim, S1 ⌒ S2 = {x ∊ ℜ | x ≤ –5}. o número de elementos do conjunto B com a lei de
2º) x2 + 2x – 15 ≤ 0 e x + 2 > 0: formação, sendo este um conjunto finito de números
de três algarismos distintos, formado pelos dígitos
x > –2 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, pois enumerar todos elementos
x2 + 2x – 15 ≤ 0 de B, n(B)=?, agora não é trivial B={123, 124, 125, ...,
∆ = b2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64 876}. Por ser muito grande esse conjunto é necessário
– b – √∆ –2–8 b utilizar uma técnica de contagem, onde veremos que
f
x ( x
= )
= ax + b > 0
= → x > − =;–5 n(B)=336.
1
2a 2 a
FATORIAL
–2 + 8 b
fx( x==) – ax
b + √∆
+ b < 0= → x < − =; 3
2
2a 2 a O fatorial é uma operação matemática utilizada
para simplificar a notação de algumas técnicas de
Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e contagem, como permutação, arranjo e combinatória.
a concavidade voltada para cima assim para que a Sua definição é bem simples: dado um número inteiro
função quadrática seja negativa a solução é em S3 e não negativo, ou seja, n ∈ ℕ, define-se o fatorial de n,
= {x ∊ ℜ | – 5 < x < 3} mas também deve satisfazer com notação de n!:
242
n! = n ∙ (n – 1) ∙ (n – 2) ∙ ... ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1, para n ≥ 2. (a1, b1), ⋯ ,(a1, bn) → n pares
Sendo que, para n=0 ou n=1, temos que os fatoriais (a2, b1), ⋯ ,(a2, bn) → n pares
são, respectivamente, 1! = 1 e 0! = 1.
∙
O cálculo do fatorial de n=5 é 5! ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120, m linhas ∙
mas quando esse n tende a ser grande o cálculo do fato- ∙
rial torna-se mais trabalhoso como para n=12, 12! = 12
(am, b1), ⋯ ,(am, bn)
∙ 11 ∙ 10 ∙ ... ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 479001600. Nesses casos podemos n pares
→
simplificar e usar em algumas operações essa simplifica-
ção para facilitar o cálculo. Assim, temos o fatorial para n+n+⋯+n=m∙n
n=12, 12! = 12 ∙ 11 ∙ 10 ∙ ... 3 ∙ 2 ∙ 1 = 12 ∙ 11!, generalizando
temos:
Suponha que em três cidades, Brasília, Belo Hori-
(n + 1) != (n + 1) ∙ n ∙ (n – 1) ∙ ... ∙3 ∙ 2 ∙ 1 = (n +1) ∙ n! zonte e Rio de Janeiro, existam quatro rodovias que
ligam Brasília a Belo Horizonte e outras cinco rodo-
vias que ligam Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.
(n + 1)!
Nesse sentido, a razão simplificada fica: Usando o princípio multiplicativo podemos saber de
(n – 1)!
quantas formas diferentes podemos chegar ao Rio de
(n + 1)! (n + 1) ∙ n ∙ (n – 1)! Janeiro, saindo de Brasília e passando por Belo Hori-
= = (n + 1) ∙ n = n² +n zonte. Usando a ideia dos conjuntos A e B anteriores
(n – 1)! (n – 1)!
temos o conjunto A ligando Brasília a Belo Horizonte e
o conjunto B ligando Belo Horizonte ao Rio de Janeiro:
Com n ∈ ℕ temos que aplicando essa ideia na razão
13!
temos: A = {a₁, a₂, a₃, a₄} e B = {b₁, b₂, b₃, b₄, b₅}
11!
(a1, b1), ⋯ ,(a1, b5) → 5 pares
A = {a₁, a₂, a₃, a₄, a₅, a₆, a₇, a₈} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} Arranjos
→ B = {123, 124, 125, ⋯, 876}
(a1, a2, a3), ⋯ ,(a1, a7, a8) → 7 ∙ 6pares (prin- Seja um conjunto de n elementos N = {a1, a2, ⋯, an},
cípio multiplicativo) chamamos de arranjo dos n elementos tomados r a r
(1 ≤ r ≤ n) a qualquer sequência de r elementos ou
(a2, a1, a3), ⋯ ,(a2, a7, a8) → 7 ∙ 6pares toda r-upla formada com elementos de N todos distin-
tos. Denotado por:
8 linhas ∙
∙
∙ An, r =n ∙ (n – 1) ∙ ... ∙[n – (r – 1)]
r fatores
(a8, a1, a2), ⋯ ,(a8, a7, a6) → 7 ∙ 6pares
7 ∙ 6+7 ∙ 6+ ⋯ +7 ∙ 6=8 ∙ 7 ∙ 6 = 336 Com simplificação fatorial temos:
BINÔMIO DE NEWTON
n!
P n₁, n₂, ⋯, nr
=
n
n1!n2! ⋯ nr! Desenvolvimento, coeficientes binomiais e termo
geral
Suponha que se deseja saber quantos anagramas
podem ser construídos com a palavra ARARAQUARA? Usamos as técnicas de contagem como o diagra-
Então, usando a definição de permutação com repe- ma de árvore e o princípio fundamental da contagem
tição, da palavra temos 10 letras e duas delas com para obter o desenvolvimento do binômio (x + a)n com
repetição: n ∈ N e x, a ∈ ℝ. 245
Alguns casos particulares já são conhecidos: Usando o binômio cúbico e reescrevendo ele em
forma de combinações temos o seguinte: do binômio
z (x + a)0 = 1; (x+a)3 = (x+a) ∙ (x+a) ∙ (x+a), se escolhermos um ter-
mo de cada fator, obteremos três termos (um em cada
z (x + a)1 = x + a;
fator), que são multiplicados entre si: x3, x2a, xa2 e a3,
z (x + a)2 = x2 + 2xa + a2; ou seja, o diagrama de árvore está na coluna “Produ-
z (x + a)3 = x3 + 3x2a + 3xa2 + a3 . to”. Assim, o primeiro deles x3 só pode ser obtido de
uma única forma que é com a escolha de x para os três
Mas para todo n inteiro, positivo, quanto maior o n fatores. Logo, o coeficiente de x3 no desenvolvimento
mais trabalhoso fica: do binômio é 1 ou C3,0.
Para o termo x2a, a quantidade de produtos do tipo
x2a no diagrama de árvore foi igual a três, onde duas
(x + a)n =(x + a) ∙ (x + a) ∙ ... ∙ (x + a) são iguais a x e uma igual a a, da permutação com
r fatores repetição temos:
(x+a)3 = C3,0x3+C3,1x2a+C3,2xa2+C3,3a3.
onde Cn,0, Cn,1, Cn,2, ..., Cn,p, ..., Cn,n são chamados de
coeficientes binomiais.
Por fim, o termo geral a partir do desenvolvimen-
Assim, a soma de todos os produtos é: x ∙ x+x ∙ a+a to do Teorema Binomial é:
∙ x+a ∙ a=x2+2xa+a2.
Para (x+a)3 = (x+a) ∙ (x+a) ∙ (x+a), o mesmo (x+a)n = Cn, p xn – p ap
raciocínio:
No desenvolvimento do binômio (1 – 2x2)5, qual o
coeficiente de x8? O termo geral do binômio é:
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (IBADE – 2018) O termo independente de x no desen-
( )
9
1
volvimento do binômio de Newton x + é:
x2
a) 72.
b) 78.
c) 80.
Assim a soma de todos os produtos é: x ∙ x ∙ x+x ∙ x ∙ a+x ∙ d) 84.
e) 92.
246 a ∙ x+x ∙ a ∙ a+a ∙ x ∙ x+a ∙ x ∙ a+a ∙ a ∙ x+a ∙ a ∙ a=x3+3x2a+3xa2+a3
( ) 1
9
em cada grupo e esse número seja o maior possível,
No desenvolvimento do binômio x+ , o então a diferença entre o número de empresas do
x2 polo A em relação a B é de 18. Retirando esses 18 do
termo independente é aquele cuja a potência é nula, polo B temos os dois polos com a mesma quantidade
assim o termo geral do binômio é: de empresas, 54 tanto para A quanto para B. Desses
() 1
p
54 podemos distribuir grupos de 18 empresas para
C9,p x9 – p = C9,p x9 – p (x –2)p = C9,p x9 – p x –2p = cada polo, ficando então 3 grupos de 18 empresas
x2 para o polo A e B, sobrando mais um grupo de 18
C9,p x9 – p –2p = C9,p x9 –3p empresas só do polo B, assim, o polo A ficou com 3
grupos de 18 empresas e o polo B com 4 grupos de
9 – 3p = 0 → p = 3
18 empresas.
C9,3 x9 – 3∙3 = C9,3x0 = C9,3∙ 1 = 84 Logo, número de grupos formados por 18 empresas
Logo, o coeficiente do termo independente, x0, é 84. desses polos foi de 7. Resposta: Letra D.
Resposta: Letra D.
4. (QUADRIX – 2017) Um anagrama de determinada
2. (COMPERVE – 2017) Sete amigos montaram um gru- palavra é uma “palavra” — que pode ou não ter signifi-
po com o objetivo de estudar para um concurso públi- cado — formada pelas mesmas letras da palavra dada
co, mas estabeleceram a seguinte ressalva: o estudo inicialmente. Assim, a quantidade de anagramas que
só aconteceria se pelo menos três deles estivessem se pode formar com a palavra TERRACAP, de modo
presentes. O número de maneiras distintas que esse que as quatro primeiras letras sejam os anagramas de
grupo pode se reunir e estudar é: RRAA — as letras repetidas da palavra dada — é:
d) 5000.
a) 3.
e) 5100.
b) 5.
c) 6.
Nesse caso, temos que para realização da cirurgia
d) 7.
são necessários 6 profissionais, dentre eles 2 cirur-
e) 9.
giões, 1 anestesista e 3 enfermeiros. Dispomos de
um total de 19 profissionais, sendo 5 cirurgiões, 4
Seja o número de elementos dos conjuntos de empre-
anestesistas e 10 enfermeiros, logo esses últimos são
sas dos polos A e B, respectivamente, n(A) = 72 e n(B)
nossos n, nc = 5; nanest = 4; nenf = 10,, já os necessários
= 54, se devemos ter o mesmo número de empresas 247
na cirurgias nossos r, rc = 2; ranest = 1; renf = 3. Para valores. Veja, ainda, que foi analisada uma amostra de
contar a quantidade de combinações possíveis em 60 pessoas, das quais 34 eram homens e 26 mulheres.
cada grupo de profissionais usaremos a técnica de Estes são os valores de frequências absolutas. Pode-
combinatório, visto que a troca de posição ou de mos ainda representar as frequências relativas (per-
ordem dos profissionais não interfere, ou seja, são centuais): sabemos que 34 em 60 são 56,67%, e 26 em
subconjuntos semelhantes ou iguais. E por fim, apli- 60 são 43,33%. Portanto, teríamos:
camos o princípio multiplicativo para obter todos
resultados possíveis:
Cir e Cir e Anest e Enf e Enf e Enf VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS
RELATIVAS (Fri)
C5,2 C4,1 C10,3
Masculino 56,67%
C5,2 ⨉ C4,1 ⨉ C10,3 = 10 ⨉ 4 ⨉ 120 = 4800 Resposta:
Letra B. Feminino 43,33%
IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplica- VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi)
ções. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 3 v. 1,51m 12
1,54m 17
LEONARDO, Fabio Martins de et al. Conexões com
1,57m 4
a Matemática. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016. 3
1,60m 2
v.
1,63m 10
PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática. 2. ed. São 1,67m 5
Paulo: Moderna, 2010. 3 v. 1,75m 13
1,81m 15
SOUZA, Joamir Roberto de; GARCIA, Jacqueline 1,89m 2
da Silva Ribeiro. #Contato Matemática. 1. ed. São
Paulo: FTD, 2016. 3 v. Quando isto acontece, é importante resumir os
dados de maneira que fique mais fácil para uma leitu-
ra e interpretação da tabela. Na ocasião, vamos criar
intervalos que chamaremos de “Classes”.
ANÁLISE DE DADOS
CLASSE FREQUÊNCIAS (FI)
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TABELAS E
GRÁFICOS APRESENTADOS EM DIFERENTES 1,50 | - 1,60 33
LINGUAGENS E REPRESENTAÇÕES 1,60 | - 1,70 17
1,70 | - 1,80 13
A apresentação de dados estatísticos por meio de
tabelas e gráficos fazem parte do ramo da Estatística 1,80 | - 1,90 17
Descritiva. Esta tem por objetivo descrever um con-
junto de dados, resumindo as suas informações prin- O símbolo “|” significa que o valor que se encontra
cipais. Para isso, as tabelas e gráficos estatísticos são ao seu lado está incluído na classe. Por exemplo, 1,50
ferramentas muito importantes.
| - 1,60 nos indica que as pessoas com altura igual a
1,50 são contadas entre as que fazem parte dessa clas-
Tabelas
se, porém as pessoas com exatamente 1,60 não são
Para descrever um conjunto de dados, um recurso contabilizadas.
muito utilizado são tabelas, como essa a seguir, refe- Veja a seguir novamente a última tabela, agora
rente à observação da variável “Sexo dos moradores com a coluna de frequências absolutas acumuladas à
de São Paulo”: direita:
Gráficos Estatísticos
IDADE X FREQUÊNCIA
Histograma
1,64 7
1,71 10
Interpretando a fórmula, temos uma lista de
1,77 15
números (x1, x2, x3, ..., xn) com pesos respectivos (p1, p2,
p3, ..., pn), então, a média aritmética ponderada é dada 1,80 5
pela fórmula apresentada acima.
Veja um exemplo: Um aluno prestou vestibular 1,81 2
para Engenharia e realizou provas de matemática,
1,89 1
Física, Química, História e Biologia. Suponha que o
peso de Matemática seja 4, de Física seja 4, de Química
Na tabela acima, a maior frequência (15) está asso-
seja 2, de História seja 1 e de Biologia seja 1. Suponha
ciada à altura 1,77. Portanto, a moda é 1,77.
ainda que o estudante obteve as seguintes notas:
Mediana
MATÉRIAS NOTAS (XI) PESO (PI)
Vamos analisar uma questão de concurso para O cálculo do desvio médio com dados agrupados é
sabermos como esse assunto é cobrado nas provas. feito multiplicando cada desvio (em módulo) pela sua
respectiva frequência, somando os resultados e divi-
dindo por n.
EXERCÍCIO COMENTADO Variância
1. (VUNESP – 2015) Uma pequena empresa que empre-
ga apenas cinco funcionários paga os seguintes salá-
rios mensais (em mil reais):
do salário de quem ganha R$ 1.400,00 mensais é todos os valores, e dividir por “n”, que é a quantidade
de elementos. A variância é representada simbolica-
a) −1.000. mente por 2.
b) −400.
c) 0. Desvio Padrão
d) 200.
e) 400. O desvio padrão está inteiramente ligado a variân-
cia. O desvio padrão é a raiz quadrada da variância. A
Primeiro, vamos calcular a média salarial (Ms): sua representação simbólica é dada por σ. 251
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância ( É muito comum que o coeficiente de variação seja
2 expresso em porcentagem.
v = v ). A variância é o quadrado do desvio padrão
Logo, se σ = 1 cm e x = 10 cm, temos:
v2 ).
Só há dois casos em que a variância e o desvio Cv = 1 / 10 = 0,10 = 10%.
padrão são iguais, que é quando ambos valem zero ou
ambos valem 1, isso porque 02 = 0 e 12 = 1. Variância Relativa
Vale ressaltar, também, que a variância e o desvio
padrão só serão iguais a zero se todos os elementos Uma outra medida de dispersão que podemos fa-
forem iguais. Se os elementos forem todos iguais, lar, ainda, é a variância relativa. A variância relativa é
todos os desvios serão iguais a zero. Consequentemen- simplesmente o quadrado do coeficiente de variação.
te, a variância será nula e também o desvio padrão. Pode ser representada simbolicamente por Vr = (Cv)2.
Usando o mesmo exemplo anteriormente, temos:
Importante! Se σ = 1 cm e x = 10 cm, temos:
Quando os dados são todos iguais, não há dis- Cv = 1 / 10 = 0,10 = 10%.
Logo, Vr = (1/10)2 = 1/100 = 0,01 = 1%.
persão. Todas as medidas (desvio médio, variân-
cia, desvio padrão etc.) são iguais a zero.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Vamos analisar dois exemplos em que foram
cobrados esses tópicos em concurso público. Observe: 1. (VUNESP – 2018) A tabela a seguir mostra o núme-
ro de funcionários que faltaram ao trabalho nos cinco
z ( VUNESP – 2019) O desvio padrão dos valores 2, 6, dias de uma semana em determinada empresa.
4, 3, e 5 é, aproximadamente,
NÚMERO DE
a) 2,00. DIAS DA SEMANA FUNCIONÁRIOS
b) 1,83. FALTANTES
c) 1,65.
2ª feira 13
d) 1,41.
e) 1,29. 3ª feira 9
4ª feira 6
Vamos calcular a média dos valores:
5ª feira 18
2+6+4+3+5 6ª feira 23
x = =4
5 A média diária do número de funcionários que falta-
Agora, vamos calcular a média dos quadrados: ram ao trabalho na 2a e 6a feiras, desta semana, supera
a média diária do número de funcionários que falta-
22+62+42+32+52 ram na 3a, 4a e 5a feiras, da mesma semana, em
x2= = 18
5 a) 7.
Aplicando a fórmula da variância: b) 8.
σ2 = (Média dos quadrados) – (Média)2 c) 9.
σ2 = 18 – 42 = 18 – 16 = 2 d) 10.
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância: e) 11.
2 =
σ= v 2 b 1, 41. Resposta: Letra D. Vamos calcular a média de segunda e sexta:
(13 + 23) / 2 = 18 funcionários que faltaram ao
z (UFMT – 2017) Um conjunto de dados sobre a pla- trabalho.
quetopenia de pacientes com dengue tem variân- Agora, vamos calcular a média de terça a quinta:
cia igual a zero. Pode-se concluir que também vale (9 + 6 + 18) / 3 = 11 funcionários que faltaram ao
zero trabalho.
Como a questão quer a diferença, fica:
a) a média. 18 – 11 = 7. Resposta: Letra A.
b) o desvio padrão.
c) a mediana. 2. (CESPE-CEBRASPE – 2015) A equipe de atendentes
d) a moda. de um serviço de telemarketing é constituída por 30
empregados, divididos em 3 grupos, que trabalham de
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância. Se acordo com a seguinte escala.
a variância é igual a zero, então, o desvio padrão
2 = Grupo I: 7 homens e 3 mulheres, que trabalham das 6
vale σ = v 0 = 0 . Resolução: Letra B.
h às 12 h.
Grupo II: 4 homens e 6 mulheres, que trabalham das 9
Coeficiente de Variação
h às 15 h.
Grupo III: 1 homem e 9 mulheres, que trabalham das
O coeficiente de variação é a razão entre o desvio 12 h às 18 h. A respeito dessa equipe, julgue o item
padrão e a média, o qual pode ser calculado usando a que se segue.
252 seguinte fórmula: Cv = σ / x .
Se, nesse serviço de telemarketing, a média das ida- número par. Assim, a mediana será a média aritmé-
des das atendentes for de 21 anos e a média das ida- tica entre os dois termos centrais: o sétimo (39) e o
des dos atendentes for de 31 anos, então a média das
oitavo (41). Veja: Md = (39+41) / 2 = 40.
idades de todos os 30 atendentes será de 26 anos.
A mediana é 40. Resposta: Letra B.
( ) CERTO ( ) ERRADO
5. (IESES - 2019) Assinale a alternativa que representa a
Total de Homens: 7 + 4 + 1 = 12. nomenclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.
Média dos homens = 31.
Média = Soma de todas as idades dos homens/Quan-
tidade de homens
31 = Soma total / 12
Soma total = 372
Total de mulheres é 3 + 6 + 9 = 18.
Média das mulheres = 21
Média = Soma de todas as idades das mulheres /
Quantidade de mulheres
21 = Soma total / 18
Soma total = 378
Média de todos os atendentes = (372 + 378) /30 = 25
A média das idades de todos os 30 atendentes será
de 25 anos. Resposta: Errado.
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018)
DIA
1 2 3 4 5
X (QUANTIDADES
DIÁRIA DE DROGAS 10 22 18 22 28
APRESENTADAS, EM KG)
A primeira coisa a ser feita é dispor os termos em O primeiro gráfico é um gráfico de colunas ou de
ordem crescente. Ou seja, 18, 20, 20, 25, 30, 36, 39, barras. O segundo gráfico é um gráfico de setores,
41, 41, 41, 45, 47, 50, 52. que também é chamado de “gráfico de pizza”. O
Quando o número de termos é par, precisamos tirar terceiro gráfico é um gráfico de linha. Utilizamos o
a média entre as posições centrais para podermos gráfico de linha para representar séries temporais.
achar a mediana. Temos 14 números, então, é um Resposta: Letra C. 253
3+1 4 5–3 2
GEOMETRIA DO PLANO CARTESIANO xPM = e = 2 e yPM = = =1
2 2 2 2
PONTO PM = (2,1)
Plano cartesiano Sejam três pontos A(x1,y1), B(x2,y2) e C(x3 ,y2), dize-
mos que são colineares quando o determinante deles
Sejam dois eixos (retas) x e y perpendiculares em é nulo:
relação ao ponto O, os quais determinam um plano
α. Chamamos esse plano α de plano cartesiano, sendo
x1 y1 1
o ponto O (0,0) a origem do sistema de coordenadas,
sendo o eixo x (Ox) chamado de abscissa, o eixo y (Oy) x2 y2 1 = 0.
de ordenada e para o ponto P pertencente ao plano α,
x3 y3 1
ou seja, pertencente ao plano cartesiano, suas coorde-
nadas são dadas pelos valores em x e y da projeção do
Ex.: Assim, mostre que os pontos A(1,3), B(2,5) e
ponto aos eixos. Os eixos x e y ainda dividem o plano
C(49,100) não são colineares!
cartesiano em quatro regiões, chamadas quadrantes.
Um ponto pertencente ao eixo x quando o y é nulo,
e vice-versa, quando os valores de x=y ou x=-y, esse x1 y1 1 1 3 1
ponto pertence à bissetriz dos quadrantes, ou seja, os x2 y2 1 =0→ 2 5 1 =0
pontos (2,2) e (-2,-2) são bissetrizes dos quadrantes
x3 y3 1 49 100 1
ímpares, e os pontos (-2,2) e (2,-2) são bissetrizes dos
quadrantes pares. 1 ∙ 5 ∙ 1+3 ∙ 1 ∙ 49+1 ∙ 2 ∙ 100 –1 ∙ 5 ∙ 49 – 3 ∙ 2 ∙ 1–1 ∙ 1 ∙ 100 =
= 5+147+200 – 245 – 6 – 100=352 – 351=1≠0
RETA
Dados os pontos A(x1,y1) e B(x2,y2), o ponto médio A equação geral ainda pode ser reescrita na forma
de AB é dado por: reduzida:
xPM =
x1 + x2
2
e
y1 + y2
2
b≠0→y=
( ) ( )
–
a
b
x+ –
c
b
a c
Assim, o ponto médio do segmento AB, A(3,5) e B(1- → y = mx + q; m = – eq=–
254 3), anterior é: b b
{
Ex.: Sejam os pontos A(7/2,5/2) e B(-5/2,-7/2),a equa- r : a1x+b1y+c1 = 0
ção da reta definida por eles é: S
s : a2x+b2y+c2 = 0
a = y1 – y2 =
5
2
–
( ) –
7
2
=
5
2
+
7
2
=6 r∩s=Ø→
a1
a2
=
b1
b2
≠
c1
c2
c = x1y2 – x2y1 =
7
2
∙
( )( )
–
7
2
– –
5
2
∙
5
2
= S
{ r : x+2y+3=0
s : 3x+6y+1 = 0
49 25 24 a1 b1 c1 1 2 3
=– + =– = –6 = ≠ → = ≠
4 4 4 a2 b2 c2 3 6 1
ax + by + c = 0 → 6x – 6x – 6 = 0 ⟺ x – y – 1 = 0
Dica
Na forma reduzida temos:
Para a reta r:x+2y+3=0 podemos encontrar
a equação das retas paralelas a r, bastando
a 6 c –6
b≠ 0 → m = – =– = 1;q = – =– = –1 que os coeficientes a e b das retas paralelas
b –6 b –6
a b
sejam proporcionais a 1 e 2, ou seja, = .
y = mx + q → y = x – 1
1 2
Assim, a reta t:2x+4y+2=0 também é uma reta
Temos ainda a equação da reta passando por um
ponto P(x0,y0): paralela a r.
{
vendo o sistema de equações (S) das retas encontra-se
o ponto comum às retas. r : a1x+b1y+c1 = 0 → y = m1x+q1
s : a2x+b2y+c2 = 0 → y = m2x+q2
S
{ r : a1x+b1y+c1 = 0
s : a2x+b2y+c2 = 0
Então a relação dos coeficientes angulares das
equações das retas para que elas sejam perpendicu-
lares é:
Ex.: Sejam duas retas:
r ⟘ s ⟺m1 ∙ m2 = –1
r : x+2y – 3 = 0 e s: 2x+3y – 5 = 0
Se a reta r:y=x+2 é perpendicular à reta s, e saben-
Então o ponto P(x0,y0) de interseção entre elas é: do que a reta s passa pelo ponto (3,2), qual seria a
equação da reta s?
S
{ r : x+2y – 3=0
s : 2x+3y – 5=0
{ r : y = x+2 → m1=1
s : y = m2x+q2
r : x= – 2y+3 [I]
m = tgα
y2 – y1
{ r : ax+by+c1 = 0
s : ax+by+c2 = 0
P(x0,y0)∈s
→ ax0+by0= –c2
A(x1, y1); B(x2, y2) → m =
x2 – x1 ax0+by0 – c2 c1 – c2
dr,s= =
a √a2+b2 √a2+b2
r : ax + by + c = 0 → m= –
b
Bissetrizes do ângulo entre duas retas
Sendo α o ângulo da reta r com o eixo x, na leitura
anti-horário. Sejam as retas r e s no plano cartesiano, tais que
Se o ângulo é agudo (0º<α<90º) então m é positi- essas retas determinem dois ângulos opostos pelo vér-
vo, se é obtuso (90º<α<180º) então m é negativo, se for tice, assim, as bissetrizes que dividem esses ângulos
nulo então m também é nulo e se for reto então não são dada por:
se define m.
{
Quando duas retas r e s são concorrentes, podemos
determinar o ângulo formado entre elas: r : a1x+b1y+c1 = 0
s : a2x+b2y+c2 = 0
{ r : a1x+b1y+c1 = 0 → y = m1x+q1
s : a2x+b2y+c2 = 0 → y = m2x+q2
a1x+b1y+c1
√a1 +b2
1
2
±
a2x+b2y+c2
√a22+b22
=0
m2 – m1
tgθ = Ex.: Sejam as retas r:3x+3y-1=0 e s:2x-2y+1=0 as
1 + m1 ∙ m2 equações das retas bissetrizes t1 e t2 são:
{
3x+3y –1 2x – 2y+1 3x+3y –1 2x – 2y+1
± =0→ ± =0
√3 +3
2 2
√2 +(–2)2 2
√18 √8
a1 3
r : 3x – y + 5 = 0 → m1 = – =– =3
b1 –1 3x+3y –1 2x – 2y+1
→ ± =0
a2 2 3√2 2√2
s : 2x + y + 3 = 0 → m2 = – =– = –2
b2 1
3x+3y –1 2x – 2y+1
m2 – m1 3 – (–2) – =0→
tgθ = → tgθ = →tgθ= 3√2 2√2
1+m1 ∙ m2 1 + (–2) ∙ 3 t1 :
(6x+6y – 2) – (6x – 6y+3)
5 π = 0 → 12y – 5 = 0
= =1⇒θ= 6√2
–5 4
3x+3y – 1 2x – 2y+1
+ =0→
Distância entre ponto e reta e distância entre duas 3√2 2√2
retas t2 :
(6x+6y – 2) + (6x – 6y+3)
= 0 → 12x+1 = 0
Seja uma reta r:ax+by+c=0 e um ponto P(x0,y0) no 6√2
plano cartesiano, a distância entre a reta r e o ponto
P é:
Área de um triangulo e inequações do primeiro grau
com duas variáveis
ax0+by0+c
dP,r =
√a2+b2 Seja um triangulo cujos vértices são A(x1,y1), B(x2,y2)
e C(x3,y3) como a área do triângulo é base vezes altura
Ex.: Seja o ponto P(-3,-1) e a reta r:3x-4y+8, a distân- divido por 2, então para nosso triângulo no plano car-
256 cia entre o ponto e a reta é: tesiano temos:
1 O estudo do sinal de uma função do primeiro grau
Aδ = ∙ BC ∙ AH é usado para definir a região no gráfico que admite
2 solução para inequações do primeiro grau a duas
incógnitas, pois só admite solução gráfica. Logo a
BC = √(x2 – x3)2 + (y2 – y3)2 regra para estudo do sinal e definição da região de
solução da inequação é a seguinte, dado a função de
x1 y1 1 duas variáveis E(x,y)=ax+by+c:
x2 y2 1
z Primeiro definimos os pontos que anulam o trinômio
x3 y3 1 E(x,y), ou seja, pontos da equação da reta ax+by+c=0;
AH = dA,BC =
√(x2 – x3)2+(y2 – y3)2 z Segundo definimos o sinal de E na origem O(0,0),
ou seja, E(0)=a∙0+b∙0+c=c, assim concluímos que o
sinal de E é o mesmo de c;
z Terceiro atribuímos a E nos pontos do semiplano
1 x1 y1 1 opostos ao sinal anterior, ou seja, contrário de c;
Aδ = ∙ x y 1 z Se a reta contiver a origem O, significa que o c=0,
2 2 2
então os passos 2 e 3 não são válidos, daí o passo
x3 y3 1 2 deve ser um ponto P qualquer fora da reta e a
assim, atribuir o sinal dos planos.
{
em qual plano?
a 1
1) E=0 → r: x – y+1=0 → m = – =– =1
b –1
2) E(0) = c=1>0 →E>0 em rα
3) E< 0 em r β
x1 y1 1 a a+3 1
1 1
Aδ = ∙ x y 1 = ∙ a–1 a 1
2 2 2
2
x3 y3 1 a+1 a+1 1
1
Aδ = ∙ a2+(a+3)(a+1)+(a – 1)(a+1) – a(a+1) – a(a+1)
2
– (a – 1)(a+3)
GEOMETRIA DO PLANO COMPLEXO
1 NÚMEROS COMPLEXOS — REPRESENTAÇÃO
Aδ = ∙ a2+a2+a+3a+3+a2+a – a – 1 – a2 – a – a2 – a
2 (FORMA) ALGÉBRICA DE UM NÚMERO COMPLEXO
MATEMÁTICA
z = a + bi 257
Com: A potência in
A potência in é igual a ir, onde r é o resto da divisão
a∈R de n por 4
a∈R
i=√–1
Ex.: Encontre o valor de i75
{
z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i
Exs.:
z1 = z2 ⟺ a1 = a2 e b1 = b2
a) z = 4 – 6i, Re(z) = 4 e Im(z) = – 6 (número imaginário).
2i 2 Ex.: Se z1 = a + bi e z2 = – 9 + 4i, determine o valor
b) z = , Re(z) = 0 e Im(z) = (número imaginário
5 5 de a e b, sabendo que z1 = z2
puro).
c) z = 12, Re(z) = 12 e Im(z) = 0 (número real).
Como z1 = z2, temos:
Potências de i
a + bi = – 9 + 4i
Sendo i = √– 1, podemos construir as seguintes
relações para as Potências de i: Portanto:
i0 = 1 a=–9eb=4
i4 = i2 ‧ i2 = (– 1) ‧ (– 1) = 1 z = a – bi
z = 5 – 2i ⇒ z = 5 + 2i
Importante! z=i⇒z=–i
z=7⇒z=7
Observe que a cada quatro potências os resul-
tados se repetem, ou seja, as potências de i são Observação: Veja que quando o complexo z tem
cíclicas somente a parte real o conjugado de z (z) será igual a
z. Essa é uma das propriedades do conjugado de um
número complexo, que veremos a seguir.
Como consequência dessa repetição, podemos con-
cluir que só existem quatro valores possíveis para as
potências de i: Propriedades do Conjugado de um Número
Complexo
Se z1 e z2 são números complexos quaisquer, temos Para efetuar a Divisão entre dois números com-
que: plexos é necessário reescrever a divisão como uma
fração e racionalizar o denominador dessa fração.
1) z1 + z2 = z1 + z2
Para fazer a racionalização da fração, multiplicamos
o denominador da mesma pelo seu conjugado. Esta é
2) z1 ‧ z2 = z1 ‧ z2
a regra prática para dividir dois números complexos.
Adição de Números Complexos
z1 z1 z2
= ‧
Sejam dois números complexos z1 = a1 + b1i e z2 = z2 z2 z2
a2 + b2i, a Soma z1 + z2 é o número complexo cujo a
parte real é a soma das partes reais de z1 e z2 e a parte z1
Ex.: Dados z1 = – 1 + i e z2 = 4 – 2i, determine
imaginária é a soma das partes imaginárias de z1 e z2. z2
2) = , (z2 ≠ 0)
z2 |z2|
z1 ‧ z2 = (2 + i) ‧ (5 + 3i)
z1 ‧ z2 = 2 ‧ 5 + 2 ‧ 3i + 5 ‧ i + 3i2 3) |z1 + z2| ≤ |z1| + |z2|
z1 ‧ z2 = 10 + 6i + 5i + 3 ‧ (– 1)
z1 ‧ z2 = 10 – 3 + 11i Plano de Argand-Gauss
z1 ‧ z2 = 7 + 11i
Dado um número complexo z = a + bi, a sua repre-
Frente à equação acima, é importante que você sentação no Plano de Argand-Gauss é através de um
não se esqueça que i2 = – 1 ponto, da seguinte maneira: 259
lm Multiplicação de Complexos na Forma
Trigonométrica
Utilizando o Teorema de Pitágoras, no triângulo z1 ‧ z2 = ⍴1 ‧ ⍴2 ‧ [cos (θ1 + θ2) + i ‧ sen (θ1 + θ2)]
retângulo, obtido no plano Argand-Gauss, temos que:
⍴ = √a2 + b2 [ (
z1 ‧ z2 = 2 ‧ 3 ‧ cos
π
5
+
3π
5 ) + i ‧ sen ( π
5
+
3π
5 )]
Consideremos nesse triângulo retângulo as seguin-
tes relações: z1 ‧ z2 = 6 ‧ cos [ ( ) 4π
5
+ i ‧ sen ( )]4π
5
a
cos θ = ⍴ ⇒ a = ⍴ ‧ cos θ Divisão de Complexos na Forma Trigonométrica
b
sen θ = ⍴ ⇒ b = ⍴ ‧ sen θ
Para efetuar a Divisão entre dois números com-
plexos em sua forma trigonométrica, basta dividir os
Sendo θ = arc tg (b/a) módulos e subtrair os argumentos, ou seja:
⍴ = √a2 + b2 = √12 + 12 = √1 + 1 = √2
Ex.: Dados z1 = 8 ‧ cos
5π
3 (
+ i ‧ sen
5π
3 ) e z2 = 4 ‧
( )
2π 2π z1
Calculando o argumento de z, temos: cos + i ‧ sen , calcular z
3 3
}
2
a 1 1 √2 √2 z1 ⍴1
cos θ = ⍴ = = ‧ = θ = 45º (porque o ponto = ⍴ ‧ [cos (θ1 – θ2) + i ‧ sen (θ1 – θ2)]
√2 √2 √2 2
⇒ P(1,1) pertence ao z2 2
b 1 1 √2 √2
[ ( ) ( )]
sen θ = ⍴ = = ‧ = primeiro quadrante) z1
√2 √2 √2 2 8 5π 2π 5π 2π
cos – –
z2 = 4 ‧ 3 3
+ i ‧ sen
3 3
Logo:
[ ( ) ( )]
z1 3π 3π
cos + i ‧ sen
z = ⍴ ‧ (cos θ + i ‧ sen θ) z2 = 2 ‧ 3 3
z = √2 ‧ (cos 45º + i ‧ sen 45º) z1
O valor de θ, pode ser representado em graus ou = 2 ‧ (cos π + i ‧ sen π)
z2
radianos, por se tratar da medida de um ângulo. Em
muitos casos é mais simples trabalhar com graus ao Potenciação de Números Complexos
invés de radianos, levando em conta os valores do
seno e cosseno dos ângulos notáveis (30º, 45° e 60°). A forma trigonométrica se torna muito útil para
Neste contexto, uma outra resposta possível para o o cálculo de Potência de um número complexo. Para
exemplo acima seria: elevar um complexo a um expoente, basta elevar o
260
z = √2 ‧ ( cos
π
4
+ i ‧ sen
π
4 ) módulo a esse expoente e multiplicar o argumento
pelo mesmo expoente, ou seja:
zn = ⍴n ‧ [cos (n ‧ θ) + i ‧ sen (n ‧ θ)] ⍴ = √a² + b² = √0² +(–8)² = √0 + 64 = √64 = 8
}
a 0
cos θ = ⍴ = 8 =0
Ex.: Calcule (2 + 2i) 5
⇒ θ = 270°
b –8
sen θ = ⍴ = 8 =–1
Primeiramente vamos passar 2 + 2i para a forma
trigonométrica: Então:
{b = 2
a=2
2 + 2i ⇒ z = ⍴ ‧ (cos θ + i ‧ sen θ) = 8 ‧ (cos 270° + i ‧ sen 270°)
( )
}
θ + 2 ‧ kπ θ + 2 ‧ kπ
a 2 1 √2 √2 θ = 45° (porque n
√z = n√⍴ ‧ cos + i ‧ sen
cos θ = = ‧ = = n n
⇒ o ponto P(2, 2)
⍴ 2 ‧ √2 √2 √2 2
b 2 1 √2 √2 pertence ao primeiro
sen θ = ⍴ = = ‧ = Teremos:
2 ‧ √2 √2 √2 2 quadrante)
Então: n
√z = n√⍴ ‧ ( cos
2kπ + 270°
3
+ i ‧ sen
2kπ + 270°
3 )
z = ⍴ ‧ (cos θ + i ‧ sen θ) = 2 ‧ √2 ‧ (cos 45° + i ‧ sen 45°)
Fazendo k = 0, k = 1 e k = 2, teremos portanto:
Logo, temos que:
Para k = 0,
( )
(2 + 2i) = [2 ‧ √2 ‧ (cos 45° + i ‧ sen 45°)]
5 5
2 ‧ 0 ‧ π + 270° 2 ‧ 0 ‧ π + 270°
(2 + 2i)5 = (2 ‧ √2)5 ‧ (cos 5 ‧ 45° + i ‧ sen 5 ‧ 45°) ∛– 8i = ∛8 ‧ cos + i ‧ sen
3 3
( )
(2 + 2i)5 = 32 ‧ 4 ‧ √2 ‧ (cos 225° + i ‧ sen 225°)
270° 270°
(2 + 2i)5 = 128 √2 ‧ –
2
–
(
√2 √2
2
i
) ∛– 8i = 2 ‧ cos
3
+ i ‧ sen
3
∛– 8i = 2 ‧ (cos 90° + i ‧ sen 90°)
– 128 ‧ √2 ‧ √2 128 ‧ √2 ‧ √2
(2 + 2i)5 = – i ∛– 8i = 2 ‧ (0 + i ‧ 1)
2 2
– 128 ‧ 2 128 ‧ 2 ∛– 8i = 2i
(2 + 2i)5 = – i
2 2
Para k = 1,
(2 + 2i) = – 128 – 128i
5
n
√z = n√⍴ ‧ ( cos
θ + 2 ‧ kπ
n
+ i ‧ sen
θ + 2 ‧ kπ
n
i
) , (k ∈
∛– 8i = 2 ‧ –
√3 1
2
– i
2 ‧ √3 2 ‧ 1
2 ( )
N/ 0 ≤ k ≤ n – 1) ∛– 8i = – – i
2 2
∛– 8i = – √3 – i
A fórmula acima é conhecida como a Segunda
Fórmula de Moivre.
Para k = 2,
( )
Ex.: Calcule ∛– 8i
MATEMÁTICA
2 ‧ 2 ‧ π + 270° 2 ‧ 2 ‧ π + 270°
∛– 8i = ∛8 ‧ cos + i ‧ sen
3 3
( )
Primeiramente vamos passar – 8i para a forma
4 ‧ 180° + 270° 4 ‧ 180° + 270°
trigonométrica: ∛– 8i = 2 ‧ cos + i ‧ sen
3 3
{ ( )
720° + 270° 720° + 270°
a=0 ∛– 8i = 2 ‧ cos + i ‧ sen
– 8i ⇒ 3 3
b=–8
∛– 8i = 2 ‧ cos
990°
3
+
(i ‧ sen
990°
3 )
Calculando o módulo de z, temos: ∛– 8i = 2 ‧ (cos 330° + i ‧ sen 330°) 261
∛– 8i = 2 ‧
2 ‧ √3
(√3 1
2
–
– i
2‧1
2 ) [ (
zk = 2 ‧ cos
π
6
+k‧
π
3 ) + i ‧ sen
( π
6
+k‧
π
3 )]
∛– 8i = – i
2 2 Fazendo k = 0, 1, 2, 3, 4 e 5, teremos:
∛– 8i = √3 – i
Para k = 0,
Portanto:
∛– 8i = {2i, – √3 – i, √3 – i} [ (
z0 = 2 ‧ cos
π
6
+0‧
π
3 )
+ i ‧ sen
π
6
+0‧
π
3 ( )]
Forma Exponencial de um Número Complexo [
z0 = 2 ‧ cos
π
6
+ i ‧ sen
π
6
=2‧
√3
2 ] 1
+2‧ i
2
z0 = √3 + i
Um número complexo escrito na forma trigono-
métrica z = ⍴ ‧ (cos θ + i ‧ sen θ), pode ser escrito na Para k = 1,
Forma Exponencial como:
z=⍴‧e θi [ (
z1 = 2 ‧ cos
π
6
+1‧
π
3 )
+ i ‧ sen
π
6
+1‧
( π
3 )]
Exemplo: Escreva na forma exponencial o com-
z1 = 2 ‧[cos
π
2
+ i ‧ sen
π
2
= 2 ‧ 0
]+ 2 ‧ 1i
(
plexo: z = 2 ‧ cos
π
4
+ i ‧ sen
π
4 ) Para k = 2,
z1 = 2i
Se z = ⍴ ‧ eθi,
Logo: z = 2 ‧ e 4
π
i
[ (
z2 = 2 ‧ cos
π
6
+2‧
π
3 ) + i ‧ sen
( π
6
+2‧
π
3 )]
Forma Polar de um Número Complexo [
z2 = 2 ‧ cos
5π
6
+ i ‧ sen
6
5π
=2‧
] ( ) –
√3
2
+2‧ i
1
2
z2 = – √3 + i
Um número complexo na forma trigonométrica z
= ⍴ ‧ (cos θ + i ‧ sen θ), pode ser indicado, de modo sim- Para k = 3,
plificado, na Forma Polar:
z=⍴θ
[ (
z3 = 2 ‧ cos
π
6
+3‧
π
3 ) (
+ i ‧ sen
)]π
6
+3‧
π
3
[ ( ) ( )]
Logo: z = 4 45° π π π π
z4 = 2 ‧ cos +4‧ + i ‧ sen +4‧
6 3 6 3
Equações Binomiais
z4 = – 2i
que pode ser escrita irredutivelmente como a seguir:
Para k = 5,
axn + b = 0
Sendo a, b ∈ C, a ≠ 0 e n ∈ N [ (
z5 = 2 ‧ cos
π
6
+5‧
π
3 ) π π
+ i ‧ sen
6
+5‧
3 ( )]
Podemos resolver qualquer equação binomial, iso-
lando xn e aplicando a definição de radiciação em C.
[
z5 = 2 ‧ cos
11π
6
+ i ‧ sen
11π
6
=2‧
√3
2 ] ( ) ( )
1
+2‧ – i
2
z5 = √3 – i
262
zk = 6√64 ‧ ( cos
π + 2kπ
6
+ i ‧ sen
π + 2kπ
6 ) Sendo a, b, c ∈ C, a ≠ 0, b ≠ 0 e n ∈ N
Podemos resolver qualquer equação trinomial Para k = 0,
fazendo o seguinte:
z Dizemos que xn = y;
z0 = 2 ‧ ( cos
π+2‧0‧π
3
+ i ‧ sen
π+2‧0‧π
3 )
z Encontramos as raízes da equação ay2 + by + c = 0;
z Logo após fazemos a substituição em xn = y1 e xn =
z0 = 2 ‧ (
cos
π
3
+ i ‧ sen
π
3)
y2, encontrando assim as raízes. z0 = 1 + i √3
Para k = 1,
Ex.: Vamos calcular as raízes da equação: x6 + 7x3
–8=0
Fazendo x3 = y, temos: y2 + 7y – 8 = 0,
z1 = 2 ‧ ( π+2‧1‧π
cos
3
+ i ‧ sen
π+2‧1‧π
3 )
z1 = 2 ‧ (cos π + i ‧ sen π) = 2 ‧ (– 1 + 0)
z1 = – 2
Resolvendo a equação do segundo grau na variá-
vel y, temos: y1 = 1 e y2 = – 8 Para k = 2,
z2 = 1 – i√3
Como z = 1, o valor do seu módulo é 1 e o argumen-
to é zero. Logo o conjunto solução da equação x6 + 7x3 – 8 =
0, será:
Logo teremos:
zk 1 ‧ ( cos
2kπ
+ i ‧ sen
2kπ
)
S=
{ 1, –
1
2
+i
√3
2
1
,– –i
2
√3
2
, 1 + i√3, –2, 1 – i√3
}
3 3
Fazendo k = 0, 1 e 2, teremos:
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Para k = 0, 1. (CESGRANRIO – 2010) Sejam w = 3 - 2i e y = m + pi
dois números complexos, tais que m e p são números
z0 = 1 ‧ ( 2‧0‧π
cos
3
+ i ‧ sen
2‧0‧π
3 ) reais e i, a unidade imaginária. Se w + y = -1 + 3i, con-
clui-se que m e p são, respectivamente, iguais a:
z0 = 1 ‧ (cos 0 + i ‧ sen 0) = 1 + 0
z0 = 1 a) –4e1
b) –4e5
Para k = 1, c) 2e1
d) 2e5
z1 = 1 ‧ ( 2‧1‧π
cos
3
+ i ‧ sen
2‧1‧π
3 ) e) 4e–1
( )
2π 2π Partindo da igualdade inicial e substituindo os valo-
z1 = 1 ‧ cos + i ‧ sen res de w e y, fornecidos no enunciado, temos:
3 3
W+y= -1+ 3i
1 √3
z1 = – – i (3 – 2i) + (m + pi) = -1 + 3i
2 2 3+m – 2i + pi = -1 + 3i
(3 +m) + (-2 + pi) = -1 + 3i
Para k = 2, (3+m) + (-2 + p)i = -1 = 3i
Fazendo a comparação por meio da igualdade,
z2 = 1 ‧ ( cos
2‧2‧π
3
+ i ‧ sen
2‧2‧π
3 ) temos que:
3+m = -1
z2 = 1 ‧ cos (1
4π
3
+i‧
√3
4π
3 ) m = -1 – 3
m = -4
z2 = – – i e
2 2 -2 + p = 3
p = 3+2
Agora, vamos resolver a equação binomial: xn = p=5
y2 ⇒ x3 = – 8 ⇒ x = ∛– 8 Portanto m = -4 e p = -5
MATEMÁTICA
zk = 2 ‧ ( cos
π + 2kπ
3
+ i ‧ sen
π + 2kπ
3 ) a) -1
b) 1
Fazendo k = 0, 1 e 2, teremos: c) 2 263
d) 6 4. (QUADRIX – 2014) Observe o número complexo a
e) 8 seguir, representado graficamente por meio de um
Plano de Argand-Gauss.
O primeiro passo é desenvolver o quadrado da soma
no numerador da fração, fazendo isso temos: Y
8 – 2i – 6 ‧ (– 1) 14 – 2i 14 2i 0 √3
= = = =7–i X
1 – (– i) 2 2 2
Logo o número z = a + bi é igual a z = 7 – i, onde a =
7 e b = – 1, Portanto a + b = 7 + (– 1) = 7 – 1 = 6Res-
posta: Letra D.
Assinale a alternativa que contém o valor do módulo
3. (UFMT – 2013) Considere os números complexos z1 desse número complexo.
= 1 + i e z2 = i2 ‧ z1, em que i é a unidade imaginária.
Subtraindo-se o argumento de z2 do argumento de z1, a) √3
obtém-se: b) 1
c) 0
5π d) 2
a) e) 4
4
π
b) Pelo plano de Argand-Gauss, temos o seguinte ponto
4
c) π P= (√3, 1), como a coordenada x do ponto é a parte
d) 2π real do número complexo e a coordenada y é a parte
imaginária, teremos o seguinte número complexo: z
Primeiramente vamos encontrar o valor de z2: = √3 + i, onde a = √3 e b = 1.
Calculando o módulo de z, teremos:
z2 = i2 ‧ z1
z2 = (– 1) ‧ (1 + i) ⍴ = √a2 + b2 = √(√3)² + 1² = √3 + 1 = √4 = 2
z2 = – 1 – i
Resposta: Letra D.
Agora vamos encontrar os argumentos de z1 e z2,
5. (QUADRIX – 2018) O número complexo:
encontrando primeiro o valor do módulo de cada
( 1
)
12
um deles: √3
+ i
2 2 é igual a:
|z1| = √a² + b² = √(1)² + (1)² = √1 + 1 = √2
a) √3 + 1 i
2 2
|z2| = √a² + b² = √(– 1)² + (– 1)² = √1 + 1 = √2
1
b) + √3
2 2 i
Argumento de z1:
c) √3 + i
}
a 1 √2
cos θ = = = 2 π d) i
|z1| √2
⇒θ= 4
b 1 √2 e) 1
sen θ = = = 2
|z1| √2
Vamos resolver este exercício utilizando a primeira
Argumento de z2:
fórmula de Moivre.
}
a –1
√3 1
cos α = = =–
√2 Primeiramente vamos passar + i para a for-
|z1| √2 2 5π 2 2
⇒α = 4
b –1 √2
ma trigonométrica:
sen α = = =– 2
{
|z1| √2
√3 1 i⇒ √3
+ a= eb= 1
Fazendo o argumento de z2 menos o argumento de 2 2 2 2
z1, temos:
Calculando o módulo de z, temos:
α–θ=
5π
4 – ( π4 ) = 5π4– π = 4π4 = π
√( ) ( ) √ 1 3 1 4
√
2
√3 2
⍴ = √a2 + b2 = + = 4 + 4 = 4 = √1 = 1
264 Resposta: letra C. 2 2
Calculando o argumento de z, temos: Considere que em um tanque C, inicialmente vazio,
}
tenham sido despejadas certas quantidades das mis-
√3 turas dos tanques A e B totalizando 100 L. Considere
cos θ =
a
= 2 =
√3 também que, depois de homogeneizada essa mistura
⍴ 1 2 no tanque C, a separação de álcool e gasolina por um
⇒ θ = 30°
1 processo químico tenha mostrado que nesses 100 L,
b 2 1 22 L eram de álcool. Nessa situação, para formar essa
sen θ = = 1 = 2 mistura no tanque C foram usados mais de 55 L da
⍴
mistura do tanque A.
Então
( ) CERTO ( ) ERRADO
z = p . (cos 0 + i . sem 0) = 1 . (cos 30° + i . sem 30°)
3. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito dessas mis-
Logo, temos que: turas, julgue o item subsequente.
( )
√3 1 12 A uma quantidade de álcool que é inferior a 25 L.
+ i = [112 . (cos 12 ‧ 30° + i ‧ sen 12 ‧ 30°)]
2 2
( )
12 ( ) CERTO ( ) ERRADO
√3 1
+ i = (cos 12 ‧ 30° + i ‧ sen 12 ‧ 30°)
2 2 4. (CESPE-CEBRASPE – 2017) De um grupo formado
( )
12
√3 1 por 10 soldados veteranos e 15 soldados novatos serão
+ i = (cos 360° + i ‧ sen 360°)
2 2 escolhidos, aleatoriamente, 3 soldados para compor a
( )
12
√3 1 guarda do quartel durante uma noite. A respeito dessa
+ i = (1 + 0)
2 2 guarda, julgue o próximo item.
( )
12
√3 1
+ i =1 A probabilidade de a guarda ser composta somente
2 2
por soldados veteranos é superior a 6%.
Resposta: Letra E.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Leia a proposição a seguir A partir da figura e das informações precedentes, jul-
para responder às questões 2 e 3. gue o item a seguir, considerando que a área de E2
seja igual a 200 m2.
Em um tanque A, há uma mistura homogênea de 240 L
de gasolina e 60 L de álcool; em outro tanque B, 150 L Situação hipotética: Dois policiais devem ir do ponto
de gasolina estão misturados homogeneamente com A ao B, pelas vias de livre circulação, cada um deles
50 L de álcool. fazendo um caminho diferente, sem passar duas
vezes pelo mesmo local. Toda vez que os dois poli-
A respeito dessas misturas, julgue o item subsequente. ciais chegarem ao ponto B, conta-se como realizado 265
um trajeto. Assertiva: Nessa situação, a quantidade 10. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item subse-
de trajetos distintos que os policiais poderão percorrer quente, relativo às funções f(x) = 30 – log2(x) e g(x) =
é inferior a 40. 7x – 2xcos(πx).
O domínio da função f(x) é o conjunto dos números
( ) CERTO ( ) ERRADO reais positivos e f(8) = 27.
7. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A partir da figura e das 12. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito de números
informações precedentes, julgue o item a seguir, con- complexos e sua representação no plano complexo, jul-
siderando que a área de E2 seja igual a 200 m2. gue o seguinte item.
Considere que um edifício residencial de 8 andares Se z = 6 + 7i, então as imagens das representações
a partir do térreo ocupe toda a área E2. Nesse caso, geométricas de z e de z2 estão em um mesmo qua-
se a altura de cada andar desse edifício for de 3 m, drante do plano complexo.
então o edifício forma um sólido de volume inferior a
5.000 m3. ( ) CERTO ( ) ERRADO
8 CERTO
18. (CESPE-CEBRASPE – 2011)
9 ERRADO
10 CERTO
11 ERRADO
12 ERRADO
13 CERTO
14 ERRADO
15 ERRADO
A fim de se prevenirem possíveis deslizamentos de
terra, será construída uma sequência de 6 muros de 16 CERTO
contenção, verticais e paralelos, em uma região plana
e horizontal ao pé de uma encosta, como ilustrado 17 CERTO
na figura acima. A distância entre os muros será de
18 ERRADO
2 m e uma longa viga metálica retilínea será fixada
no topo de cada um, a partir do sexto muro — o mais 19 ERRADO
próximo da encosta —, descendo até o solo, depois de
passar pelo topo do primeiro muro — o mais distante 20 CERTO
da encosta —, de modo a servir de escora e aumen-
tar a resistência da barreira de contenção. O terceiro e
o sexto muros ordenados do mais baixo para o mais
alto terão, respectivamente, 2,5 m e 5 m de altura.
ANOTAÇÕES
Considerando a situação hipotética acima apresenta-
da, julgue o item que se segue.
268
Os militares são agentes públicos que exercem fun-
ções específicas, voltadas, principalmente, à defesa
nacional e à segurança pública. Esses agentes públicos
se submetem a um regime jurídico diferente daquele
ao qual se submetem os agentes civis. Os militares da
LEGISLAÇÃO PERTINENTE União são os vinculados às Forças Armadas: Exército,
Marinha e Aeronáutica. Já nos Estados, temos as for-
AO POLICIAL MILITAR DE ças de segurança pública: Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares.
ALAGOAS Art. 2º A Polícia Militar do Estado de Alagoas, For-
ça Auxiliar e Reserva do Exército, é uma instituição
permanente, organizada com base na hierarquia e
na disciplina, subordinada administrativa e opera-
LEI ESTADUAL Nº 5.346/1992 cionalmente ao Governador do Estado, incumbida
(ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES das atividades de polícia ostensiva e da preserva-
ção da ordem pública.
DO ESTADO DE ALAGOAS)
O art. 3º aponta que os militares se posicionam em
GENERALIDADES uma das seguintes condições:
Da Finalidade a) na ativa
I - os militares de carreira;
O art. 1º do presente Estatuto define que: II - os alunos dos cursos de formação policial mili-
tar, em todos os níveis, e os alunos dos cursos de
Art. 1º O presente Estatuto tem o fim de regular a adaptação de , quando procedentes do meio civil;
situação, deveres, direitos e prerrogativas dos III - os componentes da reserva remunerada, quando
servidores públicos militares do Estado de Alagoas. convocados e designados para serviço especificado.
b) na inatividade
I - quando transferido para reserva remunerada,
Situações permanecem percebendo remuneração do Esta-
do, porém sujeitos à prestação de serviço ativo,
mediante convocação e designação:
II - reformados, quando tendo passado por uma ou
duas situações anteriores, ativa e reserva remune-
Direitos e rada, estão dispensados definitivamente da pres-
Estatuto Regulará tação de serviço ativo, continuando a perceber
Deveres
remuneração do Estado.
A seguir, estão listados os órgãos nos quais os poli- I - plenitude da patente dos oficiais com as prerro-
gativas, direitos e deveres a elas inerentes, na ativa
ciais militares exercem suas funções:
e na inatividade;
II - uso dos títulos e designação hierárquica corres-
z Em órgãos federais relacionados com as missões pondente ao posto ou graduação;
das Forças Auxiliares; III - uso dos uniformes, insígnias e distintivos da
z Na Casa Militar do Governador; Corporação, de forma privativa, quando na ativa;
z Nas Assessorias Militares; IV - processo e julgamento pela justiça militar esta-
z No Gabinete do Presidente da República ou do dual, nos crimes militares definidos em lei;
Vice-Presidente da República; V - honras, tratamento e sinais de respeito que lhes
z Estabelecimentos de Ensino das Forças Armadas sejam assegurados em leis ou regulamentos;
ou de outra Corporação Militar, no país ou no Exte- VI - prisão especial, em quartel da Corporação, a
rior, como instrutor ou aluno; disposição da autoridade judiciária competen-
te, quando sujeito à prisão antes da condenação
z Outras Corporações Militares, durante o período
irrecorrível;
passado à disposição.
VII - cumprimento de pena privativa de liberda-
z Na Secretaria Coordenadora de Justiça e Defesa de em unidade da própria Corporação ou presí-
Social; dio militar, nos casos de condenação que não lhe
z Em órgãos internacionais quando em missão de implique na perda do posto ou da graduação, cujo
Paz; comandante, chefe ou diretor tenha precedência
272 z Na Polícia Civil do Estado de Alagoas; hierárquica sobre o preso ou detido;
VIII - assistência de oficial, quando praça, e de ofi- I - dedicação integral ao serviço policial militar;
cial de posto superior ao seu, se sujeito a prisão em II - fidelidade a instituição a que pertence, mesmo
flagrante, circunstância em que permanecerá na com o risco da própria vida;
repartição competente da polícia judiciária, somen- III - culto aos símbolos nacionais e estaduais;
te o tempo necessário à lavratura do auto respec- IV - probidade e lealdade em todas as circunstâncias;
tivo, sendo, imediatamente após, conduzido a V - disciplina e respeito a hierarquia;
autoridade policial militar mais próxima, mediante VI - rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
escolta da própria Corporação; VII - tratar o subordinado com dignidade e urbanidade.
IX - porte de arma para oficiais conforme legislação
federal;
O cidadão, após o ingresso e conclusão do curso
X - porte de arma para as praças conforme legisla-
ção federal e restrições impostas pela Corporação; de formação ou adaptação, prestará compromisso
XI - transferência voluntária para a reserva remu- de honra, na forma regulamentar, no qual afirmará
nerada aos trinta (30) anos de serviço, se do sexo a sua aceitação consciente das obrigações e deveres
masculino e vinte e cinco (25) anos, se do sexo institucionais e manifestará sua disposição de bem
feminino; cumprí-los. O compromisso terá caráter solene e será
XII - estabilidade para as praças com mais de dez prestado a Bandeira Nacional.
(10) anos de efetivo serviço;
XIII - décimo terceiro salário com base na remune- Da Violação, dos Deveres e das Obrigações
ração integral, devida no mês de dezembro;
XIV - salário família para os seus dependentes, con-
forme legislação própria; O art. 33 aponta que consiste em violação dos deve-
XV - férias anuais remuneradas com vantagem, de pelo res e das obrigações a prática de crime, de contraven-
menos, um terço a mais do que a remuneração normal; ção e de transgressão disciplinar. É importante saber
XVI - licença à maternidade; que quanto mais elevado for o grau hierárquico de
XVII - licença à paternidade; quem cometer a transgressão, mais grave é conside-
XVIII - assistência jurídica integral e gratuita por rada a violação dos deveres e das obrigações militares.
parte do Estado, quando indiciado ou processado Havendo crime militar e de transgressão discipli-
nos crimes ocorridos em atos de serviço; nar, será considerada a violação mais grave.
XIX - revisão periódica da remuneração dos inati- A inobservância dos deveres especificados nas leis
vos na mesma proporção e na mesma data, sempre
e regulamentos ou na falta de exatidão no cumpri-
que se modificar a remuneração dos militares em
atividade, sendo também estendido aos inativos mento dos mesmos, acarretará para o policial militar
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar
concedidas aos servidores da ativa, inclusive quan- ou penal, de conformidade com a legislação específica
do decorrentes da reclassificação de cargo ou fun- ou peculiar.
ção ocupada, em que se deu a transferência para
reserva remunerada ou reforma; Art. 33 Constituirão violação dos deveres e das
XX - percepção de remuneração; obrigações Policiais Militares: a prática de crime,
XXI - promoção; de contravenção e de transgressão disciplinar.
XXII - pensão por morte correspondente ao total da § 1º A violação dos deveres e das obrigações Poli-
remuneração do policial militar ativo ou inativo; ciais Militares é tão grave quanto mais elevado for
XXIII - demissão ou licenciamento voluntário; o grau hierárquico de quem a cometer.
XXIV - adicional de remuneração para as ativida-
Do Ausente e do Desertor
Art. 60 A demissão da Polícia Militar aplica-se exclusivamente aos Oficiais, e se efetua da seguinte forma: I – a pedido;
II – ex-offício.
Art. 61 A demissão a pedido será concedida mediante requerimento do interessado: I – sem indenização aos cofres
públicos, quando contar mais de cinco (05) anos de oficialato na Corporação; II – com indenização das despesas
feitas pelo Estado com a sua preparação e formação, quando contar menos de cinco (05) anos de oficialato na
Corporação.
Dica
� No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração igual ou superior a seis meses e inferior
O oficial demissionário, a pedido, ingressará na reserva não remunerada, sendo a sua situação militar defi-
nida pela lei do serviço militar.
O direito a demissão a pedido, pode ser suspenso, na vigência do estado de defesa ou estado de sítio.
Será, também, demitido “ex-offício” o Oficial que houver perdido o Posto e a Patente, sem direito a qualquer
remuneração ou indenização e terá a sua situação militar definida pela lei do Serviço Militar.
O Oficial da Polícia Militar só perderá o Posto e Patente quando:
z for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena restritiva de liberdade individual, superior a dois anos,
em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado e o Conselho de Justiça Militar decidir sobre
a sua perda;
z for julgado indigno para o oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Conselho de Justiça Militar;
z for julgado indigno para o oficialato ou com ele incompatível, por decisão de sentença irrecorrível, nos julga-
mentos dos Conselhos de Justificação. 277
Do Licenciamento
Assim:
Art. 116 O policial militar da ativa poderá contrair matrimônio desde que observada a legislação civil peculiar[...]
§ 3º O policial militar que contrair matrimônio em desacordo com os §§ 1º e 2º deste artigo será desligado, ex-offício,
do curso em que esteja matriculado.
O licenciamento “ex-offício” do aspirante a oficial e da praça com estabilidade assegurada, a bem da disciplina,
ocorrerá quando:
278 Art. 69 É da competência do Comandante Geral da Polícia Militar o ato de licenciamento “ex-offício”.
O licenciamento acarreta a perda do seu grau hie- Art. 276 Os policiais civis e militares, quando inva-
rárquico e não isenta das indenizações dos prejuízos lidados em decorrência de lesão grave adquirida
causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem das no cumprimento do dever, serão promovidos, ao
pensões decorrentes de sentença judicial. ensejo da inativação, à classe, graduação e posto
O policial militar licenciado não tem direito a qual- respectivos imediatamente superiores, com proven-
quer remuneração e terá sua situação definida pela tos integrais.
Lei do Serviço Militar.
Dos Uniformes da Polícia Militar
Será licenciada “ex-offício” a praça que se alistar
candidato a cargo eletivo, e contar na época do alis- Os uniformes da Polícia Militar simbolizam a auto-
tamento menos de dez anos de serviço. Ainda, será ridade com as prerrogativas que lhes são inerentes e
licenciado “ex-offício” o aspirante a oficial e as praças são privativos destes.
empossadas em cargo público permanente, estranho
à sua carreira. Art. 77 Os uniformes da Polícia Militar com seus
distintivos, insígnias e emblemas são privativos dos
Da Anulação de Incorporação policiais militares e simbolizam a autoridade com
as prerrogativas que lhes são inerentes.
O art. 74 define que será aplicada ao policial mili-
tar que:
Da Licença para Tratamento de Interesse Particular Da Licença para Tratamento de Saúde Própria
z Requisitos: É concedida ao policial militar com 10 z Quem pode conceder? Comandante Geral, ex-offício.
anos ou mais de efetivo serviço que a requerer z Como? Mediante inspeção de saúde.
com esta finalidade. z Duração: trinta dias, podendo ser prorrogada por
iguais períodos.
§ 1ºA licença para trato de interesse particular será
concedida sempre com prejuízo da remuneração e A licença terá início na data em que o policial mili-
do tempo de efetivo serviço, podendo ser suspensa a tar for julgado incapaz temporariamente para o servi-
pedido e a qualquer tempo do período do seu gozo. ço, pelo médico ou pela Junta Policial Militar de Saúde
que conclua pela necessidade da mesma.
z Quem pode conceder? Comandante Geral da Polí-
cia Militar, desde que o País não se encontre em Licença à Maternidade
estado de Defesa ou estado de Sítio (§ 2º).
z Período máximo: 2 anos, contínuos ou não, não Art. 102 O Policial Militar feminino gestante terá
podendo ser obtida nova licença, após completar direito a licença à maternidade com duração de
esse prazo. cento e vinte (120) dias, concedidos a partir do 281
oitavo (8º) mês de gestação, ou a contar da data Art. 108 A apuração do tempo de serviço do poli-
do parto, mediante requerimento da interessada e cial militar, será feita através do somatório de:
após inspeção de saúde, sem prejuízo da remune- I - tempo de efetivo serviço;
ração e da contagem do tempo de efetivo serviço. II - tempo de serviço averbado.
Art. 109 Tempo de efetivo serviço é o espaço de
z Duração: Cento e vinte dias, concedidos a partir tempo computado dia-a-dia, entre a data de inclu-
do oitavo (8º) mês de gestação, ou a contar da data são e a data limite estabelecida para o desligamen-
do parto, mediante requerimento da interessada e to do Policial Militar do serviço ativo, mesmo que
após inspeção de saúde, sem prejuízo da remune- tal espaço de tempo seja parcelado.
ração e da contagem do tempo de efetivo serviço.
O tempo de serviço prestado em órgão público,
Parágrafo Único. Terá também direito a essa licen- federal, estadual e municipal, antes do ingresso na
ça o policial militar feminino que aceitar guarda de Polícia Militar, será computado como efetivo serviço.
criança, com idade inferior a trinta (30) dias, por Será também considerado como tempo de efetivo
determinação judicial, ou recebê-la como filho ado- serviço os períodos de licença especial e férias não
tivo, contados a partir da data do aceite. gozadas e contadas em dobro.
O tempo de efetivo serviço será apurado e totaliza-
Licença à Paternidade dos em dias, aplicado o divisor 365 (trezentos e sessen-
ta e cinco), para a correspondente obtenção dos anos.
z Duração: Cinco dias, concedidos a contar da data O policial militar da reserva remunerada convoca-
do nascimento do filho, mediante requerimento do do para o serviço ativo, terá o tempo que passar nesta
interessado. A mesma disposição que diz respeito situação computado dia-a-dia, como serviço ativo.
à adoção direcionada à policial militar feminina, Para oficiais do Quadro de Saúde o tempo de ser-
será aplicável ao policial militar masculino. viço acrescido em 01 ano para cada 05 anos de efetivo
serviço prestado, até que este acréscimo complete ao
Da Licença para Acompanhar Cônjuge o total de anos de duração normal do curso univer-
sitário correspondente sem superposição a qualquer
Art. 104 O policial militar terá direito à licença tempo de serviço policial militar ou público eventual-
para acompanhamento do cônjuge, quando for ele mente prestado durante a realização desse mesmo
mandado servir ou freqüentar curso fora do Estado. curso;
§ 1º Se o cônjuge é policial militar e seu afastamen- O disposto anteriormente, aplicar-se-á nas mesmas
to do Estado é para freqüentar curso de interesse condições, na forma da legislação específica, aos pos-
da Corporação, a licença será com remuneração e suidores de curso universitário, reconhecido oficial-
contado o tempo, como de efetivo serviço, corres- mente que venham a ser aproveitados como oficiais
pondente ao período do curso. da Polícia Militar, desde que esse curso seja requisito
§ 2º Se o cônjuge é policial militar, mas o seu afasta- essencial para o aproveitamento.
mento é por outro motivo que não curso, a licença
será sem remuneração e sem contagem de tempo de DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS E FINAIS
efetivo serviço.
§ 3º Se o cônjuge não é policial militar, a licença Art. 116 O policial militar da ativa poderá contrair
será sem remuneração e sem contagem de tempo de matrimônio desde que observada a legislação civil
efetivo serviço, qualquer que seja a circunstância. peculiar.
§ 1º É vedado o casamento ao cadete, masculino e
DO TEMPO DE SERVIÇO feminino, durante a realização do Curso de Forma-
ção de Oficiais.
Da Apuração do Tempo de Serviço § 2º Ao policial militar, masculino e feminino, fica
vedado o casamento durante a realização do curso
Art. 107 Os Policiais Militares começam a contar de formação de soldados e sargentos;
tempo de serviço a partir da data de sua inclusão, § 3º O policial militar que contrair matrimônio em
matrícula em órgão de formação ou nomeação desacordo com os §§ 1º e 2º deste artigo será desli-
para posto na Polícia Militar. gado, ex-offício, do curso em que esteja matriculado.
Art. 118 O oficial da reserva remunerada pode-
z Considera-se como data de inclusão: rá ser convocado para o serviço ativo, por ato do
Governador do Estado, para:
I - ser designado para compor o Conselho de Justificação;
a data do ato em que o policial militar é consi-
II - ser encarregado de inquérito policial militar ou
derado incluído na Corporação; incumbido de outros procedimentos administrati-
a data de matrícula em órgão de formação de vos, na falta de oficial da ativa em situação hierár-
policial militar; quica compatível com a do oficial envolvido.
a data de apresentação do policial militar pron- § 1º O oficial convocado nos termos deste artigo
to para o serviço, após ato de nomeação. terá direitos e deveres dos da ativa de igual situa-
ção hierárquica, exceto quanto à promoção, e con-
§ 3º Quando, por motivo de força maior, oficialmen- tará o tempo desse serviço em seu favor.
te reconhecido (inundação, naufrágio, incêndio, § 2º A convocação e designação de que trata este
sinistro aéreo ou outras calamidades), faltarem artigo terá a duração necessária ao cumprimen-
dados para a contagem de tempo de serviço, cabe- to da missão que lhe deu origem, não devendo ser
rá ao Comando Geral da Polícia Militar arbitrar o superior ao prazo de doze (12) meses, e dependerá
tempo a ser computado para cada caso particular, da anuência do convocado, que será precedida de
282 de acordo com os elementos disponíveis. inspeção de saúde.
Art. 119 É vedado o uso, por parte de organização civil, de designações que possam sugerir sua vinculação à Polícia
Militar.
Art. 120 Os beneficiários do policial militar da ativa, falecido ou extraviado em ato de serviço, terão direito à pensão
especial paga pelo Estado, correspondente à remuneração integral do novo posto ou graduação, caso o qual venha
a ser promovido.
Art. 121 São adotados na Polícia Militar, em matéria não regulada na legislação estadual, as leis e regulamentos
em vigor no Exército Brasileiro, no que lhe for pertinente, até que sejam adotados leis e regulamentos específicos.
Art. 126 Considera-se acidente em serviço aqueles ocorridos com Policial Militar da ativa quando:
I - no exercício dos deveres previstos neste Estatuto e outra legislação e regulamentos da Corporação;
II - no exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente normal, ou quando determinado por autoridade
competente, em sua prorrogação ou antecipação;
III - no cumprimento de ordem da autoridade competente;
IV - no decorrer de viagem, em objeto de serviço, previsto em regulamento ou
autorizado por autoridade competente;
V - no decorrer de viagem imposta por motivo de movimentação, efetuada no
interesse do serviço ou a pedido;
VI - no deslocamento entre a sua residência e a organização em que serve ou o local de trabalho, e vice-versa, com-
provado que não houve mudança de itinerário.
O acidente de serviço pode ser reconhecido para os policiais da ativa ou inativos em caso de convocação.
§ 1º Será aplicado o disposto no caput deste artigo ao policial militar da inatividade, quando convocado e designado
para o serviço ativo, enquanto durar sua permanência nessa situação.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput desse artigo aos militares acidentados em decorrência da prática de crime
doloso ou culposo, transgressão disciplinar, ou litígio entre superior e subordinado.
Art. 127 O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo, poderá RECORRER
ou INTERPOR PEDIDO DE QUEIXA, reconsideração ou representação, segundo legislação vigente na Corporação.
§3º O policial militar da ativa que recorrer ao Poder Judiciário deverá participar, antecipadamente, esta iniciativa à
autoridade a que estiver subordinado, ficando esta obrigada a levar o fato ao conhecimento do Comandante Geral.
Art. 129 O policial militar comissionado no grau hierárquico previsto no serviço temporário, que seja desligado do
curso que freqüenta, pelos motivos abaixo relacionados, terá sua situação regulada da seguinte forma:
I - problema de saúde - permanecerá no serviço ativo, na unidade de ensino, no mesmo grau hierárquico em que se
encontrava na ocasião do desligamento e terá rematrícula assegurada, uma única vez, após ser considerado apto em
inspeção de saúde
II - não aproveitamento intelectual:
a) se oriundo da própria Corporação, será exonerado do grau hierárquico que exerce no serviço temporário, retor-
nando ao Corpo de Tropa, na mesma graduação que possuía antes da matrícula no curso de formação;
b) se oriundo do meio civil, será exonerado do grau hierárquico que exerce no serviço temporário, transferido para
uma Unidade do Corpo de Tropa na graduação de soldado 2ª classe.
Art. 130 O policial militar indicado para exercer cargos e funções estranhos à Polícia Militar, só será oficializado
após sua anuência, não se excluindo a responsabilidade dos atos administrativos aos quais a lei lhe impuser.
Art. 131 Aplicam-se aos militares femininos a legislação e as normas em vigor na Corporação, no que lhes couber.
Art. 134 Cabe à Polícia Militar a supervisão das atividades operacionais das guardas municipais e das empresas de
vigilância. 283
Licença para tratar de interesse particular poderá ser
EXERCÍCIOS COMENTADOS concedida, pelo prazo máximo de um ano, ao policial
militar com três anos de efetivo serviço.
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base no Estatuto dos
Policiais Militares do Estado de Alagoas, julgue os itens ( )CERTO ( )ERRADO
a seguir.
Um soldado policial militar do estado de Alagoas, com O Art. 99, § 3º do Estatuto da Polícia Militar deter-
quatro anos de serviço, que tenha deixado de compa- mina que o prazo máximo da licença em questão é
recer à sua organização policial militar por nove dias de dois anos contínuos ou não. O caput do referido
consecutivos, sem ter comunicado o motivo de seu artigo prevê ainda que esta somente será concedia
impedimento, é considerado desertor e será excluído ao Policial Militar com pelo menos dez anos de efe-
do serviço ativo. tivo serviço.
Art. 99 A licença para trato de interesse particular
( )CERTO ( )ERRADO é concedida ao Policial Militar com 10 (dez) anos
ou mais de efetivo serviço que a requerer com esta
O Art. 41, I do Estatuto da Polícia Militar elenca jus- finalidade.
tamente esta possibilidade. [...] § 3º O período máximo de licença para trato de
Art. 41 É considerado desertor o policial militar que interesse particular será de (dois) anos, contínuos
por mais de oito (08) dias consecutivos: I – deixe de ou não, não podendo ser obtida nova licença, após
comparecer a sua Organização Policial Militar, sem completar esse prazo. Resposta: Errado.
comunicar o motivo do impedimento; Resposta: Certo.
Art. 36 São circunstâncias atenuantes: z Advertência: Forma mais branda de punir. Con-
I - estar no comportamento bom, ótimo ou excepcional; siste em uma admoestação feita verbalmente ao
II - relevâncias de serviços prestados, comprovados transgressor, podendo ser em caráter particular
mediante condecorações, medalhas, títulos, elogios ou ostensivamente;
individuais e outras disposições contidas em leis, z Repreensão: Admoestação mais enérgica do que
decretos e regulamentos; a advertência e não priva o punido da liberdade; 289
z Detenção: Cerceamento da liberdade do punido, VII - a data do início do comprimento da punição,
o qual deve permanecer no quartel da OPM onde se o punido tiver sido preso na conformidade do
serve, sem que fique, no entanto, confinado; art. 12;
z Prisão: Consiste em manter o transgressor cir- VIII - a determinação para posterior cumprimento,
cunscrito às dependências do alojamento de seus se o punido estiver baixado, afastado do serviço ou
pares, ou em não as havendo, em local determi- à disposição de outra autoridade.
IX - o esclarecimento quanto ao uso do direito de
nado e adaptado, sem grades, na própria OPM do
defesa do punido.
sancionado;
Parágrafo Único. Quando ocorrer causa de justifi-
z Licenciamento a bem da disciplina: Afastamento cação ou de isenção, no enquadramento, menciona-
“ex-offício” do policial militar das fileiras da Corpo- -se a justificação da falta ou o motivo da isenção,
ração, conforme prescrito no Estatuto dos Policiais em lugar da punição imposta.
Militares.
Da Publicação
Das Regras de Aplicação
Art. 61 Publicação em boletim - É o ato adminis-
Art. 50 A aplicação da punição compreende uma trativo que formaliza a aplicação da punição, sua
descrição sumária, clara e precisa dos fatos e justificação ou a sua isenção.
circunstâncias que determinaram a transgressão, Art. 62 As punições de repreensão, detenção e
o enquadramento da punição e a decorrente prisão devem ser publicadas em Boletim da OPM,
publicação em Boletim da OPM. constar das alterações do punido e registradas em
Art. 51 A aplicação da punição deve ser feita com sua ficha disciplinar.
justiça, serenidade e imparcialidade, para que o
punido fique consciente e convicto de que a mesma Da Contagem de Tempo de Punição
se inspira no cumprimento exclusivo de um dever.
[...] Art. 63 O início do cumprimento da punição disci-
Art. 53 Nenhum policial militar deve ser interroga- plinar deve ocorrer com a distribuição do Boletim
do ou ouvido em estado de embriaguez ou sob ação da OPM que publicar a aplicação da punição.
de psicotrópicos. Parágrafo único. A contagem do tempo de cumpri-
mento da punição vai do momento em que o punido
A punição disciplinar não exime o punido das res- for mantido detido ou preso até aquele em que for
ponsabilidades civil e penal que lhe couber. (art. 56). posto em liberdade. [...]
Art. 65 O cumprimento de punição disciplinar, por
Lembre-se da independência entre as esferas admi-
policial militar afastado temporariamente do ser-
nistrativa, cível e penal.
viço ou em gozo de qualquer tipo de licença, deve
ocorrer após a sua apresentação, pronto na OPM.
Dos Limites da Punição [...]
Art. 66 A interrupção da contagem de tempo de
Art. 57 A punição deve ser proporcional à gravi- punição, nos casos de baixa a hospital ou enferma-
dade da transgressão, dentro dos seguintes limites: ria e outros, vai do momento em que o punido for
I - de advertência ou de repreensão para as trans- retirado do local de cumprimento da punição até o
gressões leves; seu retorno, desde que fique comprovado que houve
II - de quatro a vinte dias de detenção para as trans- má fé por parte do transgressor.
gressões médias;
III - de quatro a vinte dias de prisão para as trans- Da Modificação na Aplicação das Punições
gressões graves.
Art. 67 A modificação da aplicação de punição pode
Dispõe o § 4º desse artigo que, por uma única trans- ser realizada pela autoridade que a aplicou ou por
gressão, não deve ser aplicada mais de uma punição outra, superior e competente, quando tiver conheci-
(aplicação do princípio do non bis in idem). mento de fatos que recomendem tal procedimento.
Parágrafo Único. As modificações da aplicação de
Do Enquadramento punição são:
I - Anulação;
Art. 60 Enquadramento - é a caracterização da II - relevação;
transgressão acrescida de outros detalhes rela- III - atenuação;
cionados com o comportamento do transgressor, IV - agravação
cumprimento da punição, justificação ou isen-
ção. No enquadramento são necessariamente Tendo em vista as possíveis modificações da apli-
mencionados: cação da punição apresentadas no art. 67, é de suma
I - a transgressão cometida, em termos precisos importância que se entenda separadamente cada uma
e sintéticos e a especificação dos artigos deste delas. As definições que serão apresentadas a seguir
Regulamento implicados. Não devem ser emitidos podem ser encontradas entre os arts. 68 a 74 do Decre-
comentários deprimentes e/ou ofensivos, sendo to 37.041/96. Com o intuito de facilitar seus estudos,
porém permitidos os ensinamentos decorrentes, entretanto, elas encontram-se sintetizadas a seguir:
desde que não contenham alusões pessoais;
II - os itens, artigos e parágrafos das circunstâncias z Anulação da punição: Tornar sem efeito a aplica-
atenuantes e/ou agravantes, causas de justificação
ção da punição. Deve-se eliminar toda e qualquer
ou isenção;
III - a classificação da transgressão; anotação e/ou registro nas alterações do militar
IV - a punição imposta; relativos à sua aplicação;
V - o local de cumprimento da punição, se for o z Relevação: Suspensão do cumprimento da puni-
caso; ção imposta. Pode ser concedida quando já tiver
VI - a classificação do comportamento militar em sido cumprida, pelo menos, metade da punição
290 que a praça punida permaneça ou ingresse; imposta, nos seguintes casos:
Art. 71 [...] § 3º A punição de advertência não é considerada
I - quando ficar comprovado que foram atingidos os para efeito de classificação de comportamento.
objetivos visados com a aplicação da mesma; Art. 76 A melhoria de comportamento far-se-á
II - por motivo de passagem de comando, data de automaticamente e começa a partir da data de
aniversário da Corporação, aniversário da OPM,
inclusão da praça na Corporação ou, quando for
ou data nacional.
o caso, do dia subsequente ao de encerramento
z Atenuação: Diminuição ou transformação da pu- do cumprimento da última punição, obedecidos
nição proposta ou aplicada em uma menos rigo- os prazos seguintes, sem que a praça haja sofrido
rosa, se assim exigir o interesse da disciplina e da qualquer punição disciplinar:
ação educativa do punido;
z Agravação: Aumento ou transformação da puni- DO MAU PARA O INSUFICIENTE
ção proposta ou aplicada em uma mais rigorosa,
Um ano
se assim exigir o interesse da disciplina e da ação
educativa do punido. DO INSUFICIENTE PARA O BOM
Um ano
Por fim, o art. 74 trata da competência para reali-
zar as modificações da aplicação da punição estuda- DO BOM PARA O ÓTIMO
das neste tópico: Quatro anos
Art. 74 São competentes para anular, relevar, ate- DO ÓTIMO PARA O EXCEPCIONAL
nuar e agravar as punições impostas por si ou por Quatro anos
seus subordinados as autoridades discriminadas
no Art. 11, devendo esta decisão ser justificada em
Boletim. Degradação de Comportamento
Para compreendermos melhor o que dispõe esse Art. 77 A degradação de comportamento é automá-
artigo, devemos ter ciência da matéria elencada no tica e ocorrerá, nas condições e prazos seguintes:
art. 11 (nele mencionado). Vejamos:
Importante!
Princípios Gerais do Direito: Valores fundamentais que inspiram a elaboração e a preservação do ordena-
mento jurídico. Não podem ser utilizados para tipificação de condutas ou cominação de penas. Sua atuação
reserva-se ao âmbito das normas penais não incriminadoras.
Atos da Administração Pública: No Direito Penal, funcionam como complemento de algumas leis penais em
branco.
É a lei penal, uma vez que, por expressa determinação constitucional, tem a si reservado, exclusivamente, o
papel de criar infrações penais e cominar as penas respectivas.
A estrutura da lei penal apresenta um preceito primário (conduta) e um preceito secundário (pena).
As leis penais podem ser incriminadoras e não incriminadoras; completas ou perfeitas e incompletas ou
imperfeitas. A lei penal não é proibitiva, mas descritiva, pois descreve condutas típicas.
LEIS INCRIMINADORAS
Primeira Parte
Descreve a conduta típica e os demais elementos necessários para que o fato seja considerado criminoso, o que
também é chamado de preceito primário da norma incriminadora.
Exemplo: Crime de furto – caput do art. 155 do Código Penal: subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel.
Os diversos requisitos que compõem o tipo penal são denominados elementos ou elementares e se subdividem
em três espécies: elementos objetivos, subjetivos e normativos.
z Elementos Objetivos: São os verbos constantes dos tipos penais (núcleos do tipo) e os demais requisitos, cujos
significados não demandam qualquer juízo de valor, como a expressão “coisa móvel” no crime de furto. Todos
os tipos penais possuem elementos objetivos;
z Elementos Subjetivos: Dizem respeito à especial finalidade do agente ao realizar a ação ou omissão delituosa.
Não são todos os tipos penais que contêm elementos subjetivos. O crime de extorsão mediante sequestro, por
exemplo, consiste em sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate (art. 159 do CP). O elemento subjetivo do tipo é a intenção do agente de obter
vantagem como decorrência do sequestro;
z Elementos Normativos: Aqueles cujo significado não se extrai da mera observação, dependendo de uma
interpretação, ou seja, de um juízo de valor. No crime de furto, a expressão “coisa alheia” é considerada ele-
mento normativo, pois só se sabe se um bem é alheio quando se está diante de um caso concreto e se faz uma
análise envolvendo o bem e a pessoa acusada de tê-lo subtraído. São poucos os crimes que possuem elemento
294 normativo.
Os tipos penais compostos somente por elemen- z Permissivas: Podem ser justificantes, quando ex-
tos objetivos são chamados de normais, e aqueles cluem a antijuridicidade, e exculpantes, quando
que também contêm elementos subjetivos ou nor- excluem a culpabilidade. São as que preveem a
mativos são classificados de anormais (por serem licitude ou a impunidade de determinados com-
exceção). portamentos, apesar de se enquadrarem na descri-
ção típica. São normas permissivas, por exemplo,
Segunda Parte aquelas que excluem a ilicitude do aborto provo-
cado por médico quando não há outro meio para
A lei prevê a pena a ser aplicada a quem realizar a salvar a vida da gestante, ou quando a gravidez
conduta típica ilícita. No caso do furto, a pena estabe- resulta de estupro e há consentimento da gestante
lecida é de reclusão, de um a quatro anos, e multa. Esse
(art. 128 do CP), ou, ainda, as hipóteses de isenção
é o chamado preceito secundário da norma.
de pena existentes nos crimes contra o patrimônio
Além da definição legal e da respectiva pena, as
normas incriminadoras podem ser complementadas praticados contra cônjuge ou contra ascendente
na Parte Especial por circunstâncias que tornam a sem emprego de violência ou grave ameaça (art.
pena mais grave ou mais branda. 181, do CP).
Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em O território nacional abrange todo o espaço em
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em par- que o Estado exerce sua soberania: solo, rios, lagos,
te, bem como onde se produziu ou deveria produzir- mares interiores, baías, faixa do mar exterior ao longo
-se o resultado. da costa (12 milhas) e espaço aéreo.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos
O fato mais relevante sobre o tempo e lugar do cri- no estrangeiro. A lei brasileira aplica-se também ao
me reside no conflito aparente de normas. O conflito crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
aparente de normas é o conflito que se estabelece entre do Brasil, se, reunidas as condições:
duas ou mais normas aparentemente aplicáveis ao mes-
mo fato. Há conflito porque mais de uma norma preten-
z Não foi pedida ou foi negada a extradição;
de regular o fato, mas é aparente, porque, com efeito,
z Houve requisição do Ministro da Justiça.
apenas uma delas acaba sendo aplicada à hipótese.
Fernando Capez (2016) nos ensina que para que se
configure o conflito aparente de normas é necessária É a possibilidade de aplicação da lei penal brasilei-
a presença de certos elementos: ra a fatos criminosos ocorridos no exterior.
A extraterritorialidade possui os seguintes princí-
z Unidade do Fato: Há somente uma infração penal; pios norteadores:
z Pluralidade de Normas: Duas ou mais normas
pretendem regulá-lo; z Princípio da nacionalidade ativa: Aplica-se a lei
z Aparente Aplicação de Todas as Normas à Espé- nacional do autor do crime, qualquer que tenha
cie: A incidência de todas é apenas aparente; sido o local da infração;
z Efetiva Aplicação de Apenas Uma Delas: Somen- z Princípio da nacionalidade passiva: A lei nacio-
te uma é aplicável, razão pela qual o conflito é nal do autor do crime aplica-se quando este for
aparente. praticado contra bem jurídico de seu próprio Esta-
do ou contra pessoa de sua nacionalidade;
A solução dá-se pela aplicação de alguns princí- z Princípio da defesa real: Prevalece a lei referente
pios, os quais, ao mesmo tempo em que afastam as
à nacionalidade do bem jurídico lesado, qualquer
normas não incidentes, apontam aquela que realmen-
Nessa questão, devemos conhecer a extraterritoria- Do ponto de vista analítico, diferentes doutrinado-
lidade condicionada e incondicionada. Na extrater- res enxergam o crime de formas diferentes. Existem
ritorialidade condicionada: várias correntes, mas as principais são duas:
• O agente deve entrar em território brasileiro;
� A que entende que o crime é Fato Típico + Anti-
• O fato deve ser punível em ambos territórios;
jurídico (concepção bipartida), sendo a culpabi-
• O crime deve estar incluído entre aqueles pelos lidade pressuposto de aplicação da pena (entre
quais o Brasil autoriza a extradição. eles René Ariel Dotti, Fernando Capez, Damásio de
Não há o que se falar em cumprir no Brasil nas Jesus, Julio Fabrini Mirabete, Cleber Masson); e
seguintes hipóteses:
z A que concebe o crime como um Fato Típico +
• Se o agente cumpriu a pena no exterior; Antijurídico + Culpável (concepção tripartida
• Se o agente for absolvido ou perdoado no ou tripartite) e que é majoritária tanto no Brasil
estrangeiro; quanto no exterior. Entre seus adeptos estão tanto
• Não estar extinta a punibilidade. aqueles que adotam a teoria da conduta finalista
Na extraterritorialidade incondicionada, o indiví- (como Heleno Fragoso, Eugenio Raúl Zaffaroni,
duo é condenado no Brasil, mesmo que tenha sido Luiz Regis Prado, Rogério Greco, entre outros) ou
absolvido ou condenado no estrangeiro. Resposta: causalista (Nélson Hungria, Frederico Marques,
304 Errado. Aníbal Bruno e Magalhães Noronha).
Diferença entre crime e contravenção z Sujeito passivo formal ou constante ou geral ou
genérico: é o Estado;
Antes de prosseguir com o estudo do crime, é inte-
z Sujeito passivo material ou eventual ou particu-
ressante fazer a distinção entre crime e contravenção
lar ou acidental: o titular do interesse protegido
penal (também chamada de crime anão ou delito Lili-
penalmente (pode ser o ser humano, pessoa jurídi-
putiano ou crime vagabundo ou delitti nani).
Existem países que utilizam a classificação tripar- ca, a coletividade ou o Estado).
tida de infrações penais: delitos, crimes e contraven-
ções. O Brasil adota, como já vimos, a classificação É importante salientar que pessoa incapaz pode
bipartida, que divide as infrações entre crimes (ou ser sujeito passivo do crime (recém-nascido, menor
delitos) e contravenções. em idade escolar, portador de deficiência mental etc.).
Não existe um dado único que faça a distinção É possível ser sujeito passivo mesmo antes de nascer,
entre os dois tipos de infração penal. Tanto os crimes pois o feto tem direito à vida, bem jurídico protegido
quanto as contravenções configuram comportamen- pela punição do aborto (arts. 124, 125 e 126, CP). Pes-
tos que violam mandamentos legais que possuem soa morta e animais não podem ser sujeitos passivo,
como sanção a aplicação de uma pena. A grande dis- pois não são titulares de direitos (podem ser objetos
tinção é a maior ou menor gravidade com que a lei vê materiais; a titularidade é de outros: família, coletivi-
tais condutas. dade etc.). Aproveitando que mencionamos objeto do
No entanto existem outros elementos que ajudam crime, guarde:
na distinção.
Em relação às penas: os crimes são punidos com z Objeto jurídico consiste no bem ou interesse tute-
penas privativas de liberdade (reclusão ou detenção), lado pela norma penal (como vida, patrimônio,
restritivas de direitos e multa; já as contravenções são honra etc.); e
punidas com prisão simples e/ou multa. z Objeto material é a pessoa ou coisa sobre a qual
Com relação ao elemento subjetivo: no crime é o recai a conduta criminosa (por exemplo a coisa
dolo ou a culpa; na contravenção é a voluntariedade. móvel, no furto).
Por último, é possível a tentativa nos crimes,
enquanto ela é incabível nas contravenções. Classificação dos crimes
z Comissivos por omissão: são os delitos de ação, Vamos agora estudar os elementos do crime, de
praticado de forma excepcional por omissão (nos forma separada, assim como suas causas de exclusão.
casos em que o agente tem o dever jurídico de
impedir o resultado e não o faz – art. 13, §2º, CP) FATO TÍPICO
z Omissivos por comissão.
Não importa a posição adotada, bipartite (Crime
Crimes instantâneos, permanentes e instantâneos de = Fato Típico + Antijurídico) ou tripartite (Crime =
efeitos permanentes Fato Típico + Antijurídico + Culpável) o primeiro
elemento (requisito, característica) do conceito analí-
Crime instantâneo é aquele que se consuma em tico de crime é o fato típico.
momento determinado, sem prolongamento. O fato típico possui 4 elementos:
Crimes permanentes são aqueles nos quais a
consumação prolonga-se no tempo (Ex.: extorsão z Conduta dolosa ou culposa;
mediante sequestro). z Nexo de causalidade (exceto nos crimes de mera
Crime instantâneo de efeitos permanentes é aque- conduta e nos formais);
le em que a consumação também ocorre em momento
determinado, mas os efeitos da consumação têm efei- z Resultado (salvo nos crimes de mera conduta);
tos duradouros (como no homicídio). z Tipicidade.
Existem uma série de outras classificações, como
crime continuado, delito putativo, por exemplo, que Dos 4 elementos do fato típico, 2 deles, a conduta
serão vistas ao tratar de outros temas mais à frente. e a tipicidade são obrigatórios. Em alguns casos, não
são necessários o nexo de causalidade e o resultado.
Sistemas penais No caso dos crimes materiais (como já vimos aci-
ma, que é aquele que descreve uma conduta + um
O conceito analítico de crime, que é o que nos inte- resultado naturalístico e, para que o crime ocorra, é
ressa no presente estudo, apresenta várias concepções preciso que acontece o resultado descrito na norma),
diferentes sobre sua estrutura, elementos e maneira são necessários os 4 elementos para que se configure
306 como esses elementos interagem entre si. o crime, como por exemplo, no caso do homicídio:
Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei,
Conduta ninguém pode ser punido por fato previsto como
crime, senão quando o pratica dolosamente.
Nexo Causal
Uma
Resultado Vamos ver, agora de forma separada, o dolo e a
Relação de
facada, causa e efeito culpa, que são os elementos subjetivos da conduta.
por Tipicidade
entre a Sendo crime
exemplo. facada (ação) material, Adequação
e o resultado requer o
(morte) resultado, no
entre o fato Importante!
praticado e a
caso, a morte. previsão legal: Não existe crime sem dolo ou culpa (princípio da
Art.121,CP
(Matar alguém)
responsabilidade subjetiva)!
Os crimes, em geral, são dolosos e, excepcional-
mente, culposos (apenas quando a lei, de forma
No entanto, em alguns casos, vão bastar apenas a expressa, determinar).
conduta e a tipicidade. Isto ocorre nos crimes formais
(que dispensam a ocorrência do resultado, que é mero
exaurimento; ou ainda, nem o preveem, fazendo com Dolo
que seja desnecessário verificar o nexo causal) como
Podemos definir dolo como sendo a vontade de
no exemplo abaixo:
produzir o resultado típico.
No dolo direito (ou imediato ou determinado) exis-
te a intenção do agente de ofender o bem jurídico.
Conduta Exemplo: querendo a morte da vítima, o atirador des-
Nexo Causal fere um tiro fatal.
Exigir que se Já no dolo indireto ou eventual, o sujeito assume o
assine um Resultado risco de produzir o resultado.
contrato Não é A diferença relevante está entre o dolo direito e o
favorável ao Tipicidade
autor, sob
necessário eventual. Mas existem outras classificações de dolo,
Não é
ameaça necessário Adequação sem muita utilidade. Dentre essas, cabe mencionar o
entre o fato dolo alternativo, que pode aparecer em algum enun-
praticado e a ciado de questão.
previsão legal:
Dolo alternativo se configura quando o agente age
Art.158,CP
(Extorsão) com indiferença, buscando um resultado ou outro
(não se trata de uma forma independente de dolo).
Exemplo de dolo alternativo é o do agente que encon-
Conduta tra uma carteira em um banco de praça e a leva para
casa, pouco se importando se alguém a esqueceu ali
ou é de alguém que se encontra brincado com o filho
A conduta é toda ação ou omissão humana, cons-
no parque que fica dentro da praça. Neste caso pode
ciente e voluntária, dirigida a determinada finalidade. ter praticado o crime de furto (art. 155, CP) ou de apro-
A antijuridicidade, segundo requisito do crime, Encontra-se no art. 23, III, primeira parte, CP. Se
consiste na contradição entre fato e o ordenamento o agente atua rigorosamente dentro do imposto por
jurídico, resultando na lesão ao bem jurídico tutelado. norma legal, o comportamento não pode ser antiju-
O fato típico, até prova em contrário, é um fato que, rídico. É o caso do oficial de justiça que, cumprindo
ajustando-se a um tipo penal, é antijurídico, a não ser determinação legal, realiza a apreensão de determi-
312 que haja uma causa que o torne lícito. nado bem de um cidadão.
Exercício regular de direito Embriaguez decorrente de caso fortuito ou força
maior (art. 28, § 1º, CP);
Está disposto no art. 23, III, segunda parte, CP. Da Erro de proibição escusável (art. 21, CP);
mesma forma que a anterior, não pode ser ilícita a Descriminantes putativas;
conduta daquele que age estritamente exercendo
direito seu. z Quanto ao fato (supralegais):
Estamos aqui, diante de uma tese de legítima defe- Para sua prova é extremamente importante que
sa putativa. A verdade é que havia uma falsa percep- você saiba que em ambas são desconsideradas as qua-
ção de realidade, que se passava somente na mente lidades da pessoa que foi efetivamente atingida pelo
de Catarina, que acreditava que seria esfaqueada por erro e consideradas as qualidades da pessoa que o
Beatriz. agente realmente queria atingir. 315
Mas no que isso importa para o direito? Novamen- podem dirigir – vem visitar o Brasil e é parado
te para explicação, iremos estudar um exemplo. numa blitz, embora ainda fosse possível saber
Mévio é casado com Clara, os dois possuem uma que no Brasil não é permitido dirigir aos 16
relação bastante conturbada. Mévio, prevalecendo de anos, era extremamente difícil exigir que este
relações domésticas, muito nervoso por certa atitude tivesse conhecimento.
de Clara, dispara diversos tiros em sua direção, acer-
tando o seu vizinho Joãozinho, que passava pelo local.
Joãozinho, veio à óbito.
Nesta situação, Mévio mesmo tendo acertado um
homem responderá por feminicídio, pois apenas se
EXERCÍCIOS COMENTADOS
consideram as qualidades da vítima que realmente
queria atingir. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Na tentativa de entrar em
Temos ainda o erro de tipo acidental sobre o território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um
objeto (error in objecto), esta figura é essencialmen- veículo, um traficante disparou um tiro contra agente
te doutrinária. Aqui, como diz o próprio nome, o erro policial federal que estava em missão em unidade fron-
ocorre sobre o objeto visado. Ex. Mário vai a uma joa- teiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o
lheria e furta um colar que acredita ser de diamantes, traficante em flagrante, conduziram-no à autoridade poli-
mas ao chegar em casa descobre que em verdade tra- cial local e levaram o colega ferido ao hospital da região.
ta-se de uma bijuteria barata. Neste caso, não haverá Nessa situação hipotética, se o policial ferido não fale-
exclusão de dolo, culpa, tampouco isenção de pena. cer em decorrência do tiro disparado pelo traficante,
Respondendo Mário pelo crime de furto consumado estar-se-á diante de homicídio tentado, que, no caso,
(art. 155, do Código Penal).
terá como elementos caracterizadores: a conduta
dolosa do traficante; o ingresso do traficante nos atos
Erro de Proibição:
preparatórios; e a impossibilidade de se chegar à con-
sumação do crime por circunstâncias alheias à vonta-
Após o estudo do erro sobre os elementos do tipo,
de do traficante.
iremos estudar o erro sobre a ilicitude do fato, tam-
bém conhecidos como erros de proibição. Veja o que
dispõe o artigo 21, do Código Penal: ( ) CERTO ( ) ERRADO
O erro de proibição
O traficante ingressou nos atos executórios do cri-
Erro sobre a ilicitude do fato me, ultrapassando a preparação do iter criminis.
O agente iniciou a execução do fato, ao efetuar o
Art. 21 O desconhecimento da lei é inescusável. O disparo contra o agente policial federal, que só não
erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta se consumou por circunstâncias alheias à vontade
de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto do agente. O erro da questão está em afirmar que o
a um terço. delinquente ingressou nos atos preparatórios, uma
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o vez que se caracterizou os atos executórios do crime
agente atua ou se omite sem a consciência da ilici- ao realizar o disparo. Resposta: Errado.
tude do fato, quando lhe era possível, nas circuns-
tâncias, ter ou atingir essa consciência.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um clube social, Pau-
O citado artigo traz apontamentos muito impor- la, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente
tantes. O primeiro é que o desconhecimento da lei é Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos.
inescusável, isto quer dizer que ninguém pode usar Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua resi-
como forma de desculpa a justificativa que praticou o dência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um
fato por desconhecer que a conduta era considerada revólver pertencente à corporação policial de que seu
criminosa. pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
Ainda no mesmo artigo é trabalhado o erro sobre minutos, armado com o revólver, sob a influência de
a ilicitude do fato evitável e o erro sobre a ilicitude emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez
do fato inevitável, os conceitos deles são retirados do disparos da arma contra a cabeça de Paula, que fale-
parágrafo único do mesmo artigo. ceu no local antes mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
z Erro sobre a Ilicitude Evitável: Carlos agiu sob o pálio da legítima defesa putativa.
O erro sobre a ilicitude evitável, como visto aci-
( ) CERTO ( ) ERRADO
ma, ocorrerá quando o agente através de uma
ação ou omissão praticar o fato sem consciên-
cia de que é ilegal, mas que pelas circunstân- Ao fato narrado pelo item, não se aplica hipótese
cias do fato concreto era possível e exigível que de legítima defesa, muito menos a putativa. Não há
este soubesse que a sua conduta era ilícita. Nes- que se falar em injusta agressão praticada por Pau-
te caso, o Juiz poderá diminuir a pena de um la (seria possível falar em injusta provocação, que
sexto a um terço. admitiria, presente os demais requisitos, a aplica-
ção do privilégio ao homicídio), não se aplicando,
z Erro sobre a Ilicitude Inevitável: portanto, a mencionada excludente de ilicitude a
Carlos. Em momento algum, a alternativa fala que
O erro inevitável é aquele em que pelas cir- Carlos incorreu em erro, não se aplicando a legítima
cunstâncias do caso concreto, era quase que defesa putativa, que é hipótese de exclusão da ilici-
impossível exigir do agente a consciência tude quando o agente incorre em erro. Neste caso,
necessária para evitar a prática do crime. Neste o agente imagina estar em uma hipótese de injusta
caso, haverá isenção de pena. Ex. Estrangeiro agressão, atual ou iminente, que, na verdade, não
– que no seu país os adolescentes de 16 anos
316 existe na realidade. Resposta: Errado.
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Considerando que crime Um soldado policial militar do estado de Alagoas, com
é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir. quatro anos de serviço, que tenha deixado de compa-
São causas excludentes de culpabilidade o estado de recer à sua organização policial militar por nove dias
necessidade, a legítima defesa e o estrito cumprimen- consecutivos, sem ter comunicado o motivo de seu
to do dever legal. impedimento, é considerado desertor e será excluído
do serviço ativo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
A alternativa apresenta hipóteses de excludente de
ilicitude legais, expressamente previstas no Código 2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base no Estatuto
Penal: estado de necessidade, legítima defesa, estri- dos Policiais Militares do Estado de Alagoas, julgue o
to cumprimento de dever legal e exercício regular de item a seguir.
direito. As excludentes de culpabilidade são: inim- Caso uma pessoa tenha prestado declarações falsas,
putabilidade, ausência de potencial conhecimento
por escrito, durante o recrutamento voluntário para
da ilicitude e inexigibilidade de conduta diversa.
incorporar-se à Polícia Militar do Estado de Alagoas,
Resposta: Errado.
sua incorporação poderá ser anulada, em qualquer
época, dentro do período de formação.
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito da culpabilida-
de, da ilicitude e de suas excludentes, julgue o item
( ) CERTO ( ) ERRADO
que se segue.
Conforme a doutrina pátria, uma causa excludente de
antijuridicidade, também denominada de causa de jus- 3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base no Estatuto dos
tificação, exclui o próprio crime. Policiais Militares do Estado de Alagoas, julgue o item a
seguir.
( ) CERTO ( ) ERRADO Em se tratando de policial militar que esteja em gozo
de licença por trinta dias para acompanhar tratamento
As causas excludentes de ilicitude são causas de jus- de saúde de pessoa da família, é vedada, durante esse
tificação, que permitem ao agente a prática de um período, a cassação, de ofício, da sua licença.
fato típico, que será legalmente admitido pelo orde-
namento jurídico. Nos casos em que a ilicitude do ( ) CERTO ( ) ERRADO
fato é excluída, diz-se que o próprio crime é excluí-
do. Resposta: Certo. 4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base no Estatuto dos
Policiais Militares do Estado de Alagoas, julgue o item a
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito da culpabilida- seguir.
de, da ilicitude e de suas excludentes, julgue o item Licença para tratar de interesse particular poderá ser
que se segue. concedida, pelo prazo máximo de um ano, ao policial
Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um man- militar com três anos de efetivo serviço.
dado de condução coercitiva expedido pela auto-
ridade judiciária competente, submeteu, embora ( ) CERTO ( ) ERRADO
12 CERTO
11. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Com referência a essa situa-
ção hipotética, julgue o item a seguir. 13 ERRADO
A atitude de Pedro configura deserção do serviço mili-
tar, mas se ele for praça com estabilidade, será coloca- 14 ERRADO
do na condição de agregado, depois de cumpridas as
formalidades legais.
Um método que facilita a memorização desses Um princípio implícito, também pode constar
princípios é a palavra “limpe”, pois temos os prin- em algumas questões como “princípio da obrigató-
cípios da: ria motivação”. Trata-se de uma técnica de controle
Legalidade dos atos administrativos, o qual impõe à Administra-
Impessoalidade ção o dever de indicar os pressupostos de fato e de
Moralidade direito que justificam a prática daquele ato. A fun-
Publicidade damentação da prática dos atos administrativos será
Eficiência sempre por escrito. Possui previsão no art. 50 da Lei
nº 9.784/1999: “Os atos administrativos deverão ser
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamen-
Princípios Reconhecidos em Legislação tos jurídicos, quando (...)”; e também no art. 2º, par.
Infraconstitucional único, VII, da mesma Lei: “Nos processos administra-
tivos serão observados, entre outros, os critérios de:
Os princípios administrativos não se esgotam no VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito
âmbito constitucional. Existem outros princípios cuja que determinarem a decisão”. A motivação é uma
previsão não está disposta na Carta Magna, e sim decorrência natural do princípio da legalidade, pois a
na legislação infraconstitucional, sendo reconheci- prática de um ato administrativo fundamentado, mas
dos tanto pela doutrina como pela jurisprudên- que não esteja previsto em lei, seria algo ilógico.
cia. É o caso do disposto no caput do art. 2º da Lei nº Convém estabelecer a diferença entre motivo e
9.784/1999: motivação. Motivo é o ato que autoriza a prática da
medida administrativa, portanto, antecede o ato
“A Administração Pública obedecerá, dentre outros, administrativo. A motivação, por sua vez, é o funda-
aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, mento escrito, de fato ou de direito, que justifica a
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, prática da referida medida. Exemplo: na hipótese de
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, alguém sofrer uma multa por ultrapassar limite de
interesse público e eficiência”. velocidade, a infração é o motivo (ultrapassagem do
limite máximo de velocidade); já o documento de noti-
Princípio da Autotutela ficação da multa é a motivação. A multa seria, então, o
ato administrativo em questão.
A autotutela é um princípio que diz respeito ao Quanto ao momento correto para sua apresenta-
controle interno que a Administração Pública exer- ção, entende-se que a motivação pode ocorrer simul-
ce sobre os seus próprios atos. Isso significa que, taneamente, ou em um instante posterior a prática do
havendo algum ato administrativo ilícito ou que seja ato (em respeito ao princípio da eficiência). A motiva-
inconveniente e contrário ao interesse público, não é ção intempestiva, isso é, aquela dada em um momen-
necessária a intervenção judicial para que a própria to demasiadamente posterior, é causa de nulidade do
320 Administração anule ou revogue esses atos. ato administrativo.
Princípio da Finalidade Esses não são os únicos princípios que regem as
relações da Administração Pública. Porém, escolhe-
Sua previsão encontra-se no art. 2º, par. único, II, mos trazer com mais detalhes os princípios que jul-
da Lei nº 9.784/1999. gamos ser mais característicos da Administração. Isso
não quer dizer que outros princípios não possam ser
“Nos processos administrativos serão observados, estudados ou aplicados a esse ramo jurídico. A Admi-
entre outros, os critérios de: II - atendimento a fins de nistração também deve atender aos princípios da res-
interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de ponsabilidade, ao princípio da segurança jurídica, ao
poderes ou competências, salvo autorização em lei”. princípio do contraditório e ampla defesa, ao princí-
pio da isonomia, entre outros.
O princípio da finalidade muito se assemelha ao da
primazia do interesse público. O primeiro impõe que
o Administrador sempre aja em prol de uma finalida-
de específica, prevista em lei. Já o princípio da supre- EXERCÍCIOS COMENTADOS
macia do interesse público diz respeito à sobreposição
do interesse da coletividade em relação ao interesse 1. (FCC – 2020) Considerando os princípios que regem a
privado. A finalidade disposta em lei pode, por exem- Administração Pública, de acordo com o princípio da:
plo, ser justamente a proteção ao interesse público.
Com isso, fica bastante clara a ideia de que todo I. Indisponibilidade do interesse público, os interesses
ato, além de ser devidamente motivado, possui um públicos não se encontram à livre disposição do Admi-
fim específico, com a devida previsão legal. O desvio nistrador público.
de finalidade, ou desvio de poder, são defeitos que tor- II. Supremacia do interesse público, a Administração
nam nulo o ato praticado pelo Poder Público. Pública está sempre acima dos direitos e garantias
individuais.
Princípio da Razoabilidade III. Segurança jurídica, deve ser prestada a assistência
jurídica integral e gratuita aos que comprovem insufi-
Agir com razoabilidade é decorrência da própria ciência de recursos.
noção de competência. Todo poder tem suas corres- IV. Continuidade do serviço público, o serviço público,
pondentes limitações. O Estado deve realizar suas atendendo a necessidades essenciais da coletividade,
funções com coerência, equilíbrio e bom senso. Não como regra, não deve parar.
basta apenas atender à finalidade prevista na lei, mas
é de igual importância o como ela será atingida. É uma Está correto o que se afirma APENAS em
decorrência lógica do princípio da legalidade.
Dessa forma, os atos imoderados, abusivos, irracio- a) II e III.
nais e incoerentes, são incompatíveis com o interesse b) I e II.
público, podendo ser anulados pelo Poder Judiciário c) III e IV.
ou pela própria entidade administrativa que prati- d) I e IV.
cou tal medida. Em termos práticos, a razoabilidade e) II e IV.
(ou falta dela) é mais aparente quando tenta coibir o
excesso pelo exercício do poder disciplinar ou poder A frase II está errada, é verdade que a Administra-
de polícia. Poder disciplinar traduz-se na prática de ção Pública se encontra em uma posição superior
atos de controle exercidos contra seus próprios agen- em relação aos particulares. Todavia, isso não sig-
tes, isso é, de destinação interna. Poder de polícia é o nifica que ela esteja, também, acima dos direitos e
conjunto de atos praticados pelo Estado que tem por garantias individuais. A frase III está errada, a segu-
escopo limitar e condicionar o exercício de direitos rança jurídica é uma garantia concedida a todos os
individuais e o direito à propriedade privada. cidadãos e impede que a Administração Pública ata-
que situações jurídicas já resolvidas anteriormente.
Princípio da Proporcionalidade A frase, na verdade, trata do benefício da assistên-
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
cia judiciária gratuita. Resposta: Letra D.
O princípio da proporcionalidade tem similitudes
com o princípio da razoabilidade, sendo implícito 2. (VUNESP – 2020) Em Direito Administrativo, quando
também. Há muitos autores, inclusive, que preferem se fala que nem tudo que é legal é honesto, estamos
unir os dois princípios em uma nomenclatura só. De nos referindo ao princípio constitucional
fato, a Administração Pública deve atentar-se a exage-
ros no exercício de suas funções. A proporcionalidade a) implícito da finalidade administrativa.
é um aspecto da razoabilidade voltado a controlar a b) implícito da motivação administrativa.
justa medida na prática de atos administrativos. Bus- c) explícito da moralidade administrativa.
ca evitar extremos, exageros, pois podem ferir o inte- d) explícito do poder-dever do administrador público.
resse público. e) explícito da publicidade.
Segundo o art. 2º, par. único, VI, da Lei nº 9.784/1999,
deve o Administrador agir com “adequação entre meios A letra A está errada, o princípio da finalidade diz
e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições respeito aos atos administrativos, porque eles devem
e sanções em medida superior àquelas estritamente sempre cumprir uma finalidade específica, que é o
necessárias ao atendimento do interesse público”. Na interesse público. Todos os atos que acarretem em
prática, a proporcionalidade também encontra sua interesses pessoais, do administrador ou de direitos,
aplicação no exercício do poder disciplinar e do poder costuma-se dizer que tais atos possuem desvio de fina-
de polícia. lidade, e devem ser anulados. A letra B está errada, o 321
princípio da motivação também diz respeito aos atos Não há hierarquia na aplicação dos princípios.
administrativos, mas a diferença é que este impõe Eles devem ser interpretados de forma harmônica. No
que os atos administrativos devem estar devidamen- entanto, isso não impede que um ou outro esteja mais
te motivados, não existe ato administrativo sem uma presente quando da análise de uma situação concre-
fundamentação, sem uma razão de ser. A letra D está ta. Nesse ponto, não falaremos de hierarquia, mas da
errada, não existe um princípio explícito do poder-de- mera aplicabilidade do princípio à situação concreta
ver do administrador público. A letra E está errada, trazida à análise.
pois o princípio da publicidade traduz-se na exigência Vamos enumerar as características dos princípios
de que todos os atos administrativos sejam públicos. colocadas até então:
Isso garante maior transparência e fiscalização por
parte dos cidadãos. Resposta: Letra C. z Generalidade;
z Abstração;
z Ausência de hierarquia entre si;
3. (FCC – 2019) O direito administrativo disciplina a
z Interpretação e validação de regras.
função administrativa dos entes federados, órgãos,
agentes e atividades desenvolvidas pela Administra-
Vejamos agora sobre as regras. Elas serão menos
ção Pública. Entre seus princípios está a legalidade, ou genéricas e abstratas. Ainda que aplicáveis eventual-
seja, cabe à Administração Pública: mente a várias situações correlatas, elas já procuram
se aproximar da realidade dos fatos, apresentando
a) Apresentar resultados positivos para o serviço público, comandos mais claros e concretos.
bem como o atendimento das necessidades públicas. No Brasil temos alguns critérios que podem ser uti-
b) Promover a qualificação de agentes públicos que lizados para a solução do conflito entre regras:
apresentem comportamento de acordo com o interes-
se público. z Hierárquico: prevalece a de maior hierarquia. Ex.:
c) Ser composta por agentes públicos que não usem a CF/88 sobre qualquer norma interna;
administração pública para a promoção pessoal. z Cronológico: prevalecerá a lei mais nova sobre o
d) Ter credibilidade voltada para transparência na defesa tema;
de direitos para a oferta de informações nos órgãos z Especialidade: prevalecerá a lei mais específica
públicos. sobre o tema.
e) Atuar de acordo com a lei e finalidades expressas ou
implícitas previstas no Direito. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
A questão é bem fácil, ela exige que o candidato O regime jurídico pode ser definido como conjunto
conheça o princípio da legalidade, que é um dos de normas que irá orientar uma determinada relação
mais característicos desse ramo. O princípio da jurídica. Vejamos dois exemplos para, desde já, seja
legalidade se resume à vinculação das ações dos possível ter em mente que esse conjunto de normas
administradores aos termos da Lei. Há pouca mar- poderá variar de acordo com a situação.
O primeiro deles seria um desentendimento seu com
gem de liberdade para o servidor atuar, uma vez que
seu vizinho em uma eventual construção irregular, que
se o fizer, estará cometendo uma ilegalidade, e pode
extrapola o direito de um e invade o direito do outro.
ser punido por isso. Resposta: Letra E.
Num segundo momento, imagine que você foi fla-
grado por uma viatura policial ao avançar um sinal
vermelho em alta velocidade.
Veja que, em que pese caber discussões de defesa
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO de direitos em ambos os exemplos, as normas apli-
cáveis aos casos não são as mesmas. No primeiro
CONCEITO exemplo há uma clara igualdade, o que não ocorre no
segundo momento.
Hoje conheceremos o regime jurídico-adminis- Para começar a entender o regime jurídico-admi-
trativo aplicável à Administração Pública, sendo, no nistrativo, ou seja, o regime jurídico ao qual se submete
entanto, necessário termos uma breve noção da dife- a Administração Pública quando da sua atuação, deve-
rença entre princípios e regras. remos entender dois princípios, chamados pela doutri-
na em Direito Administrativo de supra princípios:
Princípios x Regras
z Supremacia do interesse público;
z Indisponibilidade do interesse público.
Os princípios são a base de um ordenamento jurí-
dico, anteriores até mesmo à existência das normas,
Com base na supremacia do interesse público serão
pois influenciam no próprio processo legislativo.
criadas prerrogativas para proteger o interesse públi-
Podem constar expressamente ou não, tendo como co diante do interesse particular. Exemplo: presunção
característica terem enunciados genéricos, para apli- de veracidade e legitimidade dos atos administrativos.
cação num máximo possível de situações. Já a indisponibilidade do interesse público irá im-
Os princípios possuem alto nível de abstração, por restrições ao uso da coisa pública, também com in-
outra característica que irá permitir a sua aplicabili- tuito de proteção: inalienabilidade condicionada dos
dade a um grande número de situações. bens públicos.
Também poderão ser utilizados para análise da Importante ressaltar que a Administração Pública
validade de normas constantes do ordenamento jurí- nem sempre estará atuando sob este regime jurídi-
322 dico, assim como a sua correta interpretação. co-administrativo, apesar de esta ser a regra. Haverá
situações em que a Administração Pública estará atuan- Veja que a aplicabilidade do caput é bastante am-
do de igual para igual com o particular, sujeita a um pla: todos os poderes, todas as esferas, administração
regime de direito privado. Portanto, dito isso, vamos direta e indireta.
organizar essa parte do raciocínio. Você deve decorar esses princípios, fazendo uso do
famoso LIMPE, que traz a inicial de cada um dos prin-
z Regime jurídico de direito público: conceito restri- cípios constantes do caput.
to (regime jurídico-administrativo);
z Regime jurídico de direito privado. Legalidade
EXERCÍCIO COMENTADO
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Acerca de poderes admi-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item subsecuti- nistrativos, julgue o item subsequente.
vo, a respeito dos poderes da administração pública. Em decorrência do poder hierárquico, é lícita a avoca-
Poder discricionário corresponde à prerrogativa do ção por órgão superior, em caráter ordinário e por tem-
gestor público de avaliar a conveniência e a oportuni- po indeterminado, de competência atribuída a órgão
dade de praticar determinado ato administrativo. hierarquicamente inferior.
O poder discricionário do agente público é aquele A avocação, que ocorre quando um órgão superior traz
em que há maior margem de escolha para sua atua- para si atribuição de órgão subordinado, deverá ocor-
ção. Os termos conveniência e oportunidade serão rer sempre em caráter temporário. Resposta: Errado.
comuns quando da sua descrição. Resposta: Certo.
Poder disciplinar
Poder hierárquico
O poder disciplinar é a possibilidade que tem a
Por meio do poder hierárquico, a Administração Administração Pública de aplicar sanções àqueles que
Pública se organiza, atribuindo as competências e a ela estejam vinculados, ainda que temporariamen-
responsabilidades a seus órgãos e agentes da melhor te. Aqui temos um ponto que merece atenção. Para
maneira possível. que tenhamos a manifestação do poder disciplinar é
Esse poder se manifesta não só na possibilidade de necessário que haja um vínculo.
organização, como também por meio da hierarquiza- Tal vínculo poderá ser contratual (particular que
ção das estruturas, permitindo a imposição de diretri- presta serviços à Administração Pública) ou funcional
zes, ordens e revisão de trabalhos dentro da cadeia de (servidor público). Em que pese a natureza diferentes
324 subordinação. desses vínculos, há um vínculo específico.
Por outro lado, aquele que sofre sanção por come- b) extinção de funções ou cargos públicos, quando
ter alguma irregularidade, por exemplo, no âmbito da vagos;
legislação de trânsito, não será sancionado com base
no poder disciplinar, mas baseado no poder de polícia Por fim, teremos os regulamentos autorizados,
(que conheceremos em breve). que são atos normativos expedidos com base em auto-
rização concedida pelo Poder Legislativo. Esse fenô-
meno é conhecido como deslegalização. Nele a lei
autoriza que um tema que originariamente deveria
EXERCÍCIO COMENTADO ser tratado por meio de uma lei seja definido por meio
de um decreto.
1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Aplicação de multa a Aqui temos um ato normativo secundário que
sociedade empresária em razão de descumprimento poderá inovar por expressa previsão legal. Normal-
de contrato administrativo celebrado por dispensa de mente acontece em matérias excessivamente técnicas.
licitação constitui manifestação do poder Há na doutrina uma interpretação segundo a qual
o poder regulamentar é exercido apenas pelos Chefes
a) de polícia. de Poder Executivo. Enquanto que o poder norma-
b) disciplinar. tivo seria exercido pelas outras autoridades. Nesse
c) hierárquico. entendimento, o poder normativo é um conceito mais
d) regulamentar. amplo, que engloba o conceito de poder regulamentar.
e) vinculante.
Art. 37 [...]
Os efeitos causados por essa revisão podem variar.
VII - o direito de greve será exercido nos termos e
Caso seja uma anulação, pois era viciado o ato admi-
nos limites definidos em lei específica;
nistrativo, os efeitos serão, em regra, retroativos.
No caso de se tratar de revogação, que é quando A Lei nº 8.987/95, que trata de concessão de servi-
o ato não é viciado, mas se tornou inconveniente, os ços públicos, traz a mitigação da exceção do contrato
efeitos não serão retroativos. não cumprido (exceptio non adimpleti contractus). Um
Por fim, a revisão pode resultar em manutenção concessionário que tenha perante si uma Administra-
do ato anteriormente praticado, sendo mero exercício ção Pública inadimplente, só poderá romper o contra-
da autotutela e poder hierárquico da estrutura admi- to depois da apreciação da Justiça, diferentemente do
328 nistrativa em questão. que permite a lei entre particulares.
Dica Este é encarregado de, dentre outras funções, o
Exceptio non adimpleti contractus: princípio exercício da função administrativa, que é a atividade
decorrente do estudo de contratos em Direito concreta e imediata desenvolvida sob regime de direi-
Civil que permite a uma parte contratante não to público, para a consecução dos interesses coletivos.
cumprir seu contrato diante da inadimplência do Dentre as funções administrativas, temos a prestação
outro contratante. de serviços públicos em sentido estrito.
Considerando o que foi exposto, cumpre esclare-
Segundo o mesmo diploma normativo, teremos cer o que vem a ser serviço público e o que o diferen-
duas situações em que não restará caracterizada a cia das atividades de fomento, do exercício do poder
descontinuidade dos serviços: de polícia e da intervenção no domínio econômico.
O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendi- a) modicidade das tarifas, segundo o qual o serviço públi-
mento de que, havendo a extinção de concessão de co deve ser prestado aos hipossuficientes de forma
serviço público por decurso do prazo, cabe ao ente gratuita e universal;
concedente a retomada imediata da prestação do b) pessoalidade, segundo o qual o serviço público deve
serviço público até a realização de nova licitação, ser prestado em benefício a um círculo social previa-
para garantir a continuidade do serviço público, mente definido em lei;
não se condicionando o termo final do contrato ao c) continuidade, segundo o qual o serviço público, em
pagamento prévio de eventual indenização (REsp regra, não deve sofrer interrupções e deve ser presta-
1390911/SC). Resposta: Errado. do de forma permanente;
d) isonomia formal, segundo o qual o preço público cobra-
5. (VUNESP – 2018) Dentre os princípios regedores dos do para prestação do serviço deve ter valor progres-
serviços públicos, encontra-se o princípio pelo qual os sivo, de acordo com a capacidade contributiva do
serviços públicos devem ser prestados com a maior usuário; 337
e) onerosidade, segundo o qual o serviço público é remu- precário, entende-se que não pode ser utilizada para
nerado mediante tarifa e, em caso de inadimplemento outorga de serviço público). Em qualquer caso, é indis-
do usuário, pode ser suspenso independentemente de pensável a prévia licitação (art. 175, CF/1988), uma vez
aviso prévio. que ela é o meio que garante tratamento isonômico
entre os particulares competidores. Resposta: Letra D.
A letra A está errada, a modicidade das tarifas sig-
nifica que as tarifas cobradas pelo serviço público 10. (FCC – 2019) A exploração de serviços públicos por
devem ser baixas e módicas. A letra B está errada,
particulares demanda
não existe princípio da pessoalidade, pois os servi-
ços públicos devem atender ao número máximo de
a) transferência da titularidade dos serviços pelo ente
usuários possível, sem a possibilidade de discrimi-
público, para que o particular possa prestá-lo sob regi-
nação entre os usuários. A letra D está errada, pois
me jurídico de direito público;
a isonomia não tem relação com as tarifas cobra-
das aos usuários. A letra E está errada na sua parte b) vínculo jurídico formal para trespasse da execução dos
final, pois é vedada a suspensão do serviço público serviços públicos, a exemplo de contrato de conces-
sem o devido aviso prévio. Resposta: Letra C. são ou de permissão;
c) autorização legislativa e edição de decreto transferindo
8. (VUNESP – 2020) A delegação, a título precário, a titularidade do serviço público a particular;
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, d) a instituição de empresa estatal para celebração de
feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica consórcio com empresa privada vencedora da licita-
que demonstre capacidade para seu desempenho, por ção visando contratação da prestação de serviços;
sua conta e risco. e) celebração de contrato de concessão de serviços públi-
É correto afirmar que o texto do enunciado trata da cos precedido de licitação, admitida a modalidade de
pregão presencial para a seleção do vencedor.
a) concessão de serviço público;
b) licitação de serviço público; A letra A está errada, os particulares jamais podem
c) autorização de serviço público; prestar um serviço sob regime jurídico de direito
d) regulamentação de serviço público; público, pois eles são pessoas jurídicas de direito pri-
e) permissão de serviço público. vado. A letra C está errada, a exploração de serviços
públicos não enseja, exatamente, a transferência de
No enunciado da questão há algumas palavras-cha- titularidade, apenas da execução do serviço. Além
ve para identificar a forma de delegação do serviço disso, tal outorga é feita mediante contrato. A letra D
público que a questão pede. Essas palavras são: “títu- está errada, a celebração de consórcio público pode
lo precário”, “mediante licitação”, “pessoa física” e ser feita pelos membros da Administração Direta e
“por sua conta e risco”. Se é a título precário, signifi- Indireta, seja de direito público ou de direito privado.
ca que pode ser revogada a qualquer tempo. Se a con- A letra E está errada, a concessão de serviço público
cessão é realizada mediante licitação, significa que somente pode ser feita mediante concorrência, pois
o ente que recebeu a delegação o fez mediante con- é um procedimento licitatório que envolve projetos
trato administrativo (e não ato). Além disso, tal ente grandes e vultosos. Resposta: Letra B.
desempenha as funções do serviço público por sua
conta e risco, responsabilizando-se pelos eventuais
danos. Logo, a única opção que se enquadra perfeita-
mente nesse quadro é a permissão. Resposta: Letra E.
ATOS ADMINISTRATIVOS
9. (FCC – 2018) Com a finalidade de satisfazer as neces-
sidades de toda a coletividade, em conformidade com CONCEITO
a Constituição Federal, o Poder Público presta servi-
ços públicos, na forma da Lei, Podemos entender ato administrativo como uma
manifestação unilateral relevante para o mundo jurídi-
a) diretamente ou sob regime de concessão ou permis- co. Por meio deles, a Administração Pública irá procu-
são, podendo ser dispensada a licitação após avaliação rar os efeitos jurídicos ligados aos diversos interesses
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica; públicos que estará buscando, de acordo com cada
b) sob o regime de concessão ou permissão por meio de situação.
licitação ou diretamente dispensada a licitação;
c) diretamente por meio de licitação ou sob o regime de z Ato administrativo: manifestação unilateral da
concessão e permissão dispensada a licitação; Administração Pública com objetivo de atingir o
d) diretamente ou sob o regime de concessão ou permis- interesse público por meio de efeitos jurídicos.
são, sempre por meio de licitação;
e) diretamente ou sob o regime de concessão ou permis- Devemos ter em mente que esse conceito deve ser
são, podendo ser dispensada a licitação nos casos de entendido como a atuação da Administração Públi-
garantia de direitos fundamentais. ca, em regra, por meio de seu poder de império, se
impondo perante o particular.
Questão relativamente fácil. Os serviços públicos Por outro lado, o termo atos da administração
podem ser prestados diretamente pelo Estado, como será entendido quando a Administração Pública atua
ocorria na maioria dos casos, até a promulgação da desprovida de seu poder de império, portanto em
Constituição de 1988. Porém, poderá também prestar igualdade com o particular.
serviços públicos mediante o regime de concessão e Não confunda atos administrativos com atos da
338 permissão (a autorização, por ser ato administrativo administração.
Os atos administrativos são predominantemen- O vício que recai sobre finalidade não poderá ser
te regidos pelo direito público, enquanto os atos da convalidado. Aqui temos duas hipóteses, que vão seguir
administração, predominantemente regidos pelo a linha dos conceitos de finalidade colocados acima.
direito privado. A finalidade geral poderá ser ferida quando o
agente público pratica o ato em interesse próprio.
REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Vejamos um exemplo. Caso um superior promova a
remoção de um servidor com base em divergências
São cinco os requisitos ou elementos do ato admi- políticas, o ato foi praticado com o objetivo de atender
nistrativo: competência, finalidade, forma, motivo a um interesse particular, não ao interesse público,
e objeto. Quando temos a ausência ou algum tipo de portanto será viciado.
vício sobre um deles, poderemos ter até mesmo a nuli- Já a finalidade específica, utilizando uma hipótese
dade total do ato. Vejamos cada um deles. parecida, será ferida quando a remoção de um servi-
dor para um município diferente ocorrer com a fina-
lidade de punir o servidor por determinada conduta
Competência
irregular. Nesse caso, ainda que haja motivo para que
o servidor seja punido, a remoção não é prevista como
É o conjunto de atribuições de determinado agente
punição, mas como instrumento de gestão de pessoal.
público, entidade ou órgão. Para que haja o respeito a
esse requisito, é necessário que autoridade que prati-
Forma
ca o ato esteja respaldada por atos normativos, ainda
que infralegais.
A forma é o modo pelo qual é exteriorizado o ato
A competência é irrenunciável, intransferível
administrativo. Nesse contexto, importante trazermos
e imprescritível (não se extingue com o decurso do o art. 22, da Lei nº 9.784/99, Lei do Processo Adminis-
tempo). No entanto, a lei permite a delegação e a avo- trativo Federal.
cação. Esta sempre ocorrerá no contexto hierárquico Lei nº 9.784/99
entre os órgãos envolvidos, o que não se impõe ao ins-
tituto da delegação, que poderá ocorrer entre órgãos Art. 22 Os atos do processo administrativo não de-
sem subordinação hierárquica. pendem de forma determinada senão quando a lei
Vejamos agora alguns vícios que podem recair expressamente a exigir.
sobre o requisito competência.
Inicialmente temos o usurpador de função. Nesse No dispositivo podemos perceber o princípio da
caso uma pessoa se passa por agente público, exer- informalidade, que não deve ser utilizada para impe-
cendo suas atribuições sem ter qualquer ligação com dir ou retardar a prática dos atos pelos interessados
a Administração Pública. Aqui não há possibilidade no processo administrativo.
de convalidação do ato (conserto, correção), pois ele
é inexistente. Tal conduta é crime previsto do artigo Motivo
328 do Código Penal. Exemplo: pessoa se finge de fis-
cal para extorquir e aplica multa. Agora vamos ao atributo motivo, que corresponde
Em seguida, temos o excesso de poder, que ocorre aos fundamentos de fato e de direito que respaldam
quando a autoridade competente pratica um ato até a execução do ato administrativo. Vamos entender
previsto no ordenamento jurídico, mas fora de suas melhor isso.
atribuições. Tal ato é passível de convalidação, des- Aqui temos duas definições passíveis de serem
de que seja realizada pela autoridade que teria com- cobradas em prova.
petência para praticar o ato inicialmente. Exemplo:
superior hierárquico aplica pena de suspensão de 20 z Motivo de direito: a previsão em lei de hipótese
dias, quando a lei permitiria apenas 15. que irá permitir a execução do ato;
Finalmente temos a função de fato. Esse é o caso z Motivo de fato: a ocorrência da hipótese prevista
em que o agente fora irregularmente investido pela em lei no mundo real.
I - concorrência;
Tomada de preços
II - tomada de preços;
III - convite; Com fundamento no art. 22, § 2°, da Lei n°
IV - concurso; 8.666/1993, a tomada de preços é a modalidade reali-
V - leilão. zada entre interessados já devidamente cadastrados,
ou que atendem as condições específicas do edital e
Concorrência requeiram seu cadastramento em até três dias úteis
antes do recebimento das propostas. Percebe-se, com
A concorrência é a espécie de licitação em que qual- isso, que o número de competidores é menor, se com-
parado com o da concorrência.
quer pessoa pode participar, desde que preencha os
A tomada de preços, geralmente, envolve projetos
requisitos básicos e mínimos exigidos no edital na espe-
de vulto médio. Os valores limites para a tomada de
cificação do objeto licitatório. Tem o seu fundamento
preços são:
no art. 22, § 1° da Lei n° 8.666/1993. É um procedimento
que envolve uma grande quantidade de competidores,
z Para obras e serviços de engenharia; os valores
em atendimento ao princípio da isonomia.
das propostas serão de até R$ 3.300.000,00 (três
A concorrência, de modo geral, é utilizada para
milhões e trezentos mil reais); e
projetos de grande vulto, envolvendo grandes valo- z Para os demais serviços em geral; até R$ 1.430.000,00
res econômicos. Podemos, inclusive, realizar uma (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).
diferenciação entre a concorrência, a tomada de pre-
ços e o convite justamente pelos seus valores limites. O prazo de intervalo mínimo entre a publicação do
O estudo desses valores-limite merece maior desta- edital e a entrega dos envelopes é de trinta dias corri-
que, considerando uma atualização recentemente da dos para a melhor técnica ou melhor técnica e preço,
matéria. Em 2018, o então presidente Michel Temer sendo de 15 dias corridos para a de menor preço.
editou o Decreto n° 9.412/2018, alterando os valo-
res dispostos nos incisos I e II do art. 23 da Lei n° Convite
8.666/1993.
Com isso, podemos afirmar que, a concorrência O convite (art. 22, § 3°, Lei n° 8.666/1993) é a moda-
possui um valor piso, isso é, um valor mínimo que deve lidade de licitação entre os interessados que atuam no
constar nas propostas apresentadas. Esses limites são: ramo do referido projeto. Como o próprio nome aduz,
a Administração convida, no mínimo, três prestadores
z Para as obras e serviços de engenharia, acima de de serviços para participarem do procedimento. Essa
O julgamento objetivo das propostas favorece o z Fraudar a licitação: suas hipóteses estão contidas
ambiente competitivo entre os licitantes, para que nos incisos do art. 96 da Lei n° 8.666/1993. São cin-
eles possam celebrar contratos com a Administração co formas de fraudar a licitação:
Pública, evitando apadrinhamentos, favoritismos
e perseguições dos licitantes. Qualquer ato que pos- I - elevando arbitrariamente os preços;
sa prejudicar a competitividade dentro da licitação, II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, merca-
favorecendo um competidor, ou ainda um ato que doria falsificada ou deteriorada;
provoque a desistência de todos os outros licitantes, é III - entregando uma mercadoria por outra;
considerado crime, punível com pena de detenção, de IV - alterando substância, qualidade ou quantidade
2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. da mercadoria fornecida;
V - tornando, por qualquer modo, injustamente,
mais onerosa a proposta ou a execução do contra-
z Patrocínio direto ou indireto de interesse pri-
to”. Como se depreende da leitura dos incisos do
vado: este crime está disposto no art. 91 da Lei de
referido artigo, são atos que, mesmo que não ense-
Licitações. Basicamente, não pode o particular se
jam em violação de um princípio, ou que frustre a
beneficiar do procedimento licitatório almejando
competição, são atos que acabam fraudando a lici-
interesse próprio, ou de terceiros. Não pode, por
tação. A pena por fraudar a licitação é de 3 (três) a
exemplo, o gestor público realizar uma licitação
5 (cinco) anos e multa.
em que todos os competidores são gerentes de
empresas em que o gestor é um dos acionistas e,
independente de quem for o vencedor, isso obvia- A pena de multa, presente em praticamente todos
mente deve gerar ganho pessoal, independente ou os crimes contra a licitação consiste no pagamento
não de aumento efetivo de seu patrimônio ou de de quantia fixada na sentença e calculada em índices
terceiros. De modo geral, essa é a hipótese também percentuais, cuja base deve corresponder ao valor
do crime denominado de advocacia administrati- da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente
va, prevista no art. 321 do Código Penal. auferível pelo agente (art. 99, Lei n° 8.666/1993).
Rescisão é o ato que visa a extinção do contrato. De Alguns serviços públicos não podem parar, dada a
novo, somente a Administração Pública pode rescin- sua grande importância para a população. Mas o que
dir unilateralmente o contrato administrativo, mesmo ocorre quando o particular não pode mais continuar
que o particular não concorde com o ato. A rescisão com a execução do contrato?
unilateral pode ocorrer: Para essas hipóteses, a Administração pode assumir
a atividade, por conta própria, para que a população
z Inadimplemento culposo: é a hipótese em que não seja afetada. Para isso, a retomada do objeto exige
particular comete um ato pela falta de cuidado, a assunção imediata do objeto do contrato; a ocupação
isso é, ele age com culpa (não cumprimento ou das instalações e pessoal; a execução da garantia con-
cumprimento irregular, atraso na entrega do pro- tratual; bem como a retenção dos créditos contratuais
jeto, paralisação, faltas reiteradas etc.) até o limite dos prejuízos causados. Aquilo que a Admi-
z Inadimplemento involuntário: aqui não há a nistração deveria pagar mensalmente ao particular
presença da culpa, porque são questões alheias, deixa de fazer até o limite dos prejuízos.
mas que ainda assim fazem com que o particular
fique impossibilitado de continuar com a execução Restrições à exceção do contrato não cumprido
contratual. É o caso do desaparecimento do parti-
cular, ou de sua insolvência. A exceptio non adimpleti contractus é uma outra
z Razões de interesse público: pode ocorrer que forma de corrigir o mesmo problema apresentado
a execução do contrato deixe de fornecer as van- anteriormente. Aqui, o contratado deve continuar
tagens almejadas pela Administração. Assim, ela com a execução do pacto, não importa o que aconteça,
pode rescindir o contrato simplesmente porque cabendo apenas a suspensão da execução do contrato
não deseja mais continuar com sua execução, por- se houver paralisação superior a 120 dias ou atraso
que não é mais interesse público continuar com nos pagamentos superior a 90 dias.
ele. Essa é uma hipótese em que é cabível inde-
nização, na forma do art. 79, § 2°. Observe que a Equilíbrio econômico-financeiro
noção de “interesse público” é algo cambiante, que
varia muito para quem está no Poder. Um aspecto de natureza orçamentária e finan-
z Caso fortuito ou força maior: são as hipóteses em ceira muito importante dos contratos administrativos.
que eventos alheios a ambas as partes impedem a Também denominada equação econômico-financeira,
execução do contrato. Aqui temos uma diferença: o consiste em uma garantia estabelecida, no momen-
caso fortuito e/ou força maior, nos contratos admi- to da celebração do contrato, para a manutenção do
nistrativos, são passíveis de indenização, na forma equilíbrio dos encargos assumidos e da remuneração
do art. 79, § 2°. Isso não acontece na esfera privada.
percebida pelo particular, garantindo a este uma cer-
ta margem de lucro pela execução do negócio.
Fiscalização Para compreender a manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro nos contratos administrativos,
De modo geral, é possível colocar um agente para é importante salientar a Teoria da Imprevisão. Tra-
ficar de olho na execução do serviço avençado. Esse ta-se de uma corrente, com aplicação também nos
agente fiscalizador pode ser da Administração, ou ramos de Direito Privado, que admite que as condi-
alguém contratado pelo próprio particular. ções das partes podem sofrer alterações desde o início
da sua celebração. Pela ocorrência de algum even-
Aplicação de sanções to imprevisto pelas partes, pode ocorrer um grande
desequilíbrio na relação contratual, fazendo com que
Em vez de rescindir o contrato de uma vez, pode uma das partes tenha lucros excessivos, e a outra se
a Administração impor sanções caso o particular não prejudique ainda mais com a execução do contrato.
cumpra com todos os termos avençados. Mas o parti- Por isso, admite-se a possibilidade de revisão de algu-
cular pode sempre insurgir contra todas as penalida- mas cláusulas. Diz-se que os contratos que admitem
des, mediante recurso administrativo. revisão regem-se pelo vernáculo do rebus sic stantibus
Sobre as sanções em espécie, são elas: (“enquanto as coisas se mantiverem nesse estado”),
em oposição ao pacta sunt servanda (“os pactos devem
z Advertência: ser cumpridos”). Nos contratos administrativos apli-
ca-se com maior frequência a rebus sic stantibus.
Multa, podendo ser cumulada com as demais; Possui previsão constitucional (art. 37, XXI, da
Suspensão para nova licitação ou contrato por CF/1988), que estabelece, no procedimento licitatório,
até dois anos; e a manutenção das condições efetivas da proposta. O
Declaração de inidoneidade para participar de art. 65, II, d, da Lei n° 8.666/1993, seguindo essa linha
licitação ou contrato, enquanto perdurarem os de raciocínio, dispõe que:
motivos ou ocorra a reabilitação, após o mesmo
prazo da pena anterior. Art. 65 Os contratos regidos por esta Lei poderão
ser alterados, com as devidas justificativas, nos
A diferença da suspensão para a declaração de ido- seguintes casos:
neidade é que, no primeiro caso, terminado o prazo II - por acordo das partes:
da suspensão, o particular adquire capacitação para [...]
contratar automaticamente. Mas no caso da declara- d) para restabelecer a relação que as partes pac-
ção de idoneidade, o particular precisa de uma rea- tuaram inicialmente entre os encargos do contra-
362 bilitação para poder contratar com o Poder Público. tado e a retribuição da administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, enseja a revisão tarifária, desde que comprovada a
objetivando a manutenção do equilíbrio econô- imprevisibilidade e estranheza do fato, bem como o
mico-financeiro inicial do contrato, na hipótese desequilíbrio anormal na equação econômico-finan-
de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis ceira. Exemplo: em um contrato de transporte de mate-
porém de consequências incalculáveis, retardado- riais de construção elaborado entre um Município e um
res ou impeditivos da execução do ajustado, ou,
particular, houve aumento da carga tributária sobre o
ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato
do príncipe, configurando álea econômica extraor-
ICMS, um imposto de competência do Estado onde se
dinária e extracontratual”. situa o Município e o contratado.
I - assunção imediata do objeto do contrato, no A letra A está errada, licitação deserta é aquela em que
estado e local em que se encontrar, por ato próprio não existem competidores, não há ninguém interes-
da Administração; sado no certame, tornando-a “deserta” dessa forma.
II - ocupação e utilização do local, instalações, equi- A letra B está errada, quando a licitação é deserta, é
pamentos, material e pessoal empregados na exe- caso de licitação dispensável, e não de inexigibilidade.
cução do contrato, necessários à sua continuidade, A letra C está errada, licitação fracassada é aquela em
na forma do inciso V do art. 58 desta Lei; que os competidores aparecem para o certame, mas
III - execução da garantia contratual, para ressarci- todos eles acabam não sendo aprovados, isso é, todos
mento da Administração, e dos valores das multas os competidores ficam inabilitados para competir no
e indenizações a ela devidos; procedimento licitatório. A letra D está errada, tanto
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato na hipótese de licitação deserta como na licitação fra-
364 até o limite dos prejuízos causados à Administração. cassada. Resposta: Letra E.
2. (FCC – 2019) De acordo com a Lei n° 8.666/1993, de bem público os bens das empresas públicas e
quando permitida na licitação a participação de sociedades de economia mista;
empresas em consórcio: z Corrente inclusivista: defendida por autores
como Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Hely Lopes
a) não é admitido, para efeito de qualificação técnica, o Meirelles, consideram bens públicos todos os bens
somatório dos quantitativos de cada consorciado, pertencentes à Administração Pública Direta e
sendo necessária a comprovação individual. Indireta. Apesar de tal abrangência, essa corren-
b) é desnecessária a indicação da empresa responsável te não deixa clara a diferença de regime jurídico
pelo consórcio uma vez que todos devem atender às entre os bens utilizados para a prestação de um
condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no serviço público, e os bens destinados à exploração
edital. de atividade econômica;
c) há responsabilidade solidária dos integrantes pelos z Corrente mista: tal corrente nos parece ser a mais
atos praticados em consórcio, tanto na fase de licita- correta, pois define bens públicos não só aque-
ção quanto na de execução do contrato. les pertencentes às pessoas jurídicas de Direito
d) não há impedimento de participação de empresa con- Público, como também os bens afetados a uma
sorciada, na mesma licitação, através de mais de um prestação de um serviço público. Os bens afeta-
consórcio, sendo vedado apenas a participação de dos às prestações de serviços públicos, mesmo que
forma isolada. não pertencentes às pessoas jurídicas de Direito
e) a indicação da empresa responsável pelo consórcio Público, possuem atributos específicos dos demais
que deverá atender às condições de liderança, obriga- bens públicos, tais como a impenhorabilidade.
toriamente fixadas no edital, deverá ocorrer no prazo Essa é a corrente defendida por Celso Antônio Ban-
preclusivo de 48 horas após a divulgação do consór- deira de Mello.
cio licitante vencedor.
Com base no conceito disposto, podemos incluir
A participação de empresas em consórcio é discipli- como bens públicos: os bens da Administração Públi-
nada pelo art. 33 da Lei n° 8.666/1993. Quando tal ca Direta, isso é, bens da União (art. 20 da CF/1988),
participação é possível, há responsabilidade solidá- dos Estados (art. 26, idem), dos Municípios (pelo cri-
ria dos integrantes pelos atos praticados em consór- tério residual, são todos aqueles não pertencentes à
cio, tanto na fase de licitação quanto na de execução União e aos Estados, como ruas, praças, parques), e
do contrato. Resposta: Letra C. dos Territórios Federais (art. 33, idem), bem como os
bens da Administração Pública Indireta, inclusive
os bens particulares, pertencentes às pessoas jurí-
dicas de Direito Privado, mas que são afetados à
prestação de um serviço público, como os bens das
BENS PÚBLICOS empresas públicas, sociedades de economia mista,
concessionárias e permissionárias.
REGIME JURÍDICO DE BENS PÚBLICOS MÓVEIS E
IMÓVEIS CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS MÓVEIS
E IMÓVEIS
Conceitos Iniciais
Os bens públicos, em regra, pertencem à Adminis-
Denomina-se domínio público o conjunto de tração Pública. Por esse motivo, são dotados de um
bens, móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, regime jurídico especial que os diferenciam dos bens
pertencentes ao Estado. Bens públicos, na verdade, é particulares. De modo geral, podemos identificar três
uma expressão mais abrangente, uma vez que exis- atributos essenciais dos bens públicos:
tem bens constituintes do patrimônio público que são
regidos pelas regras de Direito Privado. z Inalienabilidade: os bens públicos, em regra, não
Conceituar bens públicos é uma tarefa árdua. O podem ser vendidos livremente como os bens par-
direito brasileiro não apresenta uma concepção satis- ticulares, pois a legislação impõe certas condições
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
fatória na visão dos autores administrativos. No míni- específicas para a venda de tais bens. Por não ser
mo, utilizam o excerto do art. 98 do Código Civil, que uma proibição absoluta, há autores que preferem
dispõe: “São públicos os bens do domínio nacional a denominação alienação condicionada. Pela ina-
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público lienabilidade, também podemos afirmar que os
interno; todos os outros são particulares, seja qual for bens públicos não podem ser embargados, hipote-
a pessoa a que pertencerem”. Tal conceito, todavia, cados, desapropriados, penhorados, reivindicados,
não é aceito de maneira unânime pelos doutrinadores e nem poderão ser objeto de servidão;
administrativistas, que dividem seu posicionamento a z Impenhorabilidade: a penhora é uma constrição
partir das seguintes correntes: judicial dos bens de alguma pessoa, para satisfa-
zer a execução promovida por outra. Ao dizer que
z Corrente exclusivista: é a ideologia dos autores os bens públicos são inalienáveis, pela lógica, con-
como José dos Santos Carvalho Filho, que enten- clui-se que eles também não podem ser penhora-
dem estar absolutamente correto o dispositivo dos. É a impenhorabilidade, inclusive, que justifica
legal do Código Civil, e que o conceito de bens a existência de execução especial contra a Fazenda
públicos deve abranger somente os bens que Pública e da ordem dos precatórios disposto no
compõem o patrimônio das pessoas jurídicas art. 100 da CF/1988, sendo impossível promover
de Direito Público. Embora esta seja a corrente a execução normal dos bens da Administração
mais aceita para os concursos públicos, enten- pelas regras do Código de Processo Civil. A impe-
demos que ela peca em não incluir na concepção nhorabilidade também atinge os bens públicos das 365
empresas públicas, sociedades de economia mista prescreve que são bens públicos “os de uso comum do
e concessionárias, que são afetados à prestação de povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”.
um serviço público; Pela sua característica de utilização universal, os
z Imprescritibilidade: no caso dos bens públicos, bens de uso comum são inalienáveis. Isso significa
a imprescritibilidade é na forma aquisitiva. Isso que, enquanto mantiverem esse status de utilização
significa que os bens públicos não são passíveis de geral por toda a população, não poderá ser vendido
usucapião, que é a forma de aquisição da proprie- ou onerado (art. 100 do CC). Para que possam ser devi-
dade com a posse contínua de imóvel ao longo do damente alienados, precisam passar pelo processo
tempo (art. 183, §3º, da CF/1988, e art. 102 do CC). de desafetação, hipótese em que se transformam em
Trata-se de uma característica atribuída a todos os bens dominicais. Apesar da utilização ser comum a
bens públicos, inclusive os bens dominicais; todos, nada impede que a utilização desses bens seja
z Não-onerabilidade: é uma consequência natural da
remunerada, ou seja, os bens de uso comum não são
impenhorabilidade. Se o bem público não pode ser
obrigatoriamente gratuitos (art. 103, CC).
alienado e nem penhorado, também não pode sofrer
qualquer tipo de encargo ou outra oneração, porque
Bens de Uso Especial
são bens que não possuem valor patrimonial.
Também denominados bens do patrimônio
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS MÓVEIS E
IMÓVEIS administrativo, são os bens que apresentam uma
destinação (finalidade) específica, e por isso, são con-
O Código Civil brasileiro apresenta uma seção espe- siderados instrumentos para a execução de serviços
cial para disciplinar a matéria dos bens públicos, esta- públicos. São os prédios das repartições públicas, os
belecendo o seu conceito (art. 98), classificação (art. cemitérios, os mercados municipais, os matadou-
99), a inalienabilidade dos bens de uso comum e uso ros etc. O art. 99, II, do CC assim dispõe que são bens
especial (art. 100), a admissão de alienação dos bens públicos: “os de uso especial, tais como edifícios ou
dominicais (art. 101), a imprescritibilidade dos bens terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
públicos (art. 102), e sua forma de utilização (art. 103). administração federal, estadual, territorial ou munici-
Em relação a classificação dos bens públicos, a pal, inclusive os de suas autarquias”
doutrina costuma agrupá-los em três grupos: Assim como os bens de uso comum, os bens espe-
ciais também são, em regra, inalienáveis, dado a sua
z Quanto à titularidade: é o critério que estabelece utilização específica e essencial para a prestação de
os bens públicos de acordo com o nível federativo um serviço público, compondo o patrimônio indis-
da pessoa jurídica a que pertençam, podendo ser: ponível da Administração Pública. A sua alienação
federais, estaduais, municipais ou distritais; somente será possível também pela sua transforma-
z Quanto à disponibilidade: os bens podem ser: ção em bens dominicais pela desafetação.
indisponíveis por natureza, que não possuem
natureza patrimonial e insuscetíveis a qualquer Bens Dominicais
alienação ou oneração. São os bens de uso comum
do povo, como os mares, o meio ambiente, paisa- São também denominados bens do patrimônio
gens naturais etc.; patrimoniais indisponíveis, que fiscal da Administração. Não possuem uma destina-
apesar de terem valor de mercado, por estarem ção específica, podendo ser utilizado sem qualquer
destinados a um interesse público, não podem ser
finalidade pela Administração. São as terras devolu-
alienados. São os bens de uso especial, como as
tas, terrenos baldios, carteiras de escolas públicas,
repartições públicas, mercados municipais, veícu-
títulos da dívida pública etc.
los da Administração etc.; patrimoniais disponíveis,
A grande distinção entre os bens dominicais sobre
são os bens que podem ser onerados e legalmente
os demais é a ausência de interesse público na sua uti-
passíveis de alienação. É o caso dos bens dominicais
ou dominiais, como as terras devolutas; lização: os bens dominicais possuem apenas interesse
z Quanto à destinação: os bens, sob esse critério, patrimonial e secundário do Estado. Nesse sentido, o
poderão ser de três tipos: bens de uso comum do art. 99, III, do CC assim prescreve serem dominicais os
povo; bens de uso especial; bens dominicais. bens “que constituem patrimônio das pessoas jurídi-
cas de direito público, como objeto de direito pessoal,
DOS MEIOS DE UTILIZAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS ou real, de cada uma destas entidades”.
PELO PARTICULAR Mas os bens dominicais não precisam pertencer
somente à Administração Direta. Segundo o parágrafo
Antes de determinar as modalidades diferentes do único do art. 99 do referido Código:
uso de bens públicos pelo administrado, é importante
fazer uma breve consideração. Quanto a sua destina- Não dispondo a lei em contrário, consideram-se
ção, os bens públicos poderão ser de uso comum do dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídi-
povo, de uso especial, ou ainda dominicais. cas de direito público a que se tenha dado estrutura
de direito privado.
Bens de Uso Comum
O referido dispositivo, dessa forma, acrescenta ao
São os bens do domínio público, abertos a utilização grupo dos bens disponíveis do Estado os bens perten-
universal, por todos os cidadãos. São os mares, os rios, centes às fundações governamentais de Direito Pri-
o meio ambiente, as florestas, as paisagens naturais, vado que não possuem destinação específica para a
366 entre outros. Nesse mesmo sentido, o art. 99, I, do CC execução de um serviço público.
Da Outorga dos Bens Públicos: Concessão,
Importante! Permissão, Autorização
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), no jul- Os bens públicos, sejam de uso comum, de uso
gamento do RESP n° 1.296.964 no dia 7 de especial ou dominicais, podem ser outorgados a deter-
dezembro de 2016, firmou entendimento de ser minados particulares. Essa outorga, como já vimos,
possível que particulares possam discutir a pos- tem algumas características importantes, como o fato
se de imóvel localizado em área pública sem de ser uma outorga precária (que pode ser revogada
destinação específica, por meio da tutela judicial a qualquer tempo), envolvendo juízo de discriciona-
possessória. Apesar de não haver a possibilida- riedade por parte da Administração (razões de conve-
de de transferência da propriedade do Estado ao niência e oportunidade), devendo se dar mediante ato
particular, é possível que este seja possuidor de administrativo formal (não se admite a forma verbal
de outorga), entre outras.
referido imóvel dominical, tendo por fundamen-
É importante, dessa forma, conhecer quais são os
to valores constitucionais como a função social
instrumentos de outorga do uso privativo de bens
da propriedade e o máximo aproveitamento do públicos. São eles:
solo. Assim, podemos resumir o entendimen-
to do STJ na possibilidade do particular adqui- z Autorização de uso de bem público: autorização
ri posse ad interdicta de imóvel público, isso é, é o ato administrativo unilateral, discricionário e
admite proteção da posse pela via judicial, mas precário, por meio do qual a Administração faculta
a referida posse não enseja a usucapião, ou ad o uso do bem de forma privativa, para um deter-
usucapionem. minado particular, com a finalidade de atender
a interesses predominantemente privados. A
autorização não depende de prévia licitação, mas
Sobre as formas de uso dos bens públicos, temos também apresenta um certo risco, uma vez que ela
quatro possibilidade: uso comum; uso especial; uso não tem prazo determinado, podendo ser revogada
compartilhado; e uso privativo. Observe que algumas a qualquer tempo, sem qualquer indenização para
formas de uso tem o mesmo nome do que umas espé- o particular. Também não depende de previsão
cies de bens públicos. Porém, elas significam coisas legal, pois da autorização não decorrem direitos
diferentes. Pode ocorrer, por exemplo que um bem de conexos, apenas o direito de exercitar a referida
uso comum do povo (espécie), acabe sendo utilizado atividade. É o caso do fechamento de ruas para as
de forma privativa. quermesses ou feiras, o interesse é predominan-
Dessa forma, as modalidades de uso dos bens temente privado porque só o dono das barracas é
públicos são: que ganha com a utilização temporária desse bem;
z Permissão de uso de bem público: é também um
z Uso comum: é a forma de uso de bem público ato administrativo unilateral, discricionário e pre-
aberto, indiscriminadamente, para toda a coletivi- cário. Mas difere-se da autorização pelo fato de que
dade. Não há a necessidade de uma autorização, a Administração outorga o bem com uma finalida-
por parte do Estado, para o seu uso. É o caso das de de atender a um interesse predominantemen-
praças, das praias e dos parques. Sua utilização te público. Com isso, a utilização do bem público é
pode ser gratuita ou onerosa, ou seja, pode-se exi- obrigatória e, por isso, deve ser precedida de licita-
gir uma contraprestação; ção. Qualquer modalidade de licitação serve para
z Uso especial: para a utilização desses bens, é a permissão de uso de bem público. Outra diferen-
necessário um regramento específico, sendo igual- ça importante é que a revogação antecipada da
mente importante que o Poder Público autorize permissão pode gerar indenização, quando hou-
ver menção de um prazo determinado no ato de
a sua utilização pelas pessoas. Também pode ser
permissão. Isso porque a permissão se assemelha
gratuita ou onerosa. É o caso da estrada submeti-
um pouco mais com um contrato de adesão, e aca-
da a pedágio: o particular só pode dela utilizar se
ba perdendo a característica da precariedade. Por
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
estiver autorizado, e também se estiver disposto a
isso, entende-se que o permissionário, nessas con-
pagar uma quantia para atravessá-la;
dições, pode exigir uma indenização. Um exemplo
z Uso compartilhado: como o próprio nome aduz, a
de permissão de uso de bem público é a utilização
utilização do bem público deve ser compartilhada de área de domínio da União para a realização de
entre o ente estatal e a pessoa jurídica de direito eventos de curta duração, de natureza recreativa,
público ou privado. É o caso da instalação de fios elé- esportiva, cultural, religiosa ou educacional (art.
tricos, por iniciativa do Estado, em uma área munici- 22, Lei nº 9.636/1998);
pal. Precisa de autorização para o uso compartilhado; z Concessão de uso de bem público: a concessão
z Uso privativo: é a forma de uso de bem público é um instrumento mais rígido pois é um contrato
para uma pessoa ou um grupo específico de pes- administrativo (pressupõe um acordo de vontades
soas. Há uma outorga do bem, mediante instru- distintas), pelo qual o Poder Público outorga o uso
mento jurídico específico (autorização), e que de bem, mediante prévia licitação, a um particu-
exclui a sua utilização pelas demais pessoas. Algu- lar, por prazo determinado. A sua finalidade é
mas características importantes do uso privativo: também para atender interesses predominante-
a) privatividade, c) discricionariedade, d) preca- mente públicos, o que significa que o concessioná-
riedade, e e) regulamentada pelo regime de direito rio deve respeitar a destinação específica daquele
público. Um exemplo bem comum de uso privativo bem, não podendo alterar sua natureza, podendo
é a utilização de uma praça pública para uma fei- a utilização ser gratuita ou onerosa. Por ter prazo
ra, ou uma quermesse. determinado, a sua revogação antecipada gera ao 367
concessionário direito de indenização, desde que Para os bens imóveis pertencentes à União, a
a rescisão não tenha sido sua culpa. O art. 176 da Lei nº 9.636/1998 disciplina sobre os requisitos para a
CF/1988 prevê, por exemplo, a concessão de uso venda de tais bens em seu art. 24, in verbis:
de jazidas de minérios. O traço mais característico
da concessão de uso é o fato de que o concessioná- Art. 24 A venda de bens imóveis da União será feita
ria pode utilizar do bem público o quanto quiser mediante concorrência ou leilão público, observa-
(posse ad interdicta), mas nunca poderá ser o das as seguintes condições:
I - na venda por leilão público, a publicação do edi-
proprietário do bem, pois sua posse lhe carece do
tal observará as mesmas disposições legais aplicá-
direito de usucapião (posse ad usucapionem); veis à concorrência pública;
z Concessão de direito real de uso: esse é um caso II - os licitantes apresentarão propostas ou lances
em que a concessão recai sobre direito real, ao distintos para cada imóvel;
contrário da hipótese anterior, que recai sobre um III - REVOGADO
direito pessoal. A concessão de direito real de uso IV - no caso de leilão público, o arrematante pagará,
recai, sobretudo, sobre terrenos públicos e espa- no ato do pregão, sinal correspondente a, no míni-
ços aéreos. Ela possui finalidades bem específicas, mo, 10% (dez por cento) do valor da arrematação,
todas elas de interesse público, como a regulariza- complementando o preço no prazo e nas condições
ção fundiária, a urbanização e industrialização, o previstas no edital, sob pena de perder, em favor da
União, o valor correspondente ao sinal e, em favor
cultivo da terra, a preservação de comunidades, o
do leiloeiro, se for o caso, a respectiva comissão;
aproveitamento de várzeas etc. Por ser direito real, V - o leilão público será realizado por leiloeiro ofi-
essa concessão pode ser transferida por ato inter cial ou por servidor especialmente designado;
vivos, ou por herança legítima ou testamentária. VI - quando o leilão público for realizado por lei-
loeiro oficial, a respectiva comissão será, na forma
Um destaque especial deve ser feito para a conces- do regulamento, de até 5% (cinco por cento) do
são de uso especial para fins de moradia, prevista valor da arrematação e será paga pelo arrematan-
na Medida Provisória nº 2.220/2002, cujos requisitos te, juntamente com o sinal;
estão previstos no art. 1º da MP: “Aquele que, até 30 VII - o preço mínimo de venda será fixado com base
no valor de mercado do imóvel, estabelecido em
de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos,
avaliação de precisão feita pela SPU, cuja validade
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cin-
será de doze meses;
quenta metros quadrados de imóvel público situado VIII - demais condições previstas no regulamento e
em área urbana, utilizando-o para sua moradia ou de no edital de licitação.
sua família, tem o direito à concessão de uso especial
para fins de moradia em relação ao bem objeto da De modo geral, pode-se afirmar que os bens públi-
posse, desde que não seja proprietário ou concessio- cos são adquiridos mediante alguns modos: contra-
nário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou to, usucapião, desapropriação, acessão, aquisição por
rural”. Vemos, assim, que é uma modalidade especial causa mortis, adjudicação, ou ainda por força de lei.
de concessão de uso, uma vez que é a única em que se Por outro lado, as formas de alienação de bens
admite a usucapião. públicos, ou ao menos aqueles que podem ser aliena-
dos, são, de modo geral, as seguintes: por venda, por
FORMAS DE AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE BENS doação a outro órgão/ente da Administração Pública,
PÚBLICOS por permuta, por concessão do domínio, por dação em
pagamento, por incorporação, entre outras formas.
Como já vimos, os bens estatais, em regra, são ina-
lienáveis. Porém, tal regra comporta exceções. O legis- DA AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO
lador, para proteger o interesse público, impôs que a
alienação dos bens públicos devesse seguir uma série Pela lógica, pode-se concluir que o patrimônio do
de requisitos especiais, que variam dependendo da Estado possui um certo desequilíbrio muito grande,
pessoa a quem esses bens pertençam. Tais requisitos pois a quantidade de bens públicos, com destina-
encontram-se dispostos no art. 17 da Lei nº 8.666/1993, ção específica, é muito maior do que a quantidade
os quais agrupamos dessa forma para fins didáticos: de bens que o Poder Público pode livremente se dis-
por. Isso pode gerar alguns problemas financeiros. O
Estado não pode entrar em insolvência (ter o passivo
z Bens imóveis pertencentes às entidades da
maior do que o ativo) pelo fato de constituir em um
Administração Direta e autarquias e funda-
maior patrimônio indisponível do que o patrimônio
ções necessitam de interesse público devidamente
disponível.
motivado, autorização legislativa, prévia avalia-
Ele não pode carecer de recursos enquanto apre-
ção, e procedimento de licitação na modalidade senta alguns bens com destinação específica, mas
concorrência; que no momento não se encontram em uso. Por
z Bens imóveis pertencentes às empresas públi- isso, é muito importante que a Administração Públi-
cas, sociedades de economia mista e paraesta- ca possua meios para reequilibrar o seu patrimônio,
tais necessitam de interesse público motivado, transformando-os de acordo com a sua vontade. Os
prévia avaliação e procedimento de licitação na processos de transformação desse patrimônio deno-
modalidade concorrência; minam-se afetação e desafetação.
z Bens móveis, independentemente de a quem Afetação é um termo que apresenta várias acep-
pertençam, necessitam de interesse público moti- ções distintas. A acepção aceita pela maioria dos auto-
vado, avaliação prévia, e procedimento de licita- res é a condição estática e atual de um bem público,
368 ção em qualquer modalidade. que está servindo a alguma finalidade pública. São
os bens de uso comum e de uso especial, como as pai- 2. (INSTITUO AOCP – 2020) Em relação aos bens, como
sagens naturais de uso comum a todos, e o prédio de as edificações onde estão instaladas as “Escolas
uma unidade hospitalar, cuja finalidade pública é Públicas”, no Município de Novo Hamburgo (RS), são
a promoção da saúde. O Poder Público, assim, pode classificados como bens públicos os de uso(s)
transformar um bem patrimonial em um bem de uso
comum, ou de uso especial, pelo processo de afetação, a) comum do povo, sendo inalienáveis e não sujeitos a
conferindo à referida coisa uma destinação pública. usucapião.
Por outro lado, desafetação é a situação de bem b) dominicais, podendo ser alienáveis e sujeitos a
público que não se encontra servido a nenhuma uti- usucapião.
lidade pública em específico. São os bens dominicais, c) dominicais, sendo inalienáveis e não sujeitos a
como o terreno baldio pertencente ao Estado, ou um usucapião.
imóvel que deveria servir para uma repartição públi- d) especiais, sendo inalienáveis e não sujeitos a
ca, mas que no momento encontra-se abandonado. usucapião.
Dessa forma, pode a Administração, mediante pro- e) especiais, podendo ser alienáveis e não sujeitos a
cesso de desafetação, “remover” a destinação pública usucapião.
daquele bem, transformando-o em bem patrimonial.
Já sabemos qual a principal característica dos bens A questão é bastante duvidosa, pois entendemos que
patrimoniais do Estado: ele pode dispor livremen- a alternativa D também estaria correta. Os bens de
te sobre tais bens, mediante alienação ou penhora. uso especial, enquanto destinados à uma finalidade
Porém, por se tratar de um processo em que um bem pública e específica, não podem ser penhorados, e
público perde a sua destinação específica, a desafeta- nem estão sujeitos a usucapião. A única forma de
ção sempre ocorre mediante redação de lei específica, fazer um bem de uso especial poder ser alienado,
nunca poderá ser tácita, isso é, não pode ser promovi- é mediante o processo de desafetação. Porém, em
da pelo simples desuso do referido bem. nenhum momento o enunciado da questão mencio-
na a desafetação. Resposta: Letra E.
6. (VUNESP – 2018) No tocante a bem público, é correto a) tem conteúdo obrigacional, podendo ser definida
afirmar que: como uma modalidade específica de contrato privado
firmado pelo Poder Público.
a) a alienação de bens imóveis, como regra, dependerá b) tem por objetivo permitir o uso compartilhado, gratuito
de autorização legislativa, de avaliação prévia e de lici- ou oneroso, de bem público, móvel ou imóvel.
tação, realizada na modalidade de concorrência c) tem natureza jurídica precária, podendo ser revogada
b) afetação de bem a uso comum dependerá de avalia- a qualquer tempo, mediante despacho fundamentado
ção prévia, assim como de autorização legislativa ou da autoridade competente.
decreto. d) embora se trate de direito real, se destinada a progra-
c) alienação poderá decorrer de retrocessão, que não se mas habitacionais ou de regularização fundiária de
confunde com concessão de uso, porque é forma de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entida-
alienação hoje admitida apenas para terras devolutas des da administração pública, deverá ser precedida de
da União, Estados e Municípios. licitação.
d) afetação e a desafetação de qualquer bem sempre e) quando precedida de licitação, será esta na modalida-
dependerão de lei. de concorrência, do tipo maior lance ou oferta, inde-
e) alienação poderá decorrer de concessão de domínio, pendentemente do valor do objeto.
que ocorre sempre que a Administração não mais
necessita do bem expropriado, e o particular o aceita A letra A está errada, a concessão de direito real de
em retorno. uso, na verdade, é um contrato administrativo e não
um contrato privado. A letra B está errada, não é
A letra B estão incorretas porque o processo de afe- um caso de uso compartilhado, e sim de uso privati-
tação não depende de uma lei específica, podendo se vo de um bem público. A letra C está errada porque
dar tacitamente pela atividade administrativa natu- a concessão não é um ato precário, e se for revo-
ral do Estado, ou até mesmo por iniciativa do pro- gada antes do prazo previsto no contrato, enseja a
370 prietário particular. A letra C está errada pois não indenização. A letra D está errada, a concessão de
direito real de uso sempre deve preceder de proce-
dimento licitatório, independentemente da sua fina- EXERCÍCIO COMENTADO
lidade. A modalidade de licitação a ser adotada é a
concorrência. Resposta: Letra E. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) A respeito da administra-
ção pública brasileira, julgue o item a seguir.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
nicações integra a administração direta, enquanto a
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA sob a supervisão desse ministério, integra a adminis-
tração indireta.
Para atingir seus objetivos, a Administração Públi-
ca atuará, em termos simples, por meio de seus agen-
tes públicos e de sua estrutura. No presente tópico nós ( ) CERTO ( ) ERRADO
entenderemos uma divisão bastante básica da estru-
tura administrativa. Vejamos os conceitos básicos Os Ministérios fazem parte da administração indi-
para administração direta e administração indireta. reta, pois são órgãos. A FINEP é empresa pública,
portanto é uma entidade da administração indireta.
z Administração direta é composta pela estrutura Resposta: Certo.
administrativa dos entes federados (União, Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios); CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO,
z Administração indireta é composta por entida- CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
des personalizadas apartadas da estrutura admi-
nistrativa dos entes federados. Para entendermos os conceitos constantes do pre-
sente tópico, temos que ter em mente de forma bas-
Em complemento, é importante sabermos o con- tante clara os conceitos do título anterior. Por isso,
ceito de órgão, que são centros de competência des- caso surja alguma dúvida, faça a revisão para sanar
personalizados. A partir disso, podemos compreender a dúvida.
melhor uma das principais diferenças entre a admi-
nistração direta e indireta. Enquanto aquela é com- Concentração e Desconcentração
posta por uma estrutura hierarquizada que poderá se
subdividir em órgãos, esta é uma entidade com perso- A concentração e a desconcentração estão ligadas
nalidade própria, com autonomia para atuar. ao surgimento ou extinção de órgãos. Lembremos,
Importante termos contato com o art. 4º do Decre- então, o conceito de órgão.
to-Lei nº 200/67, que definiu a administração direta e
indireta em âmbito federal, sendo bastante importan-
z Órgão: são centros de competência despersonalizados.
te para o estudo do assunto ainda hoje, por refletir o
que ocorre também na estrutura administrativa dos
Por meio da criação e extinção de órgãos à Admi-
outros entes federados.
nistração Pública se organiza da melhor maneira
Art. 4° A Administração Federal compreende: segundo a decisão de seus agentes públicos. Vamos a
I - A Administração Direta, que se constitui dos um exemplo para ajudar no entendimento. Veja, no
serviços integrados na estrutura administrativa da caso da estrutura federal, que abaixo da Presidência
Presidência da República e dos Ministérios. da República temos vários Ministérios. Você deve se
II - A Administração Indireta, que compreende recordar que os Ministérios variam em número de
as seguintes categorias de entidades, dotadas de governo para governo, ou até mesmo dentro de um
personalidade jurídica própria: mesmo mandato. Isso ocorre para uma melhor orga-
a) Autarquias; nização dos serviços públicos ligados a cada um des-
b) Empresas Públicas;
ses órgãos.
c) Sociedades de Economia Mista.
Ainda, tendo em mente o conceito de órgão coloca-
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
d) fundações públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na do acima, cada um deles tem suas competências defi-
Administração Indireta vinculam-se ao Ministério nidas (Ministério da Educação, Ministério da Saúde,
em cuja área de competência estiver enquadrada etc). E dentro dessas áreas, atuam em nome da União,
sua principal atividade. pois são centros de competência despersonalizados.
Em outros termos, as consequências de sua atuação
Por fim, é importante ressaltarmos uma pequena serão imputadas à União e a ela devem obediência
desatualização do dispositivo acima, que não traz o hierárquica.
consórcio público de direito público (também conhe- De forma similar ocorrerá em Estados e Municípios
cidas por associações públicas), também entidade em relação às suas Secretárias e Governo/Prefeitura.
integrante da administração indireta, conforme cons- Importante destacar que a criação de órgãos tem o
ta no Código Civil. objetivo de dividir as tarefas e aumentar a eficiência
do serviço público.
Art. 41 São pessoas jurídicas de direito público interno:
Diante disso, temos os seguintes conceitos.
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios; z Concentração: extinção de órgãos (ou sua não
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; criação);
V - as demais entidades de caráter público criadas z Desconcentração: criação de órgãos dentro de
por lei. uma mesma pessoa jurídica. 371
Finalizando o tema, trago dois importantes dispo- Para que não façamos confusão do assunto do pre-
sitivos constitucionais sobre a criação ou extinção de sente tópico com o anterior, cabe uma comparação.
órgãos públicos. Vejamos:
CF/88.
ESTRUTURA
Art. 84 Compete privativamente ao Presidente ADMINISTRATIVA CENTRAL
da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração
Descentralização: criação Criação de órgão -
federal, quando não implicar aumento de despesa
de entidades nova / centro de competência
nem criação ou extinção de órgãos públicos;
personalidade jurídica despersonalizado
Art. 48 Cabe ao Congresso Nacional, com a san-
ção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor Formas de Descentralização
sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre: A descentralização poderá ocorrer por meio de
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos três formas diferentes. Vejamos quais são:
da administração pública;
z Outorga: criação de entidade da administração
Centralização e Descentralização indireta para exercício de determinada atividade.
Faz-se necessária a edição de lei;
Os institutos da centralização e descentralização z Delegação (ou colaboração): realizada por meio
estão ligados à atribuição de competências a entida- de contrato ou ato unilateral, ocorrendo a trans-
des fora da estrutura administrativa central, que pos- ferência de determinadas atribuições para o
suem personalidade jurídica própria. setor privado. Aqui ocorre a transferência ape-
De forma direta, temos aqui os seguintes conceitos: nas da execução, permanecendo a competência
com o ente público devido à imposição do texto
z Centralização: exercício das atividades por meio constitucional;
da estrutura administrativa direta e seus órgãos; z Geográfica: criação de território federal.
z Descentralização: atribuição de atividades a enti-
dades com personalidade jurídica própria. Portanto, de forma esquemática temos o seguinte:
Depois de estudarmos o surgimento das entidades Art. 150 Sem prejuízo de outras garantias assegu-
da administração indireta, conheceremos as espécies radas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
que compõem o gênero, que são as seguintes: dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Autarquias
Pagamento por Meio de Precatórios
Como dito anteriormente, o Tribunal de Contas irá Cuidado com o termo! As contas do Presidente da
auxiliar o Poder Legislativo no exercício de suas atribui- República são apreciadas pelo TCU, enquanto as dos
ções constitucionais. Importante frisar que não estão a demais administradores de dinheiro e bens públicos
378 ele subordinados, nem fazem parte de sua estrutura. são julgadas.
externo, e pelo sistema de controle interno de cada
EXERCÍCIOS COMENTADOS Poder.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca do controle da
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
atividade financeira do Estado e do controle exercido
pelos tribunais de contas, julgue o próximo item. de Contas da União, ao qual compete:
Compete ao Tribunal de Contas da União, entre outras II - julgar as contas dos administradores e demais
atribuições, representar ao poder competente sobre responsáveis por dinheiros, bens e valores públi-
irregularidades ou abusos apurados. cos da administração direta e indireta, incluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas
( ) CERTO ( ) ERRADO pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregulari-
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso dade de que resulte prejuízo ao erário público;
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal Mais uma questão que traz uma das hipóteses de
de Contas da União, ao qual compete: controle externo do Congresso Nacional a ser exer-
XI - representar ao Poder competente sobre irregulari- cido com o auxílio do TCU. Vejamos os trechos cons-
dades ou abusos apurados. titucionais importantes para seu entendimento.
Dentre as competências de controle externo do Con- CF/88. Resposta: Certo.
gresso Nacional previstas no artigo 71, temos a hipó-
tese trazida pela questão no inciso XI. Resposta: Certo.
CONTROLE JUDICIAL
2. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Com relação à respon-
Esse é o controle exercido pelo Poder Judiciário sobre
sabilidade civil do Estado, aos serviços públicos e
os atos praticados pelos demais poderes e de seus pró-
ao controle da administração pública, julgue o item
subsequente. prios atos quando do exercício da função administrativa.
A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de con- Importante lembrar que no Brasil aplica-se o prin-
tas dos estados constitui uma expressão de controle do cípio da inafastabilidade de jurisdição, segundo o qual
Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito poderá
ser afastada a apreciação do Poder Judiciário.
( ) CERTO ( ) ERRADO Nesse contexto, importante lembrar que, em
âmbito administrativo, teremos a ocorrência do con-
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamen- tencioso administrativo nesses termos. Tribunais
tária, operacional e patrimonial da União e das enti- administrativos especializados apreciarão a matéria
dades da administração direta e indireta, quanto à de sua competência, o que não afasta a competência
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação do Poder Judiciário de apreciar novamente a matéria.
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida No entanto, como já vimos anteriormente, essa
pelo Congresso Nacional, mediante controle exter- análise, em regra, não poderá adentrar ao mérito
no, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
administrativo dos atos analisados, devendo se ater
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso
aos aspectos vinculados.
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
Ainda, segundo o princípio da inércia que norteia
de Contas da União, ao qual compete:
a atuação do Poder Judiciário, deverá ser sempre pro-
O Tribunal de Contas auxilia o Poder Legislativo no
controle externo. Nesse contexto, são importantes vocado por um dos interessados na sua manifestação.
os artigos 70 e 71 da Constituição Federal, que espe-
cificam a natureza do controle e as hipóteses especí- Dica
ficas do seu exercício. Resposta: Certo. O Poder Judiciário só poderá se manifestar sobre a
execução de políticas públicas diante de situações
3. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Em relação aos consór- extremas, quando o mínimo aceitável não tenha
cios públicos, aos princípios do direito administrativo sido feito. Deverá, na análise, levar em conta o prin-
e à organização da administração pública, julgue o cípio da reserva do possível, para que seja definido NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
item a seguir.
o mínimo aceitável na situação apresentada.
As contas de toda e qualquer entidade da administra-
ção indireta, independentemente de seu objeto e de
Veremos agora algumas ações por meio das quais
sua forma jurídica, estão sujeitas ao julgamento do tri-
poderá ser provocado o Poder Judiciário para mani-
bunal de contas, inclusive ao procedimento de toma-
da de contas especial, aplicável a quem deu causa a festação. As situações e que ensejam seus usos são
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte diferentes. Vejamos os pontos mais importantes.
prejuízo ao erário público.
Comentários. Mandado de segurança
O habeas data será cabível para obtenção de infor- O mandado de segurança será impetrado contra a
380 mações pessoais. autoridade que praticou o ato. Resposta: Certo.
Diante disso, para que se configure a culpa do Esta-
RESPONSABILIDADE DO ESTADO do, deveremos estar diante dos seguintes requisitos.
Importante!
As pessoas de direito privado responderão
segundo o artigo 37, § 6°, CF/88, quando presta-
EXERCÍCIOS COMENTADOS
doras de serviço público. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2020) A condenação do Estado
em ação indenizatória ajuizada em razão de dano cau-
Ao fim do dispositivo temos a possibilidade da ação sado por servidor público enseja a responsabilização
regressiva. Essa ação regressiva não influencia de for- do servidor em ação regressiva, independentemente
ma alguma na reponsabilidade do Estado perante o da configuração de dolo ou culpa na conduta.
prejudicado. Será apenas um instrumento do Estado
para se ressarcir dos prejuízos causados pelos seus ( ) CERTO ( ) ERRADO
agentes.
De acordo com a jurisprudência do STF, não é pos- A responsabilização do Estado será objetiva, mas a
sível ao prejudicado propor a ação contra o Estado e do agente público é subjetiva, devendo haver a con-
agente público simultaneamente. A responsabilida- figuração da culpa para que o agente deva ressarcir
382 de deve recair sobre o Estado, que irá, se for o caso, o Estado pelos prejuízos causados. Resposta: Certo.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca da responsabili- servidores públicos, sob pena de violação do princípio
dade civil do Estado, julgue o item seguinte: da impessoalidade.
A vítima que busca reparação por dano causado por
agente público poderá escolher se a ação indenizató- ( ) CERTO ( ) ERRADO
ria será proposta diretamente contra o Estado ou em
litisconsórcio passivo entre o Estado e o agente públi- 2. (CESPE-CEBRASPE – 2017) No que se refere aos
co causador do dano. princípios e poderes da administração pública e ao
serviço público, julgue o item a seguir.
( ) CERTO ( ) ERRADO A atuação da administração pública deve observar os
princípios da legalidade, da impessoalidade, da mora-
A questão busca o conhecimento sobre quem pode lidade, da publicidade e da eficiência.
integrar o polo passivo de uma ação de danos
causados pelo Estado. A questão está conforme a ( ) CERTO ( ) ERRADO
jurisprudência do STJ sobre o tema. No entanto, no
entendimento do STF a ação deverá ser proposta 3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca da administra-
exclusivamente contra o Estado. Resposta: Certo. ção pública e de suas funções, julgue o item a seguir.
A supremacia do interesse público sobre o particular
Responsabilidade Civil do Estado Brasileiro por ato pode ser verificada por meio tanto das prerrogativas
omissivo associadas ao regime jurídico administrativo quanto
da inexistência de restrições à atuação da adminis-
A discussão da responsabilidade civil do Estado tração pública.
no caso de atos omissivos é um pouco mais complexa,
dependendo do tema específico e do direcionamen- ( ) CERTO ( ) ERRADO
to jurisprudencial. Por isso conheceremos o tema de
maneira geral, adentrando aos casos específicos mais 4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item, a respei-
importantes e cobrados em provas. to da administração pública direta e indireta.
Como regra geral, aqui será aplicada a teoria da Pode a administração pública anular atos adminis-
culpa administrativa. Então teremos o seguinte, com- trativos caso estejam eles marcados por vício ou,
pilando com o que vimos no item anterior. ainda, revogá-los conforme juízo de oportunidade e
conveniência.
z Responsabilidade por atos comissivos: respon-
sabilidade objetiva / teoria do risco administrativo; ( ) CERTO ( ) ERRADO
z Responsabilidade por atos omissivos: responsa-
bilidade subjetiva / teoria da culpa administrativa. 5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca da administra-
ção pública e de suas funções, julgue o item a seguir.
Portanto, já sabemos neste momento que para a A autoexecutoriedade, atributo do poder de polícia,
comprovação da culpa do Estado por ato omissivo confere à administração pública a execução de suas
será necessária a comprovação do elemento subjetivo: decisões por meios próprios, desde que autoriza-
dolo ou culpa. No caso do Brasil, é necessário apenas a da por lei ou que seja verificada hipótese de medida
comprovação da falta no serviço prestado. Diante dis- urgente, sem a necessidade de consulta prévia ao
so, vamos abordar três exemplos para que possamos Poder Judiciário.
melhor entender esse ponto específico do estudo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
z Atos omissivos: em regra ensejam a responsabili-
dade subjetiva do Estado; 6. (CESPE-CEBRASPE – 2017) No que se refere aos
z Fenômenos da natureza: responde a Administra- princípios e poderes da administração pública e ao
ção Pública no caso de não ter cuidado devidamen- serviço público, julgue o item a seguir.
te do sistema de esgoto, ou por outras omissões que Os atributos do poder de polícia da administração
venham a agravar as consequências do fenômeno pública incluem a discricionariedade, observada, por
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
em questão; exemplo, na concessão de licença para dirigir veículos.
z Atos de multidão: surge a culpa da Administração
Pública quando a atuação diante da multidão seja ( ) CERTO ( ) ERRADO
ineficiente, dando causa a dano maior do que ocor-
reria se a atuação da Administração Pública fosse 7. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Com relação à adminis-
apropriada. tração direta e indireta, ao controle da administração
pública e à responsabilidade do Estado, julgue o item
que se segue.
As autarquias, as fundações públicas, as empresas
HORA DE PRATICAR! públicas e as sociedades de economia mista são enti-
dades da administração pública indireta.
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca da administra-
ção pública e de suas funções, julgue o item a seguir. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Em respeito ao princípio da publicidade, campanhas
de órgãos públicos devem ser realizadas em cará- 8. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item, a respeito
ter informativo, educativo ou de orientação social, da administração pública direta e indireta.
não podendo nelas constar imagens que possam Caracterizada por ser uma medida de distribuição de
configurar promoção pessoal de autoridades ou de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica,
383
a descentralização desafoga o volume de trabalho 15. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito de contratos
compreendido em um mesmo setor, já que se dis- administrativos, licitações e bens públicos, julgue o
persam internamente as atribuições acumuladas ao próximo item.
serem distribuídas competências dentro de uma mes- Veículos oficiais são bens de uso especial, o que implica
ma pessoa jurídica. que são inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis.
9. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item, a respei- 16. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca da administra-
to da administração pública direta e indireta. ção pública e de suas funções, julgue o item a seguir.
Em situações de danos causados a terceiros, a res- Os contratos entre a administração pública e terceiros
ponsabilidade recai sobre as pessoas jurídicas de devem ser precedidos de licitação, ressalvadas algu-
direito público, havendo, ainda, a possibilidade de mas circunstâncias previstas em lei, como é o caso
direito de regresso contra o agente responsável nas da contratação de profissional do setor artístico con-
hipóteses de dolo ou culpa, responsabilidade que não sagrado pela opinião pública, hipótese de dispensa da
recai sobre pessoas jurídicas de direito privado presta- licitação.
doras de serviços públicos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
17. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito de contratos
10. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Com relação à adminis- administrativos, licitações e bens públicos, julgue o
tração direta e indireta, ao controle da administração próximo item.
pública e à responsabilidade do Estado, julgue o item Para a contratação de músico consagrado tanto pela crí-
que se segue. tica como pela opinião pública, a licitação é dispensável.
Tanto as pessoas jurídicas de direito público como as
de direito privado prestadoras de serviços públicos ( ) CERTO ( ) ERRADO
responderão pelos prejuízos que seus agentes cau-
sarem a terceiros no exercício de suas funções, asse- 18. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito de contratos
gurado o direito de regresso contra o responsável nos administrativos, licitações e bens públicos, julgue o
casos de dolo ou culpa. próximo item.
Concorrência é a modalidade de licitação entre inte-
( ) CERTO ( ) ERRADO ressados devidamente cadastrados ou que atenderem
a todas as condições exigidas para cadastramento até
11. (CESPE-CEBRASPE – 2017) No que se refere aos o terceiro dia anterior à data do recebimento das pro-
princípios e poderes da administração pública e ao postas, observada a necessária qualificação.
serviço público, julgue o item a seguir.
Para caracterizar uma atividade de interesse público ( ) CERTO ( ) ERRADO
como serviço público, é essencial a edição de lei que
determine ao Estado tal atividade. 19. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito de contratos
administrativos, licitações e bens públicos, julgue o
( ) CERTO ( ) ERRADO próximo item. Os contratos administrativos subme-
tem-se sempre ao regime jurídico de direito privado.
12. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Com relação à adminis-
tração direta e indireta, ao controle da administração ( ) CERTO ( ) ERRADO
pública e à responsabilidade do Estado, julgue o item
que se segue. Partidos políticos não têm legitimida- 20. (CESPE-CEBRASPE – 2013) Acerca do regime de
de para denunciar irregularidades ou ilegalidades na concessão e permissão da prestação de serviços
administração pública ao Tribunal de Contas da União. públicos, previsto no art. 175 da Constituição Federal,
julgue o item a seguir com base na Lei n.º 8.987/1995.
( ) CERTO ( ) ERRADO As concessões de serviço devem ser firmadas, neces-
sariamente, por prazo estabelecido.
13. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item, a respeito
da administração pública direta e indireta. ( ) CERTO ( ) ERRADO
O controle externo e a fiscalização dos atos da admi-
nistração direta são de competência exclusiva do Tri-
9 GABARITO
bunal de Contas da União.
384
7 CERTO
8 ERRADO
9 ERRADO
10 CERTO
11 CERTO
12 ERRADO
13 ERRADO
14 CERTO
15 CERTO
16 ERRADO
17 ERRADO
18 ERRADO
19 ERRADO
20 CERTO
ANOTAÇÕES
385
ANOTAÇÕES
386
Note que, a constituição ao determinar o direito à
vida, possui dois aspectos, direito à integridade física
e psíquica.
Importante mencionar que o STF já se posicionou
sobre gravidez de feto anencéfalo, decidindo, em
NOÇÕES DE DIREITO julgamento de grande repercussão, que não constitui
crime a interrupção da gravidez nestes casos. Ainda, o
CONSTITUCIONAL julgamento somente autorizou a interrupção da gravi-
dez de feto portador de anencefalia, não se estenden-
do a nenhuma outra deficiência.1
É importante ressaltar também que o STF decidiu
pela legitimidade da realização de pesquisas com
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS a utilização de células-tronco2 embrionárias, obti-
das de embriões humanos produzidos por fertilização
Os direitos fundamentais estão localizados no títu- in vitro e não utilizados no respectivo procedimento,
lo II da CF/88, do art. 5º ao art. 17, e estão classifica- atendidas as condições estipuladas no art. 5º da Lei
dos em cinco grupos: direitos individuais e coletivos, 11.105/2005, que estabelece as normas de segurança
direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos e maneiras de fiscalização das atividades que envol-
políticos e direitos relacionados à existência, organi- vam organismos geneticamente modificados. Nesse
zação e participação em partidos políticos. sentido, o STF considerou que as mencionadas pesqui-
Também são classificados em três dimensões de sas não violam direito à vida, vejamos o dispositivo
direito, pois surgiram em épocas diferentes. mencionado:
A expressão “plena”, utilizada no dispositivo, tem Como por exemplo, concurso para contratação de
o mesmo sentido de ser considerada livre a liberdade agente penitenciário para presídio feminino e o edi-
de associação, desde que para fins lícitos. tal constar que é permitido somente mulheres para
Por conseguinte, o texto constitucional prevê a investidura do cargo.
possibilidade de criação de associações e cooperati- Exemplo muito comentado também é sobre a proi-
vas, independente de autorização. Ainda, só pode- bição de tatuagem contida nos editais de concurso
rão ser dissolvidas ou ter suspensas as atividades público. Sobre o tema o STF assim entendeu:
por decisão judicial. Ninguém pode ser obrigado a
associar-se ou permanecer associado. Por fim, o tex- Editais de concurso público não podem estabelecer
to constitucional autoriza, desde que expressamente restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações
excepcionais, em razão de conteúdo que viole
autorizada, a representação dos associados pelas enti-
valores constitucionais.
dades associativas.
A igualdade formal, também chamada de igualda- Princípio da legalidade está previsto no art. 5º,
de jurídica, significa que todos devem ser tratados da inciso II da CF, e preceitua que “ninguém será obriga-
mesma forma. Já a igualdade material significa tratar do a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
5 RE 597285, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 09.05.2012, DJe 21.05.2012.
6 STF. ADI 4277 e ADPF 132, rel. Min. Ayres Britto, julgado em 05.05.2011, DJe 06.05.2011. 389
virtude de lei”. Note que, quando se fala em princípio É importante frisar que, se o agente policial entrar
da legalidade, se está falando no âmbito particular e na residência e não constatar a ocorrência de crime
não da administração pública. em flagrante, não haverá ilicitude na conduta dos
No tocante aos particulares, o princípio da lega- agentes policiais se forem apresentadas fundadas
lidade quer dizer que apenas a lei tem legitimidade razões que os levaram a invadir aquela casa, o que,
para criar obrigações de fazer, também chamadas de sem dúvida, deve ser objeto de controle – mesmo que
obrigações positivas, e também as chamadas obriga- posterior – por parte da própria polícia e, claro, pelo
ções de não fazer, chamadas obrigações negativas. Ministério Público (a quem compete exercer o con-
Nos casos em que a lei não dispuser obrigação algu- trole externo da atividade policial, nos termos do art.
ma, é dado ao particular fazer o que bem entender, 129, VII, da CF) ou mesmo pelo Judiciário, ao analisar-
ou seja, não havendo qualquer proibição disposta em -se a legitimidade de eventual prova colhida durante
lei, o particular está livre para agir, vigorando nesse essa entrada à residência.
ponto o princípio da autonomia da vontade. Sobre a entrada forçada em domicílio, o STF assim
Em refêrencia ao poder público, o conteúdo do considerou:
princípio da legalidade é outro: tem-se a ideia de que A entrada forçada em domicílio sem mandado
o Estado se sujeita às leis e, ao mesmo tempo, de que judicial só é lícita, mesmo em período noturno,
governar é uma atividade cuja realização exige a edi- quando amparada em fundadas razões, devida-
ção de leis. Assim, o poder público não pode atuar mente justificadas “a posteriori”, que indiquem
nem contrário às leis, nem na ausência da lei. que dentro da casa ocorre situação de flagrante
delito, sob pena de responsabilidade disciplinar,
Inviolabilidade civil e penal do agente ou da autoridade, e de nuli-
dade dos atos praticados.
Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da Essa a orientação do Plenário, que reconheceu a
honra e da imagem das pessoas tem previsão no art. repercussão geral do tema e, por maioria, negou pro-
5º, inciso X da CF; vejamos: vimento ao recurso extraordinário em que se discutia,
à luz do art. 5º, XI, LV e LVI, da Constituição, a legalida-
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, de das provas obtidas mediante invasão de domicílio
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o por autoridades policiais sem o devido mandado de
direito a indenização pelo dano material ou moral busca e apreensão. O acórdão impugnado assentou
decorrente de sua violação; o caráter permanente do delito de tráfico de drogas
e manteve condenação criminal fundada em busca
Essa proteção se refere às pessoas físicas ou jurí- domiciliar sem a apresentação de mandado de busca
dicas, abrangendo inclusive a proteção necessária à e apreensão. A Corte asseverou que o texto constitu-
própria imagem frente aos meios de comunicação em cional trata da inviolabilidade domiciliar e de suas
massa (televisão, jornais etc.). exceções no art. 5º, XI (“a casa é asilo inviolável do
Inviolabilidade domiciliar tem previsão no inciso indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consen-
XI do art. 5º da CF: timento do morador, salvo em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
Art. 5º [...] por determinação judicial”). Seriam estabelecidas, por-
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém tanto, quatro exceções à inviolabilidade:
nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou a - flagrante delito;
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o b -desastre;
dia, por determinação judicial; c) - prestação de socorro; e
d) - determinação judicial.
Súmula 101 do STF: O mandado de segurança não Direito de propriedade é um direito individual,
substitui a ação popular. conforme já estudado neste material, já o direito à
Súmula 365 do STF: Pessoa jurídica não tem legiti- moradia é um direito social, localizado no caput do
midade para propor ação popular. art. 6º da CF/88. 395
Direito à segurança, localizado no art. 5º (direi- XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes
to individual) e art. 6º (direito social), entenda a desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
diferença: creches e pré-escolas;
Segurança mencionada no art. 5º da CF se refere à XXVI - reconhecimento das convenções e acordos
segurança jurídica, já a segurança mencionada no art. coletivos de trabalho;
6º da CF refere-se ao direito à segurança pública. XXVII - proteção em face da automação, na forma
da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
Direitos sociais para os trabalhadores
cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
culpa;
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
condição social:
relações de trabalho, com prazo prescricional de
I - relação de emprego protegida contra despedida
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais,
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
até o limite de dois anos após a extinção do contra-
complementar, que preverá indenização compensa-
to de trabalho;
tória, dentre outros direitos;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercí-
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
cio de funções e de critério de admissão por motivo
involuntário;
de sexo, idade, cor ou estado civil;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
tocante a salário e critérios de admissão do traba-
unificado, capaz de atender a suas necessidades
lhador portador de deficiência;
vitais básicas e às de sua família com moradia, ali-
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual,
mentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higie-
técnico e intelectual ou entre os profissionais
ne, transporte e previdência social, com reajustes
respectivos;
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba-
V - piso salarial proporcional à extensão e à com-
lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição
plexidade do trabalho;
de aprendiz, a partir de quatorze anos;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador
convenção ou acordo coletivo;
com vínculo empregatício permanente e o trabalha-
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo,
dor avulso
para os que percebem remuneração variável;
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
VIII - décimo terceiro salário com base na remune-
trabalhadores domésticos os direitos previstos
ração integral ou no valor da aposentadoria;
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII,
IX - remuneração do trabalho noturno superior à
XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
do diurno;
XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em
X - proteção do salário na forma da lei, constituin-
lei e observada a simplificação do cumprimento
do crime sua retenção dolosa;
das obrigações tributárias, principais e acessórias,
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvin-
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiari-
culada da remuneração, e, excepcionalmente, par-
dades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV
ticipação na gestão da empresa, conforme definido
e XXVIII, bem como a sua integração à previdência
em lei;
social.
XII - salário-família pago em razão do dependente
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a O mencionado dispositivo aborda os direitos dos
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, trabalhadores de uma forma genérica, pois todos são
facultada a compensação de horários e a redução tratados de forma específica em legislação especial.
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva Cabe ressaltar, neste tópico, que os examinado-
de trabalho; res das bancas costumam perguntar datas e questões
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realiza- numéricas. Por exemplo, um tema sempre muito
do em turnos ininterruptos de revezamento, salvo cobrado em provas é sobre a prescrição trabalhista,
negociação coletiva; ou seja, o prazo máximo para entrar com a reclama-
XV - repouso semanal remunerado, preferencial- ção trabalhista após o término do contrato de trabalho
mente aos domingos; para discutir os últimos cinco anos; ou seja, os crédi-
XVI - remuneração do serviço extraordinário tos trabalhistas prescrevem nos últimos cinco anos.
superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
z Prazo para entrar com reclamação trabalhista: 2
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal;
anos.
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego z Prescrição dos créditos: últimos 5 anos.
e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, TRABALHADORES
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; observado o seguinte:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por I - a lei não poderá exigir autorização do Estado
meio de normas de saúde, higiene e segurança; para a fundação de sindicato, ressalvado o regis-
XXIII - adicional de remuneração para as atividades tro no órgão competente, vedadas ao Poder Públi-
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; co a interferência e a intervenção na organização
396 XXIV - aposentadoria; sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização A nacionalidade é considerada pela CF/88 um
sindical, em qualquer grau, representativa de cate- direito fundamental, e tem previsão no título II da CF.
goria profissional ou econômica, na mesma base O Brasil adota dois critérios para definir a aquisi-
territorial, que será definida pelos trabalhadores ção da nacionalidade brasileira:
ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município; z jus solis: atribui nacionalidade ao território onde
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interes- o indivíduo nasce.
ses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
z jus sanguinis: atribui a nacionalidade ao vínculo
em questões judiciais ou administrativas;
sanguíneo.
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que,
em se tratando de categoria profissional, será des-
contada em folha, para custeio do sistema con- Brasileiro nato
federativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei; Conforme prevê o art. 12, inciso I da CF, é conside-
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se rado brasileiro nato:
filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas z Nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiro,
negociações coletivas de trabalho; desde que estes não estejam a serviço de seu
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser país.
votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicali- No que diz respeito à necessidade de ambos os
zado a partir do registro da candidatura a cargo de genitores estrangeiros estarem a serviço do país,
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda entende-se que deve haver a verificação do fato do
que suplente, até um ano após o final do mandato, deslocamento desse Estado (país) ao Brasil ter ocorri-
salvo se cometer falta grave nos termos da lei. do em virtude de interesse do seu país. Ainda que um
Parágrafo único. As disposições deste artigo apli- deles não exerça função governamental, por exemplo:
cam-se à organização de sindicatos rurais e de
Pais argentinos, a serviço da Argentina – nesse caso,
colônias de pescadores, atendidas as condições que
o filho nascido no Brasil não será brasileiro nato9.
a lei estabelecer.
Pais argentinos a serviço do Uruguai – nesse caso, o
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo
filho nascido no Brasil será brasileiro nato, pois os pais
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de
não estão a serviço de seu país (no exemplo, Argentina).
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essen- z Nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileira,
ciais e disporá sobre o atendimento das necessida- desde que qualquer um deles esteja a serviço
des inadiáveis da comunidade. do Brasil;
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis
às penas da lei. Neste caso o termo a “serviço da República Federati-
Art. 10 É assegurada a participação dos trabalha- va do Brasil” engloba a serviço da administração direta e
dores e empregadores nos colegiados dos órgãos indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de discussão e z Nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe
deliberação. brasileira, desde que sejam registrados em repar-
Art. 11 Nas empresas de mais de duzentos empre- tição brasileira competente (embaixada ou con-
gados, é assegurada a eleição de um representante sulado) ou venham a residir no Brasil e optem,
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
o entendimento direto com os empregadores.
O filho poderá optar pela nacionalidade brasileira
As garantias desse último grupo de direitos sociais observando três requisitos cumulativos:
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
estão divididas em: direito de associação sindical,
direito de greve e direito de representação. z I dade mínima: 18 anos;
Direito de associação sindical tem relação com o z Residência no Brasil;
princípio da liberdade de associação. Ja o direito de z Obedecendo aos dois requisitos acima, deve-se optar
greve, citado no art. 9º, não é o mesmo direito de gre- a qualquer tempo pela nacionalidade brasileira.
ve assegurado ao servidor público no art. 37 da CF, ou
seja, a greve mencionada no art. 9º é autoaplicável A Constituição Federal em seu art. 12 §3º determi-
(norma de eficácia contida), não sendo necessária lei na quais os cargos que são PRIVATIVOS para brasilei-
para regulamentar o direito de greve. Já o direito de ro nato, vejamos:
representação, está presente no art. 11 da CF.
z �Presidente e Vice-Presidente da República;
DA NACIONALIDADE z �Presidente da Câmara dos Deputados;
z �Presidente do Senado Federal;
Ligação que une um indivíduo a cada território. z �Ministro do STF;
Grande parte dos países determina o modo de aqui- z �Carreira Diplomática;
sição e perda da nacionalidade em suas respectivas z �Oficial das Forças Armadas;
constituições. z �Ministro de Estado da Defesa.
9 Observe nos exemplos como pode ser cobrada a matéria na prova. 397
Naturalizados Importante frisar que o brasileiro nato não pode
ser extraditado. Se for o caso, deve ser entregue ao
Neste caso, o indivíduo não tem vínculo nem de TPI-Tribunal Penal Internacional, sendo que; podem
solo nem de sangue com o Brasil, mas quer tornar- ser entregues ao TPI os brasileiros natos, naturaliza-
-se brasileiro, simplesmente por vontade, ou seja, é o dos e estrangeiros.
estrangeiro que optou pela nacionalidade brasileira Ainda, o Estatuto de Roma do Tribunal Penal
(art. 12, inciso II da CF). Internacional, decreto Lei nº 4388/2002, em seu art.
102, define a diferença entre a entrega e extradição,
vejamos:
z Estrangeiros provenientes de países de língua
portuguesa devem ter um ano de residência no
z P
or “entrega”, entende-se a entrega de uma pessoa
Brasil e idoneidade moral.
por um Estado ao Tribunal nos termos do presente
Ex.: Portugal, Angola, Cabo Verde etc.
Estatuto.
z Nacionalidade extraordinária: para os demais
z
Por “extradição”, entende-se a entrega de uma
estrangeiros, deve-se ter 15 anos de residência
pessoa por um Estado a outro Estado, conforme
ininterrupta e ausência de condenação penal. previsto em um tratado, em uma convenção ou no
direito interno.
O Supremo Tribunal Federal entende que a natu-
ralização extraordinária é ato declaratório do Brasil. CONSIDERAÇÕES REFERENTES À NACIONALIDADE
Estrangeiro que provar os requisitos necessários,
ou seja, possuir 15 anos de residência ininterrupta e Extradição
ausência de condenação penal, tem o direito subjetivo
à naturalização. Negado este pedido, caberá Mandado Entrega de um Estado (país) a outro Estado (país)
de Segurança. de pessoa acusada de delito ou já condenada. Note
Importante mencionar também a leitura do Esta- que, conforme a súmula 421 do STF, não há impedi-
tuto do Estrangeiro, Lei nº 6.815/1980. mento à extradição o fato de o extraditado ser casado
com brasileira ou ter filho brasileiro.
Perda da nacionalidade Conforme prevê o art. 22, inciso XV da CF, compete
à União legislar sobre extradição.
A constituição brasileira também dispõe que
Conforme art. 14 §4º da CF/88, tanto o brasilei-
ro nato quanto o naturalizado poderá perder a sua
“nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
nacionalidade.
naturalizado, em caso de crime comum, praticado
Existem dois instrumentos que podem ser usados
antes da naturalização, ou de comprovado
para decretar a perda da nacionalidade brasileira: envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, na forma da lei.” Bem como, “não
z S
entença Judicial transitada em julgado: esta será concedida extradição de estrangeiro por crime
alcança apenas o brasileiro naturalizado que feriu político ou de opinião” (art. 5º, incisos LI e LII da CF).
o interesse nacional. Neste caso, o indivíduo que
perdeu a nacionalidade poderá apenas readqui- Ainda, o art. 102, I, g da CF dispõe que o Supremo
ri-la por meio de uma ação, chamada de Ação Tribunal Federal será o responsável por processar e
Rescisória.10 julgar a extradição solicitada pelo Estado estrangeiro.
z
Brasileiro nato e naturalizado que adquire
voluntariamente outra nacionalidade; este ato Expulsão
engloba tanto a aceitação quanto o pedido da natu-
ralização oferecida por outro país. Neste caso, exis- Ato de tirar o estrangeiro do Brasil de modo coa-
tem duas exceções, ou seja, existem dois casos em tivo, por infração ou ato que o torne inconveniente à
que é permitida a dupla cidadania: defesa e à conservação da ordem interna do Estado.
Neste caso, a União é responsável para legislar
R econhecimento da nacionalidade pela lei sobre expulsão, conforme art. 22, inciso XV da CF.
estrangeira; Não ocorrerá a expulsão em duas hipóteses: dife-
rente da extradição, a expulsão não será admitida
Imposição por outro país, como condição de
quando o indivíduo tiver cônjuge brasileiro (desde
permanência em seu território ou para exer-
que não esteja divorciado ou separado de fato) e o
cício dos direitos civis. Exemplo: atletas/joga-
casamento tiver sido celebrado há mais de cinco anos,
dores de futebol quando são “vendidos” e
ou que tenha filho brasileiro, desde que este esteja sob
representam times estrangeiros.
sua guarda e dependência econômica.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item seguinte, a) impede que João receba o benefício;
relativo ao direito de nacionalidade. b) não impede que João receba o benefício, pois a lei
Os indivíduos que possuem multinacionalidade vincu- não pode prejudicar a coisa julgada;
lam-se a dois requisitos de aquisição de nacionalidade c) não impede que João receba o benefício, pois a lei
primária: o direito de sangue e o direito de solo. não pode prejudicar o direito adquirido;
d) não impede que João receba o benefício, pois a lei
( )CERTO ( )ERRADO não pode prejudicar o ato jurídico perfeito;
e) somente impedirá que João receba o benefício
O Brasil adota dois critérios para definir a aquisição caso não o requeira no dia imediato à promulga-
da nacionalidade brasileira: direito de solo (na sua ção da lei.
prova também pode ser chamada de jus solis), que
atribui nacionalidade ao território onde o indivíduo João deve receber o benefício, pois a lei, na data em
nasce, e direito de sangue (também pode ser chama- que foi editada, já garantia seu direito adquirido. Cui-
do de jus sanguinis), que atribui a nacionalidade ao dado para não confundir coisa julgada com direito
vínculo sanguíneo. Resposta: Certo. adquirido, sendo que na coisa julgada é conferida a
sentença quando não cabem mais recursos e o direi-
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito dos direitos to adquirido se dá quando o indivíduo já preencheu
e garantias fundamentais, julgue o item que se segue, todos os requisitos exigidos por lei (no tempo em que
tendo como referência a jurisprudência do Supremo Tri- determinada lei era vigente) para se beneficiar de
bunal Federal. determinado direito. Resposta: Letra C.
É vedado ao legislador editar lei em que se exija o
pagamento de custas processuais para a impetração
de habeas corpus.
Na nossa Carta Magna, a repartição das compe- IX - elaborar e executar planos nacionais e regio-
tências tem previsão nos artigos 21, 22, 23 e 24 e tem nais de ordenação do território e de desenvolvimen-
o objetivo de partilhar entre os entes federados as to econômico e social;
atividades do Estado, classificada como competência X - manter o serviço postal e o correio aéreo
administrativa e competência legislativa. nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autoriza-
ção, concessão ou permissão, os serviços de teleco-
Competência administrativa
municações, nos termos da lei, que disporá sobre a
organização dos serviços, a criação de um órgão
A competência administrativa também pode ser regulador e outros aspectos institucionais;
chamada de competência material, pois trata-se da XII - explorar, diretamente ou mediante autoriza-
organização do Estado para efetuar tarefas e realização ção, concessão ou permissão:
de atividades referente às matérias nela relacionadas, a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e
podem ser classificadas como competência exclusiva da imagens;
União e competência comum entre os Entes Federados. b) os serviços e instalações de energia elétrica e
o aproveitamento energético dos cursos de água,
em articulação com os Estados onde se situam os
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA potenciais hidroenergéticos;
GERENCIAL OU MATERIAL c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estru-
tura aeroportuária;
Art. 21 da CF Art. 23 da CF
d) os serviços de transporte ferroviário e aqua-
viário entre portos brasileiros e fronteiras nacio-
EXCLUSIVA DA UNIÃO COMUM nais, ou que transponham os limites de Estado ou
INDELEGÁVEL Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interesta-
Como memorizar? Entes federados.União, Es- dual e internacional de passageiros;
Os incisos fazem menção tados, DF e Municípios. f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
à atuação e ação. XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territó-
Competência exclusiva da União é indelegável, ou rios e a Defensoria Pública dos Territórios;
seja, não pode ser delegada a outro ente federativo, XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia
prevista no art. 21 da CF. Perceba que os incisos fazem penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros mili-
menção a atuação e ação, vejamos: tar do Distrito Federal, bem como prestar assistên-
cia financeira ao Distrito Federal para a execução
de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
Atenção! Colocamos o art. 21 da CF na íntegra, XV - organizar e manter os serviços oficiais de esta-
pois é muito cobrado em provas. Recomenda-se a tística, geografia, geologia e cartografia de âmbito
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
leitura do dispositivo reiteradas vezes! nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo,
Art. 21 Compete à União: de diversões públicas e de programas de rádio e
I - manter relações com Estados estrangeiros e par- televisão;
ticipar de organizações internacionais; XVII - conceder anistia;
II - declarar a guerra e celebrar a paz; XVIII - planejar e promover a defesa permanente
III - assegurar a defesa nacional; contra as calamidades públicas, especialmente as
IV - permitir, nos casos previstos em lei complemen- secas e as inundações;
tar, que forças estrangeiras transitem pelo território XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento
nacional ou nele permaneçam temporariamente; de recursos hídricos e definir critérios de outorga
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a de direitos de seu uso
intervenção federal; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos;
Exemplo: Em 2018, foi decretada a intervenção
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o siste-
federal no estado do Rio de Janeiro (Decreto nº 9.288 ma nacional de viação;
de 2018), uma medida excepcional de natureza mili- XXII - executar os serviços de polícia marítima,
tar com o objetivo de reestabelecer a ordem pública e aeroportuária e de fronteiras;
resolver algumas questões de segurança pública prin- XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares
cipalmente nas comunidades. de qualquer natureza e exercer monopólio estatal 405
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e repro- local, são atribuições que tratam da edição de
cessamento, a industrialização e o comércio de normas gerais e abstratas.
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os Competência privativa: é a competência da
seguintes princípios e condições: União para legislar sobre determinados assun-
a) toda atividade nuclear em território nacional tos de interesse nacional, com a edição de nor-
somente será admitida para fins pacíficos e median- mas de interesse processual, normas de direito
te aprovação do Congresso Nacional;
material e administrativo.
b) sob regime de permissão, são autorizadas a
comercialização e a utilização de radioisótopos para
a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; PROCESSUAL
c) sob regime de permissão, são autorizadas a pro-
dução, comercialização e utilização de radioisóto- Normas de processo civil, processo penal e processo
pos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; do trabalho.
d) a responsabilidade civil por danos nucleares
independe da existência de culpa; MATERIAL
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do
trabalho; Normas de direito civil, comercial, penal, político-elei-
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o toral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
exercício da atividade de garimpagem, em forma trabalho.
associativa.
ADMINISTRATIVO
No que tange à competência comum, que também Demais matérias, como requisições civis e militares,
pode ser chamada de competência paralela, concor- tempo de guerra, trânsito, transporte etc.
rente ou cumulativa, todos os Entes podem agir de for-
ma independente, é a competência comum da União, Art. 22 da CF
Estados, Distrito Federal e Munícipios, consagrada no
art. 23 da CF, vejamos:
Privativa Da União
Art. 23 É competência comum da União, dos Esta-
Como memorizar?
dos, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
Os incisos do art. 22 da CF fazem menção a legis-
instituições democráticas e conservar o patrimônio lar, privativa e delegável.
público; Fique atento! Cabe delegação aos Estados e DF, median-
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção te lei complementar sobre questões específicas.
e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens Art. 22 Compete privativamente à União legislar
de valor histórico, artístico e cultural, os monu- sobre:
mentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios I - direito civil, comercial, penal, processual, eleito-
arqueológicos; ral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracte- trabalho;
rização de obras de arte e de outros bens de valor II - desapropriação;
histórico, artístico ou cultural; III - requisições civis e militares, em caso de iminen-
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à edu- te perigo e em tempo de guerra;
cação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; IV - águas, energia, informática, telecomunicações
VI - proteger o meio ambiente e combater a polui- e radiodifusão;
ção em qualquer de suas formas; V - serviço postal;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e
VIII - fomentar a produção agropecuária e organi- garantias dos metais;
zar o abastecimento alimentar; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transfe-
IX - promover programas de construção de mora- rência de valores;
dias e a melhoria das condições habitacionais e de VIII - comércio exterior e interestadual;
saneamento básico; IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,
marginalização, promovendo a integração social marítima, aérea e aeroespacial;
dos setores desfavorecidos; XI - trânsito e transporte;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as conces- XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
sões de direitos de pesquisa e exploração de recur- metalurgia;
sos hídricos e minerais em seus territórios; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XII - estabelecer e implantar política de educação XIV - populações indígenas;
para a segurança do trânsito. XV - emigração e imigração, entrada, extradição e
expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego
Ainda, o parágrafo único do mencionado dispositivo e condições para o exercício de profissões;
estabelece que, tendo em vista o equilíbrio do desenvol- XVII - organização judiciária, do Ministério Público
vimento e do bem-estar em âmbito nacional, as leis com- do Distrito Federal e dos Territórios e da Defenso-
plementares fixarão normas para a cooperação entre a ria Pública dos Territórios, bem como organização
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de
Competência legislativa: A competência legis- geologia nacionais;
lativa como o próprio nome já nos remete é a XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da
competência para elaborar leis, classificada em poupança popular;
406 competência privativa, concorrente, residual e XX - sistemas de consórcios e sorteios; (grifo nosso)
Veja o que dispõe a Súmula Vinculante nº 2: É VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural,
inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou artístico, turístico e paisagístico;
Distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente,
sorteios, inclusive bingos e loterias. ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, mate- IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência,
rial bélico, garantias, convocação, mobilização, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
inatividades e pensões das polícias militares e dos X - criação, funcionamento e processo do juizado de
corpos de bombeiros militares; pequenas causas;
XXII - competência da polícia federal e das polícias XI - procedimentos em matéria processual;
rodoviária e ferroviária federais; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XXIII - seguridade social; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XIV - proteção e integração social das pessoas por-
XXV - registros públicos; tadoras de deficiência;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XV - proteção à infância e à juventude;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, XVI - organização, garantias, direitos e deveres das
em todas as modalidades, para as administrações polícias civis.
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da § 1º No âmbito da legislação concorrente, a compe-
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obe- tência da União limitar-se-á a estabelecer normas
decido o disposto no art. 37, XXI, e para as empre- gerais.
sas públicas e sociedades de economia mista, nos § 2º A competência da União para legislar sobre
termos do art. 173, § 1°, III; normas gerais não exclui a competência suplemen-
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defe- tar dos Estados.
sa marítima, defesa civil e mobilização nacional; § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
XXIX - propaganda comercial. Estados exercerão a competência legislativa plena,
Parágrafo único. Lei complementar poderá para atender a suas peculiaridades.
autorizar os Estados a legislar sobre questões § 4º A superveniência de lei federal sobre normas
específicas das matérias relacionadas neste arti- gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
go. (grifo nosso) lhe for contrário.
Delegável: Deve ocorrer por lei complementar As regras de aplicação da competência concor-
federal, editada pelo Congresso Nacional. Obs.: Tam- rente estão relacionadas no § 1º ao 4º do mencionado
bém contempla o Distrito Federal. (Art. 32, § 1º da CF.) dispositivo, que determina que a União limitar-se-á
Não confunda a competência exclusiva da União a estabelecer normas gerais, entretanto não exclui a
com a competência privativa da União: competência suplementar dos Estados. Ainda, inexis-
tindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exer-
EXCLUSIVA ART. 21 PRIVATIVA ART. 22 cerão a competência legislativa plena, para atender a
DA CF DA CF suas peculiaridades. Por conseguinte, consagra o tex-
Administrativa Legislativa to constitucional que a superveniência de lei federal
sobre normas gerais suspende a eficácia da lei esta-
Indelegável Delegável dual, no que lhe for contrário.
EXPLÍCITOS IMPLÍCITOS
z Princípios implícitos
Expressos art. 37 CF/88
Ainda, além dos princípios expressos no art. 37 da
“L I M P E”
Constituição, a Administração Pública também deve
� Supremacia do Inte-
observar os da supremacia do interesse público,
z Legalidade; resse Público;
princípio da razoabilidade, princípio da propor-
z Impessoalidade; � Razoabilidade;
cionalidade, princípio da autotutela e princípio da
z Moralidade; z Proporcionalidade;
segurança jurídica. Essas são as prerrogativas cha- z Publicidade; z Autotutela;
madas de “princípios implícitos” que, apesar de não z Eficiência. z Segurança Jurídica.
estarem expressos na Constituição, também devem
ser observados pela Administração Pública.
Os princípios implícitos são obtidos por meio de O Agente público deve observar os princípios
uma construção lógica e doutrinária, ora, estão implí- administrativos explícitos do art. 37 da CF e também
citos no texto mesmo não aparecendo expressamente. os princípios implícitos da Administração Pública,
Por exemplo, o princípio da razoabilidade, não está sendo que a não observância do mesmo resultará em
412 escrito (expresso) na Constituição Federal, mas ele responsabilização criminal, civil e administrativa.
SERVIDORES PÚBLICOS E MILITARES requisitos: a) aprovação em concurso público; b)
nomeação; c) avaliação especial de desempenho. Veja-
Nesse tópico de estudo, é importante não confun- mos o § 4º do mencionado dispositivo que determina
dir agente público, agente político e agente adminis- a obrigatoriedade de comissão com a finalidade de
trativo, pois a troca de uma simples palavra pode avaliação para estabilidade:
mudar todo contexto e definição.
A utilização da expressão agente público é um § 4º Como condição para a aquisição da estabilida-
termo genérico, pois abrange a todos que tem vínculo de, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
com o Estado, inclusive aqueles que têm um vínculo nho por comissão instituída para essa finalidade.
temporário e não remunerado.
Agentes políticos são os detentores de manda-
Após o estágio probatório o servidor público só
to eletivo, chamados também de agentes de primeiro
perderá o cargo em virtude de sentença transitada em
escalão, cargos previstos na CF/88, por exemplo: o Pre-
julgado, mediante processo administrativo, assegura-
sidente da República, Senadores, Deputados, Ministros
do a ampla defesa, ou mediante procedimento de ava-
do STJ, Membros do Ministério Público etc. Bem como,
liação periódica de desempenho, assegurada ampla
os agentes administrativos são aqueles que exercem
uma atividade sujeita a hierarquia funcional, ocupan- defesa. Sobre esse tema, é importante a observância
tes dos cargos públicos, empregos públicos e funções do art. 41, § 2º da CF, sobre eventual invalidade da
públicas na administração direta ou indireta da Fede- demissão do servidor estável:
ração. O acesso ao cargo ocorrerá a partir de nomea-
ção, concurso público ou designação, cabendo exercer § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do
atividade de forma remunerada e profissional. servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
José Afonso da Silva (2017) preleciona que, confor- ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
me a Constituição Federal, os agentes administrativos se de origem, sem direito a indenização, aproveitado
repartem em dois grupos: servidores públicos e militares. em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
z Servidores públicos
z Empregados públicos: Os servidores investidos
Os servidores públicos compreendem outras em empregos têm regime jurídico de natureza
quatro categorias: 1) Servidores investidos em cargos trabalhista, ou seja, são regidos pela CLT (Conso-
(estatutário); 2) Servidores públicos investidos em lidação das Leis do Trabalho). O ingresso também
empregos (empregados públicos); 3) Servidores admi- é por meio de concurso público, entretanto não
tidos em funções públicas (comissionados); 4) Servido- adquirem a estabilidade do art. 41 da CF. Ex.: Ban-
res contratados por tempo determinado (temporários). cário da Caixa Econômica Federal.
z Servidores comissionados: Os servidores investi-
dos em funções públicas são os que ocupam car-
AGENTES PÚBLICOS
go em comissão e são livremente nomeados ou
PARTICULARES exonerados por autoridade competente (art. 37, V
AGENTE AGENTE
EM da CF). Cabe ressaltar que os ocupantes de cargos
POLÍTICO ADMINISTRATIVO
COLABORAÇÃO comissionados têm caráter transitório, ou seja, não
� Servidores Públi- � Militares � Agentes gozam de estabilidade.
cos (estatutário) � Emenda Constitu- Honoríficos z Servidores temporários: Os servidores temporá-
� Empregados Pú- cional 18/1998 � Agente rios são contratados por tempo determinado em
blicos (celetista) Delegado situações excepcionais de interesse público, exer-
� Servidores � Agentes cem função pública remunerada de caráter tem-
Comissionados Credenciados porário, o vínculo com a administração pública
� Servidores é contratual (contrato de direito público – não de
Temporários
natureza trabalhista). Ex.: Professores, conforme
Descentralização
EXERCÍCIOS COMENTADOS
A descentralização é a delegação de ativida-
des, mas sem o Estado deixar de fiscalizar, atuando 1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) De acordo com os prin-
indiretamente. cípios e valores que regem a administração pública, o
O decreto em estudo prevê que a descentralização servidor público.
deve ser posta em prática em três planos principais
(art. 10), quais sejam: a) deverá zelar pelo princípio da supremacia do interesse
público, que veda, ao servidor, o questionamento da
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distin-
validade do ato a ser praticado.
guindo-se claramente o nível de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades b) deverá impor a penalidade cabível àquele que deixar
federadas, quando estejam devidamente aparelha- de observar a legislação aplicável a um caso concreto,
das e mediante convênio; sendo irrelevante a comprovada boa-fé demonstrada
c) da Administração Federal para a órbita privada, pelo particular.
mediante contratos ou concessões. c) deverá zelar pelos princípios que regem a adminis-
tração pública e deles não poderá se afastar, sob
Sendo que a aplicação dessa possibilidade está con- pena de eventual responsabilização criminal, civil e
dicionada, em qualquer caso, aos ditames do interesse administrativa.
público e às conveniências da segurança nacional. d) poderá afastar o comando da lei diante de uma
Exemplo: as Autarquias Federais que são res- injustiça.
ponsáveis pela fiscalização e regulamentação de ati- e) poderá deixar de entregar documentos sigilosos soli-
vidades ligadas à telecomunicação, energia elétrica e citados pelas autoridades competentes que possam
petróleo (Ex.: ANATEL, ANEEL, ANP) e Fundações que comprometer a administração pública e o interesse
são entidades que executam atividades sociais (pes- público.
quisa/saúde/ensino) sem fins lucrativos (Ex.: FUNASA,
FUNAI etc.).
O agente público deve observar os princípios admi-
nistrativos explícitos do art. 37 da CF e também os
Delegação de competência
princípios implícitos da Administração Pública, sen-
do que a não observância do mesmo resultará em
É um instrumento de descentralização administrati-
responsabilização criminal, civil e administrativa.
va, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetivi-
dade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, Resposta: Letra C.
pessoas ou problemas a atender (art. 11 Decreto-lei
200/67), ou seja, um órgão administrativo poderá dele- 2. (FCC – 2020) De acordo com o artigo 37 da Constitui-
gar parte de sua competência a outros órgãos, ainda que ção Federal de 1988, os princípios da Administração
estes não sejam hierarquicamente subordinados. pública da
Ainda, o ato de delegação deverá indicar com pre-
cisão a autoridade delegante, a autoridade delegada e a) moralidade e publicidade devem ser obedecidas por
416 as atribuições objeto de delegação. uma autarquia estadual.
b) legalidade e universalidade devem ser obedecidas por 3º: Controle Político feito pelo Congresso Nacional:
uma assembleia legislativa estadual.
c) eficiência e competência devem ser obedecidas por z Confirma: Art. 49, IV da CF/88
empresas públicas estaduais. z Rejeita: Art. 136 § 4º da CF/88
d) exclusividade e impessoalidade devem ser obe-
decidas por instituições sem fins lucrativos não Controle político imediato – ocorre na decretação
governamentais. ou caso persistirem as razões que justificaram o esta-
e) prudência e eficiência devem ser obedecidas pelos do de defesa, este poderá ser prorrogado por mais 30
órgãos da administração direta estadual. dias, então o Presidente da República no prazo de 24
horas submete a decisão ao Congresso Nacional, que
Conforme art. 37 da CF/88 a Administração pública indi- deverá decidir pelo voto da maioria absoluta e median-
reta também deve obediência aos princípios da mora- te decreto legislativo, sobre a aprovação ou suspensão.
lidade e publicidade conforme caput do art. 37 da CF. Caso o Congresso estiver em recesso, será convocado
no prazo de cinco dias – Sessão Legislativa Extraordiná-
Resposta: Letra A.
ria. Deverá, também, apreciar o decreto no prazo de dez
dias do seu recebimento (art. 136, §5º e 6º da CF/88).
Controle político concomitante (ao mesmo
tempo) - Neste caso, cinco membros da mesa do Con-
DEFESA DO ESTADO E DAS gresso Nacional têm que acompanhar e fiscalizar as
INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS medidas tomadas.
Controle político sucessivo (no final) – Ocorre nos
termos do art. 141, parágrafo único da CF, o qual deter-
ESTADO DE DEFESA
mina que após cessar o estado de defesa as medidas apli-
cadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente
O Estado de Defesa e Estado de Sítio são legalida-
da República em mensagem ao Congresso Nacional.
des extraordinárias temporárias, criadas por Decreto
Caso o Congresso Nacional não aceite a justifica-
do Presidente da República, consagrados no Título V tiva relada pelo Presidente da República no controle
da Constituição Federal. político sucessivo e se, caracterizado algum crime de
O estado de defesa tem o objetivo de preservar ou responsabilidade, poderá o Presidente ser submetido
reestabelecer em locais restritos à ordem pública e a paz ao processo, conforme a Lei 1.079/1950 e art. 85 da
social ameaçada por grave e iminente instabilidade ins- CF/88 (controle jurídico).
titucional ou atingidas por calamidade de grande pro-
porção da natureza, conforme dispõe art. 136 da CF/88. ESTADO DE SÍTIO
É obrigatória análise pelo Conselho da República e
pelo Conselho de Defesa Nacional (art. 89 a 91 da CF/88), O estado de sítio está consagrado no art. 137 a 139
ainda que a opinião dos Conselhos não seja vinculante. da CF/88 e será decretado diante da ineficácia do esta-
O controle político ocorre após a decretação do Presi- do de defesa, diante de comoção de grave repercussão
dente deve no prazo de 24 horas enviar ao Congresso nacional. E não pode ser decretado por mais de 30 dias,
Nacional para análise, para ser autorizado depende da porém, se necessário, pode ser prorrogado por mais 30,
autorização da maioria absoluta de seus membros. se necessário de novo, mais 30, e assim por diante.
O tempo de duração não será superior a 30 dias, poden- No caso de declaração de estado de guerra ou res-
posta a agressão armada estrangeira, o estado de sítio
do ser prorrogado uma única vez, por igual período. Nes-
poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar
se período será limitado o direto de reunião, mesmo que
a guerra ou a agressão armada estrangeira.
exercida junto às associações, sigilo de correspondência e
Procedimento:
sigilo de comunicação telegráfica e telefônica.
Procedimento: 1º: Presidente da República consulta dois conselhos.
Art. 84 Compete privativamente ao Presidente da Autorização será por maioria absoluta e por
República: decreto legislativo (art. 49, IV da CF/88).
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Art. 136 O Presidente da República pode, ouvidos 3º: Presidente da República decreta estado de sítio.
o Conselho da República e o Conselho de Defesa Art. 84 IX e 137 caput da CF.
Nacional, decretar estado de defesa para preservar 4º: Controle Político feito pelo Congresso Nacional:
ou prontamente restabelecer, em locais restritos
e determinados, a ordem pública ou a paz social Controle político concomitante (ao mesmo tem-
ameaçadas por grave e iminente instabilidade ins- po) –A partir do momento que o estado de sítio é auto-
titucional ou atingidas por calamidades de grandes rizado, o Congresso designa cinco membros da mesa
proporções na natureza. do Congresso Nacional para acompanhar e fiscalizar 417
as execuções das medidas referente ao estado de sítio. ESTADO DE
ESTADO DE SÍTIO
Art. 49, IV e art. 140 da CF/88. DEFESA
Controle político sucessivo (no final) - Ocorre nos Presidente da Presidente da
COMPETÊNCIA
termos do art. 141, parágrafo único da CF, o qual deter- República República
mina que após cessar o estado de defesa as medidas apli-
cadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente Posterior:
Prévio:
da República em mensagem ao Congresso Nacional. Depois de decreta-
Presidente da Re-
O direito de reunião pode ser limitado por decreto do estado de defesa
pública depende de
presidencial no estado de defesa e estado de sítio. A CONTROLE o Presidente da Re-
autorização pelo
POLÍTICO pública comunica
censura também se torna possível no estado de sítio. congresso nacional
Congresso Nacio-
Ainda, caso decretado estado de sítio por comoção nal para decretar o
que pode confirmar
estado de sítio.
grave de repercussão nacional ou ineficácia da medi- ou cessar.
da tomada durante o estado de defesa, só poderão ser
tomadas contra as pessoas as medidas consagradas no
art. 139 da CF. Vejamos: FORÇAS ARMADAS
14 CERTO
( ) CERTO ( ) ERRADO
15 ERRADO
17. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No que se refere à defe-
sa do Estado e das instituições democráticas, julgue o 16 CERTO
item. 17 ERRADO
Na realização de patrulhamento ostensivo, os policiais
militares exercem a função de polícia judiciária, cujo 18 CERTO
objetivo é a preservação da ordem pública.
19 ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO 20 ERRADO
422
Dica
HISTÓRICO CONCEITO
O Pacote Anticrime reconheceu que não existe Art. 69 A autoridade policial que tomar conheci-
mento da ocorrência lavrará termo circunstan-
imparcialidade se o mesmo julgador que intervém na
ciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado,
fase investigatória, ao mesmo tempo aprecia o mérito,
com o autor do fato e a vítima, providenciando-se
condenando ou absolvendo o acusado. Isso é perceptí- as requisições dos exames periciais necessários.
vel, uma vez que, na investigação o juiz se contamina Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavra-
com elementos de informação. Logo, a nova legislação tura do termo, for imediatamente encaminhado ao
separa a figura do juiz das garantias do juiz da instru- juizado ou assumir o compromisso de a ele com-
ção e julgamento. parecer, não se imporá prisão em flagrante, nem
Todavia, perceba que o juiz das garantias possui se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica,
a função de garantidor dos direitos fundamentais, o juiz poderá determinar, como medida de cautela,
na fase investigatória, mas não é dotado de iniciati- seu afastamento do lar, domicílio ou local de convi-
va acusatória, como erroneamente pode ser pensa- vência com a vítima.
do. Alerte-se para o fato que o Pacote Anticrime veda
expressamente a iniciativa do juiz na fase de inves-
tigação. A intervenção do juiz das garantias na fase
investigatória deve ser contingente e excepcional. AÇÃO PENAL
Para ressaltar, não podemos esquecer que o juiz
das garantias deverá assegurar o cumprimento das HISTÓRICO
regras para o tratamento dos presos, impedindo o
acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos Na Roma Antiga havia apenas duas infrações que
da imprensa para explorar a imagem da pessoa sub- instigavam a perseguição pública (criminal): perduel-
metida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, lio (traição e atentado contra a segurança do Estado)
administrativa e penal (art. 3-F). e parricidium (morte do pater familis, chefe do núcleo
O Pacote Anticrime trouxe a figura da assistência familiar) e, ambas atingiam o governo. As demais
jurídica em favor de servidores vinculados aos órgãos infrações, entre as quais o furto e as ofensas físicas ou
de segurança pública diante da instauração de inqué- morais, eram punidas pela própria vítima que então
rito para fins de investigação de fatos relacionados ao assumia a vingança.
uso da força letal praticados no exercício funcional. Na Idade Média não havia aplicação centralizada
Essa mudança se justifica pelo fato de figurar como da justiça, só com o direito canônico e, mais tarde,
suposto autor ou partícipe da infração penal em uma com o Estado absoluto cristalizou-se o monopólio dos
investigação criminal, por si só, funciona como uma meios de coerção.
imputação em sentido amplo que acarreta consequên- O Brasil enquanto colônia lusitana herdou um sis-
cias. Logo, a observância do contraditório e ampla tema jurídico já estabelecido em Portugal onde vigiam
defesa não podem ficar restritos à fase processual da inicialmente em 1521 as Ordenações Afonsinas, mas
persecução penal. aplicadas efetivamente foram as Ordenações Filipi-
Na investigação de fatos relacionados ao uso da nas a partir de 1603. As Ordenações do Reino eram
força letal praticados no exercício profissional (da compilações das leis de Portugal e fundamentavam a
polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia estrutura judiciária do regime, reproduziam as regras
ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e do direito canônico (relacionado à igreja).
corpos de bombeiros militares; polícias penais fede- Por muito tempo coexistiram as normas canônicas
ral, estaduais e distrital), o indiciado poderá constituir ao lado das normas do poder secular. Com a vinda
428 defensor. da família real para o Brasil após 1808, a edição das
normas passou a ser feita aqui, os alvarás e decretos z Pública: atribuição do Poder Judiciário;
foram constituídos, e era também o local que se con- z Subjetiva: o titular da ação exige do Estado uma
cedia perdão e se comutavam as penas. Somente após decisão;
a Independência do Brasil ocorrida em 1822, houve a z Autônoma: em relação ao direito material;
possibilidade de o Brasil formar ordenamento penal e z Abstrata: independe do resultado da postulação
processual penal próprio.
em juízo;
O primeiro Código de Processo Penal brasileiro foi
z Instrumental: ferramenta.
o de 1832 e denominava-se Código de Processo Crimi-
nal de Primeira Instância, foi liberal e oferecia mui-
tas garantias de defesa aos acusados. O atual Código FUNDAMENTO
de Processo Penal foi confeccionado em 1941, mas no
final de 2019 passou pela atualização do Pacote Anti- A ação penal possui tanto fundamento constitucio-
crime, uma vez que vários dos seus institutos já se nal, no art. 5º da CF, bem como existe um título inteiro
encontravam defasados. do CPP direcionado ao tema, disciplinando o passo a
passo da marcha processual.
REFERÊNCIA
Art. 5º
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo (...)
Penal: Voluma Único – 8 ed. rev. ampl. e atual. Sal- LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus
vador: Ed. JusPodivm, 2020. bens sem o devido processo legal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
NATUREZA Judiciário lesão ou ameaça a direito;
A doutrina e a jurisprudência definem a ação O titular da ação penal pública é o Ministério Públi-
penal como direito de exigir do Estado a aplicação do co, todavia, a ação penal pode ser privada, tendo por
direito penal (lei penal) em face do indivíduo envolvi- sujeito ativo o ofendido ou o seu representante legal.
do em fato tipificado como infração penal (crime ou Ademais, mesmo a ação penal de titularidade do MP
contravenção penal). (pública), divide-se em:
De acordo com o art. 129, I, da Constituição Fede- A legitimidade para a propositura da ação penal
ral, é função do Ministério Público promover a ação privada pertence ao ofendido ou a quem legalmente o
penal pública. Consiste em uma função privativa. A represente. Ex.: se o ofendido for menor de 18 anos ou
ação penal é iniciada por denúncia ajuizada pelo MP. mentalmente enfermo.
A ação penal pública pode ser: A ação penal será privada nos casos expressa-
mente indicados pela lei. Quando a lei se cala sobre
z Incondicionada: exige apenas atuação do MP; a espécie de ação a ser utilizada é caso de ação penal
z Condicionada à representação da vítima ou seu pública.
representante legal; Assim como na representação, o prazo da quei-
z Condicionada à requisição do ministro da justiça, xa-crime é de 6 meses, contados do conhecimento da
ex.: casos de crime cometido por estrangeiro con- autoria.
tra brasileiro fora do território nacional, crimes Os princípios da ação penal privada são:
contra a honra do Presidente da República e con-
tra chefe de governo estrangeiro. z Oportunidade: o ofendido tem discricionariedade
para iniciar ou não a ação penal;
De acordo com o STF, a representação independe z Disponibilidade: o ofendido pode desistir da ação
de forma especial. Ex.: é suficiente a demonstração penal, bem como de eventual recurso;
inequívoca da intenção do ofendido ou de quem tiver z Indivisibilidade: a queixa-crime contra qualquer
qualidade para representá-lo. dos autores do crime obrigará ao processo de
A ação penal pública é regida pelo princípio da todos, e o MP zelará pela indivisibilidade;
oficialidade, uma vez que os órgãos responsáveis pela z Intranscendência: a ação penal somente pode
persecução penal são públicos/oficiais. Isso se funda- ser ajuizada contra os responsáveis pela infração
menta porque o Estado detém a titularidade exclusiva penal, não abrangendo sucessores, nem responsá-
430 do direito de punir. Ademais, na ação penal pública veis civil.
Dica
HORA DE PRATICAR!
De acordo com o art. 5º, LIX, da Constituição
Federal, em caso de inércia do MP, o ofendido 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item a seguir,
pode oferecer ação penal privada subsidiária da com base no que dispõe o Código Penal.
pública, no prazo de 6 meses, contados do termo Será excluída a imputabilidade penal do indivíduo que
tenha praticado crime no momento de emoção, por se
final do prazo para oferecimento da denúncia.
considerar que ele não estava inteiramente capaz de
Após o prazo de 6 meses cessa a possibilidade entender o caráter ilícito da ação.
de queixa subsidiária, mas o MP ainda pode-
rá oferecer a denúncia enquanto não extinta a ( ) CERTO ( ) ERRADO
punibilidade.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito da aplicação
ADITAMENTO À DENUNCIA E À QUEIXA da lei penal, do crime e da imputabilidade penal, julgue
o item a seguir.
Na ação penal privada subsidiária da pública, o Um crime é classificado como crime culposo quan-
do o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
MP pode aditar a queixa:
produzi-lo.
Art. 29 Será admitida ação privada nos crimes de
( ) CERTO ( ) ERRADO
ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa,
3. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito da aplicação
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir
da lei penal, do crime e da imputabilidade penal, julgue
em todos os termos do processo, fornecer elementos o item a seguir.
de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso Situação hipotética: Um indivíduo que, ao tempo que
de negligência do querelante, retomar a ação como praticou ação ou omissão, era inteiramente capaz de
parte principal. entender o caráter ilícito do fato. Posteriormente veio
a ser afetado por doença mental.
Isso ocorre porque a essência da ação ainda é Assertiva: Nesse caso, esse indivíduo é isento de pena.
pública, a inércia do MP que conduziu ao ajuizamento
da queixa. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Outra situação de aditamento é a mutatio libeli:
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No que se refere à ação
z Emendatio Libeli penal, julgue o item subsecutivo.
O titular da ação penal pública incondicionada é o
Ministério Público.
O juiz não muda os fatos da peça de acusação, ape-
nas atribui definição jurídica diversa (desclassifica um
( ) CERTO ( ) ERRADO
crime para outro crime), ainda que isso ocasione apli-
cação de pena mais grave. 5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No que se refere à ação
Se com essa desclassificação houver possibilidade de penal, julgue o item subsecutivo.
suspensão condicional do processo, o juiz suspenderá. Em se tratando de crime que se processe mediante
Se com a desclassificação a competência começar a ação penal pública incondicionada, o perdão concedi-
ser de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. do pela vítima ao criminoso, antes do oferecimento da
denúncia, impede o processamento da ação penal.
z Mutatio Libeli
( ) CERTO ( ) ERRADO
13. (CESPE-CEBRASPE – 2017) A respeito da aplicação 19. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item a seguir,
da lei penal, do crime e da imputabilidade penal, julgue com base no que dispõe o Código Penal.
o item a seguir. Situação hipotética: Um indivíduo desferiu facadas
Situação hipotética: No trajeto para a delegacia de em alguém, com a intenção de matar. A vítima veio a
polícia, a viatura policial que transportava um indiví- óbito três semanas depois.
432 duo preso em flagrante delito sofreu um acidente de
Assertiva: Nesse caso, considera-se praticado o crime
desde o momento em que as facadas foram desferi-
das (ação), ainda que somente em momento posterior
tenha ocorrido a morte da vítima (resultado almejado
pelo agressor).
9 GABARITO
1 ERRADO
2 ERRADO
3 ERRADO
4 CERTO
5 ERRADO
6 CERTO
7 CERTO
8 ERRADO
9 ERRADO
10 CERTO
11 CERTO
12 ERRADO
13 CERTO
14 ERRADO
16 ERRADO
17 CERTO
18 CERTO
19 CERTO
20 CERTO
ANOTAÇÕES
433
ANOTAÇÕES
434