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esquecida que mostra quão pouco valor os líderes de Israel e os oficiais
romanos davam a Jesus de Nazaré.
Um verme é uma criatura que vive no solo, indefesa, frágil e indesejável. Isaías
52:14 predisse que o Messias seria terrivelmente desfigurado por seus inimigos
e nem sequer pareceria mais humano (ver também Is 49:7;50:6 e 53:3; para
"opróbrio", ver 69:9 e Rm 15:3. Para o cumprimento dos vv. 7, 8, ver Mt 27:39,
43; Mc 15:29; Lc 23:35, 36). Davi lembrou o Senhor de que, desde seu
nascimento, Deus havia cuidado dele; então, por que abandoná-lo naquele
instante? (ver 139:13-16). Davi aprendera a confiar no Senhor desde a mais
tenra idade e não estava prestes a ceder. O verbo "confiar" é usado três vezes
nos versículos 4 e 5 e também no versículo 8.
Foi condenado pela lei (w. 12-21). Davi olhou ao redor e viu seus inimigos; de
tão selvagens que eram, comparou-os com animais: touros (vv. 12, 21), leões
(vv. 13, 21; e ver 7:2; 10:9; 17:12; 35:17; 57:4; 58:6) e cães (vv. 16, 20). Basã era
uma região extremamente fértil, a leste do mar da Galiléia e norte do rio
Jarmuque até o monte Hermom, conhecida hoje como Colinas de Golã (Jr 50:19;
Dt 32:14; Ez 39:18; Am 4:1). Os touros selvagens rodeavam sua presa e, então,
atacavam para matá-la. Os cães eram animais selvagens carniceiros, que viviam
nos depósitos de lixo e andavam em matilhas à procura de vítimas. O povo que
participou da prisão e condenação de Jesus não passava de um bando de feras
selvagens atacando seu Criador (2:1-3; At 4:23-28). Davi olha para si mesmo e
acaba (vv. 14-18) fazendo uma descrição que, sem dúvida, correspondia à de
um homem sendo crucificado.
Suas roupas são removidas, ele é colocado numa cruz, e pregos são cravados
em suas mãos e pés. Dependurado entre o céu e a terra, seu corpo está
desidratado, ele é tomado de uma sede intensa, e o final é o "pó da morte" (v. 1
5; ver Gn 3:19; Jó 7:21; 10:9;1 7:16; Ec 3:20). Desfalece como a água que se
esvai e a cera que derrete e se torna como um caco de barro. (Para a aplicação
dessa imagem a Jesus, ver Mt 27:35; Mc 14:24; Lc 23:34; Jo 19:23, 24, 28.) É
impressionante como Davi descreve a crucificação, pois essa não era a pena
capital usada em Israel, e é pouco provável que ele alguma vez tenha
presenciado esse tipo de execução. Davi, o salmista profético (At 2:30), viu o
que aconteceria ao Messias séculos depois.
Por fim, Davi olhou para o alto, para o Senhor, e orou pedindo mais uma vez
pelas forças de que precisava (vv. 19-21). No versículo 1, disse que Deus estava
longe de ajudá-lo, e repete isso no versículo 11, mas pede pela terceira vez para
que o Senhor se aproxime e intervenha. A "espada" do versículo 20 pode ser
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uma referência à autoridade do governo romano (Rm 13:4), pois foi Pilatos
quem autorizou a morte de Cristo.
O termo traduzido por "minha vida", no versículo 20, pode significar "querido,
único", como um filho único (Gn 22:2), e se refere à única vida que Davi possuía
(ver 35:17, "minha predileta"). Uma vez que a perdesse, não poderia recuperá-
la. Podemos traduzir o versículo 21 por: "Salva-me da boca do leão; dos chifres
dos touros selvagens me livraste" ou "me atendeste". No versículo 2, Davi
escreveu que Deus não lhe havia respondido, mas agora, quase grita: "Sim, tu
me respondes" (ver também versículo 24), definindo, assim, o ponto crítico do
salmo.
1-18. Seu Sofrimento Pessoal. Deus meu, Deus meu, porque . . . ? Este apelo
inicial, no hebraico, foi feito em uma pergunta de apenas quatro palavras (Elí Elí
lamâ 'azabtaní). Essas palavras foram citadas por Jesus na cruz, em aramaico.
Observe que o salmista não perdeu a fé mesmo enquanto descrevia seu intenso
sofrimento e perseguição. Ele se sente abandonado por Deus mas sabe que
Deus está perto. Depois de citar a confiança de seus antepassados e o
livramento que receberam, ele descreve a insolente ação dos seus inimigos.
VERS. 1. O brado do Salvador que morre.
VERS. 2. Oração não respondida. Pergunte o porquê; incentive nossa esperança
a respeito; inste para que se continue na importunação.
VERS. 3. O que quer que Deus faça, precisamos ter em mente que ele é santo e
é para ser louvado.
VERS. 4. A fidelidade de Deus nas eras passadas é um pedido para o tempo
presente.
VERS. 4, 5. Santos antigos.
1. Sua vida. "Eles confiaram."
2. Sua prática. "Eles clamaram, choraram."
3. Sua experiência. "Não se decepcionaram."
4. Sua voz para nós.
VERS. 6-18. Cheio de sentenças marcantes sobre o sofrimento de nosso Senhor.
VERS. 11. As dificuldades de um santo, seus argumentos em oração.
19-21. Seu Apelo por Livramento. Não te afastes de mim. Esta idéia ocorre
pela terceira vez em um apelo declarado Pela ajuda divina. Apressa-te em
socorrer-me; livra a minha alma e salva-me todos indicam a urgência de sua
necessidade,
VERS. 20. "Salva-me" (NVI). "Livra a minha alma" (ARA). A alma de um homem
será muito preciosa para ele.
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VERS. 21 (primeira cláusula). "A boca dos leões." Homens de crueldade. O diabo.
Pecado. Morte. Inferno.
2. Louvor em tempos de vitória (S l 22:22-31)
Passamos, agora, do sofrimento para a glória, da oração para o louvor (vv. 22,
23, 25,26). Nos versículos 1 a 21, Jesus "suportou a cruz", mas aqui entra na
"alegria que lhe estava proposta" (Hb 12:2; ver também Jd 24). Havia orado
pedindo para ser liberto da morte (Hb 5:7), e essa oração fora respondida. Jesus
entoou um cântico de Páscoa antes de ir para a cruz (Mt 26:30; Mc 14:26), e, de
acordo com Hebreus 2:12, o Cristo ressurreto louvou a Deus no meio de seu
povo (ver Mt 18:20). Observe que, em seu cântico, o Senhor fala do alcance
cada vez maior da obra expiatória que ele completou na cruz. A grande
congregação (w. 22-25). Não há qualquer evidência bíblica de que Jesus tenha
aparecido a algum incrédulo assim que ressuscitou (1 Co 15:1-7). "A grande
congregação" (assembléia) era constituída daqueles que criam em Jesus e que
se tornaram parte de sua Igreja quando o Espírito veio em Pentecostes. Mas a
Igreja é composta de judeus e de gentios que formam um só corpo em Cristo (Ef
2:11 ss), de modo que o cântico incluiu a semente de Jacó (Israel).
Os primeiros cristãos eram judeus que creram em Cristo, e todos os gentios na
Igreja são, pela fé, filhos de Abraão (Cl 3:26-29). Deus não desprezou seu Filho,
do qual se compraz (v. 24); antes, aceitou sua obra na cruz e provou que
recebeu esse sacrifício ao ressuscitar Cristo dentre os mortos (Rm 4:24, 25).
O reino glorioso (vv. 26-29). Vemos aqui um banquete, uma imagem conhecida
do povo de Israel que esperava o reino messiânico (Is 25:6-9; Mt 8:10-12; Lc
13:29; 14:15).
Quando um adorador judeu levava uma oferta pacífica ao Senhor, tomava parte
do sacrifício para si a fim de usá-lo num banquete
com sua família e com quaisquer amigos que desejasse convidar (Lv 3; 7:1 5ss).
Essa tradição tornou-se um retrato do futuro reino glorioso. Porém, os fiéis
gentios também farão parte dessa festa (v. 27), e o Messias reinará sobre toda a
Terra. Deus prometeu a Abraão que seus descendentes trariam bênçãos a todo
o mundo (Gn 12:1-3). Essa promessa cumpriu-se com a vinda de Cristo para
morrer pelo mundo. Mas, quando ele voltar, a promessa se cumprirá de modo
glorioso no estabelecimento de seu reino magnífico.
Tanto os prósperos quanto os pobres se sujeitarão a ele (v. 29) e encontrarão
satisfação somente na graça do Senhor. Os judeus ortodoxos terminam seu
culto recitando Zacarias 14:9: "O S e n h o r será Rei sobre toda a terra; naquele
dia, um só será o S e n h o r , e um só será o seu nome".
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As gerações vindouras (w. 30, 31). As bênçãos da expiação e do reino não serão
temporárias; serão eternas, de geração em geração. Nessa passagem, são
apresentadas três gerações: uma semente (ver Is 53:10), uma segunda geração
e um povo que surgirá. Isso nos lembra 2 Timóteo 2:2. Porém, a ênfase não é
sobre o que os filhos de Deus fizeram, mas sim sobre o fato de que o Senhor
realizou todas as coisas. "Foi ele quem o fez" (v. 31). "Está consumado!", foi o
que Jesus clamou na cruz (Jo 19:30).
22-26. Sua Pública Ação de Graças. Declararei. Este voto descreve a
transição do seu sofrimento para a sua expressão de louvor. Seu desejo é agora
reconhecer publicamente na dependência de Deus e proclamar seu próprio
livramento pessoal.
VERS. 22. Cristo como irmão, pregador, preceptor.
VERS. 22. Um doce assunto, um glorioso pregador, um relacionamento de amor,
um exercício celestial.
VERS. 23. Um dever triplo: "louvem-no", "glorifiquem-no", "temam-no"; em
direção a um objeto, "o Senhor"; para três personagens, "vocês que temem ao
Senhor, descendentes de Jacó, descendentes de Israel", que são apenas uma
pessoa.
VERS. 23. Glória a Deus o fruto da árvore em que Jesus morreu.
VERS. 24. Um fato consolador na história, testemunhado por experiência
universal.
VERS. 24. (primeira cláusula). Um temor comum desfeito.
VERS. 25. Louvor público.
1. Um exercício deleitoso - "louvor".
2. Uma participação deleitosa - "Meu louvor".
3. Um objeto digno - "a ti".
4. Uma fonte especial - "de ti".
5. Um lugar apropriado - "na grande congregação".
VERS. 25 (segunda cláusula). Votos. Que votos fazer, quando e como fazê-los, e
a importância de pagar os votos.
VERS. 26. Banquete espiritual. Os convivas, o alimento, o anfitrião e a satisfação.
VERS. 26 (segunda cláusula). Os interessados serão cantores. Quem são? O que
farão? Quando? E qual a razão de esperar que o façam?
VERS. 27. (última cláusula). Vida eterna. Que vidas? Fonte de vida. Maneira de
vida. Por que eternamente? Qual a ocupação? Que consolo se tira disso?
VERS. 27. A natureza da verdadeira conversão, e a extensão dela sob o reinado
do Messias (Andrew Fuller).
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VERS. 27. O triunfo universal do cristianismo é certo.
VERS. 27. A ordem da conversão.
27-31. Sua Alegre Antecipação. Os confins da terra. Cheio de esperança, o
salmista vê o círculo se alargando para incluir toda a humanidade e as futuros
gerações. Suas esperanças pessoais incluem a nação e então o mundo. De
acordo com a mais alta esperança de Israel, a humanidade se voltará para Deus
em adoração (Is. 40:7; Fp. 2:10) com base sobre o que ele (o Senhor) tem feito.
VERS. 28. O império do Rei dos reis como é, e como será.
VERS. 29. Graça para os ricos, graça para os pobres, mas todos perdidos sem
ela.
VERS. 29 (última cláusula). Um texto pesado sobre a vaidade da autoconfiança.
VERS. 30. A perpetuidade da igreja.
VERS. 30 (última cláusula). História da Igreja, a essência de toda a história.
VERS. 31. Perspectivas futuras para a igreja.
1. Conversões certas.
2. Pregadores prometidos
3. Gerações sucessivas abençoadas.
4. O Evangelho publicado.
5. Cristo exaltado.