Você está na página 1de 24

SETEBAN – PI

MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

RESUMO DE GÊNESIS A PROVÉRBIOS

GÊNESIS:

No princípio. Estas são as primeiras palavras do primeiro livro nas nossas


Bíblias. A partir desta introdução, o relato descreve, em termos muito resumidos, a
criação do Universo e a história dos primeiros seres humanos. O livro de Gênesis
abrange um período de tempo maior do que qualquer outro dos livros bíblicos, e
apresenta informações fundamentais para compreender os demais. Vamos conhecer um
pouco deste livro.

Gênesis é um dos livros atribuídos a Moisés, personagem importante dos


quatro livros que o seguem. Serve para explicar ao povo judeu suas raízes genealógicas
e, mais importante, o propósito de Deus para este povo. Este livro responde, também, a
questões naturais de pessoas de quaisquer nações que buscam entendimento de suas
origens e da vontade do seu Criador.

Capítulos 1 e 2 falam sobre a criação do Universo pela palavra de Deus. O


autor não apresenta argumentos filosóficos nem explicações científicas deste processo.
Ele afirma que Deus falou e, pela força da sua palavra, criou todas as coisas. O primeiro
capítulo descreve a criação geral e o segundo volta a destacar mais detalhadamente o
que Deus fez para criar o homem e a mulher, o casal que passa a ser conhecido como
Adão e Eva. Deus criou este casal com a capacidade de compreender palavras faladas e
de escolher entre o amor e o ódio. O amor seria manifestado em atos de obediência para
agradar o Criador, enquanto a rebeldia seria prova do desrespeito para com ele.
Descobrimos no capítulo 2, também, a vontade de Deus sobre o casamento. Antes de
existir qualquer tipo de igreja ou religião organizada, Deus explicou sua intenção de um
homem e uma mulher se unirem no casamento (Gênesis 2:24; compare Marcos 10:5-8).

Capítulos 3, 4 e 5 destacam a separação do homem de Deus em consequência


do pecado. Adão e Eva desobedeceram a palavra de Deus e sofreram várias
consequências deste erro. O mais grave dos resultados foi a separação de Deus na
expulsão do casal do paraíso terrestre do Éden. Depois, outros também pecaram e
sofreram consequências.

Capítulos 6 a 9 relatam um dilúvio mundial que Deus usou para limpar o


mundo do pecado e começar novamente com a família de Noé. Oito pessoas foram
salvas pela água (1 Pedro 3:20).

Capítulos 10 e 11 descrevem a dispersão dos descendentes de Noé depois do


dilúvio. Foram espalhados pela confusão dos idiomas que Deus fez quando alguns
tentaram se exaltar contra o Senhor. No final do capítulo 11, a lista dos descendentes de
Noé chega a Abraão, o personagem principal do resto do livro de Gênesis.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulos 12 a 50 contam a história de quatro gerações da família pela qual


Deus prometeu cumprir seus propósitos para com os homens. Deus prometeu fazer dos
descendentes de Abraão uma grande nação que receberia uma terra especial. Mais
importante, ele disse que um dos descendentes deste patriarca abençoaria todas as
famílias da terra. Esta profecia de Gênesis 12:1-3 predisse a vinda de Jesus Cristo uns
2.000 anos antes do seu nascimento. Nestes capítulos, aprendemos sobre a fé obediente
de Abraão, Isaque, Jacó e José. Também descobrimos como esta família chegou ao
Egito, onde passou gerações na escravidão. Desta maneira Moisés apresentou o pano de
fundo para o povo israelita de sua geração compreender seu lugar no plano de Deus.

ÊXODO:

“Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão” (Êxodo 20:2). Estas palavras, faladas no monte Sinai antes de Deus
pronunciar os dez mandamentos, resumem bem a mensagem central do segundo livro da
Bíblia. Êxodo, o título comum deste livro, se refere à saída dos israelitas do Egito
depois de gerações naquele país, a última parte deste período na condição de escravos.
O livro é atribuído a Moisés e se mostra importante para entender o papel deste líder na
formação da nação de Israel 3.500 anos atrás.

Um dos principais objetivos do livro de Gênesis foi explicar as raízes do povo


judeu como descendentes do patriarca Abraão. Iniciando com um resumo rápido das
mudanças mais importantes nas gerações depois de José, o livro de Êxodo então foca o
estabelecimento da nação de Israel durante a vida de Moisés.

Depois dos primeiros dois capítulos, que incluem uma narração rápida dos
primeiros 80 anos da vida de Moisés, o resto do livro relata os acontecimentos durante
um período de um pouco mais de um ano. Durante este período, Deus constituiu a nação
de Israel, cumprindo uma das três partes da promessa feita a Abraão séculos antes (veja
Gênesis 12:1-3).

Quando uma nova nação é formada, é comum a preparação de algum


documento que define os princípios pelos quais o povo será governado. Conhecemos
este documento como constituição. Podemos olhar para o livro de Êxodo, especialmente
o trecho começando com os dez mandamentos (capítulo 20 em diante) como a
constituição da nação de Israel. A partir deste capítulo, Deus anuncia ao povo os
princípios desta teocracia. Esta parte da revelação de Deus teve um grande impacto no
futuro do povo judeu, e tem influenciado sistemas de lei adotados por muitas outras
nações ao longo dos últimos 3.500 anos.

No livro de Êxodo, encontramos a narração dos seguintes acontecimentos


importantes:
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulo 1 fala da circunstância do povo de Israel na escravidão no Egito,


servindo como ponte de ligação entre José e Moisés.

Capítulo 2 resume os primeiros 80 anos da vida de Moisés e explica o motivo


de ele ficar longe do seu povo.

Capítulos 3 e 4 contêm a história do início da missão de Moisés. Ele foi


equipado por Deus para uma tarefa exigente de libertar o povo do faraó (rei) egípcio e
conduzi-lo à terra prometida séculos antes aos patriarcas.

Capítulos 5 a 14 falam do sucesso de Moisés, guiado por Deus em cada passo,


em vencer o rei e os deuses do Egito para livrar os israelitas da escravidão.

Capítulos 15 a 18 relatam a história das primeiras semanas da viagem deste


povo depois do livramento da escravidão, no trajeto do Egito para o monte Sinai.

Capítulos 19 a 40 registram os principais acontecimentos dos próximos 10


meses, terminando um mês antes da saída do povo do monte Sinai. Nestes capítulos,
lemos sobre: a revelação da Lei de Deus por meio de Moisés, incluindo as instruções
sobre o tabernáculo, seus móveis e o sacerdócio da família de Arão (capítulos 19 a 31);
o grave erro de Arão e o povo em fazer um bezerro de ouro (capítulos 32 e 33); a
segunda revelação da Lei a Moisés (capítulo 34), a preparação e montagem do
tabernáculo, o templo móvel que seria usado durante o resto da viagem para a terra
prometida (capítulos 34 a 40).

O livro de Êxodo encerra com a descrição da presença de Deus no tabernáculo,


mostrando a grande bênção da comunhão entre o Senhor e seu povo escolhido.

LEVITICO:

A comunhão do povo de Israel com Deus foi a prioridade de Moisés. Quando


Israel tropeçou, Moisés implorou que Deus não se afastasse deles (Êxodo 33:12-17). No
sistema inaugurado pelo Senhor no deserto, uma parte chave desta comunhão entre o
povo e Deus foi o sacerdócio levítico. Deus determinou que Arão, irmão de Moisés, e
seus descendentes seriam os sacerdotes de Israel. Ordenou, também, que os parentes
deles ajudassem em serviços de apoio. Eram todos da tribo de Levi. É desta tribo que o
terceiro livro da Bíblia recebeu seu nome comum, Levítico. O livro relata as orientações
dadas por Deus aos levitas e ao povo que, guiado por esta tribo sacerdotal, participaria
destes atos de adoração e comunhão.

Uma vez que entendemos, pelo estudo do Novo Testamento, que as leis dadas
aos israelitas no monte Sinai não estão em vigor após a morte de Jesus, seria fácil pular
este livro e perder o valor da sua mensagem. É claro que suas regras sobre sacrifícios,
ofertas, dízimos, alimentos e festas não se aplicam a nós, por terem sido sombras de
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Jesus Cristo e sua mensagem (Colossenses 2:16-17). Mas nestas sombras


achamos lições valiosas que enriquecem o nosso entendimento do Novo Testamento e
da base da nossa comunhão com o Senhor na Nova Aliança.

O conteúdo do livro de Levítico pode ser resumido conforme os assuntos


tratados:

Capítulos 1 a 7 apresentam instruções detalhadas sobre diversos tipos de


sacrifícios e ofertas.

Capítulos 8 a 10 tratam da consagração dos primeiros sacerdotes da família de


Arão. No meio deste relato encontramos a triste história da morte de dois dos filhos de
Arão por não seguir à risca as instruções dadas. Deus usou este exemplos para enfatizar
a importância da reverência do homem diante do seu Senhor.

Capítulos 11 a 16 falam das leis sobre coisas imundas, inclusive sobre as


distinções entre animais permitidos e proibidos como alimentos para os judeus. Hoje,
estas regras não se aplicam, mas o princípio atrás delas mantém sua importância para os
seguidores de Jesus no Novo Testamento. Deus usou estas distinções para ensinar a
importância da santidade (separação) e explicou: “vós sereis santos, porque eu sou
santo” (Levítico 11:45). Pedro usou este princípio como fundamento para seu
ensinamento sobre a santificação prática dos cristãos (veja 1 Pedro 1:15-16).

Capítulos 17 a 20, 24, 25 e 27 incluem diveras leis práticas para manter a


santidade do povo. Entre elas são restrições sobre casamentos e relações sexuais,
princípios de honestidade e ética, avisos contra idolatria e blasfêmia, instruções sobre
responsabilidades para com os pobres e orientações sobre votos.

Capítulos 21 e 22 falam da santidade dos sacerdotes e de algumas


responsabilidades específicas deles.

Capítulos 23 e 25 estabelecem vários dias comemorativos no calendário


judaico.

Capítulo 26 apresenta um contraste por meio de duas listas. A primeira designa


diversas bênçãos para os obedientes enquanto a segunda fala dos castigos que viriam se
o povo for desobediente. Neste capítulo, também, Deus mostra a sua vontade de perdoar
os pecadores arrependidos, demonstrando seu desejo de manter a comunhão com este
povo.

NÚMEROS:

Capítulos 1 a 9 falam sobre a consagração do povo no monte Sinai. Pouco mais


de um ano depois da saída de Israel do Egito, Deus ordenou um censo do povo. Moisés
usou estas informações na organização do acampamento e na divisão de tarefas. Os
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

levitas foram encarregados das coisas sagradas, enquanto as outras tribos


ficaram responsáveis pela defesa do povo. Foram contados 603.550 homens com idade
suficiente para participar de guerra.

No capítulo 10, os israelitas saíram do monte Sinai, onde haviam passado


quase um ano, seguindo uma nuvem que Deus usou para guiar seu povo. Deste
momento, teria sido uma viagem relativamente rápida para chegar à terra prometida.
Mas, como veremos nos capítulos seguintes, o povo se atrapalhou no deserto e a posse
da terra foi adiada uma geração.

Capítulos 11 e 12 falam dos primeiros problemas na viagem. Como já havia


feito um ano antes, o povo reclamou sobre a sua situação, dizendo que os alimentos que
recebiam na escravidão no Egito eram melhores do que as provisões dadas por Deus na
liberdade! Desejavam aqueles pepinos e peixes e desprezaram o maná enviado
diariamente pelo Senhor. Outro problema partiu de Arão e Miriã, irmãos de Moisés, que
mostraram ciúmes do líder escolhido por Deus.

Capítulos 13 e 14 relatam a história do erro que selou o destino de uma geração


de hebreus. Dez dos doze espiões enviados para avaliar a terra de Canaã voltaram mais
impressionados com o tamanho dos gigantes do que com o poder de Deus. Por sua
covardia, convenceram o povo a desistir da conquista da terra boa que Deus havia
preparado. Como consequência, todos os homens que saíram do Egito, com exceção dos
dois espiões fieis, morreram no deserto. Somente seus filhos, que eram crianças quando
saíram ou que nasceram no caminho, teriam oportunidade para entrar na terra de
promessa.

Capítulos 15 a 19 falam sobre ensinamentos e exemplos daquela geração que


serviam para reforçar a importância de respeitar a Deus e à sua vontade.

Capítulos 20 a 36 registram a história de alguns dos últimos meses da jornada


do povo. Depois de 38 anos de peregrinação e a morte de uma geração, começaram o
último trecho da viagem para Canaã. Alguns fatos de destaque deste período são a
morte de Miriã e Arão, o pecado de Moisés que impediria a sua entrada na terra
prometida, e os conflitos com os povos que encontraram no caminho para Canaã. Deus
deu aos israelitas vitórias impressionantes sobre gigantes e povos grandes. Mesmo
quando reis e profetas se juntaram contra o povo de Israel, Deus se mostrou mais forte e
protegeu seu povo. Estes capítulos incluem instruções sobre várias situações,
especialmente em relação à herança de terra, assunto que se tornaria importante na
conquista de Canaã.

Um último censo feito antes da conquista da terra mostrou que, depois de


várias gerações de crescimento rápido, a população de Israel se estagnou. O povo sofreu
porque pecou!
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

DEUTERONÔMIO:

Na leitura de Deuteronômio, percebemos facilmente a divisão do livro,


principalmente nos discursos de Moisés.

Capítulos 1 a 4 apresentam um resumo histórico da jornada do povo desde o


monte Sinai (Horebe), frisando as consequências da incredulidade e desobediência da
geração que morreu no deserto, sem alcançar a terra prometida. Ao mesmo tempo, estes
capítulos relembram os israelitas do poder de Deus em cuidar deles, dando-lhes vitórias
contra adversários fortes que ocupavam as terras que eles atravessaram no final da
jornada.

Capítulos 5 a 26 registram o segundo e maior dos discursos, que inclui a


repetição dos Dez Mandamentos e de diversas outras leis já reveladas nos livros de
Êxodo e Levítico. Sendo um livro focado na comunhão do povo com Deus na nova
terra, há uma grande ênfase nos princípios da santidade que servem de base para
permanecer na presença do Senhor. É nesta mensagem que ele inclui uma das grandes
profecias messiânicas (sobre o Cristo) do Antigo Testamento (veja Deuteronômio
18:15-19).

Capítulos 27 a 30 relatam o terceiro discurso (alguns dividem este trecho em


dois discursos), no qual Moisés apresentou um contraste entre as bênçãos sobre os
obedientes e as maldições sobre os desobedientes. As implicações dos ensinamentos
deste profeta foram bem resumidas nas palavras desafiadoras: “Vê que proponho, hoje,
a vida e o bem, a morte e o mal” (Deuteronômio 30:15). Quase 1.500 anos depois, Jesus
ofereceu a mesma escolha nas suas pregações (veja Mateus 7:13-14; 25:46; etc.)

Capítulos 31 a 34 são os capítulos de transição de uma geração para a próxima.


Josué foi nomeado por Deus como sucessor de Moisés, e este deu suas últimas
orientações, parte por meio de dois cânticos ou salmos. O livro encerra com o relato da
morte de Moisés poucas semanas antes da entrada dos israelitas na terra de Canaã.

JOSUÉ:

O homem destacado no livro de Josué servira como auxiliar de Moisés durante


a jornada do povo no deserto e se destacou como guerreiro valente e homem de fé.
Josué e Calebe foram os únicos dois dos doze homens enviados numa missão de
reconhecimento que acreditavam na promessa de Deus, e foram os únicos daquela
geração admitidos à terra.

Na leitura de Josué seguimos a história da conquista da terra de Canaã:

Capítulos 1 a 5 relatam o início do trabalho de Josué como líder e a entrada do


povo na terra prometida. Quando chegaram a Canaã, os homens nascidos no deserto
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

foram circuncidados, uma condição da posse da terra, e o povo celebrou a


Páscoa, comemorando sua libertação do poder dos egípcios exatamente 40 anos antes.

Capítulo 6 registra a vitória dos israelitas sobre Jericó, uma cidade bem
fortificada perto do rio Jordão. Esta primeira batalha na terra foi importante para
mostrar ao povo o poder do Senhor e sua fidelidade em cumprir as promessas feitas a
eles e aos seus antepassados.

Capítulos 7 a 12 falam da conquista do país, começando com o sul, passando


para o norte e, depois, apresentando um resumo da campanha da conquista, incluindo as
terras conquistadas na Transjordânia antes da morte de Moisés.

Capítulos 13 a 22 registram a divisão da terra entre as tribos de Israel,


destacando o estabelecimento das cidades dos levitas e, entre elas, as cidades de refúgio.

Capítulos 23 e 24 encerram a história de Josué com seu resumo da história da


fidelidade de Deus e os desafios finais apresentados ao povo antes da morte deste
grande líder.

JUIZES:

O livro de Juízes conta, resumidamente, a história do período entre a morte de


Josué e o início da monarquia de Israel, um total de mais de três séculos. Deus já havia
revelado sua Lei para governar o povo e usou este período para tentar educar os
israelitas na importância da obediência, reforçando o ensinamento comunicado por meio
de Moisés no deserto.

Alguns trechos de Juízes frisam suas mensagens principais. Deus enfatizou o


fato que os problemas enfrentados pelo povo nas gerações depois de Josué não vieram
por infidelidade divina, e sim por desobediência humana: “Subiu o Anjo do SENHOR
de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob
juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha aliança
convosco. Vós, porém, não fareis aliança com os moradores desta terra; antes,
derribareis os seus altares; contudo, não obedecestes à minha voz. Que é isso que
fizestes? Pelo que também eu disse: não os expulsarei de diante de vós; antes, vos serão
por adversários, e os seus deuses vos serão laços” (Juízes 2:1-3).

Ao longo do livro, geração após geração, Israel sofreu as consequências da sua


própria incredulidade. Por não acreditarem na palavra de Deus sobre o perigo de se
envolver com os povos idólatras que permaneciam na terra, criaram laços com esses
povos e foram castigados, exatamente como o Senhor havia avisado.

A expressão que melhor representa o período dos juízes é repetida algumas


vezes no livro e serve como conclusão no último versículo: “Naqueles dias, não havia
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (Juízes 21:25; veja 17:6;
18:1; 19:1). Esta descrição da época não precisava ser negativa, pois o povo não ficou
sem Deus nem sem lei. Se cada um tivesse achado reto fazer a vontade do Senhor, Israel
teria evitado muito sofrimento. Mas quando acharam reto fazer o errado, trouxeram
sobre si a ira de Deus.

Juízes apresenta um ciclo de cinco etapas repetido nas várias gerações. (1) O
povo caía na idolatria, (2) Deus mandava um castigo de repreensão, geralmente
opressão por um outro povo, (3) O povo clamava ao Senhor pedindo livramento deste
sofrimento, (4) Deus enviava um libertador, chamado juiz, para livrar o povo do castigo,
(5) O povo continuava fiel até a morte daquele juiz. Depois, caia novamente na idolatria
e o ciclo se repetia.

RUTE:

O livro de Rute relata a história de uma família, com ênfase em duas mulheres,
da época dos juízes. A história nos lembra que, mesmo nos períodos mais tristes da
história, Deus não deixa de agir a favor dos fiéis. Apesar de toda a maldade em Israel no
período dos juízes, ainda houve pessoas boas que demonstravam o amor para com seus
próximos.

Elimeleque, um homem da tribo de Judá, levou a sua família a morar em


Moabe por causa das condições precárias na sua própria terra. Quando Elimeleque
morreu, sua viúva, Noemi, ficou com seus dois filhos naquela terra estranha. Seus filhos
se casaram com mulheres moabitas mas, alguns anos depois, a situação da família se
complicou mais ainda com a morte dos filhos de Noemi. Ela decidiu voltar para sua
terra onde esperava achar o apoio de parentes. Uma das noras, Rute, insistiu em voltar
com ela, afirmando sua lealdade à sogra e, mais importante, ao Deus que ela servia.

É fácil ler e entender este pequeno livro, que narra esta experiência de Noemi e
Rute.

Capítulo 1 trata do tempo da família em Moabe, fornecendo o pano de fundo


para entender o resto do livro, e termina com a volta de Noemi para sua terra.

Capítulos 2 e 3 explicam como Rute conheceu Boaz, parente da família de


Noemi. Este homem mostrou compaixão e percebeu o bom caráter desta viúva jovem. O
respeito mútuo levou ao interesse romântico.

Capítulo 4 descreve o casamento e a família construída por Boaz e Rute.


Descobrimos, aqui, a importância deste casal na história da nação de Israel e da
humanidade, pois entra na lista dos antepassados do rei Davi e, consequentemente, de
Jesus Cristo.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Vale a pena refletir sobre as lições valiosas deste livro. Entre elas:

1) A lealdade. Quando Noemi decidiu voltar para sua terra, Rute insistiu em
acompanhá-la e demonstrou sua lealdade à sogra e, mais importante, a Deus (lembre-se
de que ela veio de outra terra e de um povo idólatra). Rute disse: “Disse, porém, Rute:
Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que
fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu
Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o
SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de
ti” (Rute 1:16-17).

2) A bondade. Antes de nascerem sentimentos românticos entre os dois, Boaz


demonstrou compaixão para com Rute e foi generoso para com ela e Noemi.

3) O cumprimento de dever. Observamos ao longo do livro uma atitude de


cumprir deveres impostos pela Lei que governava os judeus. Boaz cumpriu suas
obrigações em deixar espigas no campo para os pobres recolherem, e respeitou os
direitos de um outro parente quando pensou em casar-se com Rute.

4) Deus usa meios surpreendentes para cumprir a sua palavra. Noemi sofreu
quando perdeu o marido e os filhos. Rute, uma estrangeira, também sofreu a morte do
primeiro marido. Poderiam ter sido esquecidas lá em Moabe. Mas Deus não se esqueceu
delas, e foram especialmente abençoadas em entrarem na linhagem que traria ao mundo
todos os reis de Judá e, mais importante ainda, o próprio Jesus Cristo!

Rute conta uma história linda e cheio de significado. Além de fornecer


informações históricas interessantes, apresenta ricas lições sobre o verdadeiro amor.

1 SAMUEL:

Os livros de 1 e 2 Samuel recebem seu nome do personagem principal do início


desta parte da história de Israel. Neste artigo, vamos considerar o primeiro destes dois
livros.

Samuel, um sacerdote e juiz, foi a pessoa usada por Deus para fazer a transição
dos juízes aos reis. Os primeiros capítulos do livro mostram os problemas constantes de
Israel no período dos juízes, reforçando a mensagem dos dois livros anteriores. O resto
do livro fala do reinado de Saul, primeiro rei de Israel, mas inclui muita ênfase na vida
de Davi, o homem escolhido por Deus para ser sucessor de Saul. Com poucas exceções,
a narrativa de 1 Samuel segue a sequência cronológica.

Capítulos 1 a 3 relatam o nascimento e a infância de Samuel e mostram a


depravação dos filhos de Eli, homens que abusavam sua posição como sacerdotes.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulos 4 a 6 registram uma crise em Israel. Deus usou os filisteus para


exterminar a casa de Eli. Ao mesmo tempo, a arca da aliança (o móvel mais sagrado em
Israel) foi tirada dos israelitas e passou décadas longe do local onde os israelitas
adoravam ao Senhor.

Capítulo 7 fala do livramento de Israel das mãos dos filisteus e descreve o


trabalho de Samuel como juiz em Israel.

Capítulos 8 a 10 descrevem o início do reino de Israel. O povo pediu um rei,


rejeitando o domínio direto de Deus sobre a nação, e o Senhor lhe deu um rei do tipo
que as pessoas esperavam. Saul, um homem da tribo de Benjamim, foi escolhido como
primeiro rei de Israel.

Capítulo 11 conta a história de uma batalha que ganhou para Saul o apoio
popular de Israel. Ele conduziu os israelitas na batalha contra os amonitas e livrou do
poder deles a cidade de Jabes-Gileade, na Transjordânia.

Capítulo 12 contém o discurso de despedido de Samuel, que incentivou o povo


a ser fiel ao Senhor. Ele avisou, também, das consequências que viriam sobre o povo se
fosse desobediente a Deus. Esta mensagem nos lembra dos discursos finais de Moisés e
Josué.

Capítulos 13 a 15 explicam os graves erros de Saul que seriam motivo de Deus


recusar estabelecer a dinastia deste benjamita. Por causa da rebeldia e ambição egoísta
deste rei, Deus avisou que daria o reino para outra família. Logo descobrimos que a
dinastia permanente começaria com Davi.

Capítulos 16 e 17 usam três episódios para introduzir Davi, o jovem que seria o
segundo rei de Israel. Ele foi ungido por Samuel, foi chamado para tocar sua harpa para
acalmar o rei, e, na história mais conhecida da sua juventude, foi usado por Deus para
vencer o gigante Golias.

Capítulos 18 a 26 relatam o período de conflito entre Saul, que foi tomado de


paranoia, e Davi, que esperava com paciência o momento determinado por Deus para
aceder ao trono. Em vários momentos, Saul tentou matar Davi, mas este recusou a
levantar sua mão contra o rei legítimo de Israel.

Capítulos 27 a 31 descrevem a guerra entre os israelitas e os filisteus que levou


à morte de Saul, abrindo lugar para a coroação de Davi como rei de Israel. O próximo
livro, 2 Samuel, começa com o início do reinado de Davi.

1 Samuel é de grande importância histórica. Entre suas lições mais importantes


são as palavras de Samuel a Saul: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (1
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Samuel 15:22). Sacrifícios serviam como pedidos de perdão. É melhor fazer o


certo do que pedir desculpas depois!

2 SAMUEL:

Capítulos 1 a 5 descrevem a luta para estabelecer o reinado de Davi depois da


morte de Saul. Davi atribuiu sua posição a Deus: “Reconheceu Davi que o SENHOR o
confirmara rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por amor do seu povo” (2 Samuel
5:12).

Capítulos 6 e 7 são importantes para entender o resto da história do povo de


Israel. 400 anos antes, Deus havia prometido escolher um local exclusivo para ser o
centro da religião dos judeus (Deuteronômio 12:4-14). Esta escolha aconteceu durante o
reinado de Davi, que levou a arca da aliança para Jerusalém e começou os preparativos
para a construção de um templo nesta cidade.

Capítulos 8 a 10 falam de algumas campanhas militares de Davi, aumentando a


segurança do povo depois de gerações de guerras e opressão pelos povos ao seu redor.

Capítulos 11 e 12 contam a história de um dos piores momentos na vida de


Davi. Ele caiu em tentação e cometeu adultério e homicídio. O pecado dele trouxe
consequências graves para o rei e sua família.

Capítulos 13 a 19 registram problemas familiares que levaram a uma guerra


civil em Israel. Os problemas começaram com os filhos de Davi. Amnon estuprou sua
meia-irmã, e Absalão se vingou e matou Amnon. A vingança e violência por parte de
Absalão levaram ao seu afastamento de Davi, e este filho rebelde chegou a se levantar
contra o próprio pai, tentando tomar o reino de Davi. Depois de uma guerra feia entre
pessoas da mesma nação, Absalão foi morto e Davi continuou seu reinado.

Capítulos 19 a 21 descrevem uma fase de reconstrução em Israel. Davi


resolveu situações pendentes da guerra e, depois, enfrentou outro desafio, desta vez de
Seba, da tribo de Benjamim. Também agiu para fazer restituição por um erro cometido
por Saul, seu predecessor.

Capítulos 21 a 23 incluem resumos de alguns dos feitos notáveis do reinado de


Davi.

Capítulo 24 fala de mais um erro grave cometido por este rei. Davi fez um
censo que Deus não autorizou. Davi se arrependeu, mas a consequência do seu pecado
foi a morte de 70.000 homens em Israel.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

1 REIS:

No estudo dos livros históricos do Antigo Testamento, 1 Reis continua a


história iniciada nos livros de 1 e 2 Samuel. Este livro começa com a morte de Davi e
traça a história do povo durante aproximadamente 120 anos. Este período inclui o
reinado de Salomão, a divisão do reino em duas partes (Israel e Judá), e os reinados dos
primeiros reis nas duas nações.

A morte de Davi gerou uma crise política em Israel. Davi indicou seu filho
Salomão como sucessor, mas outro filho, Adonias, que era o mais velho dos filhos vivos
de Davi, achou que o trono deveria ser dele. Salomão mandou matar seu irmão para tirar
qualquer dúvida sobre seu direito de reinar sobre Israel. Ao mesmo tempo, ele fez uma
limpeza no governo, tirando de posições de poder pessoas que ele considerava desleais.
Apesar destes problemas iniciais, Salomão logo se mostrou um bom rei, abençoado por
Deus com sabedoria incomparável. Um dos principais feitos realizados por Salomão foi
a construção do templo em Jerusalém. Este edifício luxuoso, projetado por Davi, se
tornou o centro da adoração dos judeus durante os séculos seguintes.

É triste observar que Salomão se enfraqueceu principalmente por dois motivos


interligados: (1) casamentos com mulheres de outras nações (algo proibido por Deus) e
(2) a aceitação da idolatria praticada por elas e seus povos. Devido à infidelidade deste
rei, Deus não permitiu que seus descendentes reinassem sobre todo o povo de Israel.
Após a morte de Salomão, o Senhor dividiu a nação em dois reinos independentes. Ele
deixou o reino do sul (Judá) sob a liderança dos descendentes de Davi e Salomão, assim
preservando a linhagem da qual Jesus viria, mas passou a parte do norte (o reino de
Israel) a outros reis, começando com Jeroboão. Esta divisão aconteceu
aproximadamente 930 anos a.C. A segunda metade do livro de 1 Reis conta a história
das duas nações durante os 80 anos depois da morte de Salomão.

Consideremos o conteúdo dos capítulos de 1 Reis:

Capítulos 1 e 2 relatam a transição de Davi a Salomão, mostrando a posição


legítima deste como rei de Israel.

Capítulos 3 e 4 descrevem o início do governo e a capacidade de Salomão


como homem sábio e próspero diante do Senhor.

Capítulos 5 a 8 registram o obra da construção e dedicação do templo em


Jerusalém.

Capítulos 9 e 10 apresentam a imagem positiva do reinado de Salomão,


destacando sua aliança com Deus e sua sabedoria.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulo 11 mostra o lado negativo do reinado de Salomão, principalmente a


idolatria que foi motivo principal de Deus decidir tirar a maior parte do reino da família
dele e passar para Jeroboão.

Capítulos 12 a 14 relatam a história da divisão do reino em duas partes e os


reinados dos primeiros reis em ambas: Roboão (filho de Salomão) em Judá, e Jeroboão
em Israel.

Capítulos 15 a 22 continuam com os registros dos reinados dos próximos reis


de Israel e de Judá, até aproximadamente 850 a.C. Nesta parte do livro o autor dá
destaque especial ao trabalho de Elias, um profeta importante que lutou contra a
idolatria em Israel, confrontando o rei Acabe e sua mulher, Jezabel.

1 Reis é um livro importante sobre 120 anos da história de Israel que mostra a
tendência dos líderes e do povo de se afastarem dos princípios revelados por Deus.

2 REIS:

O livro de 2 Reis registra três séculos tristes na história dos reinos de Israel e
Judá. Continuando a história contada em 1 Reis, este livro relata os reinados paralelos
dos reis de Israel e Judá do nono século a.C. até a queda destes reinos. Israel caiu à
Assíria em 721 a.C., e Judá caiu À Babilônia em 586 a.C. O final do livro acrescenta
mais informações sobre o cativeiro, com a última anotação sobre a libertação de
Joaquim em 561 a.C.

Estes três séculos foram especialmente tristes, não somente pela queda destes
dois reinos, mas pelos motivos que levaram o Senhor a determinar tal sofrimento para
seu povo. Depois da divisão do reino, todos os reis do norte (Israel) foram rebeldes
contra Deus. Alguns eram piores que outros, mas nenhum dos reis de Israel se mostrou
fiel ao Senhor. Pouco mais de 200 anos depois da divisão dos reinos, Israel caiu. Vale a
pena ler a explicação dos motivos deste castigo severo, registrada em 2 Reis 17.

Judá não foi muito melhor, mas teve alguns reis bons no meio de muitos ruins.
Os esforços de Ezequias e alguns outros bons reis foram motivos para Deus adiar o
castigo do reino do sul, mas 135 anos depois da queda de Israel, seu vizinho ao sul caiu
aos babilônicos por causa dos mesmos erros.

Além de registrar os acontecimentos principais nos reinados dos líderes de


Israel e Judá, este livro inclui relatos do trabalho de dois profetas importantes: Elias
(introduzido em 1 Reis) e Eliseu, seu sucessor, e referências a outros profetas
importantes, Isaías e Jonas.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Consideremos o conteúdo dos capítulos de 2 Reis:

Capítulos 1 e 2 enfatizam a transição de Elias a Eliseu, profetas influentes que


procuraram alertar o povo e seus líderes sobre os perigos da sua rebeldia contra Deus.

Capítulos 3 a 13 continuam a ênfase no trabalho de Eliseu, mostrando sua


interação com diversos reis. Nesta parte do livro, que abrange aproximadamente 50 anos
de história, encontramos o cumprimento de profecias feitas em 1 Reis por meio de Elias
sobre o fim da casa de Acabe, um dos piores dos reis de Israel.

Capítulos 14 a 17 apresentam informações sobre os acontecimentos principais


em ambos os reinos durante as últimas oito décadas antes da queda de Israel (também
conhecido como Samaria), o reino do norte. Samaria foi destruída em 721 a.C.

Capítulos 18 a 24 continuam o relato, seguindo somente a história de Judá.


Nestes capítulos, são registrados os fatos mais importantes dos últimos 135 anos antes
da queda de Jerusalém em 586 a.C. Observamos destaque especial em dois bons reis:
Ezequias e seu bisneto, Josias.

Capítulos 24 e 25 descrevem em poucas palavras o sofrimento do povo de Judá


na sua derrota diante dos babilônicos. O império mais poderoso do mundo foi usado por
Deus para castigar seu povo desobediente. Eles cercaram Jerusalém, a cidade principal
de Judá, por sete meses angustiantes antes de queimar o templo e todos os outros
edifícios importantes da cidade. Levaram muitos dos judeus ao cativeiro na Babilônia.

Na leitura de 2 Reis, observamos constantemente o contraste entre homens de


fé que respeitaram a vontade de Deus e os rebeldes que agiram contra as orientações
divinas. Em um episódio após outro, percebemos a gravidade do pecado e de suas
consequências. Deus desejava um povo santo, mas Israel se rebelou contra seu Senhor.

1 CRÔNICAS:

O livro de 1 Crônicas apresenta um registro paralelo ao livro de 2 Samuel,


considerado em um artigo anterior nesta série. Há, porém, diferenças na ênfase e na
abordagem à história. Enquanto os livros de Samuel frisam as crises de liderança que
levaram ao estabelecimento da dinastia de Davi, o foco em 1 Crônicas está na posição
legítima dos líderes, tanto os reis como os líderes religiosos. Por este motivo, este livro
começa com um registro detalhado das genealogias das tribos de Israel, traçando sua
linhagem desde Adão até os últimos reis da dinastia de Davi no Antigo Testamento.
Apresenta, também, detalhes das genealogias dos levitas, a tribo encarregada com as
responsabilidades de serviço no sacerdócio e nas coisas consagradas a Deus.
Observamos nesta ênfase nas tribos de Judá e Levi a importância de definir a autoridade
concedida por Deus aos líderes de Israel nestes dois aspectos importante. Tanto no
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

governo civil como na liderança espiritual, Deus escolheu os responsáveis e


deu ao povo a obrigação de respeitar sua posição.

Observamos o conteúdo dos capítulos de 1 Crônicas:

Capítulo 1 relata as genealogias gerais de Adão até os descendentes de Abraão,


excluindo, por enquanto, os judeus. Este trecho mostra as origens de várias nações,
destacando os parentes mais próximos dos israelitas, os edomitas, que foram
descendentes de Esaú, neto de Abraão.

Capítulo 2 a 9 registram as genealogias de quase todas as tribos de Israel


(Zebulom e Dã são omitidas). As listas são organizadas principalmente conforme os
territórios da herança de cada tribo, com destaque em três tribos: Judá (que inclui a
dinastia de Davi traçada até o cativeiro na Babilônia), Levi (com destaque especial nos
cantores e nos sacerdotes) e Benjamim (tribo da qual veio Saul, o primeiro rei de Israel).
O capítulo 9 explica a relevância destas genealogias para os leitores originais do livro de
1 Crônicas. O livro trata das funções legítimas de pessoas que voltaram do cativeiro na
Babilônia no sexto século antes de Cristo.

Capítulo 10 fala da morte de Saul, abrindo lugar para o reinado de Davi,


segundo rei de Israel.

O resto do livro trata do reinado de Davi, enfatizando alguns aspectos do seu


governo:

Capítulos 11, 12 e 14 dão destaque ao poder militar deste rei, citando alguns
dos seus guerreiros mais importantes e frisando sua vitória sobre os filisteus.

Capítulo 13 mostra a tentativa frustrada de levar a arca da aliança para


Jerusalém.

Capítulo 15 completa esta história com a chegada da arca na cidade que se


tornou capital de Israel e, mais importante, sede da religião dos judeus.

Capítulos 16 e 17 destacam a comunhão do povo, e especialmente do rei Davi,


com o Senhor.

Capítulos 18 a 20 voltam ao assunto do poder de Davi, relatando suas vitórias


sobre antigos inimigos de Israel.

Capítulo 21 conta a história de um dos maiores erros de Davi, o levantamento


de um censo em Israel sem a permissão de Deus. Devemos nos lembrar desta história
quando pensamos em agir sem a autorização divina!
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulos 22 a 29 descrevem os preparativos feitos por Davi para a construção


do templo em Jerusalém, uma tarefa que seria cumprida por seu filho, Salomão. No
final do livro é relatada a morte de Davi e o começo do reinado de Salomão.

2 CRÔNICAS:

2 Crônicas abrange mais de 400 anos da história de Judá, começando com o


reinado de Salomão (cerca de 970 a.C.) e terminando com o decreto de Ciro que
permitiu a volta dos judeus a Jerusalém depois do cativeiro (538 a.C.). Durante este
tempo, houve alguns períodos bons com reis que respeitavam a vontade do Senhor, mas,
no geral, era uma época de declínio em Judá que culminou na destruição de Jerusalém
em 586 a.C. 2 Crônicas relata informações sobre o mesmo período de 1 e 2 Reis. A
diferença principal entre os livros de Reis e Crônicas é que estes incluem somente o
reino de Judá, enquanto aqueles seguem a história paralela dos reinos de Israel e Judá.

Observamos o conteúdo dos capítulos de 2 Crônicas:

Capítulos 1 a 9 abrangem os 40 anos do reinado de Salomão. O feito deste rei


mais frisado foi a edificação do templo em Jerusalém, mantendo a ênfase do livro
anterior nos preparativos para esta construção importante. Vários comentários nestes
capítulos destacam a grande sabedoria e a prosperidade material deste rei.

Capítulos 10 a 12 descrevem a separação entre Judá e Israel após a morte de


Salomão e comentam sobre alguns fatos importantes do reinado de Roboão, filho de
Salomão, em Judá.

Capítulo 13 fala do reinado de Abias, filho de Roboão. Durante seu reinado


curto, Abias foi usado por Deus numa vitória impressionante sobre Jeroboão, o rei
rebelde de Israel.

Capítulos 14 a 16 relatam os principais feitos do rei Asa, responsável por


importantes reformas religiosas em Judá.

Capítulos 17 a 20 contam a história de Josafá, um bom rei que adorava a Deus


e não aos ídolos. Ele falhou, porém, em fazer alianças com reis maus de Israel.

Capítulos 21 a 23 registram uma das piores épocas em Judá. Durante os


reinados de Jeorão e Acazias e a usurpação do trono por Atalia, o povo de Judá sofreu
muita influência da família de Acabe, um dos piores reis da história de Israel, e sua
esposa, Jezabel.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulo 24 fala sobre Joás, que começou a reinar com sete anos de idade.
Devido à influência do sacerdote Joiada, este rei começou bem. Mais tarde, ele se
desviou de Deus.

Capítulo 25 descreve o reinado de Amazias e nos lembra da importância de nos


entregar totalmente a Deus: “Fez ele o que era reto perante o SENHOR; não, porém,
com inteireza de coração” (2 Crônicas 25:2).

Capítulos 26 a 28 falam de Uzias, um rei que começou bem e terminou mal, do


bom rei Jotão e da maldade do seu filho, Acaz.

Capítulos 29 a 32 registram os atos de Ezequias, um dos melhores reis de Judá.


Ele se dedicou ao trabalho de restauração da religião dos judeus.

Capítulo 33 segue a história de dois reis que induziam o povo à idolatria,


Manassés e Amom.

Capítulos 34 e 35 falam de Josias, um bom rei que agiu para limpar a terra da
idolatria.

Capítulo 36 relata, em poucas palavras, os acontecimentos finais que levaram à


destruição de Jerusalém em 586 a.C. e ao cativeiro na Babilônia.

ESDRAS:

Para entender o livro de Esdras, é preciso um entendimento do contexto


histórico. Os assírios espalharam os hebreus de Israel (o reino do norte) quando
destruíram sua capital, Samaria, em 721 a.C. Pouco mais de 100 anos depois, o império
da Assíria caiu à Babilônia, e os territórios dominados pelos assírios passaram ao
controle dos babilônios. Logo em seguida, a Babilônia começou a atacar Judá (o reino
do sul). Levaram judeus de Judá cativos em três etapas: (1) 605 a.C. – Daniel foi entre
os jovens nobres levados à terra dos babilônios; (2) 597 a.C. – Ezequiel foi levado com
este grupo; (3) 586 a.C. – Neste ano, a cidade de Jerusalém foi destruída junto com o
templo dos judeus, muitos dos judeus foram mortos e outros foram levados ao cativeiro
na Babilônia. Alguns dos pobres foram deixados na terra, e ao profeta Jeremias foi dado
a escolha de ir para a Babilônia ou ficar em Jerusalém. Ele optou por ficar com os
pobres em Jerusalém.

A Babilônia, por sua vez, caiu aos medo-persas, conduzidos por Ciro, em 539
a.C. Eles adotaram uma política diferente dos seus antecessores, permitindo que os
povos dominados voltassem às suas terras. Especificamente, os judeus receberam
autorização e apoio dos medo-persas para voltar para Jerusalém. O livro de Esdras
começa com este fato importante.

Este livro pode ser dividido em duas partes principais:


SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulos 1 a 6 relatam a história da primeira volta a Jerusalém, quando


aproximadamente 50.000 pessoas voltaram sob a liderança de Zorobabel. Este retorno
aconteceu logo depois de Ciro autorizar a repatriação dos cativos. Os livros de Ageu,
Zacarias e Neemias acrescentam informações úteis no estudo deste período. O propósito
principal deste primeiro grupo foi a construção do templo. Os planos foram frustrados,
porém, e o trabalho demorou muito mais do que esperavam. Esdras trata destas
dificuldades da perspectiva política, falando sobre a interferência dos inimigos dos
judeus, enquanto Ageu e Zacarias abordam o mesmo problema do lado espiritual,
incentivando os próprios judeus a serem mais fieis ao Senhor para completar esta obra.
A construção básica do templo foi terminada por volta de 518, uns 20 anos depois da
volta de Zorobabel.

Capítulos 7 a 10 falam do trabalho de Esdras, um sacerdote e escriba altamente


capacitado para ensinar a Lei de Deus ao povo. Em 458 a.C., Esdras e um grupo de mais
de 1.700 pessoas voltaram a Jerusalém. Seus propósitos foram principalmente dois: (1)
Levar materiais preciosos para uso no acabamento do templo, e (2) Ensinar o povo para
que fosse fiel ao Senhor.

NEEMIAS:

Para entender o trabalho de Neemias, é preciso se lembrar do contexto


histórico do seu trabalho. Mais de 90 anos antes do início desta história, o rei da Pérsia
autorizou que Zorobabel levasse quase 50.000 judeus de volta para Jerusalém.
Zorobabel e os profetas Ageu e Zacarias motivaram o povo a edificar o templo em
Jerusalém. 80 anos depois da volta de Zorobabel, Esdras conduziu um grupo bem menor
que retornou a Jerusalém com dois objetivos principais: ajudar no acabamento do
templo e ensinar o povo e ser fiel ao Senhor.

Menos de 15 anos depois da volta de Esdras, Neemias estava trabalhando como


copeiro do rei persa Artaxerxes I, quando recebeu a visita do seu irmão e mais alguns
judeus. Eles falaram da situação precária da cidade de Jerusalém e da falta de segurança
devido às condições péssimas das muralhas da cidade, destruídas 140 anos antes pelas
forças babilônicas. Neemias ficou angustiado com o relatório sobre Jerusalém e passou
dias em jejum e oração antes de pedir ao rei a permissão para voltar e reedificar a
cidade. Com a autorização de Artaxerxes, Neemias voltou e organizou o trabalho dos
judeus para construir os muros. Com a determinação de Neemias incentivando e
supervisionando o trabalho, o que não haviam feito em mais de 90 anos foi feito em
menos de dois meses!

Considere o conteúdo do livro de Neemias:

Capítulos 1 e 2 falam da decisão de Neemias e sua volta para Jerusalém, onde


avaliou a situação antes de falar com o povo sobre os planos para reedificar as muralhas.
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Capítulo 3 descreve a cooperação dos cidadãos no trabalho, mostrando a


organização dos trabalhadores por Neemias.

Capítulos 4 a 6 mostram como Neemias, com fé em Deus, superou uma série


de desafios para completar a obra. Ele enfrentou ameaças de inimigos externos e
conflitos entre os próprios judeus para completar a obra em 52 dias!

Capítulo 7 registra os nomes das famílias que voltaram 90 anos antes de


Neemias.

Capítulos 8 a 10 relatam o trabalho de restauração espiritual, sob a liderança de


Esdras, o escriba (o mesmo do livro deste nome) e o próprio Neemias. A ênfase está no
compromisso dos judeus em ser um povo santificado e separado das práticas e
influências de povos que não serviam ao Senhor.

Capítulos 11 e 12 falam sobre a população de Jerusalém e outras cidades de


Judá e sobre a dedicação dos muros da cidade.

Capítulo 13 ilustra as dificuldades práticas de se tornar um povo santo, falando


das atitudes necessárias para corrigir abusos. Neemias tomou medidas para eliminar o
comércio no sábado (o dia de descanso semanal na Lei de Moisés) e para purificar o
povo da influência de casamentos condenados pela mesma lei.

ESTER:

Ester foi uma mulher judia que teve um papel importante na preservação do
seu povo quando um homem cruel tentou aniquilar os judeus. A história relatada no
livro de Ester aconteceu poucas décadas antes da volta de Neemias, durante o reinado
de Assuero (Xerxes I) na Pérsia (este rei governou de 486 a 465 a.C.) O livro é pequeno
e a leitura é rápida e fácil.

Ester explica as origens de um feriado nacional importante para os judeus por


meio de uma história de coragem por parte de pessoas com poder limitado para vencer
um inimigo mais poderoso e salvar sua nação. A história começa com a explicação do
processo que levou à coroação de Ester como rainha da Pérsia e continua explicando
como ela ajudou seu parente, Mordecai, a frustrar o plano de Hamã que desejou
exterminar os judeus.

Um dos fatos curiosos sobre o livro de Ester é sua distinção como o único livro
na Bíblia que não usa, nenhuma vez, o nome de Deus. Mesmo sem citar o nome do
Senhor, o livro demonstra a fé dos seus servos, principalmente de Mordecai. Em um
momento crítico na história, ele procurou persuadir Ester a arriscar sua vida para salvar
seu povo. Ele mandou esta mensagem à rainha: “Não imagines que, por estares na casa
do rei, só tu escaparás entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares agora, de
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de


teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a
rainha?” (Ester 4:13-14). Ele mostrou sua confiança que o livramento viria “de outra
parte”, obviamente confiando em alguém com poder para preservar este povo
independente das tramas de homens maus. É possível, também, que o motivo de recusar
a se prostrar diante de Hamã (Ester 3:2) tenha sido por motivos da sua fé, por acreditar
que tal honra deve ser reservada para o Senhor. Sem falar o nome de Deus, Mordecai
mostrou a sua fé nele.

A resposta de Ester também sugere sua fé. Ela pediu que todos os judeus
jejuassem durante três dias antes de ela ir falar com o rei (Ester 4:15-16). O jejum servia
para mostrar a angústia e aflição da alma diante de Deus, e normalmente foi
acompanhado por orações. Ester, também, procurava uma resposta de alguém superior
ao próprio rei e marido.

O conteúdo do livro de Ester pode ser descrito conforme seus capítulos:

Capítulos 1 e 2 descrevem os acontecimentos que levaram à escolha de Ester,


uma moça judia também conhecida por Hadassa, como rainha da Pérsia.

Capítulo 3 explica os motivos do conflito entre Hamã e o povo de Mordecai (os


judeus) e o plano para aniquilar os judeus. Os fatores principais foram dois: (1) Hamã se
indignou porque Mordecai não deu para ele a veneração exigida por lei, e (2) A
inimizade antiga entre seus povos – Hamã era agagita (amalequita) e Mordecai era
judeu.

Capítulos 4 a 8 registram como Mordecai e Ester reverteram a situação,


levando à morte de Hamã e conquistando uma ordem dando direito aos judeus a se
defenderem contra os seus inimigos.

Capítulos 9 e 10 contam o desfecho desta história, com a defesa dos judeus e a


inauguração do seu feriado nacional de Purim, comemorado até hoje no mês de
fevereiro ou março.

JÓ:

O livro de Jó é um dos mais fascinantes do Velho Testamento. Quando pensam


neste livro, muitos lembram sobre sofrimento, paciência e perseverança, e todos estes
temas são partes importantes da mensagem do livro. Mas, como percebemos quando
chegamos ao fim do livro, a principal mensagem de Jó pode ser resumida na simples
afirmação: Deus é Deus, e homem é homem.

Pelas informações contidas no livro, deduzimos que Jó tenha vivido na época


dos patriarcas, provavelmente entre o tempo de Noé e Abraão. Além de não falar nada
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

sobre o povo israelita e o sistema sacerdotal inaugurado por Moisés, o livro diz
que Jó viveu 140 anos depois dos acontecimentos registrados no livro, fato que se
enquadra neste período que a longevidade diminuía gradativamente. Se tivesse que
encaixar o livro de Jó na sequência histórica de Gênesis, o lugar mais provável seria por
volta dos capítulos 10 e 11 de Gênesis.

Jó era um homem muito fiel ao Senhor. Satanás, na época, tinha acesso para
acusar os fieis diante de Deus (este acesso foi perdido mais tarde, devido ao poder do
sangue de Jesus – veja Apocalipse 12:10-11). Satanás alegou que Jó foi um interesseiro
que servia ao Senhor somente por causa das bênçãos materiais que recebia. Deus
respondeu a esta acusação, permitindo que o Diabo tirasse as bênçãos terrestres de Jó
para ver o que aconteceria com a sua fé. Satanás tirou os bens, a família e a saúde de Jó,
mas o homem permaneceu fiel e íntegro.

É importante observar que muitas informações reveladas aos leitores desde o


primeiro capítulo não foram reveladas a Jó e seus amigos. A maioria do livro é dedicada
ao registro dos debates entre estes amigos na busca de uma explicação do sofrimento
deste homem, mas eles não tinham nenhuma revelação divina para ajudar nestes
debates. Deus fala somente no fim do livro, e mesmo assim, não responde à maioria dos
argumentos destes homens. Vamos observar o conteúdo dos capítulos de Jó:

Capítulos 1 e 2 relatam a história de como Satanás tirou as bênçãos materiais


de Jó.

Capítulos 3 a 37 são dedicados aos debates entre Jó e seus amigos. Estes


homens ensinaram a mesma doutrina que domina nos púlpitos de muitas igrejas hoje,
sugerindo um vínculo direto entre a fidelidade de pessoa e sua situação material. Os
amigos de Jó acreditavam que um homem fiel seria abençoado com prosperidade e
saúde e interpretavam sofrimento como evidência de pecado na vida da pessoa.
Enquanto eles enfatizaram mais este lado negativo, a mensagem é fundamentalmente a
mesma que é pregada todos os dias na televisão e em muitas igrejas nos dias de hoje. Jó,
porém, defendeu sua própria integridade (veja, especialmente, o capítulo 31), e não
entendeu seu sofrimento como consequência de algum pecado.

Capítulos 38 a 42 apresentam a resposta de Deus. Ele não respondeu às


perguntas e dúvidas de Jó e seus amigos. A resposta do Senhor pode ser resumida em
dois pontos principais: (1) Deus é Deus, e homem é homem. Ele usa uma série de
ilustrações para mostrar que Deus não precisa se justificar para o homem, e que o
homem é totalmente incapaz de compreender as grandezas de Deus. Não é questão de
compreensão, e sim de fé em Deus. Jó e seus amigos precisavam confiar em Deus, não
julgar seus atos! (2) As pessoas que ensinam um vínculo direto entre prosperidade
material e fidelidade a Deus estão distorcendo a palavra e falando o que não é reto sobre
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

o Senhor (veja 42:7). Deus repreendeu fortemente os amigos de Jó. O que ele
diria para os pregadores de hoje que difundem as mesmas mentiras?

SALMOS:

Praticamente todas as pessoas que já abriram uma Bíblia sabem um pouco


sobre o livro de Salmos. Suas passagens confortantes são repetidas e repassadas em
todos os momentos: “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará” (Salmo
23:1); “SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração” (Salmo 90:1);
entre muitas outras. Este livro é uma coletânea de salmos escritos por diversos autores
ao longo de mais de nove séculos. O Salmo 90 foi escrito por Moisés na época da saída
dos israelitas do Egito (século XV a.C.) e outros se referem ao cativeiro na Babilônia
(Salmo 137) e à volta do cativeiro (Salmo 147), chegando até o século VI ou V a.C.

A maioria dos salmos foi escrita por Davi, o segundo rei de Israel (reinou por
40 anos, começando cerca de 1010 a.C.). Quando juntamos com seus salmos aqueles
escritos por Asafe e os filhos de Corá, percebemos claramente que a maioria foi escrita
especificamente no contexto da adoração a Deus em Jerusalém. Davi, o rei que projetou
o templo que foi construído pelo seu filho, Salomão, se dedicou muito à organização do
louvor em Jerusalém. Asafe e os descendentes de Corá estavam entre os responsáveis
para o serviço musical, e contribuíram com vários dos salmos.

O livro de Salmos é dividido em cinco partes ou livros, e cada um destes livros


encerra-se com uma doxologia, ou palavra de louvor, nos lembrando do propósito
principal dos salmos: levantar para Deus as expressões de adoração dos seus servos. O
primeiro livro inclui os Salmos 1 a 41 e termina com estas palavras: “Bendito seja o
SENHOR, Deus de Israel, da eternidade para a eternidade! Amém e amém!” (41:13).
Encontramos palavras semelhantes nos finais dos outros livros: Livro II (Salmos 42 a
72) – veja Salmo 72:18-19; Livro III (Salmos 72 a 89) - veja Salmo 89:52; Livro IV
(Salmos 90 a 106) - veja Salmo 106:48; Livro V (Salmos 107 a 150) - veja Salmo
150:1-6.

Os salmos são poemas, e assim encontramos as qualidades de poesia. Ritmo,


uma das características comuns de poesia, geralmente se perde no processo de tradução
de um idioma para outro. Por isso, conseguimos cantar os salmos somente com alguma
adaptação métrica. Mas uma outra característica da poesia dos Salmos é o uso frequente
do paralelismo, onde duas frases sucessivas apresentam a mesma ideia em palavras
diferentes, ou duas ideias opostas apresentadas em contraste. Exemplos são fáceis de
encontrar.

A mesma ideia em frases paralelas: “Quem, Senhor, habitará no teu


tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” (Salmo 15:1). “Um dia discursa a
outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite” (Salmo 19:2).
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

As duas frases apresentando contraste: “Pois o Senhor conhece o caminho dos


justos, mas o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1:6).

A segunda frase completando a afirmação iniciada na primeira: “Tributai ao


Senhor, filhos de Deus, tributai ao Senhor glória e força” (Salmo 29:1). “Perto está o
Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Salmo
145:18).

Um outro estilo de poesia é o acróstico, onde cada estrofe do salmo começa


com uma letra diferente do alfabeto hebraico. O exemplo mais notável é o Salmo 119,
com 22 estrofes de 8 versículos cada. Todos os versículos na mesma estrofe iniciam
com a mesma letra. Esta característica, também, é perdida na tradução para outros
idiomas.

A característica mais importante dos Salmos, porém, é o seu conteúdo. Este


livro trata de diversos assuntos importantes, respondendo às dúvidas dos servos de
Deus, buscando a proteção e conforto divino, apoiando e pedindo a justiça de Deus e,
acima de tudo, dando para o Senhor a honra e glória que pertencem exclusivamente a
ele!

PROVÉRBIOS:

Em dois minutos livres e quer ler alguma coisa proveitosa e prática na Bíblia?
Abra o livro de Provérbios! O estudo da palavra de Deus deve incluir todos os livros da
Bíblia e hábitos disciplinados, mas há momentos em que procuramos uma mensagem
rápida para meditar e aplicar na vida. Nestes momentos, o livro de Provérbios não
decepciona.

O principal autor destes provérbios foi Salomão (Provérbios 1:1; 10:1; 25:1),
que também escreveu muitos outros provérbios e cânticos que não foram preservados
para nós. Sobre Salomão, um homem extremamente inteligente e sábio, o autor de 1
Reis disse: “Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga
inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior
do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. Era mais sábio
do que todos os homens, mais sábio do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, Calcol e Darda,
filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor. Compôs três mil
provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu sobre todas as plantas, desde
o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais
e das aves, dos répteis e dos peixes. De todos os povos vinha gente a ouvir a sabedoria
de Salomão, e também enviados de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua
sabedoria” (1 Reis 4:29-34).
SETEBAN – PI
MODALIDADE ONLINE
Aluno: Raimundo Miranda

Alguns dos provérbios foram escritos por autores anônimos ou desconhecidos


para nós. Agur (Provérbios 30:1) e Lemuel (Provérbios 31:1) são identificados como
homens de Massá (possivelmente descendentes de Ismael, filho de Abraão - veja
Gênesis 25:12-14). Outros são atribuídos aos sábios, sem mais detalhes (Provérbios
22:17; 24:23).

O tema fundamental do livro de Provérbios pode ser facilmente compreendido


na leitura do capítulo 9. Neste capítulo, a Sabedoria e a Loucura são personificadas
como duas mulheres que usam as mesmas palavras para convidar os simples a entrarem
nas suas casas. A Sabedoria chama: “Quem é simples, volte-se para aqui” (Provérbios
9:4). Ela continua com uma explicação das vantagens que ela oferece, concluindo com
este resumo: “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do
Santo é prudência. Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te
acrescentarão” (Provérbios 9:10-11).

A Loucura usa as mesmas palavras de convite: “Quem é simples, volte-se para


aqui” e oferece prazer imediato: “As águas roubadas são doces, e o pão comido às
ocultas é agradável” (Provérbios 9:16-17). Mas o convite dela não acrescenta anos à
vida! Os simples que aceitam este convite: “não sabem que ali estão os mortos, que os
seus convidados estão nas profundezas do inferno” (Provérbios 9:18).

O livro de Provérbios pode ser dividido conforme seus assuntos e autores:

Capítulos 1 a 9 apresentam os apelos da Sabedoria para escolher este caminho


bom.

Capítulos 10 a 22 e 25 a 29 contêm provérbios de Salomão sobre diversos


assuntos práticos.

Capítulos 22 a 24 contêm instruções dadas pelos sábios, sem identificar estes


autores por nome.

Capítulos 30 e 31 relatam os provérbios de Agur e de Lemuel, ambos de


Massá. A última parte do capítulo 31 apresenta a descrição das qualidades da mulher
virtuosa, um dos trechos mais conhecidos deste livro.

Você também pode gostar