Você está na página 1de 19

PROJETO

RESGATE DA
NOSSA HISTÓRIA

Raquel Paltrinieri
Renata Paltrinieri
Roberto Jardim
Apresentação
.

Realizamos uma pesquisa foi feita através da internet, livros


e com histórias contadas por moradores antigos de São
Gonçalo sobre a fazenda Colubandê. Selecionamos algumas
curiosidades e escolhemos as que podem ter algumas pistas
coerentes com o contexto histórico.
Buscamos descobrir como eram as pessoas que viveram
nesta fazenda, suas origens, crenças e reações ao sistema do
Brasil Colônia.
Procuramos na arquitetura da casa-grande possíveis razões
do formato na estrutura como prática de criptojudaísmo.
Também a origem do nome Colubandê identificamos como
uma corruptela de origem quicongo pronunciado por escrava
judia que foi presa e exilada pela Inquisição.
Cronologia
da
Fazenda Colubandê.
 
  Início século XVII _ Catarina Siqueira funda o Engenho de
Mont'Serrat.
 1617 _ O cristão-novo Ramirez Duarte Leão (Beijamin
Benvensiste) compra a fazenda, mais tarde, reconstrói a casa-
grande e constrói a capela dedicada Senhora de Monteserrat para
batizar o seu filho Gregório Mendes.
 Segunda metade do Século XVII _ Falece o patriarca da família e a
viúva Ana do Vale assume a direção da fazenda.
 1710 _ Ana do Vale é presa em 6 de outubro acusada pelo
crime de heresia judaica.
 1713 _ A fazenda é confiscada e entregue aos jesuítas.
1740 a 1770 _ Há uma grande reforma na fazenda e a capela passa a
ser dedicada a Sant’Ana, quando são colocados os painéis de
azulejos.
1779 _ João Ribeiro de Magalhães torna-se o novo proprietário.
 Segunda metade do século XIX _ O Barão de São Gonçalo
(Belarmindo Ricardo de Siqueira) foi proprietário da fazenda e
teve como escrava Geraldina Leocádia da Conceição, a avó
de Lima Barreto, quando ainda nasceu a sua mãe Amália
Augusta.
 1873 _ Morre o Barão de São Gonçalo e a fazenda fica como
herança para os seus parentes.
 1940 _ A fazenda foi tombada pelo IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
 1965 _ Foi tombada pelo INEPA (Instituto Nacional de
Educação e Pesquisa).
 1968_ A fazenda deixa de pertencer aos parentes do Barão
de São Gonçalo.
 1969 _ Passou a ser a sede da Patrulha Rodoviária.
 1898 _ Esteve sob responsabilidade do Batalhão Florestal e
de Meio Ambiente da Polícia Militar.
 2012_ A fazenda é abandonada.
 2021 _ Recomeço do retorno como sede da Polícia Militar e
a restauração.
A Fazenda Nossa Senhora
de Monteserrat

Catarina Siqueira foi a primeira proprietária da fazenda Nossa


Senhora Monteserrat. Ramires Duarte Leão (Benamyn Benevitis) foi
um judeu holandês e comprou a fazenda. Na sua terra natal, a
Holanda, os judeus não eram perseguidos, que se tornou um cristão-
novo, ou seja, um judeu forçado a renegar a sua religião e aceitando
Jesus como o Messias Libertador. Casou com Beatriz Gomes, uma
portuguesa que morava no Brasil e irmã de Izabel Mendes a primeira
cristã-nova presa no Rio de Janeiro.
Qual é segredo das oito
portas do salão principal?
O criptojudaísmo e a
arquitetura da fazenda.
Ana do Vale: a matriarca
que ensinou o judaísmo a
escrava Marianna Andrade.
A Inquisição do Rio de Janeiro
e a prisão da família Vale. É o
fim do período judaico na
Fazenda Colubandê.
A origem kicongo do nome
Colubandê. O judaísmo na
língua africana.
A ligação entre as portas
vermelhas e a décima
praga do Egito.
O do poço da fazenda e o poço
das almas em Jerusalém.
A posse dos jesuítas e a troca
da santa da capela.

Nossa Senhora de Santa Ana


Montserrat
A senzala: túnel, masmorra e
prisão.
Frente

Poço
Túnel

Masmorra

Porta dos fundos


Os azulejos portugueses do
século VIII da Capela de
Sant’Ana.
O oratório entalhado em
madeira e folheado a ouro de
Capela de Sant’Ana.
\
O rio Alcântara foi durante
muito tempo o único caminho.
A avó de Lima Barreto,
Geraldina Leocádia da
Conceição, nasceu na fazenda
na época que pertencia ao
Barão de São Gonçalo
Conclusão

A prisão e o confisco dos bens dos cristãos novos, chamados


de “os gordos” da fazenda Colubandê, foi uma intervenção na
nossa história. Mas herdamos um patrimônio arquitetônico
que devemos preservar por gerações. Para isso precisamos
conscientizar os gonçalenses da importância da nossa
memória através do resgate e divulgação de um passado que
nos orgulha e serve de motivação para fazer de São Gonçalo
uma cidade melhor.
A Árvore Genealogia da Família Vale:
O Torá na arquitetura da
casa-grande e as 12 tribos de
Israel.

Você também pode gostar