A fazenda Colubandê foi fundada no século XVII por Catarina Siqueira e posteriormente comprada por Ramirez Duarte Leão, um judeu holandês. Sua família praticava o criptojudaísmo na fazenda por gerações até que Ana do Vale foi presa pela Inquisição por heresia judaica em 1710. A fazenda passou por diversos donos até ser abandonada no século XXI.
Descrição original:
Projeto de pesquisa sobre a história da fazenda Colubandê, em São Gonçalo RJ.
A fazenda Colubandê foi fundada no século XVII por Catarina Siqueira e posteriormente comprada por Ramirez Duarte Leão, um judeu holandês. Sua família praticava o criptojudaísmo na fazenda por gerações até que Ana do Vale foi presa pela Inquisição por heresia judaica em 1710. A fazenda passou por diversos donos até ser abandonada no século XXI.
A fazenda Colubandê foi fundada no século XVII por Catarina Siqueira e posteriormente comprada por Ramirez Duarte Leão, um judeu holandês. Sua família praticava o criptojudaísmo na fazenda por gerações até que Ana do Vale foi presa pela Inquisição por heresia judaica em 1710. A fazenda passou por diversos donos até ser abandonada no século XXI.
Realizamos uma pesquisa foi feita através da internet, livros
e com histórias contadas por moradores antigos de São Gonçalo sobre a fazenda Colubandê. Selecionamos algumas curiosidades e escolhemos as que podem ter algumas pistas coerentes com o contexto histórico. Buscamos descobrir como eram as pessoas que viveram nesta fazenda, suas origens, crenças e reações ao sistema do Brasil Colônia. Procuramos na arquitetura da casa-grande possíveis razões do formato na estrutura como prática de criptojudaísmo. Também a origem do nome Colubandê identificamos como uma corruptela de origem quicongo pronunciado por escrava judia que foi presa e exilada pela Inquisição. Cronologia da Fazenda Colubandê.
Início século XVII _ Catarina Siqueira funda o Engenho de Mont'Serrat. 1617 _ O cristão-novo Ramirez Duarte Leão (Beijamin Benvensiste) compra a fazenda, mais tarde, reconstrói a casa- grande e constrói a capela dedicada Senhora de Monteserrat para batizar o seu filho Gregório Mendes. Segunda metade do Século XVII _ Falece o patriarca da família e a viúva Ana do Vale assume a direção da fazenda. 1710 _ Ana do Vale é presa em 6 de outubro acusada pelo crime de heresia judaica. 1713 _ A fazenda é confiscada e entregue aos jesuítas. 1740 a 1770 _ Há uma grande reforma na fazenda e a capela passa a ser dedicada a Sant’Ana, quando são colocados os painéis de azulejos. 1779 _ João Ribeiro de Magalhães torna-se o novo proprietário. Segunda metade do século XIX _ O Barão de São Gonçalo (Belarmindo Ricardo de Siqueira) foi proprietário da fazenda e teve como escrava Geraldina Leocádia da Conceição, a avó de Lima Barreto, quando ainda nasceu a sua mãe Amália Augusta. 1873 _ Morre o Barão de São Gonçalo e a fazenda fica como herança para os seus parentes. 1940 _ A fazenda foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). 1965 _ Foi tombada pelo INEPA (Instituto Nacional de Educação e Pesquisa). 1968_ A fazenda deixa de pertencer aos parentes do Barão de São Gonçalo. 1969 _ Passou a ser a sede da Patrulha Rodoviária. 1898 _ Esteve sob responsabilidade do Batalhão Florestal e de Meio Ambiente da Polícia Militar. 2012_ A fazenda é abandonada. 2021 _ Recomeço do retorno como sede da Polícia Militar e a restauração. A Fazenda Nossa Senhora de Monteserrat
Catarina Siqueira foi a primeira proprietária da fazenda Nossa
Senhora Monteserrat. Ramires Duarte Leão (Benamyn Benevitis) foi um judeu holandês e comprou a fazenda. Na sua terra natal, a Holanda, os judeus não eram perseguidos, que se tornou um cristão- novo, ou seja, um judeu forçado a renegar a sua religião e aceitando Jesus como o Messias Libertador. Casou com Beatriz Gomes, uma portuguesa que morava no Brasil e irmã de Izabel Mendes a primeira cristã-nova presa no Rio de Janeiro. Qual é segredo das oito portas do salão principal? O criptojudaísmo e a arquitetura da fazenda. Ana do Vale: a matriarca que ensinou o judaísmo a escrava Marianna Andrade. A Inquisição do Rio de Janeiro e a prisão da família Vale. É o fim do período judaico na Fazenda Colubandê. A origem kicongo do nome Colubandê. O judaísmo na língua africana. A ligação entre as portas vermelhas e a décima praga do Egito. O do poço da fazenda e o poço das almas em Jerusalém. A posse dos jesuítas e a troca da santa da capela.
Nossa Senhora de Santa Ana
Montserrat A senzala: túnel, masmorra e prisão. Frente
Poço Túnel
Masmorra
Porta dos fundos
Os azulejos portugueses do século VIII da Capela de Sant’Ana. O oratório entalhado em madeira e folheado a ouro de Capela de Sant’Ana. \ O rio Alcântara foi durante muito tempo o único caminho. A avó de Lima Barreto, Geraldina Leocádia da Conceição, nasceu na fazenda na época que pertencia ao Barão de São Gonçalo Conclusão
A prisão e o confisco dos bens dos cristãos novos, chamados
de “os gordos” da fazenda Colubandê, foi uma intervenção na nossa história. Mas herdamos um patrimônio arquitetônico que devemos preservar por gerações. Para isso precisamos conscientizar os gonçalenses da importância da nossa memória através do resgate e divulgação de um passado que nos orgulha e serve de motivação para fazer de São Gonçalo uma cidade melhor. A Árvore Genealogia da Família Vale: O Torá na arquitetura da casa-grande e as 12 tribos de Israel.