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História de

Maricá
Por William Campos e
Wavá de Carvalho
POVOS
ORIGINÁRIOS DE
MARICÁ
o P in t u
m a n t r a "A m
u r a " O o rte do
P in t b á " ú l t im o
a m ta m o i
T u p in o"
As primeiras ocupações humanas em Maricá datam provavelmente do
século XI, quando se tem conhecimento de que a região foi invadida
por povos tupis procedentes da Amazônia.

No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região, ela


estava ocupada pela nação tupi dos tupinambás, também chamados
tamoios
SESMARIA DE MARICÁ

A colônia Maricá começou a ser povoada no


início do século XVI, por causa da necessidade
da Coroa Portuguesa em defender o litoral de
ataques dos corsários franceses. Entre 1574 e
1830 as terras são doadas aos colonizadores
portugueses, divididas em sesmarias.
Destacam-se as sesmarias de Antônio Mariz, na
região de São José de Imbassaí, e a de Manoel
Teixeira, localizada junto à Lagoa. A colonização
teve seu maior desenvolvimento em ‘São José do
Imbassahi’.
COMPANHIA DE JESUS E SUA
MISSÃO NO MUNDO
A Companhia de Jesus, vulgo jesuítas, foi fundada em 1540,
por Inácio de Loyola, na Espanha. No começo era formada
por poucos, mas ardorosos, membros preocupados em
Brasão dos jesuítas revigorar a fé católica. Usando do momento expansionista
ainda em alta, a ordem dizia que sua missão era evangelizar
todos cantos da Terra, fazendo assim um grande exército
para Cristo.
Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto
com Tomé de Sousa, liderados pelo Padre Manoel da
Nóbrega para catequisar e instruir os povos originários que
aqui habitavam.
JOSÉ DE ANCHIETA, FUNDADOR
DE MARICÁ (1534 - 1597)

Chegada ao Brasil em 1553, com um grupo


de outros missionários
Em 1584, o Padre José de Anchieta chegou
às margens da Lagoa, onde se realizou a
célebre pesca milagrosa
Tradução do rito romano da Igreja Católica
para as línguas dos povos originários
Junto com Manoel de Teixeira, são os pais
fundadores de Maricá
PRESENÇA DOS BENEDITINOS EM MARICÁ
EM 1635 CHEGAM EM MARICÁ A ORDEM BENEDITINA, NO LOCAL ONDE
CONHECEMOS POR ITAOCAIA, FOI CONSTRUÍDA UMA FAZENDA ENTRE AS DUAS
PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XVIII. ATRAVÉS DOS ESCRAVIZADOS ORIUNDOS DA
ÁFRICA, SE DESENVOLVEU ALI A PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR E CAFÉ.

São Bento de Núrsia, fundador Fazenda de Itaocaia,


dos beneditinos construída pelos beneditinos
FATOS CURIOSOS DE NOSSA CIDADE
Dom Pedro I visitou Maricá, pois logo que foi declarada a independência, o
padre da época rezou uma missa na intenção. Quando chegou à Igreja
Matriz, o imperador ficou tão impressionado com a cortina esculpida no
altar, que fez questão de tocar para só assim acreditar que não era
verdadeira.
A princesa Isabel junto ao seu marido, o Conde d'Eu também visitaram
Maricá, durante a sua passagem eles ficaram na fazenda do Pilar e na noite
da despedida houve um grande baile no salão da Câmara Municipal (atual
Casa de Cultura)
Houve também alguns milagres em nossa cidade, um deles foi a cura da
pandemia de gripe espanhola após um procissão com o crucifixo que hpje
em dia está na atual Câmara dos vereadores
Mas o caso mais curioso aconteceu na fazenda de Itaocaia, mas isso precisa
de um slide próprio...
ESCRAVIZADA BENTA
Houve uma escravizada com seu filho, atirou-se do alto da
Pedra de Itaocaia para fugir da perseguição de sua senhora,
que suspeitava de traição do seu marido com a escravizada
preta. Outra versão dessa história diz, porém, que um dos
principais cientistas da história da humanidade, chamado
Charles Darwin, presenciou a terrível cena da morte de uma
escravizada que suicidou-se pulando da Pedra de Itaocaia
após ter jogado a filha do fazendeiro no tacho de melado da
fazenda, por vingança e ciúme. O próprio Darwin escreveu:
“Em torno das casas centrais, estão as cabanas dos pretos,
cuja forma e posição regulares me lembraram os desenhos das
moradas dos hotentotes do sul da África. Isso talvez evoque
para essas pobres pessoas, no meio da escravidão, a casa de
seus pais. [...] com exceção de uma velha que, ao ser
capturada de novo, preferiu se espatifar em pedaços e jogou-
se bem do topo da montanha. Fosse ela uma matrona romana,
isso seria chamado de patriotismo nobre; como se tratou de
uma preta, foi chamado de obstinação brutal."
CHEGADA DOS NEGROS EM MARICÁ

Segundo Silvana Andrade dos Santos, entre os anos de 1626 a 1650 foram desembarcados
1200 escravizados na localidade de Ponta Negra, este local servia para como uma rota de
tráfico de cativos que chegavam no porto do Rio de Janeiro e eram transportados para as
outras freguesias do interior fluminense como Araruama, Saquarema, Cabo Frio, entre
outras.
A população de Maricá no século XVIII era composta, basicamente, por livres, libertos e
cativos. A população total em 1772, somava 16.218 indivíduos, conforme o Censo da
época. 34,6% da população, outrora, era formada por indivíduos de ascendência ou
descendência africana escravizada, em sua maioria, escravos nacionais ou afro-
americanos. Os escravos africanos somavam 462 indivíduos, alguns adivinham da Guiné,
outros de Angola, alguns de Moçambique e Inhambane, além dos sem especificação de
procedência.A população liberta de Maricá compunha, entre pretos e pardos, 5.549
indivíduos. Enquanto a livre, branca, correspondia 31,2% do total.
QUILOMBO DE
MARICÁ
No início do século XIX, escravizados fugitivos das
fazendas próximas à Freguesia de Santa Maria de
Maricá, organizaram um quilombo nas matas da
região. Estima-se que o primeiro quilombo da região
tenha sido formado por volta de 1812. O Quilombo
de Maricá se tornou uma ameaça aos moradores e às
autoridades locais pelos recorrentes roubos feitos às
propriedades da região e, no ano de 1814, são
emitidas ordens para destruir o quilombo. A
repressão aos quilombos era feita por expedições
militares, organizadas pelas autoridades locais e
auxiliadas por senhores de escravos da região.
CAPELA DE SÃO JOSÉ
• 1ª igreja construída no século XVII, em 1675, com a criação da
freguesia de Santa Maria de Maricá, em arquitetura jesuítica,
sendo considerada um marco inaugural do município.
Inicialmente era capela de uma fazenda de monges beneditinos.

• O primeiro título ao qual foi dedicada, foi Nossa Senhora do


Amparo, porém por conta de um surto de malária foram
obrigados a se mudar para a outra margem da lagoa, onde fica a
atual Matriz. Foi então que aquela igreja passou a ser dedicada a
S. José.

• A título de curiosidade, a imagem que usavam não era da


Senhora do Amparo, mas sim do Desterro, que juntos estavam o
menino Jesus e S. José, porém essa imagem foi roubada, após o
furto mudaram para a imagem que hoje conhecemos. E ainda
assim fica a devoção a São José na localidade original conhecida
como Imbassaí que significa "encontro das águas."
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO AMPARO
O NOVO POVOADO ESTAVA CRESCENDO E EM 8 DE DEZEMBRO DE
1788, O PADRE VICENTE FERREIRA DE NORONHA LANÇA A PEDRA
FUNDAMENTAL DA NOVA IGREJA MATRIZ.
EM 15 DE AGOSTO DE 1892 FOI REZADA A PRIMEIRA MISSA E
TRANSLADADA DE SÃO JOSÉ DE IMBASSAÍ, A IMAGEM DE NOSSA
SENHORA DO AMPARO.
FOI CONSTRUÍDA SOBRE UMA ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE
APROXIMADAMENTE TRÊS METROS DE ALTURA, DEVIDO ÀS CHEIAS
DAS LAGOAS E RIOS PRÓXIMOS. A FACHADA PRINCIPAL É VOLTADA
PARA O LITORAL SUL/SUDESTE, APESAR DE NÃO SER POSSÍVEL
AVISTÁ-LO. NO SEU ENTORNO SE DESENVOLVEU O SEGUNDO NÚCLEO
DO POVOADO MARICAENSE, NO SÉCULO XIX.
VILA DE SANTA MARIA DE MARICÁ

Em 1814, passa a se chamar Vila de Santa Maria de Maricá


em homenagem à rainha D. Maria I de Portugal. Reconhecida,
torna-se independente e tem seu desenvolvimento acelerado,
se separando assim da freguesia de Santo Antônio de Sá.
Ela perdeu sua autonomia e foi anexada à Niterói,
readquirindo-a em 1833.
ORIGEM DO NOME MARICÁ

• A origem do nome Maricá vem da uma planta que


tinha em abundancia em nosso território,
infelizmente hoje em dia é rara. Este nome, pelos
povos originários que aqui habitavam, significa
"mari" arbusto e "caá" espinho.

• Entretanto alguns estudiosos afirmam que "mari"


significa gente ou pessoa, sendo então Maricaá
gente do espinho ou gente espinhosa ou, em uma
livre interpretação, povo espinhoso.

Planta Maricá
ESTRADA DE FERRO

No município de Maricá uma série de reflexos decorrentes da


inauguração da ferrovia em 1887 puderam ser observados. O primeiro
deles foi a elevação da vila de Maricá a condição de cidade em 7 de
dezembro de 1889. O trem resultava no meio de transporte mais
eficiente da cidade de Maricá que desfrutava de um enorme
desenvolvimento proporcionado pela ferrovia. Os núcleos urbanos nos
arredores das estações se expandiram e novas ruas foram abertas. No
entorno da estação inaugurada em 1894 no centro da cidade de Maricá
surgiram diversos estabelecimentos comerciais.
CHARLES DARWIN EM MARICÁ
• O naturalista inglês, autor da revolucionária teoria da
evolução das espécies, passou pela cidade no dia 8 de abril de
1832, quando, após passar pela região de Praia Grande, atual
Niterói, decidiu parar para o almoço por volta das 12h em
“Ithacaia”, na Fazenda Itaocaia.

• Após o almoço na fazenda, fundada pelos monges


beneditinos no século XVIII, Darwin passou pela região de
Itaipuaçu e pela Restinga de Maricá, pesquisando a
biodiversidade da Mata Atlântica.

• O contato com a Mata Atlântica foi o que mais impressionou o


naturalista, que ao explorar uma região próxima a Maricá disse
o seguinte: "Depois de passarmos por alguns campos
cultivados, entramos numa floresta cuja magnificência não
podia ser superada".
OBRIGADO
POR WILLIAM CAMPOS E WAVÁ DE CARVALHO
williamcampos403@gmail.com
wava.carvalho@gmail.com

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