FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

Jorge de 27 anos, junto com o seu amigo João de 25 anos, esperavam ansiosamente por
uma data festiva. A festividade se aproximava e a ansiedade da dupla também. Tratave-se de uma
atração anual, que reunia todos os jovens de sua cidade. O grande dia chegou e logo um
reencontro com os amigos também. Aproveitaram esse momento e colocaram as conversas em
dia.
Nesse reecontro houve bebidas de todos os tipos mas Jorge, que estava dirigindo, optou
por se privar de ingestão alcóolica.
O entardecer chegava e o grupo se diluia aos poucos, pois a hora do grande evento estava
por vir. Jorge e João foram embora sendo Jorge, sóbrio, o motorista da rodada.
Os dois amigos eram vizinhos, e no caminho de volta foram vitimas de uma tentativa de
assalto, que resultou em perseguição e de disparos de arma de fogo pelos assaltantes. Assustados,
optaram pela fuga. Como a estrada era sinuosa, em pouco tempo colidiram frontalmente com
uma árvore. Diante do ocorrido os assaltantes fugiram e em pouco tempo os locais foram
surgindo. Houve a preocupação em sinalizar o local, chamar por ajuda e também saciar a
curiosidade do ocorrido. O serviço de resgate chegou em 15 minutos, pois havia uma cabine de
socorrista bem próximo.
Ao iniciar os procedimentos, o socorrista notara que o carona estava sem cinto de
segurança. As duas vítimas foram retiradas com vida e encaminhados de forma adequada para o
hospital de trauma da região.
A admissão foi realizada pelo Dr. Fortes e o seu residente Augusto, quando fizeram as
seguintes constatações: Jorge, queixando-se de queimação na região lombar e perda dos
movimentos das pernas, estava acordado, ansioso, com ECG-RP (0) de 14; PA 135x95 mmHg; FC
105 bpm; Spo2 de 96% em ar ambiente e ao exame foi constatado uma perfuração por PAF na
região lombar esquerda. No caso do João: sensório rebaixado, agitação psicomotora; ECG-RP (1)
de 07; rinorragia, otorragia e deformidade na hemiface esquerda. Na monitorização havia PA
170x100mmHg; FC 55 bpm e Spo2: 85% com auxílio de oxigenioterapia de 7L/min.
Jorge foi conduzido ao exame de imagem, onde apresentou priapismo mas não prejudicou
a execução do exame complementar. Já o João, foi submetido a intubação orotraqueal em
sequência rápida e acoplado a ventilação mecânica. O mesmo evoluiu com instabilidade
hemodinâmica o que impossibilitou a realização de exames complementares com necessidade de
transporte. Diante dessa gravidade, Dr. Fortes e o seu residente estabeleceram cuidados
intensivos, como otimização pressórica com o uso de aminas vasoativas, controle glicêmico
rigoroso, medidas neuroprotetoras, além de gastroproteção. Após a instituição dessas medidas, o
paciente apresentou estabalidade do quadro, mas evoluiu com midriáse paralítica bilateral e
ausência dos reflexos de tronco. O protocolo de morte encefálica foi aberto e a família foi
informada da situação atual.

QUESTÔES NORTEADORAS

1) Revisar o ABCDE do trauma.

2) Descrever as apresentações do trauma crânio-encefálico do ponto de vista clínico e

radiológico. (reflexo de cushing; otorragia, rinorragia e achados tomográficos)

3) Estabelecer condutas no TCE leve, moderado e grave.(Observação; controle pressórico;

controle glicêmico; medidas neuroprotetoras e ventilação mecânica no TCE)

4) Reconhecer a gastropatia do TCE com seu tratamento.

5) Descrever TRM com as possíveis repercussões sistêmicas. (TRM de todos os níveis, mas
com ênfase no TRM lombar; associar o priapismo com TRM

6) Estabelecer Condutas no TRM.

7) Reconhecer o protocolo de M.E