COLÉGIO ESTADUAL SETE DE SETEMBRO

ALUNAS: DAISE BARBOSA DA CRUZ

SÉRIE: 3° AGROPECUÁRIA VESPERTINO
PROFESSOR: MARCOS VINICIUS BORGES
DISCIPLINA: FRUTICULTURA

AS RIQUEZAS DA FRUTICULTURA NO VALE DO SÃO

FRANCISCO

A região do Vale do São Francisco além de ser uma das maiores

produtoras de frutas do Brasil, também é o maior exportador de manga.
Seis municípios concentram a produção de manga no Vale do São
Francisco, três pernambucanos e três baianos. Casa Nova/BA é um
deles. 85% da fruta produzida na região, vai para fora do país.
Para aguentar as altas temperaturas do sertão a fruta recebe uma
proteção (uma espécie de cal) esse cal não traz nenhum risco para
saúde.
O proprietário Silvio Medeiros, agronômo e produtor, emitiu como ocorre
o benificialmento da manga;

• É feito uma amostragem para ver a qualidade, se ah presença de

Tephritidae (mosca da fruta), se tem alguma presença de danos.
• A fruta é lavada e secada
• Aplica-se cera, após isso a fruta é embalada.
• Entra em uma máquina classificação eletrônica por peso, separa
os frutos de acordo com o tamanho.
• A fruta é resfriada.
Dessa forma a fruta será destinada aos mercados nacional e
internacional.
As frutas mais maduras empregam um tempo de prateleira, um tempo
menor, essa fruta é armazenada no mercado interno, sendo assim o
escoamento é mais rápido.
 ESPUMANTE DO SERTÃO

Um espumante do Sertão ganha fama pela alta qualidade, aroma, e

Sabor. Disputa a tenção com os fabricados no Rio Grande do Sul que
estão na lista dos melhores do mundo.
O gerente da vinícola, Adauto Quirino Jr, alegou que é possível produzir
uva o ano inteiro em meio a caatinga típica da região, por privilégio de ter
o Rio São Francisco por perto, que da água em abundância, e isso é o
que é necessário para se produzir uva.
O mesmo disse que o trato cultural da planta é diferente da uva
produzida no Rio Grande do Sul, porque na região está em condições
totalmente diferente, tanto a questão do manejo na planta como o
controle de pragas e doença é diferenciado. O sol que aparentemente
parece um problema, tornou-se um aliado dos produtores. Para a
produção de uva é fundamental não ter excesso de umidade na fruta e
na planta, o que realmente é essencial é a água para alimentar a planta.
O consumo no Brasil como um todo ele vem aumentando ao longo dos
anos e o consumo de espumante nos últimos dois anos aumentou em
torno de 30%, e isso para a vinícola onde Adauto Quirino Jr é gerente é
muito importante, pois 80% da produção é voltada para espumante.
"Geralmente as pessoas dispõem a visão que vai chegar na vinícola e vai
encontrar tudo seco, e um flagelo. Pelo contrário aqui a riqueza é muito
grande, graças a água do Velho Chico" relatou Adauto Quirino Jr.

O Vale do São Francisco é referência em fruticultura no país, graças ao

projeto de irrigação iniciado na década de 60.
Cada produtor recebe uma concessão de água que é dada pelo poder
público através da codevasf e cabe ao distritos de irrigação fazer a
manutenção da infraestrutura e o acompanhamento das vazões que lhes
foram outorgadas. Tudo é comandado de uma central, que distribui
automaticamente a quantidade de água para cada propriedade. Ao
passar do tempo fazem modernização do sistema de operação, hoje
existe quase 100% das estações de bombeamento sendo operadas por
telemetria, significa que todo o controle de gestão de comporta de nível,
de acionamento e desligamento de conjunto de bombeamento é feita
diretamente pelo centro de operação.
 PROCESSAMENTO DE UVAS

O presidente da COANA (Cooperativa Agrícola Nova Aliança) Edis

Matsumoto, alegou que quando chegou no Sertão não acreditava que
era possível produzir uva na região, pois quando chegou na região
semiárido achou um clima quase deserto e bem diferente de outros
climas tradicionais de produção de uva que é o semiárido, mais
temperado, porque tem o clima de inverno e verão, e nessa região
praticamente o sol é o ano todo, porém isso virou uma vantagem, porque
conseguem produzir uva durante o ano todo, entretanto houve um
desenvolvimento tecnológico próprio para região.
Na COANA, são 21 cooperados e juntos produzem 8 mil toneladas de
uva de mesa por ano.
O encarregado de campo Iomar Calixte Mourão explicou passo a passo
do processo dessas uvas.
• É plantada a muda novinha, os lavradores vão trabalhando,
formando ela.
• Depois de ter está formada bem, poda, desbrota, amarrio, raleia.
Normalmente o processo da poda para a colheita dura de 90 dias a 120
dias. Depende da variedade.
Na indústria as embaladoras explicaram o processo antes das uvas irem
para o mercado.
• Retira as bagas podres
• Pesa as uvas
• Deve-se colocar 540 a 570 kg de uva na caixa, pós é a quantidade
correta.
Anualmente comitivas internacionais visitam as propriedades e
acompanha o processamento das uvas que serão enviadas pois exigem
um grande cuidado higiênico, já que se trata de frutas, então é feito todo
um controle para que as frutas não sejam contaminadas durante todo
esse processo de produção em embalamento. Para que a uva produzida
no calor do Vale do São Francisco chegue aos mercados nacional e
internacional, a fruta passa por um processo de resfriamento que baixa a
temperatura aproximadamente 0 graus, depois a uva é armazenada em
câmaras frias.
"Exportação têm exigido muito da gente, uma produção cada vez mais
orgânica com o uso cada vez menor de defensivo assim como o mercado
interno, nós temos um alguns programas do governo brasileiro, voltada
exatamente para redução de uso de agrotóxicos, e esse é um grande
desafio equilibrar essas duas coisas. Você tem uma boa produção, você
conseguir boa qualidade, cada vez mais um produto natural e orgânico e
isso tem sido um desafio grande". Revelou Edis Matsumoto.