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I – DOS FATOS
Sendo que tais bens foram adquiridos onerosamente com valores que eram
pertencentes ao requerente, sendo que a requerida em nada contribuirá para esse feito.
Não havendo outros bens, moveis ou imóveis, a serem partilhados.
Ademais diante de todo o exposto nos fatos não lhe restando, à requerente
outra alternativa senão socorrer-se ao Judiciário para conseguir o divorcio litigioso
II-I – Do Divórcio
A questão ora em debate não comporta maiores digressões, pois desde que a EC
66/2010 alterou o § 6º, do artigo 226, da Constituição Federal. Disposição esta, que trata
sobre a dissolução do casamento civil. Com efeito, antigos requisitos para a
possibilidade do divórcio, tais como culpa, lapso temporal, previa separação, dentre
outros, deixaram de ser exigidos, de modo que atualmente para que haja o divorcio é
necessário apenas a existência de casamento valido e a vontade de um dos conjugues em
dissolver a sociedade conjugal.
Destarte, sendo requerido e requerente casados (doc.02), e uma vez que
demonstrada a sua vontade em divorciar-se daquele, e com fundamentos no artigo da
Carta Magna.
Diante dos fatos narrados acerca da aquisição dos bens, que apenas puderam ser
constituídos pelo requerente, fica evidentemente inegável, que tenha que ser afastada a
partilha igualitária dos bens.
O art. 5° da lei 9.278/96 criou uma presunção de que os bens adquiridos na
constância da união estável são oriundos do esforço comum dos cônjuges, salvo
estipulação em contrário, podendo-se acrescentar também salvo prova de que um dos
companheiros não contribuiu de forma direta ou indireta para a constituição do
patrimônio em comum. Desta forma, a presunção legal que fora estabelecida pelo
legislador é relativa, sendo possível provar-se que algum bem não foi adquirido com o
esforço comum.
Seguindo esse mesmo entendimento tem-se julgado em tribunal superior que
coaduna com tal entendimento.
STJ - Família. Civil. Agravo regimental no agravo em
recurso especial. União estável. Partilha. Bens adquiridos
na constância da convivência. Necessidade de
demonstração do esforço comum. Precedente. Alterar a
conclusão da instância ordinária de que não houve a
demonstração do esforço comum na aquisição do
patrimônio. Reexame de provas. Necessidade. Incide
a Súmula 7/STJ. Agravo regimental não provido. Súmula
377/STF. CCB/1916, art. 258, II. CCB/1916, art.
259. CCB/2002, art. 1.641, II.
Também tal supressão pode causar danos maiores e recorrentes nos menores
pois, com tal negativa por parte de sua genitora, tal afastamento do convívio paterno,
poderá refletir no âmbito escolar, social e em principal familiar decorrente de
alienação parental, provocada pela requerida
Destarte, para que não paire qualquer dúvida quanto à pretensão judicial, o que
se ora busca é pedido de provimento jurisdicional de regularizar a guarda fática, visto
que o Autor detém maiores condições de exercer a guarda.
Os danos morais e materiais são oriundos do mesmo fato, qual seja, a falha na
prestação do serviço de advogado. Danos materiais no valor de R$ 300.000.00
(trezentos mil reais) que cada um deixou de receber correspondente aos seus montantes
da herança de seu pai, pois havendo 4 (quatro) filhos e a herança sendo avaliada para
esses quatro filhos, no valor de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais),
quando esta quantia fosse partilhada entre os herdeiros cada um faria jus a quantia de
R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Os danos morais causados aos requerentes resultantes da dor, sofrimento,
angustia e humilhação decorrente do transtorno causado por essa atuação falha do
requerido, que ampliou ainda mais a perda pelo ente querido com a desestruturação
familiar e possibilidade de perda financeira de toda a herança que lhes era favorável e
não efetivação da doação para sua genitora em virtude da falha grotesca realizada pelo
então Dr. JOÃO.
IV- DO PEDIDO
1) Cite os réus, nos termos do art. 238 e seguintes do Código de Processo Civil,
para querendo, contestar o pedido comparecer às audiências designadas, sob
pena de aplicação dos efeitos de revelia e confissão quanto a matéria de fato e no
final ao pagamento dos valores pleiteados;
2) Julgar PROCEDENTE a presente ação, condenando o réu a pagar os danos
matérias no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), para cada requerente, e
danos morais a serem arbitrados pelo juiz para cada autor, regularmente
atualizados e acrescidos de juros;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Cidade-UF, XX de agosto de 2018
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Advogado
OAB/CE XX-XXXX