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1.

Informações e propriedades do Césio

O Césio 137 (Cs137) é um radionucleico produzido através da fissão de Urânio que se desintegra
emitindo partículas de raio gama, beta e elétrons.

Na radioterapia, por exemplo, ele é usado como fonte de raidiação gama , normalmente
encapsulado (como a cápsula que foi encontrada na máquina de radioterapia do acidente de
goiânia)

O césio é um elemento com número atômico 55, ou seja, 55 prótons em seu núcleo, bem
como 55 elétrons na eletrosfera. Na natureza há somente um nuclídeo do césio, o Cs 133. Além
deste nuclídeo estável, são conhecidos mais de 34 isótopos, todos instáveis ou radioativos.

Dentre os isótopos radioativos do Césio, encontra-se o Cs 137, com o tempo de meia vida mais
longo, contabilizando aproximadamente 30 anos. O decaimento nuclear do Cs 137 ocorre
através de dois caminhos, ambos resultando no elemento Bário que possui número atômico
56. A maioria dos decaimentos (94,6%) se dá com a emissão de partículas de β-, formando o
estado excitado do Bário 137. O restante (5,4%) ocorre pela emissão de partículas de β+ que
produz diretamente o estado fundamental do Bário 137.

2. Césio 137 no corpo humano

O decaimento do Cs137 pode afetar o corpo humano através de vários caminhos. Os raios gama
emitidos como consequência da desintegração interagem com os componentes do corpo,
produzindo excitação e ionização das moléculas.

Quando a exposição do corpo é uniforme, ou seja, quando o corpo todo está em exposição
sem contato físico, a dose absorvida é sempre maior no lado perto da fonte que no outro lado,
devido à queda de intensidade dos raios no percurso do corpo apenas metade dos raios gama
emitidos pela fonte saíram do outro lado do corpo. A quantidade de raio que penetra no corpo
depende da quantidade de radioatividade emitida na fonte e da espessura da blindagem ao
redor da mesma, pois fontes bem encapsuladas não oferecem perigo sendo que toda a
radioatividade emitida são atenuadas pela blindagem. A exposição, por exemplo, no
tratamento de câncer (radioterapia) é controlada e direcionada a uma parte específica do
corpo pelo sistema de colimadores.

Por outro lado em contato direto com o corpo humano como, por exemplo, algumas vítimas
do acidente de Goiânia, as partículas beta efetuar excitação e ionização em regiões onde foi
localizado o elemento. Dessa forma a dose absorvida pelo corpo é bem maior, Trazendo como
resultado a destruição dos tecidos da região onde houve contato causando uma espécie de
queimadura.

Nos casos que o Cs137 é ingerido como, por exemplo, a menina Leide que veio a óbito com a
ingestão do césio no acidente de Goiânia, o elemento fica distribuído no corpo humano quase
uniformemente e como aconteceu com algumas vítimas, trouxe como sintomas náuseas,
vômitos, tontura, indisposição e na ausência de um tratamento médico para que ele seja
secretado pelo corpo humano é necessário 70 dias.

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