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História da química

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A história da Química desde milhares de anos antes de Cristo, está essencialmente
ligada ao desenvolvimento da humanidade, já que abarca todas as transformações de
matérias e teorias correspondentes. Geralmente a história da química se relaciona
intimamente com a história dos químicos — segundo a nacionalidade ou tendência do
autor — e ressalta em maior ou menor medida os sucessos alcançados num campo ou por
uma determinada nação.

A ciência química surge no século XVII a partir dos estudos de alquimia populares
entre muitos dos cientistas da época. Considera-se que os princípios básicos da
química foi vista pela primeira vez na obra do cientista irlandês Robert Boyle: The
Sceptical Chymist (1661). A química, como denominada atualmente, começa a ser
explorada um século mais tarde com os trabalhos do francês Antoine Lavoisier e as
suas descobertas em relação ao oxigênio com Carl Wilhelm Scheele, à lei da
conservação da massa e à refutação da teoria do flogisto como teoria da combustão.

Índice
1 A racionalização da química
2 A hipótese atomística
3 A racionalização da matéria
4 O vitalismo e o começo da química orgânica
5 A tabela periódica e a descoberta dos elementos químicos
6 Desenvolvimento da teoria atômica
7 Cronologia dos Modelos Atômicos
7.1 Antiguidade
7.2 Idade Média
7.3 Século XVI
7.4 Século XVII
7.5 Século XVIII
7.6 Século XIX
7.7 Século XX
8 Ver também
9 Leituras adicionais
9.1 Em português
9.2 Em inglês
10 Ligações externas
A racionalização da química
Um ponto crucial no desenvolvimento da química como ciência, foi a racionalização
dos conhecimentos empíricos obtidos, procurando criar leis racionais e simplificar,
de forma coerente, as informações obtidas. O princípio de conservação da massa e o
entendimento da influência da composição da atmosfera nos experimentos ambos
amplamente disseminados a partir dos trabalhos do químico Lavoisier, no final do
século XVIII permitiram que os experimentos se tornassem cada vez mais rigorosos e
precisos, em oposição ao caráter apenas qualitativo das experimentações
alquimistas. A partir deste momento, a medição de massas assume um caráter
fundamental na história da química, tendo sido esse o principal impulsor para o
desenvolvimento da balança, a partir da época de Lavoisier, tendo ele próprio
construído os equipamentos mais precisos desse período.

A hipótese atomística
Em uma época de 478 a.C., o filósofo grego Leucipo, que vivia na costa norte do Mar
Egeu apresentou a primeira teoria atômica, e seu discípulo Demócrito a aperfeiçoou
e a propagou. "Considere a areia de uma praia. Vista de longe ela parece contínua,
porém, observada de perto, notamos que é formada pequenos grãos. Na realidade todas
as coisas no universo são formadas por grãozinho tão pequenos que não podemos
enxergar e, dessa forma, temos a impressão de que elas são contínuas." Tendo como
base essa analogia, esses "grãozinhos" seriam os átomos (a palavra átomo significa,
em grego, indivisível), que fariam parte da menor partícula que a matéria seria
formada. Demócrito postulou que todas as variedades de matéria resultam da
combinação de átomos de quatro elementos: terra, ar, fogo e água.

Demócrito baseou o seu modelo na intuição e na lógica. No entanto foi rejeitado por
um dos maiores lógicos de todos os tempos, o filosofo Aristóteles. Este reviveu e
fortaleceu o modelo de matéria contínua, ou seja, a matéria como "um inteiro". Os
argumentos de "Aristóteles"permaneceram até a Renascença.

Todo o modelo não deve ser somente lógico, mas também deve ser consistente com a
experiência. No século XVII, experiências demonstraram que o comportamento das
substâncias era inconsistente com a ideia de matéria contínua e o modelo de
Aristóteles desmoronou.

Em 1808, o professor inglês John Dalton propôs a ideia de que as propriedades da


matéria poderiam ser explicadas em termos de comportamento de partículas finitas e
unitárias. Segundo suas ideias, a matéria seria formado por partículas unitárias e
elementares. Para isso, ele resgatou o conceito de átomo defendido por Demócrito e
o adaptou à luz das novas observações químicas da época. Sua teoria conseguiria
explicar as leis químicas enunciadas por Lavoisier e por Proust. Assim, no modelo
de Dalton os átomos eram vistos como esferas minúsculas, rígidas e indestrutíveis.

A racionalização da matéria
A teoria atomística de Dalton teve importantes repercussões. Baseado em dados
experimentais, um cientista francês, chamado Joseph Proust, já tinha proposto
formalmente o conceito de que toda substância tinha uma composição constante e
homogênea. Assim, a água, por exemplo, independente da sua origem, era sempre
composta pela mesma proporção de dois gases: oxigênio e hidrogênio. Juntando esse
conceito e seus postulados atomísticos, Dalton organizou de forma racional as
diversas substâncias conhecidas, criando uma tabela de substâncias que seriam
formadas por apenas um tipo de átomo, e substâncias que eram formadas por uma
combinação característica de átomos.

Assim, tanto a grafite como os gases hidrogênio e oxigênio, por exemplo, eram
formados apenas por um tipo de átomo, enquanto que outras substâncias, como a água,
eram formadas pela combinação de dois ou mais átomos, nesse caso, dos elementos
hidrogênio e oxigênio (as dificuldades de obter certos dados com uma precisão
razoável levaram Dalton a propor erroneamente para a água a fórmula HO, em vez de
H2O). Apesar das dificuldades experimentais.

O vitalismo e o começo da química orgânica


Tão cedo se compreendessem os princípios da combustão, outro debate de grande
importância apoderou-se da química: o vitalismo e a distinção essencial entre a
matéria orgânica e inorgânica. Esta teoria assumia que a matéria orgânica só podia
ser produzida pelos seres vivos atribuindo este fato a uma vis vitalis (força ou
energia vital) inerente na própria vida. A base desta teoria era a dificuldade de
obter matéria orgânica a partir de precursores inorgânicos. Este debate foi
revolucionado quando Friedrich Wöhler descobriu, acidentalmente, como se podia
sintetizar a ureia a partir do cianato de amónio, em 1828, mostrando que a matéria
orgânica podia criar-se de maneira química. No entanto, ainda hoje se mantém a
classificação em química orgânica e inorgânica, ocupando-se a primeira
essencialmente dos compostos do carbono e a segunda dos compostos dos demais
elementos. Os motores para o desenvolvimento da química orgânica eram, no
princípio, a curiosidade sobre os produtos presentes nos seres vivos (provavelmente
com a esperança de encontrar novos fármacos) e a síntese dos corantes ou tinturas.
A última surgiu depois da descoberta da anilina por Runge e a primeira síntese de
um corante artificial por Perkin.

Depois adicionaram-se os novos materiais como os plásticos, os adesivos, os


cristais líquidos, os fitossanitários, etc.

Até à Segunda Guerra Mundial a principal matéria-prima da indústria química


orgânica era o carvão, dado a grande importância da Europa no desenvolvimento desta
parte da ciência e o fato de que em Europa não há grandes jazidas de alternativas
como o petróleo.

Com o final da segunda guerra mundial e o crescente peso dos Estados Unidos no
setor químico, a química orgânica clássica se converte cada vez mais na
petroquímica que conhecemos hoje. Uma das principais razões era a maior facilidade
de transformação e a grande variedade de produtos derivados do petróleo.

A tabela periódica e a descoberta dos elementos químicos


Ver artigo principal: Tabela periódica, Descoberta dos elementos químicos

Retrato de Dmitri Mendeleev por Ilya Repin.


Em 1860, os cientistas já tinham descoberto mais de 60 elementos químicos
diferentes e tinham determinado sua massa atômica. Notaram que alguns elementos
tinham propriedades químicas similares pelo que deram um nome a cada grupo de
elementos parecidos. Em 1829, o químico J. W. Döbenreiner organizou um sistema de
classificação de elementos no qual estes agrupavam-se em grupos de três denominados
tríades. As propriedades químicas dos elementos de uma tríade eram similares e suas
propriedades físicas variavam de maneira ordenada com sua massa atômica.

O químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleev desenvolveu uma tabela periódica dos
elementos segundo a ordem crescente das suas massas atômicas. Dispôs os elementos
em colunas verticais começando pelos mais levianos e, quando chegava a um elemento
que tinha propriedades semelhantes às de outro elemento, começava outra coluna. Em
pouco tempo Mendeleev aperfeiçoou a sua tabela acomodando os elementos em filas
horizontais. O seu sistema permitiu-lhe predizer com bastante exatidão as
propriedades de elementos não descobertos até o momento. A grande semelhança do
germânio com o elemento previsto por Mendeleev conseguiu com que a aceitação geral
deste sistema de ordenação que ainda hoje segue-se aplicando.

A evolução da tabela periódica


Tabela periódica de Mendeleev

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