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Plano de Manejo
BACIA DO CÓRREGO VISTA
ALEGRE
Itabira-MG
2018
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
Sumário
1. Introdução 7
2. Objetivos 9
2.1. Objetivos específicos 9
3. Referencial teórico 10
3.1. Infraestrutura básica 10
3.1.1. Sistema de saneamento básico 10
3.1.1.1.Abastecimento de água 10
3.1.1.2.Coleta e tratamento de água de e esgoto 12
3.1.1.3.Manejo de resíduos sólidos 13
3.1.2. Rede de energia elétrica 17
3.2. Clima 18
3.3. Hidrologia 20
3.4. Espeleologia 21
3.5. Atividades desenvolvidas nas bacias hidrográficas 22
3.6. Bioma 23
3.6.1. Vegetação 25
3.6.2. Fauna 25
3.6.2.1.Mamíferos 26
3.6.2.2.Anfíbios 26
3.6.2.3.Aves 27
3.7. Aspectos históricos e culturais (patrimônio material e imaterial) 27
3.8. Visitações na área 28
4. Diagnóstico da bacia hidrográfica do Córrego Vista Alegre 30
4.1. Questionário Socioambiental 30
4.2. Infraestrutura básica 33
4.2.1. Saneamento básico 33
4.3. Índice Ecológico Econômico 35
4.4. Clima 37
4.5. Hidrografia 39
4.6. Espeleologia 41
4.7. Bioma 41
4.7.1. Caracterização da Flora 41
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
Lista de figuras
Figuras pág
Figura (1) – Dados qualitativos do sistema de abastecimento de água abrangido
11
pelas regiões no período de 2000/2008.
Figura (2) – Forma de execução de serviços de esgoto sanitário, nas grandes
13
regiões.
Figura (3) – Formas de execução do manejo de resíduos sólidos em quantidades
14
de municípios.
Figura (4) – Quantidade de municípios por região que exercem controle sobre o
15
manejo de resíduos especiais.
Figura (5) – Quantidade de municípios por região que exercem o controle do
16
manejo de pelo menos um tipo especial de resíduo.
Figura (6) – Áreas com acesso a energia elétrica. 18
Figura (7) – Dado econômico por residência da bacia do córrego Vista Alegre. 31
Figura (8) – Quantidade de moradores por casa. 32
Figura (9) – Nível de escolaridade da população da bacia do Córrego Vista
33
Alegre.
Figura (10) – Quantidade de moradias com acesso a alguma forma de
34
infraestrutura básica.
Figura (11) – Mapa de Índice Ecológico Econômico da bacia. 36
Figura (12) – Temperaturas máximas anuais 37
Figura (13) – Temperaturas médias anuais 38
Figura (14) – Temperaturas mínimas anuais 38
Figura (15) – Regime pluviométrico do município de Itabira 39
Figura (16) – Classificação hidrográfica da Bacia do Córrego Vista Alegre 40
Figura (17) - Plantações de Eucalipto. 42
Figura (18) – Espécies de Floribunda (Rosa chinesis), Camélia (Camellia
43
sasanqua) e Hibisco (Chinese hibiscus) foram encontrados na visita a bacia.
Figura (19) – Presença de Ensete vesticosum na bacia do Córrego Vista Alegre 44
Figura (20) – Mapa de integridade da Flora na Bacia do Córrego Vista Alegre 45
Figura (21) – Cascavel encontrada na bacia do córrego Vista Alegre. 46
Figura (22) – Apicultura na região da bacia do Córrego Vista Alegre. 46
Figura (23) – Equinocultura na região da bacia do Córrego Vista Alegre. 47
Figura (24) – Mapa de Integridade da Fauna da bacia. 48
Figura (25) – Mapas de áreas de APP da bacia do Córrego Vista Alegre 49
Figura (26) – Mapa de declividade da bacia do Córrego Vista Alegre. 51
Figura (27) – Mapa de formações pedológicas do limite municipal de Itabira e da
52
bacia do Córrego Vista Alegre.
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Lista de tabelas
Tabelas pág
Tabela 1 - Classificação Köppen-Geiger (PEEL et al., 2007, tradução nossa) 19
Tabela (2) – Dados quantitativos dos biomas brasileiros. 24
Tabela (3) – Respostas dos moradores quanto aos parâmetros do córrego e 40
espeleologia local.
Tabela (4) – Classes de declividade. 50
Tabela (5): Custos da adequação ambiental da bacia do Córrego Vista Alegre. 79
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Bacia do Córrego Vista Alegre
1. INTRODUÇÃO
Porém nota-se cada vez mais problemas com relação a escassez e qualidade da
água, Tundisi et al. (2008) atribui essa “crise da água” a vários fatores, dentre eles; a
intensa urbanização, que aumenta a demanda pela água e a descarga de recursos
hídricos contaminados; infra estrutura pobre, causando perdas na rede após o tratamento
da água e a falta de ações para a gestão desse recurso. Todos esses fatores contribuem
para o aumento das fontes de contaminação e vulnerabilidade da população em razão da
contaminação e dificuldade de acesso a água de boa qualidade.
O zoneamento, onde é definido os espaços para cada uso, como por exemplo,
Zona de Proteção, onde são permitidas atividades de proteção e pesquisa científica,
incluindo áreas que sofreram algum grau de alteração antrópica; Zonas de
Administração, destinadas a infraestrutura administrativa da área; Zona de Visitação,
nesta zona é permitida a visitação aos atrativos, educação e conscientização ambiental,
turismo científico, turismo de observação, ecoturismo, recreação em contato com a
natureza, interpretação e lazer, além da pesquisa científica; e Zona de Recuperação, que
são áreas onde ocorreu ou ocorre processos de degradação ambiental, sendo necessárias
medidas para recuperação da área.
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2. OBJETIVOS
9
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
Entre 2000 e 2008, o percentual de municípios brasileiros que tinham rede geral
de abastecimento de água em pelo menos um distrito aumentos de 97,9% para 99,4%
(IBGE, 2010).
10
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70
60
50
40
30
20
10
0
Centro-
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul
Oeste
2000 63,9 44,3 52,9 70,5 69,1 66,3
2008 78,6 45,3 68,3 87,5 84,2 82
“Num dos países mais ricos em águas doces do planeta, as cidades enfrentam
crises de abastecimento, das quais não escapam nem a região norte, onde estão perto de
80% das descargas de água dos rios do Brasil” (REBOUÇAS, 2003). Essa afirmação
mostra os quão pesquisadores vêm observando a falta de infraestrutura em regiões
primordiais do Brasil para o sistema de abastecimento de água.
Figura (2) – Forma de execução de serviços de esgoto sanitário, nas grandes regiões.
A Prefeitura
Sudeste é a única executora
dos serviços
Quantidade de municípios na
Norte região
13
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O manejo de resíduos sólidos vai desde a coleta dos resíduos até a sua
disposição. Essa coleta pode ser de responsabilidade da prefeitura do município ou de
empresas especializadas contratadas para essa finalidade. Na figura (3), observam-se as
estatísticas referidas as coletas de lixo.
Centro-Oeste A Prefeitura e
outra(s) entidade(s)
Sul são executoras
Região do país
do serviço
Sudeste Outra(s) entidade(s)
é(são) executora(s)
Nordeste do serviço
Norte A Prefeitura
é a única executora
500 1 000 1 500 dos serviços
Qntd de municípios
14
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Figura (4) – Quantidade de municípios por região que exercem controle sobre o manejo
de resíduos especiais.
Centro-Oeste
Região do país
Sul
Sudeste
Exercem controle sobre o
manejo de resíduo
Nordeste
especiais
Norte
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Figura (5) – Quantidade de municípios por região que exercem o controle do manejo de
pelo menos um tipo especial de resíduo.
900
800
700
Qntd de municípios
600
500 Norte
400 Nordeste
Sudeste
300
Sul
200
Centro-Oeste
100
“As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão.
Apesar de algumas transmissoras também possuírem com tensão abaixo de 230kV, as
chamadas Demais Instalações da Transmissão (DIT), grande parte das linhas de
transmissão com tensão entre 69kV e 138kV são de responsabilidade das empresas
distribuidoras. Essas linhas são também conhecidas no setor como linhas de
subtransmissão” (ABRADEE, 20-?). A rede, enquanto ela sai das usinas e vai chegando
ao seu destino final, vai reduzindo as tensões nos fios para que chegue a tensão
necessária nos estabelecimentos, e não em excesso.
17
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3.2 Clima
A palavra vem do grego klima que significa inclinação. Sua origem tem a ver
com a inclinação dos raios solares que incidem na superfície terrestre, variando
conforme a latitude do local. A primeira classificação climática foi feita pelos gregos e
tinha como base somente na latitude em si. A partir disso, surgiram várias classificações
climáticas, sendo a Köppen-Geiger a classificação mais utilizada internacionalmente,
por sua diversa classificação, facilitando a identificação de diversos biomas. Segundo
Wrege et al., a classificação baseia-se no pressuposto de que a vegetação natural de cada
região da Terra é essencialmente uma expressão do clima. Apesar da eficiência da
classificação, em certos casos, não distingue regiões com biomas diferentes, motivo
pelo qual existem classificações derivadas. (WREGE et al., 2012).
assim como culturas agrícolas, forrageiras e florestais (WREGE et al., 2012). Essas
mudanças também influenciam na fauna local, que tem relação direta com o tipo de
vegetação predominante.
*MAP Precipitação média anual, MAT = temperatura média anual, Tquente = temperatura
do mês mais quente, Tfrio = temperatura do mês mais frio, Tmês10 = número de meses que
a temperatura ficou abaixo de 10, Pseco = precipitação do mês mais seco, Pvseco =
precipitação do mês mais seco no verão, Piseco = precipitação no mês mais seco no
inverno, Pvúmido = precipitação no mês mais chuvoso no verão, Piúmido= precipitação do
mês mais chuvoso no inverno, Plimite = varia de acordo com as seguintes regras (se 70%
do MAP ocorre no inverno, então Plimite = 2 x MAT, se 70% do MAP ocorre no verão,
então Plimite = 2 x MAT + 28. Se não ocorrer nenhuma das possibilidades, utiliza-se
Plimite = 2 x MAT + 14). Verão (inverno) é definido como o mais quente (frio) do
período de seis meses (ONDJFM e AMJJAS).
3.3 Hidrologia
20
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3.4 Espeleologia
21
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Em Itabira, foco do estudo, a mineração é a mais forte delas, tendo como centro
da economia desde os primórdios da cidade. Contudo, o recurso hídrico é retirado em
sua forma bruta das bacias, isto é, não passa pelo tratamento de água do órgão
municipal e é utilizado diretamente em todo o processo: desde a extração até o
transporte do minério de ferro.
3.x Relevo
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3.6 Bioma
24
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3.6.1 Vegetação
Itabira, por ser uma cidade mineradora, teve diversas áreas em que a cobertura
vegetal original foi substituída pelas lavras de mineração, também são encontradas áreas
que foram substituídas por pastagens e pelos reflorestamentos de eucaliptos.
3.6.2 Fauna
Entende-se pela fauna de uma região todo o conjunto de animais que nela vive.
Por apresentar características distintas cada bioma tem sua fauna específica, que são os
animais que se adaptaram ao local.
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O Brasil, por possuir um vasto território e diferentes biomas, possui uma vasta
diversidade biológica. Já o estado de Minas Gerais, por ser o quarto maior estado em
tamanho territorial do Brasil, e possuir três diferentes biomas, possui uma parte
considerável das espécies animais que são encontradas no país.
3.6.2.1 Mamíferos
3.6.2.2 Anfíbios
Por possuir muitos ambientes aquáticos como: rios, represas, lagoas e lagos;
Minas Gerais possui uma quantidade significativa de anfíbios, de diferentes espécies.
No município de Itabira são encontradas quinze espécies de anfíbios (14 Anura e 1
Gymnophiona), distribuídas em 4 (quatro) famílias (SMMA, 2009).
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3.6.2.3 Aves
São tidos como aves os animais vertebrados, bípedes, e possui asas e penas,
garantindo-lhes a capacidade de voar. A respeito das espécies de aves encontradas no
município de Itabira, o documento escrito pela SMMA, 2009 relata que:
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Com relação as unidades de uso sustentável, como o próprio nome diz possui
normas e exigências mais liberais que as de proteção integral, porém não menos
importantes, segundo a mesma lei 1.985/2000 constituem esse grupo: Área de Proteção
Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva
Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, e Reserva
Particular do Patrimônio Natural. Quanto a propriedade apenas a Área de Proteção
Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico e Reserva Extrativista permitem
propriedades privadas, sendo que a última apenas das comunidades extrativistas, tendo
como objetivo básico proteger os meios de vida e a cultura dessas comunidades, e
assegurar o uso sustentável dos recursos naturais. Área de Proteção Ambiental é em
geral extensa, com um certo grau de ocupação humana enquanto a Área de Relevante
Interesse Ecológico é em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação
humana. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas é admitida a permanência de populações tradicionais que a
habitam quando de sua criação, a visitação pública é permitida, quando em acordo com
às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e a pesquisa é
permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável e a
regulamentos, quanto as demais são permitidas visitações públicas e pesquisa cientifica.
A exemplo da Reserva Extrativista é proibido o exercício da caça amadorística ou
profissional na Reserva de Fauna.
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O questionário foi aplicado no dia 05/06/ 2018 (terça feira) às 13h30min até
15h30min e no dia 06/06/2018 (quarta feira) às 10h00min às 11h45min.
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Figura (7) – Dado econômico por residência da bacia do córrego Vista Alegre.
1
De 7 a 10 salários mínimos
Renda estimada
1
De 4 a 7 salários mínimos
9
De 1 a 3 salários mínimos
3
Menos que 1 salário mínimo
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade de Moradias
31
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8
7
7
6
5
4
3
2 1
1 0 0
0
Moro sozinho Uma à três Quatro a sete Oito a dez Mais de dez
Faixas de quantidade de moradores
32
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14
12
10 9
8
8
6
4 3
2
2 0 0
0
Escolaridade
Figura (10) – Quantidade de moradias com acesso a alguma forma de infraestrutura básica.
12 11
10
10
6 5
3 3
4
2
2
0 0 0
0
Não
Não
Não
Queima
Não produz
Sim
Sim
Sim
Empresa de coleta
Recicla/Reutiliza
Descarte qualquer
Energia Elétrica Esgotamento Sanitário Abastecimento de água Tratamento de resíduos sólidos
Infraestrutura básica
Na figura (10), observa-se que as moradias que possuem energia elétrica são
abrangidas pela sua totalidade.
35
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36
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dades nos níveis estratégico, tático e operacional de ser facilmente estimulada para
alavancar o desenvolvimento sustentável local.
4.4 Clima
A cidade de Itabira conta com um clima tropical com inverno seco, clima típico
de zonas tropicais com estações definidas. Devido a fatores como o relevo sinuoso, o
uso e ocupação do solo da região (levando em conta a extensão do município, há
predominância de agricultura), e a presença de extensas áreas florestadas, as
temperaturas anuais não alcançam grandes patamares.
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Tabela (3) – Respostas dos moradores quanto aos parâmetros do córrego e espeleologia
local.
Resposta de 1 (um) morador por casa
Parâmetro analisado Sim Não
Falta de água no córrego
15 1
Vista Alegre
Enchentes com prejuízo
9 7
econômico
40
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4.6 Espeleologia
4.7 Bioma
Itabira, por ser uma cidade mineradora, teve diversas áreas em que a cobertura
vegetal original foi substituída pelas lavras de mineração, também são encontradas áreas
que foram substituídas por pastagens e pelos reflorestamentos de eucaliptos.
42
Plano de Manejo
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44
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A fauna que foi encontrada durante a visita em campo foi uma cobra, da espécie
Crotalus durissus. A presença do animal pode permitir algumas conclusões em relação
a presença de outros animais, tais como: pequenos mamíferos roedores, aves (garças e
gaviões, por exemplo), anfíbios, peixes caramujos, lesmas, ovos, e, possivelmente,
outras cobras.
45
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Plano de Manejo
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47
Plano de Manejo
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A delimitação das áreas de APP foi feita conforme consta na Lei 12.615/2012
que dispõe sobre o tamanho da faixa vegetal característica de mata ciliar nos cursos
d’água, e da resolução CONAMA nº 303 que dispõe sobre a conservação de áreas
delimitadas a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura mínima da
elevação em relação a base do morro. A importância da preservação da vegetação de
topo de morro se deve ao fato dessas áreas, quando consolidadas, são áreas de recarga
da bacia hidrográfica, ponto importante para a manutenção da abundância hídrica de
toda a região.
48
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
As APP’s da bacia representam 190,3 ha, o que corresponde a 26,38% da área total da
bacia, e são formadas por faixas marginais em ambos os lados dos cursos d’água em 30
metros, áreas no entorno das nascentes com pelo menos 50 metros de raio, topos de
morro delimitados por dois terços à altura base do morro de menor altura.
49
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Bacia do Córrego Vista Alegre
As ações do plano de manejo devem ser orientadas para que medidas de intervenção
contemplem as necessidades sociais e ambientais da bacia, para que haja a recuperação
das áreas necessárias, visando a reconstituição de ecossistemas naturais, não
prejudicando também os interesses e as rotinas da população local.
4.8 Declividade
Plano 0 - 3%
Suave-ondulado 3 - 8%
Ondulado 8 - 20%
Forte-ondulado 20 - 45%
Montanhoso 45 - 75%
50
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4.9 Geologia
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A região da bacia do Córrego Vista Alegre pertence a uma área semiurbana, foi
observado pequenas atividades de agricultura e pecuária, como também uma prática
extrativista no entorno. Portanto, foi mapeado áreas de agricultura, pecuária e
mineradora, apresentando pontos de possíveis erosões e mau uso do solo e da água.
53
Plano de Manejo
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Plano de Manejo
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O mapa abaixo traz a localidade dos patrimônios materiais mais relevantes da sub
bacia, como pode-se notar todos eles se encontram em uma pequena área, denominada
aqui como centro comercial, onde estão a maior parte das residências de morada fixa,
essa área possui um campo gramado de futebol, uma lagoa artificial e uma igreja, esta
reforça o aspecto religioso da cultura local.
55
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
A sub bacia do córrego Vista alegre, está localizada dentro da bacia do córrego
Candidópolis, no Município de Itabira-MG, seu acesso principal é feito pela rodovia
LMG-779, conhecida como Estrada do Forninho, liga Itabira a João Monlevade. Essa
rodovia atravessa de sul a noroeste a área da sub-bacia, acompanhando como na maioria
dos casos o curso d’agua principal, como mostrado no mapa abaixo.
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Além do acesso principal o mapa mostra os acessos secundários, feitos por meio
de estradas não pavimentadas, estas contornam na maioria dos casos os afluentes do
canal principal e possuem comprimento total de 9,595km, com a função de ligar a
rodovia aos sítios localizados dentro da bacia do Vista Alegre e a outras sub-bacias do
entorno.
5. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
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O primeiro artigo da lei da PNRH é sobre seus fundamentos, que tem como
base os seguintes incisos:
Um dos objetivos citados no artigo segundo é que a lei tem por intuito
assegurar às gerações presentes e futuras a disponibilidade de água de qualidade
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adequada aos respectivos usos. A fim de para atingir os objetivo da lei, é definido no
artigo 5° os instrumentos da PNRH, são eles: Planos de Recursos Hídricos,
enquadramento dos corpos de água classificados de acordo com os usos preponderantes
da água, outorga para os direitos de utilização de recursos hídricos, cobrança para se
utilizar os recursos hídricos, compensação para os municípios e o Sistema de
Informações sobre Recursos Hídricos.
Essa legislação, define plano de manejo como sendo: “um documento técnico
mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação,
se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o
manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias
à gestão da unidade” (BRASIL, 2000).
60
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
A partir de 10 de julho de 2002 tornou-se vigente o Decreto 4.297, que tem por
finalidade fazer a regulamentação do art. 9o, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto
de 1981, para estabelecimento dos critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico
do Brasil - ZEE, e dá outras providências. Sendo um dos instrumentos da PNMA o
ZEE, e tem como instrumentos e objetivos:
Art. 3o: O ZEE tem por objetivo geral organizar, de forma vinculada, as
decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas,
projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais,
assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos
ecossistemas.
61
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
No artigo terceiro, para os efeitos desta referida lei, entende-se a partir dos incisos
ll e Vll, APP e manejo sustentável como sendo respectivamente:
62
Plano de Manejo
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Para os efeitos deste Decreto, o artigo segundo do mesmo define como sendo
SICAR, CAR e termo de compromisso:
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Plano de Manejo
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A lei em seu artigo segundo, considera como sendo solo agrícola: “a camada
superficial da crosta terrestre adequada à exploração agrossilvipastoril e à conservação
de recursos naturais, sobretudo dos recursos hídricos”. No artigo quinto que se refere ao
planejamento do uso adequado do solo agrícola, fala que a unidade de referência
utilizada deve ser a sub-bacia hidrográfica, independentemente das divisas ou dos
limites das propriedades rurais.
São observados nesta lei diversos pontos que devem ser considerados na sua
execução, dentre eles:
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Plano de Manejo
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Para que seja eficaz o gerenciamento das águas subterrâneas, devem ser
realizadas as ações citadas no artigo abaixo:
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A lei lei nº 15.027 foi criada com o objetivo de instituir a Reserva Particular de
Recomposição Ambiental - RPRA, e também de fazer alterações nos arts. 17 e 52 da
Lei nº 14.309, e o Anexo IV da Lei nº 13.803.
Para efeitos legais desta lei, a RPRA, é tida como sendo a área degradada por
atividade agrícola, pastoril ou silvicultural, gravada com perpetuidade e destinada a
recuperação ambiental, podendo pertencer a um ou mais proprietários, sendo ela de
domínio privado. No artigo 3º, fica estabelecido que:
I - pesquisa científica;
II - produção de bens florestais não lenhosos;
III - produção de bens florestais lenhosos;
IV - extrativismo;
V - agrossilvicultura;
VI - outras atividades não degradadoras do meio ambiente.
§ 1º - A área destinada às atividades previstas nos incisos III e V não poderá
exceder a 20% (vinte por cento) da área total da unidade de conservação.
§ 2º - A área da unidade de conservação destinada à recomposição de reserva
legal será estabelecida no plano diretor.
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Plano de Manejo
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A lei municipal nº 3.547, tem por intuito declarar como áreas de proteção
ambiental os mananciais de abastecimento público de Itabira e seus afluentes e dá outras
providências. São declaradas no artigo 1° como fazendo parte dessas áreas:
67
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
Art, 3°. A criação da Área de Proteção Ambiental (APA) Piracicaba promoverá a preservação de
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica para a região.
§ 1. São objetivos deste Decreto:
I - proteger os ecossistemas ribeirinhos, importantes para a manutenção do regime hidrológico;
[...]
lIl - assegurar condições para a proteção da fauna ribeirinha em geral;
IV - impedir ações de drenagem, aterro, desmatamento, obstrução de canais e outras ações que
descaracterizem os ecossistemas destes mananciais;
V - oferecer condições para a implantação de matas ciliares nas margens destes mananciais;
[...]
VII - estabelecer uma zona de amortecimento para as áreas de proteção especial da Bacia do Rio do Peixe
e do Rio Santa Bárbara.
68
Plano de Manejo
Bacia do Córrego Vista Alegre
Segundo Store & Kangas (2001), a definição de áreas prioritárias com sabe nos
SIGs tem sido amplamente aplicada em uma variedade de situações, como a definição
de áreas ou regiões prioritárias para espécies animais ou vegetais para a favorabilidade
geológica; para as atividades agrícolas; para o risco de impactos ambientais; para a
biodiversidade, entre outras.
Na bacia do Córrego Vista Alegre, foram identificadas áreas com alto (25,43%),
médio (24,59%) e baixo (49,98%) grau de prioridade de conservação. As áreas com
baixo grau de prioridade são as áreas antropizadas, onde existem construções de
residências e área de pastagem. Já as áreas de alto grau são matas densas e áreas
consolidadas da bacia, onde requerem o máximo de cuidado.
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de grau já em estado avançado. Por isso, medidas interventivas precisam ser tomadas.
Tais medidas se baseiam na reestruturação dos trechos não pavimentados,
construção do sistema de drenagem com canaletas nas margens da pista, e a construção
de um piso ecológico em toda a extensão da via.
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melhoria da qualidade do solo a fim de reduzir a degradação presente, tais como o solo
exposto e compactação do solo.
Nas margens dos mananciais, adotou-se a faixa de 30 metros de mata ciliar para
cada lado do curso d’água, bem como 50 metros de raio a partir do olho d’água da
nascente, conforme previsto na Lei 12.651/2012. A metodologia de plantio das mudas
seguirá a metodologia já descrita no plano de execução para restauração de áreas de
APP. Será feito também o cercamento em toda a área a ser recuperada, para evitar a
entrada de animais de criação. O cercamento será feito com 5 fios de arame liso ligando
uma estaca a outra, espaçadas em 3 metros.
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A extensão da área a ser revegetada no total será de 106,6 ha, sendo necessários
145 km de fio de arame liso, e 49.000 estacas de madeira, além das 179.000 mudas e os
26.850 kg de adubo NPK.
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TOTAL R$ 215.899,00
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TOTAL R$ 1.820.017,00
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TOTAL R$ 618.742,00
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Total R$
7.828.779,07
TOTAL R$ 84.400,00
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Descrição Custo/Unidade
(R$)
TOTAL R$ 10.567.837,07
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II. Diminuição das erosões nas estradas rurais, através da sua adequação;
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REFERÊNCIAS
1 ABNT. NBR 10004: Classificação dos resíduos sólidos. São Paulo. 2004.
2 ABNT. NBR 12208: Resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro. Jan. 1993.
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NORONHA, L. C. Com boa gestão, não faltará água. In: BARROS FILHO, O.
33 L.;BOJUNGA, S. (Orgs., Tempo das águas. Porto Alegre: Laser Press
Comunicação,2006.
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341-345, 2003.
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