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METROPOLITANA DA
BAIXADA SANTISTA
Padrões Socioespaciais
Guarujá
AGÊNCIA METROPOLITANA
DA BAIXADA SANTISTA
APRESENTAÇÃO
No ano em que se comemora o décimo ano de metropolização da Historicamente, o desenvolvimento da Baixada Santista se deu em
Baixada Santista, é um orgulho muito grande, para todos nós, poder função da crescente expansão da economia cafeeira paulista a partir
apresentar uma nova realização da AGEM com a edição do produto do final do século XIX. Sua posição estratégica e a condição de maior
Padrões Socioespaciaisda Baixada Santista, que apresenta como porto exportador do produto destinaram função especial à região.
conceito as Unidades de Informações Territorializadas – UITs. Impulsionada pela integração ferrovia-porto, possibilitou a ampliação
Essas informações territorializadas oferecem um completo conjunto de atividades terciárias, tais como: agências bancárias e de câmbio,
de dados essenciais para conhecimento, pesquisa e trabalho na comércio varejista, construção civil e transportes. A inauguração da
Região Metropolitana da Baixada Santista. O produto, que está em Rodovia Anchieta, em 1947, permitiu a expansão das atividades
sua 1a edição, abrangendo o período 2004/2005, é uma verdadeira portuárias e impulsionou o turismo de veraneio. Novas áreas foram
radiografia de trechos de cada município da Região, contendo dados ocupadas para fins urbanos. Nos anos 50, ocorreu o primeiro boom
e informações de acordo com os setores censitários do IBGE. imobiliário, puxado pelo turismo de veraneio, com o início do
processo de verticalização na orla marítima. Na década seguinte,
A Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS, composta por
intensificou-se a demanda turística na cidade de Santos, cujo
nove municípios, que ocupa uma área com superfície de 2.373 km²,
dinamismo sempre estivera associado à atividade portuária e,
apresenta múltiplas e variadas potencialidades, assumindo, cada vez
secundariamente, ao lazer e turismo, com desdobramentos
mais, um papel de destaque no cenário estadual. A dinâmica
importantes no setor terciário.
econômica da Região está centrada nas suas principais atividades –
industrial, portuária e turismo. A Região conta, atualmente, com uma densa e ampla malha
rodoviária de acesso integrando a Região à Capital, ao Interior e às
A RMBS é a terceira maior do Estado, em termos populacionais, com
cidades ao sul e norte do litoral do Estado de São Paulo. São
cerca de um milhão e seiscentos mil habitantes, com uma população
presentes, ainda, no campo de infra-estrutura de transportes, os
flutuante que, em períodos de veraneio, ultrapassa em várias vezes a
modais aeroviário, marítimo, dutoviário e funicular além do ferroviário,
população fixa, vindo a se tornar uma segunda residência de grande
que integra a região ao interior paulista, através da Grande São
parte da população paulista por vários meses do ano, fazendo dela o
Paulo, local de escoamento e destino de grande parte das
maior pólo de turismo do Estado de São Paulo. Anualmente, mais de
mercadorias que ingressam pelo seu Porto.
três e meio milhões de turistas e veranistas são atraídos pelas suas
83 praias que se estendem por 161 km e pela exuberância de seu Uma vez que este produto apresenta dados, informações e
turismo ecológico. indicadores espacializados de todos os municípios da RMBS,
certamente será extremamente útil As universidades,aos entes
A Região abriga o Porto de Santos, o mais importante complexo
públicos e às organizações privadas, os quais poderão nele encontrar
portuário da América do Sul, que com um movimento médio anual
subsídios importantes para o planejamento de suas ações,
superior a quinhentos mil contêineres, lidera o ranking nacional em
colaborando para o aperfeiçoamento de estudos e projetos regionais,
operações envolvendo produtos manufaturados. Por sua vez, a frota
em beneficio de todos os que nela vivem ou pretendem investir.
metropolitana de veículos soma mais de 409 mil unidades. De cada
dez ve ículos cadastrados na Região, seis são automóveis. Santos,
Francisco Prado de Oliveira Ribeiro
com 224 mil veículos, já apresenta uma relação de um veículo para
cada dois habitantes. Diretor Executivo
NECESSIDADE DAS UITs - 2004/2005
Sendo a primeira Região Metropolitana criada no âmbito das O trabalho também apresenta uma série de imagens relativas a
Constituições Federal e Estadual, respectivamente de 1988 e 1989, a caracterização dos setores identificados nos nove municípios da
Região Metropolitana da Baixada Santista – RMBS, foi RMBS e aos padrões identificados que permitem uma melhor
regulamentada através da Lei Complementar no 815, de 30 de julho visualização e conhecimento espec ífico do setor. Foram também
de 1996. A Região é formada por nove municípios – Bertioga, inseridas informações estatísticas concatenadas com os setores
Cubatão, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande, censitários do IBGE referentes a agrupamentos elencados.
Santos e São Vicente, que abrangem uma área de 2 373 Km2, o que
As informações do UITs - Edição 2004/2005 disponibiliza
corresponde a menos de 1% do território paulista.
informações por unidades homogêneas em suas características, que
No contexto da metropolização a Agência Metropolitana da Baixada se compõem a partir do agrupamento de setores censitários da
Santista - AGEM, foi criada através da Lei Complementar Nº 853, de Região Metropolitana da Baixada Santista e dos municípios que a
23 de dezembro de 1998, como entidade autárquica com sede e foro compõem. A cobertura do universo de informações é densa,
em município da Região Metropolitana da Baixada Santista, tendo por procurando-se, sempre que possível, registrar novas informações e
objetivo e finalidade integrar a organização, o planejamento e a dados, que ao longo das suas várias edições estarão deixando o
execução das funções públicas de interesse comum na Região produto mais completo e complexo.
Metropolitana da Baixada Santista. Uma das maiores atribuições da
Em alguns casos as informações não atingem o período temporal da
AGEM é a de produzir e manter atualizadas as informações
edição, devido a indisponibilidade dos dados pelas fontes. Nesses
estatísticas e de qualquer outra natureza, necessárias para o
casos, foram mantidas as séries históricas até a última informação
planejamento metropolitano, especialmente as de natureza físico-
disponível, como forma de ajudar o usuário, ao menos no período
territorial, demográfica, financeira, urbanística, social, cultural,
mais anterior. Porém, é oportuno salientar que para a correta
ambiental, que sejam de relevante interesse público, bem como
utilização dos dados contidos na presente edição do UITs, o usuário
promover, anualmente, a sua ampla divulgação.
deve observar os conceitos, notas de rodapé e os elementos
Dando cumprimento a essa importante atribuição é que constantes dos quadros e tabelas, bem como indicações sucintas
apresentamos a primeira edição do produto Padrões sobre o conteúdo das mesmas. No entanto, para os casos
Socioespaciais- Edição 2004/2005 que apresenta como conceito as específicos, são apresentados esclarecimentos mais específicos em
Unidades de Informações Territorializadas – UITs que tem o notas digitais constantes do produto.
objetivo de possibilitar aos interessados conhecer, estudar e/ou
investir na Região Metropolitana da Baixada Santista, apresentando
Carlos Zündt
como novidade a visualização de agrupamentos de setores da
Baixada Santista relativos a urbanização e dados socioespaciais do Diretor Técnico
respectivo setor.
Unidades de Informações Territorializadas
Comércio
Equipamentos Urbanos Significativos
O conjunto de bairros está muito bem servido de equipamentos públicos, em especial
escolas municipais de Ensino Infantil e Fundamental. Já está em pleno funcionamento
o novo Complexo Rodoviário do ferryboat na praça das Nações Unidas, dando novo
charme à entrada da cidade. O complexo foi concedido pela Translitoral Transporte,
concessionária de serviços públicos de transporte coletivo no Guarujá. Ocupa uma
área de 9 mil metros quadrados.
Os equipamentos de lazer e de saúde também se encontram bem distribuídos,
destacando-se o Estádio Municipal de Futebol Antônio Fernandes, situado ao sul da
UIT, e a sede do Iate Clube de Santos (apesar do nome, situa-se no Guarujá e é
freqüentado pela elite).
Investimentos Urbanos de Porte
Não foram localizados.
Aspectos Ambientais Relevantes
Não se identificou aspecto ambiental relevante nesta UIT.
UIT 5 – ASTURIAS E GUAIUBA
Localização Localização
Limites Geográficos Situa-se na porção urbanizada a sudoeste da ilha.
Área
População 2000 Limites Geográficos
Domicílios 2000
Macroacessibilidade Limita-se ao norte por uma zona de morros isolados que
Principais Corredores constituem as UIT’s denominadas Morros de Guarujá e, ainda,
Viários Locais com uma comunicação na malha urbana com a UIT SRA ao norte;
Uso do Solo Predominante
Uso Residencial
a leste, zona de morros, ao sul pelo Oceano Atlântico
Comércio e Serviços representado pela Praia das Astúrias, Ponta das Galhetas, Praia
Atividade Industrial do Tombo e morros e a oeste pela Praia de Guaiúba.
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra
Equipamentos Urbanos Área = 129,34 ha (0,94%).
Significativos
Investimentos Urbanos de Porte Total de População 2000 = 5 607 habitantes (2,12%).
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares
Total de Domicílios 2000 = 1 931 domicílios (2,65%).
Macroacessibilidade
Quem se dirige a esta UIT proveniente de São Paulo, pela Antiga
Piaçagüera, alcança as Avs. Ademar de Barros e Helena Maria (é
uma travessa à esquerda) até a Av. dos Caiçaras. Se o ponto de
origem for Santos via balsa, alcança-se as Avs. Ademar de
Barros, Manoel Albino (é uma travessa à direita) e dos Caiçaras.
Continuação no próximo slide
Pode-se chegar acompanhando a orla pela Av. Marechal Deodoro se a origem for Praia
da Enseada. Em continuidade à Av. dos Caiçaras encontra-se a Av. Humberto Prieto
Perez, importante corredor viário da UIT.
Principais Corredores Viários Locais
Nesta UIT os mais importantes corredores viários coincidemcom os logradouros que
lhes dão acesso
Uso do Solo Predominante
Esta UIT surgiu após a ocupação da região central da cidade, a Praia das Pitangueiras.
Apesar de apresentar uma população fixa, caracteriza-se por ocupação de população
flutuante, isto é, aquela que freqüenta a área nos fins de semana e férias. As moradias,
sejam elas térreas ou prédios de apartamentos, correspondem, em sua maioria, à
segunda residência da população, que reside em quase sua totalidade, na Região
Metropolitana de São Paulo.
As principais praias desta UIT de ocupação típica de lazer são: das Astúrias, do
Tombo, do Monduba e Guaiúba. A primeira, morfologicamente, é uma continuação da
Praia das Pitangueiras e é separada pelo lendário Edifício Sobre as Ondas. Construído
em 1946 em cima de pedras que havia na praia, foi durante muitos anos o cartão postal
do Guarujá6. Muitos artistas, pintores, escritores e fotógrafos escolheram o Sobre as
Ondas como local de moradia, descanso ou trabalho em função de sua localização
privilegiada. Continuação no próximo slide
As primeiras habitações eram constituídas de casas térreas, sendo posteriormente
substituídas por edificações verticais, em especial na porção mais a leste da UIT,
continuando com construções horizontais a partir da Rua José Avelino de Oliveira.
Esta UIT é constituída por classe socioeconômica média-alta e alta e o tipo de
ocupação é predominantemente residencial vertical seguida de residencial horizontal.
Uso Residencial
Nas praias das Astúrias, do Tombo e na Ponta das Galhetas, o uso predominante é
residencial (lazer) vertical de média/alta renda. A verticalização distribuiu-se no interior
dessas áreas em função do “boom” da construção civil e do interesse pelas próximas.
A Praia das Astúrias, com seu um quilômetro de extensão, tem como principal
característica os barcos de pesca e barracas de venda de pescados, além de excelente
para banho. A Praia do Tombo, em virtude de sua conformação geológica, é ótima para
a prática do surfe.
Comércio e Serviços
Os corredores comerciais situam-se ao longo das principais avenidas, como a dos
Caiçaras e Miguel Alonso Gonzáles. O tipo de comércio e serviços destina-se ao
atendimento da população local. Na Praia do Guaiúba, habitualmente chegam logo
cedo alguns barcos de pesca, onde se pode comprar peixe fresco direto com o
pescador.
Na área de prestação de serviços, destacam-se as escolas de surfe num total de seis,
na Praia do Tombo.
Atividade Industrial
Inexpressiva, porém o destaque é a fábrica de pranchas de surfe na Praia do Tombo,
considerada a maior do País.
Infra-Estrutura Urbana Básica
A UIT demonstra ter sólida infra-estrutura, sendo os logradouros e avenidas calçadas e
em geral arborizadas; a água canalizada, esgoto, luz e telefone chegam em toda a área.
Os equipamentos públicos de saúde, ensino e lazer estão presentes, mas com poucas
unidades, por se tratar de uma área procurada principalmente para veraneio. Diversas
linhas de ônibus urbanos servem a UIT, facilitando o acesso de turistas aos fins de
semana; nele há pousadas e pequenos hotéis. A Praia do Guaiúba possui águas
calmas, excelentes para banho de crianças e adultos e também para mergulho;
encontram-se vários quiosques para atender o turista, com pratos à base de frutos do
mar.
A Praia do Tombo com menos de um quilômetro de extensão, em função de sua
topografia, como já foi visto, é ótima para a prática de surfe.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não foram encontrados nesta UIT equipamentos urbanos significativos. Merecem ser
destacadas as instalações do Forte dos Andradas para fins turísticos, situado no alto
de um morro, por onde se avista uma pequena praia de areias brancas e finas e águas
em permanente tom de esmeralda, denominada Praia do Monduba. Continuação no próximo slide
As edificações no morro datam de 1942 e visavam a defesa da costa, com elevadores e
túneis escavados na rocha, com quatro peças de artilharia no topo e um observatório
no plano mais alto.
Além das instalações da fortaleza, o local oferece outros atrativos para os visitantes,
como a pesca nas partes mais baixas, e em outros pontos pouco conhecidos. Somente
é permitida a visitação de turistas para a realização de passeios ecológicos.
Na Praia do Tombo, ponto de encontro de surfistas, foi construído um mirante para
Jurados assistirem aos campeonatos.
Aspectos Ambientais Relevantes
Com o reparo do emissário submarino, a qualidade da água das praias alcançou
sensível melhora, permitindo ao banhista a possibilidade de usufruir a praia sem correr
riscos à saúde. A Cetesb informa pela Internet, em tempo real, a qualidade das águas
de todas as praias da ilha, e raramente a balneabilidade não é boa.
No Jardim Guaíba, situado no final da Av. dos Caiçaras, os proprietários do local e
imediações, com apoio da Prefeitura, organizaram-se e criaram uma área de
preservação ambiental, cujo acesso é supervisionado pelos moradores. O lugar
também possui alguns quiosques para turistas.
UIT 6 – ENSEADA
Localização Localização
Limites Geográficos
Área A UIT Enseada localiza-se no centro sul da Ilha de Santo Amaro.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade Limita-se ao norte com uma área desocupada coberta por
Principais Corredores
Viários Locais porções de mata tropical nativa e campos antrópicos7. A leste,
Uso do Solo Predominante pela UIT Praia de Pernambuco e Praia do Perequê (PPP), ao sul
Uso Residencial pelo Oceano Atlântico e a oeste pela UIT Centro / Praia das
Comércio e Serviços Pitangueiras – CPT e por morros da UIT Morros do Guarujá MOG
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra (porção centro norte).
Equipamentos Urbanos
Significativos
Área = 1 407,01 ha (10,2%)
Investimentos Urbanos de Porte
Aspectos Ambientais Relevantes
Total de População 2000 = 38 086 habitantes (14,38%)
Observações Complementares Total de Domicílios 2000 = 10 734 domicílios (14,74%)
Macroacessibilidade
A macroacessibilidade se dá pela Rodovia Cônego Domênico
Rangoni se o ponto de origem for São Paulo via Piaçagüera; pela
Av. Ademar de Barros se a proveniência for Santos via Balsa;
pela Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (Bertioga – Guarujá) se
o ponto de partida for Bertioga via Balsa.
Principais Corredores Viários Locais
Além das vias que servem de acessoà UIT, os principais corredores viários são as Avs.
Dom Pedro I (cruza o interior da UIT) e Miguel Stéfano (acompanha a orla) e a Estrada
do Pernambuco que conduz à Praia de Pernambuco, Perequê e a Balsa para Bertioga.
Uso do Solo Predominante
Assim como na Praia das Astúrias e Guaiúba no lado oeste da Ilha, a Praia da Enseada
a leste teve sua ocupação e desenvolvimento após a consolidação da urbanização na
Praia das Pitangueiras no centro. O tipo de ocupação predominante é residencial
(veraneio) vertical apesar de na faixa da orla a ocupação ser horizontal.
Uso Residencial
Com o “boom” da construção civil, a Enseada assistiu à implantação de inúmeros
loteamentos de casas térreas e sobrados de fino padrão arquitetônico, particularmente
aquelas situadas em frente ao mar. A exemplo disso, temos o Jardim Três Marias e
Jardim Virgínia, que surgiram a partir da década de 50.
Até o final da década de 70, o padrão de ocupação era predominante residencial
horizontal e de veraneio, sendo que a população fixa somava índices modestos.
No início da década de 80 é que se deu o início de uma pulverização de edifícios
residenciais para veraneio, com três ou quatro andares para atender a demanda de
lazer à população paulistana de renda média. Esse acelerado processo de
verticalização preencheu os espaços vazios da orla da enseada a partir da segunda
Continuação no próximo slide
quadra em direção ao Interior. Com essa explosão imobiliária, migrantes nordestinos
chegaram atraídos pelo emprego da construção civil, multiplicando-se as favelas que,
além das existentes em Vicente de Carvalho, por falta de mais espaço, foram ocupando
as encostas de morros e aí permanecem até hoje.
Muitas já tiveram algum processo de reurbanização, tendo a área ocupada recebido
água, iluminação, arruamentos e instalação de equipamentos públicos, como escolas,
creches, postos de saúde e transporte. Esta UIT marca muito bem este contraste entre
a alta renda e esses bolsões de habitações precárias e pobreza extrema.
A Praia da Enseada é a mais extensa da cidade, tendo próximo a sete quilômetros de
extensão. No seu início destaca-se o Morro do Maluf, onde se tem uma vista
privilegiada até o final da península. É freqüentada por banhistas e praticantes de
esportes náuticos8. À noite, é muito procurada por turistas devido ao grande número
de bares, restaurantes e casas noturnas. Durante a temporada, a praia torna-se point
de eventos, com arenas de campeonatos esportivos e shows musicais.
Após as 17 horas, em virtude da largura da praia e da farta iluminação, a areia está
liberada para a prática de jogos de futebol, vôlei e frescobol. Os passeios de pedestres
e ciclistas são comuns na Av. da Orla (Miguel Stefano).
Comércio e Serviços
Os corredores comerciais da Enseada são as Avs. Dom Pedro I (cruza seu interior) e
Miguel Stéfano (acompanha a orla) e a Estrada do Pernambuco. Continuação no próximo slide
O comércio varejista é farto na Dom Pedro e Estrada do Pernambuco, particularmente
voltado ao abastecimento da população flutuante.
A Av. Miguel Stéfano merece destaque pela concentração de bares, restaurantes,
hotéis9 e algumas lojas, que garantem intenso movimento diurno e noturno nas férias e
nos fins de semana; após a reurbanização, realizada no final da década de 90, a infra-
estrutura foi remodelada desde a região central na Praia das Pitangueiras10 a três
quilômetros da Enseada. Nela ainda foi feita uma ciclovia e no lugar de barracas
velhas, que vendiam petiscos sem a higiene necessária, foram colocados 50 quiosques
bem montados, tal qual se observa nas praias cariocas.
Atividade Industrial
Não seobservou nenhum equipamento industrial significativo.
Infra-Estrutura Urbana Básica
Seguramente, goza de uma das melhores infra-estruturas de lazer da Baixada Santista.
Após o rompimento do emissário submarino e as praias imundas que amargaram as
temporadas de 1966 até quase fins do milênio, houve uma retirada de turistas para o
litoral norte. Hoje, a situação não é mais esta; as praias estão limpas, os calçadões
foram remodelados, as ruas e avenidas, repavimentadas, sinalizadas e embelezadas,
como é o caso da Av. Dom Pedro I, onde foram plantados 74 coqueiros imperiais com
quatro metros de altura cada um, dando um ar de elegância ao ambiente. Para diminuir
os problemas com segurança, a Prefeitura criou a guarda municipal com um efetivo de
Continuação no próximo slide
mais de 350 homens, aumentou o número de salva-vidas e, iluminou as ruas e a
orla. As vias de tráfego de ônibus e veículos são fiscalizadas e orientadas para que
o tráfego flua com o mínimo de dificuldades. Com tudo isso, a cidade como um
todo voltou a ser uma boa opção para o verão.
Equipamentos Urbanos Significativos
Além dos já mencionados, encontra-se nesta UIT a Unaerp, uma universidade de
Ribeirão Preto que, em 1999, inaugurou um campus na Praia da Enseada e que se
localiza na Av. Dom Pedro I, ocupando uma área de 30 mil metros quadrados, local
de boa infra-estrutura urbana tanto para moradia, como para alimentação,
transporte e lazer.
Outro equipamento que dá destaque não só à Enseada, mas ao munic ípio é o
Aquamundo, de padrão internacional, que é um complexo de entretenimentos,
praça de alimentação, loja e a maior exposição de organismos aquáticos da
América do Sul, com três mil metros quadrados de área e 1 200 000 litros de água
salgada, distribuídos em 35 tanques e terrários. Expõe várias espécies de animais
aquáticos representativos dos mais diversos ambientes e grupos zoológicos e se
localiza no centro da Avenida Miguel Stéfano.
Cabe lembrar que esses equipamentos pertencem à iniciativa privada e
movimentam significativamente a vida da cidade. Outros equipamentos que não se
destacam pelo porte mas pelo dinamismo que acrescentaram à Ilha são as obras
públicas realizadas em parceria com a iniciativa privada, como é o caso da arena
para competições Continuação no próximo slide
esportivas na Enseada, sendo também bancada pela Rede Globo. A arena fica
próxima ao tradicional Casa Grande Hotel, que investiu na construção de uma
praça bem em frente às suas instalações e um imponente centro de exposições de
4 mil metros quadrados.
Investimentos Urbanos de Porte
Um investimento urbano que merece destaque nesta UIT é o Guarujá Central Park,
na Praia da Enseada. O empreendimento além do setor turístico vai incrementar a
população fixa para o Guarujá, consiste num bairro planejado, em área de 494 mil
metros quadrados, que se estende do mar até a serra, com normas rígidas de uso,
ocupação e paisagismo. O projeto prevê áreas para diferentes formas de
ocupação: residencial vertical, residencial horizontal, comércio e serviços. Os
preços dos lotes variam conforme seu posicionamento no empreendimento, o
qual será dotado de completa infra-estrutura.
Aspectos Ambientais Relevantes
Com o reparo do emissário submarino, a qualidade da água das praias alcançou
sensível melhora, permitindo ao banhista a possibilidade de usufruir a praia sem
correr riscos à saúde.
Esta UIT abriga no final da Av. Dom Pedro, no sopé da Serra de Santo Amaro, uma
área de 25 mil metros quadrados (área superior a dois campos de futebol), o
Parque Ecológico da Enseada. A idéia é incentivar a educação ambiental e a
pesquisa, além de abrigar viveiros de espécies de vegetação da Mata Atlântica.
Este espaço foi criado para lazer, semelhante ao Orquidário de Santos ou o Horto
de São Vicente.
UIT 7 – PRAIA DE PERNAMBUCO E PEREQUÊ
Localização Localização
Limites Geográficos
Área Situa-se a sudeste da ilha.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade Limita-se ao norte com área coberta de mata tropical distribuída
Principais Corredores
Viários Locais pela UIT MOG (setor centro-norte) e pela UIT PIT; a leste, sudeste,
Uso do Solo Predominante sul e sudoeste pelo Oceano Atlântico e a oeste pela UIT ENS.
Uso Residencial
Comércio e Serviços Área = 1 481,64 ha (10,8%).
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra Total de População 2000 = 12.270 habitantes (4,63%).
Equipamentos Urbanos
Significativos
Total de Domicílios 2000 = 3.455 domicílios (4,75%).
Investimentos Urbanos de Porte Macroacessibilidade e Principais Corredores Viários Locais
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares A macroacessibilidade confunde-se com os principais corredores
viários, que são a Estrada do Pernambuco - que se tem como
travessa a Rua Desembargador Plínio de Carvalho Pinto e via de
acesso para a UIT, para os que provêm de Santos / Guarujá - a
Av. Marjory Prado (ao longo da Praia de Pernambuco) e a
Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (SP 61 Guarujá - Bertioga)
para os que chegam de Bertioga.
Uso do Solo Predominante
As praias de Pernambuco e Perequê eram, no final do século XIX e início do XX, duas
importantes propriedades rurais.
O Sítio Pernambuco fazia divisa com a Praia da Enseada de Santo Amaro, ao sul, e o
Sítio do Perequê ao norte. O mar tinha águas tranqüilas e a praia era privativa dos
donos do sítio. A pesca constituía a principal atividade econômica, pois o local é ótimo
tanto para pescaria de arrastão quanto, nas pedras, para pescar garoupas. As terras,
por sua vez, eram férteis e virgens, propícias para extrair madeiras necessárias às
futuras construções e posterior aproveitamento na plantação de roças.
Aproximadamente no meio da propriedade, havia um caminho formado por uma picada
belíssima cercada de densa floresta que, mais tarde, com o progresso, foi substituída
pela atual estrada Guarujá – Bertioga.
O Sitio Pernambuco enquanto esteve nas mãos de seu proprietário, era um dos mais
prósperos da Ilha. Após seu falecimento, o progresso dele estacionou.
O Sítio Perequê era, nesse mesmo período, talvez a maior e mais famosa propriedade
agrícola de toda a Ilha, com enorme frente para a praia e fundos até o Rio Bertioga. Seu
proprietário Valêncio Augusto Teixeira Leomil ficou ligado à história do Guarujá devido
o seu tino comercial, pois solicitara à Câmara de Santos a concessão para instalar uma
linha de trens de ferro do Estuário de Santos até o Guarujá e a Praia do Perequê, de
sua propriedade. O senhor Leomil era parente de um dos fundadores da futura cidade
do Guarujá. Esta UIT tem como principal característica o uso predominante residencial
horizontal de alto padrão.
Uso Residencial
É grande a existência de condomínios fechados; isso se verifica inclusive em alguns
edifícios localizados no Morro da Península e no Costão das Tartarugas. Esta
Península é uma das porções da Ilha, freqüentada por banqueiros e poderosos
empresários. Parte destes freqüenta o Clube Samambaia (próximo ao local) e o Iate
Clube de Santos (que, apesar do nome, se localiza no Guarujá). Muitos chegam em
suas mansões de helicóptero.
O mesmo cenário repete-se no Morro de Sorocotuba com o Balneário Santa Fé. Todo o
Morro coincide com a Estação Ecológica do mesmo nome.
Trata-se de uma reserva da Mata Atlântica, local de rara beleza, com costa rochosa e
com duas praias de águas límpidas: Éden, excelente para mergulho, e Sorocotuba, que
para ter acesso a ela é necessário descer uma trilha a pé.
Mais adiante, rumo à Praia de Pernambuco, temos os loteamento de lazer horizontal de
alto padrão, o Balneário Praia do Pernambuco e o Jardim Pernambuco. Atrás destes
localiza-se um antigo e hoje grande condomínio fechado, o Jardim Acapulco, com forte
esquema de segurança, quase totalmente ocupado por luxuosas e imponentes
mansões.
A Praia de Pernambuco possui uma peculiaridade geográfica: a praia do Mar Casado,
com aproximadamente 300 metros de extensão. É uma praia vizinha que junta suas
águas com as da Praia de Pernambuco quando a maré sobe. Continuação no próximo slide
Serra do Guaraú
Outra entidade atuante é a Sociedade Amigos do Sítio do Iporanga (Sasip), que buscou
apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, do Poder Público e de lideranças das
comunidades locais, para implantação de projetos que conservem a mata original a
partir da gestão integrada da região, do fomento ao turismo sustentável e da educação
ambiental.
Uso Residencial
Pequenas comunidades caiçaras, através do programa de educação ambiental,
dedicam-se ao turismo disciplinado nas praias pouco freqüentadas situadas no
extremo leste da Ilha.
Como contraste a essas comunidades, essa UIT também tem uma ocupação residencial
horizontal de alto luxo, cujas casas conservam grandes espaços entre si. Estão
distribuídas em condomínios fechados, voltados para lindas praias de areias brancas,
circundados por matas exuberantes e nativas, com belas cachoeiras que conservam
muito de seu primitivismo, formando piscinas naturais de água doce. O acesso é
restrito pelos horários de entrada e saída e pelo número de vagas disponíveis no
estacionamento para visitantes. A estrada de acesso aos condomínios é controlada por
segurança 24 horas por dia. A 25 quilômetros da cidade é o refúgio dos milionários.
Comércio e Serviços
Não há corredores comerciais nem comércio expressivo. Os serviços existentes estão
representados por algumas marinas situadas à esquerda da Rodovia SP-61 e, por outro
lado, as comunidades locais oferecem acomodações rústicas para turistas com vendas
ou não de bebidas.
Atividade Industrial
Não foi identificada.
Infra-Estrutura Urbana Básica
A via de acesso aos condomínios e à balsa entre Guarujá e Bertioga, apesar de
asfaltada, é mal sinalizada, duas mãos de direção e acostamento de terra, carecendo de
melhorias. Quando se trata dos condomínios, a infra-estrutura é completa, isto é, tem
água, luz, telefone e vias pavimentadas.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não foram identificados.
Investimentos Urbanos de Porte
Não foram identificados.
Aspectos Ambientais Relevantes
“A Serra do Guararu, ou Rabo do Dragão, como é conhecida representa o maior
conjunto de ecossistemas bem preservados da Ilha de Santo Amaro. Com
aproximadamente 4.000 hectares, engloba extensas áreas de Mata Atlântica, nascentes,
córregos, cachoeiras, vegetação de restinga incluindo espécies arbóreas e arbustivas,
praias e os manguezais ao longo do Canal de Bertioga. A grande importância dos
atributos naturais e sua beleza cênica resulta no processo de tombamento da Serra do
Guararu.
Apesar de a região estar em bom estado de conservação, trata-se de uma das mais
críticas e ameaçadas devido aos problemas com ocupação desordenada e irregular,
especialmente em áreas de preservação permanente, invasões, degradação do
mangue, lixo, falta de saneamento, dentre outros.”11
Moradores locais e as entidades representativas dos condomínios uniram-se para
transformar a área tombada em parque ecológico. O projeto já foi apresentado, mas
depende de aprovação do Ibama. A proposta de aproveitamento e manejo do parque
vai seguramente dinamizar o ecoturismo no Guarujá. O processo é longo e incerto,
pois há uma ação do Ministério Público que impede qualquer intervenção na Serra do
Guararu. Enquanto isso, seis proprietários de terras dessa área estão criando uma
Reserva Privada de Patrimônio Natural (RPPN). Continuação no próximo slide
A idéia de instalação da Reserva surgiu em 1996 após uma invasão na serra. Até o
momento, já foi concluído o mapeamento por satélite (georreferenciamento) da área, e
os estudos topográficos serão terminados no ano em pauta (2006). O custo do projeto
é de R$ 2,5 milhões, sendo que já foi consumido R$ 1,5 milhão, e está sendo realizado
pela Adelg (Associação de Desenvolvimento do Leste do Guarujá).
Observações Complementares
Apesar de muito ameaçada, a mata que cobre a Serra de Guararu ainda se encontra em
bom estado de conservação e o ecossistema, íntegro. É um remanescente da Mata
Atlântica situado a apenas 87 quilômetros de São Paulo. O Projeto Guararu é o maior
projeto de gestão ambiental do munic ípio. Coordenado pela Fundação SOS Mata
Atlântica, com apoio da Sociedade Amigos do Sítio Iporanga, consiste na implantação
de um modelo de desenvolvimento sustentável, baseado na gestão participativa e no
envolvimento das comunidades locais e dos agentes que interferem na conservação
dos ecossistemas. Com isso, os moradores locais – antigos ribeirinhos – estão
impedindo a degradação da área e expulsando aqueles que não fazem parte da
ocupação primeira. Não está havendo mais invasão. Tudo isso está sendo conseguido
pelo trabalho de conscientização ambiental realizado nas comunidades caiçaras.
UIT 9 – MORROS DO GUARUJÁ
Localização
Localização
Limites Geográficos
Estão distribuídos por toda Ilha.
Área Limites Geográficos
População 2000
Domicílios 2000 Por se encontrarem distribuídos por todo o munic ípio 12, algumas
Macroacessibilidade unidades, como as encontradas no extremo sudoeste da Ilha,
Principais Corredores receberam o nome de UIT “MOGa” (morros do Guarujá unidade
Viários Locais
Uso do Solo Predominante
“a”) e “MOGb”.
Uso Residencial A MOGa limita-se ao norte por pequeno trecho do Canal de
Comércio e Serviços Bertioga, área urbanizada da UIT – ZPG e UIT – SRA. A leste e
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra
sudeste, por uma planície urbanizada da UIT – GBA; ao sul e a
Equipamentos Urbanos oeste pelo Oceano Atlântico. A MOGb tem como limites: ao norte
Significativos a área urbana da UIT – GBA e a leste, sul e oeste, o Oceano
Investimentos Urbanos de Porte Atlântico.
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares A MOGc inicia-se em uma estreita faixa estrangulada pela
urbanização da UIT – DVC ao norte e pela área urbana da UIT –
PTC ao sul. Seguindo para a direção noroeste da Ilha, esta área
de morros alastra-se até o extremo leste do munic ípio (Serra de
Guararu)13. Esta é a maior área contínua preservada da ocupação
urbana. Tem como limites o Canal de Bertioga ao norte, a UIT -
PIT a leste, a ocupação urbana das UIT’s Enseada e Praia de
Pernambuco – Perequê ao sul e a Rodovia Cônego Domênico
Rangoni a oeste.
Área = 5 292,26 ha (37,6%).
Total de População 2000 = 1 913 habitantes (0,72%)
Total de Domicílios 2000 = 524 domicílios (0,72%)
Macroacessibilidade
Por se tratar de uma região de morros, cobertos geralmente por Mata Tropical, não
existem vias de macroacessibilidade, nem corredores viários.
Principais Corredores Viários Locais
O que se encontra são algumas trilhas ou caminhos de terra, que conduzem a alguma
área de cultura agrícola (sem expressão econômica).
Uso do Solo Predominante
Não só a Ilha de Santo Amaro como toda a Baixada Santista têm sua origem geológica
formada por embasamento cristalino, constituído de granitos e rochas metamórficas
intensamente dobradas, destacando-se os xistos, filitos e gnaisses. Onde o cristalino
aflora surgem os morros e nas partes mais baixas, uma cobertura sedimentar mais
recente (cenozóica), onde predominam areias e argilas. E aí se assentou a urbanização.
No município de Guarujá, essas elevações (morros) apresentam uma altitude média de
150 metros, podendo chegar a 300 metros. Nesses morros, a cobertura vegetal é do
tipo Mata Tropical, portanto é densa, alta, contínua e extremamente rica em
biodiversidade. Continuação no próximo slide
A topografia (declividade) dos morros, associada à cobertura vegetal14 que é parte
integrante da Mata Atlântica15, funcionou como obstáculo à ocupação antrópica.
Apesar disso, na Ponta das Galhetas, Morro do Maluf, Costão das Tartarugas e Morro
de Sorocotuba, foram implantados loteamentos residenciais de casas e edif ícios
destinados à população de alta renda.
Algumas áreas dessa UIT, que estão em cotas mais baixas e de relevo suave (norte da
Enseada e leste da Via Cônego Domênico Rangoni), encontram-se em trechos
desmatados com agricultura de subsistência, ao lado de terras abandonadas com
capoeiras e bosques secundários em estágio de recuperação.
Uma vasta área de mangue16 ocupa a porção centro – norte da UIT – MOGc. Como
ocorre em todos os munic ípios da Baixada que têm manguezais, estão estes
seriamente ameaçados pela expansão urbana, lixões, marinas, aterros e viveiros de
camarão.
Uso Residencial
Não se registrou ocupação residencial, tampouco comercial e industrial. Em trecho
próximo à Via Cônego Domênico Rangoni, foram encontrados alguns hectares com
agricultura de subsistência. Ao longo do Canal de Bertioga foram localizadas inúmeras
marinas que podem comprometer o equilíbrio ambiental do mangue.
Comércio e Serviços
Ocorrência de algumas marinas na Rodovia Guarujá-Bertioga.
Atividade Industrial
Inexistente.
Infra-Estrutura Urbana Básica
Assim como as atividades industriais e comerciais, não se fazem presentes nesta UIT,
a infra-estrutura urbana básica está presente nos morros em que a urbanização, apesar
de forma discreta e pouco devastadora, conseguiu se instalar. Os condomínios
residenciais desta UIT, Morros das Galhetas, Maluf, Costão das Tartarugas e
Sorocotuba, estão servidos com serviços de água, esgoto, telefone e asfalto na via de
acesso principal.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não constam na UIT.
Investimentos Urbanos de Porte
Os investimentos urbanos de porte não existem por parte do Poder Público, mas são
obras de engenharia feitas pela iniciativa privada, que permitiu o acesso e a
implantação de prédios e casas em locais de declividade acentuada (estrada, postes de
iluminação, galerias pluviais, tubulação de água e esgoto).
Por se tratar de áreas com aspectos fisionômicos e estruturais com o regime de
preservação garantido por diplomas legais, elas devem ser vistas pelo Poder Público e
pela iniciativa privada com restrições quando se trata de sua ocupação ou seu
aproveitamento econômico.
Aspectos Ambientais Relevantes
Os morros apresentam grande vulnerabilidade na sua ocupação pela própria
declividade. A erosão pluvial acelera o carreamento de sedimentos e detritos após uma
chuva em área desmatada, isso significa área desprotegida.
Alguns deles já foram desfigurados pela urbanização. Devem ser preservados no que
ainda resta e se houver implantação de novos loteamentos, devem estes obedecer a
sérias restrições impostas pela lei que os regulamenta.
Apesar de a agricultura não ser uma atividade econômica expressiva no munic ípio,
encontram-se nesta UIT, próximo à Rodovia Cônego Domênico Rangoni, áreas
desmatadas com agricultura de subsistência, ao lado de terras abandonadas com
capoeiras. Essas áreas ocupam geralmente setores de relevo menos inclinados. O
mesmo se observa no limite leste dessa UIT, próximo a um afluente do Canal de
Bertioga.
A área ocupada por mangues deve, pela sua própria natureza, ser preservada da ação
humana. Além da proteção que os mangues oferecem às áreas de terra firme, garantem
alimento e condições de reprodução e crescimento inúmeras espécies de pescado. As
tainhas, camarões e robalos dependem da integridade do ecossistema mangue, para
crescerem e garantirem boa safra de pescado capturado nas águas litorâneas.
Notas
1 Quem controla as opera ções desses 200 km de trilhos que levam as cargas a todos os pontos do
Cais Santista é uma empresa chamada Portofer que reuniu através de um consórcio a
Ferronorte, Ferroban, Novoeste e MRS.
2 Elias Fausto mandou vir dos EUA duas amplas barcas, às quais deu o nome de Cidade de
Santos e Cidade de São Paulo.
3 Itapema é, hoje, o imenso distrito de Vicente de Carvalho.
4 No Heureka, os visitantes podem interagir e participar de experimentos cie ntíficos,
acompanhados de monitores que procuram dar explicações técnicas com linguagem simplificada.
5 O abastecimento de água é feito pelo Sistema Jurubatuba, com uma capacidade de captação
em condições normais de 200 litros/segundo. A área de captação situa-se na parte continental de
Santos, na Serra do Mar, em área de preservação ambiental. O transporte da água é feito até
Vicente de Carvalho, por tubulações de 900mm, percorrendo uma distância de 13 km.
6 Sessenta anos após sua inauguração, nenhuma rachadura ou erosão pôde ser encontrada em
todo o prédio, apesar de sua localização, que o expõe a todos os tipos e intempérie. Foi
considerado um precursor dos modernos flats.
7 Entenda-se como campo antrópico a área que perdeu sua cobertura vegetal nativa e que não
apresenta no momento nenhum uso rural ou urbano. Em substituição, houve o crescimento de
vegetais rasteiros e, por vezes, misturados com alguns arbustos.
8 No Morro do Tortuga, na outra extremidade da praia, pode-se alugar jet ski e outros aparelhos
aquáticos.
Notas
9 Em geral grandes casas adaptadas constituindo aconchegantes hoteizinhos.
10 O piso esburacado de mosaico português e os decks de madeira foram trocados por um
calçadão de dois quilômetros de extensão.
11 www.sosmatatlantica.org.br
12 Para melhor visualizar os trechos dessa UIT distribuídos pela Ilha de Santo Amaro, melhor é
ter em mãos o mapa do município com os limites das UITs.
13 Apesar de ter a mesma formação geológica e topográfica, os morros dessa região foram
considerados com componentes da UIT – PIT que é uma Área Natural Tombada e goza de
mecanismos de proteção mais rigorosos.
14 Uma Lei Municipal definiu essas áreas desde 1987, como “áreas de preservação ecológica”.
15 A Mata Atlântica é o ecossistema brasileiro que mais sofreu com a destruição causada pelo
homem. Na Ilha de Santo Amaro esse ecossistema também sofreu com a insensata destruição,
mas representantes de mamíferos e aves continuam habitando as matas e arredores.
16 Os manguezais são ecossistemas restritos aos litorais tropicais, os quais desenvolvem-se na
zona entre marés. Estão sujeitos a inundações periódicas por água do mar (Estuário de
Bertioga) e água doce. São muitos produtivos pois garantem alimento, proteção e condições de
reprodução e crescimento para muitas espécies de valor comercial como o camarão e o
caranguejo e são, muito vulneráveis aos efeitos do desenvolvimento econômico, assim como ao
crescimento desordenado das populações humanas.
Sumário de Fotos
Portal de Acesso à Cidade Astúrias Pitangueiras
SP 248 Calçadão Pitagueiras
Terminal de Embarcações Ferryboat
Uso do Solo UIT 1
Rua Antônio Miguel
Jardim Boa Esperança
Vila Santa Rosa
Vila Áurea
Terminal
Morrinhos
Jardim Guaiúba
Mangue
Parque Ecológico
Jardim São José
Enseada
Av. Thiago Pereira
UNAERP
Terminal Rodoviário
Pontos Turísticos
APAE
Central Park
Estaleiro Wilson Sons
Recanto Tartaruga
Terminal Rodoviário Ferryboat
Condomínios Fechados
Indústrias
Praia de Perequê
Sítio Conceiçãozinho
Sofitel Jequitiba
Terminais de Carga
Serra do Guaraú
Cooperativas
Mangue
Terminal Marítimo Cargil
Portal de Acesso á Cidade
SP 248
Terminal de Embarcações
Jardim Progresso Vila Alice
Bairro Paecará
Jardim Boa Esperança
Centro de Cidadania
Igreja
Vila Áurea
Jardim Enguaguassu
Morrinhos
Loteamento Península
Universidade de Ribeirão Preto
UNAERP
Praia da Enseada
Morro Tartaruga
Condomínios Fechados
Condomínio Sorocotuba
EMPLASA
Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA
Rua Boa Vista, 170 - Centro - 01014-000 - São Paulo / SP
Tel.: (11) 3293 5304 - Fax: (11) 3293 5336
comunicacao@emplasa.sp.gov.br
www.emplasa.sp.gov.br
Notas Metodológicas
Tabelas
Equipe Técnica
Expediente
RMBS - Dados Censitários, Segundo Municípios e
UIT's: 2000
• Grupo Pessoas - Evolução da População Residente, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991- 2000
• Grupo Pessoas - População Residente por Tipo de Domicílio, segundo Unidades de Informações Territorializadas:
2000
• Grupo Pessoas - Composição da População Residente por Grupo Etário, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000 I – 0 a 34 anos
• Grupo Pessoas - Composição da População Residente por Grupo Etário, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000 II – 35 a 60 anos ou mais
• Grupo Pessoas - Condição de Alfabetização das Pessoas de 15 Anos e Mais, segundo as Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Responsáveis - Grau de Estudo do Responsável pelo Domicílio, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Responsáveis - Renda Média Mensal do Responsável pelo Domicílio por Faixa de Salário Mínimo, segundo
Unidades de Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Evolução dos Domicílios Recenseados, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991-
2000
• Grupo Domicílios - Total de Domicílios Recenseados Permanentes e Coletivos, segundo as Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Tipo de Domicílio, segundo as Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Ocupação, segundo as Unidades de
Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Quantidade de Moradores, segundo as Unidades de
Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Abastecimento de Água, segundo Unidades
de Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Esgotamento Sanitário , segundo Unidades
de Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Destinação do Lixo, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
Tabela I.1 Município de Guarujá
Grupo Pessoas - Evolução da População Residente, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991- 2000
Região Metropolitana da Baixada Santista 1.220.249 100,00 1.476.820 100,00 256.571 2,16
Fonte: IBGE, Sinopse Preliminar do Censo Demográfico de 1991 e Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela I.2 Município de Guarujá
Grupo Pessoas - População Residente por Tipo de Domicílio, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 2000
UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 149.162 56,58 178 23,89 154 33,85 149.494 56,45
UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 10.074 3,82 26 3,49 0 0,00 10.100 3,81
UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 39.957 15,16 95 12,75 55 12,09 40.107 15,15
UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 12.095 4,59 167 22,42 8 1,76 12.270 4,63
Região Metropolitana da Baixada Santista 1.466.413 100,00 3.877 100,00 6.530 100,00 1.476.820 100,00
Região Metropolitana da Baixada Santista 322.433 100,00 432.046 100,00 109.613 3,34
Fonte: IBGE, Sinopse Preliminar do Censo Demográfico de 1991 e Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela III.2 Município de Guarujá
Grupo Domicílios - Total de Domicílios Recenseados Permanentes e Coletivos, segundo as Unidades de Informações Territorializadas: 2000
Domicílios Particulares
Local Permanentes Improvisados Coletivos Total
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %
UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 39.629 54,94 67 25,38 148 36,63 39.844 54,73
UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 2.578 3,57 10 3,79 0 0,00 2.588 3,55
UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 11.024 15,28 34 12,88 48 11,88 11.106 15,26
Região Metropolitana da Baixada Santista 424.909 100,00 1.406 100,00 5.731 100,00 432.046 100,00
UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 37.763 58,50 1.342 20,16 524 56,77 39.629 54,94
UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 2.403 3,72 146 2,19 29 3,14 2.578 3,57
UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 10.012 15,51 892 13,40 120 13,00 11.024 15,28
UIT 6 Enseada 9.001 13,94 1.424 21,39 203 21,99 10.628 14,73
Região Metropolitana da Baixada Santista 298.861 100,00 119.284 100,00 6.750 100,00 424.895 100,00
(1)
Local Rede Geral Poço ou Nascente Outra Forma Total
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %
UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 37.075 55,37 355 20,83 2199 63,48 39.629 54,94
UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 2.446 3,65 15 0,88 117 3,38 2.578 3,57
UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 10.750 16,05 63 3,70 211 6,09 11.024 15,28
UIT 6 Enseada 9.268 13,84 714 41,90 646 18,65 10.628 14,73
UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 3.008 4,49 261 15,32 137 3,95 3.406 4,72
UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 33 0,05 266 15,61 118 3,41 417 0,58
Região Metropolitana da Baixada Santista 406.592 100,00 7.814 100,00 10.489 100,00 424.895 100,00
(1)
Local Rede Geral Poço ou Nascente Outra Forma Total
UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 33.065 57,97 6.234 43,16 330 50,93 39.629 54,94
UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 1.271 2,23 1.242 8,60 65 10,03 2.578 3,57
UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 9.975 17,49 995 6,89 54 8,33 11.024 15,28
UIT 6 Enseada 6.081 10,66 4.408 30,52 139 21,45 10.628 14,73
UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 2.280 4,00 1.098 7,60 28 4,32 3.406 4,72
UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 205 0,36 184 1,27 28 4,32 417 0,58
UIT 9 Morros do Guarujá 255 0,45 262 1,81 3 0,46 520 0,72
Região Metropolitana da Baixada Santista 358.969 100,00 63.496 100,00 2.430 100,00 424.895 100,00
Técnicos
Eugênio Senese Neto
Ilda Maria de Deus
Moema Vilar Miranda Filgueiras
Nuria Muntada Garcia Cavinatto
Apoio Técnico
Elizete Maria de Souza
Leonelo Fernando de Camargo
Marilda Ferreira Cassim
Estagiários
Amanda Cristina Mastro
Cláudio Amauri de Souza
Felipe Cozzi Yabusaki
Hesly Leandro Carlos da Silva
MarcosTomsic
Simara Monteiro Alves
Apoio
Eliane Martins Pereira
Assessoria (Informática)
Silverlei Gava
Notas Metodológicas
O propósito desse trabalho foi estabelecer e circunscrever áreas distintas quanto ao uso e ocupação do solo
predominante, para cada um dos 9 municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS),
considerando as dimensões socioeconômicas e urbanísticas.
A partir da visão de conjunto das diferentes categorias de uso do solo presentes no território, notadamente os
usos residencial, comercial, industrial e rural, foi proposto um recorte territorial intermediário entre o recorte
administrativo municipal e o recorte de setor censitário, menor unidade oficial de armazenamento de dados
populacionais. Esse nível intermediário de abordagem do território constitui as Unidades de Informações
Territorializadas (UITs).
As 64 UITs identificadas na RMBS foram delimitadas, utilizando um grau de precisão compatível com a escala
gráfica de semidetalhe de 1:25000, associando um conjunto de dados censitários selecionados do Censo
IBGE 2000. Estes dados censitários foram organizados em forma de tabelas, segundo municípios e UITs,
considerando os grupos: Pessoas, Pessoas Responsáveis pelos Domicílios e Domicílios.
Os insumos para a leitura regional do território e a definição das Unidades de Informações Territorializadas
(UITs) tiveram como base as seguintes fontes e procedimentos:
- Cartas Planimétricas da Região Metropolitana da Baixada Santista, em Escala 1:10.000, 2002, elaborada
pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitana SA (Emplasa).
- Uso e Ocupação do Solo predominantes da Região Metropolitana da Baixada Santista, em Escala 1:25.000,
2001/2005, elaborada pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA (Emplasa).
- Trabalho de campo nos 9 municípios, em outubro e novembro de 2005, período em que foram realizadas 27
visitas técnicas à Região Metropolitana da Baixada Santista.
De natureza essencialmente empírica, esse produto teve como finalidade fornecer informações atualizadas e
sistematizadas sobre a dinâmica socioambiental nos municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Manteve seu foco na dimensão dos padrões predominantes na apropriação do território, segundo Unidades de
Informações Territorializadas, oferecendo subsídios para a análise e planejamento do processo de uso e ocupação do
solo, aos quais poderão ser agregadas novas informações, além das existentes.
Observações complementares sobre a metodologia estão descritas no item Aspectos Metodológicos dos Padrões
Socioespaciais da RMBS.
Esclarecimentos quanto à terminologia referente aos padrões de ocupação residencial utilizada no texto de
caracterização das UITs e eventuais diferenças quanto aos dados censitários apresentados estão contidos no item
Conceitos/Esclarecimentos.
Os dados básicos utilizados para a caracterização geral dos municípios e das UITs constam no Anexo.
1 Conceitos
- Resultam dos diferenciais socioeconômicos e físico-ambientais expressos em Unidades Territoriais (UITs), com
identidade socioambiental própria.
2 Aplicações
- Subsidiar estudos locacionais para os diversos setores econômicos (empreendimentos imobiliários, comerciais e
serviços, industriais).
- Contribuir para o conhecimento e organização do território municipal, visando atender aos dispositivos previstos no
Estatuto da Cidade.
3.1 Definição
São polígonos territoriais delimitados, com base nas características funcionais e urbanas predominantes.
- Localização de áreas ou edificações expressivas (equipamentos urbanos) referentes ao uso industrial, comercial,
serviços p úblicos e privados e às atividades agropecuárias.
- Características socioeconômicas.
Conceitos/Esclarecimentos
Habitação Precária ou Favela – Assentamento habitacional inadequado, geralmente em área invadida, com risco de
inundação ou deslizamento, sem divisão regular em lotes, nem infra-estrutura urbana (arruamento, drenagem, rede de
esgoto, coleta de lixo) e abastecimento clandestino de água e luz; as moradias são feitas por autoconstrução, podendo
ser de alvenaria, madeira ou material construtivo improvisado; carência de serviços e equipamentos públicos.
Padrão baixa renda – Predomínio de moradias constituídas por casas de alvenaria, algumas vezes sem acabamento
e em sistema de autoconstrução; lotes pequenos (125 m²), sem recuos, geralmente com apenas um pavimento;
arruamentos precários, pavimentação inexistente ou incompleta, ausência de drenagem ou meio-fio e presença de
serviços públicos/privados essenciais: creches, escolas de Ensino Fundamental, coleta regular de lixo, postos de
saúde e transporte coletivo.
Padrão popular – Predomínio de moradias constituídas por casas de alvenaria, material construtivo convencional, em
lotes pequenos (125 m²), sem recuos e geralmente com apenas um pavimento; infra-estrutura completa: redes de
água e de esgoto, coleta regular de lixo, iluminação pública, pavimentação, drenagem pluvial e meio-fio; presença de
serviços públicos/privados essenciais: creches, escolas de Ensinos Fundamental e Médio, postos de saúde, transporte
coletivo; presença de estabelecimentos comerciais para atendimento local, concentrados nas principais vias:
supermercados, mercadinhos, padarias, oficinas, farmácias, cabeleireiros, postos de gasolina, entre outros.
Padrão médio – Áreas residenciais, com moradias isoladas ou geminadas, geralmente em lotes de 250 m², recuos
mínimos, com arruamento e infra-estrutura completa; presença de estabelecimentos comerciais e de serviços
diversificados e sofisticados para atendimento local e das vizinhanças, incluindo, por exemplo, bancos,
supermercados, bares, restaurantes, centros de estética corporal, academias, atendimento médico especializado,
shopping centers; serviços públicos/privados: escolas infantis, escolas de Ensinos Fundamental e Médio,
equipamentos de saúde, transporte coletivo, parques urbanos, áreas de lazer, recreação e de esportes, áreas verdes.
Alto padrão – Áreas estritamente residenciais, com moradias unifamiliares horizontais de um ou mais pavimentos e
com apenas uma edificação em lotes grandes, com recuo em todo o perímetro construído; organização em
condomínios fechados, loteamentos bem delimitados ou em bairros de acesso e circulação controlados e vigiados.
Não existem áreas de com ércio/serviços nas imediações das residências, as ruas são largas, arborizadas e com toda
infra-estrutura urbana.
(*) Os conceitos utilizados para caracterizar os padrões residenciais das UIT ’s foram elaborados pela equipe técnica
da Emplasa.
No processo de montagem dos bancos de dados, segundo as Unidades de Informações Territorializadas (UITs)
identificadas na Região Metropolitanada Baixada Santista, os totais obtidos para as variáveis consideradas por
agregação de setores censitários (IBGE, 2000) podem, eventualmente, não corresponder aos montantes divulgados
pelo IBGE, quando considerados os recortes territoriais municipais. Tais diferenças residuais não comprometem as
análises a serem elaboradas.
Governo do Estado de São Paulo
Cláudio Lembo
Governador