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REGIÃO

METROPOLITANA DA
BAIXADA SANTISTA

Padrões Socioespaciais
Guarujá

AGÊNCIA METROPOLITANA
DA BAIXADA SANTISTA
APRESENTAÇÃO

No ano em que se comemora o décimo ano de metropolização da Historicamente, o desenvolvimento da Baixada Santista se deu em
Baixada Santista, é um orgulho muito grande, para todos nós, poder função da crescente expansão da economia cafeeira paulista a partir
apresentar uma nova realização da AGEM com a edição do produto do final do século XIX. Sua posição estratégica e a condição de maior
Padrões Socioespaciaisda Baixada Santista, que apresenta como porto exportador do produto destinaram função especial à região.
conceito as Unidades de Informações Territorializadas – UITs. Impulsionada pela integração ferrovia-porto, possibilitou a ampliação
Essas informações territorializadas oferecem um completo conjunto de atividades terciárias, tais como: agências bancárias e de câmbio,
de dados essenciais para conhecimento, pesquisa e trabalho na comércio varejista, construção civil e transportes. A inauguração da
Região Metropolitana da Baixada Santista. O produto, que está em Rodovia Anchieta, em 1947, permitiu a expansão das atividades
sua 1a edição, abrangendo o período 2004/2005, é uma verdadeira portuárias e impulsionou o turismo de veraneio. Novas áreas foram
radiografia de trechos de cada município da Região, contendo dados ocupadas para fins urbanos. Nos anos 50, ocorreu o primeiro boom
e informações de acordo com os setores censitários do IBGE. imobiliário, puxado pelo turismo de veraneio, com o início do
processo de verticalização na orla marítima. Na década seguinte,
A Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS, composta por
intensificou-se a demanda turística na cidade de Santos, cujo
nove municípios, que ocupa uma área com superfície de 2.373 km²,
dinamismo sempre estivera associado à atividade portuária e,
apresenta múltiplas e variadas potencialidades, assumindo, cada vez
secundariamente, ao lazer e turismo, com desdobramentos
mais, um papel de destaque no cenário estadual. A dinâmica
importantes no setor terciário.
econômica da Região está centrada nas suas principais atividades –
industrial, portuária e turismo. A Região conta, atualmente, com uma densa e ampla malha
rodoviária de acesso integrando a Região à Capital, ao Interior e às
A RMBS é a terceira maior do Estado, em termos populacionais, com
cidades ao sul e norte do litoral do Estado de São Paulo. São
cerca de um milhão e seiscentos mil habitantes, com uma população
presentes, ainda, no campo de infra-estrutura de transportes, os
flutuante que, em períodos de veraneio, ultrapassa em várias vezes a
modais aeroviário, marítimo, dutoviário e funicular além do ferroviário,
população fixa, vindo a se tornar uma segunda residência de grande
que integra a região ao interior paulista, através da Grande São
parte da população paulista por vários meses do ano, fazendo dela o
Paulo, local de escoamento e destino de grande parte das
maior pólo de turismo do Estado de São Paulo. Anualmente, mais de
mercadorias que ingressam pelo seu Porto.
três e meio milhões de turistas e veranistas são atraídos pelas suas
83 praias que se estendem por 161 km e pela exuberância de seu Uma vez que este produto apresenta dados, informações e
turismo ecológico. indicadores espacializados de todos os municípios da RMBS,
certamente será extremamente útil As universidades,aos entes
A Região abriga o Porto de Santos, o mais importante complexo
públicos e às organizações privadas, os quais poderão nele encontrar
portuário da América do Sul, que com um movimento médio anual
subsídios importantes para o planejamento de suas ações,
superior a quinhentos mil contêineres, lidera o ranking nacional em
colaborando para o aperfeiçoamento de estudos e projetos regionais,
operações envolvendo produtos manufaturados. Por sua vez, a frota
em beneficio de todos os que nela vivem ou pretendem investir.
metropolitana de veículos soma mais de 409 mil unidades. De cada
dez ve ículos cadastrados na Região, seis são automóveis. Santos,
Francisco Prado de Oliveira Ribeiro
com 224 mil veículos, já apresenta uma relação de um veículo para
cada dois habitantes. Diretor Executivo
NECESSIDADE DAS UITs - 2004/2005

Sendo a primeira Região Metropolitana criada no âmbito das O trabalho também apresenta uma série de imagens relativas a
Constituições Federal e Estadual, respectivamente de 1988 e 1989, a caracterização dos setores identificados nos nove municípios da
Região Metropolitana da Baixada Santista – RMBS, foi RMBS e aos padrões identificados que permitem uma melhor
regulamentada através da Lei Complementar no 815, de 30 de julho visualização e conhecimento espec ífico do setor. Foram também
de 1996. A Região é formada por nove municípios – Bertioga, inseridas informações estatísticas concatenadas com os setores
Cubatão, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande, censitários do IBGE referentes a agrupamentos elencados.
Santos e São Vicente, que abrangem uma área de 2 373 Km2, o que
As informações do UITs - Edição 2004/2005 disponibiliza
corresponde a menos de 1% do território paulista.
informações por unidades homogêneas em suas características, que
No contexto da metropolização a Agência Metropolitana da Baixada se compõem a partir do agrupamento de setores censitários da
Santista - AGEM, foi criada através da Lei Complementar Nº 853, de Região Metropolitana da Baixada Santista e dos municípios que a
23 de dezembro de 1998, como entidade autárquica com sede e foro compõem. A cobertura do universo de informações é densa,
em município da Região Metropolitana da Baixada Santista, tendo por procurando-se, sempre que possível, registrar novas informações e
objetivo e finalidade integrar a organização, o planejamento e a dados, que ao longo das suas várias edições estarão deixando o
execução das funções públicas de interesse comum na Região produto mais completo e complexo.
Metropolitana da Baixada Santista. Uma das maiores atribuições da
Em alguns casos as informações não atingem o período temporal da
AGEM é a de produzir e manter atualizadas as informações
edição, devido a indisponibilidade dos dados pelas fontes. Nesses
estatísticas e de qualquer outra natureza, necessárias para o
casos, foram mantidas as séries históricas até a última informação
planejamento metropolitano, especialmente as de natureza físico-
disponível, como forma de ajudar o usuário, ao menos no período
territorial, demográfica, financeira, urbanística, social, cultural,
mais anterior. Porém, é oportuno salientar que para a correta
ambiental, que sejam de relevante interesse público, bem como
utilização dos dados contidos na presente edição do UITs, o usuário
promover, anualmente, a sua ampla divulgação.
deve observar os conceitos, notas de rodapé e os elementos
Dando cumprimento a essa importante atribuição é que constantes dos quadros e tabelas, bem como indicações sucintas
apresentamos a primeira edição do produto Padrões sobre o conteúdo das mesmas. No entanto, para os casos
Socioespaciais- Edição 2004/2005 que apresenta como conceito as específicos, são apresentados esclarecimentos mais específicos em
Unidades de Informações Territorializadas – UITs que tem o notas digitais constantes do produto.
objetivo de possibilitar aos interessados conhecer, estudar e/ou
investir na Região Metropolitana da Baixada Santista, apresentando
Carlos Zündt
como novidade a visualização de agrupamentos de setores da
Baixada Santista relativos a urbanização e dados socioespaciais do Diretor Técnico
respectivo setor.
Unidades de Informações Territorializadas

São polígonos territoriais delimitados com base nas


características funcionais e urbanas predominantes, aos
quais está associado um conjunto de informações na forma
de textos, fotos, mapas e tabelas.
Sumário
Aplicações
Critérios para a Identificação e Delimitação das UITs
UITs Sobre a Base Cartográfica
UITs Sobre Mosaico de Fotos Aéreas
Unidades de Informações Territorializadas
UIT 1 – Vicente de Carvalho
UIT 2 – Zona Portuária do Guarujá
UIT 3 – Centro / Pitangueiras
UIT 4 – Santa Rosa / Santo Antônio
UIT 5 – Astúrias / Guaiúba
UIT 6 – Enseada
UIT 7 – Praia Pernambuco / Perequê
UIT 8 – São Pedro / Iporanga / Tijucopava
UIT 9 – Morros do Guarujá
Anexos
Sumário de Fotos
Aplicações
• Orientar as ações/investimentos dos governos estadual e municipal.
• Incentivar e valorizar práticas de gestão integrada do território e
do planejamento regional.
• Subsidiar o planejamento público e privado.
• Identificar áreas de carência de infra-estrutura urbana, iluminando
os locais onde a intervenção governamental se faz necessária.
• Apontar áreas de oportunidades para investimentos.
• Subsidiar estudos locacionais para os diversos setores econômicos
(empreendimentos imobiliários, comerciais e serviços).
• Promover a Região Metropolitana como locus de atração de
investimentos públicos e privados.
• Contribuir para o conhecimento e organização do território
municipal, visando atender aos dispositivos previstos no Estatuto da
Cidade.
Critérios para a Identificação e
Delimitação das UITs

• Usos e padrões de ocupação territorial predominantes;


• Aspectos construtivos das edificações.
• Localização das áreas e edificações expressivas dos usos
industrial, comercial, serviços públicos e privados e
agropecuária.
• Presença de equipamentos urbanos de porte significativo.
• Funcionalidade urbana ou rural das áreas.
• Malha viária e corredores comerciais.
• Pólos geradores de tráfego.
• Aspectos ambientais.
• Características socioeconômicas.
UITs SOBRE A BASE CARTOGRÁFICA / EMPLASA/2001
UITs SOBRE MOSAICO DE FOTOS AÉREAS 2002/2003
Guarujá - Unidades de Informações Territorializadas
A fim de compatibilizar os estudos, as Unidades de Informações
Territorializadas respeitaram as Áreas de Planejamento e o município de
Guarujá foi dividido em 9 UITs.

UIT 1 – DISTRITO VICENTE DE CARVALHO


UIT 2 – ZONA PORTUÁRIA DO GUARUJÁ
UIT 3 – CENTRO / PITANGUEIRAS
UIT 4 – VILA SANTA ROSA E VILA SANTO ANTÔNIO
UIT 5 – ASTURIAS E GUAIUBA
UIT 6 – ENSEADA
UIT 7 – PRAIA DE PERNAMBUCO E PEREQUÊ
UIT 8 – SÃO PEDRO, IPORANGA E TIJUCOPAVA
UIT 9 – MORROS DO GUARUJÁ
Clique sobre a UIT
UIT 1 – DISTRITO VICENTE DE CARVALHO
Localização
Localização
Limites Geográficos O Distrito Vicente de Carvalho situa-se na porção noroeste da
Área Ilha de Santo Amaro. É o distrito do município de Guarujá que,
População 2000
Domicílios 2000
por sua vez, se localiza e ocupa a porção noroeste da referida
Macroacessibilidade Ilha. Em termos territoriais, essa UIT abrange praticamente a
Principais Corredores metade do distrito do mesmo nome e, em termos demográficos,
Viários Locais equivale à metade da população total do município, que
Uso do Solo Predominante
Uso Residencial
representa a maior concentração de população fixa ou residente
Comércio e Serviços da Ilha de Santo Amaro. Corresponde à área urbanizada do
Atividade Industrial Distrito.
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra
Equipamentos Urbanos Limites Geográficos
Significativos
Investimentos Urbanos de Porte Tem como limites, ao norte, um braço do mar denominado Canal
Aspectos Ambientais Relevantes de Bertioga. A leste, a Rodovia Cônego Domenico Rangoni. Ao
Observações Complementares sul, os limites dos loteamentos Morrinhos e Vila Zilda. A
sudoeste, a Via Santos Dumont e, a oeste, o Estuário de Santos.
Área = 1 725,16 ha (12,5%).
Total de População 2000 = 149 494 habitantes (56,45%).
Total de Domicílios 2000 = 39 844 domicílios (54,73%).
Macroacessibilidade e Principais Corredores Viários Locais
Sua acessibilidade principal se dá pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, mais
conhecida como Piaçagüera-Guarujá. Foi construída na década de 70, visando
desafogar as já velhas e desgastadas balsas que ligam o continente à Ilha de Santo
Amaro / Guarujá. Essa rodovia se inicia na Rodovia dos Imigrantes e contorna o
complexo petroquímico de Cubatão. Foi restaurada e conta, atualmente, com seis
pistas (ida e volta) para uso, sendo uma quase que exclusivamente para cargas
pesadas.
A outra via de acesso é o ferryboat entre Vicente de Carvalho e Santos, situado no final
da Av. Thiago Ferreira, onde se encontra a Estação das Barcas e catraias, utilizada pela
população residente de Vicente de Carvalho com destino à cidade de Santos, do outro
lado do Estuário. São deslocamentos pendulares realizados pela manhã e à tarde,
horário de maior público nas travessias, circulando diariamente cerca de 20 mil
pessoas.
Uso do Solo Predominante
A UIT Vicente de Carvalho, apesar de não ocupar toda a extensão do Distrito, contém a
história da ocupação da população fixa ou residente da Ilha de Santo Amaro ou da
cidade do Guarujá. A UIT está representada pela malha urbana, com uso
eminentemente residencial horizontal, sendo que, no conjunto do Distrito, constata-se
a presença de poucas unidades verticalizadas. Continuação no próximo slide
A antiga Vila de Itapema, constituída por antigo reduto de trabalhadores do Porto de
Santos, possuiu, durante anos, áreas habitadas por caiçaras trabalhando na produção
de cana-de-açúcar e banana. Em 1953, o aglomerado urbano é elevado à categoria de
Distrito, recebendo o nome de Vicente de Carvalho em homenagem ao poeta santista.
O Distrito cresceu com a chegada de migrantes santistas expulsos dos morros após o
desabamento das encostas, em 1957, catarinenses, libaneses e, principalmente, um
forte contingente de nordestinos que chegaram aos milhares, a partir dos anos 50, e se
instalaram no comércio. Desde essa época, o Distrito não parou mais de crescer.
Abriga, hoje, aproximadamente 50% da população do município, estimada 296 368
habitantes, conforme estimativa da Seade para 2005.
A presença nordestina deu ao Distrito uma cultura toda peculiar, mantendo até hoje
algumas tradições como a Feira do Rolo, realizada aos domingos na Rua Joana de
Menezes Faro, que utiliza o escambo (troca de mercadorias) como forma de comércio.
Outro exemplo marcante da presença nordestina é o nome do bairro Paecará, um dos
maiores bairros do Distrito, que é assim conhecido por ter morado um pai-de-santo na
época em que foi criado.
Uso Residencial
O tipo de ocupação predominante é residencial horizontal, com presença de algum tipo
de comércio que atende a população local. O padrão de ocupação é
predominantemente popular, apesar de possuir trechos, em alguns bairros, como é o
Continuação no próximo slide
caso do Parque Estuário e Jardim Cunhambebe, onde se observam habitações que
revelam um padrão médio de ocupação.
É inegável a importância econômica de Vicente de Carvalho para esse Distrito, que
hoje tem 17 bairros. Sem demérito dos demais, merecem destaque os bairros:
Jardim Boa Esperança: situado no centro sul da UIT, apresenta padrão de ocupação
popular / médio, como grande quantidade de equipamentos públicos, com escolas,
creches e um centro comunitário. Pelo bairro escoa grande parte das exportações do
País, trazidas por meio de caminhões que atravessam a Rua Professor Idalino Pinez,
mais conhecida como Rua do Adubo, porque liga, em numa linha reta, a Rodovia
Cônego Domênico Rangoni ao Terminal de Fertilizantes (Tefer).
Vila Áurea: situada a nordeste da UIT, foi criada a partir do loteamento de uma área de
propriedade da família Conde, grande proprietária de terras, principalmente voltadas
para a plantação de bananas e de grande influência no litoral paulista, em passado
recente. Apresenta padrão popular / médio, excelente infra-estrutura e grande
quantidade de equipamentos públicos, como escolas, creches e um centro comunitário
além de algumas praças. Também estão instalados no bairro uma Unidade Básica de
Saúde, uma Base Comunitária de Saúde, o Conselho Tutelar e o Cartório Eleitoral de
Vicente de Carvalho. Há, ainda, uma Associação de Moradores que coloca à disposição
destes um salão de festas, um campo de futebol e até um bar onde, nos fins de
semana, muita gente se reúne para assistir os clássicos de futebol. Continuação no próximo slide
Possui uma escola de samba e abriga artistas famosos, como Serapião, que tem obras
expostas em diversos países. São vários os templos, igrejas e salões religiosos. As
principais avenidas da Vila Áurea são a Francisco de Castro e Jesus de Castro, por
onde circula a maior parte das linhas de ônibus.
Morrinhos: originalmente, o bairro formou-se a partir de um conglomerado de favelas
que se implantou sobre um antigo aterro sanitário. Pelas constantes migrações de
nordestinos para a cidade, houve um superpovoamento e o bairro foi crescendo para
Morrinhos II até o IV, já ocupado. O bairro possui um pouco mais de 25 anos, e durante
esse período passou por um processo de urbanização com arruamentos, iluminação
pública e asfalto, configurando-o como um bairro popular, graças à presença de
equipamentos públicos, além de vários serviços comerciais, que incluem desde
farmácias e quitandas até um pequeno shopping. A principal via de acesso ao bairro é
acompanhada de ciclovia, considerada importante meio de locomoção de seus
habitantes. Morrinhos está entre uma das regiões mais populosas e pobres do Guarujá.
A presença de favelas e habitações precárias carentes de infra-estrutura urbana ainda
se fazem presentes no Distrito. Estas ocupam principalmente as áreas da orla, mais
precisamente ao longo da ferrovia que liga os Terminais de Contêineres ao Centro
Industrial de Cubatão. Outros bolsões de pobreza se encontram ao norte da UIT no
Jardim Progresso, ao sul da Vila Áurea, nas encostas dos morros em Vila Cachoeira,
Vila Zilda e Vila Edna. Continuação no próximo slide
Apesar de não representarem, no Distrito, o maior contingente populacional de baixa
renda do município de Guarujá, a migração nordestina, na década de 70, foi a maior
verificada em todo o litoral centro-sul do Estado. Os anos 80 assistiram à semi-
paralisação da construção civil. Espalhados por mangues (Vicente de Carvalho) e
morros (sede do município), os trabalhadores passaram a representar não mais a mão-
de-obra que impulsionava o progresso ou a multiplicação do consumo, tornando-se um
grande fardo social à Administração Pública do Guarujá. No final dessa década,
registraram-se 48 favelas na sede contra 15 em Vicente de Carvalho. Com o processo
de reurbanização das favelas e melhorias urbanas, já se observa, em Vicente de
Carvalho, um princípio de verticalização residencial, apesar de predominar o
horizontal.
Comércio e Serviços
Vicente de Carvalho tem o segundo maior centro comercial da Baixada Santista. Esta
forte atividade terciária vem proporcionando, a cada ano, melhoria na qualidade de vida
de sua população. Possuem mais de 400 lojas e um shopping, onde se pode encontrar
qualquer produto.
As avenidas que correspondem aos maiores corredores comerciais do Distrito são a
Av. Thiago Ferreira e, na sua continuação, a Av. Santos Dumont, com mais de 400
estabelecimentos de comércio bastante diversificado. No final da primeira avenida
encontra-se a Estação das Barcas, local de travessia de pedestres. Continuação no próximo slide

Uso Residencial Uso Residencial Comércio e Serviço


O comércio é formado de pequenos estabelecimentos, além de lojas de grandes redes
de magazines, sendo responsável por 80%do comércio de todo o município, de acordo
com a Câmara de Dirigentes Lojistas da Cidade. É um excelente local de compras tanto
pela variedade como pelos preços acessíveis.
Atividade Industrial
Nessa UIT é inexpressiva a atividade industrial. Encontram-se algumas pequenas
indústrias espalhadas em áreas residenciais de uso misto.
Infra-Estrutura Urbana Básica
A UIT Vicente de Carvalho teve seu desenvolvimento a partir da instalação da linha
férrea que ligava a Estação das Barcas na orla do Estuário de Santos, à Vila Balneária,
na Praia de Pitangueiras. Outra obra de infra-estrutura que proporcionou significativo
crescimento urbano e econômico ao distrito e ao restante do município do qual faz
parte, diz respeito à abertura, em 1957, da Rodovia Piaçagüera-Guarujá (SP 55), atual
Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP 248), que liga a Via Anchieta, em Cubatão, ao
município-sede do Guarujá. No início dos anos 70, o Governo do Estado construiu a
ponte que liga Guarujá ao continente, e essa outra obra foi decisiva para o
desenvolvimento imobiliário da cidade-sede, tendo como conseqüência a absorção do
estoque de mão-de-obra residente em Vicente de Carvalho.
A duplicação da Rodovia dos Imigrantes, em 2002 (já se fazia necessária no início da
década de 90, em virtude do “boom” imobiliário da cidade-sede), e a despoluição das
Continuação no próximo slide
praias, o município como um todo adquire um novo vigor. Os bairros mais
populares de Vicente de Carvalho passam a ser mais bem cuidados.
As obras de reurbanização melhoram o sistema viário, resultando em
pavimentação e sinalização de logradouros e calçadas, e isso somado à topografia
plana, que possibilita ao pedestre o deslocamento com bicicletas. As favelas por
sua vez, estão sendo paulatinamente reurbanizadas com serviços de arruamentos,
remoção de casas e extensão da rede provisória de energia. Esse conjunto de
ações faz com que os índices de qualidade de vida melhorem a cada ano.
Equipamentos Urbanos Significativos
Para melhor compreensão, será tratado à parte, em outra UIT, o Complexo
Portuário de Vicente de Carvalho, que também faz parte da história e de seu
crescimento.
Outro uso incluído nessa UIT e que terá uma grande importância econômica, não
só para a UIT de Vicente de Carvalho, como para a Região Metropolitana de
Santos, é a Base Aérea de Santos. Situada no extremo noroeste da Ilha de Santo
Amaro, funciona como uma pequena comunidade com vida própria. Fundada em
1922 no Sítio de Conceiçãozinha, seu objetivo principal era a guarda do Porto de
Santos e do Litoral. Logo depois foi mudada para o bairro de Bocaina, mais ao
norte. Naquela época, esse trecho da ilha ainda pertencia ao munic ípio de Santos,
daí o seu nome. No passado teve destaque no patrulhamento defensivo do Porto
e, atualmente a Base está vinculada ao Comando Aéreo de Treinamento, sendo a
única unidade militar no Brasil, onde funciona um curso de pilotos e mecânicos de
helicóptero.
Continuação no próximo slide
Por decisão do Comando Geral de Operações Aéreas do Ministério da Defesa, os
cursos ministrados serão transferidos para uma unidade militar em Natal, no Rio
Grande do Norte. A medida deve provocar a desativação da Base Aérea.
Investimentos Urbanos de Porte
Proposta de estudo para implantação do Aeroporto Civil Metropolitano no local
onde funcionava a Base Aérea de Santos. O processo de desativação da Base
Aérea, ora em tramitação, facilitará segundo entendimento da atual administração,
a implantação do novo aeroporto. Esta medida será, sem dúvida, impactante para
a Região da Baixada, favorecendo o dinamismo econômico dos nove municípios
da Região.
Aspectos Ambientais Relevantes
Não se observou no estudo desta UIT aspectos ambientais relevantes.
Observações Complementares
Vicente de Carvalho, elevado à condição de distrito do Guarujá em 1953, não mais
parou de crescer, conforme já foi mencionado. Sua expansão continuou a partir
da vila inicial pelos bairros de Paecará e, mais tarde, por núcleos planejados
formados por loteamentos diversos. Assistiu à formação da charmosa Vila
Balneária, no Guarujá, ao “boom” imobiliário para veraneio e, mais recentemente,
à atividade portuária, como se observará a seguir, ampliando seus horizontes,
empregando a mão-de-obra de sua população e criando, em paralelo, atividades
no setor terciário de produção.
UIT 2 – ZONA PORTUÁRIA DO GUARUJÁ
Localização
Localização
Limites Geográficos Essa UIT situa-se a sudoeste do munic ípio do Guarujá, entre a
Área Av. Santos Dumont e o Estuário de Santos.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade
Principais Corredores Ao norte, limita-se com o término da malha urbana do bairro de
Viários Locais Paecará, a leste com a Av. Santos Dumont, ao sul com o Rio
Uso do Solo Predominante Santo Amaro, incluindo ainda neste trecho a área ocupada por
Uso Residencial usos não-residenciais, como a Cooperativa Mista de Pesca
Comércio e Serviços
Atividade Industrial Nipo Brasileira, Estaleiro Wilson Sons, a Cia. de Indústria
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra Naval do Guarujá (CING) até a ponta da Fortaleza. A sudoeste e
Equipamentos Urbanos e oeste corre o Estuário de Santos.
Significativos
Investimentos Urbanos de Porte Área = 742,99 ha (5,4%)
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares Total de População 2000 = 10 100 habitantes (3,81%).
Total de Domicílios 2000 = 2 588 domicílios (3,55%).
Macroacessibilidade
A acessibilidade da UIT se dá por mar, pelo fato de constituir o braço esquerdo do
Estuário de Santos, caso o meio de transporte seja navio ou barco. Esse tipo de
acesso aplica-se à chegada e partida de produtos de importação e exportação.
Pode-se chegar tanto com automóveis como pedestres pelo ferryboat, que realiza a
travessia entre o continente (Ponta da Praia, em Santos), até o Jardim São José no
Guarujá.
Esta é a mais importante travessia entre Santos e Guarujá. Portanto, além de permitir
acesso à UIT, atende ao deslocamento de automóveis e passageiros para toda a ilha,
registrando um movimento médio diário superior a 22 mil autos, 10 mil bicicletas e
três mil motos.
Uma terceira opção é a chegada por automóvel ou caminhão pela Via Cônego
Domênico Rangoni, que tem uma via de acesso (a Rua Idalino Pinez ou Rua do
Adubo) que liga, em linha reta, a Rodovia aos terminais de contêineres.
Principais Corredores Viários Locais
Por se tratar de uma área portuária, os principais corredores viários estão voltados ao
transporte de carga. Além dos citados no item acima, também se prestam a esta
finalidade a Av. Santos Dumont e um ramal ferroviário para transporte de carga, ligando
esta área ao Centro Industrial de Cubatão. Este ramal é parte integrante dos 200 km de
trilhos1 existentes em operação no Complexo Portuário de Santos. As instalações da
ferrovia estão sendo beneficiadas com a chegada de modernas composições da
Ferronorte.
Fala-se ainda que será construída, em breve, uma avenida perimetral que facilitará o
tráfego de caminhões até a Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Uso do Solo Predominante
No antigo Sítio Conceiçãozinha, onde somente existiam bananeiras e caranguejos, hoje
encontram-se instalados terminais de cargas e descargas de granéis líquidos e sólidos,
além de indústrias químicas e de alimentos, como Dow Química e Cutrale, dando à
região um cunho desenvolvimentista que obrigou a instalação de um ramal ferroviário.
Suas instalações compreendem terminais especializados, como o Tefer, com 567m de
cais para a movimentação de fertilizantes, e o Tecon, cuja área total é de 350 000 m2
exclusiva para contêineres, dispõe de uma estrutura de equipamentos modernos
especializados na movimentação de carga conteinerizada. Continuação no próximo slide
O uso e a ocupação predominante da UIT não são urbanos, isto é, a área é ocupada por
atividades portuárias, voltadas ao setor de importação e exportação de mercadorias,
com infra-estrutura tipicamente de indústrias de base, grandes espaços, galpões e
maquinário pesado.
Fazem parte também o terminal de ferryboat (Santos / Guarujá), Iate Clube de Santos e
o Complexo Industrial Naval de Guarujá (CING). Este último situa-se na entrada do
Estuário e compreende um grande território ocupado por marinas. Há disponibilidade
de cinco áreas capazes de abrigar estaleiros para a construção de navios de médio e
grande portes.
Uso Residencial
O uso residencial resume-se em dois bolsões de extrema pobreza, sendo um situado
no Sítio Conceiçãozinha e o outro, no extremo sudoeste da ilha e da UIT.
Comércio e Serviços
No setor de comércio e serviços destacam-se os terminais de fertilizantes Tefer, o de
contêineres Tecon, o de açúcar e grãos, da Cargill.
Atividade Industrial
A atividade industrial resume-se em grandes indústrias, cuja manufatura ou
processamento da matéria-prima está voltada à exportação ou importação, a exemplo
do suco de laranja da Cutrale, da Dow Química, na fabricação de produtos químicos, a
Cooperativa Mista de Pesca Nipo-Brasileira, entre as mais importantes.
Infra-Estrutura Urbana Básica
Por tratar-se de uma área de predomínio de atividades portuárias em quase toda a sua
extensão, é de se esperar que toda a sua infra-estrutura, bem como os projetos de
modernização estejam voltados, conforme já comentado, para o setor de transportes
ou de deslocamento de cargas em ferrovia, rodovia ou marítima.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não se observaram equipamentos urbanos de porte, mesmo porque não se trata de
área residencial. Porém, há de se lembrar que as empresas que aí se encontram têm
um conjunto de programas sociais para funcionários e seus familiares, como é o caso
da Companhia das Docas e a Cargill, que mantêm, em parceria com a população local
(paupérrima, vivendo em palafitas), um programa de preservação do mangue.

Atividade Industrial Comércio e Serviços


Investimentos Urbanos de Porte
Iniciadas em outubro de 2005 e com previsão de conclusão em dezembro de 2006,
encontram-se em andamento as obras de instalação de equipamentos de última
geração para estocagem de enxofre e outros fertilizantes nos armazéns do antigo
Terminal de Fertilizantes (Tefer) e no Terminal Marítimo de Santos (Termag).
Trata-se de um projeto de modernização que está sendo implantado em área de 470 mil
metros quadrados no Complexo Portuário de Santos. Quando conclu ído, a nova obra
auxiliará em muito a economia do Guarujá, tendo-se a estimativa de movimentar cerca
de R$ 13 milhões por ano, em ISS, além da geração de 380 empregos diretos. Uma vez
concluído, o complexo ampliará a capacidade operacional em cerca de cinco milhões
de toneladas de grãos por ano.
Aspectos Ambientais Relevantes
Não foi possível ter avaliado ou mesmo tido contato com algum programa que
estabeleça medidas mitigadoras ao impacto causado pelas indústrias químicas no
mangue, na rede fluvial e no habitat marinho.
A prefeitura do Guarujá, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, adotou o
programa de compensação ambiental com empresas do setor privado. A empresa
interessada aplica recursos em projetos de preservação ambiental, em troca de
autorização da prefeitura para ampliação de suas instalações. Continuação no próximo slide
Uma delas é a Cargill que, em troca da permissão para ampliação de sua planta
industrial, mantém na UIT um projeto de preservação denominado Mangue Adotado, ao
lado de suas instalações portuárias. Este acordo ambiental está previsto no Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), legislação federal que rege a questão
ambiental.
Observações Complementares
Entre o glamour da Vila Balneária, que deu origem à cidade do Guarujá no início do
século, e o “boom” imobiliário na década de 80, um novo ciclo é marcado pela
mudança de perfil socio-econômico do município, quando começa a despertar essa
nova vocação, sem perder a de cidade veraneio e turística. O porto integrou-se no
cotidiano da população residente da ilha, trazendo perspectivas e resultados
favoráveis ao seu desenvolvimento.
UIT 3 – PITANGUEIRAS / CENTRO
Localização Localização
Limites Geográficos
Área A UIT Praia das Pitangueiras situa-se a sul - sudoeste da ilha.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade Limita-se ao norte, leste e oeste com uma área de morros e, ao
Principais Corredores
Viários Locais sul, pelo Oceano Atlântico. Esta topografia de morros a separa, a
Uso do Solo Predominante oeste, pela UIT formada pelas Praias das Astúrias. Tombo e
Uso Residencial Guaiúba, a leste, pela Praia da Enseada e a norte, pelas UITs,
Comércio e Serviços com predomínio de população fixa: Sta. Rosa / Sto. Antônio e
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra Vicente de Carvalho.
Equipamentos Urbanos
Significativos
Área = 411,46 ha (3%).
Investimentos Urbanos de Porte
Aspectos Ambientais Relevantes
Total de População 2000 = 5 803 habitantes (2,19%).
Observações Complementares Total de Domicílios 2000 = 2 192 domicílios (3,01%).
Macroacessibilidade
Se a proveniência for São Paulo, a via mais utilizada é a Rodovia
Cônego Domênico Rangoni. Caso seja Santos, a melhor via é a
travessia da balsa (ferryboat), da Ponta da Praia, em Santos, até a
Av. Ademar de Barros, na Ilha.
Principais Corredores Viários Locais
Os principais corredores viários são a Av. Puglisi, Leomil e Marechal Deodoro da
Fonseca, que contorna a orla e passa a se denominar Av. Miguel Stéfano, quando inicia
a Praia da Enseada, e a Av. Emílio Carlos, que se dirige para a Praia de Pernambuco e
passa a se denominar Av. Dom Pedro I.
Uso do Solo Predominante
A ocupação da Praia das Pitangueiras confunde-se com a própria fundação da cidade
de Guarujá.
Essa UIT era o embrião do balneário de elite da Baixada Santista, constituída de
paisagens belíssimas capazes de atrair poderosos empreendedores a construírem
magníficas casas de veraneio e que, posteriormente, seriam substituídas por luxuosos
edifícios de apartamentos.
Um paulistano de grande visão, Elias Fausto Pacheco Jordão, fez com que a ilha, até
então encarada como um prolongamento improdutivo de Santos, se tornasse uma
região com potencial de vida própria.
Em 1893, Guarujá que, até então não passava de um mero povoado, ganhou o status de
vila, a partir da fundação da Vila Balneária. Para sua fundação, foi organizado um
ousado plano de urbanização na região, onde hoje é o centro da cidade, ao longo da
Praia das Pitangueiras.
Esse plano incluía um hotel de luxo, cassino, igreja e a construção de 46 chalés
residenciais desmontáveis construídos com pinho da Geórgia (EUA).
Continuação no próximo slide
A vila também desfrutava de água encanada, esgoto e luz elétrica, o que era um luxo
para a época.
Juntamente com a inauguração da vila, foi construída uma ferrovia exclusiva para
transportar os visitantes (alta sociedade paulistana).
A linha da Cia. Balneária da Ilha de Santo Amaro ligava o Porto de Santos via balsa2,
até a estação inicial de Itapema3, e daí seguia para a estação final em Pitangueiras, em
um percurso de nove km.
A partir daí, o crescimento da cidade foi contínuo e, em 1947, Guarujá emancipa-se
para município. Desde o início do século, o glamour da ilha deveu-se à freqüência de
ilustres personalidades do cenário político-econômico de São Paulo, por décadas,
como Washington Luiz, Rui Barbosa, Santos Dumont, Matarazzo e outros. O que
também dava brilho à nova cidade era o esplendoroso Cassino La Plage, grande
animador do Guarujá.
Após o primeiro governo municipal, havia chegado, então, a fase áurea do Guarujá,
cuja alavanca principal foi a construção da Via Anchieta e da Via Anhangüera. Esta
última completaria e interligaria a “interlândia” paulista ao litoral do Estado.
A praia das Pitangueiras reúne, hoje, os mais tradicionais e interessantes edifícios do
litoral paulista, destacando-se o lendário Edifício Sobre as Ondas, o único a ficar
“dentro” da praia, tendo suas janelas debruçadas sobre o mar, e o edif ício Albamar, no
Morro do Maluf, também conhecido por Gaiola de Ouro.
Uso Residencial
O centro de Guarujá tem uso predominantemente residencial vertical, com forte
presença de equipamentos públicos, institucionais, lazer e comerciais.
As duas primeiras quadras a partir da orla, assim como toda a ocupação situada
em direção à Praia das Astúrias e do Guaiúba a oeste, tem uso exclusivamente
residencial vertical. Raramente se observa uma casa térrea e, quando isso ocorre,
em geral, ocupa uso comercial ou de serviços.
Na terceira quadra, o uso já se encontra mesclado entre edif ícios de mais de três
andares e edificações horizontais residenciais. A presença de atividades
comerciais e de serviços se faz sentir com maior intensidade.
Continuando em direção à região de morros, o predomínio é horizontal, com
diversidade de comércio e serviços, além de todos os serviços administrativos da
municipalidade. Presença de um grande hospital a leste da UIT, o Hospital Santo
Amaro e próximo a ele encontra-se um grande e tradicional equipamento de lazer,
o Vila Souza Atlético Clube.
Comércio e Serviços
A atividade comercial é a mais forte do munic ípio, perdendo apenas para o Centro
Comercial de Vicente de Carvalho. O tipo de comércio existente é varejista e
voltado ao consumo da população local, sobretudo no setor de alimentação,
como supermercados, panificadoras, bares, lanchonetes, sorveterias, farmácias
etc. Em virtude da alta demanda de sua população nos meses de temporada,
feriados e fins de semana, é comum que o horário de atendimento se estenda até
as 22 horas. Continuação no próximo slide
O setor de confecções e produtos artesanais são encontrados em luxuosas
butiques e casas especializadas na área dos calçadões. Casas prestadoras de
serviços diversos e rede bancária são abundantes nessa UIT. É nesta porção do
Guarujá que se localiza a sede da Prefeitura, a Câmara Municipal, a Delegacia e a
Igreja Matriz.
O comércio concentra-se nas Avs. Leomil, Puglisi e Deputado Emílio Carlos,
Marechal Deodoro da Fonseca (Shopping La Plage, Heureka Exploratorium, que é
um centro de lazer para jovens e crianças4) e na Rua Mário Ribeiro (Shopping
Boulevard Center) com a presença de inúmeros barzinhos e restaurantes. Há,
porém, pequenos estabelecimentos distribuídos em quase todos os logradouros
que o zoneamento permite.
Atividade Industrial
A atividade industrial é inexistente nessa UIT.
Infra-Estrutura Urbana Básica
O “boom” imobiliário impulsionado pela abertura da Rodovia Piaçagüera-
Guarujá, na década de 70, e mais recentemente com a duplicação da Rodovia dos
Imigrantes e, ainda, com a despoluição das praias, fez com que a “Nova Miami”
recebesse um processo de revigoração, melhorando a distribuição da rede de
água5, esgoto, coleta de lixo, o trânsito passou a ser melhor sinalizado, reduzindo,
por exemplo, o tráfego de carros na Praia das Pitangueiras (apenas os
proprietários de apartamentos podiam circular pela rua da praia). Continuação no próximo slide
Novo corredor desviou o tráfego do centro da cidade, em direção à Praia de
Pernambuco. Enfim, a infra-estrutura viária é boa, somente entrando em colapso nos
grandes feriados de verão, principalmente no Carnaval e Reveillon.
Equipamentos Urbanos Significativos
Com o “boom” imobiliário que se deu a partir dos anos 70, o prefeito da época já
contratou o arquiteto Jaime Lerner para a reurbanização de toda a ilha. Em seu projeto,
no que diz respeito a essa UIT, conseguiu reduzir o tráfego de veículos na zona central
e implantou um largo calçadão feito com toras de madeira, que permitiu aumentar o
fluxo de pedestres na Av. Beira-Mar. Além dos calçadões, as avenidas são arborizadas,
iluminadas e apresentam boa infra-estrutura de lazer.
No local em que funcionava o restaurante do Cassino, e mais modernamente o Clube
da Orla, a iniciativa privada implantou o Shopping La Plage, com ótimas lojas e uma
praça de alimentação. No local do belíssimo prédio do Cassino, hoje há um parque de
diversões, além de boas sorveterias e casas de diversões para crianças. O Hospital
Santo Amaro é o mais bem equipado da cidade.
Investimentos Urbanos de Porte
Não foi observado qualquer tipo de investimento urbano nesta UIT.
Aspectos Ambientais Relevantes
Com o reparo do emissário submarino, a qualidade da água das praias alcançou
sensível melhora, permitindo ao banhista a possibilidade de usufruir a praia sem correr
riscos à saúde. A Cetesb informa pela Internet, em tempo real, a qualidade das águas
de todas as praias da Ilha, e raramente a balneabilidade não é boa.
Ainda quanto aos aspectos ambientais, a paisagem como um todo apresentou um
visual comprometido com a implantação de empreendimentos que desfiguraram o
Morro do Maluf (nesta UIT) e outros, dos demais pontos estratégicos do município, que
só contribuíram para aumentar a emissão de poluentes e o congestionamento do
balneário.
UIT 4 – VILA SANTA ROSA E VILA SANTO ANTÔNIO
Localização Localização
Limites Geográficos Situa-se a sudoeste da ilha, ao sul da ZPG (Zona Portuária do
Área
População 2000
Guarujá).
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade
Principais Corredores Limita-se ao norte pelo Rio Santo Amaro, a leste pela Via Santos
Viários Locais Dumont (proveniente de Vicente de Carvalho), ao sul e sudoeste
Uso do Solo Predominante
Uso Residencial
com o término da malha urbana e encontro com os morros
Comércio e Serviços cobertos de mata, e a noroeste pela Rua Padre Arnaldo Caiaffa.
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra Área = 221,40 ha (1,6%)
Equipamentos Urbanos Total de População 2000 = 40 107 habitantes (15,15%)
Significativos
Investimentos Urbanos de Porte Total de Domicílios 2000 = 11 106 domicílios (15,26%)
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares Macroacessibilidade
São três as vias de acesso: se a proveniência for Santos via
balsa, a Av. Ademar de Barros é a mais importante e conhecida
via de acesso até os bairros que compõem esta UIT. Se a origem
for São Paulo, após finalizar o percurso da Rodovia Cônego
Domênico Rangoni na altura da rodoviária da cidade, basta
alcançar à direita a Av. Ademar de Barros. Continuação no próximo slide
Se o ponto de partida for Vicente de Carvalho, o macroacesso se dá pela Via Santos
Dumont, que termina na Vila Santo Antônio.
Principais Corredores Viários Locais
Os principais corredores viários desta UIT são avenidas ao longo de rios canalizados
perpendiculares ao Rio Santo Amaro e ao Estuário de Santos. Eis algumas delas:
Francisco Arnaldo Gimenez, Prefeito Domingos de Souza, Miguel da Cruz Michael,
Antônio Correia e outras.
Uso do Solo Predominante
A formação do conjunto de bairros que compõem essa UIT é similar à do distrito de
Vicente de Carvalho, isto é, são bairros constituídos por uma população fixa ou
residente, que tem seu trabalho no próprio município ou em Santos. Esses bairros são
possivelmente de formação mais recentes que os de Vicente de Carvalho e dispõem de
satisfatória infra-estrutura urbana. As suas ruas são pavimentadas, iluminadas, com
inúmeros equipamentos públicos e com bom comércio local. A Prefeitura realiza
constantes obras de melhoria em seus bairros, como a limpeza e desobstrução dos
córregos canalizados. O solo desta UIT está predominantemente ocupado, com uso
residencial horizontal, variando entre o padrão popular e o médio.
Uso Residencial
Os principais bairros formadores desta UIT, a saber:
Vila Santo Antônio, Jardim Primavera e em grande extensão da Vila Santa Rosa, são
residenciais horizontais de padrão popular para médio. Apesar de não ser
exclusividade desta UIT, existem bolsões de pobreza, conseqüência da chegada de
milhares de pedreiros e trabalhadores que vieram durante o “boom” de construção
imobiliária. Sem recursos, acabaram por se instalar em favelas, as quais são ainda hoje
um grande problema social do Guarujá, agravado com o desemprego no período de
baixa temporada de verão. Nesta UIT destaca-se a favela situada na margem do
afluente do Rio do Meio, próximo ao Centro Esportivo Padre Donizetti, e outra área
formada de habitações precárias nas proximidades do Rio Santo Amaro e entorno da
propriedade da Viação Translitoral.
A UIT apresenta poucos espaços vazios; portanto, há pouca disponibilidade para
expansão urbana.
Comércio e Serviços
As casas comerciais e serviços situados na Av. Ademar de Barros, atendem não só a
população do bairro, como também outras áreas do Guarujá, visto que se trata de uma
avenida de fácil acesso, além de muito conhecida, pois é o caminho que conduz à
travessia de balsa em direção a Santos. É uma importante via de comunicação entre
Santos / São Paulo e Guarujá e o principal corredor comercial desta UIT.
Atendendo a uma demanda local, existem casas comerciais concentradas pelas Avs.
Manoel da Cruz, Manoel Albino e Miguel Mussa Gaze.
Atividade Industrial
Destacam-se poucos e grandes empreendimentos, a saber: Estaleiro Santa Maria,
Hanseática Estaleiros Ltda, Ikaema, Citel Montagens Elétricas Ltda e Viação
Translitoral Ltda, todas situadas à margem e/ou proximidade do Rio Santo Amaro.
Infra-Estrutura Urbana Básica
A UIT está constituída com uma satisfatória infra-estrutura urbana; as ruas encontram-
se em boas condições de tráfego, são pavimentadas e iluminadas. Os bairros são
entremeados por afluentes e subafluentes do Rio Santo Amaro e por outros do grande
estuário (de Santos), todos canalizados e com limpezas periódicas realizadas pela
Prefeitura. As linhas de ônibus ligam os bairros até o centro da cidade e Vicente de
Carvalho.

Comércio
Equipamentos Urbanos Significativos
O conjunto de bairros está muito bem servido de equipamentos públicos, em especial
escolas municipais de Ensino Infantil e Fundamental. Já está em pleno funcionamento
o novo Complexo Rodoviário do ferryboat na praça das Nações Unidas, dando novo
charme à entrada da cidade. O complexo foi concedido pela Translitoral Transporte,
concessionária de serviços públicos de transporte coletivo no Guarujá. Ocupa uma
área de 9 mil metros quadrados.
Os equipamentos de lazer e de saúde também se encontram bem distribuídos,
destacando-se o Estádio Municipal de Futebol Antônio Fernandes, situado ao sul da
UIT, e a sede do Iate Clube de Santos (apesar do nome, situa-se no Guarujá e é
freqüentado pela elite).
Investimentos Urbanos de Porte
Não foram localizados.
Aspectos Ambientais Relevantes
Não se identificou aspecto ambiental relevante nesta UIT.
UIT 5 – ASTURIAS E GUAIUBA
Localização Localização
Limites Geográficos Situa-se na porção urbanizada a sudoeste da ilha.
Área
População 2000 Limites Geográficos
Domicílios 2000
Macroacessibilidade Limita-se ao norte por uma zona de morros isolados que
Principais Corredores constituem as UIT’s denominadas Morros de Guarujá e, ainda,
Viários Locais com uma comunicação na malha urbana com a UIT SRA ao norte;
Uso do Solo Predominante
Uso Residencial
a leste, zona de morros, ao sul pelo Oceano Atlântico
Comércio e Serviços representado pela Praia das Astúrias, Ponta das Galhetas, Praia
Atividade Industrial do Tombo e morros e a oeste pela Praia de Guaiúba.
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra
Equipamentos Urbanos Área = 129,34 ha (0,94%).
Significativos
Investimentos Urbanos de Porte Total de População 2000 = 5 607 habitantes (2,12%).
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares
Total de Domicílios 2000 = 1 931 domicílios (2,65%).
Macroacessibilidade
Quem se dirige a esta UIT proveniente de São Paulo, pela Antiga
Piaçagüera, alcança as Avs. Ademar de Barros e Helena Maria (é
uma travessa à esquerda) até a Av. dos Caiçaras. Se o ponto de
origem for Santos via balsa, alcança-se as Avs. Ademar de
Barros, Manoel Albino (é uma travessa à direita) e dos Caiçaras.
Continuação no próximo slide
Pode-se chegar acompanhando a orla pela Av. Marechal Deodoro se a origem for Praia
da Enseada. Em continuidade à Av. dos Caiçaras encontra-se a Av. Humberto Prieto
Perez, importante corredor viário da UIT.
Principais Corredores Viários Locais
Nesta UIT os mais importantes corredores viários coincidemcom os logradouros que
lhes dão acesso
Uso do Solo Predominante
Esta UIT surgiu após a ocupação da região central da cidade, a Praia das Pitangueiras.
Apesar de apresentar uma população fixa, caracteriza-se por ocupação de população
flutuante, isto é, aquela que freqüenta a área nos fins de semana e férias. As moradias,
sejam elas térreas ou prédios de apartamentos, correspondem, em sua maioria, à
segunda residência da população, que reside em quase sua totalidade, na Região
Metropolitana de São Paulo.
As principais praias desta UIT de ocupação típica de lazer são: das Astúrias, do
Tombo, do Monduba e Guaiúba. A primeira, morfologicamente, é uma continuação da
Praia das Pitangueiras e é separada pelo lendário Edifício Sobre as Ondas. Construído
em 1946 em cima de pedras que havia na praia, foi durante muitos anos o cartão postal
do Guarujá6. Muitos artistas, pintores, escritores e fotógrafos escolheram o Sobre as
Ondas como local de moradia, descanso ou trabalho em função de sua localização
privilegiada. Continuação no próximo slide
As primeiras habitações eram constituídas de casas térreas, sendo posteriormente
substituídas por edificações verticais, em especial na porção mais a leste da UIT,
continuando com construções horizontais a partir da Rua José Avelino de Oliveira.
Esta UIT é constituída por classe socioeconômica média-alta e alta e o tipo de
ocupação é predominantemente residencial vertical seguida de residencial horizontal.
Uso Residencial
Nas praias das Astúrias, do Tombo e na Ponta das Galhetas, o uso predominante é
residencial (lazer) vertical de média/alta renda. A verticalização distribuiu-se no interior
dessas áreas em função do “boom” da construção civil e do interesse pelas próximas.
A Praia das Astúrias, com seu um quilômetro de extensão, tem como principal
característica os barcos de pesca e barracas de venda de pescados, além de excelente
para banho. A Praia do Tombo, em virtude de sua conformação geológica, é ótima para
a prática do surfe.
Comércio e Serviços
Os corredores comerciais situam-se ao longo das principais avenidas, como a dos
Caiçaras e Miguel Alonso Gonzáles. O tipo de comércio e serviços destina-se ao
atendimento da população local. Na Praia do Guaiúba, habitualmente chegam logo
cedo alguns barcos de pesca, onde se pode comprar peixe fresco direto com o
pescador.
Na área de prestação de serviços, destacam-se as escolas de surfe num total de seis,
na Praia do Tombo.
Atividade Industrial
Inexpressiva, porém o destaque é a fábrica de pranchas de surfe na Praia do Tombo,
considerada a maior do País.
Infra-Estrutura Urbana Básica
A UIT demonstra ter sólida infra-estrutura, sendo os logradouros e avenidas calçadas e
em geral arborizadas; a água canalizada, esgoto, luz e telefone chegam em toda a área.
Os equipamentos públicos de saúde, ensino e lazer estão presentes, mas com poucas
unidades, por se tratar de uma área procurada principalmente para veraneio. Diversas
linhas de ônibus urbanos servem a UIT, facilitando o acesso de turistas aos fins de
semana; nele há pousadas e pequenos hotéis. A Praia do Guaiúba possui águas
calmas, excelentes para banho de crianças e adultos e também para mergulho;
encontram-se vários quiosques para atender o turista, com pratos à base de frutos do
mar.
A Praia do Tombo com menos de um quilômetro de extensão, em função de sua
topografia, como já foi visto, é ótima para a prática de surfe.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não foram encontrados nesta UIT equipamentos urbanos significativos. Merecem ser
destacadas as instalações do Forte dos Andradas para fins turísticos, situado no alto
de um morro, por onde se avista uma pequena praia de areias brancas e finas e águas
em permanente tom de esmeralda, denominada Praia do Monduba. Continuação no próximo slide
As edificações no morro datam de 1942 e visavam a defesa da costa, com elevadores e
túneis escavados na rocha, com quatro peças de artilharia no topo e um observatório
no plano mais alto.
Além das instalações da fortaleza, o local oferece outros atrativos para os visitantes,
como a pesca nas partes mais baixas, e em outros pontos pouco conhecidos. Somente
é permitida a visitação de turistas para a realização de passeios ecológicos.
Na Praia do Tombo, ponto de encontro de surfistas, foi construído um mirante para
Jurados assistirem aos campeonatos.
Aspectos Ambientais Relevantes
Com o reparo do emissário submarino, a qualidade da água das praias alcançou
sensível melhora, permitindo ao banhista a possibilidade de usufruir a praia sem correr
riscos à saúde. A Cetesb informa pela Internet, em tempo real, a qualidade das águas
de todas as praias da ilha, e raramente a balneabilidade não é boa.
No Jardim Guaíba, situado no final da Av. dos Caiçaras, os proprietários do local e
imediações, com apoio da Prefeitura, organizaram-se e criaram uma área de
preservação ambiental, cujo acesso é supervisionado pelos moradores. O lugar
também possui alguns quiosques para turistas.
UIT 6 – ENSEADA
Localização Localização
Limites Geográficos
Área A UIT Enseada localiza-se no centro sul da Ilha de Santo Amaro.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade Limita-se ao norte com uma área desocupada coberta por
Principais Corredores
Viários Locais porções de mata tropical nativa e campos antrópicos7. A leste,
Uso do Solo Predominante pela UIT Praia de Pernambuco e Praia do Perequê (PPP), ao sul
Uso Residencial pelo Oceano Atlântico e a oeste pela UIT Centro / Praia das
Comércio e Serviços Pitangueiras – CPT e por morros da UIT Morros do Guarujá MOG
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra (porção centro norte).
Equipamentos Urbanos
Significativos
Área = 1 407,01 ha (10,2%)
Investimentos Urbanos de Porte
Aspectos Ambientais Relevantes
Total de População 2000 = 38 086 habitantes (14,38%)
Observações Complementares Total de Domicílios 2000 = 10 734 domicílios (14,74%)
Macroacessibilidade
A macroacessibilidade se dá pela Rodovia Cônego Domênico
Rangoni se o ponto de origem for São Paulo via Piaçagüera; pela
Av. Ademar de Barros se a proveniência for Santos via Balsa;
pela Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (Bertioga – Guarujá) se
o ponto de partida for Bertioga via Balsa.
Principais Corredores Viários Locais
Além das vias que servem de acessoà UIT, os principais corredores viários são as Avs.
Dom Pedro I (cruza o interior da UIT) e Miguel Stéfano (acompanha a orla) e a Estrada
do Pernambuco que conduz à Praia de Pernambuco, Perequê e a Balsa para Bertioga.
Uso do Solo Predominante
Assim como na Praia das Astúrias e Guaiúba no lado oeste da Ilha, a Praia da Enseada
a leste teve sua ocupação e desenvolvimento após a consolidação da urbanização na
Praia das Pitangueiras no centro. O tipo de ocupação predominante é residencial
(veraneio) vertical apesar de na faixa da orla a ocupação ser horizontal.
Uso Residencial
Com o “boom” da construção civil, a Enseada assistiu à implantação de inúmeros
loteamentos de casas térreas e sobrados de fino padrão arquitetônico, particularmente
aquelas situadas em frente ao mar. A exemplo disso, temos o Jardim Três Marias e
Jardim Virgínia, que surgiram a partir da década de 50.
Até o final da década de 70, o padrão de ocupação era predominante residencial
horizontal e de veraneio, sendo que a população fixa somava índices modestos.
No início da década de 80 é que se deu o início de uma pulverização de edifícios
residenciais para veraneio, com três ou quatro andares para atender a demanda de
lazer à população paulistana de renda média. Esse acelerado processo de
verticalização preencheu os espaços vazios da orla da enseada a partir da segunda
Continuação no próximo slide
quadra em direção ao Interior. Com essa explosão imobiliária, migrantes nordestinos
chegaram atraídos pelo emprego da construção civil, multiplicando-se as favelas que,
além das existentes em Vicente de Carvalho, por falta de mais espaço, foram ocupando
as encostas de morros e aí permanecem até hoje.
Muitas já tiveram algum processo de reurbanização, tendo a área ocupada recebido
água, iluminação, arruamentos e instalação de equipamentos públicos, como escolas,
creches, postos de saúde e transporte. Esta UIT marca muito bem este contraste entre
a alta renda e esses bolsões de habitações precárias e pobreza extrema.
A Praia da Enseada é a mais extensa da cidade, tendo próximo a sete quilômetros de
extensão. No seu início destaca-se o Morro do Maluf, onde se tem uma vista
privilegiada até o final da península. É freqüentada por banhistas e praticantes de
esportes náuticos8. À noite, é muito procurada por turistas devido ao grande número
de bares, restaurantes e casas noturnas. Durante a temporada, a praia torna-se point
de eventos, com arenas de campeonatos esportivos e shows musicais.
Após as 17 horas, em virtude da largura da praia e da farta iluminação, a areia está
liberada para a prática de jogos de futebol, vôlei e frescobol. Os passeios de pedestres
e ciclistas são comuns na Av. da Orla (Miguel Stefano).
Comércio e Serviços
Os corredores comerciais da Enseada são as Avs. Dom Pedro I (cruza seu interior) e
Miguel Stéfano (acompanha a orla) e a Estrada do Pernambuco. Continuação no próximo slide
O comércio varejista é farto na Dom Pedro e Estrada do Pernambuco, particularmente
voltado ao abastecimento da população flutuante.
A Av. Miguel Stéfano merece destaque pela concentração de bares, restaurantes,
hotéis9 e algumas lojas, que garantem intenso movimento diurno e noturno nas férias e
nos fins de semana; após a reurbanização, realizada no final da década de 90, a infra-
estrutura foi remodelada desde a região central na Praia das Pitangueiras10 a três
quilômetros da Enseada. Nela ainda foi feita uma ciclovia e no lugar de barracas
velhas, que vendiam petiscos sem a higiene necessária, foram colocados 50 quiosques
bem montados, tal qual se observa nas praias cariocas.
Atividade Industrial
Não seobservou nenhum equipamento industrial significativo.
Infra-Estrutura Urbana Básica
Seguramente, goza de uma das melhores infra-estruturas de lazer da Baixada Santista.
Após o rompimento do emissário submarino e as praias imundas que amargaram as
temporadas de 1966 até quase fins do milênio, houve uma retirada de turistas para o
litoral norte. Hoje, a situação não é mais esta; as praias estão limpas, os calçadões
foram remodelados, as ruas e avenidas, repavimentadas, sinalizadas e embelezadas,
como é o caso da Av. Dom Pedro I, onde foram plantados 74 coqueiros imperiais com
quatro metros de altura cada um, dando um ar de elegância ao ambiente. Para diminuir
os problemas com segurança, a Prefeitura criou a guarda municipal com um efetivo de
Continuação no próximo slide
mais de 350 homens, aumentou o número de salva-vidas e, iluminou as ruas e a
orla. As vias de tráfego de ônibus e veículos são fiscalizadas e orientadas para que
o tráfego flua com o mínimo de dificuldades. Com tudo isso, a cidade como um
todo voltou a ser uma boa opção para o verão.
Equipamentos Urbanos Significativos
Além dos já mencionados, encontra-se nesta UIT a Unaerp, uma universidade de
Ribeirão Preto que, em 1999, inaugurou um campus na Praia da Enseada e que se
localiza na Av. Dom Pedro I, ocupando uma área de 30 mil metros quadrados, local
de boa infra-estrutura urbana tanto para moradia, como para alimentação,
transporte e lazer.
Outro equipamento que dá destaque não só à Enseada, mas ao munic ípio é o
Aquamundo, de padrão internacional, que é um complexo de entretenimentos,
praça de alimentação, loja e a maior exposição de organismos aquáticos da
América do Sul, com três mil metros quadrados de área e 1 200 000 litros de água
salgada, distribuídos em 35 tanques e terrários. Expõe várias espécies de animais
aquáticos representativos dos mais diversos ambientes e grupos zoológicos e se
localiza no centro da Avenida Miguel Stéfano.
Cabe lembrar que esses equipamentos pertencem à iniciativa privada e
movimentam significativamente a vida da cidade. Outros equipamentos que não se
destacam pelo porte mas pelo dinamismo que acrescentaram à Ilha são as obras
públicas realizadas em parceria com a iniciativa privada, como é o caso da arena
para competições Continuação no próximo slide
esportivas na Enseada, sendo também bancada pela Rede Globo. A arena fica
próxima ao tradicional Casa Grande Hotel, que investiu na construção de uma
praça bem em frente às suas instalações e um imponente centro de exposições de
4 mil metros quadrados.
Investimentos Urbanos de Porte
Um investimento urbano que merece destaque nesta UIT é o Guarujá Central Park,
na Praia da Enseada. O empreendimento além do setor turístico vai incrementar a
população fixa para o Guarujá, consiste num bairro planejado, em área de 494 mil
metros quadrados, que se estende do mar até a serra, com normas rígidas de uso,
ocupação e paisagismo. O projeto prevê áreas para diferentes formas de
ocupação: residencial vertical, residencial horizontal, comércio e serviços. Os
preços dos lotes variam conforme seu posicionamento no empreendimento, o
qual será dotado de completa infra-estrutura.
Aspectos Ambientais Relevantes
Com o reparo do emissário submarino, a qualidade da água das praias alcançou
sensível melhora, permitindo ao banhista a possibilidade de usufruir a praia sem
correr riscos à saúde.
Esta UIT abriga no final da Av. Dom Pedro, no sopé da Serra de Santo Amaro, uma
área de 25 mil metros quadrados (área superior a dois campos de futebol), o
Parque Ecológico da Enseada. A idéia é incentivar a educação ambiental e a
pesquisa, além de abrigar viveiros de espécies de vegetação da Mata Atlântica.
Este espaço foi criado para lazer, semelhante ao Orquidário de Santos ou o Horto
de São Vicente.
UIT 7 – PRAIA DE PERNAMBUCO E PEREQUÊ
Localização Localização
Limites Geográficos
Área Situa-se a sudeste da ilha.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade Limita-se ao norte com área coberta de mata tropical distribuída
Principais Corredores
Viários Locais pela UIT MOG (setor centro-norte) e pela UIT PIT; a leste, sudeste,
Uso do Solo Predominante sul e sudoeste pelo Oceano Atlântico e a oeste pela UIT ENS.
Uso Residencial
Comércio e Serviços Área = 1 481,64 ha (10,8%).
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra Total de População 2000 = 12.270 habitantes (4,63%).
Equipamentos Urbanos
Significativos
Total de Domicílios 2000 = 3.455 domicílios (4,75%).
Investimentos Urbanos de Porte Macroacessibilidade e Principais Corredores Viários Locais
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares A macroacessibilidade confunde-se com os principais corredores
viários, que são a Estrada do Pernambuco - que se tem como
travessa a Rua Desembargador Plínio de Carvalho Pinto e via de
acesso para a UIT, para os que provêm de Santos / Guarujá - a
Av. Marjory Prado (ao longo da Praia de Pernambuco) e a
Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (SP 61 Guarujá - Bertioga)
para os que chegam de Bertioga.
Uso do Solo Predominante
As praias de Pernambuco e Perequê eram, no final do século XIX e início do XX, duas
importantes propriedades rurais.
O Sítio Pernambuco fazia divisa com a Praia da Enseada de Santo Amaro, ao sul, e o
Sítio do Perequê ao norte. O mar tinha águas tranqüilas e a praia era privativa dos
donos do sítio. A pesca constituía a principal atividade econômica, pois o local é ótimo
tanto para pescaria de arrastão quanto, nas pedras, para pescar garoupas. As terras,
por sua vez, eram férteis e virgens, propícias para extrair madeiras necessárias às
futuras construções e posterior aproveitamento na plantação de roças.
Aproximadamente no meio da propriedade, havia um caminho formado por uma picada
belíssima cercada de densa floresta que, mais tarde, com o progresso, foi substituída
pela atual estrada Guarujá – Bertioga.
O Sitio Pernambuco enquanto esteve nas mãos de seu proprietário, era um dos mais
prósperos da Ilha. Após seu falecimento, o progresso dele estacionou.
O Sítio Perequê era, nesse mesmo período, talvez a maior e mais famosa propriedade
agrícola de toda a Ilha, com enorme frente para a praia e fundos até o Rio Bertioga. Seu
proprietário Valêncio Augusto Teixeira Leomil ficou ligado à história do Guarujá devido
o seu tino comercial, pois solicitara à Câmara de Santos a concessão para instalar uma
linha de trens de ferro do Estuário de Santos até o Guarujá e a Praia do Perequê, de
sua propriedade. O senhor Leomil era parente de um dos fundadores da futura cidade
do Guarujá. Esta UIT tem como principal característica o uso predominante residencial
horizontal de alto padrão.
Uso Residencial
É grande a existência de condomínios fechados; isso se verifica inclusive em alguns
edifícios localizados no Morro da Península e no Costão das Tartarugas. Esta
Península é uma das porções da Ilha, freqüentada por banqueiros e poderosos
empresários. Parte destes freqüenta o Clube Samambaia (próximo ao local) e o Iate
Clube de Santos (que, apesar do nome, se localiza no Guarujá). Muitos chegam em
suas mansões de helicóptero.
O mesmo cenário repete-se no Morro de Sorocotuba com o Balneário Santa Fé. Todo o
Morro coincide com a Estação Ecológica do mesmo nome.
Trata-se de uma reserva da Mata Atlântica, local de rara beleza, com costa rochosa e
com duas praias de águas límpidas: Éden, excelente para mergulho, e Sorocotuba, que
para ter acesso a ela é necessário descer uma trilha a pé.
Mais adiante, rumo à Praia de Pernambuco, temos os loteamento de lazer horizontal de
alto padrão, o Balneário Praia do Pernambuco e o Jardim Pernambuco. Atrás destes
localiza-se um antigo e hoje grande condomínio fechado, o Jardim Acapulco, com forte
esquema de segurança, quase totalmente ocupado por luxuosas e imponentes
mansões.
A Praia de Pernambuco possui uma peculiaridade geográfica: a praia do Mar Casado,
com aproximadamente 300 metros de extensão. É uma praia vizinha que junta suas
águas com as da Praia de Pernambuco quando a maré sobe. Continuação no próximo slide

Morro Tartaruga Cond. Fechado Praia de Perequê


É uma praia criada pela formação de uma baía, e recebeu esse nome porque
quando a maré sobe, a praia fica totalmente encoberta.
Na Praia do Perequê, o padrão de ocupação é mais modesto, variando entre o
popular e baixa renda. Na encosta do morro localiza-se um bolsão de pobreza
formado de habitações bastante precárias. Nesta localidade e seus arredores há o
predomínio de população fixa. É conhecido como o reduto dos pescadores, pois
abriga o autêntico caiçara do litoral paulista.
Comércio e Serviços
O principal e único corredor comercial desta UIT é a linear Estrada de Pernambuco,
que passa a se chamar Av. Marjory Prado e Rodovia Ariovaldo Vieira Viana. O
comércio e serviços não constituem um elemento de destaque. Encontram-se
supermercados, padarias) restaurantes e algumas pousadas. Merece destaque ao
longo da estrada que margeia a Praia do Perequê um grande número de rústicos
restaurantes, que servem frutos do mar muito frescos. É comum o turista poder
assistir à puxada de rede e comprar camarões e outros peixes acabados de pescar.
Atividade Industrial
Insignificante
Infra-Estrutura Urbana Básica
As áreas ocupadas por condomínios e residências de lazer são portadores de boa
infra-estrutura, pois oferecem água, luz, telefone, pavimentação e rede de
transporte público. Os equipamentos públicos de educação, saúde e lazer
localizam-se no Balneário Praia do Perequê. Não são abundantes por se tratar de
uma área de baixa densidade de ocupação.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não foram identificados.
Investimentos Urbanos de Porte
Um investimento em andamento desta UIT encontra-se na Praia de Pernambuco.
Trata-se do Resort Jequitimar, que está sendo construído pela Sisan, uma das 34
empresas do Grupo Silvio Santos. As obras tiveram in ício em 2005, com prazo de
conclusão em dois anos. O resort ocupará um terreno de 56 mil metros quadrados,
onde funcionou o Jequitimar Praia Hotel, e a Ilha do Mar Casado, totalizando um
investimento de R$ 150 milhões.
Aspectos Ambientais Relevantes e Observações Complementares
Quando se implantou o programa de reurbanização do centro e praias do Guarujá,
um conjunto de medidas municipais foi aplicado, como o impedimento da entrada
de ônibus de excursões, a menos que tivessem locais comprovados para se
acomodarem. Isso ocorria principalmente na Praia do Perequê. Isso reduziu a
poluição e acúmulo de lixo nas praias, e somado ao trabalho de melhoria de
balneabilidade do litoral controlado pela Cetesb, pode-se afirmar as praias dessa
UIT são saudáveis para banhistas. Os morros da Península e de Sorocotuba,
tiveram ocupação controlada, apesar da cobertura de mata tropical. A Estação
Ecológica de Sorocotuba constitui um obstáculo à especulação imobiliária.
UIT 8 – SÃO PEDRO, IPORANGA E TIJUCOPAVA
Localização Localização
Limites Geográficos
Área Situa-se no extremo leste da Ilha.
População 2000
Domicílios 2000 Limites Geográficos
Macroacessibilidade Limita-se ao norte e a leste pelo Canal de Bertioga, ao sul pelo
Principais Corredores
Viários Locais Oceano Atlântico e a oeste pela Rodovia Guarujá – Bertioga.
Uso do Solo Predominante
Uso Residencial
Área = 2 841,97 ha (20,7%).
Comércio e Serviços Total de População 2000 = 1 432 habitantes (0,54%).
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra Total de Domicílios 2000 = 425 domicílios (0,58%).
Equipamentos Urbanos
Significativos Macroacessibilidade
Investimentos Urbanos de Porte
Aspectos Ambientais Relevantes A única via de acesso a esta UIT é pela Rodovia Guarujá
Observações Complementares Bertioga.
Principais Corredores Viários Locais
Na realidade, esta porção da Ilha apresenta um único corredor
viário (Rodovia Guarujá-Bertioga), que permite a entrada aos três
condomínios fechados e de alto luxo, que se localizam no interior
de uma reserva de proteção ambiental.
Uso do Solo Predominante
Integrantes do SOS Mata Atlântica identificaram duas comunidades tradicionais (caiçaras):
uma na Prainha Branca, enraizada na Serra de Guararu desde 1840 e com cerca de 350
moradores, e outra no bairro de Cachoeira, estabelecida ali desde 1821 com aproximadamente
900 moradores. Quando as comunidades se estabeleceram na região, sua principal atividade
era a pesca. Nos anos 70, com o declínio da pesca em toda a Baixada Santista, as
comunidades voltaram-se para o turismo. As famílias passaram a criar espaços em seus
quintais para hospedagem e a vender bebida e comida aos turistas, sem qualquer tipo de
infra-estrutura.
Esta área leste da Ilha apresentou no início da década de 80 uma ocupação residencial de
lazer em condomínios fechados de altíssimo luxo. O local é um tranqüilo refúgio, com praias
belíssimas, 1 700 000 metros quadrados de mata atlântica, 70% dos quais totalmente
preservados. Três grandes glebas foram loteadas com terrenos que giram em torno de 1 500
metros quadrados cada um, sem possibilidade de desmembramento. São eles: Condomínio
Sítio São Pedro, Condomínio Iporanga e, posteriormente, o Condomínio Tijucopava.
No fim 1992, essa porção leste da Ilha, entre os quilômetros 8 e 22 da Rodovia SP-61, (depois
da Praia do Perequê e até a balsa que liga a ilha a Bertioga) recebeu o diploma de Área Natural
Tombada através de decreto da Secretaria da Cultura.
Temendo a degradação da região, surgem entidades - como a Associação de Desenvolvimento
do Leste do Guarujá – Adelg – que se mobilizam para combater a ocupação irregular e as
invasões na faixa da rodovia e nas áreas de mangue, preservando assim os recursos
ambientais e o patrimônio histórico da Serra do Guararu. Continuação no próximo slide

Serra do Guaraú
Outra entidade atuante é a Sociedade Amigos do Sítio do Iporanga (Sasip), que buscou
apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, do Poder Público e de lideranças das
comunidades locais, para implantação de projetos que conservem a mata original a
partir da gestão integrada da região, do fomento ao turismo sustentável e da educação
ambiental.
Uso Residencial
Pequenas comunidades caiçaras, através do programa de educação ambiental,
dedicam-se ao turismo disciplinado nas praias pouco freqüentadas situadas no
extremo leste da Ilha.
Como contraste a essas comunidades, essa UIT também tem uma ocupação residencial
horizontal de alto luxo, cujas casas conservam grandes espaços entre si. Estão
distribuídas em condomínios fechados, voltados para lindas praias de areias brancas,
circundados por matas exuberantes e nativas, com belas cachoeiras que conservam
muito de seu primitivismo, formando piscinas naturais de água doce. O acesso é
restrito pelos horários de entrada e saída e pelo número de vagas disponíveis no
estacionamento para visitantes. A estrada de acesso aos condomínios é controlada por
segurança 24 horas por dia. A 25 quilômetros da cidade é o refúgio dos milionários.
Comércio e Serviços
Não há corredores comerciais nem comércio expressivo. Os serviços existentes estão
representados por algumas marinas situadas à esquerda da Rodovia SP-61 e, por outro
lado, as comunidades locais oferecem acomodações rústicas para turistas com vendas
ou não de bebidas.
Atividade Industrial
Não foi identificada.
Infra-Estrutura Urbana Básica
A via de acesso aos condomínios e à balsa entre Guarujá e Bertioga, apesar de
asfaltada, é mal sinalizada, duas mãos de direção e acostamento de terra, carecendo de
melhorias. Quando se trata dos condomínios, a infra-estrutura é completa, isto é, tem
água, luz, telefone e vias pavimentadas.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não foram identificados.
Investimentos Urbanos de Porte
Não foram identificados.
Aspectos Ambientais Relevantes
“A Serra do Guararu, ou Rabo do Dragão, como é conhecida representa o maior
conjunto de ecossistemas bem preservados da Ilha de Santo Amaro. Com
aproximadamente 4.000 hectares, engloba extensas áreas de Mata Atlântica, nascentes,
córregos, cachoeiras, vegetação de restinga incluindo espécies arbóreas e arbustivas,
praias e os manguezais ao longo do Canal de Bertioga. A grande importância dos
atributos naturais e sua beleza cênica resulta no processo de tombamento da Serra do
Guararu.
Apesar de a região estar em bom estado de conservação, trata-se de uma das mais
críticas e ameaçadas devido aos problemas com ocupação desordenada e irregular,
especialmente em áreas de preservação permanente, invasões, degradação do
mangue, lixo, falta de saneamento, dentre outros.”11
Moradores locais e as entidades representativas dos condomínios uniram-se para
transformar a área tombada em parque ecológico. O projeto já foi apresentado, mas
depende de aprovação do Ibama. A proposta de aproveitamento e manejo do parque
vai seguramente dinamizar o ecoturismo no Guarujá. O processo é longo e incerto,
pois há uma ação do Ministério Público que impede qualquer intervenção na Serra do
Guararu. Enquanto isso, seis proprietários de terras dessa área estão criando uma
Reserva Privada de Patrimônio Natural (RPPN). Continuação no próximo slide
A idéia de instalação da Reserva surgiu em 1996 após uma invasão na serra. Até o
momento, já foi concluído o mapeamento por satélite (georreferenciamento) da área, e
os estudos topográficos serão terminados no ano em pauta (2006). O custo do projeto
é de R$ 2,5 milhões, sendo que já foi consumido R$ 1,5 milhão, e está sendo realizado
pela Adelg (Associação de Desenvolvimento do Leste do Guarujá).
Observações Complementares
Apesar de muito ameaçada, a mata que cobre a Serra de Guararu ainda se encontra em
bom estado de conservação e o ecossistema, íntegro. É um remanescente da Mata
Atlântica situado a apenas 87 quilômetros de São Paulo. O Projeto Guararu é o maior
projeto de gestão ambiental do munic ípio. Coordenado pela Fundação SOS Mata
Atlântica, com apoio da Sociedade Amigos do Sítio Iporanga, consiste na implantação
de um modelo de desenvolvimento sustentável, baseado na gestão participativa e no
envolvimento das comunidades locais e dos agentes que interferem na conservação
dos ecossistemas. Com isso, os moradores locais – antigos ribeirinhos – estão
impedindo a degradação da área e expulsando aqueles que não fazem parte da
ocupação primeira. Não está havendo mais invasão. Tudo isso está sendo conseguido
pelo trabalho de conscientização ambiental realizado nas comunidades caiçaras.
UIT 9 – MORROS DO GUARUJÁ
Localização
Localização
Limites Geográficos
Estão distribuídos por toda Ilha.
Área Limites Geográficos
População 2000
Domicílios 2000 Por se encontrarem distribuídos por todo o munic ípio 12, algumas
Macroacessibilidade unidades, como as encontradas no extremo sudoeste da Ilha,
Principais Corredores receberam o nome de UIT “MOGa” (morros do Guarujá unidade
Viários Locais
Uso do Solo Predominante
“a”) e “MOGb”.
Uso Residencial A MOGa limita-se ao norte por pequeno trecho do Canal de
Comércio e Serviços Bertioga, área urbanizada da UIT – ZPG e UIT – SRA. A leste e
Atividade Industrial
Infra--Estrutura Urbana Básica
Infra
sudeste, por uma planície urbanizada da UIT – GBA; ao sul e a
Equipamentos Urbanos oeste pelo Oceano Atlântico. A MOGb tem como limites: ao norte
Significativos a área urbana da UIT – GBA e a leste, sul e oeste, o Oceano
Investimentos Urbanos de Porte Atlântico.
Aspectos Ambientais Relevantes
Observações Complementares A MOGc inicia-se em uma estreita faixa estrangulada pela
urbanização da UIT – DVC ao norte e pela área urbana da UIT –
PTC ao sul. Seguindo para a direção noroeste da Ilha, esta área
de morros alastra-se até o extremo leste do munic ípio (Serra de
Guararu)13. Esta é a maior área contínua preservada da ocupação
urbana. Tem como limites o Canal de Bertioga ao norte, a UIT -
PIT a leste, a ocupação urbana das UIT’s Enseada e Praia de
Pernambuco – Perequê ao sul e a Rodovia Cônego Domênico
Rangoni a oeste.
Área = 5 292,26 ha (37,6%).
Total de População 2000 = 1 913 habitantes (0,72%)
Total de Domicílios 2000 = 524 domicílios (0,72%)
Macroacessibilidade
Por se tratar de uma região de morros, cobertos geralmente por Mata Tropical, não
existem vias de macroacessibilidade, nem corredores viários.
Principais Corredores Viários Locais
O que se encontra são algumas trilhas ou caminhos de terra, que conduzem a alguma
área de cultura agrícola (sem expressão econômica).
Uso do Solo Predominante
Não só a Ilha de Santo Amaro como toda a Baixada Santista têm sua origem geológica
formada por embasamento cristalino, constituído de granitos e rochas metamórficas
intensamente dobradas, destacando-se os xistos, filitos e gnaisses. Onde o cristalino
aflora surgem os morros e nas partes mais baixas, uma cobertura sedimentar mais
recente (cenozóica), onde predominam areias e argilas. E aí se assentou a urbanização.
No município de Guarujá, essas elevações (morros) apresentam uma altitude média de
150 metros, podendo chegar a 300 metros. Nesses morros, a cobertura vegetal é do
tipo Mata Tropical, portanto é densa, alta, contínua e extremamente rica em
biodiversidade. Continuação no próximo slide
A topografia (declividade) dos morros, associada à cobertura vegetal14 que é parte
integrante da Mata Atlântica15, funcionou como obstáculo à ocupação antrópica.
Apesar disso, na Ponta das Galhetas, Morro do Maluf, Costão das Tartarugas e Morro
de Sorocotuba, foram implantados loteamentos residenciais de casas e edif ícios
destinados à população de alta renda.
Algumas áreas dessa UIT, que estão em cotas mais baixas e de relevo suave (norte da
Enseada e leste da Via Cônego Domênico Rangoni), encontram-se em trechos
desmatados com agricultura de subsistência, ao lado de terras abandonadas com
capoeiras e bosques secundários em estágio de recuperação.
Uma vasta área de mangue16 ocupa a porção centro – norte da UIT – MOGc. Como
ocorre em todos os munic ípios da Baixada que têm manguezais, estão estes
seriamente ameaçados pela expansão urbana, lixões, marinas, aterros e viveiros de
camarão.
Uso Residencial
Não se registrou ocupação residencial, tampouco comercial e industrial. Em trecho
próximo à Via Cônego Domênico Rangoni, foram encontrados alguns hectares com
agricultura de subsistência. Ao longo do Canal de Bertioga foram localizadas inúmeras
marinas que podem comprometer o equilíbrio ambiental do mangue.
Comércio e Serviços
Ocorrência de algumas marinas na Rodovia Guarujá-Bertioga.
Atividade Industrial
Inexistente.
Infra-Estrutura Urbana Básica
Assim como as atividades industriais e comerciais, não se fazem presentes nesta UIT,
a infra-estrutura urbana básica está presente nos morros em que a urbanização, apesar
de forma discreta e pouco devastadora, conseguiu se instalar. Os condomínios
residenciais desta UIT, Morros das Galhetas, Maluf, Costão das Tartarugas e
Sorocotuba, estão servidos com serviços de água, esgoto, telefone e asfalto na via de
acesso principal.
Equipamentos Urbanos Significativos
Não constam na UIT.
Investimentos Urbanos de Porte
Os investimentos urbanos de porte não existem por parte do Poder Público, mas são
obras de engenharia feitas pela iniciativa privada, que permitiu o acesso e a
implantação de prédios e casas em locais de declividade acentuada (estrada, postes de
iluminação, galerias pluviais, tubulação de água e esgoto).
Por se tratar de áreas com aspectos fisionômicos e estruturais com o regime de
preservação garantido por diplomas legais, elas devem ser vistas pelo Poder Público e
pela iniciativa privada com restrições quando se trata de sua ocupação ou seu
aproveitamento econômico.
Aspectos Ambientais Relevantes
Os morros apresentam grande vulnerabilidade na sua ocupação pela própria
declividade. A erosão pluvial acelera o carreamento de sedimentos e detritos após uma
chuva em área desmatada, isso significa área desprotegida.
Alguns deles já foram desfigurados pela urbanização. Devem ser preservados no que
ainda resta e se houver implantação de novos loteamentos, devem estes obedecer a
sérias restrições impostas pela lei que os regulamenta.
Apesar de a agricultura não ser uma atividade econômica expressiva no munic ípio,
encontram-se nesta UIT, próximo à Rodovia Cônego Domênico Rangoni, áreas
desmatadas com agricultura de subsistência, ao lado de terras abandonadas com
capoeiras. Essas áreas ocupam geralmente setores de relevo menos inclinados. O
mesmo se observa no limite leste dessa UIT, próximo a um afluente do Canal de
Bertioga.
A área ocupada por mangues deve, pela sua própria natureza, ser preservada da ação
humana. Além da proteção que os mangues oferecem às áreas de terra firme, garantem
alimento e condições de reprodução e crescimento inúmeras espécies de pescado. As
tainhas, camarões e robalos dependem da integridade do ecossistema mangue, para
crescerem e garantirem boa safra de pescado capturado nas águas litorâneas.
Notas
1 Quem controla as opera ções desses 200 km de trilhos que levam as cargas a todos os pontos do
Cais Santista é uma empresa chamada Portofer que reuniu através de um consórcio a
Ferronorte, Ferroban, Novoeste e MRS.
2 Elias Fausto mandou vir dos EUA duas amplas barcas, às quais deu o nome de Cidade de
Santos e Cidade de São Paulo.
3 Itapema é, hoje, o imenso distrito de Vicente de Carvalho.
4 No Heureka, os visitantes podem interagir e participar de experimentos cie ntíficos,
acompanhados de monitores que procuram dar explicações técnicas com linguagem simplificada.
5 O abastecimento de água é feito pelo Sistema Jurubatuba, com uma capacidade de captação
em condições normais de 200 litros/segundo. A área de captação situa-se na parte continental de
Santos, na Serra do Mar, em área de preservação ambiental. O transporte da água é feito até
Vicente de Carvalho, por tubulações de 900mm, percorrendo uma distância de 13 km.
6 Sessenta anos após sua inauguração, nenhuma rachadura ou erosão pôde ser encontrada em
todo o prédio, apesar de sua localização, que o expõe a todos os tipos e intempérie. Foi
considerado um precursor dos modernos flats.
7 Entenda-se como campo antrópico a área que perdeu sua cobertura vegetal nativa e que não
apresenta no momento nenhum uso rural ou urbano. Em substituição, houve o crescimento de
vegetais rasteiros e, por vezes, misturados com alguns arbustos.
8 No Morro do Tortuga, na outra extremidade da praia, pode-se alugar jet ski e outros aparelhos
aquáticos.
Notas
9 Em geral grandes casas adaptadas constituindo aconchegantes hoteizinhos.
10 O piso esburacado de mosaico português e os decks de madeira foram trocados por um
calçadão de dois quilômetros de extensão.
11 www.sosmatatlantica.org.br
12 Para melhor visualizar os trechos dessa UIT distribuídos pela Ilha de Santo Amaro, melhor é
ter em mãos o mapa do município com os limites das UITs.
13 Apesar de ter a mesma formação geológica e topográfica, os morros dessa região foram
considerados com componentes da UIT – PIT que é uma Área Natural Tombada e goza de
mecanismos de proteção mais rigorosos.
14 Uma Lei Municipal definiu essas áreas desde 1987, como “áreas de preservação ecológica”.
15 A Mata Atlântica é o ecossistema brasileiro que mais sofreu com a destruição causada pelo
homem. Na Ilha de Santo Amaro esse ecossistema também sofreu com a insensata destruição,
mas representantes de mamíferos e aves continuam habitando as matas e arredores.
16 Os manguezais são ecossistemas restritos aos litorais tropicais, os quais desenvolvem-se na
zona entre marés. Estão sujeitos a inundações periódicas por água do mar (Estuário de
Bertioga) e água doce. São muitos produtivos pois garantem alimento, proteção e condições de
reprodução e crescimento para muitas espécies de valor comercial como o camarão e o
caranguejo e são, muito vulneráveis aos efeitos do desenvolvimento econômico, assim como ao
crescimento desordenado das populações humanas.
Sumário de Fotos
Portal de Acesso à Cidade Astúrias Pitangueiras
SP 248 Calçadão Pitagueiras
Terminal de Embarcações Ferryboat
Uso do Solo UIT 1
Rua Antônio Miguel
Jardim Boa Esperança
Vila Santa Rosa
Vila Áurea
Terminal
Morrinhos
Jardim Guaiúba
Mangue
Parque Ecológico
Jardim São José
Enseada
Av. Thiago Pereira
UNAERP
Terminal Rodoviário
Pontos Turísticos
APAE
Central Park
Estaleiro Wilson Sons
Recanto Tartaruga
Terminal Rodoviário Ferryboat
Condomínios Fechados
Indústrias
Praia de Perequê
Sítio Conceiçãozinho
Sofitel Jequitiba
Terminais de Carga
Serra do Guaraú
Cooperativas
Mangue
Terminal Marítimo Cargil
Portal de Acesso á Cidade
SP 248
Terminal de Embarcações
Jardim Progresso Vila Alice

Bairro Paecará
Jardim Boa Esperança

Centro de Cidadania

Igreja
Vila Áurea

Jardim Enguaguassu
Morrinhos

Ciclovia Área mais carente do Bairro


Mangue
Jardim São José

Residencial Santa Rosa


Avenida Thiago Ferreira
Terminal Rodoviário

Avenida Santos Dumont


APAE do Jd. Progresso

Associação dos Moradores


Estaleiro Wilson Sons
Terminal Rodoviário Ferry Boat Plaza
Portofer

Rod. Cônego Domênico Rangoni


Sítio Conceiçãozinha
TECON Terminal Cargil
Compesca

Coop.Mista de Pesca Nipo-Brasileira


Terminal Marítimo Cargil
Astúrias Pitangueiras
Calçadão Pitangueiras
Ferryboat
Vila Santa Rosa

Rua Antônio Miguel Santos


Vila Santa Rosa
Terminal
Jardim Guaiúba – Av. Caiçaras
Parque Ecológico
Enseada

Calçadão Av. Miguel Stéfano

Loteamento Península
Universidade de Ribeirão Preto
UNAERP
Praia da Enseada

Casa Grande Hotel


Central Park - Lançamento
Recanto Tartaruga

Morro Tartaruga
Condomínios Fechados
Condomínio Sorocotuba

Balneário Praia de Pernambuco

Jardim Acapulco - Alto Padrão Jardim Acapulco - Alto Padrão


Praia de Perequê
Sofitel Jequitibá
Placa Explicativa da Serra do Guaraú

Condomínio Tijucopava Serra do Guaraú


Mangue
AGEMBS
Agência Metropolitana da Baixada Santista

EMPLASA
Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA
Rua Boa Vista, 170 - Centro - 01014-000 - São Paulo / SP
Tel.: (11) 3293 5304 - Fax: (11) 3293 5336
comunicacao@emplasa.sp.gov.br
www.emplasa.sp.gov.br
Notas Metodológicas
Tabelas
Equipe Técnica
Expediente
RMBS - Dados Censitários, Segundo Municípios e
UIT's: 2000
• Grupo Pessoas - Evolução da População Residente, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991- 2000
• Grupo Pessoas - População Residente por Tipo de Domicílio, segundo Unidades de Informações Territorializadas:
2000
• Grupo Pessoas - Composição da População Residente por Grupo Etário, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000 I – 0 a 34 anos
• Grupo Pessoas - Composição da População Residente por Grupo Etário, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000 II – 35 a 60 anos ou mais
• Grupo Pessoas - Condição de Alfabetização das Pessoas de 15 Anos e Mais, segundo as Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Responsáveis - Grau de Estudo do Responsável pelo Domicílio, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Responsáveis - Renda Média Mensal do Responsável pelo Domicílio por Faixa de Salário Mínimo, segundo
Unidades de Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Evolução dos Domicílios Recenseados, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991-
2000
• Grupo Domicílios - Total de Domicílios Recenseados Permanentes e Coletivos, segundo as Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Tipo de Domicílio, segundo as Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Ocupação, segundo as Unidades de
Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Quantidade de Moradores, segundo as Unidades de
Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Abastecimento de Água, segundo Unidades
de Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Esgotamento Sanitário , segundo Unidades
de Informações Territorializadas: 2000
• Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Destinação do Lixo, segundo Unidades de Informações
Territorializadas: 2000
Tabela I.1 Município de Guarujá
Grupo Pessoas - Evolução da População Residente, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991- 2000

1991 2000 Evolução 1991/2000


Local Incremento
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Absoluto TGCA (%)

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho - - 149.494 56,45 - -

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá - - 10.100 3,81 - -

UIT 3 Pintagueiras/Centro - - 5.803 2,19 - -

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio - - 40.107 15,15 - -

UIT 5 Austúrias/Guaiúba - - 5.607 2,12 - -

UIT 6 Enseada - - 38.086 14,38 - -

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê - - 12.270 4,63 - -

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava - - 1.432 0,54 - -

UIT 9 Morros do Guarujá - - 1.913 0,72 - -

Guarujá 210.207 100,00 264.812 100,00 54.605 2,62

Região Metropolitana da Baixada Santista 1.220.249 100,00 1.476.820 100,00 256.571 2,16

Fonte: IBGE, Sinopse Preliminar do Censo Demográfico de 1991 e Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela I.2 Município de Guarujá
Grupo Pessoas - População Residente por Tipo de Domicílio, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 2000

Local Particulares Permanentes Particulares Improvisados Coletivos Total

Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 149.162 56,58 178 23,89 154 33,85 149.494 56,45

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 10.074 3,82 26 3,49 0 0,00 10.100 3,81

UIT 3 Pintagueiras/Centro 5.610 2,13 25 3,36 168 36,92 5.803 2,19

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 39.957 15,16 95 12,75 55 12,09 40.107 15,15

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 5.566 2,11 28 3,76 13 2,86 5.607 2,12

UIT 6 Enseada 37.829 14,35 219 29,40 38 8,35 38.086 14,38

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 12.095 4,59 167 22,42 8 1,76 12.270 4,63

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 1.413 0,54 0 0,00 19 4,18 1.432 0,54

UIT 9 Morros do Guarujá 1.906 0,72 7 0,94 0 0,00 1.913 0,72

Guarujá 263.612 100,00 745 100,00 455 100,00 264.812 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 1.466.413 100,00 3.877 100,00 6.530 100,00 1.476.820 100,00

Local Particulares Permanentes Particulares Improvisados Coletivos Total

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 99,78 0,12 0,10 100,00

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 99,74 0,26 0,00 100,00

UIT 3 Pintagueiras/Centro 96,67 0,43 2,89 100,00

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 99,63 0,24 0,14 100,00

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 99,27 0,50 0,23 100,00

UIT 6 Enseada 99,33 0,58 0,10 100,00

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 98,57 1,36 0,07 100,00

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 98,67 0,00 1,33 100,00

UIT 9 Morros do Guarujá 99,63 0,37 0,00 100,00

Guarujá 99,55 0,28 0,17 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 99,30 0,26 0,44 100,00

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2000 - Setores Censitários.


Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela I.4 Município de Guarujá
Grupo Pessoas - Condição de Alfabetização das Pessoas de 15 Anos e Mais, segundo as Unidades de Informações Territorializadas: 2000

Pessoas Analfabetas Total de Pessoas Taxa de


Local de 15 Anos e Mais de 15 Anos e Mais Analfabetismo
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % %

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 4.487 37,02 105.084 56,17 4,27

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 151 1,25 6.588 3,52 2,29

UIT 3 Pintagueiras/Centro 1.654 13,65 4.801 2,57 34,45

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 1.592 13,13 29.520 15,78 5,39

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 1.126 9,29 4.374 2,34 25,74

UIT 6 Enseada 2.326 19,19 25.967 13,88 8,96

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 590 4,87 8.441 4,51 6,99

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 71 0,59 1.021 0,55 6,95

UIT 9 Morros do Guarujá 124 1,02 1.279 0,68 9,70

Guarujá 12.121 100,00 187.075 100,00 6,48

Região Metropolitana da Baixada Santista 68.593 100,00 1.093.511 100,00 6,27

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2000 - Setores Censitários.


Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela III.1 Município de Guarujá
Grupo Domicílios - Evolução dos Domicílios Recenseados(1), segundo Unidades de Informações Territorializadas: 1991- 2000

1991 2000 Evolução 1991/2000


Local Incremento
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Absoluto TGCA (%)

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho - - 39.844 54,73 - -

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá - - 2.588 3,55 - -

UIT 3 Pintagueiras/Centro - - 2.192 3,01 - -

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio - - 11.106 15,26 - -

UIT 5 Austúrias/Guaiúba - - 1.931 2,65 - -

UIT 6 Enseada - - 10.734 14,74 - -

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê - - 3.455 4,75 - -

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava - - 425 0,58 - -

UIT 9 Morros do Guarujá - - 524 0,72 - -

Guarujá 50.950 100,00 72.799 100,00 21.849 4,08

Região Metropolitana da Baixada Santista 322.433 100,00 432.046 100,00 109.613 3,34

Fonte: IBGE, Sinopse Preliminar do Censo Demográfico de 1991 e Censo Demográfico de 2000.
Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela III.2 Município de Guarujá
Grupo Domicílios - Total de Domicílios Recenseados Permanentes e Coletivos, segundo as Unidades de Informações Territorializadas: 2000

Domicílios Particulares
Local Permanentes Improvisados Coletivos Total
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 39.629 54,94 67 25,38 148 36,63 39.844 54,73

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 2.578 3,57 10 3,79 0 0,00 2.588 3,55

UIT 3 Pintagueiras/Centro 2.015 2,79 14 5,30 163 40,35 2.192 3,01

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 11.024 15,28 34 12,88 48 11,88 11.106 15,26

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 1.913 2,65 9 3,41 9 2,23 1.931 2,65

UIT 6 Enseada 10.628 14,73 82 31,06 24 5,94 10.734 14,74

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 3.406 4,72 45 17,05 4 0,99 3.455 4,75

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 417 0,58 0 0,00 8 1,98 425 0,58

UIT 9 Morros do Guarujá 521 0,72 3 1,14 0 0,00 524 0,72

Guarujá 72.131 100,00 264 100,00 404 100,00 72.799 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 424.909 100,00 1.406 100,00 5.731 100,00 432.046 100,00

Local Particulares Permanentes Improvisados Coletivos Total

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 99,46 0,17 0,37 100,00

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 99,61 0,39 0,00 100,00

UIT 3 Pintagueiras/Centro 91,92 0,64 7,44 100,00

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 99,26 0,31 0,43 100,00

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 99,07 0,47 0,47 100,00

UIT 6 Enseada 99,01 0,76 0,22 100,00

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 98,58 1,30 0,12 100,00

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 98,12 0,00 1,88 100,00

UIT 9 Morros do Guarujá 99,43 0,57 0,00 100,00

Guarujá 99,08 0,36 0,55 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 98,35 0,33 1,33 100,00

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2000- Setores Censitários.


Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela III.3 Município de Guarujá
Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Tipo de Domicílio, segundo as Unidades de Informações Territorializadas: 2000

Local Casa Apartamento Cômodo Total


Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 37.763 58,50 1.342 20,16 524 56,77 39.629 54,94

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 2.403 3,72 146 2,19 29 3,14 2.578 3,57

UIT 3 Pintagueiras/Centro 348 0,54 1.665 25,02 1 0,11 2.015 2,79

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 10.012 15,51 892 13,40 120 13,00 11.024 15,28

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 787 1,22 1.116 16,76 11 1,19 1.913 2,65

UIT 6 Enseada 9.001 13,94 1.424 21,39 203 21,99 10.628 14,73

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 3.345 5,18 34 0,51 27 2,93 3.406 4,72

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 410 0,64 1 0,02 6 0,65 417 0,58

UIT 9 Morros do Guarujá 482 0,75 36 0,54 2 0,22 520 0,72

Guarujá 64.551 100,00 6.656 100,00 923 100,00 72.130 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 298.861 100,00 119.284 100,00 6.750 100,00 424.895 100,00

Local Casa Apartamento Cômodo Total

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 95,29 3,39 1,32 100,00

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 93,21 5,66 1,12 100,00

UIT 3 Pintagueiras/Centro 17,29 82,66 0,05 100,00

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 90,82 8,09 1,09 100,00

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 41,12 58,31 0,57 100,00

UIT 6 Enseada 84,69 13,40 1,91 100,00

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 98,21 1,00 0,79 100,00

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 98,32 0,24 1,44 100,00

UIT 9 Morros do Guarujá 92,69 6,92 0,38 100,00

Guarujá 89,49 9,23 1,28 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 70,34 28,07 1,59 100,00

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2000- Setores Censitários.


Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela III.6 Município de Guarujá
Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Abastecimento de Água, segundo Unidades de Informações Territorializadas: 2000

(1)
Local Rede Geral Poço ou Nascente Outra Forma Total
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 37.075 55,37 355 20,83 2199 63,48 39.629 54,94

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 2.446 3,65 15 0,88 117 3,38 2.578 3,57

UIT 3 Pintagueiras/Centro 2.009 3,00 6 0,35 0 0,00 2.015 2,79

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 10.750 16,05 63 3,70 211 6,09 11.024 15,28

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 1.905 2,85 6 0,35 2 0,06 1.913 2,65

UIT 6 Enseada 9.268 13,84 714 41,90 646 18,65 10.628 14,73

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 3.008 4,49 261 15,32 137 3,95 3.406 4,72

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 33 0,05 266 15,61 118 3,41 417 0,58

UIT 9 Morros do Guarujá 468 0,70 18 1,06 34 0,98 520 0,72

Guarujá 66.962 100,00 1.704 100,00 3.464 100,00 72.130 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 406.592 100,00 7.814 100,00 10.489 100,00 424.895 100,00

(1)
Local Rede Geral Poço ou Nascente Outra Forma Total

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 93,56 0,90 5,55 100,00

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 94,88 0,58 4,54 100,00

UIT 3 Pintagueiras/Centro 99,70 0,30 0,00 100,00

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 97,51 0,57 1,91 100,00

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 99,58 0,31 0,10 100,00

UIT 6 Enseada 87,20 6,72 6,08 100,00

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 88,31 7,66 4,02 100,00

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 7,91 63,79 28,30 100,00

UIT 9 Morros do Guarujá 90,00 3,46 6,54 100,00

Guarujá 92,84 2,36 4,80 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 95,69 1,84 2,47 100,00

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2000- Setores Censitários.


Elaboração: Emplasa, 2006.
Tabela III.7 Município de Guarujá
Grupo Domicílios - Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Esgotamento Sanitário , segundo Unidades de Informações Territorializadas: 2000

Domicílios com Banheiro


Local
Adequado Inadequado Sem Banheiro Total
Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. % Nºs. Abs. %

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 33.065 57,97 6.234 43,16 330 50,93 39.629 54,94

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 1.271 2,23 1.242 8,60 65 10,03 2.578 3,57

UIT 3 Pintagueiras/Centro 2.014 3,53 - 0,00 1 0,15 2.015 2,79

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 9.975 17,49 995 6,89 54 8,33 11.024 15,28

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 1.893 3,32 20 0,14 - 0,00 1.913 2,65

UIT 6 Enseada 6.081 10,66 4.408 30,52 139 21,45 10.628 14,73

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 2.280 4,00 1.098 7,60 28 4,32 3.406 4,72

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 205 0,36 184 1,27 28 4,32 417 0,58

UIT 9 Morros do Guarujá 255 0,45 262 1,81 3 0,46 520 0,72

Guarujá 57.039 100,00 14.443 100,00 648 100,00 72.130 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 358.969 100,00 63.496 100,00 2.430 100,00 424.895 100,00

Local Domicílios com Banheiro

Adequado Inadequado Sem Banheiro Total

UIT 1 Distrito Vicente Carvalho 83,44 15,73 0,83 100,00

UIT 2 Zona Portuário do Guarujá 49,30 48,18 2,52 100,00

UIT 3 Pintagueiras/Centro 99,95 0,00 0,05 100,00

UIT 4 Santa Rosa/Santo Antônio 90,48 9,03 0,49 100,00

UIT 5 Austúrias/Guaiúba 98,95 1,05 0,00 100,00

UIT 6 Enseada 57,22 41,48 1,31 100,00

UIT 7 Praia Pernambuco/Perequê 66,94 32,24 0,82 100,00

UIT 8 São Pedro/Iporanga/Tijucopava 49,16 44,12 6,71 100,00

UIT 9 Morros do Guarujá 49,04 50,38 0,58 100,00

Guarujá 79,08 20,02 0,90 100,00

Região Metropolitana da Baixada Santista 84,48 14,94 0,57 100,00

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2000- Setores Censitários.


Elaboração: Emplasa, 2006.
Equipe Técnica Equipe Técnica da AGEM

Empresa Paulista de Planejamento Diretoria Técnica (DT)


Metropolitano SA (Emplasa) Arq. Carlos Zündt (Diretor/Coordenação)
Arq. Paulo de Moraes
Coordenadoria de Informações Estatísticas (CIE) Arq. Tâmara Gakiya Medvedchikoff
Cecília Maria Rodrigues Nahas – Coordenadora Téc. André Santa Meirelles

Técnicos
Eugênio Senese Neto
Ilda Maria de Deus
Moema Vilar Miranda Filgueiras
Nuria Muntada Garcia Cavinatto

Apoio Técnico
Elizete Maria de Souza
Leonelo Fernando de Camargo
Marilda Ferreira Cassim

Estagiários
Amanda Cristina Mastro
Cláudio Amauri de Souza
Felipe Cozzi Yabusaki
Hesly Leandro Carlos da Silva
MarcosTomsic
Simara Monteiro Alves

Apoio
Eliane Martins Pereira

Coordenadoria de Marketing e Comunicação (CMC)


Ricardo Mattar – Coordenador
Enéas Nucci Junior (capa)
Janet Yunes Elias Fraiha (Revisão de Texto)
Janice Yunes (Revisão de Texto)
Yuriko Ozawa Bello Valente (Jornalista)

Assessoria (Informática)
Silverlei Gava
Notas Metodológicas

O propósito desse trabalho foi estabelecer e circunscrever áreas distintas quanto ao uso e ocupação do solo
predominante, para cada um dos 9 municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS),
considerando as dimensões socioeconômicas e urbanísticas.

A partir da visão de conjunto das diferentes categorias de uso do solo presentes no território, notadamente os
usos residencial, comercial, industrial e rural, foi proposto um recorte territorial intermediário entre o recorte
administrativo municipal e o recorte de setor censitário, menor unidade oficial de armazenamento de dados
populacionais. Esse nível intermediário de abordagem do território constitui as Unidades de Informações
Territorializadas (UITs).

As 64 UITs identificadas na RMBS foram delimitadas, utilizando um grau de precisão compatível com a escala
gráfica de semidetalhe de 1:25000, associando um conjunto de dados censitários selecionados do Censo
IBGE 2000. Estes dados censitários foram organizados em forma de tabelas, segundo municípios e UITs,
considerando os grupos: Pessoas, Pessoas Responsáveis pelos Domicílios e Domicílios.

Os insumos para a leitura regional do território e a definição das Unidades de Informações Territorializadas
(UITs) tiveram como base as seguintes fontes e procedimentos:

- Cartas Planimétricas da Região Metropolitana da Baixada Santista, em Escala 1:10.000, 2002, elaborada
pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitana SA (Emplasa).

- Uso e Ocupação do Solo predominantes da Região Metropolitana da Baixada Santista, em Escala 1:25.000,
2001/2005, elaborada pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA (Emplasa).

- Recobrimento Aerofotogramétrico, em Escala 1:25.000, 2002, da Empresa Paulista de Planejamento


Metropolitano SA (Emplasa).

- Mapa de Setores Censitários e Base de Dados do Censo IBGE 2000;

- Trabalho de campo nos 9 municípios, em outubro e novembro de 2005, período em que foram realizadas 27
visitas técnicas à Região Metropolitana da Baixada Santista.
De natureza essencialmente empírica, esse produto teve como finalidade fornecer informações atualizadas e
sistematizadas sobre a dinâmica socioambiental nos municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Manteve seu foco na dimensão dos padrões predominantes na apropriação do território, segundo Unidades de
Informações Territorializadas, oferecendo subsídios para a análise e planejamento do processo de uso e ocupação do
solo, aos quais poderão ser agregadas novas informações, além das existentes.

Observações complementares sobre a metodologia estão descritas no item Aspectos Metodológicos dos Padrões
Socioespaciais da RMBS.

Esclarecimentos quanto à terminologia referente aos padrões de ocupação residencial utilizada no texto de
caracterização das UITs e eventuais diferenças quanto aos dados censitários apresentados estão contidos no item
Conceitos/Esclarecimentos.

Os dados básicos utilizados para a caracterização geral dos municípios e das UITs constam no Anexo.

Aspectos Metodológicos dos Padrões Socioespaciais da RMBS

1 Conceitos

- Resultam dos diferenciais socioeconômicos e físico-ambientais expressos em Unidades Territoriais (UITs), com
identidade socioambiental própria.

- Permitem a elaboração de um “retrato” qualificado e quantificado do território.

2 Aplicações

- Orientar as ações/investimentos dos governos estadual e municipal.

- Incentivar e valorizar práticas de gestão integrada do território e do planejamento regional.

- Subsidiar os planejamentos p úblico e privado.


- Identificar áreas de carência de infra-estrutura urbana, iluminando os locais, onde a intervenção governamental faz-
se necessária.

- Apontar áreas de oportunidades para investimentos.

- Subsidiar estudos locacionais para os diversos setores econômicos (empreendimentos imobiliários, comerciais e
serviços, industriais).

- Promover a Região Metropolitana como locus de atração de investimentos públicos e privados.

- Contribuir para o conhecimento e organização do território municipal, visando atender aos dispositivos previstos no
Estatuto da Cidade.

3 Unidades de Informações Territorializadas (UITs)

3.1 Definição

São polígonos territoriais delimitados, com base nas características funcionais e urbanas predominantes.

3.2 Critérios para a Identificação e Delimitação das UITs

- Usos e padrões de ocupação territorial predominantes.

- Aspectos construtivos das edificações.

- Localização de áreas ou edificações expressivas (equipamentos urbanos) referentes ao uso industrial, comercial,
serviços p úblicos e privados e às atividades agropecuárias.

- Funcionalidade urbana ou rural das áreas.

-Malha viária e corredores comerciais.

- Pólos geradores de tráfego.


- Aspectos ambientais.

- Características socioeconômicas.

Conceitos/Esclarecimentos

1 Padrões de Ocupa ção Residencial (*)

Habitação Precária ou Favela – Assentamento habitacional inadequado, geralmente em área invadida, com risco de
inundação ou deslizamento, sem divisão regular em lotes, nem infra-estrutura urbana (arruamento, drenagem, rede de
esgoto, coleta de lixo) e abastecimento clandestino de água e luz; as moradias são feitas por autoconstrução, podendo
ser de alvenaria, madeira ou material construtivo improvisado; carência de serviços e equipamentos públicos.

Padrão baixa renda – Predomínio de moradias constituídas por casas de alvenaria, algumas vezes sem acabamento
e em sistema de autoconstrução; lotes pequenos (125 m²), sem recuos, geralmente com apenas um pavimento;
arruamentos precários, pavimentação inexistente ou incompleta, ausência de drenagem ou meio-fio e presença de
serviços públicos/privados essenciais: creches, escolas de Ensino Fundamental, coleta regular de lixo, postos de
saúde e transporte coletivo.

Padrão popular – Predomínio de moradias constituídas por casas de alvenaria, material construtivo convencional, em
lotes pequenos (125 m²), sem recuos e geralmente com apenas um pavimento; infra-estrutura completa: redes de
água e de esgoto, coleta regular de lixo, iluminação pública, pavimentação, drenagem pluvial e meio-fio; presença de
serviços públicos/privados essenciais: creches, escolas de Ensinos Fundamental e Médio, postos de saúde, transporte
coletivo; presença de estabelecimentos comerciais para atendimento local, concentrados nas principais vias:
supermercados, mercadinhos, padarias, oficinas, farmácias, cabeleireiros, postos de gasolina, entre outros.

Padrão médio – Áreas residenciais, com moradias isoladas ou geminadas, geralmente em lotes de 250 m², recuos
mínimos, com arruamento e infra-estrutura completa; presença de estabelecimentos comerciais e de serviços
diversificados e sofisticados para atendimento local e das vizinhanças, incluindo, por exemplo, bancos,
supermercados, bares, restaurantes, centros de estética corporal, academias, atendimento médico especializado,
shopping centers; serviços públicos/privados: escolas infantis, escolas de Ensinos Fundamental e Médio,
equipamentos de saúde, transporte coletivo, parques urbanos, áreas de lazer, recreação e de esportes, áreas verdes.

Alto padrão – Áreas estritamente residenciais, com moradias unifamiliares horizontais de um ou mais pavimentos e
com apenas uma edificação em lotes grandes, com recuo em todo o perímetro construído; organização em
condomínios fechados, loteamentos bem delimitados ou em bairros de acesso e circulação controlados e vigiados.
Não existem áreas de com ércio/serviços nas imediações das residências, as ruas são largas, arborizadas e com toda
infra-estrutura urbana.

(*) Os conceitos utilizados para caracterizar os padrões residenciais das UIT ’s foram elaborados pela equipe técnica
da Emplasa.

2 Diferenças nos Totais Populacionais

No processo de montagem dos bancos de dados, segundo as Unidades de Informações Territorializadas (UITs)
identificadas na Região Metropolitanada Baixada Santista, os totais obtidos para as variáveis consideradas por
agregação de setores censitários (IBGE, 2000) podem, eventualmente, não corresponder aos montantes divulgados
pelo IBGE, quando considerados os recortes territoriais municipais. Tais diferenças residuais não comprometem as
análises a serem elaboradas.
Governo do Estado de São Paulo
Cláudio Lembo
Governador

Secretaria de Estado de Economia e Planejamento SECRETARIA DE ESTADO DE


ECONOMIA E PLANEJAMENTO
Fernando Carvalho Braga
Secretário

Conselho de Desenvolvimento da Região


Metropolitana da Baixada Santista - CONDESB
Alberto Pereira Mourão
Presidente
Paulo Roberto de Queiróz
Vice-Presidente

Agência Metropolitana da Baixada Santista


AGEM
Francisco Prado de Oliveira Ribeiro
Diretor Executivo
Carlos Zündt
Diretor Técnico
Eduardo Conde Bandeira
Diretor Administrativo

Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA


EMPLASA
Marcos Camargo Campagnone
EMPLASA
Diretor Presidente
Eloisa Raymundo Holanda Rolim
Diretora Técnica
Sideval Francisco Aroni
Diretor Administrativo e Financeiro
Ana Maria Linhares Richman
Diretora de Relações Corporativas

Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS

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