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DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O Dia da Consciência Negra é celebrado em nosso país no dia 20 de novembro. Essa data rememora
a trajetória de Zumbi dos Palmares, quilombola que liderou a resistência do Quilombo dos Palmares contra
os portugueses no século XVII. É uma data também para lembrar e combater o problema do racismo em
nosso país.

Essa data foi instituída oficialmente pela Lei n.º 12.519, de 10 de novembro de 2011, e remete ao
dia em que foi morto o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, no ano de 1695. O Quilombo de Palmares
situava-se na Serra da Barriga, na antiga Capitania de Pernambuco — hoje integra o município de União
dos Palmares, no estado de Alagoas —, e foi formado por volta do ano de 1597.2.[1]

O Quilombo dos Palmares foi formado por escravos que tinham fugido das lavouras de cana-de-
açúcar existentes em Pernambuco. As fugas e a formação de quilombos foram duas das práticas
de resistência mais utilizadas pelos africanos escravizados no Brasil.

A data se transformou em uma celebração importante, uma vez que coloca holofotes no combate ao
racismo no Brasil. Atualmente o Dia da Consciência Negra não é um feriado nacional, mas, desde a
criação da data comemorativa, mais de 1000 municípios decidiram transformar esse dia em feriado
municipal.

O Dia da Consciência não é apenas uma data comemorativa que relembra a luta de Zumbi, mas é um
dia dedicado ao combate contra o racismo e todo o mal que ele causa ao nosso país. É uma data para que
possamos combater práticas racistas atualmente, mas também é um momento para relembrar todos aqueles
no passado que dedicaram suas vidas no combate à escravidão.

Claro que uma postura contra o racismo não deve ocorrer apenas no dia 20 de novembro, mas deve
pautar nossas vidas durante todos os dias do ano. Isso porque devemos sempre nos lembrar de que a condição
atual do Brasil é resultado de mais de 300 anos de escravidão, o que moldou costumes e práticas do
brasileiro e tornou o racismo e a hierarquização marcas inerentes à nossa sociedade.

Mudanças significativas aconteceram nas últimas décadas, mas o Brasil ainda tem muito a avançar
na questão racial. É necessário, por exemplo:

 Combater a falta de oportunidades que os negros têm no mercado de trabalho;

 Combater a violência policial, que mata milhares de negros todos os anos;

 Acabar com o apagamento da cultura africana;

 Extinguir o preconceito com as religiões de matriz africana, etc.


O combate ao racismo implica necessariamente em criar condições que permitam que os negros
possam ter condição de igualdade em nossa sociedade.

O Dia da Consciência Negra serve para nos lembrar de que jovens negros têm direito a ter acesso a
uma educação de qualidade e a oportunidades iguais, para que tenham acesso a boas posições no mercado
de trabalho, por exemplo. Isso porque os negros e pardos representam cerca de 56% da população, mas essa
proporção não se reproduz em locais como a política e o Legislativo.

Atualmente o Parlamento brasileiro é composto por apenas 1/10 de negros e, no Judiciário


brasileiro, apenas 18% dos juízes são negros. Isso evidencia a desigualdade causada pelo racismo e como
ela se manifesta: ela marginaliza e violenta os negros. Sobre a violência, é importante lembrar também
que o racismo mata: nos primeiros sete meses de 2019, 1075 pessoas foram mortas pela polícia do Rio de
Janeiro e 80% delas eram negras.

O Dia da Consciência Negra é sobre isto: evidenciar o problema do racismo e lembrar a resistência
dos negros do passado contra a violência praticada contra eles. A luta contra o racismo passa por todos nós,
sendo assim, pequenas práticas podem ser adotadas por todos que são contra o racismo.

 Posicionar-se sempre que vermos amigos ou familiares fazendo comentários racistas.

 Abandonar palavras do vocabulário que têm origem racista, como “denegrir” e “mulata”.

 Ouvir o que pessoas negras têm a dizer sobre o racismo e situações de racismo que viveram.

 Respeitar a história, as culturas e as religiões de matriz africana.

 Lembrar-se sempre de que piadas racistas não têm graça.

Qual é a origem da palavra mulata?

Etimologia (origem da palavra mulata). A palavra mulata deriva como feminino de mulato, este
deriva da junção de "mulo", animal híbrido, e do sufixo -ato.

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