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Cartilha do Departamento de Pesquisa,

Plantio e Cultivo de Mariri e Chacrona

2006
Há um bom tempo venho tentando concretizar um sonho de reunir informações e
experiências vividas sobre plantio de mariri e chacrona nesta nossa sagrada religião.
Estas experiências são frutos de experimentos e observações que fazemos
naturalmente quando nos dedicamos ao plantio de mariri e chacrona. Estes
Mestres, caboclos que vem ensinando na pratica o que cientistas comprovam em
Índice
suas pesquisas. As valorosas informações sobre pesquisa, de como encontrar o
mariri na floresta, quando e a forma de colher bem como identificar não estarão
contidas nesta cartilha, mas nosso objetivo é reunir informações sobre como 1 Plantio do Mariri e Chacrona____________________________________________00
plantar nossas plantas sagradas. 1.1 Plantio por parte vegetativa____________________________________________00
Dentro desta força de União, esta cartilha é uma reunião de informações colhidas 1.1.1 Mariri (Banisteriopsis caapi)__________________________________________00
ao longo dos anos de pesquisa, tendo como professores a Natureza e os caboclos-
1.1.1 Chacrona (Psychotria viridis)_________________________________________00
indios, Mestres que um dia me integraram nesta caminhada, na busca de luz dentro
desta sagrada religião do sentir. Também reuni aqui uma síntese das palestras
proferidas no encontro do Departamento de Pesquisa, Plantio e Cultivo de Mariri e
Chacrona realizado na cidade de Belém (PA), entre os dias 22 e 23 de setembro de
2006. Fazem parte destas desta cartilha informações dos departamentos do plantio
das Unidades Administrativas: Núcleos Rei Canaã e Jardim Florido, dos Pré-
Núcleos Castelo de Marfim e Príncipe Ram, bem como das extensões do N Rei
Canaã em Araguaina, Paruapebas e Itinga.
Este trabalho não seria possível sem as experiências trazidas com as pessoas que
iniciaram as atividades de plantio e do conhecimento adquirido com experimentos
feitos durante mais de 20 anos de atividades de plantio em nossa região. A estas
pessoas é que dedico esta apostilha como uma forma de deixar gravado um
conhecimento adquirido ao longo dos anos, mesmo sabendo que este
conhecimento ainda precisa ser aprimorado e adaptado as diferentes condições de
ambiente e clima desta nossa imensa Amazônia, em especial a nossa
diversificadissima 14º região.

José Henrique Cattanio


Coordenador Regional do Departamento do Plantio
14º Região
1 Plantio do Mariri e Chacrona mais produtivos com a introdução de árvores lenhosas para uso da lenha nos preparos.
Neste sentido isto deve ser projetado previamente.
Também devemos dar um importante passo na direção da construção de fornalha mais
Uma das primeiras coisas que devemos fazer para ter um melhor resultado no eficiente. Esta deve consumir menos lenha e ter um poder calorífico constante e
plantio é a analise físico-química do solo onde vamos realizar o plantio. A coleta do suficiente para retirada do principio ativos de nossas plantas sagradas.
solo para analise deve ser feita de forma correta, em “zig-zag”, abrangendo toda a Todo nosso plantio deve ser direcionado para acontecer nos períodos em que a
área do terreno, com auxilio de uma pá, previamente limpa, a uma profundidade de Lua esteja em faze crescente. Quando do plantio em local definitivo, alem da fase da
15 cm. Todo o solo coletado (aproximadamente uma fatia de solo de 5 cm de Lua, devemos nos preocupar com a estação do ano. Nossos plantios têm dado melhores
grossura e da mesma largura da pá) deve ser colocada dentro de um balde. Após resultados quando são direcionados para o inicio até o meio do período chuvoso.
feito a coleta, 3 sub-amostras, de aproximadamente 500 g de solo, devem ser Entretanto, os tratos culturais como adubação, roçagem do mato, podas, manejo da
colocadas em sacos plásticos separados e enviados para analise em um local capoeira tem melhores resultados quando são realizados na lua minguante e durante
especializado em analise de solo, como EMBRAPA, EMATER, Universidades e etc. todo o ano.
Todo o manuseio das amostras bem como as ferramentas utilizadas deve estar
previamente limpa.
É ideal que nesta análise do solo devemos ter informação sobre pH (acidez do 1.1 Plantio por parte vegetativa
solo), teores de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), elementos estes
importantíssimos para uma boa nutrição das plantas, e se possível informação sobre Para reprodução vegetativa, tanto do mariri quanto da chacrona, deve-se
a qualidade física do solo (textura e estrutura). selecionar plantas vigorosas, sem doenças e, se possível, que apresentem uma boa
De posse do resultado da análise do solo e se verificado que existe uma acidez, concentração do principio ativo alem de um bom crescimento (adaptação às condições
ou seja, um pH do solo abaixo de 4,5, a ação mais importante que deve ser feita, locais). Devemos ter sempre em mente que quando se faz a reprodução através de uma
antes do plantio, é a correção do pH com calcário, em quantidade recomendada parte da planta (talo para o mariri e folha para a chacrona), a nova planta que surge será
pela análise. É importante que esta correção seja feita apenas nas covas das plantas, idêntica à mãe. Quando se reproduz por sementes os descendentes vem com material
tanto das nossas plantas sagradas como nas covas das arvores que por ventura forem genético (características) tanto do pai como da mãe, em proporções diferentes para
plantadas. cada individuo.
O calcário, de preferência o dolomitico, deve ser incorporado em toda a área da Devemos ter muito cuidado com a introdução de partes vegetativas
cova revolvendo a terra de 20 a 30 cm de profundidade com antecedência mínima provenientes de locais onde se tem conhecimento de ataque de pragas e doenças.
de 30 dias do plantio ou colocada junto com a terra da cova com o mesmo período Portanto, todo o material vindo de outra região deve passar por uma minuciosa
de antecedência. Quando não for possível a análise do solo, a experiência nos averiguação para se identificar besouros, larvar, brocas, fungos, etc.
mostra que na região Amazônica a quantidade a ser usada fica entre 2.500 a 3.000 kg Se for encontrado qualquer uma destas pragas o material deve passar por uma
de calcário/ha, quando aplicada na área toda, ou de em covas de 40X40X40 cm, usa- desinfecção manual ou com auxilio de calda bordalesa (descrita mais a frente) ou
se 200 a 250 g de calcário/cova. descartado (de preferência incinerado).
A possível deficiência de outros elementos químicos deve ser controlada com
uso constante de adubos orgânicos (sólidos e líquidos) e de rocha fosfatadas
conforme será mostrado mais adiante. Devemos abolir dos nossos plantios adubos 1.1.1 Mariri (Banisteriopsis caapi)
químicos solúveis como NPK e também o uso de agrotóxicos.
É importante que não apenas nos preocupemos com o plantio de mariri e chacrona, Primeiramente o mariri escolhido para o plantio (talo ou haste) deve ser espalhado
mas que também iniciemos uma caminhada na direção de tornarmos nossos plantios pelo solo (Figura 1) para que ocorra a brotação. Este local deve permanecer sempre
úmido para que haja a brotação, sem que a haste perca o vigor reprodutivo.
1
1ha corresponde a 10.000 m2

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Figura 4. Muda de Mariri
(pedaço de galho ou um fio) para desenvolvimento inicial plantas na forma horizontal
(deitada), ficando o pedaço
das mudas (Figura 4), e espalha-se novamente a matéria do Mariri enterrado junto
orgânica acima do solo. Quando a muda alcança os galhos com as raízes e a brotação
para fora com um tutor de
das árvores o tutor de madeira pode ser retirado. O Mariri madeira ou uma linha de
Caupuri encontrado na região de Belém não aceita que seja condução da brotação.

enrolado no tutor de madeira ou fio, portanto na hora do


plantio a guia do mariri deve ser direcionada para o tutor ou
fio, de forma que esta já cresça em sua direção.
É de grande importante a catalogação da muda, dando
Figura 1. Mariri espalhado acima de solo úmido Figura 2. Local do surgimento dos brotos e das um código para cada planta. As informações importantes às
para germinação. raízes jovens quais devem ser anotadas são: número de identificação
(deve estar colocado na planta também), data do plantio,
Para plantio de pedaços de mariri deve-se dar preferência pelos talos mais tipo de Mariri, procedência da muda.
jovens, pois estes têm uma rebrota mais vigorosa e mais rápida. Apenas nos locais
onde existe o nó é que surgem os brotos (Figura 2), tanto das folhas como de raízes,
mesmo estes não apresentando um nó definido. 1.1.1 Chacrona (Psychotria viridis)
Com o aparecimento dos brotos fica mais fácil o corte da estaca para divisão
das mudas (Figura 3). Cada nó com um broto, já enraizado, será uma nova muda. O
corte deve ser de preferência com uma tesoura de poda ou um facão bem afiado No plantio das chacronas primeiramente deve-se construir um canteiro com
para não danificar a muda. duas partes de solo arenoso e uma parte de matéria orgânica de composto ou paú da
O plantio da muda do mariri deve ser feito deitado, conforme Figura 3, para floresta (Figura 5). O local do canteiro deve ser sombreado e perto de uma fonte de
que as raízes possam ter total contato com o solo. água para facilitar as regas, que dependendo do ano (menos chuva) devem ser duas
Com o Mariri brotado e em solos arenosos, abre-se vezes ao dia.
uma cova, no locam definitivo, na profundidade de 30 cm Selecionam-se folhas sadias, nem muito nova ou muito velha, da chacrona que
e de comprimento (ou largura) do mesmo tamanho do se quer reproduzir. As folhas podem ser enterradas pelo talo (Figura 6) ou se dobra a
talo (pedaço de mariri) da muda (Figura 4). Em locais com folha ao meio e enterra-se esta parte no canteiro deixando as duas pontas de fora.
solos mais argilosos a cova deve ser feita no tamanho de Quando estas germinam (Figura 7)
30x30x30 cm. aparecem às raízes e vários brotos ao redor da
Dentro da cova coloca-se, aproximadamente, ½ pá de parte que foi enterrada. A retirada de cada
composto orgânico (preparado conforme item 1.8). Após o broto deve ser cuidadosa para que este
adubo, coloca-se solo, preenchendo o restante da cova, e apresente as folhas novas junto com as raízes.
planta-se o Mariri. O plantio é feito de forma que o talo Os brotos, cuidadosamente retirados das
seja enterrado junto com as raízes ficando apenas os brotos folhas, são plantados em sacos plásticos
para fora (Figura 4). Isto faz com que o talo não perca previamente cheios com solo areno-argilosa e
umidade e não seja atacado por brocas ou outros matéria orgânica de composto na proporção
predadores. Figura 3. Corte do talo de 1:2. É importante que o solo seja um pouco Figura 5. Canteiro de Chacrona para
brotação das mudas.
do Mariri, entre os nós,
Após realizar o plantio, coloca-se um tutor de madeira formando a muda. argilosa, pois quando formos retirar a muda do
3
Para isto estamos usando etiquetas de garrafa petti escritas com cola-tinta usadas para desenho em auto-relevo.
4 A chacrona conhecida como cabocla é a espécie Psychotria viridis, a chacrona caneluda é Psychotria
2
A necessidade de aumentar o volume da cova é para proporcionar uma diminuição da compactação do solo. carthagenensise a chacrona caianinha é Psychotria leiocarpa.

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Figura 6. provenientes de plantas matrizes sadias com bom desenvolvimento em
Forma de enterrar
as folhas de Chacrona crescimento e adaptadas às condições locais.
para brotação pelo talo. É importante que as sementes sejam catalogadas com a procedência e época da
colheita. Quando for coletar as sementes deve-se fazer esta catalogação
individualmente, para cada uma das plantas matrizes e não misturar Mariris e nem
chacronas diferentes, ou de diferentes procedências.
Figura 7.
Germinação das
folhas de Chacronas
enterradas pelo talo.

saquinho, para plantar em um lugar definitivo, o torrão não se quebre e as raízes


fiquem expostas.
Também é importante que os sacos sejam cheios até a boca para que, quando
for regado, as bordas não se dobrem impedindo a entrada da agua no saco. As mudas
devem permanecer a sobra e, se na estação seca, regadas diariamente pelo período
da manha e da tarde.
Quando prontas para o plantio (aproximadamente 15 a 20 cm de altura), as
mudas devem ser plantadas em covas previamente abertas (40x40 cm e com Figura 8. Sementes de Mariri. Figura 9. Canteiro para plantio de sementes de Mariri
com algumas plântulas germinadas.
profundidade de 40 cm). A cova deve ser preenchida com o solo até o meio, sendo
que o restante da terra é misturado com a mesma proporção de composto orgânico
(aproximadamente 1 pá cheia de composto). 1.1.1 Sementeira
Depois de plantadas, deve-se colocar uma pá de composto, ou matéria
orgânica (folhas e paus em decomposição), ao redor da muda para que sirva de
fonte de nutriente e dificulte a perda da agua pela evaporação e transpiração do Tanto as sementes de mariri como as da chacrona devem ser plantadas em
solo. canteiros previamente construídos com uma proporção de uma parte de terra
arenosa com uma parte de composto orgânico (Figura 9). Cada procedência deve
ser plantada separadamente em uma área previamente demarcada.
1.1 Plantio por semente
Antes de colocar as sementes, o canteiro deve ser regado de forma que a terra
O período de floração do Mariri vai de março a agosto nas regiões tropicais com fique úmida, mas não encharcada. As sementes devem ser colocadas
queda das sementes no período de agosto a setembro. A floração do Mariri está organizadamente sobre o canteiro, sendo que ao termino do plantio uma fina
relacionada com mudanças repentinas da temperatura como, por exemplo, noites camada de matéria orgânica deve ser espalhada sobre as sementes. Cada
mais frias e dias quentes. procedência deve ser plantada separadamente, como uma marcação onde se inicia e
O poder germinativo das sementes diminui em 30 dias e interrompe em 60 termina a sementeira. Após isto, rega-se todo o canteiro novamente.
dias a partir se colhidos. Portanto, as sementes devem ser plantadas antes deste Após a germinação das sementes, aproximadamente 10 a 15 dias para o mariri
período, aconselhando que o plantio seja feito até 15 dias após a coleta das (Figura 10), e 2 a 3 semanas para a chacrona, as plântulas devem ser retiradas com
sementes. cuidado, com um pouco de terra e sem quebrar as raízes. As plantas jovens devem
As coletas de sementes tanto do mariri quanto da chacrona devem ser ser plantadas em sacos plásticos previamente preenchidos com terra areno-argilosa
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A proporção significa uma quantidade de terra, por exemplo, uma lata de terra para duas outras latas de composto (lata do mesmo tamanho). O tamanho da cova tem que ser boa proporção, pois a chacrona vem ficar por toda a vida no mesmo lugar. Lembre-se que nós só retiramos as folhas
6
Observações pessoais.

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É importante que a terra contenha uma árvores podem ser plantadas (Figura 13) a uma distancia de 1,5 m uma da outra e no
boa quantidade de argila, pois assim quando meio da linha (1,0 m da borda da floresta).
formos retirar a muda do saquinho para
plantar no local definitivo o torrão não se
desmanche.
As mudas devem ser mantidas em uma
área sombreada e perto de uma fonte de Árvores lenhosas
água. No período da seca a rega deve ser duas
vezes ao dia, de preferência pela manha e
pela tarde.
Figura 10. Germinação do Mariri na floresta.

1.2 Condução do mariri


Figura 12. Área propicia para plantio de Mariri em Figura 13. Plantio eficiente de mariri (nas bordas das linhas)
capoeira velha. Detalhe mostrando a abertura das com o plantio de arvores lenhosas no meio das linhas.
linhas de plantio dentro da floresta.
As mudas de mariri e chacrona devem ser
plantadas em local definitivo, de preferência, no A chacrona deve ser plantada em local sombreado de preferência com plantas
inicio da estação chuvosa. A cova deve ser aberta leguminosas (ingá, paliteira, acácia, etc.). As espécies da Família das Leguminosas
com uma profundidade de 40 cm e área de 40 x 40 são importantes para o ecossistema, pois fornecem nitrogênio gratuitamente para
cm. O solo deve ser colocado novamente na cova as plantas.
até completar metade da cova, e o restante do solo Em locais onde o Mariri “solta” muitas guias, estas devem ser podadas a cada
deve ser misturado com a mesma proporção de seis meses, de preferência na Lua Minguante, deixando apenas uma ou duas guias
composto orgânico. Nas covas do Mariri deve ser mais vigorosas. A poda do mariri, feita com uma tesoura-de-poda bem afiada, para
colocado um tutor de madeira ou um fio para que desta forma o mariri não sofra nenhum dano, e com a possibilidade de ficar
condução da guia ate a árvore (Figura 11). O solo grosso o mais rápido possível, pois toda a energia disponível será direcionada apenas
ao redor da muda não deve ficar exposto, e para para duas guias.
tanto deve-se espalhar material orgânico para A cada inicio da estação chuvosa e seca deve ser colocado uma pá cheia de
evitar a perda de água. Não esquecer de retirar o composto em cada uma das mudas plantadas. Ao mesmo tempo da adubação deve-
saco plástico antes de plantar a muda e de se olhar se existe ataque de pragas nas folhas e caules das mudas de mariri e de
manusear com cuidado o torrão para que ele não chacrona.
Figura 11. Plantio da muda de Mariri
com tutor de madeira.
se quebre. O plástico deve ser levado para o local É muito importante o plantio de espécies lenhosas dentro das nossas áreas de
apropriado. plantio, e deve ser incentivado pelos Presidentes das Unidades Administrativas,
O melhor local para plantio de mariri são áreas de capoeira antiga onde exista pois assim quando retiramos o mariri para o preparo do vegetal nós também
uma boa entrada de luz dentro da vegetação (Figura 12). Nós estamos tendo um possamos retirar a lenha da mesma área.
bom resultado com a abertura de uma rua, com direção Leste-Oeste, de No futuro, se queremos ainda preparar o vegetal no jeito tradicional usando
aproximadamente 2 metros de largura, dentro da capoeira antiga. fornalha, será cada vez mais difícil conseguir a lenha para o preparo. Portanto,
Nas ruas, onde se planta o mariri nas bordas, estas podem ser preenchidas com precisamos pensar agora nisto e além de plantar árvores lenhosas devemos já
arvores lenhosa para serem usadas como lenha no preparo do vegetal. Desta forma, desenvolver um movimento para termos fornalhas mais eficientes.8
quando se corta o mariri das bordas, coleta-se a lenha para usar na fornalha. As 8 No CD enviado para cada unidade tem uma planta de fornalha desenvolvida pelo N São João Batista (SP),
como também um passo a passo fotográfico da construção da fornalha de Parauapebas (PA).

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2 Avaliando o estado nutricional das plantas compactação e perda de umidade por evaporação. Além do que, proporcionar
um abrigo para animais benéficos no combate de pragas e doenças bem como
Todas as plantas para crescerem precisam em doses ótimas de sol, agua e em alimento para as pragas das nossas plantas impedindo assim uma maior
nutrientes. As plantas absorvem energia, em forma de luz a partir do sol, e pressão sobre o nosso plantio;
convertendo-a em energia química. Este processo é denominado de fotossíntese.
• Para que este processo aconteça, um outro elemento que deve estar presente
é a água: todos os processos que envolvem organismos vivos necessitam de
2.1 E o que é a fotossíntese? água em condições ideais, portanto nossos plantios devem estar supridos de
A fotossíntese é transformação de água (H2O) e sais minerais (N, P, K, Mg, água na forma de irrigação ou na sua manutenção da água do solo;
etc.) na presença de CO2 e energia solar em carboidratos (Glicose = C6H12O6):
• Também é preciso nutrientes para o desenvolvimento: os nutrientes são
muito importante para o crescimento das plantas e para que estas construam
barreiras contra o ataque de pragas e doenças. Por exemplo, o N é responsável
pela coloração verde das plantas, sendo que os cloroplastos (estrutura de
6 CO2 + 6 H2O + Energia Solar C6H12O6 + 6 O2 coloração verde das plantas) são responsáveis pela captura da luz do sol dentro
das folhas, com isto uma deficiência de N pode acarretar em uma
Figura 14. Processo de utilização da luz do sol pelas plantas e enfraquecimento das plantas;
transformação desta energia luminosa em energia química,
denominado fotossíntese.
• Cuidados com pragas e doenças: as pragas e doença devem ser controladas
Este processo é a única forma com que a natureza criou para transformar a de uma forma que não agredimos o meio ambiente e nem a saúde humana.
energia do sol em energia orgânica nos vegetais.
2.3 Como podemos aproveitar da melhor forma possível
2.2 Como se pode utilizar ao máximo a luz do sol? o Sol, a água e os nutrientes?
As plantas precisam da energia do sol para crescer, com isto precisamos O jeito mais eficiente é tendo bastante vida no
encontrar uma maneira de fazer com que elas tenham condições ótimas para solo. Esta vida é dada pelos microorganismos,
crescerem. Nesta direção temos que levar em conta os seguintes itens: minhocas pequenos animais, besouros, larvas,
piolhos-de-cobra, centopéias, etc. (Figura 15). Todos
•Condições ótimas de funcionamento: cada planta tem uma condição ideal estes organismos têm uma função nos solos e são
de luz (energia solar), água e nutrientes. Por exemplo, as chacronas crescem extremante importantes para a vida das plantas.
melhor em uma condição de sombra e o mariri cresce melhor em condições de
pleno sol;
2.4 Indicadores Biológicos de
• Investir na possibilidade de outras espécies trabalharem captando a energia Fertilidade do Solo
do Sol (adubação verde): quanto mais plantas tivermos em uma mesma área Figura 15. Solo com vida e com
mais energia do sol estaremos captando e colocando na nossas áreas de plantio. saúde, ótimo para desenvolvi-
As espécies vegetais ou animais são importantes mento de nossas plantas.
Estas plantas, as quais têm como exemplo as gramas, mucuna, etc., podem nos
auxiliar na forma de adubo verde e como protetor do solo contra erosão, 9
É importante conviver com a praga e não exterminá-la, lembre-se que nós incentivamos a biodiversidade.

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indicadoras das condições de fertilidade e de saúde dos nossos plantios (Figura 16). • aumenta significativamente a capacidade das raízes de absorver minerais do
Portanto, em um ambiente natural, todo ser vivo desempenha um papel na solo, quando se compara aos solos sem matéria orgânica;
comunidade da qual faz parte.
• possui, na sua constituição, os macros e micronutrientes em quantidades
bem equilibradas, as quais as plantas absorvem conforme sua necessidade,
escolhendo a qualidade e a quantidade necessária;

• é fundamental na estruturação do solo, devido à


formação de grumos (agregados, figura ao lado);

• existem na matéria orgânica substâncias de crescimento (os fito-hormônio),


que aumentam a respiração e a fotossíntese nas plantas.

Figura 17. Matéria orgânica na forma de composto.


2.6 Como fazer o composto?
Figura 16. Ambiente natural saudável
é aquele que contem todos os Alimento saudável para nossas plantas.
elementos necessários para a vida das O composto é preparado utilizando várias camadas de material orgânico de
plantas e dos microorganismos. origem vegetal (20 cm de altura) intercalado com camadas de material de esterco
animal (5 cm de altura), conforme esquema
O importante, então, não é eliminar os seres vivos, mas sim manejá-los para
da Figura 18.
que apareçam em momentos que nos tragam mais benefícios do que prejuízos.
Na produção de composto, procuramos
Assim, as ervas daninhas ao mesmo tempo em que indicam um problema, podem
misturar o resíduo pobre em Nitrogênio (N) e
ser a própria solução natural para superar determinada situação, conforme veremos
ricos em Carbono (C) (ex. palha de milho,
mais na frente.
arroz, trigo, capins, bagaço de cana, etc.), com
resíduos ricos em nitrogênio com as
2.5 Por que a matéria orgânica melhora a resistência das leguminosas (feijão, ervilha de vaca, mucuna,
gricidia, ingá, feijão guandu, crotalária, sabiá,
plantas? feijão de porco, etc.), além do adubo animal,
Figura 18. Esquema para construção da
de tal modo que a decomposição seja rápida e pilha de composto.
O uso da matéria orgânica (Figura 17) deve ser cada vez uma constante dentro sem perda de nitrogênio.
do plantio. Esta atividade vem atuar nos seguintes pontos: Com esse equilíbrio, pode-se aumentar inúmeras vezes a quantidade de adubo
orgânico a ser produzido, considerando que todo e qualquer resíduo orgânico, livre
• aumenta bastante a capacidade do solo em armazenar água, diminuindo os de agentes contaminantes, pode ser usado na compostagem.
efeitos das secas; Quando estiver fazendo o composto recomenda-se nunca pisar sobre a pilha,
deixando-a sempre fofa para uma boa aeração e um ideal movimento da água de
• aumenta a população de minhocas, besouros, fungos e bactérias benéficas e irrigação.
vários outros organismos úteis, que estão livres no solo; O ideal é usar uma relação de 2/3 de material fibroso para 1/3 de nitrogenados
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Macronutrientes são o Nitrogênio (N), Fósforo (P) e o Potássio (K), elementos importantes no funcionamento das plantas.
11
Micronutrientes são elementos importantes para o sistema de proteção contra pragas e doenças e participam no crescimento das plantas

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(2:1). Aproveitamos o composto para enriquecer a mistura com alguns minerais (pó temperatura pode atingir limites
de rocha, MB4, calcário, farinha de osso e fosfato natural, pulverizados sobre a superiores a 80 ºC. A elevação da
mistura e em pouca quantidade). Desse modo, acima do adubo animal é temperatura acima de 70 ºC, por
importante colocar uma fina camada de adubos fosfatados como os pós de rocha muito tempo, pode provocar uma
(Iorim, Arad, MB4, rocha de Arachá). Para cada tonelada de composto devemos perda acentuada de nitrogênio, o que
colocar 1 kg de pó de rocha (0,1%). não é desejável. Entretanto, esta
elevação, em curtos períodos de tempo,
é importante para descontaminar a
composteira de agentes químicos ou
Figura 19. Pilha de composto pronta em local plano de pragas e doenças indesejáveis.
e próximo de uma fonte de agua.
Deve-se conservar, durante o período
de produção do composto, uma temperatura entre 50 a 60 ºC.
Para verificar a temperatura, um processo prático, mas viável para as condições
rurais, consiste em deixar mergulhado na composteira pedaços de cano ou
vergalhões de ferro. De quando em quando, retira-se o cano ou vergalhão e toca-se
com a costa da mão, pôr ser mais sensível ao calor.
Três condições podem ocorrer:
• Temperatura alta (mais de 60 ºC), a tendência é retirar de imediato à mão.
Nesse caso, deve-se diminuir a temperatura da composteira, verificando a umidade
do material, isto é, se estiver úmido, reduzir as condições de arejamento, por meio
de uma ligeira compactação da composteira; caso esteja seco, pode-se abaixar a
Tabela 1. Características de alguns adubos animais.
temperatura pela rega.
• Temperatura média, elevada, mas suportável ao contato. Significa que a
O uso de adubos minerais (pós de rocha) é muito importante para oferecer as decomposição ocorre normalmente.
plantas diversos microelementos de grande valor para o desenvolvimento das • Temperatura baixa, material sem aquecimento. Duas situações podem
plantas, tanto a nível nutricional como também para que as plantas possa criar suas acorrer ou o material já se encontra decomposto; ou, pôr falta de arejamento ou
fontes de defesa para resistir ao ataque da pragas e doenças. umidade, a temperatura não se elevou.
A cada camada concluída deve-se colocar água o suficiente para molhar a leira A primeira circunstância mostra que o
sem escorrer. Pelo menos uma vez por semana, deve-se verificar as condições de composto já se encontra em condições de ser
umidade e temperatura da composteira e, se necessário, irrigá-lo e/ou revira-lo. O usado, na segunda, recomenda-se provocar uma
composto esta em uma umidade ideal quando ao espremer uma quantidade nas redução da compactação da composteira, pôr
mãos nos sentimos o composto molhado mas este não deixa escorrer agua entre os meio do reviramento da leira (Figura 20), o que
dedos. facilitará o arejamento, conseqüentemente
A escolha do local onde será construído a composteira é extremamente haverá maior atividade microbiana e aumento
importante. Deve ser uma área plana, protegida de ventos e insolação direta, com da temperatura. O reviramento ou corte da
fácil acesso para a carga e descarga do material, e ter água disponível para irrigação leira, deve ser feito de cima para baixo, de modo
(Figura 19). Figura 20. Revolvimento da pilha de que o material que estava em cima fique
Uma vez pronta à leira, observa-se uma elevação de temperatura, logo nos composteira para diminuir o calor. embaixo e o que estava em baixo fique em cima.
primeiros dias, como conseqüência da atividade dos microorganismos. Essa

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Normalmente são feitos 2 ou 3 reviramentos no composto (após 7, 15 e 25 quando vai ser utilizado no dia anterior, deve-se mexer apenas pela manhã e depois
dias), e o tempo total de decomposição está entre 2 a 3 meses. deixar em repouso durante o resto do dia para que se possa tirar apenas a parte
líquida que é o que será utilizado.
• No plantio o Biogeo deve ser aplicado nas horas mais frescas do dia, isso tanto
2.7 Como fazer um biofertilizante? para folha quanto para solo. Se o plantio estiver limpo não se deve usar o Biogeo.
• Se as plantas estiverem floridas não deve ser aplicado o Biogeo, pois os insetos
Os biofertilizantes são preparados biológicos que são usados como adubo foliar que são responsáveis pela polinização podem fugir.
ou no solo, para ativação celular e nutricional das plantas. Este é constituído de • A caixa contendo o Biogeo deve ser mantida sempre destampada e no sol
rumem de boi (esterco verde novo), rocha fosfatada, matéria orgânica, cinza e (Figura 22). É importante que seja abrigado
restos de frutas e legumes não cozidos, sendo este derradeiro aplicados no inicio e da chuva quando esta aparecer.
periodicamente para alimentar as bactérias. • O Biogeo pode durar até mesmo anos
O Biogeo é uma criação de microrganismos que quando colocados sobre a terra e para mantê-lo vivo é preciso estar sempre
devolvem a vida para ela e aceleram a decomposição do mato que foi roçado. Já nas cuidando dele com restos de frutas e
folhas das plantas, o Biogeo funciona como um revitalizante aumentando a sua verduras, e acrescentando água.
capacidade de buscar nutrientes na terra. • Para pulverizar a terra coloca-se 18L
de água e 2L de Biogeo. E para usar
2.7.1 Preparo do Biogeo diretamente nas folhas, diluir 250mL de
Biogeo em 20L de água.
Uma dica muito interessante é que Figura 21. Biogeo sendo preparado e mexido.
• 30% de esterco verde para 70% de água. Caso não tenha o esterco verde, pode
sementes podem ser inoculadas com o
ser usado 20% de capim de bucho de boi e 80% de água. Misturar bem.
Biogeo e assim germinam muito mais rápido
• Depois, acrescentar 10 a 20L de serrapilheira da mata (de preferência, tirar as
e vigorosas. Para a inoculação das sementes
folhas secas de cima e pegar a terra gorda, úmida e com mofo) para 400L de Biogeo.
deve ser feito o seguinte processo: deixar a
• Assim que começar a fermentar, tratar com restos orgânicos (cascas de
semente de molho por 2 minutos (somente
verduras, frutas, legumes, etc.). Esses restos orgânicos não podem estar temperados
2 minutos) no Biogeo puro. A quantidade de
ou cozidos;
Biogeo utilizada deve ser o suficiente para
• Para que o pH não aumente muito é bom adicionar um pouco de laranja ou
cobri-las. Depois é só plantar!
limão para controlar esta elevação;
O Biogeo pode ser colocado no plantio
• Adicionar 100g de farinha de rocha ou pó de pedra para cada 100 litros de
todo mês até que a vida retorne a terra,
Biogeo.
ficando mais fofa, úmida e apareçam plantas
Figura 22. Local coberto, mas com incidência
espontâneas e bichos num ambiente de luz para preparação do Biogeo.
2.7.2 Alguns cuidados que devemos ter com o Biogeo semelhante ao da floresta.

• O Biogeo quando é feito pela primeira vez fica pronto em torno de 45 dias. A
melhor maneira de saber se já está pronto são as moscas e marimbondos que 2.8 Vantagens de uso do composto orgânico e
começam a rodear a caixa. Além disso, você pode ver a sua imagem refletindo na biofertilizantes
água como se fosse um espelho.
• O Biogeo deve ser mexido todos os dias pelo menos três vezes (Figura 21). Mas
• aumenta o pH do solo tornando o solo menos acido
12
Esterco verde é aquele ainda fresco se estar duro e seco. • diminui os elementos tóxicos do solo
19 20
• aumenta a disponibilidade de nutrientes
• libera gradualmente seus nutrientes
• aumenta a absorção de fósforo (P) pelas plantas
• aumenta a eficiência na fotossíntese F
• aumenta a resistência à praga e doenças No começo, a folha só perde a cor entre as veias, estas desbotando depois.
• reduz a perda de água nas plantas e no solo pela transpiração Folhas maduras não afetadas, não há folhas mortas. Comum em ilhas calcareas 3
• aumenta o desenvolvimento radicular ou de coral, solos de deserto. A planta toma um tom amarelado (Veja também J).
• melhora a produtividade das planta Veias continuam verdes, áreas desbotadas menos amareladas, muitas vezes
embranquecidas ou sem cor.
G

3 Deficiências minerais nas plantas: como reconhecer? G


Áreas perto das veias ainda verdes, as áreas afetadas se tornam transparentes,
Como usar a tabela a seguir: Leia as primeiras escolhas (A) e, depois de escolher, marrons e começam a morrer. As folhas novas afetadas primeiro. Feijões e
ervilhas, ao germinar, mostram raízes marrons e área marrom central no broto.
4
siga a letra na coluna à direita. Vá seguindo as letras até aparecer um numero que se
pH normalmente menor que 7.
faz referência à lista de minerais a seguir, os quais podem ser deficiente dentro de
seu plantio. As folhas são menores do que normal, talos curtos, crescimento retardado.
Feijão, milho, algumas árvores novas afetadas. Solos ácidos, areias lixiviadas,
solos alcalinos, ou altos em húmus, regiões costais. As folhas podem ter brotos 5
A múltiplos em roseta.
Folhas, talos ou pecíolos são afetados. B H
Flores ou frutas são afetadas. M Plantas quebradiças, as folhas morrem ou são distorcidas, as ponteiras morrem,
As partes subterrâneas são afetadas (raízes, bulbos, etc.) N os talos são rachado, ásperos, curtos, com fendas (repolho). Provável em areias 6
ácidas ou em solos de alto teor de húmus, onde foi aplicado muito calcário.
O campo inteiro ou linhas mostram produção variável O
Plantas não são quebradiças, mas com crescimento retardado, as ponteiras
B morrem, as raízes finas morrem como também as pontas das folhas e os brotos
Folhas novas mais afetadas, ou afetadas primeiro. C terminais. As folhas novas são enroladas ou morrem nas margens; as folhas
velhas sem problema. As folhas novas enroladas têm margens marrons, 7
Folhas velhas mais afetadas, ou planta inteira afetada. I apodrecem (parecendo geléia). Verifique para excesso de água, excesso de N, K,
C Mg na água ou no calcário. Os tomates sofrem de podridão do fundo da fruta.

Manchas amarelinhas ou brancas nas folhas. D I


Manchas não muito evidentes, morte das pontas, ou órgãos de Planta amarelada. J
armazenamento da planta afetada. H
Amarelamento não é o principal problema, folhas com margens marrons ou roxas. L
D J
Folhas pálidas por inteiro, inclusive as veias plantas fracas e finas Amarelamento entre as veias ou nas margens da folha. K
(especialmente em solos muito desgastados ou áreas arenosas pobres, 1
ácidas ou alcalinas). Amarelamento afeta planta inteira, plantas finas as folhas mais velhas caem.
Folhas não afetadas por inteiro, veias ainda verdes. E Comum em solos frios de turfa, areias lixiviadas, solos sujeitos a encharcamento. 8
As plantas florescem e amadurecem cedo.
E K
As folhas murcham, ficam pálidas, começando a morrer. Em campos de
As margens são amarelas, ou tem manchas que se juntam. Folhas amareladas ou
cebolas, estas ficam pequenas. Se ervilhas estas ficam pequenas (podendo 2 roxas, com morte progressiva das folhas. Em seguida as folhas novas são afetadas.
servir de indicadores).
As áreas afetadas enrolam ou se tornam quebradiças, amarronzadas. Comum em 9
Não há grande incidência de folhas murchas e morrendo. F areias ou solos com alto teor de K ou Ca. Crescimento lento, planta retardada.

21 22
Amarelamento entre as veias, parecido com deficiência de N. Folhas velhas
manchadas, veias de verde claro, as margens das folhas enroladas, alcançando
Elementos ou ações que se fazem
progressivamente as folhas mais novas. As margens das folhas podem até morrer,
deixando os tecidos centrais; couve-flor não forma cabeça. Comum em solos ácidos
10 necessários dentro dos plantios.
ou alcalinos lixiviados, como dunas. Dificuldade em estabelecer leguminosas.
Número
L da tabela Elemento/ação
anterior
As margens das folhas são marrons, queimadas, pode ser ligeiramente enrolada
para baixo, manchas de tecido morto nas folhas; manchas tem centros escuros, 1 Aplicação de Enxofre
margens amareladas; aparência geralmente irregular em cor. Crescimento 2 Aplicação de Cobre. (em forma de rocha ou sulfato de cobre)
reduzido, primeiro nas folhas novas maduras, depois nas folhas mais velhas 11 Aplicação de Ferro. Aplique enxofre primeiro para ver se resolve.
finalmente nas folhas novas. Pode aparecer tarde no crescimento da planta, se
for cultura de raiz (o K pode ser translocado para as raízes). Solos argilosos ácidos 3 Se necessário acrescente sulfato de ferro ou adubo foliar a base
lixiviados; as margens da folha do tomateiro são pálidas. de ferro. (Enterre pedaços de ferro velho perto das árvores).
4 Aplicação de Manganês.
As folhas ficam murchas, morrem nas pontas ou nas margens: excesso de sódio.
As folhas não têm brilho, verde escuro ou arroxeadas, especialmente na face inferior 5 Aplicação de Zinco.
e nas veias. As veias e os talos também roxos, crescimento reduzido. Comum em 12 6 Aplicação de Boro.
solos que são muito ácidos. Alcalinos secos frios ou de trufa.
7 Aplicação de Cálcio.
As pontas das folhas murcham conforme que o solo seque, depois ficam de cor
8 Aplicação de Nitrogênio.
bronze e morrem. Não é comum. Verifique a água e o teor de sal no solo.
Excesso de cloro 9 Aplicação de Magnésio.
13
M 10 Aplicação de Molibdênio.
Frutas ásperas, rachadas, manchadas, poucas flores. Solos ácidos, areias lixiviadas, 11 Aplicação de Potássio. Utilize cinzas, chá de confrei e urina diluída.
solos ricos em húmus. Brotos terminais podem morrer, com posterior
desenvolvimento lateral. As folhas no topo ficam grossas, podem se enrolar 6 12 Aplicação de Fósforo. Farinha de osso, ou fosfato em rocha.
da ponta até a base. Envenenamento por Cloro. Processe o município, ou deixe a água de
13 torneira descansar com um punhado de calcário.
Frutas apodrecem a partir do fundo ou mostram áreas escuras neste local. 7
N
Morte interna, ou áreas encharcadas na fruta, desigual na forma (beterrabas,
nabos, se o solo for ácido, lixiviado, ou com calcaria livre).
6 4 Plantas indicadoras
Cavidades no centro da raiz, a parte exterior entra em colapso, comum em
cenouras em solos ácidos e lixiviados. As raízes podem rachar por inteiro. 7
Em um ecossistema natural todo ser vivo, seja ele vegetal ou animal, tem um
O papel a desempenhar (um serviço a prestar) para a comunidade da qual faz parte.
As áreas afetadas são acidas: os solos podem ser arenosos; pH<5,5. Ácido: Além de, obviamente, contribuir para a manutenção de sua própria espécie.
Experimentar aplicar calcário. É a análise de qual papel que determinada espécie vegetal desempenha, no
Áreas da cultura são alcalinas: pH > 7,5: experimentar aplicar enxofre. nicho ecológico no qual momentaneamente está se sobressaindo, que nos leva ao
Áreas profundas do solo são manchadas com cheiro de enxofre, encharcadas. conceito de plantas indicadoras. Se as encararmos como daninhas e buscarmos sua
Melhore a drenagem. erradicação, estaremos perdendo uma preciosa fonte de informações, que nos
As folhas são rasgadas e a coroa da planta está morrendo. Ventos salgados: auxiliariam nas tomadas de decisão em relação ao nosso manejo.
Providencie abrigo. Se, ao contrário, as vemos como indicadoras, poderemos utilizar não só as
informações que ela nos trazem, como também manejarmos sua presença. Desta
13
Importante elemento para construir órgãos de defesa dos organismos vivos.

23 24
forma permitiremos que elas cumpram sua função para a comunidade vegetal da
qual fazem parte.
Plantas companheiras são plantas que indicam características do solo e Capim amoroso Solo depauperado e
deficiências de algum tipo de nutriente. Portanto, ao mesmo tempo em que estas ou carrapicho muito duro, pobre em
Cenchrus ciliatus Cálcio, e pH baixo.
indicam certa deficiência em nutrientes as mesma são concentradoras destes
nutrientes podendo ser usadas para isto quando fazemos atividade de cobertura
morta:

Solos que retêm água


Tabela 2. Plantas indicadoras sobre estado nutricional e físico do solo. Carqueja estagnada na estação
Baccharis spp chuvosa, pobres
Planta Nome popular em Molibdênio.
Indicador
Companheira ou científico

Esta planta indica solo


argiloso, o qual
Cravo brabo Solo infestado
Azedinha apresenta pH baixo,
Tagetes minuta de nematóides.
Oxalis oxyptera falta de Cálcio e/ou
Molibdênio.

Desequilíbrio de Solos cultivados com


Nitrogênio com Cobre, Fazendeiro ou
Amendoim brabo Picão branco Nitrogênio em excesso,
Euphorbia heterophylla ausência de faltando Cobre ou
Molibdênio. Galinsoga parviflora
outros micronutrientes.

Solo com falta de


Capim arroz ou Oxigênio, substâncias
Guanxuma ou Malva Solos muito
pé-de-galinha tóxicas. Solos proble-
Sida ssp compactados.
Echinochloa crusgallii máticos para o desen-
volvimento radicular.

Solo muito exausto,


arenosos, com baixa Nabisco ou Nabo brabo Solos carentes em
Cabelo de porco
fertilidade, com nível de Raphanus raphanistrum Boro e Manganês.
Echinochloa crusgallii
Cálcio extremamente
baixo e pH ácido

25 26
Planta Nome popular Modo de
companheira Utilização
Solo com problemas e científico preparar
Papua de drenagem e falta
Brachiaria plantaginea de Zinco como
micronutriente. Cravo da Índia Combate o Diluição de 20 a 30 g de
(Syzygium crescimento cravo da Índia em 10 a
aromaticum) de fungos 20 litros de água

Extrato aquoso de folhas


Samambaia Excesso de Alumínio Combate o
Pitanga e ramos secos, triturados
Pteridium aquilinum tóxico (pH baixo). crescimento em liquidificador, filtra-se
(Eugenia unifora)
de fungos a mistura em pano de
algodão

Pimenta de Extrato aquoso de


Solos ácidos, adensados, macaco Combate as frutos a 10% (100 g
Tiririca (Piper lagartas de frutos para 1 litro
mal drenados, possível
Cyperus rotundus tuberculatum) de água)
deficiência de Magnésio.

Bouganvile;
Primavera Combate fungos
Extrato aquoso de
de antracnose e
(Bougainvilea folhas e ramos secos
vírus do Mosaico
Urtiga spectabilis)
Excesso de Nitrogênio
Urtiga urens livre, carência em Cobre.
Mistura de óleo 250 ml em
Copaíba Podridão de frutos, 500 ml de água, para
(Copaifera ataque de fungos melhor homogeneização do
langsdorfii) e bactérias óleo em água adicionou-se
detergente neutro.
Camada estagnante
Maria mole ou Berneira em 40 a 50 cm de
Senecio brasiliensis profundidade, Podridão de frutos, Pulverizar 0,06 ml de óleo/cm2
de área. Usar na diluição de 50
falta Potássio. Pimenta longa vassoura de bruxas, g de óleo para 1 litro de água.
fungos patógenos Se extraído em metanol ou
(Piper aduncum)
de sementes, acaricida, água deve aumentar a
bactericida concentração dez vezes

5 Plantas Companheiras Decocção de folhas cortadas


misturadas com água 1:5
Alecrim (folha:água) aquecida até ponto
Plantas companheiras são aquelas que podemos usar tanto no combate a pragas pimenta Combate fungos de fervura. Após isto o recipiente
(Lippia sidoides) se mantém fechado por 15 min,
e doenças (na forma natural ou em preparados) como na forma de repelente de depois diluir 5-10% (50 g do
concentrado em 1 litro de água)
insetos e pragas.
27 28
Decocção de folhas cortadas Pimenta vermelha bem socada,
misturadas com água 1:2,5 Pimenta vermelha misturada com bastante água e
Espirradeira Inseticida para (folha:água), 10 min. Após Repelente um pouco de sabão em pó ou
(Capsicum líquido pulverizada sobre as
(Nerium oleander) Mosca branca isto o recipiente se mantém de insetos
annuum L.) plantas, age como repelente de
fechado por 24 hr insetos.

Controle de formiga 1.000 g de folhas verdes, macerar


Nim de fogo e formiga em pilão até atingir uma forma
(Azadirachta
preta, ácaros, lagartas,
pulgões, cigarrinhas,
pastosa, curtir em 1.200 ml de
água durante 72 hr, peneirar,
6 Controle biológico - predadores e parasitas
indica) besouros mastigadores adicionar 10.000 ml de água e
pulverizar com pulverizador costal
e cochonilhas Equilíbrio biológico é o controle que predadores e
parasitas fazem sobre as populações dos insetos, ácaros,
nematóides, fungos, bactérias e vírus. Pulgão (“praga”) que
Acácia Negra Controle de fusariose Extrato etanólico
(Acacia mearnsii) (Fusarium subglutinans) dissolvidos em água é comido pela Joaninha (“predador”) é um exemplo
clássico de controle biológico. Com isto é importantíssimo
que nossos plantios tenham a maior diversidade de plantas
O extrato de alho tem ação possíveis.
fungicida, combatendo
doenças como o míldio e Diluições 1:10 ou 1:20 Existem muitas espécies que são predadoras ou parasitas
Alho
ferrugens, e ação bactericida. (10 gramas de extrato de das pragas e doenças. É muito importante que a presença
(Allium sativum) É utilizado também como alho para 10 ml de água).
repelente de insetos no-civos destas espécies seja incentivada dentro dos plantios. Estes
como a lagarta e o pulgão
animais são insetos, ácaros, nematóides, fungos, bactérias e
Combate pulgões, Decocção de flores misturadas vírus. Animais maiores também são muitíssimo
ácaros e algumas com água 1:2,5 (folha:água),
Cravo de Defunto lagartas. Plantar na área
importantes, entre eles: aves, morcegos, tatus, cobras, rãs,
10 min. Após isto o recipiente
(Tagetes minuta) onde tem infestação de se mantém fechado por 24 hr. sapos e aranhas.
nematóides atua como Plantando na área afugenta Existe uma teoria que se chama trofobiose que diz que
repelente natural. nematóides.
todo e qualquer ser vivo só sobrevive se houver alimento
A nicotina contida no tabaco é
um excelente inseticida, tendo
Picar 10 cm de tabaco de corda adequado e disponível para sua sobrevivência. A planta ou
e colocar em um litro de água
Nicotina ação de contato contra pulgões,
tripes e outras pragas. Quando por um dia em recipiente não-
parte da planta cultivada só será atacada por um inseto,
(Nicotina aplicada como cobertura do metálico com tampa. Diluir em ácaro, nematóide ou microorganismo (fungos ou
tabacum) solo, pode prevenir o ataque de 10 litros de água e pulverizar as
lesmas, caracóis e lagartas plantas. bactérias), quando tiver em excesso na sua seiva, exatamente
cortadeiras.
o alimento que eles precisam. Este alimento é constituído, principalmente, por
Colocar 500 gramas de folhas
frescas ou 100 gramas de
aminoácidos, que são substâncias simples e se desmancham facilmente (solúveis).
É útil no combate
Urtiga aos pulgões, lagartas
folhas secas em um litro de Para que a planta tenha uma quantidade maior de aminoácidos, basta tratá-la de
água e deixar dois dias. Para
(Tagetes minuta) e para aumentar a aplicação diluir em 10 litros de maneira errada.
resistência natural água e pulverizar sobre as Neste sentido, um vegetal saudável, bem alimentado, dificilmente será atacado
plantas ou no solo.
por "pragas" e "doenças". As ditas "pragas" e "doenças" morrem de fome em uma
Colocar 500 gramas de folhas planta sadia. Na mesma direção o não uso de agrotóxico vai aumentar o numero de
Samambaia Controla ácaros, frescas ou 100 gramas de folhas
secas em um litro de água por predadores naturais diminuindo o numero de pragas.
(Polypodium cochonilhas e dia. Ferver meia hora. Para
vulgare) pulgões aplicação diluir 1 litro deste
A seguir listamos alguns produtos que incentivam e melhoram a saúde das nossas
macerado em 10 litros de água. plantas, do solo e do ecossistema.

29 30
6.1 Manipueira água), ou 100 ml de manipueira por cova.
No terreno: Diluição aquosa de 1:1, aplicar de 4 a 6 litros
A Manipueira é um liquido de aspecto leitoso de coloração amarelo-clara que desta diluição por m2 de terreno. Deixar o solo em
escorre das raízes de mandioca (Manihot esculenta), por ocasião da prensagem. A repouso por 8 dias e antes de plantar dar uma revolvida.
produção no geral é de 3:1 (3 kg de mandioca para 1 litro de manipueira) No sulco: Usar a manipueira em diluição aquosa, na
Ela pode ser usada como fertilizante natural, seja foliar ou no solo, isto devido a proporção de 1:1. Aplicar, no mínimo 2 litros dessa
sua notada concentração de elementos químicos (macros e micronutrientes) diluição por m2 de sulco. Deixar o solo em repouso por 8 Figura 23. Nematóide atacando a
necessários ao bom desenvolvimento das plantas. dias e antes de plantar dar uma revolvida. raiz de uma planta e em detalhe
como os identificamos nas raízes.

Composição química da manipueira.


Competente Quantidade (ppm) 6.1.2 Utilização da Manipueira como Inseticida
Nitrogênio (N) 425,5
Fósforo (P) 259,5 e Acaricida
Potássio (K) 1.863,5
Cálcio (Ca) 227,5
Ácaros (Figura 24) são pequenos araquinidios que
Magnésio (Mg) 405,0
Enxofre (S) 95,0
vivem sobre a face inferior das folhas sulgando a seiva
Ferro (Fe) 15,3 desta e competindo pela comida com os órgãos das
Zinco (Zn) 4,2 plantas. Dependendo da intensidade de infestação pode
Cobre (Cu) 11,5 acabar matando a folha e a própria planta.
Manganês (Mn) 3,7
Boro (B) 5,0 Figura 24. Ácaros na parte de
Cianeto livre (CN- ) 42,5 Forma de aplicação: baixo da folha.
604,0 (55,0 mg/l
Cianeto total (CN)
em média) Na planta: 3 Pulverizações ministradas a intervalos semanais; acrescentar a manipueira
pura ou diluída com o correspondente de 1% de farinha de trigo para melhorar a
A manipueira pode ser estocada a temperatura ambiente por um período de 3 dias, aderência. O melhor a fazer é testar determinadas diluições em lotes de plantas para ver
sem prejuízo ao potencial nematicida ou pesticida, entretanto a temperatura de 8 a a reação. Se a planta testada apresentar alguma deficiência diluir ainda mais a
10 °C pode ser estoca por mais de 60 dias concentração.
Toda vez que a manipueira for aplicada ao solo, este deve ser revolvido, apos 8 dias Arbustos: Diluição de 1:1 ou 1:2 (1 de manipueira para 1 ou 2 de água) contra ácaros,
da data de sua aplicação. Esta atividade é importante no sentido de prevenir efeitos pulgões ou insetos
residuais fitotóxicos.

6.1.3 Utilização da Manipueira como


6.1.1 Utilização da Manipueira como Nematicida
Fungicida
Nematóides (Figura 23) são pequenas vermes que se instalam nas raízes das
plantas impedindo que estas cresçam satisfatoriamente ou até mesmo matando a Na planta: Para utilização no combate de Oidios (Figura 25) Figura 25. Fungos em folhas
planta por impedir a absorção de água e nutrientes do solo. deve ser observadas as mesmas recomendações prescritas para de abóbora.
o seu uso como inseticida/acaricida. O tratamento deve se estender por, no mínimo, 3
Forma de aplicação:
semanas com pulverizações a cada 7 dias. Prevalece a recomendação de adicionar 1% de
Na planta: 12 a 15% de manipueira diluída em água (12 a 15 l manipueira e 100 l de
farinha de trigo para dar maior aderência.
31 32
6.1.4 Utilização da Manipueira como Herbicida inseticida e repelente de pragas em geral.
Posologia: Os extratos podem ser preparados com a simples trituração das
Na área: Aplicação de 5 L por metro quadrado, três vezes em seguida folhas. Esse pó obtido da trituração deve descansar por 12 horas em água, para só
(intervalos de 24 hr) então ser filtrado o líquido, ser diluído na concentração adequada para a praga
em questão, e poder ser utilizado na pulverização das áreas infestadas. Essa
solução deve ser usada em 24 horas para que não se perca a ação dos princípios
6.1.5 Utilização da Manipueira como Fertilizante ativos do Nim.
Também pode-se usar 20 g de folhas de Nim trituradas e deixadas em contato
Fertilizante de solo: Diluição de 1:1 (1 de manipueira e 1 de água). Aplicar com 500 ml de solução alcoólica 44%, durante 16h (agitar várias vezes). Usar
com regador na linha de plantio na proporção de 2 a 4 litros de diluição por 277,4 mg do extrato/ml de água.
metro de sulco. Aplicação deve preceder o plantio e o solo ficar em repouso por 8
dias. Revolver levemente o solo que margeia a linha de cultivo, antes de proceder Para controle de carrapatos:
à semeadura. • Para bovinos utilizar 1.250g de folhas verdes em 100 litros de água;
Fertilizante foliar: Diluição de 1:6 ou 1:8. Mínimo de 6 máximo de 10 • Para cachorros utilizar 500g de folha para 3 litros de água.
aplicações em intervalos semanais. Quando do suo da manipueira com a Posologia: Macerar as folhas e deixar em infusão por 24 horas. Coar e aplicar,
finalidade exclusiva de fertilização foliar, não adicionar farinha de trigo. mediante pulverização nos animais.

6.1.6 Utilização da Manipueira como Formicida 6.2.2 Folhas secas


Combate à saúva (Atta spp): Aplicada diretamente nos ninhos das formigas, Controle de pragas, principalmente em hortaliças.
através de vários orifícios previamente abertos. A quantidade do composto Posologia: As folhas devem ser secas à sombra e moídas em moinho; adicionar
introduzida no sauveiro varia de 1 a 10 litros, de conformidade com o tamanho para cada litro de água 30 a 40g do pó, deixando em repouso por 24 horas. Usar
do mesmo. Fechar o buracos após a aplicação. 40g de folhas/litro de água. Coar e pulverizar.

6.2 Nim (Azadirachta indica), no 6.2.3 Sementes


Controle de Doenças
Controla Cigarras (Schistocera gregária) e outros
cicadelideos (Figura 27).
Os extratos do Nim (Figura 26) também possuem Posologia: Repete-se o mesmo procedimento para o
ação nematicida, bactericida e fungicida, reduzindo a extrato bruto de sementes, utilizando-se 30 g de
população de nematóides fitófagos, inibindo o sementes de Nim sem casca em 200 ml de solução
crescimento de bactérias e atuando sobre fungos de alcoólica 44%. Diluir 520,9 mg do extrato/ml de água Figura 27. Gafanhoto do
importância econômica. Figura 26. Árvore de Nim gênero Schistocera.

6.2.4 Torta (resíduo seco e moído de sementes, obtido


6.2.1 Folhas trituradas após extração do óleo)
Controla Insetos fitófagos, traças, lagartas, pulgões, gafanhotos, agindo como Combate Ácaro e insetos fitófagos
33 34
Posologia: Para o extrato bruto de torta, 50 g de torta de Nim adicionados a principalmente contra cochonilhas.
300 ml de álcool etílico absoluto, mantido sob agitação magnética durante 16h. Posologia: Diluir o Óleo de soja a 0,62% em Leite em pó contendo lecitina de
Diluir 10,9 mg do extrato/ml de água. soja (20 g de leite/litro água)
Como nematicida. • Combate ainda pulgão, lagartas, moscas, mosquitos, ácaros (acaro vermelho),
Posologia: usar 100 a 300 g da torta por cova ovos e larvas de insetos, tripes, mosca branca.
Posologia: Diluir 1 litro de óleo vegetal com 100 gramas de sabão neutro ou 100
ml de sabão líquido em 15 litros de água. Agitar até obter uma emulsão turva.
6.2.5 Óleo das sementes Para combater viroses usa-se óleo mineral de parafina.

O óleo inseticida é extraído pela prensagem das sementes, obtendo-se no


máximo 47% de óleo, que contém cerca de 10% da azadiractina existente no
fruto. Essa prensagem pode se dar por prensa manual ou mecânica, ou mesmo
por pilão. A torta restante (muito rica em azadiractina) tem efeito nematicida e
serve também como adubo orgânico, podendo também ser secada e utilizada
posteriormente para preparo de extratos inseticidas, em mistura com água e
filtração. Normalmente a prensagem de 1 kg de semente de Nim gera cerca de
150 ml de óleo.
Figura 28. Antracnose em folha Figura 29. Atraquinse em frutos Figura 30. Casca de caranguejo triturado
Posologia: 5 ml de óleo/litro de água de abóbora. de maracujá. para combater a podridão das raízes.

6.2.6 Pragas e doenças podem ser controladas pelos 6.3.2 Leite em pó instantâneo
• Controle de antracnose em frutos (Figura 29)
extratos de Nim Posologia: Diluir 20g de Leite em pó instantâneo em um (01) litro de água

Pragas de lavouras: lagarta do cartucho, curuquerê-do-algodoeiro, mosca


branca, cochonilhas, ácaros fitófagos, moscas-das-frutas, besouros mastigadores, 6.3.3 Gesso agrícola
pulgões, tripes, bicho mineiro do cafeeiro, broca do café, brocas do tomateiro, • Controla ataque de Bactérias em folhas e frutos
larva minadora dos citros, larvas de besouros que se alimentam de folhas, dentre Posologia: Acidificar (pH = 4) o gesso agrícola com H3PO4: Depois diluir 3 kg de
outras. São considerados como mais suscetíveis às lagartas, cigarrinhas, pulgões gesso em 100 L de água
e larvas de besouros. • Evita a subida de formigas e ajuda controlar a barba das frutíferas.
Pragas de criações: pulga, piolho, carrapatos, mosca-do-chifre. Posologia: Fazer uma pasta de cal e pincelar sobre o tronco.
Doenças de plantas: sistema radicular e colo da planta (Fusarium
oxysporum, Sclerotinia sclerotiorum, Rhizoctonia solani) e da parte aérea (oídio, 6.3.4 Casca de Camarão e ou Caranguejo
ferrugem, míldio, manchas foliares). Controle da podridão de raízes, Fusarium sp (Figura 30) e nematóide
Posologia: Triturar e moer a casca de camarão/caranguejo e espalhar pelo terreno
ou nos sacos com as mudas.
6.3 Outros Produtos
6.3.5 Armadilha luminosa
6.3.1 Óleo vegetal (soja, milho, etc.) Controla mariposas, especialmente a mariposa-oriental (broca-dos-ponteiros)
• Controle de antracnose em folhas (Figura 28). Também tem ação inseticida,
35 36
que ataca as plantações. misturando-se uma parte de calda bordalesa para uma parte de água;
Posologia: Colocar uma lanterna de querosene acessa a partir das sete horas da Para mofos da cebola e do alho e mancha da folha da beterraba (cercosporiose),
noite no meio do plantio e deixar até de madrugada. As mariposas são atraídas usa-se uma diluição de 3 partes de calda para uma parte de água.
pela luz e batem no vidro da lanterna, caindo num saco de estopa aberto que é Convém lembrar que a calda bordalesa perde a eficácia com o passar do
colocado logo abaixo. No dia seguinte matar as mariposas. tempo, por isso deve ser usada até, no máximo, três dias depois de pronta.

6.3.6 Solução de água e sabão 6.5 Controle Alternativo de Formigas Cortadeiras


• Controla pulgões, cochonilhas e lagartas.
Posologia: Colocar 50 gramas de sabão caseiro em 5 litros de água quente. Após 6.5.1 Barreira Física
esfriar, aplicar com o pulverizador. Para proteger apenas mudas ou arvores individuais, o simples uso de cones
invertidos de lata ou plástico, ou ainda lá de ovelha amarrada no caule da planta
6.3.7 Saco de aniagem impedindo a ação das formigas.
• Controla lesmas. No dia seguinte pegar as lesmas que estão aderidas ao saco e
matá-las. 6.5.2 Plantas repelentes ou tóxicas
Posologia: Umedecer o saco de aniagem com um pouco de leite e colocar na A hortelã, batata doce, salsa. Cenoura, gergelim, mamona funcionam como
plantação em vários locais. repelentes ou intoxicantes.

6.4 Preparo e uso da Calda Bordalesa. Tabela indicando a 6.5.3 Preservação ou criação de inimigos naturais das formigas
doença e o tipo de As galinhas comuns e de angola (Figura 31), pássaros, tatus, tamanduás os
calda mais indicada
para uso. quais controlam ate 90% das revoadas. É interessante o uso
A calda bordalesa é
de Galinha de Angola pelo fato delas não terem o hábito de
recomendada para o controle, SULFATO de CAL ÁGUA
DOENÇAS COBRE VIRGEM (Litros) ciscarem, evitando o espalhamento do adubo nas plantas.
entre outras doenças e parasitas,
Míldio 1.000g 1.000g 100
de míldio e alternaria da couve e
Requeima,
do repolho, alternaria do Pinta Preta 1.000g 1.000g 100
6.5.4 Controle de Colônias
chuchu, antracnose do feijoeiro, Pinta Preta, Para adotar medida de controle eficaz, é importante
Podridões 800g 400g 100 lembrar que as formigas cortadeiras não se alimentam
pinta preta e queima do tomate, Míldio,
murchadeira da batata, queima Antracnose 300g 300g 100 diretamente das folhas cortadas, e sim da massa de fungos
das folhas da cenoura etc. Ferrugem, que cresce sobre as folhas armazenadas no ninho. Alguns
Manchas 1.500g 1.500g 100
Também é usada em Bacteriose,
métodos de controle das colônias que podem ser usados: Figura 31. Galinha de
Angola.
frutíferas, como figueira, Verrugose 400g 400g 100
parreira, macieira etc. Na Sarna, Método Físico: São ações diretas sobre os formigueiros como:
Podridões 400g 800g 100
diluição a 1% acima descrita, seu • Uso de agua quente: para formigueiros pequenos e próximos de casa;
Manchas,
uso é recomendado para plantas Entomosporiose 800g 800g 100
• Inundação: para formigueiros maiores, quando houver condições de desviar
adultas. Verrugose, água de um canal ou acesso com uso de mangueira;
Em mudas pequenas e em Melanose, • Fumaça de escapamento: dirigir o escamento de motores para a entrada
Rubelose 600g 300g 100
brotações novas, deve-se aplicar Antracnose; (olheiro) do formigueiro, tapando as saídas de fumaça, provocando a afixia
essa calda mais diluída, Podridões 800g 800g 100 das formigas, pela ação do gás carbônico.

37 38
Métodos Biológicos: Aplicação de calda microbiológica: 5. Precipitação desejada ou calculada (em mm). Normalmente a precipitação
• Usar 2 a 4 laranjas ou limões mofados, moídos; é calculada pelo projetista, que leva em conta os dados climatológicos da região
• Deixar fermentar 4 a 5 dias em agua, com um pouco de melado de açúcar. em que será instalado o equipamento, a cultura a ser irrigada e o equipamento a
• Diluir a 10% em agua (100 ml por litro de agua) e aplicar em todos os ser utilizado.
olheiros;
• Depois de uma semana, repetir a aplicação 6. Horas de funcionamento desejado por dia: máximo de horas de
funcionamento possível.
Observação: As laranjas ou limões mofados possuem os fungos Penicilium
digitatum e P. italicum, que causam o mofo verde e azul respectivamente, os 7. Desnível entre a água e o local de motor em metros: este dado é de suma
quais destroem o fundo criado pelas formigas para se alimentar. importância para o dimensionamento correto da bomba, pois cada motor
apresenta uma altura máxima de sucção.
6.5.5 Cultivo de Plantas Atrativas e Tóxicas
8. Desnível entre o local do motor e o ponto mais alto do terreno em metros.
Neste caso o Gergelim (Figura 32) é a melhor opção, pois
suas folhas contem uma substancia chamada sesamina, que é
9. Quantidade e qualidade da água disponível na estação seca:
fungicida. Geralmente as formigas só carregam folhas
a. Se a água for captada numa fonte de água corrente (rio, riacho, canal, etc.)
inofensivas ao formigueiro, mas o gergelim é uma exceção, pois
determinar a sua vazão em litros/segundo ou metros cúbicos/hora;
é uma das folhas preferidas pelas saúvas, mas mata o fungo que
b. Se a captação for feita em um reservatório (represa, açude, etc.) determinar
serviria de alimento a rainha e as larvas.
Figura 32. Planta de o seu volume em metros cúbicos (m3).
Gergelim (Sesamum Se estas medições foram feitas na época de chuvas, deve-se coletar junto aos
indicum).
7 Irrigação moradores vizinhos à variação que as mesmas sofrem na época da seca.
c. Qualidade da água: presença de sólidos em suspensão, ferro, manganês,
carbonatos, coliformes, etc.
Para a elaboração de um projeto de irrigação, seja por aspersão, localizada ou
por superfície, são necessários à coleta de alguns dados na área a ser irrigada.
10. Tipo de acionamento que prefere para a bomba:
Esses dados são:
a. Elétrico: voltagem e fases;
b. Diesel
1. Área a ser irrigada em hectares, alqueires ou m2.
c. Trator: marca, modelo e potência
d. Outros
2. Espécie de cultura plantada ou a ser plantada e o espaçamento entre
Caso já haja bomba centrífuga e ou motor para acionamento, especificar
plantas e entre linhas.
todos os dados disponíveis tais como: Marca; Modelo; Potência; Rotação; Vazão;
Altura de sucção de recalque; Diâmetro dos rotores; etc.
3. Tipo de solo:
a. Quanto à sua textura: argilosa, arenosa ou textura média.
11. Sistema de irrigação que pretende utilizar ou as alternativas possíveis.
b. Quanto à sua permeabilidade: muito permeável, meio permeável ou pouco
permeável.
12. Se possível, anexar uma planta plani-altimétrica ou planimétrica da área a
ser irrigada. Para irrigação localizada acrescentar curva de nível de metro em
4. Topografia do terreno: plana, suavemente ou fortemente ondulada (planta
metro e locação das linhas de plantio.
plani-altimétrica).
Caso não haja a planta, fazer um croqui da área com as seguintes indicações:

39 40
a. Formato de área com suas dimensões; necessárias para o equipamento escolhido;
b. Aonde se localiza o ponto mais alto do terreno e a distância entre este e 6. Dimensionamento do conjunto motobomba: o dimensionamento deste
o ponto de captação de água. conjunto também baseia-se na vazão, na altura manométrica e na potência
c. Localizar o ponto de captação da água e a distância entre o início da área necessária. Na escolha da bomba, além dos itens anteriormente citados, deve-se
a ser irrigada. atentar para que a bomba escolhida trabalhe no ponto de máximo rendimento
d. Demarcar estradas, grotas, espigões, linhas de força, etc. ou próximo possível dele, e para a sua altura máxima de sucção;
7. Elaboração de planta ou croqui: efetuados os cálculos deve ser elaborada
13. Se possuir, anexar os dados climatológicos da região, tais como: Chuva; uma planta ou croqui, onde são locados o ponto de captação, a linha mestra, as
Evaporação do Tanque Classe A; Evapotranspiração; Velocidade do vento; linhas laterais, os acessórios e o posicionamento do equipamento;
Temperatura média; Umidade relativa. 8. O roteiro prossegue com a análise econômica do projeto e outros itens, tais
Com base no levantamento de dados da área a ser irrigada, elabora-se o como custos, receitas, fluxo de caixa, comercialização, etc., conforme a exigência
projeto de irrigação mais viável, técnica e economicamente. da situação.

7.1 A elaboração do projeto deve seguir o seguinte 7.2 Métodos


critério:
Assim, qualquer técnica deve partir de dois pontos básicos: quanto e quando
1. Definição da precipitação ou lâmina a ser aplicada na área: esta irrigar. Em outras palavras, a água deve ficar à disposição da planta na
precipitação varia em função, principalmente, da cultura (cada cultura apresenta quantidade e na ocasião em que ela necessitar.
uma evapotranspiração e, portanto, um consumo de água) e da região geográfica Para regiões onde a água é farta, tal como no Norte, para solos planos e
em que a área se situa (de região para região as condições climáticas - chuvas, argilosos os métodos por superfície como os de sulcos e bacias em nível são
evaporação, ventos, etc. - variam); viáveis.
2. Seleção do equipamento mais adequado ou das alternativas dos Para regiões onde a água é escassa, os métodos pressurizados (aspersão,
equipamentos para a área: esta seleção leva em consideração a cultura plantada microaspersão, miniaspersão e gotejamento) são recomendados.
ou a ser plantada, a topografia da área, o tamanho da área e a disponibilidade de O método da aspersão é o que molha completamente todo o solo (área
água; molhada de 100%) e quando usado, os aspersores devem ficar a 1 m do solo, com
3. Cálculo do turno de rega e tempo de funcionamento por posição: para fazer ângulo de inclinação no máximo de 7 graus.
estes cálculos leva-se em conta, principalmente, o consumo diário de água que a No caso da microaspersão, usar um microaspersor de vazão superior a 45 L/h,
cultura necessita, a profundidade do sistema radicular, a resistência que a planta para quatro plantas, preferencialmente dispostas em fileiras duplas. No caso do
apresenta ao "déficit" de água e as características físicas do solo, principalmente, gotejamento é o sistema de menor área molhada.
quanto á sua capacidade de armazenamento de água; O sistema de microaspersão, que facilita a introdução do sistema de produção
4. Cálculo da vazão: esse cálculo refere-se à vazão total do equipamento e integrada no plantio, que exige a racionalização do uso dos recursos água e solo e
baseia-se na área a ser irrigada, na precipitação definida e o número de horas de dos insumos. Além da economia de água, o método possibilita a utilização da
trabalho diário; fertirrigação e possibilita a economia de energia, permitindo a irrigação nos
5. Dimensionamento hidráulico: o dimensionamento das tubulações e dos horários em que a energia é mais barata.
acessórios, tais como: válvulas, hidrantes, cotovelos de derivação e outros,
baseia-se na vazão total, na altura manométrica necessária e na velocidade da
água no interior dos tubos. Uma vez selecionadas as tubulações e acessórios, 7.3 Quantidade de água necessária
procede-se a locação dos mesmos na área, locando-se, inclusive, as posições
41 42
A quantidade de agua é aquela em que não haja encharcamento do solo ou 7.6 Quantidade de água a ser aplicada
escorrimento superficial, nem mesmo visualização de murcha das plantas
durante o dia.
Em percentagens da evapotranspiração potencial, para regiões úmidas a Estima-se que uma planta com área foliar total em torno de 14 m2 consome
subúmidas, a demanda de água pela maioria das culturas, em seu estagio inicial, 30 litros de água/dia, em dias ensolarados e de baixa umidade relativa do ar; 20
inicia-se com 28% da evapotranspiração potencial nos primeiros 70 dias, litros/dia em dias semi-cobertos e 15 litros em dias completamente nublados.
elevando-se para 70% da evapotranspiração potencial na fase adulta. Quando chover acima de 20 mm/dia, deve-se interromper a irrigação por dois
No caso de regiões mais secas, a demanda de água pela maioria das culturas a cinco dias, em caso de solos arenosos e argilosos, respectivamente, em
em seu primeiro ciclo inicia-se com 45% da evapotranspiração potencial nos condições semi-áridas. Em condições úmidas esses intervalos podem ser de
primeiros 70 dias, elevando-se para 85% da evapotranspiração potencial. quatro a dez dias.

7.4 Manejo da irrigação

Os níveis de tensão de água do solo (medição da quantidade de umidade do


solo) recomendados pela EMBRAPA situam-se entre 0,25 atm a 0,45 atm, para
camadas superficiais do solo (até 0,25 m) e entre 0,35 atm até 0,50 atm, para
profundidade próxima de 0,40 m. Se optar pelo uso de tensiômetros para
monitorar a disponibilidade de água no solo, recomenda-se instalá-los em quatro
baterias por hectare, sendo cada bateria composta por dois tensiômetros às
profundidades entre 0,20 m e 0,40 m e distância de 0,30 a 0,40 m da planta em
direção ao microaspersor.
Em se utilizando a evaporação do tanque classe A, para estimar a demanda de
água pela bananeira, deve-se multiplicar a leitura do tanque por 0,6, para regiões
úmidas e por 0,85 a 1,0, para regiões semi-áridas.

7.5 Freqüência de irrigação

A irrigação por superfície ou aspersão para solos siltosos ou argilosos pode ser
feita em intervalos máximos de 12 dias para regiões semi-áridas e 18 dias para
regiões úmidas. A irrigação por aspersão em solos franco-arenosos e arenosos
pode ser feita em intervalos máximos de 7 dias em regiões semi-áridas e 10 dias
em regiões úmidas.
A irrigação localizada, seja por gotejamento, microaspersão ou equivalente
deve ser feita em intervalos máximos de três dias para regiões úmidas e solos
com teores de argila acima de 30%, e pelo menos duas vezes por dia em solos
arenosos (areia franca e areia).

43 44
Agradecimentos

Para elaboração desta cartilha sou grato pelo auxilio e incentivo das pessoas
relacionadas abaixo, sem as quais grande parte disto não seria possível:

Maria Alice Coordenadora Nacional do Plantio


M. Silvio M. Central 14° Região
M. Mauro M. Representante N. Rei Canaã (NRC)
M. Gario M. Representante do N Jardim Florido (NJF)
M. Adalberto M. Representante PN Príncipe Ram (PNPR)
M. Joaquim M. Representante PN Castelo de Marfim (PNCM)
M. José Onofre Monitor do Plantio 8° Região
M. José Ernesto Monitor do Plantio 10° Região
M. Paulo Afonso
C. Cezar Monitor do Plantio NRC
C. Dativo Monitor do Plantio Parauapebas
C. João Monitor do Plantio PNPR
C. Oriones Monitor do Plantio Araguaina
Elmo Monitor do Plantio Itinga
Lenon Monitor do Plantio PNCM
Salomar Carvalho Monitor do Plantio NJF
C. Delman PNPR
C. Giselle NRC (Belém)
Carlos (“Refribom”) NRC (Parauapebas)
Fabio Bastos NRC (Belém)
Pedro Paulo NRC (Belém)
Equipe do Plantio 14° Região
Gráfica ??

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