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Nos dois últimos bimestres, vimos como a Sociologia surgiu, a influência do pensamento
positivista de Auguste Comte, por que ela surgiu e como os Cientistas Sociais produzem suas
pesquisas científicas. A partir de agora, de forma mais fechada, entraremos nas Teorias
Sociológicas de autores que chamamos de “clássicos” e algumas de suas contribuições para a
Sociologia.
Tendemos a dizer que a Sociologia, como ciência de fato, surgiu apenas com o Sociólogo
(e Filósofo) francês Émile Durkheim (1858-1917), pois, é no livro As Regras do Método
Sociológico (1895), que vemos a seguinte máxima: a Sociologia deve estudar cientificamente os
fatos sociais. Ele é o autor que institucionalizou a Sociologia como ciência, ou seja, deu visibilidade
e reconhecimento à nova área da ciência.
Ao mesmo tempo, contemplamos também os estudos de Max Weber (1864-1920) e Karl
Marx (1818-1881). Os três são chamados de “Teóricos Clássicos da Sociologia”, por formarem as
bases para o pensamento sociológico em seu tempo e países. Então, o próximo conteúdo central
será baseado nesses três autores e suas teorias sociais.
Começaremos por Émile Durkheim, que é considerado o primeiro sociólogo.
Nós agimos a partir de três formas básicas: instinto, costumes e racionalidade. Há coisa
que fazemos que é inerente a espécie humana, em seu estado biológico, como comer, andar,
emitir sons usando a boca e a garganta. Essas ações não são “fatos sociais”. Outra coisa que não
é um fato social é uma atitude racional, pensada, mas que seu sentido seja desconhecido pelos
outros indivíduos, como por exemplo, se eu criasse uma linguagem desconhecida de todos de
minha sociedade. Nesse contexto, minha linguagem não teria sentido social; logo, isso também
não seria um “fato social”. Dito o que não é fato social, vamos ao que seria um fato social.
Como a Sociologia surge para pensar os fenômenos sociais, logo tornou-se necessário
definir uma categoria para classificar o que deveria ou não ser estudado por esta ciência que
estava se organizando e ganhando seu espaço. A partir dessa necessidade, Durkheim criou o
conceito categorizador denominado “Fatos Sociais”, o que utilizaria para classificar os fenômenos
que seriam ou não objeto de estudo da Sociologia.
Para Durkheim se enquadraria em “fato social” o fenômeno dotado de três características
básicas: i) generalidade; ii) coercitividade; iii) externalidade. Nota-se que tais características são
elementos próprios da cultura de todos os grupos humanos, embora Durkheim possivelmente
estivesse pensando nas sociedades de cultura europeia.
Os fatos sociais possuem uma força coercitiva que se dá pelas sanções legais ou
espontâneas a que o indivíduo é submetido (são coercitivos). Outro aspecto dos fatos sociais é
que eles existem e atuam sobre o indivíduo independente de sua vontade (são exteriores).
Os fatos sociais são gerais, se repetindo entre quase todos os indivíduos de um dado
grupo, existindo em distintas sociedades, ainda que em um determinado momento ou ao longo da
sua História. É importante lembrar que o que é fato social em uma sociedade, pode não ser
em outra. O que é fato social hoje, pode não ser no futuro.
Em suma, podemos dizer que o fatos sociais são gerais (generalização), ou seja, estão
presente em quase toda a sociedade em análise. São coercitivas (coercitividade), pois fazem
parte de um conjunto de normas sociais e que somos pressionados para realizá-los. Os fatos
sociais possuem externalidade (externalidade) por existir antes do indivíduo e ser independente
dele.
SOCIEDADE
(COLETIVIDADE