Você está na página 1de 3

Parte 1 David?

UMA DISPUTA QUÊ JÁ DURA A MAIS DE 70 ANOS!


O conflito na Caxemira consiste em uma disputa territorial e religiosa que começou antes
mesmo da Índia e o Paquistão tornarem-se independentes do Reino Unido, em agosto de
1947. Essa região, que também faz fronteira com a China, tem aproximadamente 220 mil
quilômetros quadrados e abrange as nascentes dos rios Ganges e Indo.

--
Parte 2 Emanuel

O Conflito
Em 1947, o Reino Unido perdeu o poder diante dos movimentos – liderados por Mahatma
Gandhi e a Liga Muçulmana – que reivindicava a independência da Índia. Até esse
momento, dois territórios eram controlados pelos britânicos: a União Indiana e a República
Islâmica do Paquistão.

Antes da independência e fragmentação da Índia, as áreas de Jammu, Caxemira, Ladakh,


Aksai Chin, Gilgit e Baltisan Partition eram governadas pelo marajá Hari Singh. Com as
lutas pela emancipação, o parlamento britânico elaborou um plano de divisão territorial que
deixava a Caxemira livre para adesão da Índia ou Paquistão.

O marajá Singh não realizou de imediato a anexação a um dos dois países, mas os
guerrilheiros paquistaneses tentaram assumir o controle, o que deu início ao primeiro
conflito na Caxemira. Esse embate resultou na divisão de terras ao longo da chamada Linha
de Controle: o Paquistão assumiu o controle de Gilgit, Baltisan e a parte ocidental da
Caxemira (Aksai Chin), já a Índia ficou com o estado formado por Jammu, Ladakh e a a
maior porção da Caxemira.

A China, que durante anos contestou os seus limites com o território indiano, fechou uma
aliança com o Paquistão e assumiu o poder de Aksai Chin. A Índia, por sua vez, tentou
recuperar esse trecho, estimulando ainda mais as desavenças com os paquistaneses.

No segundo e terceiro conflito na Caxemira, em 1965 e 1971, o governo indiano recuperou


as áreas mais produtivas e populosas – com mais de 12,5 milhões de habitantes – dessa
região. Em 1972, sob intervenção da ONU, houve o Acordo de Simla, que, entre outras
medidas, permitiu a libertação de prisioneiros de guerra paquistaneses e uma nova limitação
para Linha de Controle.

--
Parte 3 Yasmin
Essas negociações permaneceram ativas até o fim dos anos de 1990, quando atentados e
ameaças de retaliação entre Índia e Paquistão foram retomados.

A Índia controla a maior parte da Caxemira, mas essa região vive em constante tensão
política e militar

A população de Jammu e Caxemira, que pertence à Índia, é de maioria muçulmana, sendo o


único Estado indiano em que os hindus estão em maior proporção. Além disso, muitas dessas
pessoas preferem a independência desses territórios ou a adesão por parte do Paquistão, pois
cultuava-se a crença de que o país deveria ser o ‘lar’ dos muçulmanos no sul da Ásia.

A instabilidade econômica e os altos índices de desemprego também agravaram os conflitos


na Caxemira. As crises sociais, políticas e religiosas foram atenuadas desde 1989, uma vez
que a área indiana passou a sofrer atentados de militares muçulmanos e práticas violentas do
seu próprio exército. Por vezes, os soldados islâmicos paquistaneses atravessam as fronteiras
para lutar contra o governo da Índia na Caxemira.

--
Parte 4 Victor

O Paquistão ainda acusa os indianos de recorrerem à tortura e assassinatos para retirar o


direito da população escolher, através de plebiscito, qual o país deveria anexar a região da
Caxemira ao seu território. Em contrapartida, a Índia afirma que os paquistaneses são os
culpados pelas disputas, pois patrocinaram a criação de campos de treinamento terrorista e
perderam o controle sobre o tráfico de armas no seu trecho de domínio, o que fortalece as
ações de grupos extremistas.

Além da troca de acusações e ataques, outra questão que preocupa os chefes de Estado de
diferentes nações é o fato dos dois países apresentarem programas nucleares. Em maio de
1998, a Índia realizou cinco testes nucleares no deserto da província de Rajasthan. O
Paquistão, utilizando-se da justificativa de defesa, também realizou uma série de testes nesse
mesmo ano.

Na tentativa de conter uma possível guerra nuclear, os Estados Unidos denunciaram os testes
indianos e pressionaram para os paquistaneses não dessem respostas. Como não houve uma
pausa de ambos os lados, tanto os norte-americanos quanto chineses impuseram sanções
econômicas aos países.

Em razão dos atentados de 11 de setembro, essas políticas foram flexibilizadas, especialmente
porque os EUA precisavam do apoio paquistanês para captura de Osama bin Laden e
combate à Al Qaeda.

--
Parte 5 Peter
Contexto atual

Em 2003, após diversas brigas e mortes na Linha de Controle – que separa a Caxemira
paquistanesa da indiana – os representantes de cada lado concordaram com um cessar-fogo.
Tempos depois, o Paquistão ainda prometeu suspender os financiamentos aos opositores do
governo indiano, enquanto a Índia ofereceu anistia a quem deixasse a luta armada.

Contudo, em 2015, um ataque à base aérea indiana em Pathankot, ao norte da cidade de


Punjab, reacendeu as disputas. E, desde então, não houve mais tentativas de paz entre os
países.

Em 2019, a Índia voltou a culpar grupos paquistaneses pela morte de mais de 40 soldados
indianos – ataque considerado por especialistas e veículos de comunicação ao redor do
mundo como um dos mais violentos desde o começo do conflito na Caxemira. E, em
retaliação, autorizou ataques aéreos contra bases militares em áreas paquistanesas.

Você também pode gostar