1 GÊNESIS

QUANTO PRECISAMOS DEIXAR?

MARCELO AUGUSTO DE CARVALHO

GÊNESIS 12

UR NO TEMPO DE ABRAÃO.

- Hoje é um lugar horrível, mas não como outrora.

- Localização: a 225 km ao sudeste da antiga Babilônia, hoje Iraque.
- Era a alvoroçada capital da Suméria, e embora tivesse passado o seu apogeu
nos dias de Abraão, era ainda um importante centro de comércio e cultura
mesmo no vigésimo século AC.
- Seus mercadores enriqueciam a cidade através do comércio internacional,
feito por navios em rios e canais, ou por caravanas de burros conduzidas por
centenas de estradas da época.
- Seu opulento comércio fez da cidade um lugar próspero e atraente com um
elevado padrão de vida.
- Importavam tudo o que era necessário para as necessidades diárias, bem
como exportavam muito do que lhes sobejavam em sua produção local, como
lã, cevada, trigo, peixe seco, óleo de peixe e pele.
- Era um grande centro do saber. Ali a escrita cedo se desenvolveu, surgindo
talvez da necessidade da guarda de registro no comércio.
- Os arqueólogos estimam a Ur uma população de quase 500 mil habitantes no
tempo de Abraão.

Salários.
- Pagos com produtos.

Educação.
- Cedo na vida as crianças tinham de aprender a trabalhar.
- Somente aquelas de famílias mais influentes iam à escola, que não era
universal nem compulsória.
- O principal objetivo era aprender a ler e escrever. Por isto muito tempo era
gasto em ditado e recitação. A escrita era cuneiforme, oictográfica, onde
cada palavra ou idéia era expressa na forma de uma figura. Escrevia-se na
argila, com um estilete com a ponta em forma de cunha. Depois de cada
tablete de argila ser escrito, era seco ao sol, resistindo a milhares de anos de
forma intacta. Estudavam também literatura, geografia, astronomia,
botânica, zoologia e contabilidade.
- O currículo era rígido, os métodos de ensino insípidos e a disciplina severa.
Tanto que muitos alunos apanhavam do professor, que ganhava presentes do
pai do garoto por esta atitude, que era encarada como auxílio fundamental na
educação familiar.
- Nas aulas, os estudantes se agrupavam em torno do professor. Um professor
assistente ia de estudante a estudante como auxiliar. E havia mais uma pessoa
encarregada pela freqüência e disciplina.
- A lista de profissões da época inclui a maioria de todas as de hoje em dia.

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Medicina.
- A maioria dos remédios eram naturais, como leite, pele de cobra, casco de
tartaruga, e elementos extraídos de sementes e plantas. Os remédios internos
eram misturados com cerveja para ficarem mais saborosos.

As casas.
- No centro da cidade, os terrenos eram grandes, as construções eram
modernas, e em geral os edifícios eram de 2 andares. Algumas casas tinham
de 10 a 14 quartos. Porém as ruas eram estreitas, tortuosas, sem destino e
com pouco planejamento.
- Nos bairros, as casas eram bem simples. Geralmente construídas em grupos
com portas abrindo para um pátio comum. Isto nos explica porque deus pediu
a Abrão que saísse do meio de sua parentela.
- A mobília: uma mesa, cadeiras, tapetes de peles e camas de madeira. A
cozinha tinha um fogão de madeira, e vasos de barro, pedra, cobre e bronze.

Alimentação.
- Pão de trigo ou cevada, tâmaras, lentilhas, ervilhas, azeitonas, alho,
iogurte, queijo, carne, peixe, frutas, vinho, mel e azeite.

Casamento.
- Era arranjado pelos pais, sendo um preço estipulado para a noiva, dote este
que tornava-se propriedade da mulher a ser guardada por ela.

A mulher.
- Era muito independente para sua época, pois podia possuir propriedade,
controlar seus próprios escravos, atuar como testemunha em assuntos legais e
empenhar-se no comércio por conta própria.

Os filhos.
- Eram muitos esperados, amados e educados pelos pais. Mas os pais podiam
deserdá-los e até vendê-los como escravos em pagamento de uma dívida.

PORQUE SAIR DE UR? A CIDADE ERA MUITO BOA PARA SE VIVER: DEUS SEMPRE
QUER ESTRAGAR NOSSO PRAZER? AFINAL ELE NÃO PRECISAVA DE
TESTEMUNHAS FIÉIS ALI?

MOTIVOS NEGATIVOS

- Sepultamento.
- O falecido era geralmente sepultado no cemitério. Às vezes podia também
ser sepultado por baixo do assoalho da casa onde vivera, pois acreditavam os
familiares que ele permaneceria em espírito perto dos entes queridos.

DEUS ODEIA O ESPIRITISMO E JÁ FAZ TEMPO.

A religião.
- Era politeísta, tendo quase 15 mil deuses em seu panteão.

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DEUS ODEIA A IDÉIA DE SANTOS

- Tinham muitas festas- semanais, quinzenais, mensais e anuais- em

homenagem a tantos deuses.
- Adoravam o sol, o fogo, a lua, as estrelas e várias forças da natureza.
- Naana-Sin (deus lua) era a deidade maior, a quem foi dedicado o templo da
cidade.
- Ninrode era adorado como Marduque; Chamás (deus sol); Na (deus do céu);
Enlil (senhor da Terra), e Enki (deus dos oceanos). A mulher de Sin era Ningal
(deusa lua, deusa Mãe), também conhecida como Istar e Astarote.
- Esses deuses eram carregados e exibidos pelo povo. Os músicos tocavam
instrumentos e cantavam hinos a eles. Oferendas de alimento, animais, água,
vinho, cerveja e incenso eram apresentadas a esses deuses nestas “romarias”.
Dá para entender de onde veio o costume das romarias “cristãs”?

DEUS ODEIA ROMARIAS

- Esses deuses exigiam licenciosidade e sagrada prostituição em seus cultos,

que era praticada nos seus santuários, sendo um costume geral na nação.
- Nos templos haviam câmaras e lugares retirados, atraentes, onde as
sacerdotizas mantinham cerimônias vergonhas de relações sexuais com os
adoradores de todo o país.
- Toda moça, esposa ou viúva, tinha por obrigação, pelo menos 1 vez na vida,
oficiar nesses ritos.

DEUS ODEIA A DEPRAVAÇÃO SEXUAL

- Nestas festas, a mulher aparecia com maquilagem, ruge e sombra, grandes

brincos de ouro em forma de crescente e no cabelo um grande broche; vários
braceletes, anéis, vestido até o tornozelo que cobria só um ombro, e vestidos
multicores. Dá para entender de onde vieram as jóias e os modelos de roupas
mundanas usadas hoje em dia!

DEUS ODEIA A BELEZA USADA PARA FINS EGOÍSTAS

- Eles pensavam que se praticassem orgias sexuais os deuses os veriam e

seriam estimulados a mandarem fertilidade e prosperidade a todos.

Em meio a tudo isto, nasceu e cresceu Abraão. Embora seu pai e irmãos
fossem idólatras, ele decidiu desde jovem servir a Jeová. Casou-se com Sarai,
que também ficou do lado do Criador. Por causa desta fidelidade, Deus os
abençoou grandemente, e deu-lhes também muito dinheiro.
Porém, um dia, Deus pediu a Abraão que saísse de Ur. Porque?

MOTIVOS POSITIVOS

Deus comunicou Sua vontade a este servo fiel, e deu-lhe um conhecimento

distinto das exigências de Sua lei, e da salvação que se realizaria por meio de
Cristo. Deu-lhe o privilégio de ser o pai da nação escolhida. Contudo, como

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primeira condição do cumprimento dessas promessas, deveria haver uma

prova de fé. Por isto, um sacrifício foi exigido dele. PP 119-120.
A influência de parentes e amigos não compatibilizava com o ensino que o
Senhor desejava dar a seu servo.
Ele devia habitar entre estranhos, para que seu caráter fosse refinado. PP120.
- Imagine o que não significou para Abraão deixar aquela super cidade para
morar em um país bem mais atrasado, como era Canaã, e ainda andar por
estradas perigosas como eram as da Palestina! Diz EGW: Não foi uma pequena
prova a de Abraão. Fortes laços o prendiam a seus parentes, lar e país. Mas
ele não hesitou em obedecer a Deus. PP 120.

* Você está pronto para mostrar a Deus que realmente o ama? Está disposto a
fazê-lo mesmo que isto lhe exija um tremendo sacrifício?
* Até que ponto a influência de sua família e amigos atrapalha seu
cristianismo prático?
* Você está disposto a viver em situações adversas, entre estranhos, a fim de
que lhe possa refinar o caráter?
* Você deixaria seu mundo (parentes, amigos, cidade natal, cidade
confortável e próspera, profissão) para servir a Deus como Ele deseja que
você o faça?

Pr. MARCELO AUGUSTO DE CARVALHO 2002 SP

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